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TAUBATÉ - SP
2020
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SUMÁRIO
1 PÓS-OPERATÓRIO DE LCA...................................................................................................3
2 MENISCOS.............................................................................................................12
3 LUXAÇÃO PATELAR............................................................................................22
3.1 BIOMECÂNICA....................................................................................................23
REFERÊNCIAS...........................................................................................................26
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1. PÓS-OPERATÓRIO DE LCA
O joelho é constituído por três ossos (fémur, tíbia e patela) que originam duas
articulações, a fémuro-tibial e a fémuro-patelar. O joelho é uma articulação
complexa, sendo estabilizados por ligamentos, músculos e pela cápsula articular.
Formado por estruturas ósseas e tecidos moles que em conjunto trabalham para
garantir a estabilidade e flexibilidade da articulação. Entre as estruturas ósseas,
estão a porção final do osso da coxa (fêmur), a porção inicial do osso da perna
(tíbia) e a patela (rótula).
Essa lesão acontece geralmente quando o paciente roda o seu corpo e o seu pé
permanece fixo no chão, isso ocorre devido a porção póstero-lateral de este
ligamento apresentar-se tensa quando o joelho está em extensão, com isso ela é
lesionada com mais frequência. Esse movimento é muito comum durante a prática
esportiva ou até mesmo com o posicionamento irregular na hora de uma atividade
por isso os atletas recreacionais e mesmo os atletas profissionais são os que mais
sofrem esse tipo de lesão.
Existem vários elementos que podem gerar as lesões no joelho, e são divididos
em dois grupos:
Fatores extrínsecos tais como traumas direto na articulação, que ocorre bastante
em esportes de contato como por exemplo futebol, basquete, handball, sobrecarga
de treinos, número excessivo de jogos e equipamentos inadequados.
Por sua vez, a lesão por trauma indireto acontece perante paragem brusca e
saltos sem qualquer contato físico, provocando lesões isoladas do LCA seguidas de
hemartrose.
Quando a lesão acontece durante uma atividade física, o atleta normalmente cai
no chão e é incapaz de terminar o exercício em virtude da dor e da instabilidade no
joelho.
Dor
Edema
Sensação de instabilidade no joelho
Sensibilidade ao longo da interlinha articular
Desconforto ao caminhar
Perda da amplitude de movimentos.
1.3 CIRURGIA
Reabilitação
Fase I ( 0 - 2 semanas)
Fase II (2 - 6 semanas)
- Flexão plantar.
- Apoio unipodal.
Fase 3 (6 - 14 semanas)
- Corrida lateral.
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- Exercícios de agilidade.
- Aceleração e desaceleração.
Fase 5 (+ 22 Semanas)
- Rotações.
- Circuitos.
MENISCOS
ANATOMIA DO MENISCO
Lesão meniscal
preservado até 1/3. E a total, quando menos de 1/3 é preservado, ela é mais usada
em pacientes acima dos 50 anos. (LOPES; LORENZO, 2015)
Dawson et al, (2014) observou que há um predomínio de lágrimas meniscais
em pacientes com idades avançadas, osteoartrite presente na articulação
tibiofemoral e índice de massa corporal elevado. Sendo as lesões meniscais de
origem traumática (aguda) ou degenerativa. É comum observar outras lesões na
articulação, como por exemplo lesão no ligamento cruzado anterior, quando há uma
lágrima meniscal. As lesões meniscais degenerativas são mais comuns em pessoas
mais idosase as lesões agudas mais comum em pessoas com menos de 40 anos,
geralmente ligadas ao esporte.
As lagrimas meniscais normalmente são resultantes de torção ou giro com
uma determinada força. Rasgos longitudinais acontecem paralelo a borda periférica
do menisco e localizadas nas áreas vascularizadas. Dependendo do tamanho e
formato da lágrima, pode haver o contato entre a tíbia e o fêmur, as lagrimas
longitudinais no corno anterior e posterior são de maiores consequência e resultam
em uma alteração da biomecânica em toda a articulação do joelho, podendo levar a
uma possível patologia. (ZHANG et al.,2019)
Um sistema de classificação foi usado para padronizar diferentes tipos de
rasgos meniscais, viabilizando correlacionar diferentes tipos de ruptura com o
tratamento e facilitar possíveis informações ao paciente. Nesse estudo 5 tipos de
lágrimas meniscais foram identificados, e de acordo com a sua morfologia foram
classificadas em: (1) Rasgos radicais parciais estáveis, (2) rasgos radiais completos
a 9mm de fixação da raiz óssea, (3) rasgos na alça da caçamba com
desprendimento da completo da raiz, (4) rupturas meniscais obliquas ou
longitudinais complexas com deslocamento da raiz e (5) fraturas por avulsão da
inserção da raiz meniscal; para este estudos foram computadas 1556 artroscopias
de joelho, em pacientes com idade média de 32,9 anos. Um total de 71 rupturas
meniscais foram identificadas, avaliadas e classificadas pela morfologia da lagrima.
(LAPRADE et al., 2014)
A biomecânica do joelho está muito relacionado com a raiz posterior do
menisco medial, tanto que uma ruptura radicular dessa estrutura é semelhante a
uma meniscectomia. Podendo levar a osteoartrite degenerativa na região medial da
articulação do joelho. (KWAK et al., 2017)
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MENISCECTOMIA
Sutura
Tratamento conservador
O tratamento não cirúrgico tem seu foco principal aliviar a dor no joelho, junto
com a cooperação do paciente em limitar atividades que piorem a sintomatologia
aguda. Essa terapia pode ser a base do tratamento pelo motivo de ser uma técnica
menos invasiva. O uso de fármacos anti-inflamatórios não esteroide (AINE), é
utilizado para controlar a inflamação, relaxamento muscular e diminuir a dor, se
necessário seu uso pode ser prolongado em até 6 semanas.A fisioterapia atua com
o intuito de manter a amplitude de movimento, melhor a flexibilidade dos
isquiostibiais, ganhar força na musculatura do quadríceps e articulação do quadril.
Tudo isso associado com treinamento proprioceptivo para a região do joelho. O
trabalho de marcha associado com exercícios ou órteses melhoram a funcionalidade
e aliviam a dor. Foi evidenciado que um protocolo de pequena série de exercícios,
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3 LUXAÇÃO PATELAR
A patela é o maior osso sesamoide do corpo, com seu centro de ossificação
surgindo entre o segundo e o terceiro anos de vida ou, eventualmente, mais tarde.
Em alguns casos, apresenta centro de ossificação secundário (patela bipartida).
Tendo formato triangular com o ápice voltado para baixo, recebe inserções dos
componentes do quadríceps, que também a recobrem e formam o ligamento da
patela, que se origina no polo inferior desse osso.
3.1 BIOMECÂNICA
Joelho e uma articulação completa com três ossos, possui dois graus de liberdade
de movimento, e três superfícies que se articulam, fêmur tibial medial e lateral, e
fêmur patelar que se encontram em uma capsula articular comum. Os músculos do
joelho produzem flexão extensão e leve rotação interna e externa, e alguns dos
músculos que agem no joelho atuam também no quadril, músculos denominados bi
articulares.
Há flexão de joelho e permitida até 120º com joelho estendido, com flexão de quadril
140º e 160º com flexão passiva, rotação medial está limitada a 10º e lateral 30º.
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Fisiopatologia
Alguns estudos mostram que existam
alterações anatômicas que estão
relacionadas com recidivas após a luxação
aguda da patela. Esses fatores são: patela
alta, aumento do ângulo Q, hipermobilidade patelar, torção femoral e tibial, joelho
valgo, atrofia do músculo vasto medial oblíquo e displasia femoral ou patelar.
Enquanto outros estudos mostram presença de fraturas osteocondrais patelares ou
femorais como fatores predisponentes de recidivas, se as mesmas não forem
tratadas cirurgicamente. A frouxidão ligamentar generalizada, embora possa
favorecer a ocorrência da luxação aguda ou de suas recidivas, é considerada por
alguns uma característica protetora para a cartilagem articular da patela, diminuindo
em duas vezes e meia a incidência dessas lesões.
Avaliação
Paciente refere dor em região de joelho, ao subir ou descer escada, mudança de
direção, giro. Instabilidade menisco.
Vista anterior em pé joelhos varo ou valgo, anormalidade na patela, alta, baixa,
lateralizada. Posição da tíbia medial, lateral, neutra.
Avaliação dinâmica
Exame complementar raio-x e ressonância
3.3 TRATAMENTO
Fortalecimento do tipo ativo-assistidos, ativo-livres e isométricos da musculatura de
quadríceps, isquiotibiais, adutores, abdutores do quadril e glúteos (4x16 com 1
quilos), buscado o equilíbrio muscular. Realizando também, mobilização patelar,
séries de alongamento de flexores de quadril, quadríceps, isquiotibiais e glúteos (5 x
10 por 25 segundos) e treino de marcha em barra paralela com obstáculos.
Exercícios do tipo proprioceptivos em dynadisc (5 minutos) e cama elástica
(2x10minutos). Gradativamente com a evolução do paciente, for substituído o
andador de 4 apoios por uma bengala de 1 apoio. E paciente apresentando ganho
de ADM em flexão e extensão de joelho dando início assim ao treino de marcha
funcional com obstáculos, escadas e rampas. Os treinos proprioceptivos foram
associados a movimentos rotacionais do paciente e de coordenação dos membros
superior e treinos com os olhos fechados aumentando o grau de dificuldade,
associando o treinamento proprioceptivo com treino para o equilíbrio. Na fase final
do tratamento o paciente realiza os exercícios de maneira ativa assistida. Sem
dificuldade em suas séries de treinamento, assim como apresenta uma marcha mais
estável e com diminuição da oscilação do tronco látero lateral.
REFERÊNCIA
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CAMANHO, Gilberto Luis. Lesão meniscal por fadiga. Acta Ortop Bras, São Paulo,
v.17, p. 1-4, 2009. Disponível:<httpww.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1413-78522009000100006s://w> Acessado em 5.Mar.2020.