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Universidade Federal de Uberlândia

Faculdade de Engenharia Elétrica - Campus Patos de Minas


Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações

Jéssica Ferreira Pimentel

Resumo do Módulo 8
1 Transformada Discreta de Fourier

Os métodos de análise de Fourier são utilizados para buscar informações de sinais no


domínio da frequência. Existem outras transformadas que convertem sinais no domínio do
tempo para o da frequência, porém a transformada de Fourier é a mais utilizada, pois se
popularizou graças ao algoritmo computacionalTransformada discreta de Fourier, que mais
tarde foi implementada utilizando o algoritmo FFT.
Em sinais contínuos, pode-se utilizar a série de Fourier para sinais periódicos ou a
Transformada de Fourier para sinais não periódicos:
• Série de Fourier

1 𝑇 1
𝑥(𝑡) = ∑ 𝑐𝑘 𝑒 𝑗(2𝜋𝑘𝑓0 𝑡) 𝑐𝑘 = ∫ 𝑥(𝑡) 𝑒 −𝑗(2𝜋𝑘𝑓0 𝑡) 𝑑𝑡 𝑒 𝑓0 =
𝑇 0 𝑇
𝑘=−∞

• Transformada de Fourier

𝑋(𝑓) = ∫ 𝑥(𝑡)𝑒 −𝑗2𝜋𝑓𝑡 𝑑𝑡


−∞

O módulo de X(f) é chamado de espectro de amplitude de x(t), e a fase é chamada de


espectro de fase de x(t).
A Transformada de Fourier inversa é definida pela seguinte equação:

𝑥(𝑡) = ∫ 𝑋(𝑓)𝑒 𝑗2𝜋𝑓𝑡 𝑑𝑓


−∞

A Transformada Discreta de Fourier (TDF) possibilitou a implementação em computadores


ou em processadores digitais, pois ela só pode ser aplicada em sinais de tempo discreto.
A Transformada de Fourier para tempo Discreto (TFTD) é uma forma de aplicar os
conceitos da Transformada de Fourier em sequencias de tempo discreto. Ela é definida
pelas equações:

𝑗𝑤
𝑋(𝑒 ) = ∑ 𝑥 [𝑛]𝑒 𝑗𝑤𝑛
𝑛=−∞
𝜋
1
𝑥[𝑛] = ∫ 𝑋(𝑒 𝑗𝑤𝑑 ) 𝑒 𝑗𝑤𝑑 𝑑𝑤𝑑
2𝜋
−𝜋

Ao fazer a Transformada de Fourier de Tempo Discreto na sequência x[n], obtemos um


espectro de tempo continuo X(ejw), e quando aplicamos a Transformada de Fourier de
Tempo Discreto Inversa (ITFTD) voltamos para uma sequência discreta.
O espectro X(ejw) é periódico com período 2π, por isso a faixa de frequência para a
representação de sistemas discretos é -π<w>π. A relação entre o espectro de sinais
discretos e sinais contínuos é:

𝑗𝑤
1 𝑤 2𝜋
𝑋(𝑒 )= ∑ 𝑋( −𝑘 )
𝑇𝑎 𝑇𝑎 𝑇𝑎
𝑘=−∞

Para que as réplicas do espectro do sinal contínuo sejam iguais a do sinal amostrado, ele
deve ser de banda limitada e a frequência de amostragem deve ser duas vezes a
frequência máxima do sinal.
.

1.1 Transformada Discreta de Fourier

Ao fazer a Transformada Discreta de Fourier obtemos um espectro densidade de potência


no domínio da frequência discreta. Para isso a sequência x[n] deve ter duração finita igual a
N. A sequência X(k) terá o mesmo número de componentes da sequência x[n].
Temos que:
𝑁−1
2𝜋
𝑋(𝑘) = ∑ 𝑥(𝑛) 𝑊𝑁𝑛𝑘 𝑊𝑁 = 𝑒 −𝑗 𝑁
𝑛=0

em que WNnk é periódica e define pontos regularmente espaçados no círculo do plano


complexo de raio unitário, Fig.1. O valor k = 0, 1, ..., N-1, representa o conjunto de
frequências wk entre 0 a 2π.
2𝜋
𝑘 → 𝑤𝑘 = 𝑘
𝑁
Ou seja, N também representa o número de pontos igualmente espaçados no círculo de
raio unitário, cada ponto é incrementado com valor de frequência 1/N ou 2π/N. Por isso,
quanto maior o valor de N, maior é a resolução espectral.
O espectro X(k) é determinado nas frequências digitais:
2𝜋 1
𝑤𝑘 = 𝑘 𝑜𝑢 𝑓𝑘 = 𝑘, 𝑘 = 0, 1, … , 𝑁 − 1
𝑁 𝑁
Para representar esses pontos em analógico devemos multiplicar a frequência digital pela
frequência de amostragem Fa.
𝐹𝑎 2𝜋𝐹𝑎 𝑟𝑎𝑑
𝐹𝑘 = 𝑘[𝐻𝑧] 𝑜𝑢 𝛺𝑘 = 𝑘 [ ] , 𝑘 = 1, 2, … , 𝑁 − 1.
𝑁 𝑁 𝑠

Conclui-se que podemos aplicar a Transformada discreta de Fourier em qualquer sequência


de números sem a necessidade de ter uma expressão analítica do sinal. No entanto,
devemos escolher um trecho representativo do sinal.

2 Referências

OPPENHEIM, A. V.; SCHAFER, R. W. Processamento em tempo discreto de sinais,


Pearson, 3 ed., 2013.

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