Sempre alvo de críticas e é a instituição social que mais recebe atenção.

A aprender a fazer algo ou para se ter uma profissão. Essa última é ainda
educação é, sem sombras de dúvidas, o principal pilar de uma sociedade. mais complicada, pois o pensamento dos jovens e da sociedade em geral
No entanto, no Brasil, a educação é um sistema falho, por diversos sobre profissão é corrompido. Na maioria dos casos uma profissão não é
motivos; um dos mais importantes é a inversão de papeis. algo que faz parte da “ser” além de ser uma fonte de renda, mas sim um
troféu; uma maneira de ascender na pirâmide social. Isso tem como
A sociedade como um todo tende a achar que cabe a escola a educação consequência a formação de maus profissionais que prestarão maus
dos filhos, mas isso não é uma inteira verdade. A família é a principal
serviços no futuro, além de ser mais uma maneira de “divisão de grupos”.
instituição da sociedade, pois é nesse ambiente que o individuo tem o
primeiro contato com a sociedade. Nesse processo é ensinado crenças, QUESTÃO POLÍTICA/ ECONOMICA
valores e é onde é dada a “educação” que nada mais é do que um mix de
As escolas e faculdades públicas são comandadas pelo governo federal na
limites e diretrizes. Nesse primeiro processo de educação, os pais
figura do Ministério da Educação. Com isso, fica quase impossível que não
precisam ensinar valores éticos e morais para que as crianças cheguem
haja resvalos e interferências políticas no meio educacional. Um exemplo
preparadas ao convívio escolar. Sala de aula envolve diversos fatores, tais
seria a escolha dos livros didáticos com os assuntos que o governo
como: respeito, silêncio, vontade de aprender, cooperação, disciplina,
gostaria que os alunos soubessem; ou seja, assuntos que casam melhor
autoestima. Quando as crianças e jovens não têm esses requisitos, elas
com a ideologia do governo. Já as instituições privadas, apesar da
não conseguem aprender. Pois, tornam-se pessoas indisciplinadas e
finalidade educacional, são empresas, que precisam do lucro para a sua
desrespeitosas. Bom desempenho na escola depende da educação dada
sobrevivência, que faz com que elas priorizem o que tem mais tendência a
pelos pais.
agradar o mercado e o consumidor.
Professor não tem responsabilidade de educar e nem tempo hábil para
Sobre essa questão da educação as principais consequências são a
tanto. Ele apenas coopera, agrega à educação. Além disso, famílias e pais
formação de adultos analfabetos funcionais, que são aquelas que não
da atualidade estão omissos com a educação dos filhos. Com isso a
entendem o que leem adultos poucos focados e sem consciência social e
educação das crianças e jovens fica a cargo da sociedade (redes sociais,
profissionais pouco capacitados. O desemprego também pode ser citado,
amizades e violência).
pelo fato de que muitos desses profissionais por, mesmo depois de
Outro grande problema é que a educação brasileira é utilitária. A cultura formados, não terem capacitação suficiente, não conseguem trabalhar
brasileira não ensina os jovens a gostarem de estudar pelo simples fato de nas suas áreas. Com isso, ou eles ficam fora do mercado de trabalho ou
se ter conhecimento ou para ampliar o intelecto; aqui se estuda para eles procuram empregos populares, longe de sua área de capacitação.
Educação na Constituição Federal: DADOS/ EXEMPLOS

Art. 205 – “Direito de todos, dever do estado e da família. Promovida com Instituto Paulo Montenegro/Ibope: Em 2017, Brasil chegou a casa dos
a colaboração da sociedade”. 11,5 milhões de jovens analfabetos

ALUSÃO HISTÓRICA Dos 48,5 milhões de jovens de 15 a 29 anos, 23% (11,2 milhões) não
trabalham, nem estudam ou se qualificam. Esse contingente cresceu
CITAÇÕES
quase 6% de 2016 para 2017, o que equivale a mais de 600 mil pessoas. A
“A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas taxa é maior para mulheres (28,7% contra 17,4% de homens) e entre
transformam o mundo”. Paulo Freire pessoas da cor preta e parda (25,9% frente a 18,7% de brancos).

“A educação não tem preço, mas sua falta tem um custo”. Antonio Gomes
Lacerda
“O princípio da educação é pregar com exemplo”. Anne Turgot
“A união entre trabalho, instrução intelectual, exercício físico e treino
politécnico elevará a classe operária”. Karl Marx
São mais de 25 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não concluíram a
graduação e não frequentam a escola, tampouco cursos pré-vestibulares
ou técnico. O grupo é majoritariamente composto por pessoas da cor
preta ou parda (64,2%) e homens (52,5%). Os principais motivos citados
para a interrupção dos estudos são trabalho (39,7%), falta de interesse
(20,1%) e cuidar de pessoas ou afazeres domésticos (11,9%).

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Ministério da Educação deve promover novas formas de estudo para o ensino infantil, de modo a instruir a nova geração de que a educação não deve ser
somente utilitária e sim parte da formação pessoal de cada um.

Ministério da Educação deve promover programas e oficinas nas escolas de modo a integrar os pais na vida escolar dos filhos para que eles sejam mais
participativos também da educação escolar. O objetivo é fazer uma fusão mais intensa entre pais e professores.
O nascimento do trabalho escravo ocorreu em tempos remotos, nas
cidades da Grécia e Roma, onde a escravidão sempre esteve na base da
estrutura social, a partir da necessidade de mão de obra. Assim, surgiu
uma classe de trabalhadores que eram submetidos a condições precárias
de trabalho, em instalações inadequadas e até mesmo sofrendo agressões
físicas. Ocorria, na verdade, uma luta pela sobrevivência das classes
inferiores, tendo em vista que o trabalho se dava em troca de moradia e
alimentação, mesmo que em péssimas condições. Os gregos acreditavam
que o trabalho escravo era necessário, ou seja, os pobres nasciam nessa
condição e, por esse motivo, eram obrigados a serem escravizados. Para
eles, a escravidão servia para satisfazer às necessidades de manutenção
da vida. A Grécia foi a primeira civilização a adotar o trabalho escravo.
Em Roma, o trabalho escravo era utilizado para concentrar mais riquezas
nas mãos dos nobres, nesse sentido aduz Aldo Schiavone (2005, p.100) “O
seu trabalho tinha como função manter e ampliar não só a riqueza
econômica, mas também o status, o luxo e tudo aquilo que representava
o modo de vida da nobreza romana”. O surgimento do trabalho escravo
em Roma se deu com a abolição da escravidão por dívidas na Grécia
Antiga. Os trabalhadores eram tratados como propriedade dos senhores
de terra e assim eram trocados como produtos, sem quaisquer direitos
pessoais.
ESCRAVIDÃO NO BRASIL
A escravidão no Brasil teve início com a chegada dos portugueses no ano
de 1500, os quais utilizaram a mão de obra escrava dos índios para que
estes trabalhassem nos engenhos. Porém, devido às péssimas condições
de vida a que eram expostos, alguns morreram em razão de doenças,
sendo assim, os índios foram considerados insuficientes para exercer as
atividades laborativas. Dessa forma, os portugueses passaram a traficar
africanos para substituir os índios, pois sua capacidade laborativa era
muito superior e assim desempenharam um importante papel na
produção.
A escravidão era preservada pela Igreja Católica, ou seja, defendia que
todos aquelas que desobedecessem a seus ensinamentos deveriam ser
escravizados, como forma de punição. Nesse sentido, os jesuítas eram os
responsáveis por contratar os escravos negros (COSTA, 1977. p. 21).
Inicialmente, os escravos negros exerciam suas atividades nas plantações
da cana-de-açúcar e depois passaram a trabalhar na extração de minério
e na exploração da madeira, com isso, os seus proprietários vislumbravam
diminuir os custos da produção, mas também aumentar os lucros.
TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO
Trabalho escravo contemporâneo é aquele que os trabalhadores são
submetidos a condições de trabalho análogas a antiga e conhecida
escravidão. Isso porque os trabalhadores vivem em condições
subumanas, sem água potável e alimentação decente. Os empregadores
aliciam essas pessoas, que, normalmente, são pessoas da classe D,
moradoras de locais precários, sem condições de proverem seu sustento.
Sob a promessa de melhores trabalhos e condições de vida os
empregadores levam os trabalhadores para lugares, normalmente,
isolados, onde tudo é difícil desde a localização até a comunicação.
Para manter suas vítimas sempre presas, os empregadores retêm os
documentos pessoais dos trabalhadores, além de coloca – los em dívidas
infindáveis. As remunerações são muito baixas e às vezes nem existem.
Há trabalhadores que trabalham por comida e alojamento e os
trabalhadores são submetidos a torturas psicológicas e físicas e também a
ameaças constantes de morte.
A definição do trabalho escravo contemporâneo é encontrada no art. 149,
do Código Penal Brasileiro:
“Reduzir alguém à condição análoga a de escravo, quer submetendo-o a
trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições
degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua
locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”.
Hodiernamente, a escravidão está associada à facilidade de migração de
pessoas e à má distribuição de renda. Infelizmente esse fato ainda pode
ser encontrado em diversas regiões do mundo, quer seja em países em
desenvolvimento, quer seja em países desenvolvidos. São esses os
mecanismos que coíbem a liberdade desses trabalhadores. Sem dinheiro,
ameaçados e sem o conhecimento de seus direitos fundamentais e
trabalhistas, os explorados ficam “presos” a um emprego em que
enfrentam maus-tratos e péssimas condições. O escravo contemporâneo
está presente tanto na zona rural quanto na zona urbana, submetidos às
mesmas condições de trabalho. Esse é um problema recorrente e grave,
pois, em pleno século XXI e com tantas garantias legais, isso se torna um
absurdo.
Apesar de hoje não existir mais correntes ou senzalas, são inúmeros os
relatos dos trabalhadores em condições de trabalho que remetem a uma
escravidão contemporânea. Portanto, essa condição diz respeito não
apenas a aquisição de mão de obra, mas também ao uso e desprezo dos
seres humanos, visando o aumento dos lucros e a redução de despesas.
Principais atividades que usam o trabalho escravo:
 Pecuária
 Indústria têxtil
 Produção de carvão
 Cultivo de cana de açúcar
 Construção civil
ALUSÃO HISTÓRICA
CONCEITO DE TRABALHO
O trabalho é uma das formas de se expressar do ser humano quanto ‘zoo
politikon’. Por meio deste, os homens desenvolveram a cultura e as
civilizações, sendo que seu conceito está sempre em modificação. Sua
etimologia é originária do latim tripalium, que designa instrumento de
tortura. Por extensão, significa aquilo que fatiga ou provoca dor, de onde
vem o verbo tripaliare (ou trepaliare), que significava, inicialmente,
torturar alguém no tripalium.
Para os gregos da Antiguidade havia uma distinção entre o labor e o
trabalho, como Hannah Arendt expõe em sua obra “A condição Humana”.
Para eles, o labor estava relacionado à sobrevivência, à vida privada do
cidadão, onde se caracterizaria o processo ininterrupto de produção de
bens de consumo. Não há uma permanência destes bens no mundo,
portanto embora necessários, eram desvalorizados. Por outro lado, o
trabalho estava relacionado com o homem político, cívico. Havia uma
inclinação ao produto do trabalho durar em outras épocas vindouras à do
homem que o criou, como v. G., o trabalho escrito, as leis, as ideias de
democracia, etc., que penduraram até os dias atuais.
CONCEITO CRISTÃO
O trabalho na concepção judaico-cristã é a de penitência, de sofrimento,
pois após Eva e Adão comerem do fruto do livre arbítrio, foram expulsos e
amaldiçoados por Deus, como segue a transcrição do Livro de Gênesis
(cap.3, 17);
“comederesmaledicta terra in opere tuo in laboribus comedes
eamcunctisdiebus vitae tuae”.
“Do suor do teu rosto, comerás do teu pão”.
DADOS/EXEMPLOS
Estima-se que 40,3 milhões de pessoas no mundo foram submetidas ao
trabalho análogo à escravidão em 2016, segundo o relatório Índice Global
de Escravidão publicado pela ONG Walk Free em julho passado.
No Brasil, são 369 mil vítimas – uma média de quase dois escravos a cada
mil habitantes – ocupando o 20º lugar no ranking mundial.
Estudo do projeto Escravo Nem Pensar, é possível ter uma noção melhor
do perfil dessa escravidão moderna. A maioria são homens, quase 95%
dos resgatados, com idade entre 18 e 44 anos (83%), com pouca
escolaridade (37% frequentaram até a 5ª série) ou analfabetos (30%), e
migrantes – oriundos de estados como o Maranhão (23%), Pará (10%) e
Bahia (9%).

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Ministério da Tecnologia deve fazer uso de tecnologia de ponta como satélite para identificar campos com potencial utilização de trabalho escravo
contemporâneo.

Congresso Nacional deve instituir uma lei específica para tratar do trabalho escravo contemporâneo com mais rigidez e punição mais severa; semelhantes à
de crimes hediondos. Já que ambos ferem a condição humana de cada indivíduo.