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Elaboração de PDTI
Elaboração de PDTI
de PDTI
Ministério da
Cultura
Ministério da
Saúde
Ministério da
Educação
Ministério da
Ciência, Tecnologia
e Inovação
Elaboração
de PDTI
Rio de Janeiro
Escola Superior de Redes
2014
Copyright © 2014 – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP
Rua Lauro Müller, 116 sala 1103
22290-906 Rio de Janeiro, RJ
Diretor Geral
Nelson Simões
Coordenação
Luiz Coelho
Edição
Lincoln da Mata
Revisão técnica
Edson Kowask Bezerra, Angela Brodbeck e Joyce Lustosa Belga
Versão
1.0.0
Este material didático foi elaborado com fins educacionais. Solicitamos que qualquer erro encon-
trado ou dúvida com relação ao material ou seu uso seja enviado para a equipe de elaboração de
conteúdo da Escola Superior de Redes, no e-mail info@esr.rnp.br. A Rede Nacional de Ensino e
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pessoas ou bens, originados do uso deste material.
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Distribuição
Escola Superior de Redes
Rua Lauro Müller, 116 – sala 1103
22290-906 Rio de Janeiro, RJ
http://esr.rnp.br
info@esr.rnp.br
Bibliografia: p.129-133.
ISBN 978-85-63630-38-4
CDD 658.4/038
Sumário
A metodologia da ESR ix
Sobre o curso x
A quem se destina xi
Permissões de uso xii
Sobre o autor xii
Planejamento 2
Atividades de gestão 2
Planejamento de TI 12
iii
Roteiro de Atividades 1 23
2. Fase de preparação
Introdução 25
iv
DGN05 – Identificar necessidades de informação 54
v
Exercício de fixação 2 – Matriz GUT 89
Apêndice 116
Bibliografia 129
vi
Escola Superior de Redes
A Escola Superior de Redes (ESR) é a unidade da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)
responsável pela disseminação do conhecimento em Tecnologias da Informação e Comunica-
ção (TIC). A ESR nasce com a proposta de ser a formadora e disseminadora de competências
em TIC para o corpo técnico-administrativo das universidades federais, escolas técnicas e
unidades federais de pesquisa. Sua missão fundamental é realizar a capacitação técnica do
corpo funcional das organizações usuárias da RNP, para o exercício de competências aplicá-
veis ao uso eficaz e eficiente das TIC.
A ESR oferece dezenas de cursos distribuídos nas áreas temáticas: Administração e Projeto
de Redes, Administração de Sistemas, Segurança, Mídias de Suporte à Colaboração Digital e
Governança de TI.
A metodologia da ESR
A filosofia pedagógica e a metodologia que orientam os cursos da ESR são baseadas na
aprendizagem como construção do conhecimento por meio da resolução de problemas típi-
cos da realidade do profissional em formação. Os resultados obtidos nos cursos de natureza
teórico-prática são otimizados, pois o instrutor, auxiliado pelo material didático, atua não
apenas como expositor de conceitos e informações, mas principalmente como orientador do
aluno na execução de atividades contextualizadas nas situações do cotidiano profissional.
Dessa forma, o instrutor tem participação ativa e dialógica como orientador do aluno para as
atividades em laboratório. Até mesmo a apresentação da teoria no início da sessão de apren-
dizagem não é considerada uma simples exposição de conceitos e informações. O instrutor
busca incentivar a participação dos alunos continuamente.
vii
As sessões de aprendizagem onde se dão a apresentação dos conteúdos e a realização das
atividades práticas têm formato presencial e essencialmente prático, utilizando técnicas de
estudo dirigido individual, trabalho em equipe e práticas orientadas para o contexto de atua-
ção do futuro especialista que se pretende formar.
Sobre o curso
O curso desenvolve as competências e habilidades necessárias na elaboração de um Plano
Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) como ferramenta de alinhamento da TI com os
objetivos estratégicos da organização.
viii
A quem se destina
Gestores e especialistas de TI que desejam adquirir ou aperfeiçoar os seus conhecimen-
tos sobre Plano Diretor de TI (PDTI) e sua aplicabilidade como ferramenta na gestão da
estratégia das organizações. Também integram o público-alvo do curso diretores, gerentes,
coordenadores e supervisores da área de TI que desejam aperfeiçoar suas habilidades de
gerenciamento estratégico da TI.
Itálico
Indica nomes de arquivos e referências bibliográficas relacionadas ao longo do texto.
Largura constante
Indica comandos e suas opções, variáveis e atributos, conteúdo de arquivos e resultado da saída
de comandos. Comandos que serão digitados pelo usuário são grifados em negrito e possuem
o prefixo do ambiente em uso (no Linux é normalmente # ou $, enquanto no Windows é C:\).
Conteúdo de slide q
Indica o conteúdo dos slides referentes ao curso apresentados em sala de aula.
Símbolo w
Indica referência complementar disponível em site ou página na internet.
Símbolo d
Indica um documento como referência complementar.
Símbolo v
Indica um vídeo como referência complementar.
Símbolo s
Indica um arquivo de aúdio como referência complementar.
Símbolo !
Indica um aviso ou precaução a ser considerada.
Símbolo p
Indica questionamentos que estimulam a reflexão ou apresenta conteúdo de apoio ao
entendimento do tema em questão.
Símbolo l
Indica notas e informações complementares como dicas, sugestões de leitura adicional ou
mesmo uma observação.
ix
Permissões de uso
Todos os direitos reservados à RNP.
Agradecemos sempre citar esta fonte quando incluir parte deste livro em outra obra.
Exemplo de citação: TORRES, Pedro et al. Administração de Sistemas Linux: Redes e Segurança.
Rio de Janeiro: Escola Superior de Redes, RNP, 2013.
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Escola Superior de Redes RNP
Endereço: Av. Lauro Müller 116 sala 1103 – Botafogo
Rio de Janeiro – RJ – 22290-906
E-mail: info@esr.rnp.br
Sobre os autores
Fábio Gomes Barros Mestre em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação
(TI) pela Universidade Católica de Brasília (2013). É também especialista em Telemática
(2002) e Gestão de Projetos (2007), ambas pela Universidade Federal de Pernambuco.
Graduado em Engenharia Eletrônica pela Universidade de Pernambuco (1999). Atualmente
é Analista em Tecnologia da Informação do Ministério da Integração Nacional e docente da
Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e da Escola Superior de Redes (ESR) da
Rede Nacional de Pesquisa (RNP). Tem experiência na áreas de Telecomunicações e Tecno-
logia da Informação, com ênfase em Gestão e Governança de TI. Possui as certificações
PMP (Project Management Professional) concedida pelo Project Management Institute e
COBIT 5 Foundation pelo ISACA.
Joyce Lustosa Belga MBA em Gestão de Sistemas de Informação pela Universidade Cató-
lica de Brasília (UCB). Graduação em Ciência da Computação pela Universidade Católica de
Brasília. Atualmente ocupa o cargo de Analista em Tecnologia da Informação e exerce ativi-
dades como consultora em Planejamento de TI, no Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão. Docente no Programa de Desenvolvimento de Gestores em TI da Escola Nacional
de Administração Pública (ENAP). Certificação COBIT® Foundation pela Information Systems
Audit and Control Association (ISACA).
x
Edson Kowask Bezerra é profissional da área de segurança da informação e governança
há mais de quinze anos, atuando como auditor líder, pesquisador, gerente de projeto e
gerente técnico, em inúmeros projetos de gestão de riscos, gestão de segurança da infor-
mação, continuidade de negócios, PCI, auditoria e recuperação de desastres em empresas
de grande porte do setor de telecomunicações, financeiro, energia, indústria e governo.
Com vasta experiência nos temas de segurança e governança, tem atuado também como
palestrante nos principais eventos do Brasil e ainda como instrutor de treinamentos foca-
dos em segurança e governança. É professor e coordenador de cursos de pós-graduação
na área de segurança da informação, gestão integrada, de inovação e tecnologias web.
Hoje atua como Coordenador Acadêmico de Segurança e Governança de TI da Escola
Superior de Redes.
xi
xii
1
Plano Diretor de Tecnologia
da Informação
Conceituar a atividade de planejamento, seus propósitos, princípios, características
objetivos
conceitos
Planejamento; Planejamento na Administração Pública Federal; Planejamento de TI;
Plano Diretor de TI; Facilitadores da governança de TI.
Introdução
11 TI como habilitador do sucesso organizacional. q
11 Informação como ativo estratégico.
Não é novidade que, cada vez mais, a Tecnologia da Informação (TI) está presente no dia
Para melhor competir, é preciso gestão e processos decisórios ágeis e efetivos. E como
decidir e fazer gestão sem informação útil e confiável?
1
A informação passou a ser um ativo estratégico que auxilia a tomada de decisões, a gestão
de processos e projetos, a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos e serviços, o
relacionamento com clientes e fornecedores, entre outras atividades.
Assim, para obter retorno sobre os crescentes investimentos em TI, as organizações têm
investido cada vez mais em administrar ou gerir seus recursos de Tecnologia da Informação.
O desafio maior é fazer com que os recursos de TI estejam à serviço da consecução de suas
estratégias de ação.
Exercício de nivelamento 1 e
O papel estratégico da informação
Você percebe que a sua organização utiliza a informação de forma estratégica?
Planejamento
Atividades de gestão
Entre as atividades de gestão, há o planejamento, um dos cinco elementos da função q
administrativa, segundo os teóricos da Administração Clássica (CHIAVENATO, 2003):
11 Planejamento.
11 Coordenação.
11 Comando.
11 Controle.
11 Organização.
11 Planejar (Plan);
11 Executar (Do);
11 Avaliar (Check);
2
Do
Plan
Check
Figura 1.1 Act
Ciclo PDCA.
Conceito de Planejamento
11 Atividade organizadora da ação. q
11 Tomada antecipada de decisão.
Por isso, o processo de planejar é um modo de pensar que envolve questionamentos (deci-
sões) sobre o que fazer, como fazer, quando fazer, onde, quanto, para quem, por que e por
quem. É um processo que envolve tomar decisões e avaliá-las dentro de um conjunto de
decisões inter-relacionadas, antes que seja necessário agir, numa situação que se acredita
que, a menos que se faça alguma coisa, um estado desejado futuro não deverá ocorrer (OLI-
VEIRA, 2012). Por isso, acredita-se que, se forem tomadas as atitudes apropriadas, pode-se
aumentar a probabilidade de um resultado favorável (ACKOFF, RUSSEL L., 1976).
No Brasil, nossa cultura em geral não dá muito valor à atividade de planejamento. Vários são
os exemplos de empreendimentos fracassados por conta de falta de planejamento. Valori-
zamos mais a ação do que pensar e decidir antes do que fazer. E isso não está errado.
Acontece que, se a ação é realmente tão importante, por que não planejar antes para que
ela seja bem-sucedida? Nesse sentido, o planejamento é um investimento de esforço e
tempo para que as ações tenham sucesso.
3
Exercício de nivelamento 2 e
Planejamento
O planejamento faz parte da sua vida pessoal? Por que você planeja? Como você tem utili-
zado o planejamento?
Fases do planejamento
O planejamento pode ser dividido em fases (ver Tabela 1.1), cada uma interagindo com as
outras, não necessariamente seguindo uma ordem sequencial (ACKOFF, RUSSEL L., 1976).
Fase Descrição
Meios Seleção dos meios para atingir os objetivos: políticas, programas, proce-
dimentos e práticas.
Primeiro, é preciso saber o que queremos com a ação. Qual o propósito dela? Que objetivos
pretendemos alcançar? Que meta queremos atingir?
A partir daí, com o propósito, os objetivos e as metas em mente, partimos para selecionar
os meios para atingi-los. Que possibilidades de ação eu tenho? Que caminhos deveremos
percorrer para alcançá-los?
Escolhidas as ações, vem a pergunta: o que preciso para realizá-las? Quanto custará? De que
recursos materiais precisaremos? Ao realizar as ações, podem surgir dúvidas, imprevistos
ou obstáculos. Como decidir sobre essas questões? Quem decidirá?
Por último, como saber se estamos indo bem? Como saber se existem erros na execução das
ações? Como prevenir as falhas na execução?
Dimensões do planejamento
O planejamento pode ser classificado em cinco dimensões (STEINER, 1969):
4
11 Características do planejamento: complexo ou simples, estratégico, tático ou operacional,
formal ou informal, entre outros.
Exemplo:
Exercício de fixação 1 e
Planejamento
Escolha uma atividade de planejamento de sua organização e faça a análise dela, utilizando
as dimensões propostas por Steiner (1969):
Atividade de planejamento:
Assunto:
Elementos:
Tempo:
Abrangência:
Características:
Princípios do planejamento
A atividade de planejamento deve respeitar alguns princípios de forma que os resultados
esperados com sua implementação sejam alcançados. A Tabela 1.2 apresenta uma síntese
dos princípios encontrados na literatura.
5
Princípio Descrição Autor
Do planejamento Nenhum aspecto de uma empresa pode ser pla- Ackoff (1974)
coordenado nejado de maneira independente de qualquer
outra parte dela. Por isso, o planejamento deve
ser coordenado de modo a lidar com a interde-
pendência.
Exercício de fixação 3 e
Princípios do planejamento
O planejamento é uma atividade contínua na sua organização? Os planos são avaliados e
revisados com frequência?
Como você percebe as contribuições que o planejamento tem dado à sua organização?
O planejamento tem provocado mudanças?
Tipos de planejamento
Quando se leva em consideração a hierarquia organizacional, distinguem-se três tipos (ou
características) de planejamento, cada um correlacionado ao nível de decisão na escala
organizacional (ver Figura 1.2):
11 Planejamento estratégico;
11 Planejamento tático;
11 Planejamento operacional.
Elaboração de PDTI
6
Figura 1.2
Tipos de
planejamento
conforme a
hierarquia.
Planejamento
Estratégico
Planejamento Tático
Planejamento Operacional
Planejamento
estratégico: O planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação meto-
Prática de planejamento dológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa e diz respeito tanto
surgida nos anos 1960,
à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua
cujo propósito é
formular a estratégia consolidação, levando em conta as condições internas e externas à empresa (OLIVEIRA, 2012).
(OCASIO; JOSEPH, 2008).
A suposição da Também pode ser descrito como um esforço disciplinado para produzir ações e decisões
literatura de planeja- fundamentais que moldam e guiam o que uma organização é, o que ela faz e por que ela faz.
mento estratégico é de
Para tanto, é um conjunto de conceitos, procedimentos e ferramentas elaboradas para ajudar
que a formação da
estratégia organiza- líderes, gerentes e planejadores a pensar, agir e aprender estrategicamente (BRYSON, 2004).
cional é um processo de
planejamento, O planejamento tático, por sua vez, é um método administrativo que objetiva gerar resultado
idealizado ou apoiado em determinada área de resultado (TI, Marketing, Financeiro etc. ) e não na organização como
por planejadores, para
um todo (OLIVEIRA, 2012). Desse modo, trabalha com a decomposição dos objetivos e estraté-
planejar a fim de
produzir planos gias definidos no planejamento estratégico em objetivos e iniciativas mais específicas de uma
(MINTZBERG, 2004). área. Um exemplo de planejamento tático é o plano diretor de TI, tema deste livro.
Os planos devem estar alinhados entre si, ou seja, devem ser coerentes e harmonizados
entre si, conforme ilustrado na Figura 1.3.
7
Nível estratégico Nível tático Nível operacional
Plano operacional A
Plano de
marketing
Plano operacional B
Plano operacional C
Plano
Plano de TI Plano operacional D
estratégico
Plano operacional E
Plano operacional F
Plano de
produção
Plano operacional G Figura 1.3
Relações entre os
tipos de planos.
Exercício de fixação 4 e
Tipos de planejamento
Como você percebe os diferentes tipos de planejamento na sua organização?
I – Planejamento.
II – Coordenação.
III – Descentralização.
IV – Delegação de Competência.
V – Controle.”
11 O orçamento-programa anual;
8
O Decreto-lei nº 200/1967 também prevê que anualmente será elaborado um
orçamento-programa que detalhará a etapa do programa plurianual a ser realizada
no exercício seguinte, servindo de roteiro para execução coordenada do programa
anual (BRASIL, 1967).
Orçamento-programa
O orçamento-programa é a técnica de orçamento referência para o sistema orçamentário
brasileiro. Nela, são definidos os propósitos e objetivos para os quais se solicitam dotações,
os custos dos programas propostos para alcançar os objetivos e os dados quantitativos que
permitam medir as realizações e o trabalho de cada programa (BURKHEAD, 1971).
11 Os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição e que, para seu alcance, são neces-
sários recursos orçamentários;
Medida de
desempenho
Figura 1.4
Principais
Custo
componentes
do orçamento-
programa.
9
Elaboração e revisão
do Plano Plurianual (PPA)
Elaboração e revisão
de planos nacionais,
regionais e setoriais
Elaboração e aprovação
da Lei de Diretrizes
Orçamentárias
Elaboração da proposta
orçamentária anual (LOA)
Discussão, votação
e aprovação da LOA
Figura 1.5
Controle e avaliação da PPA: Processo
Execução orçamentária
execução orçamentária integrado de
planejamento e
orçamento.Plano
Plurianual
Além disso, o PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas para
Elaboração de PDTI
Por isso, toda a ação governamental se estrutura em torno de programas orientados para a
realização dos objetivos estratégicos definidos para os quatro anos de exercício de cada PPA
(BRASIL, 2012c).
10
Na esfera federal, o projeto de lei do PPA deverá ser encaminhado pelo Poder Executivo ao
Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício (31 de agosto) e
devolvido para sanção do Presidente da República até o encerramento da sessão legislativa
em 22 de dezembro (BRASIL, 1988, 2006).
No âmbito federal, o projeto da LDO deverá ser encaminhado para o Congresso Nacional até
oito meses e meio antes do encerramento do exercício (15 de abril) e devolvido para sanção
presidencial até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho)
(BRASIL, 1988, 2006).
Por sua vez, a Lei Orçamentária Anual (LOA) estima a receita e fixa a despesa da União para
o exercício financeiro. Compreende (BRASIL, 1988):
11 O orçamento fiscal dos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
11
Visão de fututo, valores
Dimensão Estratégica e macrodesafios
Caracterização, indicadores
Programas e valor global.
PPA
Caracterização, orgão executor,
Objetivos
meta global e regionalizada.
Planejamento de TI
A gestão de TI também lança mão das atividades de planejamento para ser mais efetiva e
assim obter retorno sobre os investimentos em TI. A literatura acadêmica e também dos
praticantes de planejamento registram várias denominações sobre planejamento de TI,
refletindo uma grande diversidade de práticas nesse campo:
11 O PETI tem a característica de ser estratégico, enquanto o PDTI tem caráter tático;
11 O assunto abordado pelo PESI são os sistemas de informação. Já o PDTI e o PETI abordam
a TI como um todo, além dos sistemas de informação;
11 O PETI geralmente é de longo prazo. Por sua vez, o PDTI tende a ser de médio prazo.
Ainda assim, não há consenso sobre as diferenças entre eles na literatura. A Tabela 1.3 traz
uma lista não exaustiva de denominações e conceitos encontrados na literatura, refletindo a
Elaboração de PDTI
diversidade do tema.
12
Denominação Conceito Referência(s)
Plano estratégico de TI. Plano de longo prazo, ou seja, com horizonte de três a cinco anos, IT Governance
no qual as direções de negócios e de TI descrevem de forma cola- Institute (2007).
borativa como os recursos de TI contribuirão com os objetivos
estratégicos daorganização.
Plano tático de TI. Plano de médio prazo, ou seja, com o horizonte de seis a dezoito IT Governance
meses, que traduz a direção do plano estratégico de TI nas inicia- Institute (2007).
tivas necessárias, os requisitos de recursos e as formas como os
recursos e benefícios serão monitorados e gerenciados.
Tabela 1.3
Conceitos de Motivadores e benefícios do planejamento de TI
planejamento de TI.
Na literatura acadêmica, o termo mais utilizado é Planejamento Estratégico de Sistemas de
Informação (PESI) ou seu equivalente em inglês: Strategic Information Systems Planning (SISP).
Vários motivadores para realizar o PESI são encontrados na literatura acadêmica, entre eles
(BASAHEL; IRANI, 2009):
11 Custos e orçamentos (HARTONO et al., 2003; WARD; PEPPARD, 2002; WEILL; ROSS, 2006);
11 Processos de negócio (custo, tempo e efetividade) (LAUDON; LAUDON, 2004; PANT; HSU, 1999);
11 Natureza da organização (NEWKIRK; LEDERER; SRINIVASAN, 2003); Capítulo 1 - Plano Diretor de Tecnologia
da Informação
13
Por outro lado, existem inúmeros benefícios registrados na literatura como resultados do
PESI (BASAHEL; IRANI, 2009):
11 Apoio à inovação (CARR, 2003; WARD; PEPPARD, 2002; WEILL; ROSS, 2006);
11 Aumento da satisfação dos usuários (WARD; PEPPARD, 2002; WEILL; ROSS, 2006);
11 Conformidade legal;
11 Previsibilidade da demandas;
11 Negociação de mudanças;
11 Alinhamento de expectativas;
Elaboração de PDTI
11 Racionalização de gastos;
14
11 Redução de desperdício de recursos;
11 Redução de custos;
Exercício de fixação 5 e
Planejamento de TI
Que motivos poderiam levar a sua organização a iniciar a elaboração de um PDTI nas
próximas semanas?
Plano Diretor de TI
A partir da publicação da Instrução Normativa (IN) nº 04/2008 pela SLTI Prática de elabo- q
ração de planos diretores de TI (PDTI) começou a se difundir nos órgãos públicos federais.
Acontece que a IN SLTI nº 04/2008 determinava aos órgãos integrantes do Sistema de Admi-
nistração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) do Poder Executivo Federal que
todas as contratações de soluções de TI deveriam ser precedidas de planejamento, indu-
zindo de forma indireta tanto a adoção dessa prática de gestão como a integração entre os
planos nesses órgãos:
l
“As contratações de que trata esta Instrução Normativa deverão ser precedidas de planeja-
mento, elaborado em harmonia com o PDTI, alinhado ao planejamento estratégico do órgão
Em 2010, a IN SLTI
nº 04/2008 foi ou entidade.” (BRASIL, 2008).
revogada e substituída
pela IN SLTI nº 04/2010, A interpretação da norma é a de que as contratações de TI devem ser previstas em um PDTI,
que manteve a mesma ou seja, para contratar, é preciso antes planejar. A partir daí, o lema “planejar antes de con-
determinação acerca
tratar” passou a ser repetido como um mantra nos órgãos integrantes do SISP.
do planejamento.
Por sua vez, o PDTI é definido como “um instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão
dos recursos e processos de Tecnologia da Informação que visa a atender às necessidades
tecnológicas e de informação de um órgão ou entidade para um determinado período”
(BRASIL, 2008, 2010).
O PDTI é um plano tático, embora alguns métodos prescrevam alguns elementos estraté-
gicos na sua construção, como é o caso do método SISP, que vamos discutir mais adiante.
Para tanto, o framework de gestão e governança COBIT 5 propõe uma cascata de objetivos,
partindo dos direcionadores das partes interessadas, que são transformados em necessi-
dades das partes interessadas (realizar benefícios, otimizar riscos e recursos), que, por sua
vez, são traduzidos em objetivos organizacionais (conteúdo do PEI) e objetivos relacionados
à TI contidos no PETI (ISACA, 2012).
Necessidades de TI (PDTI)
Figura 1.7
Metas e ações do PDTI Cascata de
objetivos do PDTI.
Nos casos em que não existe um PEI, a IN SLTI nº 04/2010 indica como se deve realizar a
integração do PDTI com o planejamento institucional (BRASIL, 2010):
É interessante que, para se tornar viável em termos financeiros, o PDTI sirva de insumo para
o planejamento orçamentário do exercício seguinte, já que uma parte dele é dedicada à
Elaboração de PDTI
Sugere-se também que o PDTI seja elaborado ou revisado após a conclusão do Plano Estra-
tégico Institucional (PEI) e do Plano Estratégico de TI (PETI), de modo a facilitar o alinhamento
dos projetos e ações do PDTI com os objetivos e iniciativas do PEI e do PETI (ver Figura 1.8).
16
Elaboração/ Elaboração/ Elaboração/ Elaboração
revisão do PEI revisão do PETI revisão do PDTI da proposta
orçamentária
Figura 1.8
Sincronismo entre
os planos.
Exercício de fixação 6 e
Integração do PDTI com outros planos
O Ministério dos Transportes (MT) publicou um Plano Estratégico de TI para o Setor Trans-
portes (PETI-ST). Trata-se uma estratégia de TI para todas a unidades de TI dos órgãos e
empresas do setor.
11 Introdução;
11 Termos e Abreviações;
11 Metodologia aplicada;
11 Documentos de Referência;
11 Princípios e Diretrizes;
11 Inventário de Necessidades;
17
11 Conclusão;
11 Anexos.
11 O modelo deveria ser simples e fácil de ser utilizado por tais órgãos;
11 O modelo deveria servir como inspiração para os órgãos elaborarem o seu primeiro PDTI;
11 O modelo deveria conter apenas os aspectos essenciais de um PDTI, ou seja, aquilo que
não pode faltar nele.
Para este curso, fizemos algumas adaptações e simplificações no modelo, que ficou com a
seguinte estrutura:
11 Introdução;
11 Método de elaboração;
11 Documentos de Referência;
11 Princípios e Diretrizes;
11 Inventário de Necessidades;
11 Conclusão.
Nos capítulos seguintes, vamos entrar em detalhes sobre cada um desses elementos, estu-
dando técnicas e ferramentas de planejamento para elaborá-los.
11 Não é obrigatório.
18
Tecnologia da Informação
Plano Diretor de
Elaboração do
Preparação Diagnóstico Planejamento
Figura 1.9
Fases do Processo
de Elaboração de
PDTI.
Cabe ressaltar que o processo SISP não pretende ser a melhor, nem a única maneira de se
elaborar um PDTI. Há inúmeros outros métodos disponíveis.
11 O Comitê de TI.
Por sua vez, a Equipe de Elaboração do PDTI é um grupo de trabalho especialmente formado Capítulo 1 - Plano Diretor de Tecnologia
da Informação
para o projeto de elaboração do PDTI, sendo responsável por executar boa parte das ati-
vidades, ou seja, é a equipe que realmente “põe a mão na massa”. Os membros da equipe
são designados pelo Comitê de TI, que deve indicar servidores tanto das áreas finalísticas
quanto da área de TI, ou seja, a equipe de elaboração do PDTI não deve ser composta exclu-
sivamente por servidores da área de TI (BRASIL, 2012b).
Exercício de fixação 7 e
Processo de elaboração de PDTI
Considerando um novo projeto de elaboração de PDTI em sua organização, que áreas estariam
envolvidas, indicando pessoas para participar da equipe de elaboração de PDTI?
19
Processo de elaboração utilizado neste livro
Para este curso, foi feita uma adaptação do processo SISP, simplificando algumas atividades,
adicionando ou alterando outras, com a finalidade de dar um caráter mais tático ao plano.
Tudo isso não compromete a conformidade legal do plano, pois ele continuará aderente ao
postulado na IN SLTI nº 04/2010. Para os planejadores, é mais uma opção de método para
realizar um PDTI. Nos próximos capítulos, estudaremos os detalhes de cada uma das fases
do processo de elaboração de PDTI, iniciando pela fase de preparação.
Facilitadores da Governança de TI
Entre os princípios do planejamento que estudamos anteriormente, há o princípio da maior
influência e abrangência: “O planejamento deve provocar mudanças nas características e ati-
vidades de uma organização” (OLIVEIRA, 2012). Isso significa que os planos são instrumentos
de mudança organizacionais.
Neste livro, vamos utilizar as categorias propostas pelo COBIT5 para identificar os ele-
mentos da TI que sofrerão mudanças decorrentes da realização do plano.
O COBIT 5 propõe sete categorias de facilitadores, sintetizados na Tabela 1.4 e ilustrados a seguir.
Elaboração de PDTI
20
Processos
Pessoas, Estruturas
habilidades e organizacionais
competências
Princípios,
políticas
e frameworks
Informação
Figura 1.10
Facilitadores da
governança de TI.
Facilitador Descrição
Princípios, políticas e frameworks São instrumentos para traduzir o comportamento desejado pela alta admi-
nistração em uma orientação prática para o cotidiano da gestão.
Cultura, ética e comportamento Pertencem aos indivíduos e, de forma coletiva, à organização. Frequente-
mente subestimados como fator de sucesso nas atividades de governança
e gestão.
Pessoas, habilidades Estão ligadas às pessoas, sendo necessários para a consecução de todas as
e competências atividades, a tomada de decisões corretas e a realização de ações corretivas.
Tabela 1.4 Na governança de TI, os princípios, as políticas e os frameworks estão no centro, pois
Facilitadores da estabelecem e orientam o comportamento esperado para a gestão dos outros facilitadores.
governança de TI.
São o elemento central da governança de TI.
Por exemplo, no caso da elaboração do PDTI, ela deve obedecer o princípio constitucional
da eficiência, determinado pelo artigo 37 da Constituição Federal de 1988. Por sua vez, para
cumprir esse princípio, existem políticas que determinam a obrigatoriedade do planeja-
mento para a área de TI, tais como o Decreto-lei nº 200/1967 e a IN SLTI nº 04/2010. E para
realizar o comportamento esperado determinado pelo princípio e pelas políticas, podemos
considerar as orientações contidas no framework Guia de Elaboração de PDTI do SISP.
21
Os facilitadores da governança de TI ampliam a visão dos recursos organizacionais necessá-
rios para fazer a governança e a gestão de TI, permitindo abordagem sistêmica das ativi-
dades de TI. Nesse sentido, cada facilitador:
11 Necessita da entrada de outros facilitadores para ser efetivo (por exemplo, processos
necessitam de informações);
11 Entrega saídas que beneficiam os outros facilitadores (por exemplo, processos entregam
informações e as habilidades e os comportamentos fazem os processos mais eficientes).
Para os planejadores, o conceito dos facilitadores permite que as ações para atacar os
problemas de TI sejam definidas a partir da consideração das sete categorias. No nosso
processo de elaboração, utilizaremos o conceito das categorias de facilitadores nas fases de
preparação e de diagnóstico do PDTI.
Exercício de fixação 8 e
Facilitadores da governança de TI
A publicação de um novo normativo como a IN SLTI 04/2010 provoca mudanças em que
categorias de facilitadores?
Elaboração de PDTI
22
Roteiro de Atividades 1
Atividade 1.1 – Conseguindo patrocínio para o PDTI
A Universidade Federal do Agreste Pernambucano (UFAPE) – entidade fictícia – é uma
universidade recém-criada a partir do antigo campus Agreste da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE).
Fazem parte da UFAPE mais de cinco mil pessoas, professores, servidores técnico-adminis-
trativos e alunos de graduação e pós-graduação, distribuídos em quatro campi nas cidades
pernambucanas de Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe e Surubim.
Em relação ao Índice Geral de Cursos (IGC), avaliação instituída pelo MEC em 2008, que
considera os resultados relativos ao Conceito Enade e ao Conceito Preliminar de Curso
(CPC) – duas avaliações distintas e complementares para os cursos de graduação –, a UFAPE
alcançou nota de 2,7355 no IGC 2011, o que a coloca como a 114ª universidade no ranking
nacional das universidades.
Essa avaliação reúne índices de desempenho dos alunos e também avalia a estrutura das institui-
ções e o investimento em professores e nos cursos. Foram concedidas notas de 0 a 5 para univer-
sidades, centros universitários e faculdades, e conceitos de 1 a 5. A UFAPE obteve conceito 3.
11 Na sua fundação, a UFAPE herdou toda a infraestrutura física e tecnológica do antigo campus
Agreste da UFPE. Mesmo assim, alguns serviços de TI ainda são fornecidos pela UPFE, como é
o caso do Sistema de Controle Acadêmico e de todos os sistemas das bibliotecas.
11 Por isso, a universidade não obtém valor dos investimentos que faz em TI. Os problemas
de infraestrutura se acumulam, fazendo com que os usuários estejam insatisfeitos com
os serviços prestados.
23
11 O Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) é o órgão suplementar da UFAPE responsável
pela prestação de serviços de TI na universidade. Para tanto, conta com uma reduzida equipe
de 12 servidores técnicos-administrativos e 6 bolsistas para realizar a gestão da TI. O Diretor
do NTI, Guilherme Melo, foi nomeado há duas semanas pelo reitor recém-empossado e
encontrou um quadro precário de gestão que apresenta os seguintes problemas, entre outros:
11 Os serviços não são estruturados em acordos de nível de serviços, nem tampouco gerenciados;
11 Há carência de aplicações;
11 O projetos de TI não são gerenciados, tendo seus custos estourados e prazos não cumpridos;
O novo reitor, Jerônimo Ribeiro, pretende mudar a atual situação em relação ao uso e à
gestão de TI da organização, mas não sabe por onde começar. Guilherme sugeriu começar
pelas seguintes ações:
11 Elaboração do PDTI;
Jerônimo concordou com todas as ações, exceto uma. Ele não ficou convencido da neces-
sidade de elaborar um PDTI e pediu para Guilherme estruturar suas ideias de forma a
justificar o esforço de passar semanas elaborando um plano. Segundo o reitor, era preciso
agir logo e não ficar planejando, pois havia muitos problemas para resolver. “Planejamento,
nesse contexto, é pura perda de tempo”, afirmou. Mesmo assim, deu chance para que o NTI
se posicionasse melhor sobre o assunto.
Guilherme reuniu a equipe do NTI e solicitou ajuda para elaborar um documento contendo
os seguintes elementos:
11 Justificativa;
11 Benefícios Esperados.
Suponha que você e seu grupo de trabalho fazem parte do quadro de servidores do NTI e
resolveram ajudar o novo chefe a “vender o peixe” do PDTI para o reitor e assim conseguir
patrocínio para a sua elaboração. Para tanto, é preciso fazer uma proposta desses ele-
mentos e apresentá-los ao novo dirigente.
Elaboração de PDTI
24
2
Fase de preparação
Aplicar os processos da fase de preparação; Auxiliar o Comitê de TI a iniciar o projeto
objetivos
conceitos
Fase de preparação; Portaria de autorização do projeto; Princípios, políticas
e frameworks; Lista de princípios e diretrizes; Inventário de necessidades;
Plano de trabalho do PDTI.
Introdução
Antes de iniciar a atividade de planejamento em si, é preciso passar por duas fases q
do processo de elaboração:
11 Fase de preparação.
11 Fase de diagnóstico.
Por sua vez, a fase de diagnóstico visa reunir informações e conhecimento sobre a organi-
zação de TI que serão essenciais para a elaboração do plano. Trataremos dessa fase nos
capítulos 3 e 4.
Capítulo 2 - Fase de preparação
25
Seguindo essa abordagem, é preciso organizar o projeto em termos de objetivos, justifica-
tivas, premissas, restrições, atividades, entregas, prazos, cronogramas, pessoas e responsa-
bilidades, consolidando esses elementos no plano de trabalho do PDTI.
Processo Responsável
O fluxograma está ilustrado na Figura 2.1 e obedece ao padrão Business Process Modeling Tabela 2.1
Notation (BPMN), mantido pela Object Management Group (OMG). Processos da fase
de preparação.
Elaboração de PDTI
26
PRE02
Autoridade Máxima
Avaliar e
publicar portaria
de autorização
Portaria de
autorização
do projeto
PRE01 PRE07
Elaborar Avaliar o
portaria de plano de
Comitê de TI
Preparação
verde vermelho
autorização trabalho
Portaria de Plano de
autorização trabalho
do projeto
(minuta)
cessos são realizados. Por exemplo, a seta entre os processos “PRE01 – Elaborar portaria
de autorização” e “PRE02 – Avaliar e publicar portaria de autorização” informa que este é
realizado após o término daquele;
11 Os produtos de cada processo estão representados por uma imagem de uma folha de
papel com uma dobra. Por exemplo, o processo “PRE01 – Elaborar portaria de autorização”
tem como produto (ou saída) o documento “Portaria de autorização de início do projeto”;
27
PRE01 – Elaborar portaria de autorização de início do projeto
11 Autorização formal do início do projeto. q
11 Portaria de autorização de início do projeto.
22 Abrangência.
22 Equipe do projeto.
22 Período de implantação.
22 Líder do projeto.
O primeiro processo da fase de preparação tem o propósito de elaborar uma portaria (ou
outro instrumento semelhante) que autorize formalmente o início do projeto de elaboração
do PDTI. A responsabilidade do processo é do Comitê de TI.
Assim como o termo de abertura, a portaria de autorização deve abordar pelo menos as
seguintes questões:
11 Objetivos do projeto;
11 Justificativa do projeto;
11 Premissas;
11 Restrições;
A portaria é elaborada pelo Comitê de TI, que pode receber o apoio da área de TI. Assim que
estiver pronta, a portaria é enviada para a autoridade máxima, que irá avaliar e publicá-la,
se julgar conveniente.
Para realizar esse processo, algumas decisões precisam ser tomadas pelo Comitê de
TI. As mais importantes são relativas a duas premissas do projeto (a abrangência e
o período de implantação do PDTI) e às pessoas do projeto (designar o gerente do
projeto e definir a equipe de elaboração do PDTI).
Exercício de nivelamento 1 e
Autorização de projetos
Como é feita a autorização dos projetos na sua organização? O início dos projetos são for-
malmente autorizados?
Elaboração de PDTI
28
Abrangência
No primeiro capítulo deste livro, estudamos as dimensões do planejamento. A abrangência
é uma delas e corresponde aos setores ou unidades da organização que serão envolvidos no
plano e para os quais este terá efeitos. Por isso, definir a abrangência significa delimitar as
áreas que sofrerão modificações em suas características e atividades por conta da execução
do plano (ver seção Princípios do Planejamento no capítulo 1). A abrangência pode se limitar
a (BRASIL, 2012b):
Por isso, o Comitê deverá tomar a decisão que achar mais conveniente, levando em conside-
ração o tamanho da organização e também outras variáveis do contexto organizacional.
Período de implantação
l
Além da abrangência, outra dimensão a ser decidida é o tempo de planejamento, ou seja, o
período de implantação do PDTI, que pode ser de médio ou longo prazo.
Em geral, o PDTI tem
validade de dois anos e O período mínimo recomendado é de dois anos, visto que o orçamento de um exercício deve
geralmente recebe no ser estimado cerca de oito meses antes de seu início (BRASIL, 2012b). Assim, um período anual
título do documento os
não é suficiente para haver esse sincronismo entre o planejamento orçamentário e o PDTI.
anos correspondentes
a esse período, como,
Embora o período possa abranger dois ou mais anos, a revisão do plano deve acontecer a
por exemplo: “Plano
Diretor de Tecnologia cada ano, de modo a atualizar diretrizes, planos e, principalmente, consolidar a proposta
da Informação orçamentária de TI para o exercício seguinte (BRASIL, 2012b). Durante um ano, o con-
2011-2012”.
texto organizacional sofre mudanças políticas, econômicas etc. O plano, por sua vez, deve
também mudar de forma a refletir essas mudanças, se não se torna inviável.
Equipe de elaboração
Outra decisão a ser tomada é sobre os membros da equipe do projeto, ou seja, as pessoas
que vão realmente “colocar a mão na massa”. Essa é uma decisão muito importante, pois
Capítulo 2 - Fase de preparação
29
Deve-se evitar um problema comum nos projetos de elaboração de PDTI: equipes formadas
apenas por pessoas da área de TI. A diversidade de pessoas é benéfica pelos seguintes motivos:
11 O plano resultante não refletirá uma visão particular do pessoal de TI, pois receberá as
contribuições das outras áreas;
11 Durante o projeto, será necessário coletar informações das áreas finalísticas para os pro-
cessos das fases de diagnóstico e de planejamento. Por isso, a participação de pessoas
das áreas finalísticas facilita esse trabalho;
Líder do projeto
Além da definição da equipe, é necessário designar o líder do projeto (também chamado de
gerente ou coordenador do projeto). Ele não necessariamente precisa ser um profissional de TI.
11 Gerenciamento de projetos;
11 Conhecimento da TI organizacional;
11 Capacidade de negociação;
Portaria de autorização
Tomadas as decisões sobre a abrangência, o período e a equipe de elaboração, é possível
elaborar a minuta da portaria de autorização de início de projeto. A Tabela 2.2 traz um
exemplo de portaria da fictícia Universidade Federal do Agreste Pernambucano (UFAPE).
Elaboração de PDTI
30
Capítulo 2 - Fase de preparação
31
Tabela 2.2
Exemplo de
portaria de
autorização do
início do projeto.
11 Aprovar.
Com a publicação da portaria, o projeto está autorizado a começar e a equipe pode dar
continuidade às atividades da fase de preparação.
A portaria não precisa ser publicada no Diário Oficial da União – pode ser publicada interna-
mente, no boletim interno do órgão. Em todos os casos, é preciso dar publicidade à portaria
para todas as partes interessadas no projeto de elaboração de PDTI.
32
Exercício de fixação 1 e
Autorização de projetos
Quais as possíveis consequências de não autorizar o início dos projetos de maneira formal?
Assim, conhecer o caminho a ser percorrido no projeto é o primeiro passo para elaborar o
plano de trabalho, produto final dessa fase. A equipe tem as seguintes opções:
Esse processo também é importante para que todos os membros da equipe e demais inte-
ressados conheçam o caminho que será percorrido (ou que foi percorrido, quando o plano
estiver pronto) durante a elaboração do PDTI.
Por isso, o método escolhido deve ser registrado na minuta do PDTI, para que todos os inte-
ressados possam conhecer o conjunto de procedimentos utilizado na construção do plano.
Minuta do PDTI
A minuta do PDTI é um documento de registro de todo o trabalho de planejamento, sendo
estruturada conforme as seções descritas no Modelo de Referência utilizado neste curso
(ver “Modelo de Referência de PDTI do SISP”, no capítulo 1).
33
Ela começa a ser escrita na fase de preparação, sendo finalizada na fase de planejamento,
onde recebe a consolidação de todo o trabalho realizado no projeto.
11 Fontes de princípios e diretrizes para a governança e a gestão de TI, tais como leis,
decretos-lei, decretos, instruções normativas, portarias e resoluções;
Políticas de TI Frameworks
Relatórios
Legislação de auditoria
e acórdãos
Estratégias Lista de
e planos documentos Atas do
Comitê de TI
Elaboração de PDTI
organizacionais de referência
Figura 2.2
Planos de Lista de
...
Governo documentos de
referência.
34
A Tabela 2.3 traz um exemplo de lista de documentos de referência, utilizada para elaborar o
PDTI da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) para o biênio 2012-2013.
Estratégia Geral de Estabelece metas de curto e médio prazo a serem cumpridas pelos
DR2 Tecnologia da Informação – órgãos do SISP, em diferentes perspectivas de atuação, e propõe a
EGTI 2011-2012 mensuração objetiva de resultados por meio de indicadores. Incen-
tiva e promove a troca de informações, experiências, conhecimento
e desenvolvimento colaborativo entre os órgãos que compõem o
sistema SISP.
DR4 Decreto nº 2.271/1997 Trata da Política de terceirização para a Administração Pública Federal.
DR5 Regimento Interno da ANTAQ Define a estrutura organizacional, responsabilidades e regras de cada
uma das áreas da ANTAQ.
DR8 Nota Técnica SEFTI/TCU nº 2 Dispõe do uso do Pregão para aquisição de bens e serviços de Tecno-
logia da Informação.
DR11 COBIT, ITIL, CMMI Boas práticas de mercado para serviços, desenvolvimento de sistemas
e governança.
DR14 PDTI Antaq 2010-2011 Plano Diretor de Tecnologia da Informação vigente em 2010-2011.
DR15 PLOA 2012 Proposta de Lei Orçamentária Anual com previsão de despesas pre-
vistas para o exercício 2012.
Tabela 2.3 Além da preparação da lista, é interessante que os todos documentos sejam reunidos em
Capítulo 2 - Fase de preparação
Exemplo de lista um local de fácil acesso e compartilhados com todos os membros da equipe. Isso pode ser
de documentos de
referência. feito mediante o uso de tecnologias tais como servidores de arquivos, sites wiki, comparti-
lhamento de arquivos em nuvem etc.
35
Exercício de fixação 2 e
Documentos de referência
Quais documentos poderiam ser utilizados como referência para elaborar o PDTI
de sua organização?
Para responder essas questões, vamos estudar um pouco mais uma categoria dos facilita-
dores da governança de TI do COBIT 5: princípios, políticas e frameworks.
36
Note que os princípios são curtos ou então descritos por frases curtas, como o supracitado
princípio do desempenho: “A TI é adequada ao propósito de apoiar a organização, forne-
cendo serviços, níveis de serviço e qualidade de serviço, necessários para atender aos
requisitos atuais e futuros do negócio” (ABNT, 2009).
11 COBIT 5;
11 ITIL;
11 Guia PMBOK;
11 mps.BR;
Capítulo 2 - Fase de preparação
37
Exercício de fixação 3 e
Princípios, políticas e frameworks
Existem princípios, políticas e frameworks que são específicos para a TI da sua organização?
Quais são eles?
Diretrizes
11 Regras e direcionamentos para uma determinada atividade. q
11 Identificadas a partir da leitura dos documentos de referência.
As diretrizes são descobertas a partir da análise do conteúdo das políticas, das estratégias
e planos, dos acórdãos e relatórios de auditoria, buscando identificar regras ou direciona-
mentos para uma determinada atividade.
Algumas diretrizes são obrigatórias, como aquelas originadas das políticas de TI. Outras,
porém, são apenas recomendadas, como é o caso das diretrizes descobertas a partir da
leitura dos frameworks.
Lista de princípios.
É importante salientar que a equipe não necessita criar listas exaustivas de princípios e
diretrizes extraídos dos documentos, mas apenas identificar aqueles mais relevantes e, em
especial, aqueles que podem nortear a elaboração do PDTI e sua execução, considerando as
limitações do órgão e da área de TI (BRASIL, 2012b).
Elaboração de PDTI
38
A Tabela 2.4 e a Tabela 2.5 exibem respectivamente um exemplo de lista de princípios e um
exemplo de lista de diretrizes.
D05 Convém que os dirigentes avaliem regularmente até que ponto a TI ABNT NBR ISO/IEC
cumpre com as obrigações (regulamentares, legislativas, legais e contra- 38500
tuais), políticas internas, normas e melhores práticas profissionais.
Tabela 2.5
Exemplo de lista de
diretrizes. Não somente na fase de preparação, mas em qualquer tempo, novos princípios e
diretrizes, quando identificados, devem ser adicionados à lista.
39
Inventário de necessidades
Durante a descoberta dos princípios e diretrizes, muitas vezes acontece de serem identifi- Inventário de
cadas as primeiras necessidades ou problemas. Essas necessidades podem surgir da análise necessidades
dos documentos de referência. É o documento para
registrar todas as
Por exemplo, suponha que durante a leitura da IN SLTI nº 04/2010, a equipe descubra que o necessidades que são
descobertas durante
atual processo de gestão de contratos não está conforme a norma. Disso resulta a necessi-
as fases de preparação
dade de revisar o atual processo, dando-lhe conformidade legal. Essa necessidade precisa e, principalmente, de
ser registrada em algum documento, como o inventário de necessidades. diagnóstico.
Esse quadro é a forma mais simples de estruturar o inventário de necessidades. Além dos Tabela 2.6
campos descritos, podem ser utilizados outros, como: Exemplo de
inventário de
11 Área demandante; necessidades.
11 Áreas envolvidas;
11 Categoria etc.
Exercício de fixação 4 e
Princípios e diretrizes
Na elaboração do PDTI, quais são as consequências de elaborar um plano sem considerar os
princípios e diretrizes?
11 Viabilidade do plano.
Elaboração de PDTI
40
Plano de trabalho
Tais definições são feitas no plano de trabalho do PDTI, documento produzido pela equipe
de elaboração de PDTI. Para aqueles familiarizados com as práticas de gerenciamento de
projetos, o plano de trabalho é um plano de projeto simplificado, adequado às necessidades
de gerenciamento do projeto de elaboração do PDTI.
Mesmo assim, seu conteúdo pode variar de acordo com a complexidade do projeto. Porém, é
Tabela 2.7
Plano de trabalho. recomendável que contenha as informações mínimas, sintetizadas na Tabela 2.7 (BRASIL, 2012b).
Seção Descrição
3. Benefícios esperados Benefícios esperados com a elaboração do PDTI, isto é, o que se espera ganhar,
mudar, superar ou vencer com a elaboração do PDTI.
6. Equipe de elaboração Lista com os membros da equipe de elaboração do PDTI e seus papéis, definida
do PDTI na portaria de autorização de início do projeto.
10. Princípios e diretrizes Transcrição literal das listas de princípios e de diretrizes elaborada no processo
PRE05 – Documentar Princípios e Diretrizes.
11. Cronograma As datas planejadas para realizar as atividades do projeto e para atingir os
marcos deste.
A Tabela 2.8 descreve um exemplo de um cronograma de plano de trabalho. Nele, cada ativi-
dade do cronograma corresponde a um processo das fases de diagnóstico e planejamento.
Capítulo 2 - Fase de preparação
41
Atividade Responsável Data inicial Data final
Após o término da minuta do plano de trabalho, a equipe deve encaminhá-la para o Comitê
de TI, para apreciação deste.
Elaboração de PDTI
É interessante que o plano seja apresentado pessoalmente pela equipe de elaboração do PDTI,
de modo a receber críticas e ajustes do Comitê de TI. A aprovação do Comitê de TI significa que
a execução do projeto está autorizada, por conseguinte, o início da fase de diagnóstico.
42
Exercício de fixação 5 e
l Plano de trabalho
Caso o plano seja
rejeitado pelo Comitê Quais as consequências de não elaborar um plano de trabalho do PDTI?
de TI, este terá de
devolver o documento
para a equipe realizar
os ajustes necessários
e, assim, ser submetido
a uma nova apreciação.
Apesar dos métodos prescreverem um caminho seguro para a elaboração do PDTI, nem
tudo sai conforme descrito. Durante a caminhada, a equipe de elaboração enfrenta algumas
dificuldades que podem atrasar o projeto ou diminuir a qualidade dos artefatos produzidos.
Ainda em relação a esses dois processos, a equipe não dá a devida importância à com-
pilação dos documentos de referência, não conseguindo completar a tarefa. Isso acaba
sobrecarregando as atividades de diagnóstico com o esforço adicional de levantar esses
documentos. E também há situações em que há pouca valorização dos princípios e dire-
trizes, como se eles não influenciassem a tomada de decisão na fase de planejamento.
Exercício de fixação 6 e
Capítulo 2 - Fase de preparação
43
44
Elaboração de PDTI
Roteiro de Atividades 2
Neste roteiro, para elaborar o plano de trabalho, utilize o modelo constante no apêndice
A (ver página 116). Para elaborar a minuta do PDTI, utilize o modelo de referência do PDTI,
constante no apêndice B (ver página 119).
Recentemente, a equipe se reuniu e escolheu o método descrito neste livro para elaborar o
PDTI. Assim, faça uma descrição sucinta do método no plano de trabalho e na minuta do PDTI.
Registre a lista dos documentos de referência no plano de trabalho e também na minuta do PDTI.
N001
N002
N003
45
Atividade 2.6 – Elaborar o plano de trabalho
Por último, termine o plano de trabalho do PDTI, completando os itens restantes. Observe o
prazo final do projeto determinado na portaria para elaborar o cronograma.
Elaboração de PDTI
46
3
Fase de Diagnóstico:
conhecendo a realidade da TI
objetivos
conceitos
Fase de diagnóstico do PDTI; Avaliação de resultados de PDTI; Identificação
de necessidades.
Introdução
11 Diagnóstico da TI. q
11 Produção de conhecimento e informações sobre a situação atual de TI.
11 Inventário de necessidades.
11 Avaliação de resultados;
11 Identificação de necessidades.
É uma fase que envolve intensa interação com todas as áreas organizacionais e um considerável
esforço de gestão de informações, que pode ser reduzido caso a unidade de TI realize de
forma regular a gestão das demandas recebidas das outras áreas.
47
O diagnóstico é consolidado no inventário de necessidades. À medida que a equipe vai per-
correndo os processos dessa fase, o inventário é gradualmente incrementado.
11 Processos;
11 Estruturas organizacionais;
11 Informação;
Processo Responsável
48
DGN02
Avaliar relatório
Comitê de TI de resultados
do PDTI em
DGN13
execução
Relatório de Avaliar
resultados do necessidades
PDTI em Inventário de
execução necessidades
(aprovado) (aprovado)
DGN11 DGN12
Consolidar Mapear
Relatório de Inventário de necessidades necessidades
resultados necessidades às estratégias
Diagnóstico
do PDTI em (atualizado)
execução
Figura 3.1
Fluxograma da fase DGN01 – Avaliar resultados do PDTI em execução
de diagnóstico.
11 Coleta de informações sobre a execução do PDTI em execução. q
11 Avaliação dos resultados obtidos.
11 Identificação de necessidades.
11 O estado das ações e projetos: se foram iniciados, concluídos ou cancelados, ou, ainda, se
estão em andamento;
11 Os contratos firmados;
49
Se a unidade de TI realiza práticas de gestão de portfólio de projetos, essas informações
podem ser obtidas com o gestor (ou equipe gestora) do portfólio.
Com essas informações em mão, a equipe faz uma avaliação dos resultados do PDTI ora em
execução, procurando responder as seguintes perguntas:
11 As metas planejadas foram alcançadas? Por que algumas delas não foram alcançadas?
11 Que medidas seriam necessárias para capacitar a unidade de TI a atingir as metas estipuladas?
O relatório deve ser visto como uma prestação de contas em relação aos investimentos em
TI realizados no período do PDTI ora em execução. Assim, mesmo que não exista tal PDTI,
é importante conhecer e divulgar os projetos e as ações em andamento ou que foram pre-
vistos, mas não iniciados ou cancelados, bem como os investimentos de recursos financeiros
em TI e os benefícios realizados.
Tabela 3.2
Exemplos de
necessidades
relativas ao PDTI
em execução.
50
DGN02 – Avaliar o relatório de resultados do PDTI em execução
Nesse processo, o Comitê de TI recebe o relatório de resultados do PDTI em execução,
reúne-se e delibera sobre o conteúdo deste. O Comitê de TI pode sugerir mudanças no rela-
tório que, por sua vez, poderão provocar o surgimento de novas necessidades.
O relatório de resultados deve ser registrado na minuta do PDTI (seção nº6, Resultados do
PDTI em execução, do Modelo de Referência constante no Apêndice B).
Exercício de fixação 1 e
Avaliação da execução de estratégias e planos
Como você percebe a avaliação da execução das estratégias e planos em sua organização?
11 Análise dos documentos de referência: PPA, LOA, PEI, PETI e regimento interno.
Para tanto, é preciso fazer uma leitura atenta dos documentos de referência cujo conteúdo é
relativo às estratégias e aos planos, procurando identificar objetivos estratégicos e linhas de
ação da organização. Mais adiante, na fase de diagnóstico, a equipe utilizará essas informa-
Tabela 3.3 ções para identificar necessidades de TI originadas por esses elementos.
Identificação
Plano Plurianual (PPA) Identificar os programas, objetivos e iniciativas que sejam potenciais
geradores de necessidades de negócio ou de TI.
Lei Orçamentária Anual (LOA) Analisar as ações vinculadas ao PPA, nas quais estão descritas
despesas de TI.
Plano Estratégico Institucional (PEI) Verificar os objetivos, direcionadores, iniciativas estratégicas e ações
e Plano Estratégico de TI (PETI) que sejam potenciais geradores de necessidades de negócio ou de TI.
Note que, se existir um PETI, os objetivos estratégicos definidos nele também serão documentados.
51
Lista de objetivos estratégicos
Os objetivos estratégicos identificados devem ser registrados na lista de objetivos estra-
tégicos. Tal lista será utilizada na fase de diagnóstico, para assegurar o alinhamento das
necessidades de TI às estratégias da organização.
A Tabela 3.4 exibe um exemplo de lista de estratégias da organização formulada com base
Tabela 3.4
nos objetivos estratégicos contidos no plano estratégico da Agência Nacional de Transportes Exemplo de lista
Aquaviários (ANTAQ) 2011-2014. Observe que outras entradas poderiam ser adicionadas à de objetivos
lista a partir de outros documentos de referência, tais como o PPA ou a LOA. estratégicos.
EST06 Garantir a eficiência e eficácia das ações de fiscalização. Plano Estratégico 2011-14
52
Para entregar valor ao negócio, a unidade de TI necessita estar estruturada de forma
coerente com sua estratégia. Podemos dizer que a estratégia e a estrutura têm influências
mútuas, uma contrabalanceando a outra (ver Figura 3.2), mas não na mesma intensidade,
pois a estratégia é mais maleável que a estrutura.
Estratégia
Figura 3.2
Relação entre Estrutura
a estratégia e a
estrutura.
Desse modo, é preciso conhecer a situação atual da organização de TI, buscando responder
as seguintes questões:
11 A arquitetura de TI é gerenciada?
Por ora, precisamos conhecer apenas sobre esses elementos. Os demais serão tratados
posteriormente em outros processos da fase de diagnóstico.
Uma prática que poderá ajudar nesse processo é realizar uma avaliação de capacidade dos
processos de governança e gestão de TI, baseado no modelo de referência COBIT 5. O resul-
Tabela 3.5
Exemplos de tado obtido com o diagnóstico indica as lacunas entre a situação atual e a desejada no que se
necessidade refere à capacidade dos processos, servindo de insumo para identificar necessidades de TI.
identificadas a
partir da análise da A Tabela 3.5 mostra exemplos de necessidades identificadas a partir da análise da
organização de TI. organização de TI.
N010 Criação de uma nova unidade para realizar gestão de serviços de TI. Organização de TI
53
Exercício de fixação 2 e
Análise da organização de TI
Em sua organização, os processos de TI são gerenciados?
Na abertura do primeiro capítulo, vimos que as organizações necessitam cada vez mais de
informação para realizar as suas atividades, desde o nível operacional até o nível estratégico.
Por exemplo, a alta administração necessita de informações confiáveis para tomar decisões
estratégicas acerca das políticas públicas ou dos serviços prestados à sociedade. Por sua
vez, um determinado serviço, para ser prestado, necessita de informações que orientem a
sua realização. As informações precisam fluir por toda a organização, seja de maneira formal
ou informal, ou mesmo de maneira estruturada ou não.
Assim, seja para cumprir o seu propósito, alcançar uma visão de futuro ou atingir objetivos
estratégicos, ou mesmo para realizar uma simples tarefa operacional, qualquer organização
necessita de informação.
Por isso, neste processo, a equipe procura identificar necessidades organizacionais relativas
à informação para que se possa planejar o atendimento destas por meio de serviços de TI.
Objetivos
estratégicos
Processos
organizacionais
necessitam de Informação é entregue por Serviço de TI
Serviços públicos
prestados à
sociedade
Metas das
políticas públicas
As necessidades de informação se originam de várias fontes (ver Figura 3.1): Figura 3.3
Origens das
11 Dos processos de negócio; necessidades de
informação.
11 Dos objetivos estratégicos;
Elaboração de PDTI
54
O processo é realizado pela equipe a partir da leitura de documentos relativos a essas
fontes. Entrevistas também podem ser realizadas com pessoas-chave da organização.
As necessidades identificadas são registradas no inventário de necessidades.
Note que a descrição das necessidades não contém necessidades de sistemas de infor-
mação ou aplicações. Primeiro, identificamos a necessidade da informação em si. Depois, as
necessidades de serviços, aplicações e infraestrutura.
Exercício de fixação 3 e
Necessidade de informações
De que informações você precisa para a sua rotina de trabalho? Elas são atendidas pela
unidade de TI da sua organização?
55
56
Elaboração de PDTI
Roteiro de Atividades 3
Neste roteiro, para elaborar a minuta do PDTI , utilize o modelo de referência do PDTI,
constante no apêndice B.
O plano foi elaborado pela equipe do NTI e não contou com a participação dos outros
setores da universidade. A equipe se utilizou do registro de demandas mantido pelo NTI
para administrar os pedidos por sistemas e serviços que recebia de toda a universidade.
Não foram realizadas entrevistas com pessoas-chave das áreas finalísticas, nem tampouco
foram identificadas as partes interessadas no PDTI.
Como o plano foi elaborado pela equipe do NTI, seu conteúdo refletia apenas a visão desse
setor e não de toda a organização acerca do uso e da gestão da TI. Por isso, a falta de patro-
cínio dos projetos foi provocada pela desconexão entre as necessidades reais dos principais
interessados e as metas e ações contidas no plano.
Apenas uma vez, em julho de 2013, no início do mandato do reitor Jerônimo Ribeiro, foi reali-
zado um levantamento sobre o andamento do plano e o resultado obtido foi catastrófico:
Uma análise posterior revelou que a quantidade de ações previstas no plano era bem superior à
capacidade de realização do NTI. Não foi levado em consideração que a equipe do NTI é pequena
para manter a atual operação de TI e, ao mesmo tempo, executar os projetos de melhoria.
Além disso, uma consultoria da SLTI/MP fez uma análise de aderência do plano em relação ao
modelo de referência do SISP, constatando que este estava apenas 60% aderente ao modelo.
Faltavam muitos elementos essenciais, tais como a identificação de necessidades de infor-
mação e de serviços, uma proposta orçamentária e um plano de ações de pessoal.
57
A partir dessas informações sobre o PDTI 2012/2013 da UFAPE, responda as questões a seguir.
Suponha que estamos ao final do ciclo de implantação do plano, o segundo semestre de 2013.
2. Você acredita que as necessidades identificadas no plano foram atendidas? Por quê?
3. Que condicionantes afetaram o alcance das metas? O que faltou para que o plano
fosse realizado?
5. Você percebe que os resultados obtidos contribuíram para o alcance dos objetivos orga-
nizacionais de mais alto nível? Por quê?
6. Que medidas seriam necessárias para capacitar a unidade de TI a atingir as metas esti-
puladas? Que necessidades podem ser identificadas para o novo PDTI? Utilize o quadro a
seguir para registrar tais necessidades.
58
Atividade 3.2 – Identificar objetivos estratégicos
Em 2011, além do primeiro PDTI, a UFAPE publicou o seu primeiro plano estratégico institu-
cional, valendo para o quadriênio 2011-2014.
EST02
EST03
EST04
EST05
EST06
EST07
EST08
EST09
EST10
EST11
EST12
59
Plano estratégico Missão: desenvolver pessoas e gerar conhecimentos e Valores:
Referencial competências de forma a contribuir com desenvolvimento Cidadania
estratégico Institucional UFAPE
social da região, mediante atividades de ensino, pesquisa Inovação
2011-14 e extensão. Sustentabilidade
Diversidade
Visão: ser referência em ensino, pesquisa e extensão Integridade
na região nordeste. Integração
institucionais
Resultados
Figura 3.4
Atividade 3.3 – Analisar a organização de TI Mapa estratégico
da UFAPE 2011-14.
Na sua fundação, o NTI da UFAPE foi estruturado da mesma forma que o NTI da UFPE, com-
preendendo os seguintes órgãos:
11 Vice-Diretoria;
Elaboração de PDTI
11 Secretaria;
11 Gerência Administrativa;
60
Atualmente, há dois Gerentes Técnicos, um responsável pelos sistemas de informação e
outro pela infraestrutura de TI.
NTI
Vice-Diretoria Secretaria
Como não há uma área para atendimento dos usuários, estes não sabem a quem recorrer
quando encontram um problema ao utilizar um serviço de TI. As áreas demandantes de
sistemas de informação costumam recorrer diretamente a um dos Analistas de Sistemas
para resolver problemas de manutenção ou necessidades de evolução nos sistemas.
grados. Por conta disso, alguns dados como, por exemplo, de alunos, apresentam redundân-
cias e inconsistências.
Em relação aos ativos de TI, apenas recentemente foi implementada uma ferramenta
livre para realizar o inventário de software. Assim, o NTI consegue impedir a instalação de
softwares não autorizados. Em relação ao hardware, conhece-se apenas o inventário dos
equipamentos de rede e impressoras. Não se sabe ao certo quantos desktops, notebooks e
tablets existem.
61
A partir da descrição do quadro organizacional do NTI, responda as seguintes questões:
N008 Organização de TI
N009 Organização de TI
N010 Organização de TI
N011 Organização de TI
N012 Organização de TI
N013 Organização de TI
N014 Organização de TI
N015 Organização de TI
N016 Organização de TI
N017 Informação
N018 Informação
N019 Informação
N020 Informação
62
4
Fase de diagnóstico:
avaliando os recursos de TI
objetivos
conceitos
Continuação da fase de diagnóstico; Serviços de TI; Contratações de Soluções de TI;
Identificação de necessidades de serviços, aplicações, infraestrutura, pessoal
e contratação.
Introdução
Até este ponto, estudamos os seguintes processos de diagnóstico: q
11 DGN01: avaliar os resultados do PDTI em execução.
63
DGN06 – Identificar necessidades de serviços
Antes de estudarmos esse processo, vamos conhecer alguns conceitos úteis relacionados
aos serviços de TI.
Serviços de TI
Serviços são meios de entregar valor aos clientes, facilitando os resultados que eles querem
alcançar sem que precisem arcar com os custos e riscos específicos (GREAT BRITAIN, 2007c).
atendem necessidades
de informação
processos de TI
são compostos por
aplicações
infraestrutura
dados
Figura 4.1
pessoas Composição dos
serviços de TI.
22 Uma conexão de dados para a internet deve estar disponível 96% do tempo e
deverá desempenhar uma taxa mínima de transferência de 10 Mbps.
64
22 A central de serviços deverá responder os chamados abertos pela Intranet da q
seguinte maneira:
Catálogo de Serviços
Segundo a biblioteca ITIL, os acordos de nível de serviços estão descritos no Catálogo de
Serviços (ver Figura 4.2), uma base de dados ou documento estruturado com informações
sobre todos os serviços em operação e disponíveis aos clientes (GREAT BRITAIN, 2007c).
É utilizado para apoiar a venda e a entrega de serviços.
O Catálogo de Serviços é dividido em duas partes (CESTARI FILHO, 2011; GREAT BRITAIN, 2007a):
Catálogo de Serviço
65
Identificando necessidades de serviços de TI
Para o processo de identificação das necessidades de serviços de TI, a equipe verifica se o
Catálogo de Serviços existe, se é documentado e formalizado, se é mensurado, se é avaliado
e se é gerido por meio de mensurações.
Exercício de fixação 1 e
Serviços de TI
Suponha que, para atender o princípio da transparência, sua organização necessite divulgar
informações sobre licitações, contratos e seus resultados. Isso implica em que necessidades
de serviços?
A infraestrutura é composta não somente por equipamentos (hardware), mas também por
software, tais como Sistemas Operacionais, sistemas gerenciadores de bancos de dados,
servidores de aplicações, servidores de e-mail etc.
66
Com base em documentos e entrevistas, a equipe verifica se a infraestrutura disponível suporta
a atual demanda e a demanda prevista para o período de abrangência do PDTI. A equipe identi-
fica as necessidades de mudança na infraestrutura e registra no inventário de necessidades.
Exercício de fixação 2 e
Infraestrutura de TI
Suponha que existe a necessidade de implantar um novo serviço de e-mails em sua organi-
zação. Isso implica em que necessidade de infraestrutura?
11 Análise de documentos.
Por isso, para atender as necessidades atuais e futuras por serviços de TI, a equipe faz uma
avaliação da quantidade de pessoal necessária (quantitativo), bem como das competências
a serem desenvolvidas (qualitativo), visando identificar necessidades de pessoal. Para essa
tarefa, as principais fontes de informação são (BRASIL, 2012b):
67
11 Planos de Capacitação;
11 Mapeamento de competências.
Para cada serviço, deve-se verificar se há pessoal em quantidade suficiente para prestá-lo.
Podem surgir daí necessidades de aumento, redução ou realocação de pessoas do quadro
de pessoal de TI.
Além disso, é preciso verificar se as pessoas envolvidas são competentes para gerenciar os
processos e os recursos de TI (infraestrutura e aplicações) necessários para o serviço. Disso
surgem necessidades de capacitação de pessoas.
As necessidades podem também surgir das necessidades relativas à organização de TI. Por
exemplo, se a necessidade de implantar práticas de gestão de serviços de TI foi identificada,
dela se originará a necessidade de capacitar pessoas nesse tema.
Exercício de fixação 3 e
Tabela 4.3
Exemplos de
Pessoal de TI necessidades de
pessoal.
Suponha que sua organização necessite adotar práticas de gestão de serviços de TI.
Isso implica em quais necessidades de pessoal?
11 Contratos de apoio.
68
Assim, é necessário firmar contratos com fornecedores externos de forma a garantir a
prestação de serviços. Esses contratos são conceituados na biblioteca ITIL como contratos
de apoio (Underpinning Contracts – UC). Os contratos de apoio estabelecem metas, direitos
e deveres entre a unidade de TI e um fornecedor externo que, por sua vez, provê produtos
e serviços para apoiar a entrega de serviços para os clientes da unidade de TI. O contrato
de apoio define metas e responsabilidades necessárias para cumprir as metas de níveis de
serviço contidos no ANS (GREAT BRITAIN, 2007c).
Cabe ressaltar que também podem ser estabelecidos acordos entre a unidade de TI e os
fornecedores internos da organização, tais como as unidades que cuidam das instalações
prediais, refrigeração e energia elétrica. Neste caso, o termo utilizado no ITIL é Acordo de
Nível Operacional (Operational Level Agreement – OLA) – (GREAT BRITAIN, 2007b).
Art. 10, §§ 7º e 8º: “A execução das atividades da Administração Federal deverá ser ampla-
mente descentralizada. [...]
“§ 8º A aplicação desse critério está condicionada, em qualquer caso, aos ditames do inte-
resse público e às conveniências da segurança nacional.”
Art. 1º, §§ 1º e 2º: “No âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e funda-
cional poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias, instru-
mentais ou complementares aos assuntos que constituem área de competência legal do
órgão ou entidade.
69
É importante destacar que, no rol de atividades citadas pelo decreto, estão as
atividades de informática.
Todas essas regras relativas às contratações devem constar como princípios e diretrizes
para a elaboração do PDTI.
11 Uma necessidade relativa à capacitação de servidores é atendida pela contratação de um Tabela 4.4
Exemplos de
fornecedor de cursos e treinamentos. necessidades de
Também deve-se verificar os contratos vigentes no período do PDTI para identificar necessi- contratações de
soluções de TI.
dades relativas a estes, como, por exemplo, uma renovação de contrato.
70
Exercício de fixação 4 e
Contratações de soluções de TI
O desenvolvimento de um novo sistema de Gestão Acadêmica para uma universidade pode
implicar em que necessidades de contratações?
Por isso, é preciso que a equipe realize uma consolidação do inventário de necessidades para
reavaliar todas as necessidades identificadas, observando se há entre elas (BRASIL, 2012b):
11 Redundância;
11 Incoerência;
11 Possibilidades de agrupamento;
11 Interdependências.
11 Governança de TI;
11 Novas Tecnologias;
11 TIC na Educação;
11 Atendimento ao Usuário;
11 Segurança Computacional;
11 Sistemas de Informações;
11 Infraestrutura;
Além disso, dentro de cada área, as necessidades foram classificadas nas seguintes catego-
rias (BRASIL, 2011a):
11 Aquisição;
11 Construção;
11 Contratação;
71
11 Desenvolvimento;
11 Divulgação;
11 Manutenção;
11 Normatização;
11 Processos;
11 Reforma.
Tabela 4.5
Cada organização deve avaliar a conveniência de agrupar as necessidades por área temática Exemplo de
e categorias, e adaptar tais elementos às suas necessidades de planejamento. consolidação do
inventário de
Um exemplo de consolidação do inventário de necessidades está contido na Tabela 4.5. necessidades.
N010 Criação de uma nova unidade para Organização EST05 – Melhorar Sim
realizar gestão de serviços de TI. de TI a estrutura
organizacional
EST02 – Buscar uma
gestão efetiva
e inovadora
Elaboração de PDTI
72
Necessidade Descrição Tipo Objetivos estratégicos Necessidade
associados prioritária
73
Necessidade Descrição Tipo Objetivos estratégicos Necessidade
associados prioritária
74
Objetivos governamentais (PPA)
Figura 4.3
Alinhamento entre
as necessidades
e os objetivos Necessidades de TI (PDTI)
estratégicos.
O detalhe com que será realizado esse mapeamento dependerá do nível de maturidade em
gestão da organização. Organizações com baixa maturidade, por exemplo, podem dispor
apenas do PPA e das competências legais do órgão para prover o alinhamento. Já organiza-
ções mais maduras podem dispor de mapas estratégicos e resultados avaliados quantitati-
vamente. Porém, realizar o alinhamento é necessário ainda que nem todos os elementos
existam. Por exemplo, inexistindo o planejamento estratégico institucional, devem ser
utilizados outros documentos, indicando os documentos utilizados (BRASIL, 2012b).
Esse processo de alinhamento proverá informações essenciais para que se realize uma con-
tratação de soluções de TI, já que as metas e ações do PDTI orientam tal processo (BRASIL,
2012b). Segundo a IN SLTI nº 04/2010, no planejamento da contratação de uma solução de
TI, a área requisitante da solução deverá elaborar o documento de oficialização da demanda
(DOD), que deverá descrever a necessidade da contratação, considerando os objetivos estra-
tégicos e as necessidades corporativas da instituição, bem como o seu alinhamento ao PDTI
(BRASIL, 2010).
O mapeamento pode ser realizado conforme o exemplo da Tabela 4.5. Observe a coluna
“Objetivos estratégicos associados”.
Com base nos estudos feitos pela equipe, o Comitê de TI verifica se as necessidades inven-
tariadas são razoáveis, justificáveis e se o seu atendimento efetivamente contribui para o
atendimento aos objetivos de negócio, direta ou indiretamente. Nesse processo, o inven-
tário é dividido em dois conjuntos de necessidades:
75
O Comitê de TI deve eliminar somente as necessidades que obviamente não devam ser prio-
rizadas, mantendo-as no conjunto de necessidades não-prioritárias para futuro reexame,
pois não serão atendidas na período de implantação do PDTI.
Caso o Comitê de TI não aprove o inventário, este deve ser devolvido à equipe para receber
os ajuste necessários e, depois, ser submetido a uma nova avaliação.
A Tabela 4.5 possui uma coluna dedicada à avaliação de necessidades, “Necessidades priori-
tárias”. Nelas as necessidades são marcadas com “Sim”, caso prioritárias.
Elaboração de PDTI
76
Roteiro de Atividades 4
Neste roteiro, para elaborar a minuta do PDTI , utilize o modelo deste documento, constante
no apêndice B.
N021 Serviços
N022 Serviços
N023 Serviços
N024 Serviços
Acontece que o tempo passou e esses equipamentos se tornaram obsoletos. Por exemplo, a
maioria dos computadores desktop tem mais de cinco anos de uso e, por isso, não têm mais
garantia dos fabricantes. Algumas impressoras ainda são matriciais e o custo de manu-
tenção do parque de impressão é bastante alto.
Não há rede sem fio em todos os campi. Só há no campus de Caruaru. Ainda assim, não há
uma rede exclusiva para profissionais que estejam visitando a universidade e precisem de
acesso à internet. A rede sem fio só está disponível para os servidores técnico-administra-
tivos e para o corpo docente. Os alunos não têm acesso a ela.
O acesso à internet é lento. Por exemplo, o prédio da reitoria dispõe de uma conexão de 10 Mbps
para cerca de 100 usuários. A rede cabeada também tem problemas, pois os equipamentos
são velhos e não há peças de reposição. O tempo de reparo em alguns casos é enorme. Alguns
Capítulo 4 - Roteiro de Atividades 4
setores já passaram dias sem acesso à rede por causa de um switch com defeito.
Como não há uma sala cofre, a maioria dos sistemas ainda estão abrigados na UFPE
mediante um acordo de cooperação. Há uma sala de equipamentos de rede, mas não há
gerador de energia elétrica ou equipamento no-break e o sistema de refrigeração não dá
conta da carga térmica do ambiente. Há uma falha no escoamento da água de refrigeração
que faz com que a água expelida por um dos equipamentos seja escoada para um balde.
Um servidor foi designado para trocar o balde a cada três horas. Durante a noite, a troca é
feita pelos vigilantes do prédio.
77
Sabendo que Caruaru fica a 135 km de Recife, a UPFE acenou com a possibilidade de modi-
ficar o acordo de cooperação, permitindo que as duas universidades compartilhem suas
infraestruturas de TI. A ideia é estabelecer planos de continuidade de negócio em que uma
universidade abrigue os sistemas de backup da outra. Porém, antes disso, é necessário
construir uma sala cofre na UFAPE.
Outro problema grave é a falta de licenças de software proprietários. Na maioria dos com-
putadores, estão instalados Sistemas Operacionais e suítes de escritório (processador de
texto, planilha e apresentação de slides) sem licença.
N025 Infraestrutura
N026 Infraestrutura
N027 Infraestrutura
N028 Infraestrutura
N029 Infraestrutura
No fim de 2012, foi feita uma pesquisa de clima organizacional que apontou que a maioria
dos servidores (75%) está estudando para concursos de TI. Isso se explica pelo fato de que
60% deles têm intenção de mudar de órgão nos próximos dois anos.
A causa disso são a motivação e a autoestima dos servidores, que andam baixas. A mesma
pesquisa supracitada apontou que 73% não têm orgulho do que fazem e 89% não se sentem
valorizados no trabalho – 71% estão insatisfeitos com seu vencimentos.
Para o final do próximo ano, há previsão de aposentadoria de dois servidores: Elino Julião e
Antônio Barros Silva.
78
Nome Cargo Formação Competências
da Computação
79
A partir da descrição na tabela anterior, das necessidades de informação, de serviços e de
infraestrutura, identifique necessidades relativas às pessoas, preenchendo as lacunas do
quadro a seguir.
N030 Pessoal
N031 Pessoal
N032 Pessoal
N033 Pessoal
Não há uma política de contratações definidas, mas a tendência, segundo o novo Diretor do
NTI, é terceirizar as seguintes atividades:
11 Manutenção de infraestrutura.
O propósito é fazer com o que o NTI cumpra o que determina o Decreto-Lei nº 200/1967,
concentrando-se em atividades de gestão, deixando para os fornecedores externos as ativi-
dades nas quais eles detenham mais competência.
Assim, a partir da situação descrita nos parágrafos anteriores e das necessidades inventa-
riadas de serviços, de infraestrutura e de pessoal, identifique necessidades de contratações
de soluções de TI. Utilize o quadro a seguir, preenchendo os campos em branco.
N034 Contratação
N035 Contratação
N036 Contratação
Elaboração de PDTI
N037 Contratação
80
Atividade 4.5 – Consolidar necessidades
Consolide as necessidades identificadas nas atividades anteriores no inventário de necessi-
dades, constante na minuta do PDTI. Por enquanto, preencha apenas o campo “Descrição”.
81
82
Elaboração de PDTI
5
Fase de planejamento:
definindo metas e ações
Auxiliar o Comitê de TI a estabelecer diretrizes para priorização; Priorizar necessidades
objetivos
conforme os critérios determinados pelo Comitê de TI; Definir metas para atender as
necessidades priorizadas; Definir indicadores para medir o cumprimento das metas
e o atendimento das necessidades; Planejar ações para alcançar as metas.
conceitos
Processos da fase de Planejamento; Estabelecimento de diretrizes para priorização
e orçamentação; Matriz GUT; Priorização de necessidades; Técnica de planejamento
5W2H; Definição de indicadores e metas; Planejamento das ações.
Introdução
11 Fase de planejamento: planos para atender as necessidades prioritárias. q
11 Finalização da minuta do PDTI.
11 Entregas.
11 Processos.
11 Plano de investimentos e custeio: registro dos gastos necessários para a realização das
ações planejadas (BRASIL, 2012b);
11 Plano Diretor de TI: consolida tudo o que foi feito durante o projeto.
83
A fase de planejamento possui dez processos, sintetizados na Tabela 5.1. O fluxograma está Tabela 5.1
representado na Figura 5.1. Processos da fase
de planejamento.
Processo Responsável
PLA10
Avaliar e
publicar
PDTI
PDTI
PLA01 PLA09
Estabelecer Avaliar PDTI
diretrizes para
Comitê de TI
Planejamento
priorização e
orçamentação
PDTI
Lista de (minuta
princípios e aprovada)
diretrizes
(atualizada)
Figura 5.1
Fluxograma de
processos da fase
de planejamento.
84
A fase começa com o estabelecimento de diretrizes de priorização e orçamentação pelo
Comitê de TI. Com base nelas, a equipe de elaboração prioriza as necessidades identificadas
na fase de diagnóstico.
A partir daí, a equipe planeja as metas e ações para atender as necessidades prioritárias.
Além disso, a equipe planeja os recursos necessários para implementar as ações e, assim,
cumprir as metas. Também são identificados fatores críticos de sucesso para a imple-
mentação do plano. E, finalmente, tudo é consolidado na minuta do PDTI, que segue para
avaliação e publicação.
11 Diretrizes de orçamentação.
Antes de iniciar o trabalho de planejamento em si, é necessário refinar ainda mais a priori-
zação realizada ao final da fase de diagnóstico.
Isso acontece porque, em geral, mesmo com a divisão entre itens prioritários e não prioritá-
rios, o Inventário de Necessidades contém uma extensa quantidade de itens, sendo assim
enorme o esforço para planejar metas e ações para atender todos eles. E mesmo que esse
trabalho viesse a ser realizado, a área de TI não teria capacidade para implementar tudo o
que fosse previsto.
Por exemplo, será necessário definir a origem dos recursos financeiros para custeio da
manutenção da infraestrutura de TI, dos investimentos em projetos de novos serviços e
sistemas de informação etc.
85
Caso tais diretrizes já existam, elas precisam ser reavaliadas. Elas já podem ter sido definidas
em alguma política de TI ou numa resolução do Comitê TI, registrada em ata de reunião.
Caso contrário, exercendo o seu papel de direcionador da gestão de TI, o Comitê de TI se
reúne e estabelece-as.
Deverá ser feita uma atualização na tabela de diretrizes para incluir as diretrizes de priori-
zação e orçamentação. A equipe pode auxiliar o Comitê de TI a realizar essa atividade.
A Tabela 4.7 dá exemplos de tais diretrizes.
D14 Os recursos para custeio da unidade de TI são originados da ação Resolução nº 2/2013 do
nº 2000. Comitê de TI
Tabela 5.2
Exercício de fixação 1 e
Exemplo de
diretrizes de
Diretrizes de priorização e orçamentação priorização e
orçamentação.
Existem critérios para priorização e orçamentação na sua organização? Poderia dar exemplos?
11 Necessidades prioritárias;
Como já foi informado, é preciso avançar um pouco mais na priorização, pois, em geral, o
conjunto de necessidades prioritárias ainda contém uma extensa lista de itens. Há ainda
que se fazer uma distinção entre elas de acordo com a criticidade de cada uma, permitindo
selecionar as necessidades de maior prioridade e, assim, estabelecer metas e planejar ações
Elaboração de PDTI
para atendê-las. Com isso, evita-se esforço desnecessário de planejamento para necessi-
dades que não são prioritárias no momento.
Por isso, com base nos critérios atualizados de priorização e orçamentação, a equipe prio-
riza o conjunto de necessidades prioritárias do inventário.
86
l As necessidades não prioritárias são aquelas que não se encaixam nos critérios de priori-
A priorização das zação e orçamentação. A equipe deverá mantê-las no inventário de forma a serem reexami-
necessidades pode ser nadas no próximo ciclo de elaboração do PDTI.
realizada com o auxílio
da matriz GUT, tema do
Matriz GUT
próximo capítulo.
A matriz GUT é uma técnica para priorizar as necessidades ou problemas que devem ser ata-
cados pela gestão, bem como para analisar a prioridade com que certas atividades devem
ser realizadas e/ou desenvolvidas em situações como: solução de problemas, estratégias,
desenvolvimento de projetos, tomada de decisões etc. No nosso caso, vamos utilizá-la para
priorizar necessidades.
A sigla GUT significa “gravidade, urgência e tendência”, três aspectos utilizados para se dis-
tinguir as necessidades de acordo com:
Para avaliar cada aspecto, utiliza-se uma escala de cinco pontos para valorá-los, conforme
descrita na Tabela 5.3.
Para quantificar a urgência de uma necessidade, deve-se perguntar: a resolução desse pro-
Tabela 5.3 blema pode esperar ou deve ser realizada imediatamente?
Valores dos
parâmetros GUT. Já a tendência é avaliada quando se responde: o que acontece se nada for feito?
5 Extremamente graves. É necessária uma ação imediata. A situação vai piorar rapidamente.
4 Muito graves. A iniciativa deve ser tomada com A situação vai piorar em
alguma urgência. pouco tempo.
1 Sem gravidade. Não tem pressa alguma. A situação não vai piorar e pode,
até mesmo, melhorar.
87
Necessidade Descrição Tipo G U T Criticidade
88
Necessidade Descrição Tipo G U T Criticidade
Tabela 5.4 Com a tabela pronta, as necessidades de maior prioridade permanecem no conjunto de
Exemplo de necessidades prioritárias. As demais, obviamente, passam a figurar o conjunto de necessi-
priorização de
necessidades com a dades não prioritárias.
matriz GUT.
Mas como fazer esse corte? Que critério utilizar?
Exercício de fixação 2 e
Matriz GUT
Refaça a priorização das necessidades do exemplo anterior, sabendo de antemão que as
diretrizes de priorização são as seguintes:
89
3. As necessidades relativas à capacitação de pessoal tem gravidade média, urgência baixa
e tendência média.
histórico escolar.
90
Necessidade Descrição Tipo G U T Criticidade
Indicadores e metas
Indicadores são métricas que proporcionam informações sobre o desempenho de um
objeto (seja governo, política, programa, organização, projeto etc.), com vistas ao controle,
à comunicação e melhoria. São instrumentos de gestão essenciais nas atividades de
monitoramento e avaliação das organizações, pois permitem acompanhar o alcance das
metas, identificar avanços, melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de
mudança etc. (BRASIL, 2009).
91
Os indicadores servem para (BRASIL, 2009):
11 Nível de satisfação das partes interessadas com o escopo dos serviços e do portfólio
planejado de programas;
Já as metas são resultados quantitativos a serem atingidos no futuro, podendo ser estru-
turadas em quatro elementos: propósito, indicador, valores (atual e futuro) do indicador
e prazo (ver Figura 5.2). Elas devem contribuir para o alcance de um ou mais objetivos de
negócio da organização.
Elaboração de PDTI
92
Propósito
Valor do
indicador
Figura 5.2
Elementos
Valor Valor da
base meta
de uma meta.
11 Descrição: Aumentar para 75% a satisfação dos usuários com a qualidade da prestação
de serviços de TI em dois anos.
11 Propósito: Aumentar satisfação dos usuários com a qualidade da prestação de serviços de TI;
Observe também que a descrição da meta é formada pelo propósito, o valor da meta e o prazo.
Primeiro, para atender a uma ou mais necessidades, a equipe escolhe um ou mais indica-
dores para medir o atendimento das necessidades. Depois, define uma ou mais metas para
o atendimento das necessidades, baseadas nos indicadores escolhidos. Os indicadores e as
metas devem ser registrados no plano de metas e ações.
Vale destacar que o relacionamento entre as necessidades e metas não ocorre necessa-
riamente por meio de uma relação “1 para 1”. Uma necessidade pode ser satisfeita com o
alcance de uma ou mais metas. Também pode ocorrer de uma necessidade ser atendida por
uma meta compartilhada, que atenda também outra necessidade (BRASIL, 2012b).
93
A figura a seguir dá um exemplo de relacionamento entre necessidades e metas. As neces-
sidades N01 e N02 serão satisfeitas se a meta M01 for atingida. Por sua vez, a necessidade
N03 será atendida se a meta M02 for alcançada. A necessidade N04 depende do alcance de
duas metas, M03 e M04, para ser satisfeita. Por último, as necessidades N05 e N06 serão
supridas caso a meta M05 seja alcançada.
Necessidades Metas
N01
M01
N02
M02
N03
M03 Figura 5.3
N04 Exemplo de
M04
N05 relação entre
M05 necessidades e
N06
metas.
Vamos ver como acontece na prática: na Tabela 5.5, foram agrupadas cinco necessidades
que têm a ver com o tema gestão de serviços. Para atendê-las, foram definidas as quatro
metas constantes na Tabela 5.6. E para medir cada meta, foram escolhidos indicadores
propostos pelo COBIT 5.
Deve-se definir metas cujo alcance seja possível e com base em indicadores que sejam men-
suráveis, sendo essa a maior dificuldade desse processo. Na maioria dos casos, a organi-
zação não está habituada a trabalhar com esses indicadores.
Para os casos em que não existam dados sobre os indicadores, a sugestão é que se Tabela 5.5
faça antes uma medição desse indicadores, estabelecendo assim uma linha de base Necessidades
escolhidas para a
(valores base) a partir da qual as metas para os valores futuros serão estabelecidos. definição de metas.
N027 Capacitação de servidores em gerenciamento de serviços de TI, usando as práticas da biblioteca ITIL.
N010 Criação de uma nova unidade para cuidar da gestão de serviços de TI.
94
Meta Propósito Indicador Valor Valor da Prazo Necessidades
base do meta do associadas
indicador indicador
Figura 5.6
Exemplo de
Exercício de fixação 3 e
definição de
indicadores e
metas. Elaboração de indicadores
Elabore pelo menos um indicador para medir o atendimento de cada uma necessidades a seguir:
95
Exercício de fixação 4 e
Definição de metas
Escolha três necessidades do exercício anterior e defina pelo menos uma meta para o aten-
dimento de cada uma delas. Os prazos e os valores base e da meta podem ser estimados.
Utilize o quadro a seguir para definir as metas.
M01
M02
M03
Com as metas estabelecidas, o próximo passo é planejar ações para que elas sejam atingidas.
As ações são o conjunto de tarefas – atividades ou projetos – que deverão ser realizadas
para que, em conjunto, a probabilidade de produzir o alcance da meta estabelecida seja alta,
eliminando ou amenizando as causas do problema (BRASIL, 2012b).
Para tanto, vamos lançar mão da técnica 5W2H. Ela será importante para entender a lógica
subjacente do planejamento de ações utilizado na elaboração do PDTI.
Técnica 5W2H
A proposta da técnica 5W2H é decompor qualquer atividade de planejamento em sete
questões (ver figura a seguir), sintetizadas na Tabela 5.7.
Elaboração de PDTI
96
O quê?
5W2H
Como? Quem?
Onde? Quando?
Figura 5.4
Questões da
técnica 5W2H.
Questão Descrição
Tabela 5.7 Como (how)? Os passos necessários para a realização. Como fazer?
Questões da
técnica 5W2H. Quanto custa (how much)? O custo da realização. Quanto custa?
97
Questão Resposta
Por quê (why)? Os custos com consumo de papel cresceram 50% nos últimos dois
anos. Além disso, é preciso adotar hábitos de trabalho mais sustentá-
veis, que reduzam o impacto do nosso trabalho no meio ambiente.
Quanto custa 11O mapeamento, redesenho e automatização de processos custará o Tabela 5.8
(how much)? valor estimado de R$ 500.000,00. Exemplo de
11As ações de comunicação estão estimadas em R$ 5.000,00. planejamento
11As lixeiras e outros depósitos de material reciclável estão estimados com a ferramenta
em R$ 1.000,00. 5W2H.
Exercício de fixação 5 e
Técnica 5W2H
Suponha que você foi encarregado para organizar uma capacitação em gestão de serviços de
TI para 25 pessoas em sua organização. Essa capacitação está prevista no PDTI de sua organi-
zação. Faça o planejamento da capacitação utilizando a técnica 5W2H no quadro a seguir:
Questão Resposta
Quem (who)?
Quando (when)?
Onde (where)?
Como (how)?
98
Planejando ações
11 Definir ações para alcançar as metas e satisfazer as necessidades. q
11 Detalhar a metas: prazos, recursos humanos e orçamentários.
Para cada uma das metas, a equipe planeja as ações necessárias para cumpri-las (ver
exemplo da Tabela 5.9). Depois, faz o detalhamento das ações, estimando o prazo, os
recursos humanos e os recursos orçamentários, conforme o exemplo da Tabela 5.10.
Tanto a definição das ações quanto o detalhamento são registrados no plano de ações e
metas, parte da minuta do PDTI.
11 Previsão para início, ou seja, a data provável de início dos trabalhos relacionados à ação;
11 Previsão para conclusão, ou seja, a data provável de conclusão dos trabalhos relacio-
nados à ação.
Na elaboração do PDTI, as estimativas são iniciais, realizadas de modo preliminar, com a pre-
cisão suficiente para tal momento. No planejamento detalhado de cada ação pela área de TI,
na fase de planejamento de projeto, é que essas estimativas serão refinadas (BRASIL, 2012b).
99
Meta Descrição da meta Ação Descrição da Ação Responsável
Tabela 5.9
Exemplo de
planejamento
de ações.
disponibilidade
e de acordo de
níveis de serviço.
Tabela 5.10
Exemplo de
detalhamento
de ações.
100
Por ora, não é preciso se preocupar em detalhar as ações no nível operacional, pois isso será
feito pelas respectivas áreas operacionais (área de TI, área administrativa, área de recursos
humanos, áreas finalísticas etc.). Basta indicar as ações que envolverão esses atores (BRASIL,
2012b). Por esse motivo, o “Como fazer?” do 5W2H não é respondido na elaboração do PDTI.
Exercício de fixação 6 e
Metas e ações
Escolha uma meta do exercício de fixação 4 e planeje duas ações para que ela seja alcançada.
Depois, selecione uma das ações e planeje seus detalhes. Utilize os quadros da página a seguir.
101
Elaboração de PDTI
102
Roteiro de Atividades 5
Neste roteiro, para elaborar a minuta do PDTI , utilize o modelo de referência do PDTI,
constante no apêndice B.
Há muitas dúvidas sobre essas diretrizes. Não há consenso sobre o que é mais importante.
Alguns membros do conselho acham que, no primeiro ano do PDTI, o foco da atenção e dos
esforços deverá ser a melhoria da infraestrutura. Outros acham que a situação dos sis-
temas de informação demanda uma ação urgente. Há também a possibilidade de estruturar
melhor a gestão e ao mesmo tempo de resolver os problemas de infraestrutura, deixando a
implantação de novos sistemas para o segundo ano do PDTI.
Assim, a partir dos problemas conhecidos e das necessidades levantadas, proponha duas
diretrizes: uma para priorização e outra para orçamentação. Registre as diretrizes na
minuta do PDTI.
3. Baseado nos indicadores, defina uma ou duas metas para atender as necessidades
Capítulo 5 - Roteiro de Atividades 5
escolhidas.
103
Atividade 5.4 – Planejar ações
1. Para cada uma das metas definidas, planeje até cinco ações que contribuirão para
o alcance delas.
3. Registre todo o detalhamento das ações no plano de metas e ações constante na minuta
do PDTI.
Elaboração de PDTI
104
6
Fase de planejamento:
terminando o PDTI
Planejar ações de pessoal; Consolidar a proposta orçamentária de TI;
objetivos
conceitos
Plano de ações de pessoal; Planos de investimento e de custeio; Proposta
orçamentária de TI; Fatores críticos de sucesso; Consolidação dos planos;
Aprovação e publicação do PDTI.
Introdução
Vamos estudar os processos que fecham a fase de planejamento e dão a forma q
final ao PDTI:
105
PLA05 – Planejar ações de pessoal
11 Manter um quadro suficiente de pessoal e desenvolver competências. q
11 Consolidar total de pessoas.
Para tanto, a partir dos dados de pessoal do processo anterior, a equipe consolida o total
de pessoas necessárias para a execução de todas as ações, procurando identificar se os
recursos identificados para uma ação podem ser compartilhados com outras ações.
Além disso, é preciso comparar o quadro de pessoal de TI, identificado na fase de diagnós-
tico, no processo “DGN08 – Identificar necessidades de pessoal”, com a consolidação de
recursos humanos, com o objetivo de visualizar o quadro de pessoal de TI disponível em
relação ao quadro ideal, identificando as lacunas não atendidas pelo quadro atual levantado
no diagnóstico de pessoal (BRASIL, 2012b).
Por último, a equipe deve revisar o planejamento de execução das ações (processo anterior),
para analisar a necessidade de inclusão ou alteração de ações de pessoal já definidas
anteriormente, em função da comparação realizada, assegurando a coerência entre os
elementos (BRASIL, 2012b).
Cargo Quantitativo
Elaboração de PDTI
106
Competências Quantitativo
Gerenciamento de Serviços de TI 0 3 3
Gerenciamento de Contratos de TI 2 8 6
Planejamento de Contratações de TI 1 8 7
Gerenciamento de Projetos 0 5 5
Seleção de Fornecedores de TI 1 8 7
Tabela 6.3
Exemplo de quadro Desenvolvimento de sistemas 2 3 1
de competências.
Vale destacar que as despesas com capacitação de pessoal devem ser classificadas como
custeio (BRASIL, 2012c).
Exercício de nivelamento 1 e
Ações de pessoal
Mesmo planejando ações de pessoal, a realização destas é muito difícil de acontecer nos
primeiros meses de implantação, pois os processos de seleção, remoção ou concursos não são
rápidos. O mesmo acontece com o desenvolvimento de competência por meio de capacitações.
Para contornar esse problema, o que deve ser feito em tempo de planejamento?
11 Restrições orçamentárias.
Neste processo, vamos responder a questão “Quanto custa?” da técnica 5W2H. Trata-se de
construir a viabilidade financeira do PDTI, deixando bem claro para a organização quanto vai
custar a realização das ações previstas no plano.
Para tanto, a equipe elabora dois documentos relativos ao orçamento necessário para
implantar o plano de TI: o plano de investimentos e custeio e a proposta orçamentária de TI.
107
Depois, a equipe faz a consolidação dos valores necessários do plano de metas e ações,
analisando se os recursos orçamentários identificados para uma ação podem ser comparti-
lhados com outras ações, bem como estabelecendo uma forma de agrupá-las e classificá-las
com o detalhamento adequado ao órgão (BRASIL, 2012b).
Para elaborar a proposta orçamentária, a equipe consolida, com base no plano de investi-
mentos e custeio, o valor necessário para a execução das ações planejadas, agrupando-os
por (BRASIL, 2012b):
Pode ser necessário revisar necessidades priorizadas e o plano de metas e ações em função
das adequações e restrições orçamentárias observadas. Se os valores não forem suficientes,
a equipe deve comunicar os responsáveis para novo planejamento (BRASIL, 2012b).
Tabela 6.4
A Tabela 6.5 e a Tabela 6.6 exibem exemplos de plano de custeio e de investimento, respecti- Classificação das
vamente. A Tabela 6.7 é um exemplo de proposta orçamentária de TI. Todos os valores são despesas de TI do
fictícios e não servem como estimativas. Manual SIAFI.
108
Despesas com TI Custeio Investimento
Estagiários 3.3.3.90.36.07
109
Despesas de custeio Conta Descrição Valores estimados (em R$) Ações
Associadas
2014 2015
Tabela 6.5
Exemplo de
Plano de Custeio.
110
Valores estimados (em R$)
Despesas de Ações
Conta Descrição
investimento associadas
2014 2015
Tabela 6.6
Plano de
investimentos.
111
Exercício de fixação 1 e
Orçamento de TI
Como você percebe a gestão do orçamento de TI na sua organização? Há autonomia para
gestão? Há orçamento fixo para custeio? De onde se originam os investimentos?
11 Aquilo que não pode faltar para que uma ação seja realizada.
Os fatores críticos de sucesso (FCS) são aspectos nos quais a organização precisa ter
bons resultados para ser bem-sucedida. A TI pode fazer importantes contribuições para a
estratégia organizacional mediante o entendimento do negócio e de seus fatores críticos.
(FERNANDES; ABREU, 2012)
Por isso, a equipe identifica os fatores que devem necessariamente existir para que a
execução do PDTI tenha sucesso, registrando-os na minuta do PDTI.
Um FCS não é um problema, podendo ser um ponto forte da organização. Deve ser considerado
como FCS aquilo que não pode faltar para que uma ação seja realizada. Dinheiro, pessoas e
instalações, por exemplo, não devem ser considerados como fatores críticos de sucesso.
Exercício de fixação 2 e
Fatores críticos de sucesso
Que outros exemplos de fatores críticos de sucesso do PDTI você mencionaria?
Cite pelo menos três exemplos.
112
De posse de todos os planos elaborados nos processos anteriores, a equipe consolida a
minuta do PDTI, conforme o formato do modelo de referência.
Vale destacar que cada organização pode adaptar o modelo de referência às necessidades e
ao nível de maturidade de governança de sua instituição, podendo somá-lo a outros modelos
de mercado que considerem apropriado para a construção de seus PDTIs (BRASIL, 2012b).
Em seguida, a minuta do PDTI é submetida para a avaliação do Comitê de TI.
11 A compatibilidade orçamentário-financeira;
Uma vez aprovada a minuta do PDTI pelo Comitê de TI, este o encaminhará formalmente à
autoridade máxima da organização e agendará uma breve apresentação oral dessa minuta.
“São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclu-
sive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamen-
tárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.”
Por conta disso, uma vez aprovado e assinado pela autoridade máxima, o PDTI deve ser
publicado na Intranet e o resumo do PDTI deve ser publicado no Diário Oficial da União.
113
O resumo do PDTI poderá conter informações sobre a aprovação interna do documento no
órgão (com a data), a indicação do instrumento normativo que aprovou o PDTI, e do que
designou o comitê de elaboração, a abrangência e o período de validade do PDTI. É impor-
tante que contenha a referência ao site onde pode ser encontrada a versão final aprovada
do documento (BRASIL, 2012b).
Elaboração de PDTI
114
Roteiro de Atividades 6
Neste roteiro, para elaborar a minuta do PDTI , utilize o modelo de referência do PDTI,
constante no apêndice B (ver página 145).
Registre todas as atividades a seguir no plano de gestão de pessoas, constante na minuta do PDTI.
3. Planeje ações para obter pessoas ou desenvolver competências, visando reduzir a dife-
rença entre os quantitativos desejado e atual;
11 Uma conclusão.
115
Apêndice
A) Modelo de Plano de Trabalho do PDTI
1. Objetivos
2. Justificativa
3. Benefícios esperados
4. Abrangência
O presente plano abrange toda a universidade, composta pela reitoria e Centros Acadêmicos
de Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe e Surubim.
5. Premissas e restrições
A equipe de elaboração, definida pela Portaria UFAPE Nº 56, de 22 de agosto de 2013 é a seguinte:
7. Partes interessadas
116
8. Método de elaboração
ID Documento de referência
DR3
DR4
DR5
DR6
DR7
DR8
DR9
DR10
P01
P02
P03
P04
P05
P06
P07
P08
P09
Capítulo 6 - Roteiro de Atividades 6
P10
117
Diretriz Descrição Fonte
D02
D03
D04
11. Cronograma
118
B) Modelo de Referência do PDTI UFAPE – 2014/15
1. Introdução
Objetivos:
Justificativa:
Benefícios esperados:
Abrangência do PDTI:
O presente plano abrange toda a universidade, composta pela reitoria e Centros Acadêmicos
de Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe e Surubim.
2. Método de elaboração
3. Documentos de referência
ID Documento de referência
DR3
DR4
DR5
Capítulo 6 - Roteiro de Atividades 6
DR6
DR7
DR8
DR9
DR10
119
4. Princípios e diretrizes
P02
P03
P04
P05
P06
P07
P08
P09
P10
D02
D03
D04
D05
D06
D07
D08
NIT
Vice-Diretoria Secretaria
Elaboração de PDTI
120
6. Resultados do PDTI em execução
7. Inventário de Necessidades
N001 Cumprimento
de princípios
e diretrizes
N002 Cumprimento
de princípios
e diretrizes
N003 Cumprimento
de princípios
e diretrizes
N004 Avaliação do
PDTI 2012/13
N005 Avaliação do
PDTI 2012/13
N006 Avaliação do
PDTI 2012/13
N007 Avaliação do
PDTI 2012/13
N008 Organização
de TI
N009 Organização
de TI
N010 Organização
de TI
N011 Organização
de TI
Capítulo 6 - Roteiro de Atividades 6
N012 Informação
N013 Informação
121
ID Descrição Tipo Objetivos Necessidade G U T GUT
estratégicos prioritária
associados
N014 Informação
N015 Informação
N016 Serviços
N017 Serviços
N019 Serviços
N020 Serviços
N021 Infraestrutura
N022 Infraestrutura
N023 Infraestrutura
N024 Infraestrutura
N025 Pessoal
N026 Pessoal
N027 Pessoal
N028 Pessoal
N029 Contratação
N030 Contratação
N031 Contratação
N032 Contratação
Elaboração de PDTI
122
8. Plano de metas e de ações
N001
N002
N003
M01
M02
Planejamento de ações
M01 A001
A002
A003
A004
Capítulo 6 - Roteiro de Atividades 6
A005
123
Meta Descrição da meta Ação Descrição da ação Responsável
M02 A010
A011
A012
A013
A014
Descrição
Ação Prazo Recursos Humanos Recursos orçamentários (R$)
da ação
A001
A002
A003
A004
A005
A010
A011
A012
A013
A014
Elaboração de PDTI
124
9. Plano de Gestão de Pessoas
A100
A101
A102
A103
A104
Quadro de pessoal
Cargo Quantitativo
Quadro de competências
Competências Quantitativo
125
10. Plano orçamentário de TI
Plano de custeio
2014 2015
Locação 3.3.3.90.39.11
de software
Consultoria em TI 3.3.3.90.35.04
Hospedagem 3.3.3.90.39.30
de sistema
Comunicação 3.3.3.90.39.97
de dados
Estagiários 3.3.3.90.36.07
Total
126
Plano de investimentos
Valores estimados
Despesas de (em R$)
Conta Descrição Ações associadas
investimento
2014 2015
Consultoria 3.4.4.90.35.04
em TI
Total
Proposta orçamentária
Custeio
Investimento
Total geral
FCS Descrição
Capítulo 6 - Roteiro de Atividades 6
FCS01
FCS02
FCS03
FCS04
127
12. Monitoramento, controle e revisão do PDTI
13. Conclusão
14. Anexos
Elaboração de PDTI
128
Bibliografia
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2271.htm>.
Acesso em: 24 ago. 2012.
129
11 BRASIL. Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre
a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a
Reforma Administrativa e dá outras providências. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1967. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0200.htm>.
Acesso em: 24 ago. 2012.
130
11 BRASIL. Guia Referencial para Medição de Desempenho na Administra-
ção Pública. Brasília: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
Secretaria de Gestão, 2009. Disponível em: <http://www.gespublica.gov.br/
Tecnologias/pasta.2010-05-24.1806203210/guia_indicadores_jun2010.pdf>.
Acesso em: 27 ago. 2013.
131
11 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. [S.l.]:
Elsevier Brasil, 2003.
11 GIACOMONI, James. Orçamento público. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
132
11 PANT, Somendra; HSU, Cheng. An integrated framework for strategic
information systems planning and development. Information Resources
Management Journal (IRMJ), v. 12, n. 1, p. 15–25, 1999.
11 STEINER, George Albert. Top management planning. New York: Macmillan, 1969.
11 WARD, John; PEPPARD, Joe. Strategic planning for information systems. 3rd
ed ed. Chichester, West Sussex, England ; New York: J. Wiley, 2002. (Wiley
series in information systems).
Bibliografia
133
Elaboração de PDTI
134
Fábio Gomes Barros É mestre em
Gestão do Conhecimento e da Tecnolo-
gia da Informação (TI) pela Universidade
Católica de Brasília (2013).
É também especialista em Telemática
(2002) e Gestão de Projetos (2007),
ambas pela Universidade Federal de
Pernambuco. Graduado em Engenharia Eletrônica pela
Universidade de Pernambuco (1999). Atualmente é Analista
em Tecnologia da Informação do Ministério da Integração
Nacional e docente da Escola Nacional de Administração
Pública (ENAP) e da Escola Superior de Redes (ESR) da Rede
Nacional de Pesquisa (RNP). Tem experiência na áreas de
Telecomunicações e Tecnologia da Informação, com ênfase
em Gestão e Governança de TI. Possui as certificações PMP
(Project Management Professional) concedida pelo Project
Management Institute e COBIT 5 Foundation pelo ISACA.
O curso desenvolve competências para elaboração de um
Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI), a partir
da apresentação da metodologia e boas práticas, permi-
LIVRO DE APOIO AO CURSO
ISBN 978-85-63630-38-4
9 788563 630384