Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UFRGS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM UTILIZAÇÕES DO GÁS
NATURAL
II. Objetivos:
Tópico Apostila
Sessão 1 – 06/11 - noite Introdução. Matemática Financeira Cap. 1,2
Sessão 2 – 07/11 - tarde Métodos de Análise Cap 3
Sessão 3 – 07/11 - noite Métodos de Análise / Exercícios Cap.3
Sessão 4 – 20/11 - noite Viabilidade de Empreendimentos Cap.4
Sessão 5 – 21/11 – tarde Viabilidade de Empreendimentos / Cap. 4
Exercícios
Sessão 6 – 21/11 - noite Estudos de Caso / Apresentação de mo- Cap. 5
delos Econômico-Financeiros/ avaliação
IV. Metodologia:
V. Critérios de Avaliação:
A definir.
Índice
1. INTRODUÇÃO ....................................................................... 5
2. MATEMÁTICA FINANCEIRA ........................................... 7
2.1 PRINCÍPIO BÁSICO .......................................................................................... 7
2.2 FLUXO DE CAIXA ............................................................................................. 8
2.2.1 Representação Gráfica do Fluxo de Caixa ..................................................... 8
2.3 JUROS ......................................................................................................................... 8
2.3 TAXA EFETIVA, NOMINAL E EQUIVALENTE ........................................ 10
2.4 RELAÇÕES DE EQUIVALÊNCIA ................................................................. 12
2.4.1 Convenções ................................................................................................... 12
2.4.2 Relação entre P e F ....................................................................................... 12
2.4.3 Relação entre P e U ...................................................................................... 15
2.4.4 Relação entre F e U ...................................................................................... 17
2.4.5 Séries Perpétuas ............................................................................................ 19
2.5 EXERCÍCIOS COM RESPOSTA .................................................................... 20
3. AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE
INVESTIMENTO .......................................................................... 22
3.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 22
3.2 PRINCÍPIOS E CONCEITOS .......................................................................... 22
3.2.1 Princípios Básicos ........................................................................................ 22
3.2.2 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) .......................................................... 23
3.2.3 Alternativas Mutuamente Excludentes e Alternativas Independentes ......... 25
3.3 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO.......................................................................... 25
3.3.1 Método do Valor Presente Líquido (VPL) ................................................... 26
3.3.2 Método da Taxa Interna de Retorno (TIR) ................................................... 28
3.3.3 Problemas com o Método da TIR ................................................................. 32
3.3.4 Método do Tempo de Retorno (payback) ..................................................... 40
3.3.5 Utilização dos Métodos ................................................................................ 41
3.4 EXERCÍCIOS COM RESPOSTA .................................................................... 43
4. ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM
EMPREENDIMENTO .................................................................. 46
4.1 O QUE CONSIDERAR EM UM FLUXO DE CAIXA ................................... 46
4.1.1 Custo de Oportunidade ................................................................................. 46
4.1.2 Custo Evitado ............................................................................................... 47
1. INTRODUÇÃO
Um projeto de engenharia se torna realidade quando se viabiliza em todos os seus
aspectos, quais sejam, técnicos, econômicos, financeiros, ambientais, políticos e
estratégicos. O aspecto técnico, podemos dizer, é a essência da engenharia, onde se
busca a melhor concepção em termos de eficiência técnica, procurando proporcionar o
máximo de bem estar ao indivíduo e à sociedade. Esse objetivo permanente é o grande
responsável pelos avanços tecnológicos e pelo desenvolvimento da ciência como um
todo.
1
V. ROSS, Stephen A., Administração Financeira, Ed Atlas, Parte II
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
MATEMÁTICA
FINANCEIRA ECONOMIA
ENGENHARIA
ECONÔMICA
ESTATÍSTICA
ADMINISTRAÇÃO
CONTABILIDADE
ESTIMATIVA
ANÁLISE DE RISCO DE CUSTOS
INVESTIR ??
ASPECTOS:
• TÉCNICOS
• ECONÕMICOS
• FINANCEIROS
• AMBIENTAIS
• ESTRATÉGICOS
• POLÍTICOS
2. MATEMÁTICA FINANCEIRA
2
Estamos falando de juros reais, descontada a inflação
Ou seja, não podemos somar ou subtrair quantias em dinheiro que não estejam na
mesma data. Para contornar esse problema e lidar com dinheiro ao longo do tempo se
dispõe das técnicas da chamada MATEMÁTICA FINANCEIRA.
Exemplo:
Instante 0: investi R$ 10.000,00
Instante 1: recebi R$ 5.000,00
Instante 2 : economizei R$ 2.000,00
Instante 3: paguei R$ 6.000,00
5.000 Convenção:
2.000 (+) entradas (benefícios)
(-) saídas (dispêndios)
0 1 2 3
- 6.000
- 10.000
2.3 JUROS
Juros Simples incidem apenas sobre o capital inicial a cada período de capitalização,
não sendo incorporado ao principal.
Período de Capitalização é o período em que uma quantia rende uma taxa de juros i.
Onde:
P = capital inicial;
F= montante final ou valor futuro;
i = taxa de juros por período de capitalização;
n= numero de períodos de capitalização
EXEMPLO 2.I – Para uma aplicação de R$ 100,00 durante um ano, com uma taxa de
juros mensal de 5% a.m, capitalizados mensalmente, qual o montante final para os casos de
juros simples e compostos?
Solução:
P= 100
i = 5% = 0,05
n = 12
Verifica-se que com aplicação de juros simples, a aplicação rendeu 60% a.a., ou seja,
proporcional a taxa de juros (12x5% = 60%). Daí também serem chamados de Juros
Proporcionais.
Por outro lado, nota-se que com a incidência dos juros compostos, a aplicação rendeu
79,58%, numa relação exponencial com a taxa de juros. Pela mesma razão, essa
modalidade de juros também é chamada de Juros Exponenciais.
Por exemplo, quando se diz que o banco dispõe de um financiamento de 12% a.a.de
juros capitalizados mensalmente, essa taxa é nominal. Na verdade, a taxa efetiva é 1% a.m
ou
Portanto:
Uma Taxa nominal 12% a.a , capitalizada em 12 períodos equivale a uma Taxa
Efetiva de 12,68% a.a.
Uma taxa nominal in capitalizada em m vezes no período leva a um valor futuro de:
F = P(1+in )m
m
Uma taxa efetiva ie referenciada a esse período, nos leva ao mesmo valor futuro, ou
seja:
F = P (1+ ie)
ou
onde,
Solução:
a) cálculo da taxa efetiva
r = 1/3
im = 3,38% a.m.
2.4.1 Convenções
Neste item abordaremos as relações matemáticas que nos permitam comparar valores
monetários referenciados a datas distintas, ou seja, relações de equivalência de fluxos de
caixa ao longo do tempo. Para isso adotaremos as seguintes convenções:
P = quantia existente ou equivalente no instante inicial ou de referência e conhecida por
valor presente ou valor atual;
F = quantia existente ou equivalente num instante futuro, conhecida por valor futuro;
U = valor de uma série uniforme de pagamentos ou recebimentos que ocorrem em n
períodos consecutivos;
i = taxa de juros por período de capitalização;
n = número de períodos de capitalização;
A) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
F
0
1 2 3 n
P i%
B) SOLUÇÃO ANALÍTICA
F = P(1+i)n ou P= 1
(1+1)n
F = P(F/P;i,n) onde
Analogamente,
P = F(P/F;i,n) onde
(F/P;i,n) = 1
(P/F,i,n)
SOLUÇÃO:
i)
a) Representação Gráfica
F=?
0
1 2 3 4 5
100.000
i= 5%
b) Solução Analítica
F = P(1+i)n = 100.000(1,05)5
F = 127.628 fator retirado da
tabela financeira
c) Utilização da Tabela Financeira (anexo A)
F = P (F/P,i,n) = 100.000 (F/P, 5%, 5) = 100.000 x 1,27628
F = 127.628
ii)
a) Representação Gráfica
F=2P = 200.000
0
1 2 3 4 n=?
100.000
i= 5%
b) Solução Analítica
F = P(1+i)n = 2P
(1+0,05)n = 2
nlog 1,05 = log2
n = log2 = 14,21 meses
log1,05
F = P (F/P,i,n) = 2P
(F/P,5%,n) = 2
a) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
U
0
1 2 3 n
P
i%
B) SOLUÇÃO ANALÍTICA
Tem-se que
Sn = a1 – anr
1-r
onde no caso:
a1 = (1+i)-1
an = (1+i)-n
r = (1+i)-1
P = U(P/U;i,n) onde
Analogamente,
U = P(U/P;i,n) onde
EXEMPLO 2.IV - Uma motorista de táxi financiou o serviço de adaptação do seu carro
para utilização do GNV em 24 meses, dando uma entrada de R$ 500,00. Sabendo-se que o
valor à vista do serviço é de R$ 4.000, que a taxa de juros cobrada pela financeira é 5%
a.m, qual a prestação mensal que ele pagará?
SOLUÇÃO:
a) Representação Gráfica
U=?
0
1 2 3 24
P = 4000-500 =3500
b) Solução Analítica
fator retirado da
c) Utilização da Tabela Financeira tabela financeira
(anexo A)
U = P (U/P,i,n) = 3.500 (U/P, 5%, 24) = 3.500 x 0,07247
U = R$ 253,65
a) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA F
U
0
1 2 3 n
i%
b) SOLUÇÃO ANALÍTICA
Temos que
P = F(1+i)n-1
P=U (1+i)n –1
(1+i)n .i
logo,
F=U (1+i)n –1 ou U = F i
i (1+i)n –1
F = U(F/U;i,n) onde
Analogamente,
U = F(U/F;i,n) onde
SOLUÇÃO:
U = 120.000
0
1 2 3 60
i=1%
b) Solução Analítica
U = R$ 9.800.360
fator retirado da
c) Utilização da Tabela Financeira tabela financeira
(anexo A)
U = F (U/F,i,n) = 3.500 (U/F, 1%, 60) = 120.000 x 81,6697
U = R$ 9.800.360
Na prática, às vezes o horizonte de análise é tão longo que pode ser conveniente
considerá-lo como infinito. É o caso típico de planos de previdência e contratos de
concessões publicas onde o período de análise pode ultrapassar 30 anos. Neste caso a série
torna-se perpétua, e o seu valor presente chamado de Perpetuidade é dado pela relação:
P = lim U (1+i)n –1
n ∞ (1+i)n .i
P= U ou U = Pi
i
P= U = 2.000.000 =
i 0,15
P = US$ 13.333.333
EXERCÍCIO 2.ii – Um agiota empresta R$ 500,00 para pagar R$ 550,00 em uma semana.
Qual a taxa de juros efetiva anual cobrada na operação de agiotagem?
R. 14.104,29% a.a.
EXERCÍCIO 2.v – Uma pessoa deseja formar, em quatro anos, um fundo de aposentadoria
através de depósitos mensais em um banco que paga 7% a,a, de juros. Se o valor da
aposentadoria for de R$ 500,00 a.m, qual deve ser o valor dos depósitos ?
R. R$ 1.608,77
EXERCÍCIO 2.vi – Como Diretor Financeiro de um banco, você quer oferecer uma
alternativa para que o cliente possa saldar um dívida do cheque especial. Ao invés de pagar
uma entrada e mais três prestações mensais. ele pode optar por fazer o pagamento em cinco
parcelas iguais, sem entrada. Caso ele opte pela nova modalidade, em quantos por cento ele
terá reduzida a prestação, sabendo-se que os juros cobrado pelo banco é de 4% a.m.?
R. Novas prestações serão 15,2% menores.
EXERCÍCIO 2.vii – Uma companhia têm que pagar três duplicatas com vencimentos em 3
, 5 e 6 meses, sendo seus valores de R$ 800,00, R$ 1.000 e R$ 600,00 respectivamente. O
banco credor, que cobra uma taxa de juros de 10% a.m, aceita que a dívida seja liquidada
hoje ou daqui a uma ano. Quanto a empresa deverá desembolsar em cada um dos casos?
A. liquidação hoje: R$ 1.620,76
liquidação daqui a um ano: R$ 5.086,65
EXERCÍCIO 2.ix – Você é dono de uma loja que pretende vender em 3 vezes sem
entrada e “sem juros” ou à vista com X % de desconto. Sabendo-se que seu custo de capital
é de 10% a.m, qual deve ser o valor do desconto, para que as duas modalidades de
pagamento não causem prejuízo, nem lucro financeiro para você?
R. X = 17,10%
a) 20 20 20 20 20
i= 5%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
R. 9,7558
b)
20 20 20 20 20
1 3 5 7 9
i= 6%
0 2 4 6 8 10
20 20 20 20
R. 1,0625
3.1 INTRODUÇÃO
O processo de implantação de um Projeto de Investimento passa por várias etapas,
desde o surgimento de uma necessidade até a efetiva implantação de uma solução que a
atenda da melhora maneira possível.
Segundo a metodologia proposta por KRICK 3 o Processo de Tomada de Decisão passa
pelas seguintes etapas:
I – Formulação do Problema;
II – Análise do Problema;
III – Busca de Alternativas;
IV – Avaliação de Alternativas;
V – Especificação da Solução Preferida
Portanto, temos que ter em mente que a fase de Avaliação de Alternativas é apenas uma
entre tantas ao longo do processo da solução de um problema. E como já foi colocado
anteriormente, a análise econômico-financeira é uma das ferramentas a ser utilizada para
escolha da melhor alternativa e tomada de decisão
3
KRICK, E.V. Métodos e Sistemas. Rio de Janeiro: LTC, 1971
Até agora, tratamos de alternativas com igual grau de risco. É prática usual e defendida
por alguns autores, ao tratarmos de alternativas com graus de risco diferenciados,
acrescentarmos um prêmio de risco à TMA, em função de uma alternativa conter maior risco
em comparação com as demais. É uma forma simplificada de contemplarmos o risco em uma
análise determinística. Uma análise de risco propriamente dita contempla modelos mais
complexos, considerando toda a aleatoriedade das variáveis envolvidas.
4
Ver detalhes em ROSS, A.R Administração Financeira – Corporate Finance, Parte III, Ed Atlas
SOLUÇÃO:
prêmio de risco = 0 ⇒ a alternativa em questão tem o mesmo grau de risco das demais
opções de investimento da empresa
As Alternativas Independentes, por outro lado, são aquelas que podem ocorrer
simultaneamente. Por exemplo, construir um gasoduto na região sul do Estado e uma rede de
distribuição de gás em Porto Alegre. Geralmente a análise desse tipo de alternativas aparece
quando da composição de uma carteira de investimentos. Neste caso, a restrição orçamentária
é um fator decisivo na solução do problema.
Se o VPL for positivo, o projeto é viável. Quanto mais positivo, mais atrativo se
torna a alternativa de investimento.
Dado um fluxo
F3
Fn
F1 F2
0 4
1 2 3 n
F0 F4
Obter
VP
0
1 2 3 4 n
n
VPL = Σ Fi (1+TMA)-i
i=0
CRITÉRIOS DE DECISÃO:
A) Alternativas Independentes:
EXEMPLO 3.ii – Uma Companhia necessita adquirir um equipamento para seu processo
industrial. Recebeu duas propostas de fabricantes diferentes, que atendem as exigências
técnicas.
Fabricante A Fabricante B
Custo de aquisição $ 50.000 $ 80.000
Custo anual de Manutenção $ 20.000 $ 15.000
Valor de Revenda $ 4.000 $ 8.000
Vida Útil 10 anos 10
anos
Fabricante A
4.000
0 10
20.000
50.000
VPL(@20%) = $ -133.204
Fabricante B
8.000
0 10
15.000
80.000
VPL(@20%) = $ -141.596
Por definição, Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de desconto para qual o VPL
do fluxo de caixa da alternativa em questão é nulo. A TIR de um projeto pode ser entendida
como a remuneração do capital investido.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA:
VPL
TIR %
i%
SOLUÇÃO ANALÍTICA:
F3
Fn
F1 F2
4
1 2 3
F0 F4
ou
n
VPL = Σ Fk (1+TIR)-k = 0
k=0
CRITÉRIOS DE DECISÃO:
A) Alternativas Independentes:
Por sua solução não ser explícita, o Método da TIR pode apresentar, em alguns
casos, problemas de convergência e apresentação de mais de um resultado (mais de uma
raiz real) que merecem uma análise mais criteriosa. Além disso, a análise de alternativas
mutuamente exclusivas através da TIR, nos leva em alguns casos a resultados conflitantes
com os obtidos com o Método do VPL. Isso ocorre em projetos com escala de
investimentos e distribuição no tempo do seus fluxos de caixa diferentes. Essas limitações
do método e a forma de contorná-las serão abordadas mais adiante.
SOLUÇÃO:
60
25
0 1 2
3 22
120 180
i% VPL
0 260
5% 138,6
10% -4,2
Pode-se afirmar que existe um valor de i entre 5% e 10% que resulta em vpl=0
Continuando o processo iterativo, com incrementos menores, tem-se
i% VPL
6% 100,5
7% 68,0
8% 40,2
9% 16,3
10 % -4,2
Portanto,
VPL
80
60
40
TIR = 9,8%
20
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 i%
Ano 0: -$ 100
Ano 1: $ 230
Ano 2: $ -132
Portanto, estamos diante de um problema com duas TIRs. Qual delas utilizá-las??
Na verdade, neste caso, não é possivel utilizar o método da TIR para tomada de
dicisão da alternativa em tela, pois não há nenhuma boa razão para escolher uma taxa ou
outra. O método do VPL seria o mais indicado.
Como vimos no item anterior, o cálculo da TIR nada mais é do que a solução de
um problema de determinação das raízes de uma equação polinomial de grau n.
Pela álgebra, sabe-se que um polinômio de grau n possui n raízes, que podem ser
reais e imaginárias. No nosso caso, só interessam os valores reais positivos.
5
Suponha um projeto de exploração de uma mina, onde há um investimento inicial de exploração, a extração
do minério durante um ano e um custo final de abandono (recomposição da área)
Por outro lado, a Regra de Sinas de Descartes6 nos diz que uma equação polinomial
poderá ter até M raízes reais positivas, sendo M o número de inversão de sinais dos termos
do polinômio. Aplicando-se a Regra de Descartes ao nosso caso, pode-se dizer que um
fluxo de caixa poderá ter até M TIRs distintas, sendo M o número de inversões de sinais
que ele apresentar.
Por exemplo, o o fluxo de caixa abaixo pode apresentar até 3 valores distintos de
TIR pois possui 3 mudanças de sinais.
1ª 3ª
mudança mudança
m=3
r = 1 ou 3
2ª
mudança
Embora o método do VPL possa ser utilizado para resolver esse problema, muitos
analistas e executivos preferem a TIR como indicador de viabilidade, alegando ser mais
intuitivo analisar um retorno percentual do que um retorno em dinheiro. Brigham e
Gapenski colocam que a preferência da TIR sobre o VPL está na relação de 3 para 1 entre
os tomadores de decisão.
Nesse sentido, para contornar esse problema de múltiplas TIRs, lança-se mão de um
novo método, chamado de TIR modificada ou TIRM, que consiste em eliminar a inversão
de sinais, considerando-se que os fluxos serão reaplicados à TMA.
6
A Regra de Sinais de Descartes estabelece ser o número de raízes positiva r igual a:
r = m-2k > 0
m = número de mudanças de sinais e K = 0,1,2,3 ....
0 1 2
-100
-132
O novo fluxo modificado passa a ter apenas uma inversão de sinal, portanto apenas
uma TIR.
Vejamos.
Como vimos, o resultado obtido com a TIR modificada quando comparado ao VPL, nos
fornece o mesmo resultado, pois os fluxos são reinvestidos à TMA, o que fazemos
implicitamente quando utilizamos o método do VPL.
• O PROBLEMA DA ESCALA
Onde está o conflito com a TIR? O problema está em não considerar as diferenças
de escala das alternativas. Ou seja, se aplicar em A, o que será feito com os restantes R$
999?
A + (B-A)
Se provarmos que (B-A) rende mais que a TMA, concluiremos que alternativa B é a mais
interessante.
EXEMPLO 3.iv Uma empresa, cuja TMA é de 6% a.a., dispõe de duas alternativas para
introduzir uma linha de fabricação para um dos componentes de seu produto. A Alternativa
A é para um processo automatizado que exigirá um investimento de R$ 20.000 mil e
propiciará uma receita líquida de 3.116 mil. A Alternativa B é para um processo
semiautomatizado, com um investimento inferior de R$ 10.000 mil, mas devido ao seu
custo maior de mão-de-obra, renderá apenas R$ 1.628 mil líquidos anuais. Ambos os
processos tem uma vida útl de 10 anos. Qual a melhor alternativa?
SOLUÇÃO:
Alternativa A
3.116
0
1 2 10
-20.000
Alternativa B
1.628
0
1 2 10
-10.000
(A-B)
0
1 2 10
Graficamente, podemos visualizar melhor. Pelo gráfico VPL x i abaixo podemos ver
que a TIR do Fluxo Incremental coincide com a interseção dos Fluxos de A e B. Esse ponto
é chamado de Intersecção de Fischer, que representa o Valor limite da TMA para qual
uma alternativa passa ser mais interessante que a outra.
Para o exemplo acima, temos:
12.000
10.000
8.000
6.000
alt. B alt. A INTERSECÇÃO DE FISCHER
VPL
4.000
A-B
2.000
(2.000)
(4.000)
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 11% 12% 13%
i (%)
Outra hipótese em que ocorre conflito com a TIR, semelhante ao caso acima, é
quando temos alternativas mutuamente excludentes com fluxos de caixa com distribuição
ao longo do tempo diferentes. Vamos considerar o seguinte exemplo.
0 1 2 3 4 5
SOLUÇÃO
120
100
80
60 alt. B alt. A
VPL
INTERSECÇÃO DE FISCHER
40
20
A-B
-
(20)
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20% 22% 24%
i (%)
20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
0
10
100
O payback simples do fluxo acima é de cinco anos, pois a soma das 5 primeiras
parcelas dos benefícios do projetos é iguala ao investimento inicial de 100.
A primeira limitação é que o método não considera a vida do projeto. Por exemplo,
se o fluxo acima tivesse 5, 10 ou 100 anos o valor do payback seria o mesmo, e seria
indiferente investir em qualquer um deles.
20.(P/A;10%;n) = 100
(P/A;10%;n) = 5 (P/A;10%;7) = 4,87 n entre 7 e 8
TABELA (P/A;10%;8) = 5,33
CRITÉRIOS DE DECISÃO:
A) Alternativas Independentes:
O método do payback, apesar das suas limitações mostradas, ainda é muito utilizado
por sua simplicidade e por ser um dos métodos mais antigos de análise de investimentos. O
que os principais analistas e empresas praticam é a sua utilização como um método
complementar, empregado juntamente junto com um dos métodos considerados exatos
como o VPL e a TIR.
7
Ross em seu livro chega a dizer que os outros métodos não passam de alternativas de segunda categoria.
Mas estimar o fluxo de caixa a ser gerado pelo projeto não é o suficiente. O que
importa, para o método do FCD, é determinar o fluxo incremental do projeto. Ou seja, o
fluxo que represente a mudança no caixa da empresa caso ela venha a implantar o projeto
em questão.
Por exemplo, ao investir em uma planta de co-geração uma indústria aproveita uma
caldeira que não está sendo utilizada em uma outra fábrica. Na verdade, não foi necessário
desembolsar dinheiro algum na compra da caldeira, mas ela , para fins de análise, tem um
custo, pois poderia ser utilizada para outro fim, nem que fosse para ser vendida como ferro
velho. Esse valor, que representa uma receita que deixou de ser gerada, é chamado de custo
de oportunidade do projeto e deve estar contemplado no fluxo de caixa incremental.
Custos (ou receitas) que foram incorridos no passado não são relevantes na tomada de
decisão de investir ou não e, portanto, não devem ser incluídos no fluxo incremental do
projeto. São os chamados Custos Afundados (Sunk Costs)
Um exemplo de custo afundado, que as vezes pode chegar a valores maiores que o
próprio investimento de implantação do projeto, é o custo de exploração de um campo de
petróleo. Nos estudos de viabilidade econômica de desenvolvimento do campo esses custos
de milhões de dólares não são considerados.
Os efeitos colaterais causado por um projeto pode ser positivo ou negativo. Os positivos
são as chamadas sinergias e entre os negativos, o mais comum é a erosão que é a
transferência de fluxos de um projeto já implantado para o novo projeto em questão.
Por outro lado, para citar um exemplo positivo (sinergia) na mesma área, o
investimento no controle de uma companhia distribuidora por uma agente que possui
reservas de gás, poderá garantir um mercado para o seu produto. Esse benefício, quando
possível de ser quantificado, deve ser considerado na análise do investimento na
participação acionária da distribuidora.
CG3
CG2
CG1
CG2 CG3
• Valor de Mercado: considera o valor real que o ativo terá no mercado no final do
período. É um valor mais representativo, mas de difícil determinação. Por quanto eu
conseguirei vender uma caldeira usada daqui a 15 anos não é uma pergunta simples de
responder.
VR = Fn , onde
i-r
VR
F2
F1
Fn
F0
Tem casos em que no final da vida útil do projeto, além do valor residual, deve ser
contemplado um custo de abandono que o empreendedor terá que incorrer para encerrar
suas operações. Pode ser um custo de desmontagem ou de recuperação de uma área
ambiental para seu estado natural.
Esse tipo de custo não é muito comum e acontece em casos específicos, como por
exemplo, em empreendimentos de produção de petróleo em plataformas marítimas fixas
(jaquetas). Quando do esgotamento do campo, haverá um custo de remoção da estrutura
que está estaqueada no fundo do mar.
A tabela abaixo mostra de maneira consolidada os efeitos que podem causar os itens
específicos abordados acima no fluxo incremental de um projeto de investimento em um
empreendimento qualquer.
SOLUÇÃO:
Fluxo Fluxo
antes do Valor Lucro IR CSLL depois do
ANO Depreciação
IR e da Contábil Tributável (25%) (9%) IR e da
CSLL CSLL
0 -30.000 -30.000
1 10.000 4.500 5.500
2 10.000 4.500 5.500
3 10.000 4.500 5.500
4 10.000 4.500 5.500
5 17.000 12.000 5.000
Fluxo Fluxo
antes do Valor Lucro IR CSLL depois do
ANO Depreciação
IR e da Contábil Tributável (25%) (9%) IR e da
CSLL CSLL
0 -30.000
1 10.000 12.000 18.000 -2.000
2 10.000 12.000 6.000 -2.000
3 10.000 6.000 0 4.000
4 10.000 0 10.000
5 17.000 0 17.000
Como pode se observar, os dois primeiros anos do fluxo de caixa do exemplo 4.i
apresentam valores de imposto de renda positivo, pois apresentam um lucro tributável
incremental negativo. Obviamente, não quer dizer que a Receita Federal pagará á empresa
o valor do imposto. Mas, considerando que o projeto faz parte de uma empresa que
apresenta lucro, a sua implantação fará que a empresa pague menos imposto de renda
nesses dois primeiros anos, o que é, sem dúvida um benefício direto no seu fluxo de caixa,
devendo, portanto ser considerado na sua análise. No caso de a empresa apresentar prejuízo
naqueles anos e não tiver que pagar imposto de renda, ela poderá compensar o prejuízo
acumulado em exercícios futuros quando for lucrativa, proporcinando, da mesma forma,
uma redução do imposto a pagar.
EXEMPLO 4.ii Uma empresa transportadora necessita ampliar sua frota de caminhões e
está analisando duas formas de fazê-lo. A primeira é comprar os caminhões novos, à vista,
no valor de R$ 500.000. A segunda opção é fazer um leasing dos veículos no valor de R$
150.000/ano por cinco anos, ocasião em que ela poderá adquirí-los por um valor simbólico
de R$ 1. Por qual das modalidades a empresa deve optar. sabendo-se que sua TMA é de
12% a.a. e a taxa de depreciação dos caminhões é de 20% a..a. Considere a alíquota de IR
de 25% e de CSLL de 9%.
SOLUÇÃO:
Fluxo Fluxo
antes do Valor Lucro IR CSLL depois do
ANO Depreciação
IR e da Contábil Tributável (25%) (9%) IR e da
CSLL CSLL
0 -500.000 -500.000
1 100.000 400.000 -100.000 25.000 9.000 34.000
2 100.000 300.000 -100.000 25.000 9.000 34.000
3 100.000 200.000 -100.000 25.000 9.000 34.000
4 100.000 100.000 -100.000 25.000 9.000 34.000
5 100.000 -100.000 25.000 9.000 34.000
VPL = R$ -377.437
b) Leasing
Fluxo Fluxo
antes do Valor Lucro IR CSLL depois do
ANO Depreciação
IR e da Contábil Tributável (25%) (9%) IR e da
CSLL CSLL
0
1 -150.000 - - -150.000 37.500 13.500 -99.000
2 -150.000 - - -150.000 37.500 13.500 -99.000
3 -150.000 - - -150.000 37.500 13.500 -99.000
4 -150.000 - - -150.000 37.500 13.500 -99.000
5 -150.000 - - -150.000 37.500 13.500 -99.000
VPL = R$ -356.875
Portanto, como VPL leasing > VPL aquisição , representando um custo menor, a
alternativa de leasing é a mais interessante.
P= Σ pk (1+i)-k
k=1
pk = ak +ik
jk = Sk-1 x i
onde,
pk = p = P (U/P; i; n)
prestação
juros
amortização
Sk = p (P/U; i; n-k)
ak = a = P/n
Sk = P - ka
prestação
juros
amortização
SOLUÇÃO:
a) Sistema Price:
j1 = 0,03 x 1000 = R$ 30
a1 = 269 –30 = R$ 239
S1 = 1000 – 239 = R$ 761
.
j2 = 0,03 x 761 = R$ 22,8
a2 = 269 – 22,8 = R$ 246,2
S2 = 761 – 246,2 = R$ 514,8
.
.
.
.
b) Sistema SAC
a = 1000/4 = R$ 250,0
Portanto,
TIR
+
Financiamento
Fluxo Alavancado
O Fluxo de caixa de um empreendimento, via de regra, não deve com as origens dos
recursos necessários, não devendo, portanto, contemplar os efeitos da alavancagem
financeira. Ou seja, sua análise é sem financiamento. Parte da premissa que os recursos
virão da estrutura de capital da empresa e seu custo estará refletido na respectiva TMA,
através do seu custo de capital ponderado. Essa é a regra geral, que diz que as decisões de
financiamento não devem ser misturadas com as decisões de investimento. Ou, em outras
palavras, um bom financiamento não pode mascarar um mau investimento.
Outro caso em que se deve fazer análise com financiamento, e que está muito
comum atualmente, é quando o empreendimento for estruturado na forma de project
finance, onde os recursos de terceiros são garantidos pela capacidade de geração de caixa
do projeto. Neste caso é criada um sociedade de propósito específico (SPE), onde o único
negócio da empresa é o projeto em questão e o que interessa para os investidores é o
retorno líquido que seus acionistas terão após a Companhia cumprir todos seus
compromissos. Ou seja, os dividendos a serem gerados. Em negócios deste tipo a análise é
feita baseada no Fluxo de Caixa Líquido do Acionista, já descontando todas as parcelas
de financiamento.
O que se deve ter cuidado nesses casos é com a taxa de desconto a ser utilizada.
Quando se analisa o fluxo de caixa do acionista deve-se sempre utilizar a TMA do
acionista, ou seja, o custo de capital próprio, nunca o custo ponderado de capital, pois,
aí, estaríamos analisando um fluxo já alavancado com uma taxa de desconto também
alavancada. Neste caso a alavancagem financeira estaria sendo considerada duplamente.
Nesse sentido, o trabalho consiste em projetar para cada ano os seguintes valores a
serem gerados pelo empreendimento:
FLUXO DO EMPREENDIMENTO
PERÍODO n
Receita Bruta
(-) Impostos Proporcionais (ICMS, PIS/Cofins)
= Receita Líquida
(-) Custo da Mercadoria Vendida ou do Produto Vendido
= Lucro Bruto ou Margem Bruta ou Margem de Contribuição
(-) Custo Operacional
(-) Depreciação
(-/+) Receitas/Despesas Financeiras
= Lucro Antes do Imposto de Renda e da CSLL (LAIR)
(-) IR e CSLL
(=) LUCRO LÍQUIDO
(+) Depreciação
(-) Custo de Investimento / Custo de Oportunidade
(+/-) Capital de Giro
(+) Valor Residual
= FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO NO PERÍODO n
FLUXO DO ACIONISTA
PERÍODO n
Receita Bruta
(-) Impostos Proporcionais (ICMS, PIS/Cofins)
= Receita Líquida
(-) Custo da Mercadoria Vendida ou do Produto Vendido
= Lucro Bruto ou Margem Bruta ou Margem de Contribuição
(-) Custo Operacional
(-) Depreciação
(-/+) Receitas/Despesas Financeiras
(-) Juros de Financiamentos
= Lucro Antes do Imposto de Renda e da CSLL (LAIR)
(-) IR e CSLL
(=) LUCRO LÍQUIDO
(+) Depreciação
(-) Amortização de Financiamentos
(-) Custo de Investimento / Custo de Oportunidade
(+) Parcelas do Financiamento
(+/-) Capital de Giro
(+) Valor Residual
= FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO NO PERÍODO n
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Receita Bruta (s/ ICMS) 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300
Impostos Proporcionais (3,65%) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595)
Receita Líquida 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705
Custo do Gás (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899)
Margem Bruta 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805
Custo Operacional (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140)
Depreciação (20.000) (20.000) (20.000) (20.000) (20.000) (20.000)
Juros
Lucro antes do IR e CSLL 33.665 33.665 33.665 33.665 33.665 33.665 53.665 53.665 53.665 53.665 53.665
Imposto de Renda (8.416) (8.416) (8.416) (8.416) (8.416) (8.416) (13.416) (13.416) (13.416) (13.416) (13.416)
Contrib. Social s/ Lucro (3.030) (3.030) (3.030) (3.030) (3.030) (3.030) (4.830) (4.830) (4.830) (4.830) (4.830)
Lucro Líquido 22.219 22.219 22.219 22.219 22.219 22.219 35.419 35.419 35.419 35.419 35.419
Depreciação 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 - - - - -
Investimento
Parcela do Financiamento
Amortização
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO 42.219 42.219 42.219 42.219 42.219 42.219 35.419 35.419 35.419 35.419 35.419
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Receita Bruta (s/ ICMS) 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300 153.300
Impostos Proporcionais (3,65%) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595) (5.595)
Receita Líquida 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705 147.705
Custo do Gás (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899) (80.899)
Margem Bruta 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805 66.805
Custo Operacional (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140) (13.140)
Depreciação (20.000) (20.000) (20.000) (20.000) (20.000) (20.000)
Juros - -
Lucro antes do IR e CSLL 33.665 33.665 33.665 33.665 33.665 33.665 53.665 53.665 53.665 53.665 53.665
Imposto de Renda (8.416) (8.416) (8.416) (8.416) (8.416) (8.416) (13.416) (13.416) (13.416) (13.416) (13.416)
Contrib. Social s/ Lucro (3.030) (3.030) (3.030) (3.030) (3.030) (3.030) (4.830) (4.830) (4.830) (4.830) (4.830)
Lucro Líquido 22.219 22.219 22.219 22.219 22.219 22.219 35.419 35.419 35.419 35.419 35.419
Depreciação 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 - - - - -
Investimento
Parcela do Financiamento
Amortização
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO 42.219 42.219 42.219 42.219 42.219 42.219 35.419 35.419 35.419 35.419 35.419
R. a) VPL = -12.986,57
b) VPL = 3.964,10
EXERCÍCIO 4.ii - (influência do imposto de renda) Uma mina de ouro contém 200
toneladas deste metal. Sua exploração requer, entretanto, muitos investimentos e
trabalho. Os proprietários da mina estão em dúvida sobre o destino de dar á mesma.
Existem três alternativas:
a) vendê-la por $ 1.000.000,00
b) explorá-la intensivamente, o que requer investimentos na ordem de $
1.500.000 e renderia $ 150.000 por 21 meses. A primeira receita ocorreria no
final do terceiro mês;
c) explorá-la em ritmo mais lento, investindo $ 400.000 e obtendo uma receita
anual de $ 500.000 por cinco anos;
O valor contábil atual da mina é de R$ 300.000 e a TMA vale 20% a.a. Calcule
qual a melhor alternativa, considerando um imposto de renda de 35%. A depreciação da
mina e dos investimentos poderá se feita de acordo com sua exploração. O valor
residual da mina é zero independente do sistema de exploração escolhido.
R. VPL a = 755.000
VPL b = 713.781
VPL c = 718.260
A melhor alternativa é vender a mina.
Após o pagamento da terceira prestação, o saldo devedor foi renegociado nos seguintes
termos:
- o saldo devdor seria pago em 15 prestações iguais mensais;
- juros de 15% a.m;
R. $ 62.050
EXERCÍCIO 4.vi- (alavancagem) Uma propriedade que contém lojas e escritório está
à venda por $ 6.000 mil. Estima-se que durante um período de 20 anos a renda líquida
proveniente dos aluguéis das lojas e escritório atingirá por ano $ 890 mil, e que as
despesas com imposto, manutenção, condomínio, etc, atingirão por ano $ 380 mil.
Estima-se, ainda, que no final dos 20 anos, a propriedade poderá ser vendida por $
4.500 mil. Considerando-se uma TMA de 10% a.a., decida se vale a pena esse
investimento. Caso consiga um financiamento subsidiado com uma taxa de juros de 5%
a.a, com um prazo de amortização de 10 anos, o investimento torna-se atrativo ?
Considere o sistema SAC
0 1 2 3 4 5
R. a) VPL = 1220,3
TIR = 22,2% a.a.
b)
5. ESTUDOS DE CASO
Uma das medidas sinalizadas, que contribuiria nessa questão, seria a conversão
para utilização do gás natural de todas as unidades que estivessem queimando
combustível mais pesado.
A Companhia trabalha com uma taxa de retorno mínima, para esses tipos de
projeto, de 10% a.a. A alíquota de Imposto de Renda é de 25% e da Contribuição
Social sobre o Lucro é de 9%. Considere uma taxa de depreciação de 20% a.a.
a) A TMA utilizada pela companhia para projetos deste tipo é de 15% a.a
b) Os fabricantes garantem uma vida útil para os equipamentos de 15 anos,
desde que com os serviços de manutenção recomendados;
c) A empresa pretende investir, qualquer que seja a concepção escolhida, com
100% de capital próprio, já que a mesma se encontra capitalizada devido à
crise cambial ( grande parte de sua produção é destinada ao mercado
externo).
d) A contribuição de Imposto de Renda da Frangolaite encontra-se na faixa de
25%. A CSSL é de 9%;
e) Preço do gás: R$ 0,29/m3
f) A energia elétrica é comprada a R$ 130,00 MWh da concessionária. Mas a
concessionária só paga pelo excedente o valor de R$ 80,00 MWh
CONFIGURAÇÃO ATUAL
Concessionária 3,9 MW
subestação
local de distribuição @ R$ 130/MWh
23,4 t/h
Caldeira
convencional Vapor saturado
Óleo combustível B1 Seco de 10 bar
@ R$ 30/t
G 3 MW
Caldeira
28.000 m³/d
de
recuperação
23,4 t/h
24.000 m³/d vapor s.s.
10 bar
G 9400 kW
Caldeira
74.000 m³/d 21,42 t/h
de
recuperação
23,4 t/h
vapor s.s.
10 bar
Caldeira
convencional
1,98 t/h
2.900 m³/d
6. ANEXOS