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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo

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Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi


Gestão 2014-2015

Seminário A reprodução total ou parcial,


bem como a reprodução de
apostilas a partir desta obra
intelectual, de qualquer forma
ou por qualquer meio eletrônico
ou mecânico, inclusive através
de processos xerográficos, de
Capacitação em fotocópias e de gravação,
somente poderá ocorrer com a
permissão expressa do seu
Contabilidade Autor (Lei n.º 9610/1998).

TODOS OS DIREITOS

Aplicada ao Setor RESERVADOS:


É PROIBIDA A REPRODUÇÃO
TOTAL OU PARCIAL DESTA
APOSTILA, DE QUALQUER
Público FORMA OU POR QUALQUER
MEIO.
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
ARTIGO 184.

Elaborado por:
Marcos Vinicio Bilancieri
Valmor Slomski
Valmir Leôncio da Silva
Paulo Roberto Galvão
Setembro 2015
O conteúdo desta apostila é de inteira
responsabilidade do autor (a).

REALIZAÇÃO APOIO
Transparência e
Acesso à Informação

PALESTRANTE: Marcos Vinicio Bilancieri

 O que é transparência?
 O que é Acesso à Informação?
 O que fazer ?
 Por que fazer ?
 Como fazer ?

Lei de Acesso à Informação


A LAI NO MUNDO
Precursores
‐ Mundo: Suécia (1766).
‐ América Latina: Colômbia (1888).
‐ Já existe em 90 países.

Implantação
‐ Brasil: 2011 ‐ prazo de 6 meses para
validade.
‐ Reino Unido: prazo de 5 anos.
‐ EUA e Chile: prazo de 2 anos.

Lei de Acesso à Informação

MARCO LEGAL

2012
2011
2009 Lei Lei
PL de 12.527 12.527
2006 Acesso à publicaçã vigência
Portais de Informaç o (16/05)
2004 Transparêncião
a dos Estados Decreto
Portal da e Municípios Municipa
Transparência l
nº XXXX
(XX/XX)
Lei de Acesso à Informação
LEGISLAÇÃO 
INSTRUMENTOS LEGAIS

• Constituição Federal (Arts. 5º, incisos


XIV e XXXIII; 37, § 3º, inciso II e 216, § 2º)

• Lei Complementar 101/00 (Arts.


9º,§4º, 48, 48-A e 49)

• Lei Complementar n.º 131/09


• Decreto nº 7.185/10 (Regulamenta a
L.C. 131/09)

• Lei nº 12.527/11 (Lei de Acesso à


Informação)

• Decreto nº 7.724/12 (Regulamenta a Lei


nº 12.527/11)
Lei de Acesso à Informação

Previsão na CF:

art. 5º:

“XXXIII - todos têm direito a


receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo
ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas
cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do
Estado;”
LEI COMPLEMENTAR 101/00
 Artigo 9º, §4º
 Audiências Públicas de
Avaliação das Metas Fiscais

 Artigos 48, 48-A e 49


 Instrumentos de
transparência

Lei de Acesso à Informação

LEI COMPLEMENTAR 101/00

Artigo 48
 Instrumentos de
transparência
 Planos, Orçamentos, LDO
 Prestação de Contas
 Parecer Prévio
 RREO e RGF
 Versões simplificadas desses
documentos

Lei de Acesso à Informação


LEI COMPLEMENTAR 101/00

Artigo 48, Parágrafo Único


(Incluído pela LC 131/09)
 Instrumentos de transparência
 Incentivo à participação popular
 Realização de audiências públicas nas
fases de elaboração e aprovação
 Informações à sociedade, em tempo
real, da execução orçamentária e
financeira
 sistema integrado de administração
financeira com padrão mínimo de
qualidade
Lei de Acesso à Informação

LEI COMPLEMENTAR 131/09

Artigo 48–A (Incluído pela LC 131/09)


 Instrumentos de transparência
 Informação disponível e irrestrita:
 Da execução da despesa: nº processo,
bem/serviço, credor, procedimento
licitatório.
 Da receita: Lançamento e recebimento da
receita, inclusive as extraordinárias.

Artigo 49
 Prestação de Contas disponível durante todo
o exercício
Lei de Acesso à Informação
Lei nº 12.527 – Lei de acesso à Informação
 Aplicabilidade
 Quem deve cumprir a Lei de Acesso às Informações: Entidades Públicas e
Privadas que recebam recursos públicos;
 Vigência: A partir de 16 de maio de 2012;
 Regra geral: A transparência; o sigilo, exceção;
 Fonte: Produzidas pela entidade ou custodiadas.

 Conteúdo mínimo
 Programas, ações, projetos;
 Resultados de inspeções, auditorias, prestação e tomada de contas;
 Organograma, endereços, telefones, horário de atendimento;
 Repasses ou transferências de recursos financeiros;
 Receitas e Despesas
 Licitações e contratos
 Perguntas e Respostas mais frequentes
Lei de Acesso à Informação

Pilares para cultura de acesso à


informação:
Processo Servidor Efetividade
Público Cumprir
de Diálogo e da
preparado a Lei
estruturação Lei

Superar
Cultura Conscien Aprimorar
os Implantar
do Sigilo tizar
processos sistemas
e criar a e
Cultura capacitar de gestão eletrônicos
de da
Acesso informação
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE MÁXIMA

 Publicidade como preceito geral e


sigilo como exceção.

 Quando não for possível acesso integral


à informação, fica assegurado acesso à
parte não sigilosa (certidão, extrato,
cópia com ocultação da parte sigilosa).

 É direito do cidadão ser orientado


sobre os procedimentos de consecução
de acesso, bem como o local onde
poderá ser encontrada ou obtida a
informação.

Lei de Acesso à Informação

MUDANÇA DE PARADIGMA

REGRA
TRANSPARÊNCIA

EXCEÇÃO
SIGILO

Lei de Acesso à Informação


O Acesso à Informação é um
Direito Universal

A Declaração Universal dos Direitos


Humanos (1948), adotada pela ONU
prevê no Artigo 19:

“Todos têm direito a liberdade de


opinião e de expressão; este direito
inclui a liberdade de expressar opiniões
sem interferência e de buscar, receber e
transmitir informações e idéias por
quaisquer meios e sem limitações de
fronteiras”

ABRANGÊNCIA
 administração direta e indireta de
todos os poderes e todos os entes
federativos.

 entidades privadas sem fins


lucrativos que recebam recursos
públicos.

Lei de Acesso à Informação


Definições: O que é
Informação?

 Dados, processados ou não, que


podem ser utilizados para produção
e transmissão de conhecimento;

 Em qualquer meio, suporte ou


formato: escrita, sonora, visual,
audiovisual, etc;

 É sinônimo de poder: quanto mais


se sabe sobre um assunto, maior é a
capacidade de influenciar
acontecimentos e pessoas.

Informação Sigilosa
• É uma informação
pública submetida
temporariamente à restrição de
acesso em razão da
segurança da sociedade e do
Estado;
Qual é a Importância do Acesso à
Informação?
Participação ativa
da sociedade nas
ações
governamentais

Democracia Prevenção
mais da
eficiente Corrupção

Respeito aos Fortalecimento Melhoria do


direitos da Gestão processo
fundamentais Pública decisório

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

1) Internet: Portal de Acesso à


Informação

2) Presencial: Serviço de
Informação ao Cidadão.

Lei de Acesso à Informação


ESTRUTURA NECESSÁRIA

 implantação dos Serviços de


Informação ao Cidadão (SIC) em
todos os órgãos e entidades públicas.

 designação de autoridade que


assegurará o cumprimento da Lei em
cada órgão e entidade.

Lei de Acesso à Informação

MODALIDADES
DE ACESSO À
INFORMAÇÃO

Transparência Transparência
Ativa: Passiva:
Divulgação de Divulgação de
informações por informações
iniciativa do setor em
público, atendimento às
independente de solicitações da
solicitação sociedade.
Modalidades de  ACESSO à
Informação
ç

cóp
ia

INFORMAÇÃO NA
TRANSPARÊNCIA PASSIVA

FLUXO

PRAZO
PEDIDO DE RESPOSTA
• imediatamente ;ou
INFORMAÇÃO • 20 dias (pror. +10)
FORMULÁRIO DE 
REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES
Preenchimento
Obrigatório

1) Nome
2) Endereço
3) Email
4) RG

Lei de Acesso à Informação

SIGILO E NOVA LÓGICA AO ACESSO


À INFORMAÇÃO:

ACESSO à As
informação EXCEÇÕES
pública é a devem ser
REGRA, e o definidas e
sigilo é exceção fundamentadas
Diretrizes da LAI
Publicidade é
base e
Sigilo é
exceção

Controle Divulgação
Social da independe de
administração solicitação
pública

Desenvolvimento Utilização de
da Cultura de
Transparência tecnologias da
informação

Dever do Estado – Acesso à Informação

Linguagem de fácil
compreensão

Garantir o direito
de acesso à
informação

Rapidez e Transparência e
agilidade clareza
DEVER DO ESTADO ‐ SIC

Criação de serviço de informações ao cidadão (SIC)


para atendimento ao solicitante (art. 9º).

Objetivos do SIC:

atender e orientar o público quanto ao acesso a


informações;

informar sobre a tramitação de documentos nas suas


respectivas unidades;

protocolizar documentos e requerimentos de acesso a


informações.

conceder o acesso imediato à informação disponível

DIREITO DO SOLICITANTE :
OBTER
Orientação
sobre Informações
procedimentos públicas
para acesso a primárias,
informação, e íntegras,
local da autênticas e
informação atualizadas

registros ou Também
documentos decorrentes
dos órgãos de vínculo
ou entidades com órgãos
ou entidades
DIREITO DO SOLICITANTE

atividades exercidas pelos órgãos e entidades,


inclusive sobre
política, organização e serviços

administração do patrimônio público, utilização de


recursos públicos, licitação, contratos administrativos

resultado de inspeções, auditorias, prestações e


tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle
interno e externo, incluindo prestações de contas relativas
a exercícios anteriores.

implementação, acompanhamento e resultados dos


programas, projetos e ações dos órgãos e entidades
públicas, bem como metas e indicadores propostos

UTILIZAÇÃO DA
INTERNET

Art. 10, § 2º - Os órgãos e entidades do poder


público devem viabilizar alternativa de
encaminhamento de pedidos de acesso por meio de
seus sítios oficiais na internet.

Encaminhamento
de pedido On-Line:

Sistema de
E-mail Formulário
gerenciamento
(e-SIC).
eletrônico
OBRIGAÇÕES MÍNIMAS DE
DIVULGAÇÃO
I ‐ registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones
das respectivas unidades e horários de atendimento ao público;
II ‐ registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;
III ‐ registros das despesas;
IV ‐ informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os
respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos
celebrados;
V ‐ dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e
obras de órgãos e entidades;
VI ‐ respostas a perguntas mais frequentes da sociedade
VII ‐ Serviços e informações públicas; e
VIII ‐ Servidores Públicos.

Lei de Acesso à Informação

QUEM PODE SOLICITAR A


INFORMAÇÃO ? Art. 10

Menor de idade?

Estrangeiro?

Pessoa sem título de eleitor?

Pessoa sem quitação com a justiça eleitoral?

Pessoa sem certificado de reservista?

Pessoa sem comprovante de residência?


IDENTIFICAÇÃO DO DEMANDANTE – art.
10, §1º

É PRECISO QUE IDENTIFICAÇÃO DO


SOLICITANTE ?

PORÉM...

A identificação não pode


conter exigências que
inviabilizem a
solicitação.

O INTERESSADO .... –
art. 10, §3º
DEVE EXPLICAR O MOTIVO DE
SUA SOLICITAÇÃO?
DEVE DIZER O QUE FARÁ COM A
INFORMAÇÃO OBTIDA?

DEVE SE COMPROMETER A
UTILIZAR AS
INFORMAÇÕES PARA OS
FINS DECLARADOS?
PRAZOS

É dever do Estado oferecer imediatamente as


informações disponíveis. Para as demais, a Lei
estipula o prazo para resposta de 20 (vinte) dias
corridos, prorrogáveis por mais 10 (dez), desde que
justificada.

OS PRAZOS SÃO
CONTADOS EM DIAS
CORRIDOS,
NÃO EM DIAS ÚTEIS!

RECURSO À DECISÃO
G Ó C SSO
DENEGATÓRIA DE ACESSO

• Competência exclusiva da autoridade


máxima do órgão.

• Casos possíveis:
I ‐ informação classificada como ultrassecreta,
secreta ou reservada;

II ‐ informações pessoais relativas à


intimidade, vida privada, honra e imagem,
bem como aquelas que puserem em risco as
liberdades e garantias individuais;
Lei de Acesso à Informação
?
POSSO NEGAR A INFORMAÇÃO ?

Art. 14 ‐ É direito do requerente 


obter o inteiro teor de decisão
de negativa de acesso, por
certidão ou cópia.

RECURSO À DECISÃO
DENEGATÓRIA DE ACESSO

 Casos possíveis (cont):

III – demais hipóteses legais de sigilo, segredo


de justiça, segredo industrial decorrentes da
exploração direta de atividade econômica
pelo Estado ou por pessoa física ou entidade
privada que tenha qualquer vínculo com o
poder público;

IV – informação não for de atribuição estadual.

Lei de Acesso à Informação


RECURSO À DECISÃO
DENEGATÓRIA DE ACESSO

• Requerente deve ser informado sobre a


possibilidade, os prazos e as condições
para a interposição de recurso.

• É direito do requerente obter o inteiro


teor da decisão negativa de acesso.

• Recurso administrativo à autoridade


superior à que proferiu a decisão
impugnada.

Lei de Acesso à Informação

Casos em que cabe recurso:

1- Negativa de acesso à
informação

2- Não motivação da negativa de


acesso

Art. 15, parágrafo único - Deve ser


dirigido à autoridade
hierarquicamente superior que terá 5
dias para responder.
COMO FUNCIONA O RECURSO?

1) O interessado pode pedir reexame da


decisão no prazo de 10 (dez) dias, a
contar da sua ciência.

2) O reexame será dirigido à autoridade


máxima do órgão ou entidade que exarou
a decisão impugnada, para deliberação,
no prazo de 10 (cinco) dias.

3) Após o reexame, mantida a decisão


impugnada, poderá o interessado
interpor, no prazo de 10 (dez) dias a
contar de sua ciência, recurso à
COMISSÃO.
Lei de Acesso à Informação

Podem ter Acesso às Informações Pessoais:

A pessoa à qual elas se referem;

Os agentes públicos legalmente autorizados;

Terceiros, mediante consentimento


expresso da pessoa à qual elas se referem;

Outras hipóteses previstas no art. 31, §3º.


É IMPORTANTE SABER:

As hipóteses previstas na LAI são


taxativas.
Isto é, não há como incluir novas
hipóteses na regulamentação
local. (art. 27)
INFORMAÇÕES
SIGILOSAS

PÚBLICA

Reservada
(5 anos)

Secreta (15
anos)

Ultra-
secreta
(25 anos)

POSSO COBRAR PELA INFORMAÇÃO ?

• O serviço de busca de fornecimento


de informações é gratuito, salvo
quando o custo da reprodução dos
documentos exceder o valor do
custo. (art. 12)

Lei de Acesso à Informação


Desafios na aplicação da LAI

Pedidos que constituem consultas, algumas


de caráter jurídico, reclamações, denúncias e
sugestões.

Pedidos descabidos que, uma vez negados,


são refeitos e apresentados como novos
pedidos em grau de recurso.

Busca de “correção de injustiças” por


meio da LAI.

O Poder Público tem obrigação de


fornecer informações relativas a:

Fiscalização ainda em andamento?

Processo de licença ainda em


análise?

Art. 7º, §3º ‐ O direito de acesso aos documentos


ou às informações neles contidas utilizados como
fundamento da tomada de decisão e do ato
administrativo será assegurado com a
edição do ato decisório respectivo.
É obrigatória a publicação da
remuneração de Servidores Públicos?

 Como informações da Transparência Ativa da LAI


não há essa exigência.
 No Poder Executivo Federal, a obrigatoriedade foi
estabelecida pelo Decreto nº 7.724/2012 – art. 7º, §3º, VI.
 Caberá às legislações locais estabelecer as normas
pertinentes a esse tema.

A divulgação de remuneração
de servidores estaria de acordo
com os princípios gerais da
LAI? Art. 8º, caput

Não havendo a publicação espontânea da


remuneração dos Servidores Públicos, há
obrigação do município em atender um
pedido de acesso que solicita a relação da
remuneração dos servidores?

O acesso só poderá ser negado quando:

Informação pessoal (art.31);


Hipóteses de sigilo previstas (art. 22);
Informação sigilosa, nos termos do art. 23;
Sendo
assim...
Rol mínimo de informações:
ç
 Competências e estrutura organizacional,
telefones e horários de atendimento ao público;
endereços e:
registros de repasses, transferências de recursos e registros
das despesas;

informações sobre procedimentos licitatórios, inclusive editais


e
Resultados e contratos celebrados;

dados para acompanhamento de programas, ações,


projetos e obras de órgãos e entidades;

Perguntas Frequentes:
respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

Regulamentando a LAI
Por que regulamentar a LAI no
município?

 Facilita o exercício do direito de acesso pelo


cidadão;

 Orienta os servidores públicos de como


proceder para atender um pedido de acesso
dentro do prazo e requisitos legais.

 Evita problemas jurídicos contra o


município.

O QUE REGULAMENTAR NO
MUNICÍPIO?

Serviço de
Orientação ao Regras para
Cidadão (SIC) Recurso

Monitoramento
Classificação
Boa
Prát
ica
da LAI de Sigilo


NOVOS DESAFIOS NA ADM PÚBLICA 
PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA LAI?

Mudança Recursos
cultural (cultura tecnológicos
do sigilo) compatíveis

Recursos Recursos
financeiros e humanos
orçamentários disponíveis

Gestão
documental
apropriada

Como começar: 1º passo

 Elaborar Regulamento por Lei ou Decreto


Deve prever:
 funcionamento do SIC;
 regras para recurso;
 monitoramento da Lei (boa prática);
 regras para classificação e sigilo;
 Tratamento de informações pessoais
 Responsabilização de agentes públicos.
Deve conter: ((art. 8º))

1) Competências, estrutura organizacional, endereços e


telefones das unidades e horário de atendimento ao público;
2) Repasses ou transferências de recursos financeiros;
3) Despesas e demais receitas;
4) Procedimentos licitatórios, inclusive editais e resultados, e os
contratos celebrados;
5) Descrição dos principais programas, ações, projetos e obras,
com informações sobre sua execução, metas e indicadores
de fácil compreensão;
6) Perguntas frequentes da sociedade (FAQ).

Exemplos práticos: .........

Pergunta: E o Legislativo ?
Fontes:
 Lei Complementar 131/09 (Lei da
Transparência)
Lei Federal 12.527/11 (Lei de Acesso
à Informação
Lei Complementar 101/00 (LRF)
Constituição Federal
Controladoria Geral da União
Decretos, Sites e outras legislações

Muito obrigado!
Custos no Setor Público

PALESTRANTE: Valmor Slomski

A Contabilidade no Setor Público


 1 Ativo
◦ 1.1 Ativo Circulante
◦ 1.2 Ativo Não Circulante

 2. Passivo
◦ 2.1 Passivo Circulante
◦ 2.2 Passivo Não Circulante

 3. Patrimônio Líquido
◦ 3.1 Saldo Patrimonial

 4. Contas de Resultado Patrimonial


◦ 4.1 Variações Patrimoniais Ativas
◦ 4.2 Variações Patrimoniais Passivas
◦ 4.3 Resultado Patrimonial do Exercício

 5. Receita Orçamentária (Execução)

 6. Despesa Orçamentária (Execução)


SISTEMA CONTÁBIL

SUBSISTEMA  ORÇAMENTÁRIO SUBSISTEMA  FINANCEIRO‐PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE

PASSIVO NÃO
CIRCULANTE
RECEITA DESPESA ATIVO NÃO
CIRCULANTE
ORÇAMENTÁRIA ORÇAMENTÁRIA PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
(execução) (execução)
CONTAS DE RESULTADO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ATIVAS


Resultantes da Execução Orçamentária
(-) Mutações Patrimoniais Passivas
(+)
Independentes da Execução Orçamentária

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS PASSIVAS


Resultantes da Execução Orçamentária
(-) Mutações Patrimoniais Ativas
Independentes da Execução Orçamentária (-)

RESULTADO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO (=)

SISTEMAS ESTRUTURANTES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SISTEMA CONTÁBIL SISTEMAS DE GESTÃO PÚBLICA OU DE CONTROLE ANALÍTICO 

Subsistema Financeiro-patrimonial Subsistema de Planejamento Governamental

Subsistema Orçamentário Subsistema de Gestão Financeira

Subsistema de Informação de Custos


Subsistema de Controle de Ativos e Passivos Contingentes

Subsistema de Controle de Créditos Tributários e Não Tributários

Subsistema de Controle de Estoques

Subsistema de Controle da Dívida Fundada

Subsistema de Controle do Patrimônio

Subsistema de Gestão de Compras

Subsistema de Gestão de Pessoas

Subsistema de Gestão do Cadastro Geral de Cidadãos


A Contabilidade de Custos
A Contabilidade de Custos é um
conhecimento relativamente recente,
tendo seu início com a Revolução
Industrial, diferente da Contabilidade, que
é milenar.

Entretanto, sua aplicação na administração


pública é um assunto novo e encontra-se,
ainda, em sua fase “embrionária”.

A Contabilidade de Custos
No Brasil, com a Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei
Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 – no
inciso IV, parágrafo 3º do Art. 50 diz textualmente
que

“A Administração Pública manterá sistema


de custos que permita a avaliação e o
acompanhamento da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial”
Tornando obrigatório este tema e, assim, despertando o
interesse de profissionais de contabilidade, de
pesquisadores e de gestores públicos.
A Contabilidade de Custos
 E, para contribuir com essa tarefa o Conselho
Federal de Contabilidade editou a

◦ NBC T 16.11 – Subsistema de Informação de Custos


no Setor Público que estabelece a conceituação, o
objeto, os objetivos e as regras básicas para
mensuração e evidenciação dos custos no setor
público.

 Como vimos, o Subsistema de Informação de


Custos é um dos sistemas de gestão pública
ou de controle analítico que tem como função
mensurar e reportar os custos dos serviços
públicos.

Conceitos Básicos
 Objeto de custeio é a unidade que se deseja
mensurar e avaliar os custos.

 Apropriação do custo é o reconhecimento do


gasto de determinado objeto de custeio
previamente definido.

 Sistema de acumulação corresponde à forma


como os custos são acumulados e apropriados
aos bens e serviços e outros objetos de custeio e
está relacionado ao fluxo físico e real da
produção.
◦ Os sistemas de acumulação de custos no setor público
ocorrem por ordem de serviço ou produção e de forma
contínua.
Conceitos Básicos
 Método de custeio se refere à forma de
apropriação de custos e está associado ao
processo de identificação e associação do
custo ao objeto de custeio.

◦ Os principais métodos de custeio são:


 direto;
 variável;
 por absorção;
 por atividade;
 pleno.

Conceitos Básicos
 Custeio direto é o método de custeio que
apropria todos os custos – fixos e
variáveis aos objetos de custeio sem
qualquer tipo de rateio.

◦ Custo fixo é o que não é influenciado pelo


volume de produção, mantendo seu valor
constante em intervalo de tempo.

◦ Custo variável é o que tem seu valor
determinado e diretamente relacionado com a
oscilação de um fator de custos estabelecido na
produção e execução dos serviços.
Escopo
 Sem escopo não se farão custos de produtos
ou serviços.

 É como sair em uma viagem sem destino.

◦ Se o escopo for formação de estoque, é necessário


que sejam observadas as normas de Contabilidade
e a legislação vigente.

◦ Se o escopo for a tomada de decisões, a estrutura


de contabilidade de custos será outra e não será
necessário que se observem tais normas e nem a
legislação, pois este tem o objetivo de orientar
decisões, no âmbito interno da entidade.

Critério de Avaliação dos Materiais


 A norma NBC-TSP 12 trata de estoques e os define da
seguinte maneira:

◦ “Estoques são ativos:


 na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo
de produção;
 na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
empregados na prestação de serviços;

 Apesar de a norma de Estoques trazer a possibilidade de


valoração de estoques pelo uso dos critérios:
◦ (PEPS) Primeiro que Entra é o Primeiro a Sai ou do
◦ (CMP) Custo Médio Ponderado, entende-se que se deva utilizar o
CMP, dado que já existe uma tradição no Brasil, em sua utilização
desde a promulgação da Lei 4.320, de 17 de março de 1964.
Encargos Sociais sobre a Mão de Obra
 Entende-se que quando se for proceder ao
cálculo do custo de produtos ou serviços,
no setor público, deve-se fazer a inclusão
dos encargos sociais sobre a mão de obra
aplicada na sua produção, com
apropriação mensal em provisões
◦ de 13º Salário,
◦ de Férias e
◦ dos Encargos Sociais sobre o 13º Salário e
Férias.

Depreciação do Imobilizado
 Para fins do Sistema de Informação de
Custos, destaca-se o subgrupo de Bens de
Uso Especial.

◦ É neste grupo que são registrados os bens


(móveis e imóveis) utilizados para a prestação
de serviços públicos e que comporão o custo
dos serviços, via depreciação, que para a IFAC:

“Depreciação é a alocação
sistemática do valor depreciável
de ativos durante sua vida útil.”
Entidade
Exemplo do Livro: Manual de Contabilidade Pública

Fundação Lar do Adolescente

Secretaria Ação Social
Fundação Lar do Adolescente

Unidade 22 - Marajó

Objetos de Custeio / Serviços Prestados:


•Atendimento Inicial
•Internação Provisória
Detalhamento do Objeto de Custeio:
Atendimento Inicial
• Hotelaria
• Atenção Básica à Saúde
• Atenção Básica à Educação
• Segurança e Disciplina

Internação Provisória
• Hotelaria
• Atenção Integral à Saúde
• Atenção Integral à Educação
• Segurança e Disciplina

Elementos de Despesa
Despesas Orçamentárias – FLA – Unidade 22 – Marajó

Mês de Janeiro 2012


Código Título Empenhado Liquidado Pago A Pagar
31.90.11 Vencimentos e Vantagens Fixas 67.854,00 67.854,00 67.854,00 -
31.90.13 Obrigações Patronais 27.267,57 27.267,57 - 27.267,57
33.90.30 Material de Consumo 25.984,00 21.875,00 12.548,00 9.327,00
33.90.39 Outros Serviços de Terceiros - PJ 13.245,00 13.245,00 - 13.245,00
44.90.51 Obras e Instalações - - - -
44.90.52 Equipamentos e Material Permanente 7.845,00 7.845,00 - 7.845,00
Total no Mês 142.195,57 138.086,57 80.402,00 57.684,57

Desse modo, uma vez conhecidos:


 o escopo,

 os critérios de avaliação dos materiais


(estoques – consumo interno)

 o método de custeio;

 o montante de materiais consumidos – via


Subsistema de Gestão de Estoques;

 os gastos com pessoal e obrigações


patronais/encargos sociais – via Subsistema
de Gestão de Pessoas;
Desse modo, uma vez conhecidos:
 a depreciação dos bens (imobilizado –
bens de uso especial) utilizados na
produção do objeto de custeio – via
Subsistema de Controle do Patrimônio;

 o volume de serviços prestados (objeto de


custeio) – via Cadastro Geral de Cidadãos;

◦ Pode-se iniciar o processo de mensuração do


custo do objeto de custeio, com a separação de
custos, receita e despesas de período.

UNIDADE ADMINISTRATIVA: Fundação Lar do Adolescente – Unidade 22 - Marajó

RECURSOS DESPESAS DE
CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO CONSUMIDOS RECEITA IRRF PERÍODO CUSTOS

(A) (B) (C) (D) (E) (F)


6.5331.90.11 V encimentos e V antagens Fixas – Pessoal Civil 67.854,00 - 4.924,00 - 2.613,26 60.316,74
6.5331.90.13 Obrigações Patronais 27.267,57 -- 871,09 26.396,48
6.5333.90.39 Outros Serviços de Terceiros – PJ 13.245,00 -- 662,25 12.582,75
1.1411.00.00 Almoxarifado - Estoque Para Uso Interno 44.946,00 -- 685,25 44.260,75
1.2312.80.00 Depreciação de Bens de Uso Especial 2.624,79 -- 59,55 2.565,24
TOTAL DOS CUSTOS INCORRIDOS.........................................R$ 155.937,36
TOTAL DAS RECEITAS INCORRIDAS....................................................................R$ -4.924,00
TOTAL DAS DESPESAS DE PERÍODO INCORRIDAS .......................................................................R$ -4.891,40
TOTAL DOS CUSTOS INCORRIDOS...............................................................................................................................R$ 146.122,96
Estoque Consumido – FLA – Unidade 22 – Marajó

Mês de Janeiro 2012


Atendimento Inicial Internação Provisória Administrativo
HOT ABS ABE SD HOT AIS AIE SD Diretoria Local Total
9.898,75 1.280,00 348 352 28.745,00 2.354,00 798 485 685,25 44.946,00

Depreciação – FLA – Unidade 22 – Marajó

Valor Valor Valor.


Discriminação Valor $ Residual Residual Depreciável Vida Útil em Meses Depreciação
Bens Móveis 87.454,00 0% 0 87.454,00 60 1.457,57
Bens Imóveis 285.135,20 75% 210.101,40 70.033,80 60 1.167,23
Depreciação Total no Mês 2.624,80
Objeto de custeio é a
unidade que se deseja
mensurar e avaliar os
custos.

•Atendimento Inicial
•Internação Provisória

Objeto de Custeio

Fundação Lar do Adolescente - Unidade 22


Mês de Janeiro 2012
Atendimento Inicial
Serviço s P restado s P esso al M . C o nsumo OST - P J D epreciação T o tal

H o telaria HOT 14.123,31 9.898,75 3.311,25 656,19 27.989,50

A tenção B ásica Saúde ABS 3.495,10 1.280,00 132,45 26,25 4.933,80

tenção B ásica Educação ABE 6.171,79 348,00 264,9 26,25 6.810,94

Segurança e D isciplina SD 13.898,71 352,00 662,25 26,25 14.939,21

Total 37.688,91 11.878,75 4.370,85 734,94 54.673,45


Objeto de Custeio

Fundação Lar do Adolescente - Unidade 22


Mês de Janeiro 2012
Internação Provisória
Serviço s P restado s P esso al M . C o nsumo OST - P J D epreciação T o tal

Ho t elaria HOT 8.886,89 28.745,00 6.357,60 1.699,06 45.688,55

A t enção Int eg ral Saúd e AIS 7.552,77 2.354,00 397,35 52,50 10.356,62

A t enção Int eg ral Ed ucação AIE 8.571,13 798,00 264,9 52,50 9.686,53

Seg urança e D iscip lina SD 24.013,50 485,00 1.192,05 26,25 25.716,80

T o tal 49.024,29 32.382,00 8.211,90 1.830,31 91.448,50

Custo Total Unidade 22 - Marajó

Fundação Lar do Adolescente - Unidade 22


Mês de Janeiro 2012
Serviços P restados Pessoal M. Consumo OST - PJ Depreciação Total
Atendimento Inicial 37.688,91 11.878,75 4.370,85 734,94 54.673,45
Internação P rovisória 49.024,29 32.382,00 8.211,90 1.830,31 91.448,50
Custo Total - Unidade 22 86.713,20 44.260,75 12.582,75 2.565,25 146.121,95
Outro Objetos de Custeio na Unidade 22 - Marajó

Fundação Lar do Adolecente ‐ Unidade 22
Mês de Janeiro de 2012
Objeto de Custeio Número  Custo Total Custo Unitário
Custo Vaga 40                  146.122,96                  3.653,0740
Custo Dia 31                  146.122,96                  4.713,6439
Custo Diária ( HOT + S/D) TOTAL 875                  114.334,10                     130,6675
 
Custo (ABS + AIS) TOTAL 182                    15.290,42                       84,0133
 
Custo (ABE + AIE) TOTAL 59                    16.497,47                     279,6181
 

Resultado Econômico
• É de grande importância da mensuração do
custo de objetos de custeio.

• Contudo, se o custo não for comparado com


o preço de mercado (custo de
oportunidade) daquilo que foi produzido
internamente torna-o menos relevante.

• Assim, é premente que o custo apurado


deva ser confrontado com a Receita
Econômica para que o resultado econômico
seja conhecido.
Resultado Econômico
• Dessa maneira, quando o resultado for

• Lucro Econômico saber-se-á que aquilo que se está


produzindo internamente é bom do ponto de vista
econômico.

• Ou seja, a sociedade está tendo um duplo benefício,


além de usufruir o serviço público, também o faz com
ganho econômico.

• E, quando o resultado das ações evidenciar Prejuízo


Econômico

• o gestor verificará onde está a ineficiência e, ainda, se


deve manter o serviço internamente ou se deve
comprá-lo no mercado.

Resultado Econômico
 Receita Econômica
 A receita econômica é o valor apurado a partir de
benefícios gerados à sociedade pela ação pública,
obtido por meio da multiplicação da quantidade de
serviços prestados, bens ou produtos fornecidos,
pelo custo de oportunidade, custo estimado, custo
padrão, etc. Entende-se que a receita econômica é
a receita por competência, gerada a partir dos
serviços prestados para a sociedade.

 Custo de Oportunidade
 É o custo objetivamente mensurável da melhor
alternativa desprezada relacionado à escolha
adotada.
Receita Econômica – Atendimento Inicial

Fundação Lar do Adolescente - Unidade 22


Mês de Janeiro 2012
Atendimento Inicial
Custo de Receita
Serviços Prestados Número Oportunidade Econômica
Hotelaria + S/D Hot/SD 29 325 9.425,00
Atenção Básica Saúde ABS 19 75 1.425,00
Atenção Básica Educação ABE 19 450 8.550,00
Total 67 19.400,00

Receita Econômica – Internação Provisória

Fundação Lar do Adolescente - Unidade 22


Mês de Janeiro 2012
Internação Provisória
Custo de Receita
Serviços Prestados Número Oportunidade Econômica
Hotelaria + S/D Hot/SD 846 325 274.950,00
Atenção Integral Saúde AIS 163 180 29.340,00
Atenção Integral Educação AIE 40 925 37.000,00
Total 1.049 341.290,00
Demonstração do Resultado Econômico
 Produto de minha dissertação de Mestrado FEA/USP, 1996; -
Demonstração de Resultado Econômico em Entidades Públicas
– Uma proposta.

 A NBC T 16.11 diz que a Demonstração do Resultado


Econômico evidencia o resultado econômico de ações do setor
público e que deve ser elaborada considerando sua
interligação com o Subsistema de Informação de Custos e
apresentar na forma dedutiva, pelo menos, a seguinte
estrutura:

◦ (a) receita econômica dos serviços prestados dos bens ou


dos produtos fornecidos;

◦ (b) custos diretos identificados com a execução da ação


pública; e

◦ (c) resultado econômico apurado.

Estado de Tapajós
Secretaria de Ação Social
Fundação Lar do Adolescente
Unidade 22 ‐ Marajó
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO
Janeiro de 2012
Acumulado
Especificação No Mês Ano Anterior
Até o Mês
Receita Econômica 360.690,00 360.690,00 4.328.280,00

Atendimento Inicial 19.400,00 19.400,00 232.800,00

Internação Provisória 341.290,00 341.290,00 4.095.480,00

(‐) Custos Diretos (146.121,95) (146.121,95) (1.854.974,23)

Atendimento Inicial (54.673,45) (54.673,45) (741.989,70)

Internação Provisória (91.448,50) (91.448,50) (1.112.984,53)

Resultado Antes das


Despesas de Período (214.568,05) (214.568,05) 2.473.305,77
Direção Local 4.891,40 4.891,40 (72.374,57)
(=)Lucro Econômico 209.676,65 209.676,65 2.400.931,20
CRC-SP

A CONTABILIDADE COMO
INSTRUMENTO DE PRESTAÇÃO DE
CONTAS

PALESTRANTE: Valmir Leôncio da Silva

O livro: A Arte da Guerra

A) Desconheça o inimigo e a si mesmo e perderá.

B) Conheça só você mesmo e às vezes poderá ganhar.

C) Conheça o inimigo e a si mesmo e sempre ganhará.

Autor: Sun Tzu


REFORMA POLÍTICA

A Reforma Política é vista como solução para


combater a corrupção endêmica e acolher as
queixas dos eleitores e cidadãos acerca da recente
democracia brasileira.

REFORMA POLÍTICA

Governo, oposição, aliados e movimentos sociais,


todos são unânimes nesse discurso.

Porém cada um defende uma


proposta diferente
Manifestações pelo Brasil

- Diminuição do valor do transporte público.

- Melhoria na qualidade dos serviços prestados.

- Transparência nos atos da Administração.

E A TRANSPARÊNCIA ?

- Lei nº 12.527, de 18/11/2011 – Lei de Acesso a Informação

- LC 131/2009 - lei da Transparência


O que ninguém vê ??????

Ou não quer enxergar !

Lei 4.320/64

Pontos fortes

- Visão sistêmica da administração.

- Padronização de procedimentos.

- Prestação de contas

- Demonstra o que acontece na administração


Legislações complementares

- Decreto Lei 200/67

- Lei de Licitação e Contratos – Lei 8.666/93

- Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/00

- NBCASPs T16 – Resoluções do CFC

- Lei de Transparência – Lei 12.527/11

Lei 4.320/64 x Ciência da Contabilidade

- Uma despesa incorrida sem autorização orçamentária


deve ser registrada ?

- Por que não fazemos a contabilização das provisões de


férias e décimo terceiro, por exemplo ?

- Regime Misto x Regime de Competência.

- Por que vários bens públicos não estão contabilizados ?

- Os bens contabilizados refletem a realidade do


patrimônio da administração ?
Processo de Convergência

Fontes NBC TSP


MCASP
normativas (convergência e
adaptação à (implantação das
internacionais
realidade NBC TSP na
- IPSAS brasileira) Federação)

Nova Contabilidade Pública

Preocupação com o Patrimônio Público

12
A CONTABILIDADE  COMO  INSTRUMENTO  DE 
GESTÃO  INTERNACIONAL

“Processo de adoção de regras e


procedimentos contábeis sob uma
mesma base conceitual visando a
comparabilidade da situação
econômico-financeira de vários países
ou de entidades do setor público
nacionais e/ou internacionais.”

Estrutura das NBCASP T 16:


1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação
2 – Patrimônio e Sistemas Contábeis
3 – Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contábil
4 – Transações no Setor Público
5 – Registro Contábil
6 – Demonstrações Contábeis
7 – Consolidação das Demonstrações Contábeis
8 – Controle Interno
9 – Depreciação, Amortização e Exaustão
10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos
11- Custos
Objetivo da nova Contabilidade

‐ Dar meios ao controle social; 

‐ Cumprir integralmente a legislação vigente;

‐ Apoiar a tomada de decisão da administração; 

‐ Apoiar o processo de tomada e prestação de contas; 

‐ Compor os instrumentos de transparência da gestão fiscal; 

Balanço Patrimonial  
1 – Ativo 2 – Passivo

1.1 Ativo Circulante 2.1 Passivo Circulante


1.1.1 Disponível ..........................................................10 2.1.1 Depósitos......................................................20
1.1.2 Créditos em Circulação 2.1.1 ARO................................................................15
1.1.3 Bens e Valores em Circulação 2.1.2 Fornecedores (p)....................................245
1.1.4 Valores Pendentes a Curto Prazo Fornecedores (f).......................................20
1.1.5Investimentos dos RPP 300
1.1.6 Dívida Ativa..........................................................50 2.2 Passivo Não‐Circulante
60 2.2.1 Obrigações Exigíveis ............................. 30

1.2 – Ativo Não Circulante 2.3‐PatrimônioLíquido/Saldo


Patrimonial
1.2 Ativo Não‐Circulante 2.1 Patrimônio/Capital Social
1.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo 2.2 Reservas de Capital
Dívida Ativa.........................................................150 2.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial
1.2.2 Investimento 2.4 Reservas de Lucros
1.2.3 Imobilizado............................................................50 2.5 Ações em Tesouraria
1.2.4 Intangível 2.6 Resultados Acumulados.........................(70)
Total........................................................................260
Total....................................................260

Página 259 do livro


Balanço Orçamentário Balanço Orçamentário – nova estrutura
Previsão Previsão Receitas Saldo
Receita Orçamentária Inicial Atualizada Realizadas

(a) (b) c = b-a


CORRENTE 70 70 65 (5)
CAPITAL 80 90 100 10
---- ---- ---- ----
REFINANCIAMENTO

SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO 150 160 165 5


DÉFICIT ---- ---- ---- ----

TOTAL 150 160 165 5

SALDO DE EXERC. ---- ---- ---- ----


ANTERIORES (utilizado p/
créd.adicionais)

Superávit Financeiro ---- ---- ---- ----


Reabertura de créd.adicionais
TOTAL 150 160 165 5

Balanço Orçamentário
Dotação Dotação Despesas Despesas Despesas Saldo da
Despesa Inicial Atualizada Empenhadas Liquidadas Pagas Dotação
Orçamentária (d) (e) (f) (g) (h) i = e-f

CORRENTE 80 90 85 70 60 5
CAPITAL 70 70 60 50 50 10
SUBTOTAL 150 160 145 130 110 15

Amortização da
Dívida/ ---- ---- ---- ---- ----
Refinanciamento

SUBTOTAL 150 160 145 130 110 15

SUPERÁVIT -x- -x- 20 -x- -x- (20)

TOTAL 150 160 160 130 110 5


Exercício 1

QUESTÃO 01 ( ) Caso, no Balanço Financeiro, o saldo em espécie


para o exercício seguinte seja maior que o saldo em espécie do exercício
anterior, pode-se dizer que houve um Superávit Financeiro, fonte de abertura
de crédito adicionais.
QUESTÃO 02 – Com base nos dados abaixo
RECEITAS REALIZADAS DESPESAS EMPENHADAS
Receita Tributária – 300 Pessoal e Encargos Sociais – 200
Receita de Contribuições – 200 Juros e Encargos da Dívida – 100
Receita de Alienação de Bens – 50 Outras Despesas Correntes – 250
Receita de Operações de Crédito – 150 Amortização da Dívida – 100

Assinale a questão correta:


a. ( ) O result. orçamentário foi deficitário e o endividamento aumentou.
b. ( ) O result. orçamentário foi deficitário e o endividamento diminuiu.
c. ( ) O result. orçamentário foi superavitário e o endividamento diminuiu.
d. ( ) O res. orçamentário foi superavitário e o endividamento aumentou.

Continuação... exercício 1

Com base nos quadros a seguir, julgue:


BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
PREVISÃO PREVISÃO RECEITAS SALDO
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS INICIAL ATUALIZADA REALIZADAS
(a) (b) (a‐b)
RECEITAS 60.000,00 60.000,00 71.900,00 (11.900,00)
RECEITAS CORRENTES 35.000,00 35.000,00 42.400,00 (7.400,00)
RECEITA TRIBUTÁRIA 35.000,00 35.000,00 40.000,00 (5.000,00)
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES ‐ ‐ ‐ ‐
RECEITA PATRIMONIAL ‐ ‐ 350,00 (350,00)
RECEITA AGROPECUÁRIA ‐ ‐ 400,00 (400,00)
RECEITA INDUSTRIAL ‐ ‐ 400,00 (400,00)
RECEITA DE SERVIÇOS 1.250,00 (1.250,00)
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES ‐ ‐ ‐ ‐
OUTRAS RECEITAS CORRENTES ‐ ‐ ‐ ‐
RECEITAS DE CAPITAL 25.000,00 25.000,00 29.500,00 (4.500,00)
OPERAÇÕES DE CRÉDITO 15.500,00 15.500,00 15.500,00 ‐
ALIENAÇÃO DE BENS 9.500,00 9.500,00 14.000,00 (4.500,00)
AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS ‐ ‐ ‐ ‐
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL ‐ ‐ ‐ ‐
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL ‐ ‐ ‐ ‐
SUBTOTAL DAS RECEITAS (I) 60.000,00 60.000,00 71.900,00 (11.900,00)
OPERAÇÕES DE CRÉDITO ‐
REFINANCIAMENTO (II) ‐ ‐ ‐ ‐
SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (III) = (I + II) 60.000,00 60.000,00 71.900,00 (11.900,00)
DÉFICIT (IV) ‐ ‐ ‐ ‐
TOTAL (V) = (III + IV) 60.000,00 60.000,00 71.900,00 (11.900,00)
Continuação... exercício 1

BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
DOTAÇÃO DOTAÇÃO DESPESAS DESPESAS DESPESAS
SALDO
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS INICIAL ATUALIZADA EMPENHADAS LIQUIDADAS PAGAS
(d) (e) (f) (g) (h) (i)=(e-f)
DESPESAS 60.000,00 60.000,00 44.300,00 44.200,00 20.200,00 15.700,00
DESPESAS CORRENTES 6.000,00 6.000,00 300,00 200,00 200,00 5.700,00
Pessoal e Encargos Sociais 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 -
Juros e Encargos da Dívida
Outras Despesas Correntes 5.900,00 5.900,00 200,00 100,00 100,00 5.700,00
DESPESAS DE CAPITAL 54.000,00 54.000,00 44.000,00 44.000,00 20.000,00 10.000,00
Investimentos 54.000,00 54.000,00 44.000,00 44.000,00 20.000,00 10.000,00
RESERVA DE CONTINGÊNCIA
RESERVA DO RPPS
SUBTOTAL DAS DESPESAS (VI) 60.000,00 60.000,00 44.300,00 44.200,00 20.200,00 15.700,00
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA - - - - - -
REFINANCIAMENTO (VII)
Amortização da Dívida Interna
Amortização da Dívida Externa
SUBTOTAL COM REFINANC. 60.000,00 60.000,00 44.300,00 44.200,00 20.200,00 15.700,00
(VIII) = (VI + VII)
SUPERÁVIT (IX) - - 27.600,00 - - (27.200,00)
TOTAL (X) = (VIII + IX) 60.000,00 60.000,00 71.900,00 44.200,00 20.200,00 (11.500,00)

Continuação... exercício 1
QUESTÃO 03 – ( ) Para se identificar se houve economia na execução
da despesa, basta comparar as colunas e) “Dotação Atualizada” e f)
“Despesas empenhadas”.

QUESTÃO 04 – ( ) Os Balanço Orçamentário apresentado mostra que


a regra de ouro da CF/88 foi observada na execução orçamentária deste
ente.
QUESTÃO 05 – ( ) A coluna “Dotação Atualizada” é atualizada por
meio de um crédito adicional. Já a coluna “Previsão Atualizada” é atualizada,
por exemplo, sempre quando houver excesso de arrecadação.

QUESTÃO 06 – ( ) O Balanço Orçamentário em questão apresentou


superávit orçamentário decorrente tanto do excesso de arrecadação quanto
da economia de despesas.
QUESTÃO 07 – ( ) Por meio dos quadros apresentados, pode se
concluir que o valor dos Restos a Pagar não Processados e Processados é,
respectivamente, de R$ 24.000,00 e de R$ 100,00.
Continuação... exercício 1

8- O empenhamento de um material permanente gerará lançamentos


em quais demonstrativos contábeis:

R.

9- Segundo as normas de contabilidade, as demonstrações contábeis


devem conter quais identificações:

R.

10. ( ) O lançamento correto para se registrar o valor da receita a


realizar é débito de Receita a Realizar e crédito de Receita Fixada ?

11. ( ) É correto afirmar que os demonstrações contábeis e suas


versões simplificadas devem ser remetidas aos órgãos de controle
interno e externo e as associações e aos conselhos representativos ?

Continuação... exercício 1

12. ( ) Os registros contábeis devem ser realizados e as informações


devem ser apresentadas de modo a privilegiar interesses específicos e
particulares de agentes e/ou entidades ?
13. ( ) Os registros contábeis e as informações apresentadas devem
reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo
ser omitidas quaisquer partes do fato gerador ?

14. ( ) Os registros contábeis realizados e as informações


apresentadas devem possibilitar o reconhecimento das suas respectivas
validades.
15. ( ) Haverá 02 regimes contábeis para utilizarmos na contabilidade ?

16- Se uma Fundação Pública receber um automóvel em doação, deve


registrá-lo por meio de um débito em conta de................................ e a
crédito na conta de......................................

R.
EXERCÍCIO 2

Exercício 2
01. ( ) Os empenhos a liquidar compõem o Passivo Circulante, pois o seu
fato gerador já ocorreu.

02. ( ) Junto ao Balanço Patrimonial, na nova estrutura não é


contemplado as contas de compensação, visto que as mesmas não são
abrangidas pelas normas internacionais de contabilidade do setor público.

03. ( ) A Demonstração dos Fluxos de Caixa segrega os fluxos


operacionais entre orçamentários e extraorçamentários.

04. ( ) Os créditos de dívida ativa compõem o ativo não circulante de


acordo com a definição da Lei nº 4320/64 e, portanto, não são incluídos na
apuração do superávit financeiro.

05. ( ) Os restos a pagar processados compõem o Passivo Financeiro,


pelo fato de ser um componente da dívida fundada, conforme definição da Lei
nº 4320/64.
Exercício 2

06 ( V ) O Balanço Financeiro (BF) e a Demonstração dos Fluxos de Caixa


(DFC) apresentam os ingressos e desembolsos de determinado ente público
em certo exercício. Contudo, no BF, os depósitos de diversas origens são
contemplados, enquanto que na DFC não. Além disso, no BF são
apresentados conceitos orçamentários que não, necessariamente, guardem
relação com o caixa, enquanto que na DFC não.

07 . O empréstimo de bens a terceiros deve ser registrado pela contabilidade


( ) em caso positivo em qual subsistema ( ).

08. ( ) Quando da aquisição de materiais de consumo deve ser


reconhecido a Variação Patrimonial Diminutiva.

09. ( ) O patrimônio de uma entidade é composto ativo circulante, ativo


não circulante, ativo compensado, passivo circulante, passivo não circulante,
passivo compensado e patrimônio líquido.

Continuação... exercício 2

10.Momento 1. Empenho de R$ 100 mil, para aquisição de material de


consumo;
Momento 2. Chegada do material e entrega da NF pelo Fornecedor;
Momento 3. Liquidação e Pagamento de toda a operação;
Momento 4. Distribuição de ¼ do material de consumo;
Momento 5. Encerramento do exercício.

Determine:
a) O montante da despesa orçamentária:
b) O valor da variação patrimonial diminutiva:
11. ( ) Determinado gasto adicional, mesmo que represente melhoria
significativa em um ativo imobilizado, não deve ser integrado ao custo
desse ativo, mas reconhecido no resultado.

12. ( ) Um bem imóvel adquirido antes da implantação dos


procedimento de depreciação deverá sofrer ajuste contábil antes de
começar a ser depreciado.
Responsabilidades dos gestores públicos

Implantação de sistema de controle interno

- Monitoramento das ações governamentais

- Correção de eventuais irregularidades

- Orientação aos gestores

- Obrigatoriedade do controle interno municipal (art. 31, 70


e 74 da CF/88)

- NBCASP nº 08

controle interno municipal

O TCESP, com base na Constituição Federal, Lei de


Responsabilidade Fiscal e em conformidade com a Lei
Orgânica da Corte, está cobrando dos municípios paulistas
– prefeituras e câmaras municipais -, a implantação do
sistema próprio de controle interno das contas públicas. Por
meio do comunicado nº 32/2012.
“É necessário arregaçar as mangas hoje, se
quisermos ter um Brasil melhor para nossos
filhos amanhã.”

MUITO OBRIGADO !
Controle Interno Nos Municípios
– Uma Ferramenta de Apoio à Gestão.

PALESTRANTE: Paulo Roberto Galvão

Agenda:
• 1- Conceitos Gerais:

– Gestão;
– Sistemas;
– Fraude;
– Risco;
– Controle Interno;
– Porque se implantar um Controle Interno?
– Como se implantar um Controle Interno Efetivo, Eficiente e Eficaz?
– Vantagens de se implantar um Controle Interno:

• 2- Conceitos Específicos:

– Estrutura do Controle Interno;


– Atribuições do Controle Interno;
– Técnicas do Controle Interno;
– Mapa de Risco;
– Plano Anual de Atividades do Controle Interno - PAACI
Definição

• "Basicamente a controladoria é responsável


pelo sistema de informações contábil-
gerencial da empresa, e sua missão é
assegurar o resultado da companhia. Para
tanto ela deve atuar fortemente em todas as
etapas do processo de gestão da empresa,
sob pena de não exercer adequadamente sua
função de controle e reporte na correção do
planejamento."

3 • Fonte: Prof. Dr. Clóvis Luis Padoveze

• * Grifos do autor

A Tríade da Gestão

Planejamento

Gestão
Execução

Controle
Teoria de Sistemas

Bertalanffy, Biólogo Alemão- Entre 1950 e 1968

Conjunto de elementos inter-relacionados com um


objetivo comum.

Prof. Ms. Leonardo Fabris Lugoboni

Características de um sistema:

Elementos

Relação entre Elementos:

Objetivo comum:

Meio Ambiente:

6
Características de Sistemas

Exemplo: Empresa

Elementos: Controladoria; Compras, Estoque, Financeiro, Venda

Relação entre Elementos:


Só existe estoque se existir uma compra
Só tem contas a receber no financeiro se houver uma venda
Objetivo comum: Satisfazer as necessidades dos clientes com um
determinado produtos ou serviços, gerando lucratividade a empresa.

Meio Ambiente: Fornecedores, clientes, governo, mercado financeiro

8
Fraude

Fraude
Em direito penal, é o crime ou ofensa de
deliberadamente enganar outros com o propósito de
prejudicá-los, usualmente para obter propriedade ou
serviços dele ou dela injustamente.

Ação e/ou comportamento que, sendo desonesto e


ardiloso, tem a intenção de enganar ou ludibriar
alguém, de modo a não cumprir determinada obrigação
ou dever.

Ação de falsificar qualquer coisa (produtos,


documentos, marcas etc).
Risco

Risco
A definição mais genérica de risco é que este representa um valor,
estimado ou calculado, da probabilidade da ocorrência de um fato
ou da sua gravidade. Em outras palavras, risco pode ser
considerado como a probabilidade da ocorrência de um fato.
Podemos também definir risco como a volatilidade de resultados
inesperados, normalmente relacionada a possíveis perdas ou
impactos negativos.

Já a definição de gestão de risco pode ser entendida como o


processo de identificar, mensurar e controlar o impacto de
possíveis fatos denominados de risco. De forma geral, a gestão de
risco pode ser considerada como medidas para evitar, ou
antecipar, os impactos ou efeitos dos possíveis riscos.

Fonte: BOVESPA
Controle Interno

Controle Interno
O Controle Interno na sua concepção
mais abrangente, não se caracteriza
somente pelos procedimentos de
fiscalização orçamentária, financeira e
patrimonial, mas estende-se também, as
atividades de controle prévio ou
preventivo, de orientação e avaliação de
metas e alcance de resultados.
Reflexões:
• 1- Porque se implantar um Controle
Interno?

• 2- Como se implantar um Controle


Interno Efetivo, Eficiente e Eficaz?

• 3- Vantagens de se implantar um
Controle Interno:

Por que ser implantar um


Controle Interno?
• Questões legais:
• CF;
• LRF;
• Lei 8.666;
• Constituição do Estado de São Paulo;
• Comunicado SDG nº 32 TCE/SP;
• Lei da transparência;
• Lei de Acesso à Informação;
• Lei Anticorrupção;
• Lei da Ficha Limpa;
• Legislação municipal;
• NBC T 16.8 – CONTROLE INTERNO.
Por que ser implantar um
Controle Interno?

• Questões Administrativas:

• Monitoramento das Metas do Plano de Governo (prioridades);


• Monitoramento das Metas Fiscais;
• Gestão de Riscos, via monitoramento de Indicadores de Falha;
• Monitoramento do Processo de Gestão (Eficiência), dos Resultados
obtidos (Eficácia) e das realizações dos programas de Governo
(Efetividade);
• Acompanhamento da execução orçamentária em tempo real;
• Atender ao IEGM

Função de controle e reporte na


correção do planejamento
O Controle Interno aplicado à Gestão

• Princípios da Administração Pública;

• O Ambiente da Gestão Pública Municipal - A Gestão Pública


em Ação;

• Controle Interno - Estrutura


Plano de Programa
PPA LDO LOA Programas e Ações
Governo de Metas

Plano Plurianual
Fonte: Galvão, Paulo Roberto Lei de Diretrizes Orçamentárias

Lei do Orçamento Anual

21/24

Macro Ambiente de Gestão

Ambiente Técnico/Jurídico Ambiente Sócio/Político
LRF Necessidades ONG’S
CF Públicas
8666
4320
Opiniões
Públicas

Plano Programa
PPA LDO LOA Programas e Ações
de Governo de Metas

TCE
Oposição
Política
CV
MP Eleições Compromissos
Conselhos Políticos
Estrutura de um Departamento de Controle
Interno

Controlador
Geral

Assessoria Assessoria de Assessoria


Assessoria Jurídica Engenharia/Arquitetura
Contábil/Financeira Gestão

Por que ser implantar um


Controle Interno?

• Questões Políticas:

• Ser o responsável pela implantação do Controle Interno ou


tornar-se inelegível por ter as Contas reprovadas pelo TC;
• Fomentar a transparência e o acesso à informação;
• Implementar no Governo as boas práticas da gestão, via
processo de Governança Pública.
Como se implantar um
Controle Interno Efetivo,
Eficiente e Eficaz?

• A) Fazer um diagnóstico da situação atual:

• Reunião com os integrantes e responsáveis pelo CI atual;


• Aplicação de questionário estruturado;
• Análise das respostas dos questionários;
• Emissão de relatório de diagnóstico.

Como se implantar um
Controle Interno Efetivo,
Eficiente e Eficaz?

• B) Elaborar um Projeto de Lei:

• Definição da estrutura organizacional;


• Criação dos cargos;
• Definição das atribuições/responsabilidades;
• Definição da remuneração dos integrantes;
• Elaboração da justificativa para o Legislativo.
Como se implantar um
Controle Interno Efetivo,
Eficiente e Eficaz?
• E) Implantar de fato a estrutura do Sistema de
Controle Interno:

• Adequação da estrutura física do CI;


• Aquisição de equipamentos necessários ao CI;
• Nomeação, ou contratação (conforme o caso) dos integrantes
do CI;
• Mapeamento dos processos;
• Elaboração da documentação dos procedimentos;
• Elaboração do Mapa de Riscos;

Como se implantar um
Controle Interno Efetivo,
Eficiente e Eficaz?
• C) Capacitar os servidores:

• Capacitação dos integrantes da equipe do CI;

• Capacitação dos servidores responsáveis por processos afetos ao


CI (gestores financeiros, gestores de contratos etc.).
Como se implantar um
Controle Interno Efetivo,
Eficiente e Eficaz?
• D) Escolher (adquirir ou desenvolver) uma
ferramenta tecnológica para dar suporte
ao funcionamento do CI:

• Com base na definição dos processos do CI, elaborar um Termo de


referência para a aquisição e/ou desenvolvimento de uma
ferramenta tecnológica para dar suporte ao processo de gestão;
• Licitar (se for o caso) uma ferramenta de TI;
• Implantar a ferramenta de TI;
• Capacitar os usuários da ferramenta de TI.

Vantagens de se implantar
um Controle Interno:
• A) Para os Gestores (Prefeitos,
Presidentes de Câmaras, Presidentes e
Superintendentes de Órgãos da
administração Indireta etc.):

• i. Ser visto como um Gestor austero, comprometido com o


processo de transparência da gestão pública;
• ii. Contar com um órgão de apoio à gestão,;
• iii. Cumprir com a Legislação vigente, aplicável ao assunto
• iv. .....
Vantagens de se implantar
um Controle Interno:

• B) Para os Servidores de Carreira


integrantes do CI:

• i. Atuar em um órgão da mais alta importância da gestão pública;


• ii. Ter a garantia da autonomia, independência e impessoalidade;
• iii. Ser o fornecedor de informações para o suporte das decisões
da Alta Gestão;
• iv. Contribuir para a melhoria e profissionalização dos processos
da gestão pública
• V. ....

Vantagens de se implantar
um Controle Interno:
• C) Para a Sociedade:

• i. Ter assegurada uma estrutura de Estado que garanta a


transparência dos atos do Governo;
• ii. Ter assegurado o cumprimento da LAI, LRF, etc.
• iii. Contar com um Órgão de Fiscalização Interna que garanta a
qualidade dos gastos públicos
• iv. .....
Estrutura
• O controle interno deve, pois, atuar em um processo amplo
e contínuo, haja vista que não está vinculado
especificamente à atividade de controle em si, mas
também ao planejamento das atividades a serem
desenvolvidas no órgão, avaliação e gerenciamento de
riscos, informação dos resultados obtidos da sua atuação
e, por fim, monitoramento do desempenho das atividades
planejadas e executadas.
• Para que sua atuação tenha relevância, é preciso que
estejam adequadamente definidos os seus objetivos, a sua
organização e os métodos e as políticas administrativas e
operacionais.

• Fonte: TCU – Manual do Controle Interno

Gabinete do Prefeito

Sistema de
Controle Interno

Secretaria “A” Secretaria “B” Secretaria “C” Secretaria “D” Secretaria “N”
Atribuições
• As Unidades de Controle Interno, para atingir as finalidades básicas, devem desempenhar, no mínimo, o
seguinte conjunto de atividades essenciais:

• a) a avaliação do cumprimento das metas previstas no âmbito da entidade, que visa a comprovar a
conformidade da sua execução;

• b) a avaliação da execução das ações de governo que visa a comprovar o nível de execução das
metas, o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento;

• c) a avaliação da execução do orçamento que visa a comprovar a conformidade da execução com os


limites e as destinações estabelecidas na legislação pertinente;

• d) a avaliação da gestão dos administradores públicos, que visa a comprovar a legalidade e a


legitimidade dos atos e examinar os resultados quanto à economicidade, eficiência e eficácia da gestão
orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais;

• e) o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres do respectivo ente federado,
que visa a aferir a sua consistência e a adequação;

• f) a avaliação das renúncias de receitas que visa avaliar o resultado da efetiva política de anistia,
remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.

As ações das Unidades de


Controle Interno
• Nenhum processo, documento ou informação poderá ser
sonegado aos servidores dos Sistemas de Controle Interno;
• As Unidades de Controle Interno, ao constatarem indícios de
irregularidades, deverão comunicar aos gestores
responsáveis e verificar a adoção das medidas necessárias à
resolução do problema apontado.
• Quando ocorrerem prejuízos, as Unidades de Controle
Interno deverão adotar as providências de sua competência
com vistas ao ressarcimento ao erário.
• Para o cumprimento de suas atribuições e alcance de suas
finalidades, as Unidades de Controle Interno devem realizar
suas atividades com foco nos resultados da ação
governamental, para o qual utilizará de metodologia de
planejamento específica.
Exame Preliminar

• Com o objetivo de obter os elementos


necessários ao planejamento dos trabalhos,
o servidor do Sistema de Controle Interno
deve: examinar as informações disponíveis,
considerar a legislação aplicável, normas e
instruções vigentes, bem como os resultados
dos últimos trabalhos realizados e diligências
pendentes de atendimento, quando for o
caso.

Técnicas do Sistema de
Controle Interno
• Técnicas de Auditoria;
• Auditoria de Gestão;
• Auditoria de Sistemas;
• Instauração de Auditoria;
• Planejamento de Auditoria;
• Matriz de Planejamento de Auditoria;
• Projeto de Auditoria;
• Execução de Auditoria;
• Relatório de Auditoria;
• Acompanhamento de Auditoria;
• Técnica de Inspeção;
• Técnica de Fiscalização;
• Processos de Contas;
• Técnica de Avaliação de Resultados;
Mapa de Risco
• Face ao desequilíbrio entre a quantidade
de ações de controle possíveis e a
escassez de recursos humanos e
materiais para executar tais ações, torna-
se necessária a utilização de uma
metodologia para definir o risco de cada
atividade, de modo se atinja a eficiência
ao direcionar os recursos do Controle
Interno existentes para as ações
diagnosticadas com maior risco.

Materialidade, Relevância e
Criticidade
• As variáveis básicas utilizadas em todas as fases do processo de planificação dos
trabalhos de controle são fundamentais, sendo que, determinadas variáveis
apresentam-se com maior destaque ou contribuição para o processo. Essas
variáveis são:
• a) Materialidade;
• b) Relevância; e
• c) Criticidade.
• A materialidade refere-se ao montante de recursos orçamentários ou financeiros
alocados por uma gestão, em um específico ponto de controle (unidade, sistema,
área, processo, programa ou ação) objeto dos exames de auditoria ou fiscalização.
Essa abordagem leva em consideração o caráter relativo dos valores envolvidos.
• A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma
determinada questão, situação ou unidade, existentes em um dado contexto.
• A criticidade representa o quadro de situações críticas efetivas ou potenciais a
auditar ou fiscalizar, identificadas em uma determinada unidade ou programa. Trata-
se da composição dos elementos referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos
pontos de controle com riscos latentes, das trilhas de auditoria ou fiscalização.
A amostragem nas ações
de controle
• O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de
ações de controle em situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em
grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. A
amostragem é também aplicada em função da necessidade de obtenção de
informações em tempo hábil, em casos em que a ação na sua totalidade se
torna impraticável.
• A amostragem tem como objetivo conhecer as características de interesse de
uma determinada população a partir de uma parcela representativa. É um
método utilizado quando se necessita obter informações sobre um ou mais
aspectos de um grupo de elementos (população) considerado grande ou
numeroso, observando apenas uma parte do mesmo (amostra). As informações
obtidas dessa parte somente poderão ser utilizadas de forma a concluir algo a
respeito do grupo, como um todo caso esta seja representativa.
• A representatividade é uma característica fundamental para a amostra, que
depende da forma de seleção e do tamanho da amostra. Potencialmente, a
amostra obtém essa característica quando ela é tomada ao acaso. Para uma
amostra ser considerada representativa de uma população, ela deve possuir as
características de todos os elementos da mesma, bem como ter, conhecida a
probabilidade de ocorrência de cada elemento na sua seleção.

Plano Anual de Atividades do


Controle Interno
• O PAACI, que deverá abordar os seguintes itens:
• I - ações de auditoria interna previstas e seus
objetivos; e
• II - ações de desenvolvimento institucional e
capacitação previstas para o fortalecimento das
atividades da auditoria interna na entidade.
• Na descrição das ações de auditoria interna, para
cada objeto a ser auditado, serão consignadas as
seguintes informações:
• I - número seqüencial da ação de auditoria;
• II - avaliação sumária quanto ao risco inerente ao
objeto a ser auditado, e sua relevância em relação à
entidade;
Plano Anual de Atividades do
Controle Interno
• III - origem da demanda;
• IV - objetivo da auditoria, contendo os resultados esperados,
devendo-se especificar de que forma as vulnerabilidades do objeto
a ser auditado poderão ser mitigadas;
• V - escopo do trabalho, explicitando, tanto quanto possível, sua
representatividade em termos relativos, e demonstrando a
amplitude dos exames a serem realizados, em relação ao universo
de referência concernente ao objeto a ser auditado;
• VI - cronograma contendo a data estimada de início e término dos
trabalhos;
• VII - local de realização dos trabalhos de auditoria; e
• VIII - recursos humanos a serem empregados, com a especificação
da quantidade de homens-hora de auditores a serem alocados em
cada ação de auditoria e os conhecimentos específicos que serão
requeridos na realização dos trabalhos.

• Obrigado!
Constituição Federal

• Art. 31. A fiscalização do Município será


exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo, e pelos
sistemas de controle interno do Poder
Executivo Municipal, na forma da lei.

Constituição Federal

• Art. 37. A administração pública direta e


indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência
e......
Constituição Federal

• Art. 70. A fiscalização contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo,
e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.

Constituição Federal
• Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
• I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
• II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
• III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União;
• IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
• § 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
Lei de Responsabilidade Fiscal
LRF
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares
dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão
Fiscal, assinado pelo:

I - Chefe do Poder Executivo;


II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de
Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos
internos dos órgãos do Poder Judiciário;
IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades
responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem
como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido
no art. 20.

Lei de Responsabilidade Fiscal


LRF
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de
Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público,
fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no
que se refere a:

I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias;


II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar;
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23;
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos montantes das dívidas consolidada e
mobiliária aos respectivos limites;
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as desta
Lei Complementar;
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.
§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 4o e no art. 9o;
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de garantia se
encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite definido em lei;
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades na gestão
orçamentária.
§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada
Poder e órgão referido no art. 20.
§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39.
Lei 8.666/93
• Art. 102. Quando em autos ou documentos de
que conhecerem, os magistrados, os membros
dos Tribunais ou Conselhos de Contas ou os
titulares dos órgãos integrantes do sistema
de controle interno de qualquer dos Poderes
verificarem a existência dos crimes definidos
nesta Lei, remeterão ao Ministério Público as
cópias e os documentos necessários ao
oferecimento da denúncia.

Lei 8.666/93

• Art. 113. O controle das despesas decorrentes


dos contratos e demais instrumentos regidos
por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas
competente, na forma da legislação pertinente,
ficando os órgãos interessados da
Administração responsáveis pela demonstração
da legalidade e regularidade da despesa e
execução, nos termos da Constituição e sem
prejuízo do sistema de controle interno nela
previsto.
Lei 8.666/93
§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou
jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos
órgãos integrantes do sistema de controle interno
contra irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins
do disposto neste artigo.

§ 2o Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes


do sistema de controle interno poderão solicitar para
exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de
recebimento das propostas, cópia de edital de licitação já
publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da
Administração interessada à adoção de medidas corretivas
pertinentes que, em função desse exame, lhes forem
determinadas.

Constituição do Estado de
São Paulo
• Artigo 32 - A fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial do
Estado, das entidades da administração
direta e indireta e das fundações instituídas
ou mantidas pelo Poder Público, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação de subvenções e renúncia de
receitas, será exercida pela Assembléia
Legislativa, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada
Poder.
Constituição do Estado de
São Paulo
• Artigo 35 - Os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
• I - avaliar o cumprimento das metas previstas no
plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos do Estado;
• II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados
quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração estadual, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;

Constituição do Estado de
São Paulo

• Artigo 35 - ...
• III – exercer o controle sobre o deferimento de
vantagens e a forma de calcular qualquer parcela
integrante do subsídio, vencimento ou salário de
seus membros ou servidores;
• IV - exercer o controle das operações de crédito,
avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Estado;
• V - apoiar o controle externo, no exercício de sua
missão institucional.
Constituição do Estado de
São Paulo

• Artigo 35 - ...
• § 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade,
ilegalidade ou ofensa aos princípios do art. 37 da
Constituição Federal, dela darão ciência ao Tribunal
de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade
solidária.
• § 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação
ou entidade sindical é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de
Contas ou à Assembleia Legislativa.

Constituição do Estado de
São Paulo

• Artigo 150 - A fiscalização contábil, financeira,


orçamentária operacional e patrimonial do Município e
de todas as entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, finalidade, motivação, moralidade,
publicidade e interesse público, aplicação de
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela
Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelos
sistemas de controle interno e de cada Poder, na
forma da respectiva lei orgânica, em conformidade
com o disposto no art. 31 da Constituição Federal.
CONTATO
eventos@crcsp.org.br

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