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ESCOLA DE DIREITO

MEIOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

ALESSANDRO MEILE COSTA

APLICAÇÃO DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR DENTRO DA MEDIAÇÃO


BRASILEIRA.

PROFESSORA: ERICA OLIVEIRA CAVALCANTI

PAULISTA/PE
2021.3
ALESSANDRO MEILE COSTA

APLICAÇÃO DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR DENTRO DA MEDIAÇÃO


BRASILEIRA.’

Trabalho apresentado ao Centro Universitário dos


Guararapes (UniFG) atividade substitutiva da aula da
disciplina Meios Adequados de Resolução de Conflitos,
seguindo as diretrizes em vigor da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), sob a Orientação da
Professora Erica Oliveira Cavalcanti.

PAULISTA/PE
2021.3
APLICAÇÃO DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR DENTRO DA MEDIAÇÃO
BRASILEIRA.

A família é a base fundamental onde se ergue o individuo como pessoa moral de toda a
sociedade brasileira. A família tem o papel fundamental em dar ao ser humano toda a primeira e
principal guia de seus preceitos, não obstante no pequeno grupo doméstico inicia-se as
experiência da vida em favor ou não da construção de uma sociedade equilibrada. Em razão
disso, toda vez que a família se conflita ou se enfraquece a sociedade experimenta conflitos,
abalada nas suas estruturas.
A constelação familiar visa diagnosticar problemas encobertos e muitas vezes até cegos
para os indivíduos dentre de um grupo familiar. Transtornos, traumas e insatisfações que tomam
mentes e corações dos seres humanos, muitas vezes não tem causas fundadas, aturdidos entre os
tormentos, muitos passam anos para entender qual o seu real problema enquanto que outros não
conseguem,são ineficientes para olhar atrás da dinâmica dos problemas que parecem sem
solução.
No ato de mediar, explicando as partes o real problema é onde entra a constelação
familiar. Muitos indivíduos são imaturos em relação aos compromissos do lar, esquecendo do
dever em relação à família,e sem rumo conflitam os entes queridos sem perceber o problema.
Caberia ao mediador explicação sobre o problema e com o uso da ferramenta da Constelacao
Familiar faria sua aplicação na mediação.
Existe uma imensa margem de casos onde seria possível seu uso dentro da mediação,
pois abrange um universo de comportamento humano do lado psicológico bem vasto. Seu custo
porem deve ser calculado, pois, não apenas a pessoa do mediador e das partes estarão envolvidas
no processo, contudo seus efeitos positivos já foram comprovados por profissionais de diferentes
áreas.
Tendo em vista os avanços da ciência e da tecnologia, ao lado das contínuas revoluções
sociopsicológicas, a família moderna está buscando parâmetros de equilíbrio para sobreviver aos
fenômenos do caos de natureza moral que se alastra por toda parte, em tentativas infrutíferas de
extingui la. Confundindo libertinagem com liberdade e agressão com renovação, muitos
indivíduos vêm-se tornando ícones da infância e da juventude, que desconsideram, em referência
à formação moral, propondo todo tipo de concessão, sem levar em conta os fatores psicológicos
de entendimento e de responsabilidade que nelas vigem, em torno dos comportamentos e
realizações.
Os pais estão se transformando em meros mantenedores econômicos da família, tiram-
lhes a autoridade moral, gerando o falso conceito de liberdade plena e auto-satisfação contínua,
assim desenvolvendo o conceito doentio de direitos sem correspondentes deveres. Por sua vez,
muitos pais, desejosos de fugir às responsabilidades que os filhos impõem naturalmente, adotam
o mesmo estilo de conduta, deixando de educá-los, sob a alegação da necessidade de não os
oprimir, porque não sabem colocar limites entre o que é possível ceder e deve ser concedido, em
relação ao que devem, mas não podem ou podem, mas não devem oferecer. Esse mecanismo
faculta-lhes a permissividade que um educador não tem condições de absorver, naufragando,
desde cedo, nos abusos de toda ordem, com prejuízo da futura realização moral, social,
profissional e doméstica.
No processo sociológico da evolução, a família deveria estar se modificando, buscando
estruturar-se em processos de nobreza moral, de respeito dos pais pelos filhos e reciprocamente,
assim como de maior intimidade entre todos, no que resultam valores de afetividade mais
profunda, sem necessidade de qualquer recurso punitivo, quando se erra, ou compensatório,
quando se acerta.

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