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CENTRO UNIVERSITÁRIO FIPMoc

HARRY ANDERSON ANDRADE SANTOS


HERICLES FREIRE SOARES
MARCOS FELIPE SOARES SANTOS

CONVERSOR FLYBACK

MONTES CLAROS – MG
2020

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Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................................ 3
2.1 PWM – MODULAÇÃO POR LARGURA DE PULSO .............................................................. 3
2.2 CONVERSORES CC/CC ISOLADOS ........................................................................................ 4
2.3 FLYBACK .................................................................................................................................... 5
3 MONTAGEM E SIMULAÇÃO .......................................................................................................... 6
3.1 SIMULAÇÃO FLYBACK ......................................................................................................... 10
4 CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 15
5 REFERENCIAS ................................................................................................................................. 17

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1 INTRODUÇÃO

Os conversores Flyback é um conversor idêntico ao conversor Buck-Boost, porém ele


apresenta uma isolação galvânica entre a tensão de entrada e de saída, ou seja, um indutor
acoplado.

O circuito Flyback pode ser a topologia de escolha de baixo custo onde as tensões de
saída são de uma fonte de alimentação eficiente. As aplicações de consumo típicas desses
conversores incluem televisão e produtos relacionados, como decodificadores set-top
(receptores), carregadores de celulares e fontes chaveadas. As vantagens de se utilizar um
conversor flyback e a sua eficiência e facilidade de adicionar tensões de saída sem usar muito
espaço ou custo.

A topologia Flyback é muito popular devido a sua aplicação de carregadores off-line e


a sua capacidade de ligar com uma ampla faixa de tensão de entrada.
Quando se compara o flyback de múltiplas saídas com o de saída única, vários
aplicativos de saída exigem mais considerações de design para otimizar o desempenho. O
projeto de alimentação de saída múltipla sempre requer alguma configuração para verificar os
projetos do transformador, as técnicas de feedback e o comportamento do sistema.
O trabalho tem como objetivo descrever o funcionamento do flyback mostrando suas
especificações topologia e cálculos necessário para realizar a sua construção.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 PWM – MODULAÇÃO POR LARGURA DE PULSO

O PWM é uma técnica utilizada para permitir o controle de potência ou velocidade de


um equipamento eletrônico, como Servo motores e dispositivos de iluminação. O PWM é muito
utilizado em fontes chaveadas, onde o PWM faz com que o circuito fique abrindo e fechando,
assim gerando uma tensão média desejada.
Com o PWM é possível controlar uma onda quadrada no tempo em que ela fica em nível
logico alto, ou seja, mantém sua frequência, mas altera o valor média de tensão ao longo do
tempo. Seria basicamente uma chave ligando e desligando em questões de segundos.

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Uma vantagem de se utilizar PWM, é o fato de que o sinal permanece digital em todo
percurso, desde o processador até o circuito controlado, sendo assim, nenhuma conversão de
sinal é necessária.

Na imagem acima, podemos notar que o circuito fica fechado 50% e aberto 50% do
tempo, e assim, podemos variar o tempo em que a chave fica aberta ou fechada, alterando a
largura do pulso. O tempo em que o sinal está em nível lógico alto, é chamado de Duty Cycle
ou Ciclo Ativo.

2.2 CONVERSORES CC/CC ISOLADOS

Os conversores CC CC isolados são fontes chaveadas para converter uma tensão


contínua em uma ou mais saídas isoladas da entrada. As aplicações dos conversores CC CC
podem ser em automação industrial, informática ou telecomunicações, onde deve-se ter uma
fonte continua para suporta falhas.
A grande diferença entre o conversor isolado CC do não isolado é a presença de um
transformador que irá isolar os terminais de entrada e saída, fazendo assim tendo um ganho
maior de tensão e um aumento na carga.
“Também dever ser comentado o fato de ser muito mais
seguro a utilização deste tipo de conversor em produtos que
apresentam os terminais exposto, evitando assim uma
eletrocussão acidental por parte do consumidor, visto que

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existe isolamento galvânico entre os terminais de entrada e
saída.” (MENDONÇA, 2017, p.25).

Entre os conversores CC CC isolados, podemos citar o flyback, conversor forward, e


conversor Push-Pull, cada um possui suas vantagens e deve ser levado em considerando cada
suas características para a escolha em um projeto.

2.3 FLYBACK

O conversor flyback consistem em receber uma tensão continua na entrada e chaveá-la,


utilizando um semicondutor para realizar a comutação em alta frequência, esse comutador
recebe um sinal PWM na sua entrada. O flyback funciona no sistema de um conversor Step
Up/Dowm (Buck-Boost), porém o que vai diferenciar é o que o flyback possui um transformador
para isolar a entrada da saída.

Segundo Mendonça (2017.p25) a topologia do flyback é a base do Buck-boost,


diferenciando assim como dito, a presença de um transformador isolador, de um indutor ou de
um circuito snubber.

Figura 2: Topologia Flyback

Fonte: Utilização de conversores CC-CC no carregamento de baterias.

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Na figura 2, podemos ver que o conversor flyback, tem a presença de um transformador,
de um semicondutor, para realizar a comutação no circuito e a presença de um retificador de
meia onda. O interessante é que sempre no conversor flyback, utiliza um retificador de meia
onda invés de onda completa.

O funcionamento desse conversor se da seguinte maneira: Quando a chave está fechada,


o primeiro do transformador recebe a corrente, porém não a corrente passando do primeiro para
o secundário do transformador, pois o diodo presente no secundário estará reverso.

Quando a chave entra em corte, a corrente armazenada no primário do transformador e


transferida para o secundário, chegando assim no diodo e no capacitor. E desse modo, o
conversor realiza o ciclo ON OFF.

A presença de um retificador no circuito, é porque como é feito um chaveamento em


alta frequência a tensão pode variar.

3 MONTAGEM E SIMULAÇÃO

Para realizar a montagem e simulação do flyback, utilizamos o software PSIM, que tem
como finalidade simular circuitos eletrônicos, sejam eles de potência ou não.

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Figura 3: Área de trabalho PSIM

Fonte: Autoria Própria

Para a realizar a simulação foi utilizado os seguintes componentes:

• Transformador
• Capacitor
• Resistor
• Diodo
• Amplificador na configuração comparador
• Mosfet

Ficando da seguinte forma:

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Figura 4 : Conversor flyback

Fonte: Autoria Própria

Podemos notar que na figura à presença de dois conversores flyback. O primeiro circuito
representa o flyback de uma única saída. Já o segundo apresenta o flyback de múltiplas saídas.
A diferença entre eles é que no segundo circuito, pode-se ter várias tensões saindo do secundário
do transformador, sejam tensões positivas ou negativas.

Podemos notar que os dois circuitos tem um o circuito snubber, que server para proteger
o circuito contra picos indesejáveis.

Para gerar o sinal PWM, utilizamos um amplificador comparador, onde ele compara
uma onda dente de serra com uma onda continua. Como mostrado na figura seguinte:

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Figura 5 : Forma de onda do amplificador comparador.

Fonte: Autoria Própria

Após realizar a comparação, temos a seguinte forma de onda:

Figura 6: Sinal PWM

Fonte: Autoria Própria

Podemos ver que na figura acima, o sinal PWM formado, com amplitude de 1, e um
Duty cicle de 50% ou 0.5. A frequência aplicada na fonte geradora dente de serra é uma
frequência de 100 kHz.
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Esse sinal PWM é aplicado no mosfet, para realizar o chaveamento.

3.1 SIMULAÇÃO FLYBACK

Neste tópico será apresentado as formas de ondas do flyback de uma única saída.

Figura 7: Corrente no mosfet e no diodo

Fonte: Autoria Própria

Na figura 7, podemos notar a presença de duas correntes, a corrente do diodo D1, o


diodo retificador, e a corrente do mosfet. Notamos que quando o mosfet começa a conduzir,
não a passagem de corrente encima do diodo, pois o mesmo está reverso. No momento que o
mosfet começa a entrar em corte, começa a fluir corrente pelo diodo e assim chegando na carga
R. Esse processo chama magnetização que é quando o mosfet começa a conduzir e
desmagnetização que é quando o mosfet entra em corte e começa a fluir corrente do primário
para o secundário do transformador.

Para descobrir a tensão de saída de um conversor flyback, devemos levar em


consideração a razão cíclica, ou Duty Cycle, junto com a relação do transformador. A formula
a segui exemplifica isso:

D N2
Vo = x x Vin
1 − D N1

Onde:

• VO = Tensão de saída

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• D = Razão cíclica
• N2=Espiras do secundário
• N1= Espiras do Primário

Para descobrir a relação cíclica, temos também a seguinte fórmula:

VM
D=
VP

Onde:

• Vm = Tensão modulador (Fonte continua)


• Vp = Tensão do portador (Geradora dente de serra)

No circuito utilizamos um sinal modulador de 0.5V e uma tensão Vp de 1V. Realizando


os cálculos, chegamos no seguinte resultado:

0.5
D= = 0.5
1

Achando assim uma razão cíclica de 0.5. Após achar a razão cíclica, foi realizado o
cálculo para achar a tensão de saída. Como mostra o cálculo a seguir:

0.5 8
Vo = x x 100 = 8 V
1 − 0.5 100

Descobrindo 8 Volts. Podemos comprovar isso mostrando na imagem a seguir

Figura 8: Tensão de saída do flyback

Fonte: Autoria Própria

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Na figura 8, podemos notar que na saída a uma tensão aproximada de 8V, isso ocorre
pois como estamos utilizando um transformador, a perdas nele por causa do seu indutor
acoplado. Fazendo assim não ter 8 V corretor. Podemos ter perdas também no diodo.

Figura 9: Tensão encima do Mosfet

Fonte: Autoria Própria

Na figura 9, vemos a tensão encima do mosfet. Notamos que a tensão apresentada nela
é de 200V, isso ocorre pois é a tensão de entrada mais a tensão de saída refletida, que é quando
o diodo entra em condução e o mosfet em bloqueio. Podemos comprovar isso pela seguinte
fórmula:

Vo
VM = Vi +
n

Onde:

• Vm: Tensão no mosfet


• Vi: Tensão de entrada
• Vo: Tensão de saída
• N= Relação do número de espiras

A relação como visto anteriormente é de 0.08. Ficando assim o cálculo:

8
Vm = 100 + ( ) = 200𝑉
0.08

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O resultado deu 200V, como mostrado na simulação.

Como dito anteriormente a grande vantagem de utilizar o flyback, é a sua capacidade de


utilizar várias saídas com tensões diferentes. Na figura a seguir podemos notar o conversor
flyback de múltiplas saídas:

Figura 10: Flyback multiplas saídas

Fonte: Autoria Própria

Na figura a seguir, será mostrado as formas de ondas do flyback de múltiplas saídas.

Figura 11: Corrente no flyback multiplas saidas

Fonte: Autoria própria

A análise do flyback de múltiplas saídas é a mesma do de uma saída única. Onde, quando
o mosfet está em saturação, não a corrente passando nos diodos presentes no secundário do
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transformador, assim, quando o mosfet começa a entrar em corte, os diodos começam a
conduzir corrente e assim chegando na carga.

No flyback de múltiplas saídas, para achar a tensão é diferente em relação ao de uma


saída, pois temos um enrolamento a mais presente. Ficando assim a equação:

D N2
Vo1 = x x Vin
1 − D N1

• VO1 = Tensão de saída do secundário


• D = Razão cíclica
• N2=Espiras do secundário
• N1= Espiras do Primário

D N3
Vo2 = x x Vin
1 − D N1

• VO2 = Tensão de saída do terciário


• D = Razão cíclica
• N3=Espiras do terciário
• N1= Espiras do Primário

Neste circuito também foi utilizado uma razão cíclica de 0.5.

Calculando a tensão de saída do flyback de múltiplas saídas, chegamos no seguinte


resultado:

0.5 8
Vo1 = x x 100 = 8V
1 − 0.5 100

Achando o resultado de 8V na saída do secundário.

Tensão no terciário:

0.5 9
Vo2 = x x 100 = 9V
1 − 0.5 100
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Descobrindo assim 9V na saída do terciário. Esses resultados podemos observar na
figura a seguir.

Figura 12: Tensão na saída

Fonte: Autoria Própria

Podemos observar, que também a uma perda no circuito, e essa perda pode ser maior,
por está usando um transformador com mais saídas.

4 CONCLUSÃO

O presente trabalho possibilitou uma analise de como podemos realizar a construção de


um conversor flyback, que é muito utilizado em fontes chaveadas. Além de poder aprender
sobre a aplicação do PWM, para fontes chaveadas.

De modo geral, os resultados mostrados foram satisfatórios, onde podemos observar que
os cálculos apresentados junto com a simulação se mostraram coerente.

O PSIM, foi importando para está realizando a montagem do circuito, mostrando os


gráficos e tensões de saídas.

O trabalho em grupo, auxilio em calcular e simular corretamente o conversor flyback e


assim aplicando os conceitos aprendidos na disciplina de eletrônica de potência.

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Contudo, o trabalho foi importante para aplicar os conceitos aprendidos durante o
semestre e assim poder realizar os cálculos e analises dos gráficos corretamente.

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5 REFERENCIAS

MENDOÇA, Carlos Alberto Siqueira – Utilização de conversores CC-CC no carregamento


de baterias. Disponível em <
https://www.ufjf.br/engenhariaeletrica/files/2017/08/Monografia-Carlos-Alberto-Siqueira-
Mendon%c3%a7a-Carlos-Mendonca.pdf > Acesso em: 20 de novembro de 2020.

Fonte de alimentação off-line Flyback de múltiplas saídas. EEWEB, 2015. Disponível em


<https://www.eeweb.com/multi-output-flyback-off-line-power-supply/>. Acesso em: 20 de
novembro de 2020.

Projeto de fontes de alimentação de múltiplas saídas. EEWEB, 2013. Disponível em <


https://www.eeweb.com/designing-multiple-output-flyback-power-supplies/>. Acesso em: 20
de novembro de 2020.

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