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Reginaldo Santos.
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Índice

1- uma breve história dos sons musicais...........................................................................3


2- a música e seus elementos............................................................................................5
3 instrumentos harmônicos e melódicos...........................................................................7
4 conhecendo o vilão........................................................................................................ 9
5- Notas musicais..............................................................................................................11
6- cordas do violão............................................................................................................12
7- Afinando o violão...........................................................................................................13
8- Acordes...........................................................................................................................16
9- Ritmos de batidas...........................................................................................................18
10- Acordes maiores e menores com 7...............................................................................19
11- Sequências harmônicas.................................................................................................23
12 Ritmo de rock..................................................................................................................24
13 Batida Sertaneja.............................................................................................................31
14 Reggae.............................................................................................................................32
15 Axé...................................................................................................................................34
16 Balada..............................................................................................................................36
17 Dedilhado.........................................................................................................................41
18- Como são formados os acordes.....................................................................................44
19- Acordes diminutos, meio diminutos, 7+ e 5+.................................................................48
20- Sistema 5 ( CAGED).........................................................................................................56
21- Bossa nova, Samba e Baião.............................................................................................61
22- Tabela de digitação.........................................................................................................64
23- Tablatura.........................................................................................................................65
24- Campo harmônico...........................................................................................................74
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Acordes sustenidos e bemóis com 7


maiores
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Acordes sustenidos e bemóis com 7


Menores
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Como formamos os acordes?


Acordes maiores
Os acordes são formados a partir de uma escala, escala esse que pertence
à tonalidade de uma música, essa escala obedece à determinados
intervalos a partir de uma tônica, a tônica será a primeira nota do tom em
questão, como exemplo para criarmos a escala maior de dó, (C),
seguiremos a partir dessa nota dó até chegarmos na próxima nota dó,
subindo a determinados intervalos.
Exemplo:
Sempre
I ao II 1 tom
II ao III 1 tom
III ao IV ½ tom
IV ao V 1 tom
V ao VI 1 tom
VI ao VII 1tom
VII ao VIII ½ tom

Sendo assim a escala de dó ( C ) ficaria da seguinte forma:

DÓ RÉ MÍ FÁ SOL LÁ SÍ DÓ
Tom tom ½ tom tom tom tom ½ tom.

A partir daqui para compreendermos a formação do acorde de dó maior,


pegaremos a primeira terceira e quinta nota desta escala, assim, estará
pronto o acorde triádico de dó ( C ). (dó, mí, sol).

A partir desse conhecimento você já poderá criar os acordes nas demais


tonalidades, como exercício, escolha a tônica do tom desejado e veja quais
notas comporão a tríade.
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Vejamos mais um exemplo agora em sol maior ( G).

SOL LÁ SÍ DÓ RÉ MÍ FÁ# SOL


Tom tom ½ tom tom tom tom ½ tom.

Veja que nesta nova escala, a nota Fá ganhou o sinal de # (sustenido), isso
aconteceu para ajustar a distância de um tom necessário da sexta para a
sétima nota e ao mesmo tempo o intervalo de meio tom da sétima para a
oitava. Assim sendo o acorde de sol maior (G), seria composto com as notas
( Sol, Sí, Ré).
Os intervalos das notas dos acordes maiores serão sempre ( da primeira
para a terceira de dois tons, que também pode ser chamado de terça maior,
o intervalo da terça para a quinta será de um tom e meio, chamado de terça
menor, você pode observar que essa nota Ré, pode ser medida a partir da
primeira nota, nesse caso eu a chamarei de quinta justa, com o intervalo de
três tons e meio)
Acordes menores e diminutos
Para entendermos a formação dos acordes menores usaremos como base
também, as escalas referentes ao tom que estamos trabalhando, a escala
menor, terá uma outra formação em relação aos intervalos que ela tem de
uma nota à outra de sua escala,
Sempre
I ao II 1 tom
II ao III ½ tom
III ao IV 1 tom
IV ao V 1 tom
V ao VI ½ tom
VI ao VII 1tom
VII ao VIII 1 tom
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Tomemos como exemplo a tonalidade de Am.

LÁ SÍ DÓ RÉ MÍ FÁ SOL LÁ
Tom ½ tom tom tom ½tom tom ½ tom.

A partir daqui ao tomarmos as notas de formação do acorde triádico menor,


as notas seriam Am = (Lá, Dó, Mí) observe agora que diferentemente do
acorde maior o intervalo formado da primeira nota para a terceira é de um
tom e meio, ou seja, uma terça menor, enquanto que da terceira nota para a
quinta o intervalo passa a ser uma terça maior que tem dois tons como
intervalo, se for pensar nessa quinta nota ( Mí) em relação à tônica nós
continuaremos com uma quinta justa.

Se você observar bem, a escala menor surge ao abaixarmos a terceira nota


em meio tom, quando fizermos também a redução em meio tom na quinta
nota dessa escala menor, teremos os acordes diminutos que será composto
com duas terças menores, ( uma terça menor da tônica para a terceira, e
outra terça menor da terceira para a quinta, essa quinta por ter descido
meio tom, passa a ser chamado de quinta diminuta)
Exemplo:
A° = ( Lá, Dó, Míb).

Acordes em tétrades

Os acordes até aqui estudados são os chamados triádicos, eles possuem três
notas em sua formação, já vimos mais no inicio acordes com mais de três
notas, nos os chamamos de tétrades, exemplos C7, E7... mas de onde isso
vem?
Essas notas são simplesmente notas da escala, no caso do C7, além das três
notas do acorde, esta inclusa ae também, a sétima nota, (essa nota7 ae, ela
é menor, isso porque ela está meio tom abaixo daquela que aparece na
escala, confira lá que ela é a nota Sí, como foi abaixada e meio tom ela passa
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a ser a nota Síb, caso na façamos essa alteração o acorde com essa sétima
será chamado de acorde com sétima maior e será assim anotado: C7+
No caso do acorde diminuto se pegarmos a sétima menor, como fizemos no
C7 teremos o acorde chamado meio diminuto, esse por sua vez é uma
tétrade, ou seja acorde formado também com quatro sons.
Acordes aumentados

É importante falarmos aqui dos acordes aumentados, mas de onde vem esse
termo?
Pois bem, ao formarmos a escala menor, dessa mesma escala
encontraremos mais duas na mesma tonalidade, são essas as escalas
menores harmônicas e melódicas, são alterações que ocorrem nelas para
que tenham determinadas qualidades, uma delas é a alteração feita na
quinta nota da escala melódica, isso para corrigir uma alteração também
foram feitas na escala harmônica,
Enfim as alterações seria as seguintes, da escala menor pura, fazemos a
elevação da sétima nota em meio tom acima para que haja o intervalo de
meio tom da sétima para a oitava dando origem a escala menor harmônica,
depois de feito isso, passa a existir o intervalo de um tom e meio da sexta
para a sétima nota, e para corrigir isso a sexta nota vai ser alterada em meio
tom acima, dando origem a escala menor melódica.
A partir disso as escalas tem o poder de formar um acorde a partir de cada
nota, a partir da determinada nota do acorde pegaremos um terça e uma
quinta acima, por essa razão encontraremos acordes com a quinta alterada
em meio tom acima, sendo assim teremos acordes de quinta aumentada que
serão assim escritos ( C5+) as notas serão ( Dó, Mí, Sol#)

Com essa pequena demonstração teorica aqui apresentada, você poderá


compreender os demais sons que podem acontecer nos acordes, na internet
e em aplicativos encontraremos desenhos de todas as formas de acordes.
Aqui apresentarei os que basicamente foram comentados até aqui.
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Vejamos agora os desenhos dos acordes diminutos, meio


diminutos e com 7+ e Aumentados 5+.

Diminutos naturais:
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Diminutos cromáticos:
50

Acordes meio diminutos naturais:


51

Meio diminutos cromáticos:


52

Acordes naturais com 7+


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Acordes cromáticos com 7+


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Acordes de 5+
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Acordes cromáticos de 5+
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Falaremos agora sobre mais alguns ritmos:


Bossa Nova
Usaremos o ritmo meio dedilhado com bordões e primas
A A A
M M M
I I I
P P

Parabéns pra você


G7+ D
Parabéns pra você,
G7+ Dm C7+ Am7 D7 G7+
nesta data querida, muitas felicidade muitos anos de vida.

Ritmo de samba:
A A A
M M M
I I I
P P P P
Maravilha Raça negra

[Intro] E G#m A B7

E G#m
Foi bom te encontrar
A B7
Foi bom te conhecer
E G#m
Procurava alguém assim
A B7
Eu vou amar você
A G#m
O seu lindo sorriso
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F#m E
Me faz muito feliz
A G#m
Você é o que eu preciso
F#m B
É tudo que eu sempre quis
E G#m
Maravilha, nossas vidas
A B7
Você e eu que bom amar
E G#m
Maravilha, nossas vidas
A B7
Meu coração é o seu lugar
E G#m
Eu quero ouvir tua voz
A B7
Em cada amanhecer
E G#m
Viver ao lado seu
A B7
E ver a vida acontecer
A G#m
Você é um sonho lindo
F#m E
Que eu gosto de sonhar
A G#m
É o meu paraíso
F#m B7
Pra sempre vou te amar

Ritmo de baião
Para o ritmo de baião usaremos os símbolos P(polegar) e ↓

PP ↓

Asa Branca Luiz gonzaga

G C
Quando olhei a terra ardendo
G D G
Qual fogueira de São João
G C
Eu perguntei a Deus do céu, ai
D G
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Por que tamanha judiação

G C
Que braseiro, que fornalha
G D G
Nem um pé de plantação
G C
Por falta d'água perdi meu gado
D G
Morreu de sede, meu alazão
G C
Por falta d'água perdi meu gado
D G
Morreu de sede, meu alazão

G C
Até mesmo a Asa Branca
G D G
Bateu asas do sertão
G C
Então eu disse: Adeus, Rosinha
D G
Guarda contigo meu coração
G C
Então eu disse: Adeus, Rosinha
D G
Guarda contigo meu coração

G C
Hoje longe, muitas léguas
G D G
Numa triste solidão
G C
Espero a chuva cair de novo
D G
Pra eu voltar pro meu sertão
G C
Espero a chuva cair de novo
D G
Pra eu voltar pro meu sertão

G C
Quando o verde dos teus olhos
G D G
Se espalhar na plantação
G C
Eu te asseguro: não chores, não, viu?
D
Que eu voltarei, viu?
G
Meu coração
G C
Eu te asseguro: não chores, não, viu?
D
Que eu voltarei, viu?
G
Meu coração
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Tabelas de digitação:
Vamos agora entender a tabela de digitação, essas tabelas servirão para dar
agilidade aos dedos ao executarmos um trecho melódico:
Esses exercícios serão executados em um ritmo bem lento e aos poucos
vamos aumentando a velocidade em que serão executadas as digitações.
Essas digitações serão executadas nas três regiões do braço do violão

Tabela de digitação N°1


1 2 2 1 3 1 4 1
1 3 2 3 3 2 4 2
1 4 2 4 3 4 4 3

Tabela de digitação N° 2
1 2 3 2 1 3 3 1 2 4 1 2
1 2 4 2 1 4 3 1 4 4 1 3
1 3 2 2 3 1 3 2 1 4 2 1
1 3 4 2 3 4 3 2 4 4 2 3
1 4 2 2 4 1 3 4 1 4 3 1
1 4 3 2 4 3 3 4 2 4 3 2

Tabela de digitação N° 3

1 2 3 4 2 1 3 4 3 1 2 4 4 1 2 3
1 2 4 3 2 1 4 3 3 1 4 2 4 1 3 2
1 3 2 4 2 3 1 4 3 2 1 4 4 2 1 3
1 3 4 2 2 3 4 1 3 2 4 1 4 2 3 1
1 4 2 3 2 4 1 2 3 4 1 2 4 3 1 2
1 4 3 2 2 4 3 1 3 4 2 1 4 3 2 1
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Introdução à tablatura
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Símbolos
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Campo harmônico
Toda música possui uma tonalidade, e cada tonalidade tem seus possíveis
acordes, e, esses possíveis acordes nada mais é do que o campo harmônico
Por exemplo:
Escala de C C, D, E, F, G, A, B, C
A partir do momento que temos uma sequência de notas podemos numerá-
las da seguinte forma:

Sempre
I ao II 1 tom
II ao III 1 tom
III ao IV ½ tom
IV ao V 1 tom
V ao VI 1 tom
VI ao VII 1tom
VII ao VIII ½ tom

Sendo assim a escala de dó ( C ) ficaria da seguinte forma:

DÓ RÉ MÍ FÁ SOL LÁ SÍ DÓ
Tom tom ½ tom tom tom tom ½ tom.

Dessa forma partindo deste princípio o restante de todas as outras escalas


devem obedecer essa mesma distância de uma nota para outra, motivo esse
que a partir da tonalidade de ré (D) teremos que fazer alterações em algumas
notas para ajustar as distância exigidas para a escala.

É sempre importante lembrar que nota é somente um som, enquanto acorde


é a junção de várias notas, formando assim uma harmonia.
É sempre intervalos de terças a partir da nota dada:
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Exemplo do acorde de C:

C = ( dó, mí, sol) observe que se você executar ao mesmo tempo essas três
notas soaremos o acorde de C, essas notas devem ser as mesmas usadas para
formar a escala do C, enfim sempre pegaremos a primeira, terceira e quinta
nota da escala.
Você pode observar que quando formamos a escala de D encontramos duas
alterações #, neste caso o acorde de ré ficaria da seguinte forma:
D= ( ré, fá#, lá) pois essas são respectivamente as primeira, terceira e quinta
nota dessa escala.

A partir disso, se voltarmos lá na escala de dó e pegarmos todas as notas e


fazer o mesmo processo de pegar a terceira e a quinta a partir da nota
escolhida, encontraremos o restante dos acordes do determinado campo
harmônico.

Com isso observaremos que vamos encontrar acordes maiores e menores,


mas enfim, o que diferencia um acorde maior de um acorde menor?
Nada mais é do que a distância de uma nota para outra exemplo:

Acorde maior:
Da primeira nota para a terceira temos a distância de dois tons, e da terceira
para a quinta a distância será de um tom e meio.

C (dó maior)

Dó Mí Sol
I III V
Dois tons um tom e ½
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Com o acorde menor acontecerá o inverso:


Da primeira nota para a terceira será um tom e meio, e da terceira para a
quinta a distância será de dois tons.

Dm (ré menor)

Ré Fá Lá
I III V
Um tom e ½ dois tons

A partir da escala maior formada, formaremos os acordes que cada nota vai
gerar, os acordes ficarão da seguinte forma

I maior
II menor
III menor
IV maior
V maior 7
VI menor
VII meio diminuto

Obs: os acordes 7 e meio diminuto são tétrades, ou seja, eles são compostos
por quatro notas e não somente três como os triádicos, eles são completados
colocando se uma terça a mais a partir da última nota que formamos no
acorde, no caso uma terça acima da quinta.
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Dessa forma o campo harmônico maior ficaria da seguinte forma:


Exemplo em C:
C, Dm, Em, F, G, Am, Bm7(b5)
Como exercício procure encontrar o campo harmônico maior das outras
tonalidades.
Cada tonalidade maior tem sua correspondente menor relativa, ou seja, será
a tonalidade menor que usará as mesmas notas da escala maior, mas
começando da sexta nota e terminando em sua oitava, sendo assim o tom
menor relativo de dó ( C ), será Am, consequentemente.

Para cifrarmos uma música, esses acordes do campo harmônico serão usados
de forma a obedecer as atrações que a melodia pedirá em relação à função
de cada acorde, as funções dos acordes está presente no estudo da harmonia
funcional e modal, esse assunto por sua vez requer um estudo mais
aprofundado em harmonia, mas uma vez que se pratique, com o tempo
poderemos nos familiarizar com as sequências mais usadas, facilitando
assim o poder de rearmonizar.

Vimos que a escala menor passa por alterações que a transforma em menor
harmônica e menor melódica, devido a isso acontece a geração de variados
acordes para o campo harmônico menor, mas podemos observar que existem
aqueles mais usados, fazendo essa combinação o campo harmônico menor
ficará com a seguinte identidade:

Exemplo em Am:
Am, Bm7(b5), C/ C(#5), Dm, Em/E7, F, G/G#°

Como exercício você poderá transportar essa tonalidade para todas as outras,
brinque com essa ideia tentando cifrar suas músicas preferidas. É importante
saber que algumas músicas, dependendo da melodia precisarão buscar
acordes emprestados de outros campos harmônicos.
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