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Comunicação:
O primeiro passo para lidares da melhor maneira com a endometriose no
trabalho seria falares sobre a doença ao teu empregador e ou colegas.
No entanto, falar sobre endometriose com colegas de trabalho ou chefias pode
ser difícil, especialmente porque é uma condição do sistema reprodutor
feminino e tem sintomas que incluem dor pélvica crónica e períodos
dolorosos. Não precisas partilhar informações sobre a tua condição se não
quiseres, e o que quer que decidas partilhar depende de ti. No entanto, abrir
linhas de comunicação com um colega de trabalho de confiança pode ser útil
para teres alguém que te irá entender e apoiar quando precisares fazer uma
pausa ou estiveres a ter um dia difícil. Também pode ajudar às pessoas à tua
volta a apoiar-te melhor ou ajudar a entender por que podes não estar no teu
melhor em alguns dias.
Pode ser mais difícil falar com um supervisor sobre a tua condição do que com
uma colega de trabalho, no entanto, às vezes pode ser necessário falares com
o teu supervisor, pois ele pode ser o único que pode decretar mudanças que te
ajudem e tentarem delinear juntos um plano de acção. O ideal será conseguir-
se equilibrar nesse plano a tua saúde física, saúde psicológica, e a situação
financeira. No entanto nesse plano não podes descurar que continues a
trabalhar de uma maneira que não te prejudique, continuar a fazer o teu
trabalho, e que esse plano seja também justo perante os outros trabalhadores.
Escala de tarefas:
Estar preparada
Faz pausas
Ainda que estejas no trabalho não podes descurar o teu bem-estar, e isso inclui
a tua alimentação. Trata-se de alimentar um corpo que está constantemente a
usar energia para combater a inflamação. Alimenta-te com fibras, frutas,
vegetais e gorduras saudáveis. Bebe água e toma vitaminas, diminui o
consumo de cafeína e álcool.
Ter "direitos imaginários" ou "obrigações imaginárias" cria muito ressentimento
no ambiente de trabalho, por isso vale a pena falar sobre o que existe na lei
sobre este assunto.
são permanentes;
causam incapacidade ou deficiências residuais;
têm origem em alterações patológicas irreversíveis e/ou exigem uma
formação especial do doente para a reabilitação;
requerem longos períodos de supervisão, observação ou cuidados.
asma;
diabetes;
cancro;
doenças cardiovasculares;
doença pulmonar obstrutiva crónica;
doenças reumáticas;
visão;
obesidade.
E podemos ou não usufruir então deste estatuto? Por não se encontrar listada,
e por ser uma doença da qual ainda há tanta desinformação, infelizmente
deverá ser difícil usufruir do mesmo. Não tenho conhecimento. Onde
poderemos ter melhor sorte será com um atestado multiusos do qual falarei a
seguir.
Outros apoios
Quando a doença crónica evolui para uma situação de incapacidade que
impeça a pessoa de desempenhar a sua atividade profissional, entramos
numa situação de invalidez. Aqui poderá haver direito à Proteção Especial na
Invalidez.
Este apoio tem como objetivo proteger o cidadão numa situação de
incapacidade permanente para o trabalho com prognóstico de perda de
autonomia. Tal inclui:
Atestado Multiusos
Milhares de portugueses sofrem acidentes ou têm doenças graves e não
sabem que podem pedir um Atestado de Incapacidade Multiuso. Se ficares
com alguma incapacidade tem muitas vantagens e benefícios, mesmo que já
estejas reformada ou dependente de terceiros.
Benefícios:
- menor retenção na fonte no salário
- direito a quotas de emprego na Administração Pública
- vagas nas Universidades
- apoios do IEFP no emprego
- prioridade no atendimento em todo o lado.
CAPÍTULO XII
Órgãos de Reprodução
A) Aparelho genital feminino Introdução –
Neste capítulo são apenas abrangidos: vulva, vagina, útero, trompas-de-falópio
e ovários.
Na atribuição de um coeficiente de desvalorização tem de se ter em linha de
conta a contribuição do órgão para a função reprodutora e ou sexual,
ponderando o passado obstétrico e ginecológico da mulher na idade fértil,
quando as lesões ou as disfunções impedirem a reprodução ou a satisfação
sexual, as incapacidades encontradas serão multiplicadas pelo factor 1,5.
1- Vulva e vagina: Na vagina são de considerar as lacerações que causem
alterações de sensibilidade com prejuízo ou dificuldade no coito e as
estenoses que impeçam o coito ou o parto por via vaginal. Deformidade
da vulva e vagina, sem alterações do clítoris e que não requerem
tratamento continuado, com relações sexuais possíveis e com
possibilidade de parto vaginal
2- Útero: No útero há duas partes a valorizar: o colo e o corpo
a. No colo há que considerar as lesões que originam:
i. Estenoses que prejudiquem ou impeçam a drenagem do
fluxo menstrual;
ii. Incompetências cérvico-ístmicas que necessitam de
correcção cirúrgica para viabilizar uma gravidez;
iii. Perdas parciais ou totais do colo;
b. O corpo do útero é fundamental para a reprodução. Como tal, há
que atender que a sua perda origina esterilidade e que as
cicatrizes do mesmo podem comprometer o futuro obstétrico da
mulher.
i. As sinéquias uterinas resultantes de curetagem também
são objecto de desvalorização, caso não exista
possibilidade de tratamento.
3- Trompas-de-falópio: Nestas há que considerar as obstruções uni ou
bilaterais e as salpingectomias uni ou bilaterais que tenham resultado de
traumatismo.
4- Ovários: A ooforectomia bilateral origina, além da esterilidade, a
menopausa precoce, que prejudica a curto e a longo prazo a vida da
mulher. A disfunção ovária, pode ter graves consequências: o
hiperestrogenismo, resultante da anovulação, e aumento da incidência
da patologia do endométrio.
5- Mamas: As lesões mamárias que originam deformidade ou alteração da
superfície prejudicam estética e psiquicamente a mulher. No coeficiente
de desvalorização há ainda a considerar o factor do aleitamento, se a
mulher se encontrar em idade fértil.
Legislação:
https://dre.pt/web/guest/legislacao-
consolidada/-/lc/108165886/201803021649/diplomaExpandido