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Língua
Portuguesa

Livro Eletrônico
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Língua Portuguesa

Sumário
Bruno Pilastre

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Língua Portuguesa. . ......................................................................................................................... 8
Análise das Estruturas Linguísticas do Texto; Análise Sintática; Emprego do Sinal
Indicativo de Crase.......................................................................................................................... 8
Uso da Vírgula (Pontuação)..........................................................................................................12
Equivalência, Substituição, Reorganização e Transformação de Palavras ou
Trechos do Texto............................................................................................................................ 14
Conjunções.......................................................................................................................................16
Formação de Palavras...................................................................................................................19
Compreensão e Interpretação de Textos; Sentidos do Texto................................................19
Tipologias e Gêneros Textuais.....................................................................................................21
Questões de Concurso.................................................................................................................. 23
Gabarito............................................................................................................................................ 56

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Apresentação
Nesta Aula 80/20, meu objetivo é tornar a sua preparação mais eficiente. Primeiramente,
analiso o último edital que normatiza o processo seletivo para o Banco de Brasília S.A. (Edital
Normativo N.1/CP-32 - BRB de 30 de abril de 2021). Você observará que o conteúdo progra-
mático de Língua Portuguesa (Gramática e Texto) abrange muitos tópicos. De modo a extrair
os conteúdos mais relevantes dessas disciplinas, analiso as provas mais recentes da banca
IADES, organizadora do certame para o BRB (Analista de Tecnologia da Informação). Dessa
análise, extraio os pontos mais recorrentes, direcionando a sua preparação para o que é mais
importante, indo direto ao ponto.
Apenas uma observação: esta Aula 80/20 pressupõe uma articulação com os conteúdos
abordados em meu curso de Língua Portuguesa (aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos
Online). Partimos da abordagem mais ampla dos conteúdos (abarcando todos os tópicos do
edital) para, aqui, otimizarmos ao máximo sua preparação, direcionando as suas forças para
os conteúdos mais avaliados pela banca. Vamos ao trabalho, então!

Análise do Edital do Concurso para o BRB (Analista de TI)

Segundo o item 11.1 do Edital N.1/CP-32 - BRB de 30 de abril de 2021, cada questão da
Prova Objetiva será composta por questões de múltipla escolha, com 5 (cinco) alternativas em
cada questão, para escolha de 1 (uma) única resposta. Em minha análise das provas anterio-
res, considerarei essa modalidade de questão, ok?
Também no Edital N.1/CP-32 - BRB de 30 de abril de 2021 (Anexo I – Conteúdo Progra-
mático), lemos que os seguintes conteúdos de Língua Portuguesa (Gramática e Texto) se-
rão exigidos:
• 1 Compreensão e intelecção de textos;
• 2 Tipologia textual;
• 3 Ortografia;
• 4 Acentuação gráfica;
• 5 Emprego do sinal indicativo de crase;
• 6 Formação, classe e emprego de palavras;
• 7 Sintaxe da oração e do período;
• 8 Pontuação;
• 9 Concordância nominal e verbal;
• 10 Colocação pronominal;
• 11 Regência nominal e verbal;
• 12 Equivalência e transformação de estruturas;
• 13 Paralelismo sintático;
• 14 Relações de sinonímia e antonímia.

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TODOS os conteúdos elencados acima estão contemplados em meu curso de Língua Por-
tuguesa (aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos Online). Como o objetivo agora é otimi-
zar a sua preparação, abordarei de forma objetiva e concisa os conteúdos mais relevantes para
a sua preparação – isto é, os conteúdos mais cobrados nas últimas provas.
A seguir, faço a análise dos conteúdos mais abordados nas provas anteriores da banca
IADES. Na sequência, apresento didaticamente os conteúdos teóricos mais importantes. Por
fim, trabalho as questões essenciais: no primeiro bloco, comento algumas questões de pro-
vas anteriores, de modo a traçar o perfil da banca; no segundo bloco, apresento questões
inéditas (elaboradas por mim), potencializando a fixação dos conteúdos aqui abordados. Ao
trabalho, então!

Conteúdos mais Cobrados nas Últimas Provas da Banca Iades


Provas Analisadas

A minha análise fundamenta-se nos dados extraídos da nossa plataforma Gran Cursos
Questões (área “Assuntos Frequentes”): https://questoes.grancursosonline.com.br/
Trabalho com os seguinte filtros:
• Banca Iades;
• Anos de 2019 a 2021;
• Nível Superior.

Filtros de busca: Gran Cursos Questões

Aplicados os filtros, o resultado da busca é este:

Temos então que a banca IADES, em suas provas de Nível Superior dos anos 2019, 2020 e
2021, aplicou 4637 questões de Língua Portuguesa! E todas estão disponíveis em nossa plata-
forma Gran Cursos Questões!

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Descrição dos Conteúdos Abordados nas Provas

E quais foram os tópicos de Língua Portuguesa mais abordados nas provas de Nível Supe-
rior da banca IADES entre 2019 e 2021? A seguir, mostro o top 10 segundo a nossa plataforma
Gran Cursos Questões (com gráfico mostrando a porcentagem de incidência do conteúdo,
considerando apenas o somatório de questões do top 10):

Conteúdo N. de questões Porcentagem

Interpretação de texto 68 46

Morfossintaxe do período 17 11

Coesão e coerência 11 7

Análise sintática 10 7

Pressupostos e subentendidos 9 6

Morfologia 8 5

Literatura 7 5

Pontuação 7 5

Análise das estruturas linguísticas


6 4
do texto

Reescrita de frases e parágrafos


6 4
do texto
Tabela – Top 10 dos conteúdos mais recorrentes de Língua Portuguesa nas provas de nível superior da banca
IADES entre 2019 e 2021

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Gráfico – porcentagem dos conteúdos mais recorrentes (top 10) de Língua Portuguesa nas provas de nível
superior da banca IADES entre 2019 e 2021

Resumo dos Conteúdos mais Avaliados e Perfil da Banca Iades

No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Gramática, os conteúdos são mais recor-


rentes são estes:
• Morfossintaxe do período;
• Análise sintática;
• Morfologia;
• Pontuação;
• Análise das estruturas linguísticas do texto.

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No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Texto, os conteúdos são mais recorrentes


são estes:
• Interpretação de texto;
• Coesão e coerência;
• Pressupostos e subentendidos;
• Reescrita de frases e parágrafos do texto.

Pela proximidade temática, unirei os tópicos “análise das estruturas linguísticas do texto”,
“análise sintática” e “morfossintaxe do período”. O mesmo será feito com “interpretação de
texto” e “pressupostos e subentendidos”.
É claro que a simples apresentação dos termos acima não diz muito sobre como cada
conteúdo é abordado. Em “análise sintática”, por exemplo, sabemos haver questões sobre “su-
jeito”, “objeto”, “adjunto” etc. É justamente aqui que realizo o mapeamento e o detalhamento de
cada conteúdo/tópico, direcionando a sua aprendizagem para o que é realmente fundamental.
Agora faço algumas observações adicionais:
• (i) os textos adotados são verbais, não verbais e mistos. Os textos verbais são extensos.
A temática dos textos é quase sempre voltada para a atuação do órgão para o qual o
concurso está sendo realizado;
• (ii) Nas questões de interpretação de texto, a banca avalia a sua compreensão em re-
lação a informações superficiais, as quais podem ser conferidas na retomada ao texto;
• (iii) Há uma predominância para conteúdos de semântica (sinonímia e antonímia) e de
reescrita (com viés gramatical);
• (iv) Em muitas questões, a banca IADES solicita conhecimentos interligados: na mesma
questão, são cobrados os tópicos de concordância, crase e tipos de sujeito;
• (v) Nos últimos concursos, a banca IADES vem trabalhando reescrituras de trechos do
texto. Para saber se a reescritura está correta, você precisará aplicar seus conhecimen-
tos gramaticais (incluindo pontuação). Essa é uma tendência em todas as bancas exa-
minadoras, ok?

Bom, após essas breves observações, vamos à exposição resumida sobre os conteúdos
mais relevantes. Após esse resumo, comento um conjunto de questões de provas recentes que
ilustram de maneira muito clara a abordagem da banca IADES.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Análise das Estruturas Linguísticas do Texto; Análise Sintática; Em-
prego do Sinal Indicativo de Crase

O tópico “Análise das estruturas linguísticas do texto/análise sintática” diz respeito à aná-
lise dos períodos simples e composto. Começamos lembrando os principais termos do perío-
do simples:

Termos essenciais e acessórios do período simples

Nas provas da banca IADES, duas noções são fundamentais: a tipologia do sujeito (isto é,
os tipos de sujeito) e a tipologia do predicado verbal (isto é, os tipos de predicado verbal).
Sobre os tipos de sujeito, é necessário conhecer a técnica para identificá-los: pergunte ao
predicado “quem é quê [predicado]?”. Essa técnica funciona para sujeitos em posição canôni-
ca (tipo S-V) e para sujeitos em posição pós-verbal.
Eu também destaco a indeterminação do sujeito, que ocorre de duas maneiras:
• terceira pessoa do plural (sem referente anterior)
• terceira pessoa do singular com I. I. DO SUJEITO (SE). Essa estrutura é comum em ver-
bos transitivos indiretos e intransitivos.

Nos predicados verbais, é preciso identificar os tipos de complemento dos verbos transi-
tivos (direto, indireto; oracional). Essa identificação pode ser feita pela fórmula: quem [verbo],
[verbo] COMPLEMENTO
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- Verbo “comprar”: quem compra, compra ALGO


- Verbo “entregar”: quem entrega, entrega ALGO a ALGUÉM

Quando o verbo é transitivo indireto, é preciso atenção se a preposição exigida for “a”, como
em “entregou o medicamento a [alguém]”. Nesse caso, se o objeto indireto (regido pela preposi-
ção “a”) tiver como núcleo um termo determinado por artigo definido feminino, a crase ocorre:

Entregou o medicamento à paciente do leito 38.

Observe que “a paciente do leito 38” é termo feminino de natureza definida, e por isso o ar-
tigo “a” o antecede. Novamente: se há termo regindo preposição “a” (pode ser nome ou verbo)
e artigo definido feminino (singular ou plural), a crase ocorre.
Vejamos mais um pouco o fenômeno de crase: casos facultativos, casos proibitivos e ca-
sos obrigatórios.

CRASE: casos facultativos, casos proibitivos e casos obrigatórios


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Para a banca IADES, os casos proibitivos são os mais cobrados. Por isso, atenção redobrada!
Na morfossintaxe do período composto (sintetizada no mapa mental a seguir), lembre-se
de diferenciar as orações subordinadas adjetivas restritivas das explicativas: estas sempre
ocorrem separadas por vírgula.

Morfossintaxe do período composto

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Ah, as funções das formas “que” e “se” (nos períodos simples e composto) são avaliadas
em diversas questões da banca IADES. Confira o mapa mental a seguir:

Funções do “que” e do “se”

Pronto, concluímos o primeiro tópico de gramática. Agora podemos seguir com o segundo
tópico: o uso de vírgula (no âmbito da “pontuação”).

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Uso da Vírgula (Pontuação)


A pontuação de um texto é capaz de trazer diversos matizes discursivos, além de ampliar
consideravelmente a expressividade. Por exemplo, a pontuação (juntamente com o desloca-
mento) é capaz de dar destaque a certos itens da frase:

a) Fabiano caminhava com extrema dificuldade.


b) Com extrema dificuldade, Fabiano caminhava.

Na frase em (b), o adjunto adverbial “com extrema dificuldade” foi deslocado de sua posi-
ção final (canônica) para o início do período. A posição inicial é mais privilegiada em termos
informacionais (o leitor presta mais atenção nesse comecinho), por isso o deslocamento é
um recurso de destaque (como eu já disse, juntamente com a pontuação, que marca o des-
locamento).
Trabalharei o sinal de pontuação mais recorrente em provas da banca IADES: a vírgula.
No emprego da vírgula, importa saber o seguinte:

Casos em que o emprego da vírgula é PROIBIDO

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Casos em que o emprego da vírgula é OBRIGATÓRIO

Casos de emprego opcional (facultativo) da vírgula

Pronto, esse resumo é suficiente para destacar os casos mais importantes envolvendo o
emprego (ou não) de vírgula. Sigamos!

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Equivalência, Substituição, Reorganização e Transformação de Pala-


vras ou Trechos do Texto

Em questões de “Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras


ou trechos do texto” (no edital da PCPA: “Reescrita de frases e parágrafos do texto”), a banca
IADES pode avaliar:
• a preservação de estrutura gramatical (norma culta);
• a preservação de sentido original do texto;
• a preservação da estrutura gramatical E do sentido original do texto;
• a preservação de organização textual (períodos, parágrafos etc.) (no âmbito da coerên-
cia e da coesão).

Professor, então nas questões de reescrita a banca pode avaliar qualquer conteúdo de
Língua Portuguesa?

EXATAMENTE! Eu costumo chamar a denominação “reescrita” como termo coringa para


a banca cobrar todo e qualquer conteúdo de gramática, semântica ou texto. É um desafio, eu
sei. Você precisa articular bem seus conhecimentos de gramática aos conhecimentos de texto
(tipologia, gêneros, níveis de formalidade, coesão, coerência, estrutura do parágrafo etc.).

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No âmbito gramatical, os principais tópicos avaliados em questões de reescrita são estes:

Sempre ficam
terceira pessoa do
singular

haver existencial

meteorológicos

Tópicos recorrentes em questões de reescrita

No âmbito da Interpretação de Textos, a reescrita é tratada como um fenômeno de paráfra-


se, definida como “diferentes formas de dizer a mesma coisa; frase sinônima”. Assim, a pará-
frase é o recurso linguístico de dizer a mesma coisa de diferentes formas. A frase declarativa
a seguir pode ter diversas paráfrases:

O João Gabriel comprou aquela guitarra na Amazon.

Paráfrases:

(i) Foi na Amazon que o João Gabriel comprou aquela guitarra. [clivagem]
(ii) Aquela guitarra foi comprada na Amazon pelo João Gabriel. [apassivação]
(iii) O João Gabriel comprou, na Amazon, aquela guitarra. [deslocamento]
(iv) Ele a comprou lá. [pronominalização]

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Há diversas formas de se realizar paráfrases. As principais são estas:

Tipos de paráfrases mais recorrentes em provas

Conjunções
A classe de palavras “conjunção” possui duas propriedades morfológicas importantes: (i)
são invariáveis (isto é, não flexionam); e (ii) é fechada (o número de conjunções é limitado e
relativamente estável).
No âmbito sintático, as conjunções relacionam termos, expressando relações de sentido
(como adversão, adição, conclusão, explicação etc.).
Em termos textuais, as conjunções são articuladores coesivos sequenciais. A coesão se-
quencial é aquela que permite que o texto progrida, que o texto avance – além, é claro, de
estabelecer as relações lógicas entre as partes (como eu já disse, de conclusão, oposição,
concessão etc.).
As questões sobre coesão sequencial trabalham dois pontos centrais: (i) os valores se-
mântico-discursivos dos conectores (subordinativos e coordenativos); e (ii) a possibilidade de
substituição de um conector por outro. O mapa a seguir sintetiza os conectores:

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Conectores (conjunções coordenativas)

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Conectores (conjunções subordinativas)

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Formação de Palavras
O conteúdo “formação de palavras” é avaliado de maneira muito objetiva. O foco é iden-
tificar o processo: se sufixação, prefixação, parassíntese etc. Para identificar o processo, é
necessário conhecer a unidade básica morfema.

O assunto mais recorrente é a distinção entre (i) derivação sufixal e prefixal; e (ii) derivação
parassintética. Em ambas, há junção de um afixo e um prefixo a uma base. No entanto, apenas
na derivação parassintética a junção “prefixo + sufixo” ocorre simultaneamente.

Compreensão e Interpretação de Textos; Sentidos do Texto


Em questões de Compreensão e interpretação de textos, duas noções devem ser conside-
radas: os pressupostos e os subentendidos.
A operação de pressuposição ocorre quando uma marca linguística nos permite inferir
uma informação não expressa verbalmente no texto. Essa marca linguística pode ser realizada
mediante (ATENÇÃO! Isso é muito explorado em questões. MUITO mesmo!!!):
• o uso de pontuação expressiva, como aspas, reticências, exclamação, interrogação (per-
guntas retóricas);
• o uso de formatação especial (itálico, negrito, caixa-alta, maiúscula, minúscula);
• o uso de vocabulário específico (jargões técnicos, coloquialismos, gírias);
• o uso de recursos morfológicos expressivos, como diminutivo, aumentativo etc.; ou
• o uso de padrões sintáticos, como voz passiva, impessoalizações e inversões sintáticas.

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Diferentemente da pressuposição, um subentendido de um texto não pode ser identificado


por marcas linguísticas. Subentender algo é realizar uma espécie de “cálculo” de sentidos, o
qual nos leva a um “resultado” (desse resultado, extraímos uma informação não explícita). Um
exemplo de cálculo é a comparação entre ideias. O autor apresenta uma ideia (que possui uma
relação de causa e consequência, por exemplo) e, em seguida, aplica essa mesma relação a
outra ideia.
Nas questões analisadas por mim (conferir sequência da aula), você verificará a banca
trabalhando com essas duas operações (pressuposição, com marcas linguísticas; subentendi-
dos, sem marcas linguísticas).

Professor, como eu posso aperfeiçoar minha capacidade de realizar essas operações


(isto é, conseguir ler os “pressupostos” e os “subentendidos” de um texto)?

A resposta é uma só: PRÁTICA, MUITA PRÁTICA. Somente lendo textos e resolvendo ques-
tões será possível realizar essas operações com rapidez e eficiência. À medida que você for
praticando (resolvendo questões lá no Gran Cursos Questões), a identificação de marcas lin-
guísticas vai se tornando mais e mais automática, bem como as operações de inferência acer-
ca das informações de um texto.
Outra noção explorada pela banca IADES é a ideia de “sentido do texto”.
No âmbito lexical (isto é, no nível das palavras), sentido é a relação que se estabelece entre
um significante e um significado. Traduzindo: quando eu digo “celular”, esse registro (oral ou
escrito, um significant(E) faz referência a uma entidade (um aparelho para estabelecer comu-
nicação, o significado).
Bom, essa mesma relação ocorre no âmbito textual. Um texto também possui um sentido:
estabelece-se uma relação entre o que está registrado (na escrita) e o que esse registro signi-
fica. Se eu digo: “A Ana doou apenas um brinquedo para a creche”, essa sequência de palavras
forma um enunciado, o qual diz algo sobre o mundo. Se eu realizar alguma modificação nessa
sequência de palavras, o que é dito sobre o mundo pode ou não continuar o mesmo:

(i) “A Ana doou apenas um brinquedo para a creche”


(ii) “Apenas a Ana doou um brinquedo para a creche”

A mudança de posição da palavra “apenas” altera o sentido original do enunciado, porque


agora a restrição (o “apenas”) é aplicada a quem doou para a creche (originalmente, restringe-
-se a coisa doada).
Então, isso é o sentido do texto. Em questões, é preciso ficar atento ao que se afirma: se
se disser, por exemplo, “ao se substituir X por Y, são preservadas a correção gramatical e a
coerência textual”, NÃO HÁ QUE SE CONSIDERAR O SENTIDO ORIGINAL DO TEXTO, porque o
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comando fala apenas em correção gramatical e coerência textual. Coerência está ligada a ou-
tros fatores, como violações às relações de causa e consequência, de premissa e conclusão,
de existência no mundo etc. Agora, se se disser “ao se substituir X por Y, preservam-se a cor-
reção gramatical e os sentidos originais do texto”, estamos diante de uma questão que avalia
OS SENTIDOS DO TEXTO.

Tipologias e Gêneros Textuais


As questões de tipologia textual (e gêneros) são formuladas de forma muito semelhante: a
banca afirma que o texto em análise possui características de uma das tipologias: dissertativa,
argumentativa, descritiva, narrativa ou injuntiva.
Na síntese a seguir, registro as principais características das tipologias textuais:

TIPOLOGIA PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Na narração, há seres que participam de eventos


em determinado tempo e espaço. Os participantes
desses eventos são os personagens, os quais
podem ser reais ou fictícios. O evento (uma espécie
de ação) é denotado por verbos nocionais, como
cantar, correr, beijar, nadar, ouvir etc. O tempo da
NARRATIVA
narrativa é tipicamente o passado, mas pode ser
o presente (a narração de um jogo de futebol) ou
o futuro (obras proféticas, por exemplo). Em uma
narrativa, o espaço pode ser físico (uma cidade,
uma casa, uma escola) ou psicológico (mente do
personagem ou do narrador).

Em uma descrição, apresentamos uma série de


característica de determinado ser/objeto/espaço,
formando na mente do leitor/ouvinte a imagem do
que está sendo descrito.
DESCRITIVA Na descrição, essa apresentação de características é
verbal (oral ou escrita). Linguisticamente, a descrição
é tipicamente formada por predicações nominais
(Sujeito + Verbo de ligação + Predicativo) ou por
adjetivação (Substantivo + adjetivo (atributivo)).

No tipo textual dissertativo expositivo, o autor do


texto expõe/apresenta ideias, fatos, fenômenos. Por
DISSERTATIVA-
ser de caráter expositivo, não se busca convencer
EXPOSITIVA
o leitor em relação ao ponto de vista - pressupõe-
(EXPOSITIVA)
se, assim, que a dissertação expositiva apenas
apresenta a ideia, o fato ou o fenômeno.

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TIPOLOGIA PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

No tipo textual dissertação argumentativa,


diferentemente da dissertação expositiva, procura-
DISSERTATIVA-
se formar a opinião do leitor ou ouvinte, objetivando
ARGUMENTATIVA
convencê-lo de que a razão (o discernimento, o bom
(ARGUMENTATIVA)
senso, o juízo) está com o enunciador, de que quem
enuncia é que está de posse da verdade.

A propriedade básica do tipo textual injuntivo é:


ensinar/orientar/instruir o leitor/ouvinte/espectador
INJUNTIVA a realizar uma tarefa. Os textos injuntivos são
tipicamente estruturados por formas verbais no
infinitivo ou no modo imperativo.
Principais características das tipologias textuais

As questões sobre tipologia são, então, do tipo classificatórias. Você deve observar o texto,
identificar as propriedades textuais (em termos de tipologia) e realizar o “enquadro” em deter-
minada classificação.

Os textos são predominantemente de um tipo textual (às vezes, a banca usa o termo “essen-
cialmente”). Isso porque pode haver, em um mesmo texto, uma narração, uma descrição e
uma argumentação. O que determina a predominância é a função do texto: se a função é ar-
gumentar (defender um ponto de vista) e, para isso, faz-se uso de uma narração, o texto será
predominantemente argumentativo.

Para encerrar este assunto (e nossa síntese dos conteúdos mais importantes), vejamos as
características dos gêneros discursivos mais recorrentes em provas da banca IADES:
• Editorial: nesse gênero, discute-se uma questão, apresentando o ponto de vista do jor-
nal, da empresa jornalística ou do redator-chefe. É um gênero pertencente ao tipo textual
dissertativo-argumentativo;
• Artigo de opinião: neste gênero, busca-se convencer o leitor em relação a uma determi-
nada ideia. O autor do artigo de opinião não representa o ponto de vista do veículo que
publica o texto. Esse também é um gênero pertencente ao tipo textual dissertativo-ar-
gumentativo. Pode ocorrer o uso da primeira pessoa do singular, marcando o posiciona-
mento individual do articulista (aquele que escreve o artigo de opinião).

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IADES/CFA/ANALISTA/2010) O trecho “Ela está criando uma sociedade global, (...)”
estaria adequadamente transposto para a voz passiva analítica em:
a) “Ela será criada por uma sociedade global, (...)”.
b) “Uma sociedade global seria criada por ela, (...)”.
c) “Uma sociedade global está sendo criada por ela, (...)”.
d) “Ela poderia ser criada por uma sociedade global, (...)”.

A voz passiva analítica é aquela com o formato


[SUJEITO PACIENTE] + AUXILIAR SER + PARTICÍPIO + AGENTE DA PASSIVA (opcional)
A partir da oração ativa “Ela está criando uma sociedade global”, temos a seguinte formatação
da passiva analítica:

“Uma sociedade global está sendo criada por ela”.

O sujeito paciente “uma sociedade global” era o antigo objeto direto da ativa. O auxiliar ser está
em perífrase (do progressivo) e o agente da passiva está manifesto.
Letra c.

002. (IADES/CORREIOS/TÉCNICO/2017) A respeito das relações sintáticas que constituem


o período “Bill, que tinha 20 anos de idade na época, lutava na II Guerra Mundial e redigiu a car-
ta em janeiro de 1945.”, assinale a alternativa correta.
a) O pronome “que”, utilizado para retomar o termo “Bill”, desempenha a função de sujeito
da oração.
b) Por exigirem termos que lhes completem o sentido, todos os verbos classificam-se como
transitivos.
c) Os termos “na época” e “em janeiro de 1945” indicam circunstâncias referentes às ações
expressas, respectivamente, pelos verbos “tinha” e “redigiu”; portanto, funcionam como com-
plementos verbais.
d) Os verbos “lutava” e “redigiu” referem-se a um sujeito indeterminado.
e) A função desempenhada pelo termo “a carta” seria mantida na seguinte redação: A carta foi
redigida em janeiro de 1945.

Em “a”, de fato o pronome relativo que exerce função sintática de sujeito (da forma verbal ter)
e retoma o nome substantivo Bill.
Letra a.

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003. (IADES/SEASTER-PA/ENFERMEIRO/2019)

Com base na leitura compreensiva do texto, assinale a alternativa correta:


a) O propósito principal do texto é informar o leitor acerca da existência do trabalho infantil.
b) A informação mais importante do texto é introduzida pela construção “Segundo IBGE”.
c) A mensagem “Disque 100 e denuncie!” revela a intenção principal do texto.
d) O texto pretende principalmente comunicar à população que o trabalho infantil é crime.
e) A construção “#SomosSeaster” expressa uma mensagem indispensável para que o leitor
compreenda o objetivo principal do texto.

Bom, fica claro que o texto é uma campanha contra o trabalho infantil. Assim, excluímos as
alternativas (a) e (b) (porque o objetivo central não é apenas informar). A construção “#Somos-
Seaster” também não é uma mensagem indispensável, por isso a alternativa (e) está incorreta.
A informação introduzida por “Segundo o IBGE” não é a mais importante, porque o dado em si
não é capaz de transmitir a informação global do anúncio (a de que é preciso combater esse
tipo de atividade). Assim, a alternativa (c) é a correta, pois de fato a mensagem “Disque 100 e
denuncie!” é a mais importante (e traduz o objetivo central do texto).
Letra c.

004. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/2019)
A emergência do ciberespaço

Os primeiros computadores surgiram em 1945. Por muito tempo reservado aos militares,
seu uso civil disseminou-se durante os anos 1960. Já nessa época era previsível que o de-
sempenho do hardware aumentaria constantemente, mas que haveria um movimento geral de

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virtualização da informação e da comunicação, afetando os dados elementares da vida social;


ninguém, com a exceção de alguns visionários, poderia prever. Os computadores ainda eram
grandes máquinas de calcular, isoladas em salas refrigeradas. A virada fundamental data, tal-
vez, dos anos 1970. O desenvolvimento e a comercialização do microprocessador dispararam
diversos processos econômicos e sociais. Eles abriram uma nova fase na automação da pro-
dução industrial: robótica, linhas de produção flexíveis, máquinas industriais com controles
digitais etc. Presenciaram também o princípio da automação de alguns setores, como bancos
e seguradoras. Essa tendência continua em nossos dias.
LÉVY, Pierre. A infraestrutura técnica do virtual. In: Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo:
Ed. 34, 1999, p. 31, com adaptações.

Com relação à tipologia, assinale a alternativa correta.


a) Os dois primeiros períodos do texto correspondem ao tópico-frasal de um parágrafo argu-
mentativo, em que se apresenta um ponto de vista acerca dos primeiros computadores.
b) O parágrafo apresenta características de texto injuntivo, visto que pretende convencer o lei-
tor da importância do uso de computadores em bancos e seguradoras.
c) O parágrafo corresponde à introdução de um texto narrativo, em que se apresenta a história
da evolução dos computadores.
d) O texto é predominantemente informativo, já que pretende apenas apresentar fatos que
compõem uma breve história dos computadores e a importância deles.
e) O texto é predominantemente descritivo, uma vez que objetiva pormenorizar o funcionamen-
to dos computadores do respectivo surgimento aos dias de hoje.

A tipologia predominante é a dissertativa-expositiva. Não há traços de injunção, por isso a


alternativa (b) está incorreta. No primeiro período, não há qualquer marca de argumentação,
por isso a alternativa (a) está incorreta. Há traços de narração, mas essa tipologia não é pre-
dominante (por isso a alternativa (c) está incorreta). Por fim, o objetivo central do texto não é
descrever, mas informar sobre a história de computadores.
Letra d.

005. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/2019)
A emergência do ciberespaço

Os primeiros computadores surgiram em 1945. Por muito tempo reservado aos militares, seu
uso civil disseminou-se durante os anos 1960. Já nessa época era previsível que o desempenho do
hardware aumentaria constantemente, mas que haveria um movimento geral de virtualização
da informação e da comunicação, afetando os dados elementares da vida social; ninguém,
com a exceção de alguns visionários, poderia prever. Os computadores ainda eram grandes
máquinas de calcular, isoladas em salas refrigeradas. A virada fundamental data, talvez, dos

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anos 1970. O desenvolvimento e a comercialização do microprocessador dispararam diversos


processos econômicos e sociais. Eles abriram uma nova fase na automação da produção in-
dustrial: robótica, linhas de produção flexíveis, máquinas industriais com controles digitais etc.
Presenciaram também o princípio da automação de alguns setores, como bancos e segurado-
ras. Essa tendência continua em nossos dias.
LÉVY, Pierre. A infraestrutura técnica do virtual. In: Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo:
Ed. 34, 1999, p. 31, com adaptações.

Assinale a alternativa em que o referente semântico do pronome destacado está corretamen-


te indicado.
a) “Essa tendência continua em nossos dias.” (linha 18) - automação de alguns setores.
b) “Já nessa época era previsível” (linhas 3 e 4) - em 1945.
c) “seu uso civil disseminou-se durante os anos 1960” (linhas 2 e 3) - dos militares.
d) “Eles abriram uma nova fase” (linhas 13 e 14) - diversos processos econômicos.
e) “Essa tendência continua em nossos dias.” (linha 18) - de 1945 até a atualidade.

O referente do pronome “essa” é “automação de alguns setores”.


b) Errada. Na verdade, retoma “anos 1960”.
c) Errada. Na verdade, retoma “computadores”.
d) Errada. Na verdade, retoma “o desenvolvimento e a comercialização”.
e) Errada. Os “dias atuais” do autor do texto diferem da nossa “atualidade”. Além disso, a ten-
dência não se iniciou em 1945.
Letra a.

006. (IADES/CFM/ANALISTA/2018/ADAPTADA)
[...] Essa influência se fez sentido em maior grau em Monteiro Lobato. Seu contato com as
pesquisas de Manguinhos levaram o criador de Emília, integrante da célebre turma do Sítio do
Picapau Amarelo, a alterar completamente a concepção de um de seus famosos personagens,
o Jeca Tatu [...].
No trecho acima, as vírgulas isolam uma expressão que exerce a função sintática de:
a) adjunto adverbial.
b) aposto.
c) complemento nominal.
d) adjunto adnominal.
e) vocativo.

As vírgulas isolam um aposto. Isso porque os termos possuem a mesma natureza categorial
(substantiva) e referem-se à mesma entidade:
Emília = integrante da célebre turma do Sítio do Picapau Amarelo
Letra b.

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007. (IADES/CRESS-MG/AUXILIAR/2016)

Assinale a alternativa cuja oração apresenta um termo com a mesma função sintática do vo-
cábulo destacado no período “Machistas não passarão!”.
a) Machistas, vocês não passarão!
b) Não passarão machistas!
c) Não passarão, machistas!
d) As pessoas que são machistas não passarão!
e) Vocês, machistas, não passarão!

O termo Machistas exerce função sintática de SUJEITO. A posição canônica do sujeito em


português é pré-verbal. No entanto, esse sujeito pode ocorrer após o verbo (continuando a
ser o sujeito sintático). É isso o que ocorre em (b): se perguntarmos “quem não passará?”, a
resposta continua a ser machistas.
Em (a), (c) e (d), o termo machistas é vocativo (daí ser separado por vírgula(s)).
Em (d), o termo é núcleo de um predicado nominal – não sendo, portanto, sujeito sintático).
Letra b.

008. (IADES/CRC-MG/MOTORISTA/2015) Considerando o trecho “Houve ainda orienta-


ções a respeito de saúde.”, assinale a alternativa correta quanto à classificação do sujeito
dessa oração.
a) Simples.
b) Elíptico.
c) Composto.
d) Indeterminado.
e) Oração sem sujeito.

O verbo haver, utilizado no trecho com o sentido de existir (haver existencial) é impessoal.
Por isso, a ele não será atribuído um sujeito e sua flexão estará sempre em terceira pessoa
do singular.
Na tradição gramatical, as orações desse tipo são sem sujeito.
Letra e.

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009. (IADES/EBSERH/ENGENHEIRO/2015)
1| A segurança no trabalho possibilita a realização de uma atividade profissional de modo mais
organizado. Isso leva não somente a evitar acidentes, mas também ao aumento da produção,
pois, tornando o ambiente agradável, certamente a maioria dos funcionários produzirá mais e
com melhor qualidade.
7| A segurança no trabalho proporciona também melhorias nas relações entre patrões e fun-
cionários, uma vez que, quando o funcionário percebe melhorias no ambiente profissional,
passa a ter mais comprometimento com a empresa. Dessa forma, haverá resultados em pro-
dutos qualitativamente melhores. Portanto, é importante que todo profissional de segurança
no trabalho tenha a capacidade técnica necessária para avaliar desde os grandes riscos até os
pequenos, afinal o pequeno risco de hoje pode se tornar grande amanhã.
Considerando as orações do texto, assinale a alternativa que indica termo que representa o
sujeito da respectiva oração.
a) “trabalho” (linha 1).
b) “o ambiente agradável” (linha 4).
c) “a empresa” (linhas 10 e 11).
d) “a capacidade técnica” (linhas 13 e 14).
e) “o pequeno risco de hoje” (linha 15).

A classificação sintática de cada um dos termos é a seguinte:


Núcleo de adjunto adnominal (termo preposicionado).
Complemento de um verbo transitivo predicativo.
Complemento nominal (termo preposicionado).
Complemento verbal.
Sujeito da forma verbal tornar-se.
Letra e.

010. (IADES/CORREIOS/TÉCNICO/2017) A respeito das relações sintáticas que constituem


o período “Bill, que tinha 20 anos de idade na época, lutava na II Guerra Mundial e redigiu a car-
ta em janeiro de 1945.”, assinale a alternativa correta.
a) O pronome “que”, utilizado para retomar o termo “Bill”, desempenha a função de sujeito
da oração.
b) Por exigirem termos que lhes completem o sentido, todos os verbos classificam-se como
transitivos.
c) Os termos “na época” e “em janeiro de 1945” indicam circunstâncias referentes às ações
expressas, respectivamente, pelos verbos “tinha” e “redigiu”; portanto, funcionam como com-
plementos verbais.
d) Os verbos “lutava” e “redigiu” referem-se a um sujeito indeterminado.

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e) A função desempenhada pelo termo “a carta” seria mantida na seguinte redação: A carta foi
redigida em janeiro de 1945.

Em (a), de fato o pronome relativo que exerce função sintática de sujeito (da forma verbal ter)
e retoma o nome substantivo Bill.
Agora precisamos observar os erros de análise nas alternativas (b), (c), (d) e (e).
b) Errada. O verbo lutar é intransitivo (no contexto de ocorrência), e por isso não exige
complemento.
c) Errada. Os termos “na época” e “em janeiro de 1945” indicam circunstâncias referentes às
ações expressas, respectivamente, pelos verbos “tinha” e “redigiu” [ATÉ AQUI, TUDO CERTO].
No entanto, contrariamente ao que se afirma no item, os termos destacados não são comple-
mentos verbais, mas sim adjuntos.
Letra a.

011. (INÉDITA/2021) “À margem dos combates contra a covardia jornalística, as capitulações


da social-democracia e a militarização, o satírico vienense Karl Kraus (1874-1936) desenvolveu
uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial. Um século depois,
seu eco ressoa na voz daqueles que denunciam os maus-tratos animais, elevados, em tempos
de paz, a uma escala industrial”.
A correta afirmação sobre esse trecho é:
a) Karl Kraus apoiava a covardia jornalística, as capitulações da social-democracia e a mi-
litarização.
b) a estrutura “À margem de” indica que a reflexão de Karl Kraus estava alinhada às outras
temáticas em voga à época.
c) o segundo período do trecho denota que a reflexão de Karl Kraus não teve impacto no
século XXI.
d) ao longo do texto, o autor utiliza recursos linguísticos para situar temporalmente os eventos,
seja pela flexão verbal, seja por expressões como “na Primeira Guerra Mundial”, “um século
depois” e “em tempos de paz”.
e) o termo “elevados” modifica “daqueles”.

Na alternativa (d), correta, analisam-se adequadamente as estruturas linguísticas que concor-


rem para se situar temporalmente o texto.
Eis o porquê de as alternativas (a), (b), (c) e (e) estarem incorretas.
a) Errada. Não se pode afirmar que Karl Kraus apoiava a covardia jornalística, as capitulações
da social-democracia e a militarização. O que se pode afirmar é que Karl Kraus desenvolveu
uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial.

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b) Errada. A estrutura “à margem de” não indica que a reflexão de Karl Kraus estava alinhada às
outras temáticas, mas que se colocava fora do âmbito das temáticas em voga à época.
c) Errada. Contrariamente ao que se afirma nessa alternativa, lemos que “Um século depois,
seu eco ressoa na voz daqueles que denunciam maus tratos” (ou seja, a reflexão proposta por
Karl Kraus teve impacto no século XXI).
e) Errada. Diferentemente do proposto na alternativa, o termo “elevados” modifica “maus-tra-
tos animais”.
Letra d.

012. (INÉDITA/2021) “À margem dos combates contra a covardia jornalística, as capitulações


da social-democracia e a militarização, o satírico vienense Karl Kraus (1874-1936) desenvolveu
uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial. Um século depois,
seu eco ressoa na voz daqueles que denunciam os maus-tratos animais, elevados, em tempos
de paz, a uma escala industrial”.
A estrutura “seu eco” retoma:
a) “Um século”.
b) “uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial”.
c) “a Primeira Guerra Mundial”.
d) “a militarização”.
e) “a covardia jornalística”.

O termo “seu eco” é um elemento de coesão referencial do tipo anafórico (isto é, retoma um
referente anterior). O referente, pelas relações semântico-discursivas, é “uma reflexão sobre o
tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial” (alternativa (b)). Como o referente já está
estabelecido, todas as demais alternativas se tornam inválidas ((a), (c), (d) e (e)).
Letra b.

013. (INÉDITA/2021) Em todas as frases abaixo há advérbios destacados; o advérbio que ex-
pressa a opinião do autor da frase é:
a) Lentamente, a lama com rejeitos avançou pela cidade.
b) O pintor olhava atentamente cada detalhe de sua obra.
c) Felizmente, o candidato a vereador foi denunciado por irregularidades na campanha eleitoral.
d) O foragido atravessou a fronteira rapidamente.
e) A professora ensinava calmamente quando foi surpreendida pela explosão.

Os advérbios tradicionalmente expressam o modo como um evento verbal ocorre. Isso acon-
tece em (a), (b), (d) e (e): lentamente, atentamente, rapidamente e calmamente. Em (c),

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diferentemente, o advérbio “felizmente” é relativo à perspectiva do enunciador da frase, não


estando relacionado ao evento verbal “foi denunciado”. A interpretação, então, é que o enuncia-
dor da frase considera positivo o fato de o candidato ter sido denunciado por irregularidades
na campanha eleitoral.
Letra c.

014. (INÉDITA/2021) A frase “Irregularidades na ANTT foram denunciadas pelos jornalistas


da Le Monde Diplomatique” está escrita na voz passiva analítica com o verbo “ser”; se transfor-
mássemos essa frase para a voz ativa, a forma correta seria:
a) Denunciaram-se irregularidades na ANTT pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique.
b) Foram denunciadas irregularidades na ANTT pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique.
c) Denunciaram irregularidades na ANTT.
d) Denunciou-se irregularidades na ANTT.
e) Os jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram irregularidades na ANTT.

Na voz ativa, o sujeito sintático é equivalente ao objeto direto da ativa. Se a passiva for analítica
e houver o agente da passiva, esse agente da passiva é o sujeito sintático da ativa. Por isso, a
sentença passiva “Irregularidades na ANTT foram denunciadas pelos jornalistas da Le Monde
Diplomatique” deve ser reescrita na ativa tendo em vista que: (i) a estrutura “irregularidades na
ANTT” será o objeto direto; “pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique” (que é o agente da
passiva) será sujeito. A forma verbal “foram denunciadas” está no pretérito perfeito do indica-
tivo, e esse tempo-modo verbal se mantém na ativa: denunciou(aram). A ativa será, então: os
jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram irregularidades na ANTT (alternativa (e)).
a) Errada. Trata-se de uma passiva sintética com agente da passiva (o que é impossível).
b) Errada. Trata-se de uma passiva analítica com mudança de ordem, não de uma ativa.
c) Errada. Trata-se de uma construção de sujeito indeterminado (sendo que, na sentença pas-
siva analítica, o agente da passiva se faz presente (e, por isso, a ativa deve ter sujeito explícito:
os jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram).
d) Errada. Trata-se de uma construção passiva sintética com desvio de concordância (note
que o verbo é transitivo direto e que o sujeito no plural está posposto. Não se pode considerar,
então, que se trata de uma construção com “se” impessoal).
Letra e.

015. (INÉDITA/2021) A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por ra-
zão diferente dos demais é:
a) À meia noite, os fogos explodiram no céu de Copacabana.
b) O candidato não entregou o extrato à Receita Federal.
c) O escritor deu um livro autografado à fã.

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d) O assessor atribuiu culpa à editora.


e) À relatora, o assessor apresentou o parecer técnico.

Em (a), a crase ocorre porque a preposição introduz um adjunto adverbial (de tempo, relativo a
quando os fogos explodiram). A preposição introdutora é “a” e o termo adjunto também é for-
mado por artigo determinado feminino “a” (havendo a junção, a crase se aplica). Esse é o único
caso de crase ocorrendo em expressão adverbial. Nas demais alternativas, a crase ocorre por
razões semelhantes (isto é, em (b), (c), (d) e (e) a crase é aplicada pelas mesmas razões; em
(a), a crase se aplica por uma razão distinta):
b) Errada. Crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (entregar) + presença de artigo
definido feminino.
c) Errada. Crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (dar) + presença de artigo defini-
do feminino.
d) Errada. Crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (atribuir) + presença de artigo
definido feminino.
e) Errada. Crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (apresentar) + presença de artigo
definido feminino. Nesse caso, o objeto indireto está deslocado para o início da oração. Em
ordem direta, teríamos: O assessor apresentou o parecer técnico à relatora.
Letra a.

016. (INÉDITA/2021) Em “O programa de privatizações do Reino Unido dos anos 1980-1990,


comandado pela primeira-ministra Margaret Thatcher, foi o caso paradigmático, que serviu de
modelo para diversos países”, a forma destacada é um pronome relativo que exerce função
sintática de sujeito da oração subordinada adjetiva explicativa; a opção em que a forma “que”
possui a mesma classificação é:
a) “Em agosto, constatamos que a pandemia do novo coronavírus estava longe do fim”
b) “O governo pretende avançar muito mais no processo de privatização com a venda dos Cor-
reios, da Eletrobras e de subsidiárias da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras, que pretende
vender oito de suas refinarias”
c) “O artigo de Stevan Thomas e o livro de Jean Hansen e Jacques Perceboais deixam isso mui-
to evidente, inclusive mostrando que as agências reguladoras do Reino Unido e da França têm
perdido espaço para uma atuação mais direta do Estado, por meio de políticas discricionárias”
d) “Estudo recente sobre o mercado de refino da Europa concluiu que ‘dividir a indústria em
players menores para incentivar mais concorrência pode levar a preços mais altos para os
consumidores’”
e) “Na verdade, essa é a retorica atual que legitima um processo de privatização que está asso-
ciado à geração de novos espaços para ampliação do capital privado nacional e internacional”

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Em (b), o termo “que” é pronome relativo (a Petrobras), exercendo a função sintática de sujeito
da oração subordinada adjetiva explicativa (sujeito da forma verbal “pretende”). As demais
classificações do “que” são estas:
a) Errada. O “que” é uma conjunção integrante que introduz oração subordinada substantiva
objetiva direta.
c) Errada. O “que” é uma conjunção integrante que introduz oração subordinada substantiva
objetiva direta.
d) Errada. O “que” é uma conjunção integrante que introduz oração subordinada substantiva
objetiva direta.
e) Errada. O “que” é um pronome relativo (a “um processo de privatização”) que exerce função
sintática de sujeito de uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Letra b.

017. (INÉDITA/2021) Na redação de um texto, podem ocorrer dificuldades no registro de vo-


cábulos da língua portuguesa; a opção abaixo em que todas as palavras estão graficamente
corretas é:
a) supérfulo; exceção; beneficiente.
b) extender; assessor; aquiecência.
c) idéia; mandato; econômicamente.
d) alhures; alheiro; alheamento.
e) míster; mandado; bitributação.

Não há que se falar do registro das palavras em (d), pois estão de acordo com o estabelecido
no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Em (a), (b), (c) e (e), diferentemente,
há palavras registradas em desacordo com o VOLP. São elas:
a) Errada. Supérfulo>supérfluo; exceção; beneficiente>beneficente.
b) Errada. Extender>estender; assessor; aquiecência>aquiescência.
c) Errada. Idéia>ideia; mandato; econômicamente>economicamente.
e) Errada. Míster>mister; mandado; bitributação.
Letra d.

018. (INÉDITA/2021) Na frase “Você quer chegar num ponto, mas não tem ainda o caminho
feito”, a conjunção sublinhada pode ser adequadamente substituída por:
a) portanto
b) porém
c) porquanto

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d) logo
e) consoante

A conjunção “mas”, no trecho em análise, é um conectivo adversativo. Por isso, pode ser subs-
tituída por “porém” (alternativa (b)), “contudo”, “no entanto”, “entretanto”. As demais conjun-
ções possuem outras funções conectivas, denotando:
a) Errada. Conclusão.
c) Errada. Explicação.
d) Errada. Conclusão.
e) Errada. Conformidade.
Letra b.

019. (INÉDITA/2021) Na frase “A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade o cor-
rompe e torna-o miserável”, as formas destacadas são pronomes. Sobre elas, é incorreto
afirmar que:
a) Estão em posição enclítica em relação às formas verbais “corrompe” e “torna”.
b) Retomam, por anáfora, o termo “o homem”.
c) Exercem a função sintática de objeto direto das formas verbais “corrompe” e “torna”.
d) Não podem ser substituídas por formas pronominais retas, como “corrompe ele” e “torna ele”.
e) A forma pronominal em “torna-o” é predicada pelo adjetivo “miserável”.

As alternativas (b), (c), (d) e (e) analisam corretamente aspectos relativos às formas prono-
minais “o” e “o”. Em (a), no entanto, há erro de análise, já que apenas a forma pronominal em
“torna-o” está enclítica ao verbo (isto é, após o verbo). A forma pronominal em “o corrompe”
está proclítica ao verbo (isto é, antes do verbo).
Letra a.

020. (INÉDITA/2021) No fenômeno de ambiguidade, uma palavra ou uma frase podem ser
interpretadas de duas ou mais maneiras.
A frase abaixo em que não há ambiguidade é:
a) A professora pegou o livro emprestado.
b) Abandonei-o revoltado.
c) Aquele canto era o preferido da Ester.
d) A polícia chegou rapidamente ao local do acidente.
e) O Rafael viu a menina com o binóculos.

Em (d), não há ambiguidade: não se pode interpretar outra coisa que não “a polícia chegou ra-
pidamente ao local do acidente”. Em (a), (b), (c) e (e), diferentemente, é possível haver mais de
uma interpretação para cada sentença:

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a) Errada. A professora pode ter solicitado um livro por empréstimo (de uma biblioteca, por
exemplo); a professora pode ter pego de volta um livro (dela) que ela havia emprestado a alguém.
b) Errada. Quem abandonou estava revoltado; quem foi abandonado estava revoltado.
c) Errada. O canto pode ser “melodia ou conjunto de melodias cantadas” ou “local retira-
do; recanto”
e) Errada. O Rafael utilizou um binóculos para ver a menina; a menina vista por Rafael utilizava
binóculos.
Letra d.

021. (INÉDITA/2021) “Aprendemos a escrever, aprendemos a ler, aprendemos sobre nossa an-
cestralidade e nossa capacidade de produzir mundos diferentes daquele que encontramos ao
chegar aqui. Em saraus espalhados pelas periferias, nós nos alfabetizamos de fato quando
não tínhamos dinheiro nem sequer para um busão até o centro da cidade.”
Há marca de coloquialidade no trecho:
a) “aprendemos sobre nossa ancestralidade”
b) “Em saraus espalhados pelas periferias, nós nos alfabetizamos”
c) “para um busão até o centro da cidade”
d) “Em saraus espalhados pelas periferias”
e) “nossa capacidade de produzir mundos diferentes daquele que encontramos ao chegar aqui”

O traço de coloquialidade se faz presente apenas no registro do vocábulo “busão” (a forma não
coloquial é ônibus: transporte coletivo), na alternativa (c). Nos demais trechos (em (a), (b), (d) e
(e)), não há traços de coloquialidade (seja por vocabulário, seja por estrutura morfossintática).
Letra c.

022. (INÉDITA/2021) A frase que exemplifica um caso de linguagem figurada é:


a) O dólar é uma moeda estável.
b) O Brasil está queimando.
c) A atriz acusa o diretor de assédio.
d) Os empresários apresentaram um manifesto ao governo.
e) O Ministro Celso de Mello antecipa aposentadoria e deixará STF em 13 de outubro.

A linguagem figurada está presente em (b), já que a expressão “O Brasil está queimando” não
significa “toda a extensão territorial da República Federativa do Brasil está sendo tomada pelo
fogo”. Pela expressão, quer-se dizer que os focos de queimadas estão se ampliando por muitas
áreas (e, para destacar que as áreas são extensas e que e os focos são muitos, há uma espécie
de exagero na afirmação, de ampliação do espaço em que as queimadas estão presentes).

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Nas demais alternativas, não há linguagem figurada, mas literal (o que se afirma em (a), (c), (d)
e (e) traduz exatamente o que se vê em realidade).
Letra b.

023. (INÉDITA/2021) A frase abaixo em que a substituição proposta não mantém os sentidos
originais é:
a) A população das cidades aumentou nos últimos anos / A população urbana aumentou nos
últimos anos
b) Ele jantou com alegria / Ele jantou alegremente
c) O professor viaja de seis em seis meses / O professor viaja semestralmente
d) O rapaz havia comprado um produto falsificado / O rapaz comprou um produto falsificado
e) Leio muito para ficar informado / Leio muito a fim de ficar informado.

Os pares “das cidades/urbano”, “com alegria/alegremente”, “de seis em seis meses/semes-


tralmente” e “para/a fim de” são, nos trechos em análise, semantica e sintaticamente equiva-
lentes – e, por isso, intercambiáveis. No entanto, não se pode subsituir “havia comprado” por
“comprou”, já que a substituição não mantém o tempo verbal. Em “havia comprado”, temos
o pretérito mais-que-perfeito; em “comprou”, temos o pretérito perfeito. A forma correta para
substituir “havia comprado” é “comprara”.
Letra d.

024. (INÉDITA/2021) A frase em que o emprego da vírgula se mostra inadequado é:


a) “As multinacionais norte-americanas, recorrem frequentemente à filantropia para mascarar
os crimes que as enriqueceram”
b) “Nos Estados Unidos, o patrimônio da maioria das famílias afro-americanas permanece
abaixo dos US$ 20.000”
c) “As famílias afro-americanas devem, por isso, residir em bairros pobres e matricular seus
filhos em escolas medíocres”
d) “O Mapa da Violência 2019, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), é categórico”
e) “Essas práticas de violação, violência policial e racismo têm sido denunciadas pelo movi-
mento negro brasileiro há décadas”

Em (a), o emprego da vírgula é inadequado porque separa o sujeito (“As multinacionais norte-a-
mericanas”) de seu predicado (“recorrem frequentemente à filantropia para mascarar os crimes
que as enriqueceram”). Nas demais alternativas, a vírgula está empregada corretamente, pois:
b) Errada. Isola adjunto deslocado.
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c) Errada. Isola expressão explicativa.


d) Errada. Isola expressão intercalada.
e) Errada. Isola expressão coordenada.
Letra a.

025. (INÉDITA/2021)
“Quando o joelho de um policial branco norte-americano sufocou e matou George Floyd, muitos
de nós por aqui pudemos sentir o peso daquele corpo sobre o pescoço e também os últimos
suspiros deste, agora símbolo contemporâneo eterno contra a brutalidade racial e do combate
ao racismo.”
Sobre o texto, é correto afirmar que:
a) o autor é indiferente em relação ao caso George Floyd.
b) o trecho “pudemos sentir o peso daquele corpo sobre o pescoço” é literal.
c) a forma anafórica “deste” retoma “um policial branco norte-americano”
d) ao utilizar a primeira pessoa do plural (“muitos de nós”; “pudemos”), o autor do texto busca
se aproximar do leitor, de modo a engajá-lo em relação ao que se diz.
e) a forma anafórica “daquele” retoma “George Floyd”.

A alternativa (d) está correta porque o uso da primeira pessoa do plural é, de fato, recurso
discursivo para aproximar o leitor (em relação ao que se defende no texto, buscando convenci-
mento/engajamento). Agora, falemos das alternativas incorretas:
a) Errada. Como podemos comprovar pela leitura dos trechos “muitos de nós pudemos sentir
o peso daquele corpo sobre o pescoço e também os últimos suspiros deste”, o autor não é
indiferente em relação ao caso George Floyd.
b) Errada. O trecho “pudemos sentir o peso daquele corpo sobre o pescoço” é figurado, pois o
autor do texto não sentiu, efetivamente, o peso de um corpo sobre o pescoço; em verdade, ele
se coloca, virtualmente, no lugar de George Floyd, imaginando como foi o sofrimento enfren-
tado por este.
c) Errada. A forma anafórica “deste” retoma “George Floyd”.
e) Errada. A forma anafórica “daquele” retoma “um policial branco norte-americano”.
Letra d.

026. (INÉDITA/2021)
“São diversos os argumentos utilizados para defender a abertura das escolas e o retorno às ati-
vidades presenciais depois de meses de isolamento. Nas redes de ensino, muitos ainda apos-
tam na possibilidade de “salvar” o ano letivo de 2020, o que permitiria economizar os esforços
orçamentários e burocráticos primordiais a um processo seguro de retomada e reposição das
atividades letivas”

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A opção em que a afirmativa está incorreta é:


a) o sujeito da forma verbal “são”, no primeiro período, está posposto.
b) a expressão adverbial “Nas redes de ensino” é separada por vírgula porque está deslocada
de sua posição original.
c) o sujeito da forma verbal “apostam” é “muitos”.
d) a forma verbal “permitiria” denota hipótese e está flexionada no modo subjuntivo.
e) o uso das aspas em “salvar” marca um ponto de vista do autor do texto em relação à temá-
tica abordada.

As afirmativas em (a), (b), (c) e (e) estão corretas. Em (d), no entanto, há incorreção: a forma
“permitiria” não está flexionada no modo subjuntivo, mas no modo indicativo (tempo futuro
do pretérito). Lembrando: o futuro do pretérito do indicativo também pode denotar hipótese,
possibilidade, irrealidade.
Letra d

027. (INÉDITA/2021) Todas as frases abaixo sofreram a mesma alteração; a opção em que a
mudança causa erro de regência verbal é:
a) Todos acudiram ao candidato / Todos acurdiram o candidato
b) O residente assistiu ao paciente enfermo / O residente assistiu o paciente enfermo
c) O perfume de que eu gosto não está mais disponível / O perfume que eu gosto não está mais
disponível
d) O prefeito eleito declinou do cargo / O prefeito eleito declinou o cargo
e) Ele não sofreu com a doença, pois goza de boa saúde / Ele não sofreu com a doença, pois
goza boa saúde

Atenção! Atenção! Atenção! Erro de regência é diferente de “diferentes regências”. Em (a), (d) e
(e), temos casos de dupla regência (acudir/acudir a; declinar/declinar de; gozar/gozar de). Em
(b), o verbo “assistir” pode ser transitivo indireto (regendo preposição “a”, com sentido de “pre-
senciar”) ou transitivo direto (com sentido de “prestar socorro”). Não há, então, erro de regência
nessas estruturas, mas diferentes regências.
Em (c), diferentemente, a forma “O perfume que eu gosto não está mais disponível” contém
erro de regência, pois o pronome “que” precisa ser introduzido pela preposição “de”, regida pelo
verbo “gostar”.
Letra c.

028. (INÉDITA/2021) “Apesar de as entidades patronais assegurarem que o sol já pode brilhar
nas escolas particulares, a dúvida permanece”
No trecho, o conectivo “apesar de” pode ser substituído por:
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a) visto que
b) conquanto
c) assim como
d) desde que
e) a menos que

A forma “apesar de” possui valor concessivo, exatamente como a forma “conquanto”, em (b).
As demais formas possuem outros valores:
a) Errada. Causal.
c) Errada. Comparativo.
d) Errada. Condicional.
e) Errada. Condicional.
Letra b.

029. (INÉDITA/2021) A frase em que o “se” possui valor condicional é:


a) Feriu-se gravemente no clube de tiro.
b) Vive-se muito bem nos países com IDH alto .
c) Se ele trouxer o abridor, beberemos vinho.
d) Compraram-se muitas máscaras no início da pandemia.
e) Foi-se embora, reclamando.

Apenas em (c) a forma “se” possui valor condicional (equivalendo à reescrita “caso ele traga”).
Nas demais alternativas, o “se” é classificado como:
a) Errada. Pronome reflexivo.
b) Errada. Índice de indeterminação do sujeito.
d) Errada. Partícula apassivadora.
e) Errada. Partícula expletiva, sem função sintática.
Letra c.

030. (INÉDITA/2021) Na coesão referencial, a catáfora ocorre quando um termo antecipa o


que ainda vai ser dito. A frase abaixo em que há uma catáfora é:
a) Até agora não falei com a Ana. Ela disse que traria o arquivo.
b) Busco aquele vinil há muitos anos, mas até hoje não o encontrei.
c) Toda a literária ocidental se resume a isto: traição, vingança e arrependimento.
d) Dívidas de Trump superam US$ 1 bi, mas boa parte delas vence nos próximos anos.
e) A proposta, que viola a Constituição Federal, foi feita pelo deputado Heitor Neves.

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Apenas ocorre catáfora em (c), já que o pronome “isto” antecipa os termos “traição, vingança e
arrependimento”. Nas demais alternativas, os pronomes são anafóricos, retomando:
a) Errada. Ana = ela.
b) Errada. Vinil = o.
d) Errada. Dívidas de Trump = delas.
e) Errada. A proposta = que (pronome relativo).
Letra c.

Texto
A estética dos programas policialescos chega ao notíciário tradicional
O fenômeno dos programas denominados policialescos tem se espalhado por todo o Bra-
sil. É raro atualmente encontrar uma emissora de TV que não tenha em sua programação esse
tipo de produto. Cadáveres expostos e exibição de assassinatos e de imagens de pessoas
suspeitas, detidas em delegacias sob a tutela do Estado, passaram a dar o tom das pautas dos
jornalísticos exibidos em horário nobre. Telejornais de emissoras como a TV Globo e Bandei-
rantes, inicialmente resistentes ao uso deste gênero de narrativa, também passaram a realizar
reportagens utilizando-se dessa estética.
Considerados bastante rentáveis, os policialescos se utilizam do sensacionalismo como
um dos principais recursos para captar e manter a atenção dos telespectadores, multiplicar
audiências e, consequentemente, valorizar o espaço comercial e aumentar o faturamento das
emissoras. No horário do almoço ou à noite, durante o ano de 2019, a família reunida em casa
ligou a TV e assistiu, cada vez mais, a um desfile de violações trazido por tais programas.
Entre os telejornais que veiculam este tipo de programação está o CETV, da TV Verdes
Mares, afiliada da Rede Globo no Ceará. O jornal vai ao ar de segunda a sábado ao meio-dia
e é apresentado por Luís Esteves e Nádia Barros. No dia 9 de dezembro de 2019, o programa
exibiu imagens do assassinato de um motorista de aplicativo na cidade de Caucaia, interior do
estado, captadas por uma câmera de segurança. O telespectador pode assistir ao momento da
execução do trabalhador, narrado pela apresentadora.
Já no dia 14 de dezembro, o apresentador Luís Esteves fez um pré-julgamento sobre a
detenção de um adolescente na cidade de Fortaleza. “Um adolescente de 15 anos, poderia ‘tá’
numa escola de tempo integral, pensando no futuro, mas não, foi apreendido depois de assal-
tar um motociclista”, diz o apresentador, para em seguida ressaltar que aquela já era a terceira
vez que o “menor infrator” era pego pela Polícia Militar, incitando o telespectador a considerar
que aquele adolescente não teria mais possibilidade de ressocialização e infringindo, assim,
o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990). A maneira utilizada pelo apresentador

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para noticiar o fato não condiz com o papel do jornalismo, já que o programa cria uma atmosfera
de minitribunal para julgar a vida do jovem, em um ato de criminalização da juventude perante
o público.
Mabel Dias. Le Monde Diplomatique, 7 de maio de 2020

031. (INÉDITA/2021) De acordo com o Texto, assinale a alternativa correta.


a) Para a autora, o papel do jornalismo é julgar a vida de indivíduos que cometem ações
criminosas.
b) A autora defende o uso de sensacionalismo como um recurso para manter e captar a aten-
ção dos telespectadores, gerando mais renda para as emissoras de TV.
c) Nos parágrafos três e quatro, a autora busca convencer o leitor acerca de seu ponto de vista
por meio da apresentação de exemplos concretos de jornais policialescos, os quais utilizam
estratégias sensacionalistas para captar audiência.
d) No segundo período do quarto parágrafo, a forma ‘tá’ é uma marca de oralidade, a qual re-
força o caráter formal da linguagem do apresentador Luís Esteves.
e) O vocábulo “desfiles”, no último período do segundo parágrafo, é utilizado em sentido
denotativo.

As afirmativas em (a) e (B) são contrárias ao ponto de vista defendido pela autora do texto.
A alternativa (D) está errada porque o registro “tá” (redução de “está”) não reforça o caráter
formal da linguagem do apresentador Luís Esteves, mas o caráter informal (típico de jornais
policialescos). A alternativa (E) está incorreta porque o vocábulo “desfiles” não está sendo uti-
lizado em sentido denotativo, mas conotativo.
A alternativa (C) apresenta uma análise compatível com a estrutura do texto.
Letra c.

032. (INÉDITA/2021) No excerto “No dia 9 de dezembro de 2019, o programa exibiu ima-
gens do assassinato de um motorista de aplicativo na cidade de Caucaia [...]”, a vírgula é em-
pregada para
a) isolar aposto.
b) isolar vocativo.
c) separar complemento verbal deslocado.
d) isolar termo adjunto deslocado.
e) separar termos coordenados.

No trecho em destaque, a vírgula é empregada para isolar termo adjunto deslocado.


Note que não se trata de: vocativo (porque não tem função discursiva de chamamento); um
aposto (não é uma estrutura com semelhança categorial e referencial (em relação a outro termo));

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complemento verbal (porque o verbo “exibiu” só exige complemento direto, expresso em “ima-
gens do assassinato[...]”); termo coordenados (porque apenas ele é de natureza preposiciona-
da, não havendo outra estrutura semelhante para estabelecer coordenação).
Letra d.

Com base em Marx e Darwin, romance de Marcelo Rubens Paiva ‘é aula leve de filosofia’
Um orangotango, enjaulado em um instituto científico, escapa à noite para ler na bibliote-
ca. Ele começa lendo quadrinhos do Batman, mas logo passa aos filósofos gregos, a Hegel, a
Darwin e, enfim, a Marx. Torna-se um orangotango darwinista-marxista que, de sua jaula, tece
comentários e críticas aos humanos. Ao se ver transferido a um zoológico, depois de muito
usado pela ciência, ele se revolta e começa a colocar seus conhecimentos em prática: passa a
planejar a revolução dos bichos.
É este o enredo de O orangotango marxista, novo romance de Marcelo Rubens Paiva, re-
cém-lançado pelo selo Alfaguara, da Companhia das Letras. Na fábula, em tom científico-satí-
rico, o autor usa a voz do símio protagonista para, em suas palavras, “se distanciar dos seres
humanos e, assim, criticar, comentar e satirizar o nosso modo de vida”, como um estrangeiro
que observa de fora e toma notas – no estilo de Memórias póstumas de Brás Cubas (1880), de
Machado de Assis.
“É uma releitura de Marx desde a origem, com um olhar diferente do que estamos acostu-
mados. Mas, ao mesmo tempo, é uma aula leve de filosofia”, conta à CULT o autor, que escreve
seu primeiro livro de ficção em algum tempo: os últimos, muito posteriores ao seu mais famo-
so, Feliz ano velho (1982), foram Meninos em fúria (2016), sobre o movimento punk brasileiro,
e Ainda estou aqui (2015) – que, indicado ao Jabuti, aborda a luta de sua mãe contra a ditadura
militar na busca pelo marido, o ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante o regime.
“Os gêneros [literários] não se aproximam, mas acho que minha forma de olhar para a so-
ciedade, seja na ficção ou na não ficção, continua sempre sendo a mesma”, diz o autor. À CULT,
Paiva fala sobre as inspirações, leituras e referências para a criação do orangotango:

De onde veio a ideia de escrever essa “fábula”? Por que narrar a atualidade pelos olhos
de um bicho?

Tenho ido muito ao zoológico e, ali, observado como os animais nos olham. É um olhar de
quem assiste televisão ou a um espetáculo. Imaginei eles assistindo à transformação da hu-
manidade: da espécie mais evoluída do planeta, temos nos tornado uma humanidade marcada
pelo uso do celular, pelo sedentarismo, pela obesidade e pela despreocupação com o mundo
ao redor. O mais preocupante é que esquecemos, aos poucos, a curiosidade científica e filosó-
fica. Eu percebi que me identificava com essa visão dos animais, de certa forma.

Logo antes de O orangotango marxista, você escreveu livros de não ficção e históricos, como
Ainda Estou Aqui. Os dois gêneros se aproximam de alguma forma?

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Os gêneros não se aproximam, mas acho que minha forma de olhar para a sociedade, seja na
ficção ou na não ficção, continua sendo a mesma. Como cronista e escritor, eu escrevi ficções,
como Blacaute (1986) e E aí, comeu? (2012), mas a ironia está presente em muitas das coisas
que eu faço. Sou muito apegado à história brasileira, aos direitos humanos, mas também gosto
de satirizar tudo isso, o que permite que, entre piadas, se façam críticas mais agudas. Acho
que faz parte da minha personalidade, esse uso da ironia como uma arma. E aí, comeu?, por
exemplo, é uma crítica ao ambiente machista. O humor é um instrumento para provocar.
Helô D’Angelo, Cult. 2018.

033. (INÉDITA/2021) A que gênero textual pertence o Texto ?


a) ensaio
b) editorial
c) crônica
d) entrevista
e) reportagem

O Texto pertence ao gênero textual entrevista. Nesse gênero, dois ou mais interlocutores (par-
ticipantes do evento de comunicação) discutem algum assunto. Há, como observamos no
texto, uma breve introdução à temática que será tema do diálogo (entrevista). Por ser uma
entrevista, deve-se desconsiderar todas as outras alternativas (por exclusão).
Letra d.

034. (INÉDITA/2021) Acerca dos sentidos e das estruturas linguísticas presentes no Texto,
assinale a alternativa incorreta.
a) O trecho “no estilo de Memórias póstumas de Brás Cubas (1880), de Machado de Assis”
estabelece uma relação de comparação com o que se diz anteriormente.
b) No trecho “depois de muito usado pela ciência, ele se revolta e começa a colocar seus co-
nhecimentos em prática”, o pronome “ele” tem como referente “um orangotango”.
c) No trecho “Ele começa lendo quadrinhos do Batman, mas logo passa aos filósofos gregos, a
Hegel, a Darwin e, enfim, a Marx”, estabelece-se uma sequência progressiva de eventos.
d) A vírgula em “Os gêneros não se aproximam, mas acho que minha forma de olhar para a
sociedade” é facultativa.
e) No trecho “temos nos tornado uma humanidade marcada pelo uso do celular, pelo sedenta-
rismo, pela obesidade e pela despreocupação com o mundo ao redor”, há termos coordenados.

A alternativa (D) está incorreta porque a vírgula no trecho em análise não é facultativa. Em ora-
ções coordenadas sindéticas (veja a conjunção “mas”), a vírgula deve ser aplicada. As demais
alternativas realizam afirmativas corretas sobre o texto.
Letra d.

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Quando duas crises se encontram: a pandemia e o negacionismo científico

Quando a pandemia da Covid-19 surgiu, o mundo enfrentava um desafio de um tipo dife-


rente, mas também nefasto, o negacionismo científico. Esse tipo de negacionismo resulta de
um conflito entre traços profundos da cultura humana: a divisão do trabalho cognitivo, por um
lado, e o papel de crenças na coordenação em larga escala, por outro. A pandemia aumenta o
valor do conhecimento produzido de maneira cooperativa e distribuído assimetricamente na
sociedade, mas também reforça a divisão entre grupos.
Devemos ajustar nossas crenças às evidências disponíveis. No entanto, para qualquer
tema sobre o qual não se é especialista, a base evidencial não pode ser avaliada diretamente e
deve-se deferir àqueles que têm mais conhecimento. A deferência é, essencialmente, à ciência.
Pode-se pensar que, idealmente, cada pessoa deveria tomar como verdadeiro apenas aquilo
para o que possui, individualmente, evidências suficientes, ou então ela mesma deve seguir
sua investigação. Mas como quem não tem a formação em epidemiologia pode julgar, por si
mesmo, a progressão da pandemia? A que tipo de informação ele tem acesso e, supondo que
ele tenha acesso às bases evidenciais sobre as quais trabalham especialistas, como ele pode
as avaliar?
A melhor resposta epistêmica é a confiança em especialistas. Mesmo se, à primeira vista,
esta conclusão pode parecer indesejável, ela se segue de um traço central da cultura humana.
Nós evoluímos para aprender de outras pessoas coisas que, frequentemente, nos são opacas
(Csibra e Gergely 2011). A evolução segue os benefícios da divisão do trabalho cognitivo: um
grupo como um todo sabe mais do que cada um de seus membros, para os quais parte do
conhecimento resultante permanece opaco. A ciência leva essa dependência assimétrica a
níveis muito altos, mas também traz benefícios enormes aos grupos. Tanto a dependência
epistêmica quanto os benefícios da distribuição do saber têm raízes evolutivas profundas.
Ernesto Perini-Santos, Le Monde Diplomatique, 2021

035. (INÉDITA/2021) Considere as ideias e informações apresentadas no texto e assinale a


alternativa INCORRETA,
a) Para o autor do texto, é indesejável a conclusão de que a melhor resposta epidêmica é a
confiança em especialistas.
b) No trecho “A deferência é, essencialmente, à ciência”, a palavra “deferência” significa “atitu-
de de respeito”.
c) A forma pronominal destacada em “Esse tipo de negacionismo resulta de um conflito entre
traços profundos da cultura humana” (1º parágrafo) possui função anafórica.
d) No título do Texto, a expressão “duas crises” antecipa os termos “a pandemia e o negacio-
nismo científico”.
e) No trecho “a divisão do trabalho cognitivo, por um lado, e o papel de crenças na coordena-
ção em larga escala, por outro” (1º parágrafo), os termos “por um lado” e “por outro” exercem
função de organizadores textuais de informação.
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Analisando o início do terceiro parágrafo, notamos que o autor diz, na verdade, que “esta con-
clusão pode parecer indesejável”. Assim, não se pode afirmar que, para o autor do texto, é inde-
sejável a conclusão de que a melhor resposta epidêmica é a confiança em especialistas. Isso
torna, então, a alternativa (A) incorreta. As demais alternativas contêm análises adequadas em
relação ao texto.
Letra a.

036. (INÉDITA/2021) De acordo com o contexto, a palavra em destaque em “Nós evoluímos


para aprender de outras pessoas coisas que, frequentemente, nos são opacas” significa:
a) explícitas
b) claras
c) obscuras
d) cristalinas
e) transparentes

No contexto de ocorrência, a palavra “opacas” significa, por metáfora, “pouco preciso, pouco
claro; confuso, incompreensível, obscuro”. Esta é, inclusive, a definição no Dicionário Houaiss
da Língua Portuguesa (2009). Nas demais alternativas, observamos termos que possuem sen-
tidos opostos ao de “opacas” (antônimos): explícitas, claras, cristalinas, transparentes.
Letra c.

037. (INÉDITA/2021) A expressão destacada em “Tanto a dependência epistêmica quanto os


benefícios da distribuição do saber têm raízes evolutivas profundas” (3º parágrafo) estabelece
uma relação de
a) concessão
b) alternância
c) oposição
d) adição
e) conclusão

Note que os termos “a dependência epistêmica” e “os benefícios da distribuição do saber” são
considerados como uma unidade (equivalem a “ambos”), levando, inclusive, o verbo à flexão
no plural (“a dependência epistêmica” + “os benefícios da distribuição do saber” têm; ambos
têm). Assim, a relação que a estrutura “tanto... quanto...” estabelece é de ADIÇÃO. Com isso,
eliminamos todas as outras alternativas.
Letra d.

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038. (INÉDITA/2021) No trecho “Nós evoluímos para aprender de outras pessoas coisas que,
frequentemente, nos são opacas” (3º parágrafo), o vocábulo “frequentemente” funciona como
a) substantivo
b) advérbio
c) adjetivo
d) interjeição
e) verbo

Note que o vocábulo “frequentemente” possui terminação em “-mente” e é derivado da forma


adjetival “frequente”. Isso já é um bom indicativo de sua classe gramatical: advérbio. Além
disso, observamos que o termo está vinculado à forma verbal “são” – e essa também é uma
propriedade dos advérbios (estar vinculado a verbos). Alternativa (b), portanto.
Letra b.

Por que George Orwell é um fenômeno permanente no Brasil


Presença inamovível no topo das listas de livros mais vendidos do Brasil, o britânico Geor-
ge Orwell é um fenômeno editorial no país.
O sucesso se explica a partir de seus dois livros mais famosos: “1984” e “A revolução dos
bichos”. No primeiro, o autor imagina uma sociedade distópica controlada por um partido au-
toritário que suprime a liberdade de decisão, a liberdade de expressão e até mesmo a liberdade
de pensamento. No segundo, animais de fazenda organizam uma rebelião contra os humanos,
mas logo se veem sendo liderados por um porco ditador – uma crítica ao regime comunista
soviético a partir da ascensão de Josef Stálin.
No ranking do site Publish News, uma das fontes mais respeitadas no mercado editorial
brasileiro, as duas obras ocupavam o pódio da lista na manhã de 23 de dezembro. Na lista
parcial de 2020, “1984” e “A revolução dos bichos” ocupam a terceira e a quarta posição dos
mais vendidos do ano, perdendo apenas para “Sol da meia-noite”, livro de Stephenie Meyer que
integra a saga “Crepúsculo”, e “A garota no lago”, suspense de Charlie Donlea.
No ranking da revista Veja, o cenário se repete: na manhã de 23 de dezembro, “1984” e “A
revolução dos bichos” estão no topo da lista, marcando presença nela há 82 e 121 semanas
não consecutivas, respectivamente.
De acordo com Emilio Fraia, editor responsável pela obra de Orwell na Companhia das Le-
tras, o momento político do mundo contemporâneo faz com que haja um interesse renovado
pelos livros do autor, que trazem temas como liberdade e autoritarismo como eixos centrais.
“É um autor que investigou com muita propriedade questões que se impuseram nas últi-
mas décadas”, disse ao Nexo.
“As fake news, o apagamento da verdade, o ‘duplipensamento’ [conceito apresentado em
‘1984’ em que um indivíduo aceita duas crenças completamente opostas como corretas], a

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noção de ‘mentira institucionalizada’ que fundamenta governos com tendências fascistas e


totalitárias. Ler Orwell é entrar em contato com reflexões poderosas sobre estes mecanismos”,
acrescentou.
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/12/24/Por-que-George-Orwell-%C3%A9-um-fen%C3%B4meno-
-permanente-no-Brasil

039. (INÉDITA/2021) Considerando o Texto, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se
afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) No trecho “Presença inamovível no topo das listas de livros mais vendidos do Brasil, o bri-
tânico George Orwell é um fenômeno editorial no país.” (1º parágrafo), o termo “no país” tem
como referente “Brasil”.
( ) No trecho “O sucesso se explica a partir de seus dois livros mais famosos [...]” (2º pará-
grafo), a expressão “seus dois livros mais famosos” retoma uma informação apresentada an-
teriormente.
( ) O trecho “É um autor que investigou com muita propriedade questões que se impuseram nas
últimas décadas” (6º parágrafo) é uma fala atribuída a George Orwell.
a) F – F – F
b) V – F – F
c) V – F – V
d) F – V – V
e) V – V – V

Vamos analisar cada uma das afirmativas.


(V) de fato, na cadeia discursiva do texto, o termo “no país” tem como referente “Brasil”.
(F) na verdade, “seus dois livros mais famosos” ANTECIPA uma informação que será apresen-
tada na sequência (após os dois-pontos).
(F) na verdade, o trecho “É um autor que investigou com muita propriedade questões que se
impuseram nas últimas décadas” é uma fala atribuída a Emilio Fraia, editor responsável pela
obra de Orwell na Companhia das Letras.
A sequência correta, então, é V – F – F.
Letra b.

040. (INÉDITA/2021) Em “No ranking da revista Veja, o cenário se repete [...]”, a vírgula está
sendo empregada para:
a) isolar adjunto adverbial deslocado.
b) isolar aposto.
c) isolar vocativo.
d) isolar objeto indireto deslocado.
e) separar termos coordenados.

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No trecho em análise (No ranking da revista Veja, o cenário se repete), a vírgula é empregada
para separar o adjunto adverbial deslocado “No ranking da revista Veja”. Com isso, todas as
outras alternativas estão incorretas.
Letra a.

041. (INÉDITA/2021) No Texto, predomina o discurso


a) narrativo
b) descritivo
c) expositivo
d) argumentativo
e) injuntivo

Observe que o comando da questão solicita o discurso predominante. Como observamos, o


texto EXPÕE as razões pelas quais George Orwell (sua obra) é um fenômeno permanente no
Brasil. A apresentação dessas razões não tem como finalidade o convencimento do leitor (me-
diante uso de argumentos) – há apenas a EXPOSIÇÃO de fatos e de relatos de especialistas.
Assim, estamos diante de um texto em que predomina o discurso expositivo. Isso exclui todas
as outras alternativas.
Letra c.

Mais corporativismo que segurança


Nas últimas semanas, a discussão sobre os projetos de lei orgânica das Polícias Civil e
Militar ocupou o debate público no país. São propostas estacionadas no Congresso há muitos
anos, mas que ganharam certa tração no final do ano passado. Embora as duas leis orgânicas
mereçam uma profunda discussão, foi a das Polícias Militares que despertou maior preocu-
pação, por conta do excessivo caráter corporativo e dos riscos aos aspectos democráticos de
organização das polícias e da segurança pública no país.
As leis orgânicas cumprem o importante papel de regulamentar a organização geral das
polícias, prevendo garantias, direitos e deveres, assim como, no caso das polícias e bombeiros
militares, questões sobre efetivo e inatividade. Estabelecem as bases gerais que asseguram
às instituições condições estruturais para o adequado cumprimento de suas atribuições e para
o aprimoramento e valorização de seus quadros. Os projetos têm sido amplamente debatidos
junto às entidades representativas dos profissionais envolvidos; supostamente sintetizam o
que há de mais consensual dentre os diversos pontos de vista.
Mas não é possível discutir as leis orgânicas das polícias sem atentar para os aspectos
que o corporativismo dessas instituições está privilegiando. Não se verifica a preocupação

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com a melhoria da segurança pública e nem com o impacto na redução de crimes e violência
como pano de fundo nesses projetos.
O projeto de organização das polícias e bombeiros militares, em especial, se destaca pelo
reforço de alguns aspectos dessa visão corporativista limitante. A reestruturação do quadro de
oficiais favorece privilégios em detrimento da eficiência, com a criação de mais três patentes,
em simetria às Forças Armadas, totalizando dezenove níveis hierárquicos na corporação. A
aproximação com as carreiras jurídicas de estado, colocada na alteração dos requisitos para
ingresso, descaracteriza completamente o papel e a especificidade da instituição policial, ain-
da que decorrente de uma demanda legítima de valorização profissional e salarial. Por fim, as
principais mudanças que impactam a progressão nas carreiras falham em oferecer resposta
às demandas de valorização e profissionalização defendidas pelas associações representati-
vas da carreira de praças.
Beatriz Graeff e Carolina Ricardo. Revista Piauí. Fevereiro de 2021.

042. (INÉDITA/2021) Considerando o Texto, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se
afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) No segundo parágrafo, as autoras descrevem as funções das leis orgânicas das polícias.
( ) No quarto parágrafo, as autoras apresentam a defesa de um ponto de vista, o qual é favorá-
vel ao atual projeto de organização das polícias e bombeiros militares.
( ) No último período do segundo parágrafo, a forma “supostamente” expressa um ponto de
vista das autoras em relação ao que se afirma.
a) V – V – V
b) F – V – V
c) V – F – V
d) V – F – F
e) F – F – F

Vamos analisar cada uma das afirmativas:


(V) Todo o segundo parágrafo diz respeito às funções que as leis orgânicas desempenham nas
instituições em questão.
(F) No quarto parágrafo, as autoras defendem, sim, um ponto de vista. Esse ponto de vista, no
entanto, NÃO é favorável ao atual projeto de organização das polícias e bombeiros militares.
(V) Muita atenção: formas adverbiais muitas vezes expressam o ponto de vista do enunciador.
É o caso de “supostamente”, advérbio que, no contexto, qual lança dúvidas/hesitações em rela-
ção à afirmação “as leis orgânicas sintetizam o que há de mais consensual dentre os diversos
pontos de vista”.
A sequência correta, então, é V – F – V (alternativa (C)).
Letra c.

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043. (INÉDITA/2021) O termo em destaque, no trecho “Embora as duas leis orgânicas mere-
çam uma profunda discussão, foi a das Polícias Militares que despertou maior preocupação”
(1º parágrafo), poderia ser substituído, sem alteração de sentido, por
a) portanto
b) porquanto
c) conquanto
d) visto que
e) assim como

A conjunção “conquanto” equivale a “embora”: ambas são concessivas. As demais alternativas


apresentam conjunções com valores diferentes da noção de concessão, o que geraria mu-
dança de sentido no trecho original: (A) conjunção conclusiva, (B) conjunção explicativa, (D)
conjunção causal, (E) conjunção comparativa.
Letra c.

044. (INÉDITA/2021) Referente ao uso da vírgula, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o
que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) Em “O projeto de organização das polícias e bombeiros militares, em especial, se destaca
pelo reforço de alguns aspectos dessa visão corporativista limitante” (4º parágrafo), as vírgu-
las foram empregadas para isolar expressão intercalada.
( ) Em “Nas últimas semanas, a discussão sobre os projetos de lei orgânica das Polícias Civil
e Militar ocupou o debate público no país” (1º parágrafo), a vírgula foi empregada para isolar
adjunto adverbial deslocado.
( ) No trecho “Os projetos têm sido amplamente debatidos junto às entidades representativas
dos profissionais envolvidos” (2º parágrafo), o emprego da vírgula após “Os projetos” tornaria
o trecho gramaticalmente incorreto.
a) V – V – V
b) F – V – V
c) V – F – V
d) V – F – F
e) F – F – F

Vamos analisar cada uma das afirmativas.


(V) As vírgula foram empregadas, de fato, para separar uma expressão intercalada (“, em espe-
cial,”, que ocorre entre o sujeito e o predicado do período).
(V) A vírgula isola o adjunto adverbial “Nas últimas semanas”, vinculado à forma verbal “ocu-
pou” (e esse adjunto expressa o “quando” a discussão ocupou o debate público no país).

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(V) De fato, o emprego da vírgula entre “Os projetos” e “têm sido” geraria incorreção gramatical,
pois separa o sujeito de seu predicado (o que não é permitido pela norma gramatical).
A sequência correta, então, é V – V – V (alternativa (A)).
Letra a.

045. (INÉDITA/2021) Sobre o Texto, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta
as CORRETAS.
I – Em “Estabelecem as bases gerais que asseguram às instituições condições estruturais” (2º
parágrafo), o sujeito da forma verbal “estabelecem” é indeterminado.
II – Ainda sobre o trecho “Estabelecem as bases gerais que asseguram às instituições condi-
ções estruturais para o adequado cumprimento de suas atribuições e para o aprimoramento e
valorização de seus quadros” (2º parágrafo), a crase presente em “às instituições” é obrigatória.
III – Em “Não se verifica a preocupação com a melhoria da segurança pública e nem com o im-
pacto na redução de crimes e violência como pano de fundo nesses projetos.” (3º parágrafo),
a partícula “se” é índice de indeterminação do sujeito.
IV – Em “Os projetos têm sido amplamente debatidos” (2º parágrafo), a forma verbal “têm” e a
forma “debatidos” estabelecem concordância com o sintagma nominal “os projetos”.
a) Apenas II e III
b) Apenas I e II
c) Apenas I e III
d) Apenas II e IV
e) Apenas III e IV

Estão corretas apenas as assertivas em II e IV: II. a crase é obrigatória, pois há junção de
preposição (verbo transitivo direto e indireto “assegurar”) e artigo definido feminino plural (o
qual especifica “instituições”); IV. a forma verbal “têm” e a forma “debatidos” concordam com
o sintagma “os projetos” (concordância verbal e nominal, respectivamente). As assertivas em
I e III estão erradas por estes motivos: I. o sujeito não é indeterminado, mas oculto/elíptico/
desinencial (é possível recuperar o referente no período anterior: “As leis orgânicas”); III. O “se”
não pode ser índice de indeterminação de sujeito, pois a expressão “a preocupação [...]” exerce
função de sujeito, já que estamos diante de uma passiva verbal sintética (o verbo “verificar” é
transitivo direto) – o “se” é, então, partícula apassivadora.
Letra d.

Legislativo já debate o fim da estabilidade


É preciso cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade ao
funcionalismo

É imprescindível a modernização administrativa do Estado na sequência da reforma da Previdên-


cia. Governo, Câmara e Senado se mobilizam na preparação de projetos, aparentemente convergentes, sobre
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reestruturação de cargos, redução do número de funções de confiança, adoção de critérios de


mérito nas carreiras e, também, revisão da estabilidade no emprego público.
Na semana passada, a Comissão de Assuntos Sociais remeteu ao plenário do Senado,
para decisão urgente, um projeto de lei complementar instituindo a avaliação periódica e obri-
gatória de desempenho para os servidores nos três Poderes.
Depois de três décadas, pretende-se regulamentar um artigo (n. 41) da Constituição. Ele
estabelece como condição obrigatória a avaliação de mérito no desempenho de servidores,
para admissão ou demissão.
Pelas projeções oficiais, no ano que vem o país deverá somar quase 12 milhões de funcio-
nários nas administrações federal, estadual e municipal — essa conta não inclui os emprega-
dos de empresas públicas e autarquias. Hoje são 6,7 milhões nas prefeituras, 3,7 milhões nos
governos estaduais e 1,2 milhão na União.
A expansão do emprego público nas últimas três décadas foi mais acentuada nos municí-
pios, por efeito da concentração de serviços de educação e saúde nas prefeituras, áreas que
absorvem 40% da folha salarial. No conjunto, o setor público remunera seus empregados em
média 50% acima do setor privado. Não há, porém, qualquer garantia de contrapartida ao con-
tribuinte em padrão mínimo de qualidade e eficiência nos serviços (caros) que são prestados.
A maioria dos estados e municípios está em virtual falência, com excesso de pessoal ativo
em áreas intermediárias da burocracia. Os gastos com pessoal extrapolam todos os limites
legais e consomem recursos que deveriam ser destinados às atividades essenciais, como saú-
de, educação e segurança. O lobby das corporações do funcionalismo, no entanto, construiu
uma muralha jurídica que impede demissões até por inoperância no setor público.
Assim, servidores concursados, com estabilidade garantida após três anos, só perdem o
cargo mediante infindável processo administrativo ou por sentença judicial transitada em jul-
gado. A Constituição prevê ainda outra possibilidade, a da avaliação de mérito, mas até hoje
isso não foi regulamentado.
A premissa corporativa de que é inequívoca a alta qualificação do serviço público sim-
plesmente não corresponde aos fatos. Não há aferição e reconhecimento de mérito na car-
reira, por isso não se distingue o funcionário de desempenho sofrível, que custa em dobro ao
contribuinte.
É preciso cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade ao
funcionalismo. O Senado abriu o debate e deveria avançar, celeremente, em outros aspectos
dessa modernização, fundamental ao Estado brasileiro.
Editorial, O Globo. 22.07.2019

046. (INÉDITA/2021) Considerando o Texto, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se
afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) A partícula “que” em “Os gastos com pessoal extrapolam todos os limites legais e conso-
mem recursos que deveriam ser destinados às atividades essenciais” (6º parágrafo) é um
pronome relativo que exerce função sintática de sujeito.
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( ) Em “Os gastos com pessoal extrapolam todos os limites legais e consomem recursos que
deveriam ser destinados às atividades essenciais” (6º parágrafo), a oração “que deveriam ser
destinadas às atividades essenciais” restringe o sentido do termo “recursos”.
( ) Em “É preciso cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade
ao funcionalismo” (9º parágrafo), a oração em destaque exerce a mesma função sintática do
trecho “que deveriam ser destinadas às atividades essenciais” (6º parágrafo)
a) V – V – F
b) F – V – V
c) V – F – V
d) V – V – V
e) F – F – F

Vamos analisar o erro da terceira afirmativa (as duas primeiras estão corretas):
(V) No trecho em destaque, a forma “que” é, sim, um pronome relativo (análise morfológica)
que exerce função de sujeito (função sintática) da expressão “deveriam ser destinados”.
(V) A oração “que deveriam ser destinadas às atividades essenciais” é uma subordinada ad-
jetiva restritiva (note que não ocorre vírgula), a qual especifica o sentido do termo “recursos”.
(F) Vimos acima que a oração “que deveriam ser destinadas às atividades essenciais” é uma
subordinada adjetiva RESTRITIVA (note que não ocorre vírgula). A oração “que impõe parâme-
tros de produtividade e qualidade ao funcionalismo”, diferentemente, ocorre com vírgula (e não
restringe o sentido de “Constituição”, apenas o explica, trazendo uma informação adicional).
Com isso, esta oração é uma subordinada adjetiva EXPLICATIVA. Por exercerem funções sin-
táticas diferentes, a afirmativa é falsa.
A sequência correta, então, é V – V – F (alternativa (A)).
Letra a.

047. (INÉDITA/2021) O trecho “É preciso cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de


produtividade e qualidade ao funcionalismo” (9º parágrafo) pode ser reescrito como:
a) Pode-se cumprir a constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade ao
funcionalismo.
b) É necessário cumprir a Constituição, a qual impõe parâmetros de produtividade e qualidade
ao funcionalismo.
c) É preciso cumprir a Constituição que impõe parâmetros de produtividade e qualidade ao
funcionalismo.
d) É preciso cumprir a Constituição, as quais impõem parâmetros de produtividade e qualidade
ao funcionalismo.
e) É prescindível cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade
ao funcionalismo.

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No original, expressão “É preciso” denota assertividade, indicando claro posicionamento do


autor do texto. Nas alternativas (A) e (e), diferentemente, as expressões “pode-se” e “é pres-
cindível” (isto é, pode faltar) alteram os sentidos originais. Na alternativa (c), a retirada da vír-
gula após “Constituição” altera os sentidos originais (muda uma oração subordinada adjetiva
explicativa para uma restritiva). Em (d), há erro de concordância, já que “as quais impõem” não
pode estar no plural, pois o referente é singular (a Constituição). Assim, termos a alternativa
(B) como correta, tendo em vista que a substituição de “é preciso” por “é necessário” e a subs-
tituição de “que” por “a qual” mantêm os sentidos originais e a correção gramatical do trecho.
Letra b.

048. (INÉDITA/2021) Sobre o Texto, analise as afirmativas a seguir:


I – O conectivo destacado em “Assim, servidores concursados, com estabilidade garantida
após três anos, só perdem o cargo mediante infindável processo administrativo ou por senten-
ça judicial transitada em julgado.” (7º parágrafo) pode ser substituído por “Desse modo”.
II – O sujeito sintático do período “É imprescindível a modernização administrativa do Estado
na sequência da reforma da Previdência.” (1º parágrafo) está posposto ao verbo.
III – O referente da forma pronominal Ele, em “Ele estabelece como condição obrigatória a
avaliação de mérito no desempenho de servidores, para admissão ou demissão.” (3º parágra-
fo), é Senado.
IV – No trecho “Não há, porém, qualquer garantia de contrapartida ao contribuinte” (5º parágra-
fo), o sujeito da forma verbal “há” é “qualquer garantia de contrapartida ao contribuinte”.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II
b) I, II e IV
c) I e III
d) I e IV
e) I, II, III e IV.

As afirmativas (I) e (II) estão corretas.


Vamos aos erros das afirmativas em (III) e (IV):
III – O referente da forma pronominal “Ele” é, na verdade, “um artigo (n. 41) da Constituição”.
IV – A forma verbal “há” é impessoal (note que possui o sentido de “existir”) e NÃO possui sujeito.
Letra a.

049. (INÉDITA/2021) A expressão em destaque em “Não há, porém, qualquer garantia de con-
trapartida ao contribuinte em padrão mínimo de qualidade e eficiência nos serviços (caros)
que são prestados” (5º parágrafo) é uma conjunção

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a) explicativa
b) concessiva
c) adversativa
d) aditiva
e) alternativa

A conjunção “porém” é adversativa, equivalendo a “contudo”, “todavia”, “no entanto”.


Letra c.

050. (INÉDITA/2021) A que gênero textual pertence o Texto ?


a) Ensaio
b) Artigo científico
c) Editorial
d) Entrevista
e) Reportagem

Primeiramente, notamos que o texto apresenta um claro ponto de vista em relação ao assunto
abordado, utilizando argumentos para defender esse ponto de vista (objetivando convencer o
leitor). Em segundo lugar, é preciso ler TODOS OS ELEMENTOS TEXTUAIS, inclusive a referên-
cia (fonte de onde o texto foi extraído). Nessa leitura, lemos que o texto é um EDITORIAL do
jornal “O Globo”. De fato, o editorial é um texto opinativo (dissertativo-argumentativo) em que
o veículo de comunicação (neste caso, um jornal) posiciona-se em relação a fatos do mundo.
Letra c.

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BRB
Língua Portuguesa
Bruno Pilastre

GABARITO
1. c 37. d
2. a 38. b
3. c 39. b
4. d 40. a
5. a 41. c
6. b 42. c
7. b 43. c
8. e 44. a
9. e 45. d
10. a 46. a
11. d 47. b
12. b 48. a
13. c 49. c
14. e 50. c
15. a
16. b
17. d
18. b
19. a
20. d
21. c
22. b
23. d
24. a
25. d
26. d
27. c
28. b
29. c
30. c
31. c
32. d
33. d
34. d
35. a
36. c

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Bruno Pilastre
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas de Língua Portuguesa
(Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia
Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online,
atua na área de desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: http://
lattes.cnpq.br/1396654209681297).

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