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O HOMEM E O AMBIENTE
Manual de Formação
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 3
Ambiente ....................................................................................................................................... 8
Principais problemas ambientais .................................................................................................. 9
1
A poluição e a saúde pública .......................................................................................................11
Poluição sonora ........................................................................................................................... 12
Poluição do ar | atmosférica .......................................................................................................13
Poluição da água ......................................................................................................................... 15
Poluição dos solos | resíduos ......................................................................................................16
Poluição Radioativa .....................................................................................................................17
A poluição e as florestas.............................................................................................................. 19
Aquecimento global .................................................................................................................... 21
As tecnologias verdes: custos e benefícios e as Novas fontes de energia e sua utilização......... 21
1. Energias renováveis: Biomassa ............................................................................................... 21
2. Energias renováveis: Geotérmica ............................................................................................ 23
3. Energias renováveis: Hídrica ................................................................................................... 25
4. Energias renováveis: Eólica ..................................................................................................... 25
5. Energias renováveis: Solar....................................................................................................... 26
6. Energias renováveis: Ondas e Marés ...................................................................................... 27
7. Energias renováveis: Biogás .................................................................................................... 27
Relação entre sociedade do consumo e sociedade sustentável: Comportamentos favoráveis à
preservação do ambiente ........................................................................................................... 28
Protocolos e convenções internacionais do ambiente e do desenvolvimento sustentável ....... 29
Metodologias .............................................................................................................................. 33
Avaliação .................................................................................................................................... 33
Materiais utilizados. ....................................................................................................................35
Bibliografia | Webgrafia ..............................................................................................................54
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Introdução
Quando, em 1995, a Comissão Europeia lançou o “Livro Branco” sobre a educação e a
formação, intitulou-o “Ensinar e Aprender / Rumo à Sociedade Cognitiva”. Título elucidativo de
uma conceção de futuro focalizada na apreensão da complexidade das sociedades modernas e
nas competências que os indivíduos deverão desenvolver para as compreender e nelas intervir
de modo consciente e transformador, utilizando inteligentemente os recursos disponíveis e
produzindo novas respostas. Compete à educação e à formação a ingrata ao mesmo tempo
que estimulante tarefa de responder de forma adequada e eficaz a esse desafio.
O Mundo Atual surge inserido na componente de formação sociocultural dos currículos de
formação profissional, comportando as preocupações enunciadas acima. Isto é, pensar no e
sobre o Mundo Atual significa inscrevê-lo simultaneamente como objeto de reflexão e como
terreno de intervenção. Só a atitude reflexiva permite definir e estabelecer os contornos de
uma crítica certeira e construtiva que abra caminho para a mudança através da
ação/intervenção assumida e determinada. A sua inclusão nos diferentes níveis da formação
profissional visa precisamente dotar os indivíduos de competências gerais de compreensão e
análise, crítica e participação e intervenção consciente e autónoma, quer enquanto membros
de uma sociedade próxima, quer enquanto cidadãos de um mundo ao mesmo tempo acessível
e distante. Por outro lado, embora inscrita nas competências globais atrás enunciadas, a
relação com o mundo do trabalho deve constituir um referencial visível, quer porque é esse
um dos claros objetivos da formação, quer pelos atuais contornos de que se reveste esse bem
fundamental do equilíbrio e da paz social – o trabalho.
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- Proporcionarem uma compreensão dos mecanismos sociais, económicos e políticos que lhes
estão subjacentes.
A vastidão de problemáticas que podem ser enunciadas quando se fala de Mundo Atual e a
sua obrigatória interdisciplinaridade, obriga a tomadas de decisão, certamente não exclusivas
mas que, no entanto, obedeceram a critérios de oportunidade – atualidade e impacto num
futuro próximo -, de coerência – face às principais preocupações de um mercado de trabalho
que se pretende dinâmico e concorrencial e de adequação à componente sociocultural, quer
na sua articulação com os outros domínios da formação, quer nas preocupações já atrás
enunciadas de desenvolver competências de âmbito pessoal, social e cultural hoje
indispensáveis ao exercício de qualquer profissão.
Estrutura do módulo
Todos os módulos se iniciam com uma pequena síntese que esclarece as principais ideias
subjacentes à sua criação e construção. Ao mesmo tempo, pretende-se que esse primeiro
texto introdutório assinale algumas das competências gerais/transversais requeridas pelos
formandos, com vista ao desenvolvimento de atitudes e comportamentos adequados à
dimensão sociocultural, indispensável para o pleno exercício de qualquer profissão, enquanto
cidadãos do Mundo Atual.
Módulo: O Homem e o Ambiente
Se fosse possível viajar no tempo, dificilmente reconheceríamos o nosso planeta, tão grandes
foram as alterações aí produzidas. As questões relacionadas com o ambiente constituem, na
atualidade, temas de interesse e de discussão para a sociedade em geral. A intervenção do
homem tem gerado desequilíbrios ambientais que importa considerar de forma a
compatibilizar o desenvolvimento e o equilíbrio ambiental.
A intervenção consciente no sentido desta compatibilização pressupõe uma análise crítica dos
dilemas ambientais do mundo atual. Assim, torna-se fundamental, a aquisição de uma
consciência e sensibilidade em termos da dinâmica e da problemática do ambiente; a
apropriação de uma diversidade de experiências e a compreensão global do ambiente e dos
seus problemas; a apropriação de um conjunto de valores e atitudes em relação ao ambiente
assim como a motivação para a melhoria e defesa do ambiente; a aquisição de competências
para a identificação e resolução de problemas ambientais; o envolvimento ativo a todos os
níveis na resolução dos problemas ambientais.
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O que é o Ecossistema?
Ecossistema é um conjunto de vidas que interagem entre si e entre a natureza, como por
exemplo, uma floresta e vários animais. Também fazem parte do ecossistema, espécies sem
vida (abióticas) como, por exemplo, minerais e seres vivos (bióticas) como, por exemplo, os
produtores, que produzem o seu próprio alimento como plantas, os consumidores, aqueles
que se alimentam de outros seres como todos os animais e por último, os decompositores,
organismos que se alimentam de outros organismos como as bactérias. É bom ficar bem
informado de que dentro desse ciclo, um precisa do outro para sobreviver.
O homem como ser vivo faz parte da biosfera, interage com os outros seres vivos mantendo
relações ecológicas com eles, algumas vezes de forma harmónica, mas na maioria das outras
vezes de forma desarmónica, com isso causando constantes prejuízos para a vida da biosfera
em geral.
O homem moderno e civilizado é adaptado apenas para viver em sociedade e dentro das
cidades, ele consegue viajar e acampar temporariamente em quase todos os lugares do
planeta, mas já não se consegue adaptar à vida dos indígenas, tornou-se impossível para o
homem moderno voltar a viver nu na natureza. Cada ser vivo tem um ambiente em que se
adapta melhor e se o ecossistema em que ele vive
for modificado pelo homem, a sobrevivência desses seres vivos fica ameaçada porque eles são
dependentes desses ecossistemas que foram montados e organizados em teias alimentares
estabelecidas durante milhões de gerações que fizeram a história da evolução genética dessas
espécies.
Neste sentido, a UNESCO lançou, em 1971, o programa internacional "O Homem e a Biosfera"
para incentivar a cooperação entre os países no sentido de conhecer e encontrar formas de
evitar a degradação da biosfera.
A Preservação do Ambiente assume um papel cada vez mais importante na melhoria da nossa
qualidade de vida. Assim, todas as nossas atividades devem ser pensadas em função da
preservação ambiental.
O que é a Educação Ambiental?
Ambiente: O meio ambiente ou chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e
não-vivas da Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos
humanos.
Educação Ambiental tem como objetivo formar uma população mundial consciente e
preocupada com o ambiente e com os seus problemas, uma população que tenha os
conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de
compromisso que lhe permitam trabalhar individual e coletivamente na resolução das
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dificuldades atuais e impedir que elas se apresentem de novo (Carta de Belgrado, Colóquio
sobre Educação Relativa ao Ambiente, Belgrado, 1975).
A Educação Ambiental é a consciencialização do ser humano em relação aos perigos que
afetam o meio ambiente. Educar significa transmitir, instruir, dar a conhecer …. Em conjunto
temos que contribuir para um ambiente e qualidade de vida sadia. Para isso é necessário
conhecer o que podemos ou não fazer para melhorar o meio em que vivemos de forma a
contribuirmos para a existência do nosso planeta.
Competências
As competências específicas marcam o percurso formativo, permitindo articular objetivos,
conteúdos/assuntos, estratégias e metodologias. A sua aquisição é, no fundo, a resultante de
um processo pedagógico/formativo que se pretende possa conduzir a um “saber em ação”
específico, articulado com um “saber em ação” geral (porque constituinte de atitudes e
comportamentos transversais a muitas atividades humanas), legitimando assim, a existência
de cada módulo como “unidade autónoma de ensino/aprendizagem”.
No entanto, num programa que se apresenta com três graus de complexidade e de exigência e
com um conjunto algo heterogéneo de módulos por grau, verifica-se, por vezes, que as
chamadas competências gerais se tornam, em certa medida também competências
específicas, de tal modo neles se pretendem desenvolver “saberes em uso” cujo exercício
passa, por exemplo, pelo respeito pelas diferenças ou pela tolerância ou, ainda, pelo exercício
da cidadania. Noutros casos, as mesmas competências ou semelhantes podem ser trabalhadas
em módulos diferentes, embora sempre integradas em conjuntos distintos, o que acontece,
por exemplo, em módulos que se centram em áreas afins do conhecimento. Surge ainda uma
terceira situação em que, a graus diferentes, são assinaladas competências semelhantes,
sendo que, nesses casos, o nível de desenvolvimento da competência é diferente. Por
exemplo, “identificar” é (qualitativamente) diferente de “analisar...”.
É ainda importante acentuar que se deve atribuir uma importância relevante a competências
que, não se encontrando explicitamente identificadas nos módulos, devem “atravessar” todos
os programas de formação. Por exemplo, o princípio de uma autonomia progressiva, a
capacidade de negociação, o recurso a novas tecnologias, a promoção de uma auto-avaliação e
autoaprendizagem ao longo da vida, a comunicação em todas as suas formas, a flexibilidade, a
capacidade de iniciativa, a capacidade de lidar com o imprevisto, são princípios estruturantes
de qualquer plano de formação que pretenda formar cidadãos livres e intervenientes social e
profissionalmente. Todas estas competências surgem com maior ou menor evidência (por
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exemplo diluídas nas sugestões metodológicas) em todos os módulos e a sua presença deve
ser obrigatória no decurso do processo de ensino/aprendizagem:
Conteúdos a abordar
- Principais problemas ambientais relacionados com o ar; água; resíduos e o ruído A poluição –
Contaminação ou deterioração do ambiente com substâncias químicas, lixo, fumo, ruído, etc.
Tipos de poluição: do ar, da água, dos solos, luminosa e sonora;
- A poluição e a saúde pública: definição de saúde pública, a qualidade do ar e os problemas de
saúde, a escassez de água potável e a saúde, a poluição sonora e os problemas auditivos e
psicológicos, a poluição luminosa e o sono, a poluição e a alimentação – dioxinas, fosfatos,
metais pesados, comportamentos favoráveis à preservação do ambiente com impacto na
saúde pública;
- As tecnologias verdes: custos e benefícios: definir Tecnologia Verde, energias renováveis, a
aplicação das mesmas em Portugal, vantagens e desvantagens;
- Comportamentos favoráveis à preservação do ambiente: a eficiência energética e os gestos
que podemos adotar no dia-a-dia;
- Protocolos e Convenções internacionais no domínio do ambiente e do desenvolvimento
sustentável aplicáveis à tecnologia.
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Ambiente
A Revolução Industrial teve lugar quando se iniciou a produção em massa de bens de consumo
em grandes unidades industriais e com recurso a máquinas a carvão e, mais tarde, a petróleo,
gás natural e eletricidade. Deste modo, a par do desenvolvimento da tecnologia moderna, a
produção de bens de consumo ficou muito facilitada. Na época pré-industrial - isto é, antes da
Revolução Industrial - não existiam comboios, carros, aviões, luz elétrica, fábricas, telefones ou
televisores.
Quanto mais nós produzimos e consumimos, mais afetamos o meio ambiente à nossa volta.
Durante os últimos 50 anos, pela primeira vez na história, temos testemunhado sinais claros da
influência do Homem no ambiente de todo o planeta; estamos a criar problemas ambientais
que não são apenas locais, mas também globais. Um dos problemas ambientais à escala global
prende-se com as alterações climáticas induzidas pelo Homem, também conhecido por
aquecimento global.
As alterações climáticas induzidas pelo Homem são o resultado na nossa emissão de gases de
efeito de estufa para a atmosfera. Estas emissões têm diversas origens, incluindo as atividades
industriais e agrícolas, que fornecem os mais variados bens de consumo, as centrais
energéticas, que produzem eletricidade, os carros e os aviões, que nos permitem deslocações
rápidas e confortáveis.
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A ideia de desenvolvimento sustentável , pelo contrário defende que deveria haver
crescimento, mas de forma a que os recursos sejam recicláveis e não esgotados”.
Fonte: Giddens, Sociologia, pg 635)
Desenvolvimento Sustentável, significa que o crescimento deve ser conduzido, de forma a
reciclar os recursos físicos (em vez de os esgotar), de forma a manter os níveis de poluição no
mínimo possível, a pensar nas gerações futuras. É pensar, agir e refletir sobre sustentabilidade
do ambiente tal como o conhecemos. Em suma é utilizar os recursos naturais eficientemente
de forma que as gerações vindouras também os possam usar.
Questão urbana:
- Ocupação urbana desordenada e sem planeamento;
- Desequilíbrio na relação entre população rural/urbana;
- Concentração da população próximo das áreas industriais e urbanas.
Questão ecológica:
- Perda da biodiversidade;
- Poluição do ar, do solo, da água;
- Assoreamento de rios e lagos;
- Aquecimento do planeta (mudanças climáticas);
- Chuva ácida;
- Desflorestação.
As chuvas ácidas formam-se pela combinação do dióxido de enxofre com o vapor de água
existente na atmosfera.
Causas:
- Poluição atmosférica;
- Indústrias e transportes;
- Emissões de enxofre;
- Queima de petróleo e carvão.
Consequências:
- Contaminação dos recursos hídricos;
- Contaminação dos ecossistemas terrestres;
- Desflorestação;
- Erosão dos solos;
- Erosão de edifícios urbanos;
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- Provoca doenças do foro respiratório.
Questão económica:
- Intensificação do processo de industrialização com predominância de tecnologias poluidoras
e de baixa eficiência energética;
- Desperdício de matéria-prima, de água e de energia;
- Aumento do lixo (urbano, industrial, doméstico);
- Uso de agroquímicos na agricultura.
1- Água:
- Suprimento de água para consumo humano;
- Qualidade;
- Contaminação dos oceanos;
2. Ar:
- Poluição;
- Efeito estufa;
- R-Redução da camada de ozono;
3. Biodiversidade:
- Devastação dos recursos florestais;
- Aceleração do ritmo da extinção das espécies.
Disposição inadequada;
Geração Acelerada;
Esgotamento da capacidade dos aterros.
4. Energia:
- Redução do uso de energia por fontes não renováveis;
Desenvolvimento de fontes alternativas de geração.
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5. Resíduos:
Disposição inadequada;
Geração Acelerada;
Esgotamento da capacidade dos aterros.
“Existem muitas fontes de ameaça ao ambiente. Algumas relacionam-se com a poluição do ar,
chuvas ácidas, poluição da água e resíduos sólidos não recicláveis. Outras ameaças ambientais
envolvem o esgotamento de recursos naturais recicláveis, como a água, o solo e as florestas,
ao mesmo tempo que reduzem a biodiversidade”. Fonte: Giddens (2001) Sociologia, pág. 635.
Os principais problemas ambientais estão relacionados com:
Dependência dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural);
Poluição: Emissão de gases nocivos, que agrava o efeito de estufa e que conduz ao
aumento da temperatura global, é também designado por Aquecimento Global.
Atividade: em grupo abordagem dos diferentes tipos de poluição: sonora, ar, água, solos e
radioativa.
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Poluição sonora
Consequências:
- Aumento da poluição atmosférica;
- Aumento da produção de resíduos;
- Diminuição da qualidade de vida da população;
- Aumento de doenças respiratórias;
- Aumento das situações de smog.
SMOG: Mistura de nevoeiro e fumos poluentes. Smoke + Fog = Smog
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As consequências do smog assumem maior gravidade numa situação de inversão térmica, em
que a temperatura do ar junto ao solo é inferior à que se regista em altitude. Nestes casos, o
ar não ascende e provoca a concentração dos fumos junto à superfície terrestre.
Poluição do ar | atmosférica
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O efeito de estufa existe na Terra desde a formação da sua atmosfera. Está estudado que na
ausência de efeito de estufa natural a temperatura na Terra seria 33ºC mais baixa.
O Sol emite continuamente radiações solares. Estas radiações são em parte absorvidas pela
atmosfera sendo o restante refletido para o espaço. Ao existir uma grande quantidade de
gases emitidos para a atmosfera, como o dióxido de carbono resultante da combustão em
larga escala em unidades industriais, estes vão fazer com que a quantidade de radiação
emitida para o espaço seja menor e como tal se acumulem na superfície aumentado a
temperatura do planeta a nível geral. Estes gases, de uma forma simplificada, como que
formam uma camada que evitam que estas radiações sejam refletidas para o espaço. É
chamado efeito estufa por ser semelhante ao efeito produzido por uma estufa para aquecer o
ambiente no interior da mesma.
No entanto há que ter em atenção um pequeno detalhe. As radiações solares por si só não
aqueceriam o planeta à temperatura que tem hoje. A presença de carbono na atmosfera é
necessária para que parte da radiação solar seja refletida para a superfície e assim a aqueça. O
problema surge quando existe carbono em demasiada quantidade e assim a quantidade de
radiação solar refletida para a superfície é maior e a radiação que é libertada para o espaço é
menor. Isto provoca um aumento da temperatura terrestre. Isto poderá ter consequências
como o aumento do nível da água do mar, devido ao degelo de grandes massas de água e a
desertificação de determinadas áreas.
A existência do ozono na estratosfera é vital para a Terra, por ser responsável pela absorção de
grande parte da radiação ultravioleta. O ozono é indispensável para nos proteger do excesso
de radiação ultravioleta, embora ao nível do solo seja prejudicial para a saúde e para o
ambiente.
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Poluição da água
A água é o mais precioso líquido do planeta cai do céu, é indissociável da vida na terra. A sua
disponibilidade, foi e sempre será uma condição essencial à fixação de população e ao
desenvolvimento de todas as atividades humanas. No entanto, a água doce disponível do
planeta constitui apenas 0,01% de toda a água existente. A contaminação dos solos, conduz a
uma grande poluição das águas.
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A indústria é o setor de atividade que mais polui a água. Com elevadas cargas orgânicas,
químicas e substâncias tóxicas e por isso extremamente venenosa, essa água é lançada, direta
ou indiretamente, nos rios, ribeiras, lagos e albufeiras. Provoca graves desequilíbrios
ecológicos, com a morte de muitas espécies aquáticas e anfíbios. Por outro lado, infiltrando-se
no solo, vai envenenar as águas subterrâneas, que pode ter consequências para a saúde
pública.
Se a poluição de um rio ou ribeira podem ser combatidos eficazmente em alguns anos, as
águas subterrâneas, que se renovam muito lentamente, podem manter-se contaminadas
durante dezenas ou mesmo centenas de anos.
As mudanças no clima causadas pelo aquecimento global, poderão afetar os padrões de chuva
existentes, alterando o acesso às reservas de água de modos pouco previsíveis.
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diversidade do tipo de resíduos e uma menor capacidade de se degradar na natureza, pode ter
consequências muito graves para o ambiente.
Segundo o estudo do Eurostat sobre o lixo (2007), em Portugal, cada um de nós gerou 472 kg
de resíduos sólidos urbanos. A reciclagem, a incineração e a compostagem são práticas ainda
pouco frequentes entre os portugueses. 63% do lixo criado é depositado em aterros sanitários,
19% é incinerado, 10% é alvo de compostagem e apenas 8% é reciclado.
O estudo revela ainda que a República Checa (294 kg/pessoa), é o país com menor quantidade
de lixo produzido por pessoa e que a Dinamarca se destacou como maior produtora de
resíduos (801 kg/pessoa). Portugal situa-se a meio da tabela. A Dinamarca, apesar de ser
responsável por grande parte do lixo que, por ano, se produz na UE, deposita apenas 5% dele
em aterros sanitários. A preocupação com o tratamento dos resíduos é clara, 53 % do lixo é
incinerado, 24% é reciclado e reaproveitado e 17% do lixo orgânico, através de um processo de
compostagem, é transformado em fertilizante.
A degradação dos solos é um processo no qual a qualidade da terra piora e os seus valiosos
elementos naturais são esgotados por serem utilizados de forma excessiva, pelas secas ou por
serem fertilizados inadequadamente. Os efeitos a longo prazo são difíceis de reverter. A
produtividade agrícola diminui e existe menos terra arável disponível. A Desertificação:
Degradação intensa da terra, que culmina em condições semelhantes ao deserto.
Poluição Radioativa
A radiação é o efeito químico proveniente de ondas e energia calorífera, luminosa, etc. Existem
três tipos de radiação: raios alfa e raios beta, que têm a absorção mais fácil, e raios gama, que
são muito mais penetrantes que os primeiros, já que se tratam de ondas eletromagnéticas.
O contato contínuo à radiação radioativa causa danos aos tecidos vivos, tendo como principais
efeitos a leucemia, tumores, queda de cabelo, diminuição da expectativa de vida, mutações
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genéticas, lesões nos órgãos. Assim, poluição radioativa é o aumento dos níveis naturais de
radiação por meio da utilização de substâncias radioativas naturais ou artificiais.
Substâncias radioativas naturais: são as substâncias que se encontram no subsolo, e que
acompanham alguns materiais de interesse económico, como petróleo e carvão, que são
trazidas para a superfície e espalhadas no meio ambiente por meio de atividades mineiras;
Substâncias radioativas artificiais: substâncias que não são radioativas, mas que nos reatores
ou aceleradores de partículas são “provocadas”.
A fonte de poluição radioativa predominante é a natural, pois a poluição natural da Terra é
muito grande, decorrente do declínio radioativo do urânio;
Finalmente, devemos lembrar que a poluição radioativa provém principalmente de: indústrias,
medicina, testes nucleares, carvão, radônio, fosfato, petróleo, minerações, energia nuclear,
acidentes radiológicos e acidentes nucleares.
Em síntese:
- A poluição sonora provoca: Surdez, problemas cardíacos e nervosos, insónia, estado de
fadiga.
- A poluição atmosférica aumenta as taxas de mortalidade por doenças pulmonares crónicas.
- O buraco do ozono na atmosfera tem consequências graves nos seres vivos, sendo uma delas
o aparecimento de cancro na pele.
Para que haja qualidade de vida e não se coloque a saúde em risco, é necessário que o
ambiente esteja protegido das agressões constantes do homem. Assim, é preciso, entre outras
medidas:
- Diminuir a quantidade de gases que se enviam para a atmosfera;
- Diminuir a quantidade de adubos, pesticidas e herbicidas que se usam na agricultura, que
poluem os solos e contaminam os lençóis de água;
- Proteger as águas, procurando tratar e despoluir os esgotos e as águas que vêm das fábricas;
- Cuidar os lixos domésticos e outros que degradam e poluem o ambiente;
- Reciclar e reutilizar o papel, o vidro, etc., utilizando-o no fabrico de outros objetos em vez de
o abandonar em lixeiras;
- Evitar o desperdício de água.
A poluição e as florestas
As florestas são um elemento essencial do ecossistema:
- Ajudam a regular as reservas de água;
- Libertam oxigénio para a atmosfera;
- Remoção do dióxido de carbono;
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- Favorece as condições climáticas para que chova;
- Previnem a erosão do solo.
A desflorestação é o processo de desaparecimento de massas florestais / destruição das
florestas. A desflorestação é diretamente causada pela ação do homem sobre a natureza,
principalmente devido a abates realizados pela indústria da madeira: exploração comercial e
construção de infraestruturas; abates para obtenção de solo: cultivos agrícolas; habitação;
turismo; indústria; incêndios; é uma grande ameaça para a humanidade; é responsável pela
destruição de ecossistemas; nos últimos dez anos, catorze milhões de quilómetros quadrados
de florestas (trinta vezes a superfície de Espanha) transformaram-se em desertos e mais de
trinta milhões de quilómetros quadrados estão ameaçados.
Os custos ambientais da desflorestação incluem a erosão dos solos e as cheias: quando estão
intactas, as florestas têm a importante função de absorver e reciclar muita água das chuvas.
Uma vez desaparecidas as florestas, a chuva cai em cascata pelas encostas provocando
inundações e depois secas.
A Amazónia: a floresta mais cobiçada, porquê? A Amazónia é uma região localizada na parte
norte da América do Sul, constituída, em grande parte, pela maior bacia hidrográfica e pela
vasta floresta equatorial do mundo.
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Uma das florestas mais cobiçadas. Porquê?
- Reserva de água potável;
- Possui madeiras exóticas;
- Subsolo muito rico em minérios;
- Grande biodiversidade, com espécies exóticas.
O que aconteceu na ilha da Madeira em 2010 esteve diretamente relacionado com o processo
de Desflorestação.
Em Portugal o coberto vegetal não é muito variado. A nossa floresta é constituída por pinheiro
bravo, que ocupa a maior área, carvalho-negral, sobreiro e azinheira. Nos últimos anos,
algumas áreas têm sido ocupadas por eucalipto porque a sua madeira serve para fabricar pasta
de papel. A principal causa de destruição da nossa floresta são os incêndios. Estes surgem
principalmente pela intervenção humana: o descuido ou o fogo posto. Podem ainda surgir
devido às condições climatéricas, como temperaturas elevadas ou trovoadas. Portugal é muito
afetado por fogos, principalmente no Verão. Assim, a nossa maior preocupação deve ser
dirigida para a prevenção dos fogos e para a reflorestação das áreas ardidas.
Aquecimento global
É o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra.
Fenómeno que ocorre desde meados do século XX, traduz-se no aumento gradual da
temperatura da superfície da Terra, causada pelo aumento dos níveis de dióxido de carbono e
outros gases na atmosfera.
As principais consequências do aquecimento global são: cheias, degelo dos glaciares,
propagação de doenças, temperaturas muito elevadas, aumento dos níveis das águas dos
oceanos, desertificação (avanço dos desertos), alteração das correntes marítimas
(frias/quentes) ou extinção gradual de todas as espécies.
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Antártida: o continente mais cobiçado, porquê? Maior reserva de água doce do planeta,
grande influência sobre o clima mundial (regulador da temperatura na Terra); possui grande
diversidade e quantidade de recursos naturais (marinhos e minerais); e possui um elevado
valor económico.
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O que fornece um sistema de calor a partir da Biomassa?
Calor de uma planta central pode ser distribuído para outros edifícios próximos para
aquecimento de água para calefação e serviço.
Vantagens comparativas a cada edifício:
- Maior eficiência
- Menores emissões
- Segurança
- Conforto
Desvantagens
- Altos custos iniciais
- Requer mais atenção do que plantas de combustível fóssil
Se cultivados de maneira sustentável:
- Produção reduzida líquida de gases de efeito estufa
- Baixo teor de enxofre que reduz as chuvas ácidas
- Diminuição das emissões de poluidores.
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Os resíduos da limpeza das florestas representam uma importante fonte de energia renovável.
Assim, desde 1999 que opera em Portugal uma central dedicada à produção de energia
elétrica a partir de resíduos florestais que não tenham outra aplicação além do
aproveitamento energético. Tem uma potência elétrica de 9 MW e consome cerca de 8,7
toneladas de resíduos florestais por hora ou cerca de 109.000 toneladas por ano de resíduos.
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Em Reykjavik, capital da Islândia, cerca de 95% das casas são aquecidas por este processo,
sendo, por isso, considerada uma das cidades menos
poluídas do mundo. Em Portugal, o enquadramento dos
Açores junto da crista Médio Atlântica, na confluência de
três placas tectónicas: Americana, Africana e Euroasiática
proporciona uma intensa atividade vulcânica com mais de
três dezenas de erupções vulcânicas históricas registadas,
bem como outras manifestações superficiais evidenciáveis
da enorme quantidade de energia endógena existente no
subsolo em muitos locais do arquipélago.
A primeira experiência na produção de energia elétrica por
via geotérmica teve o seu início no ano de 1980, com a
instalação da central geotérmica piloto, com uma potência
instalada de 3 MW, no Pico Vermelho em São Miguel. Os
locais identificados como prováveis produtores de energia
geotérmica são as zonas entre Flamengos e Pedro Miguel, no Faial, e Madalena/Candelária,
Lagoa do Capitão e Lajes do Pico. Regra geral, em média a temperatura aumenta 1ºC por cada
32m que se avança em profundidade na crusta terrestre. Em zonas vulcânicas como é o caso
dos Açores este gradiente térmico chega a ser 5 vezes superior. Os seus reservatórios
geotérmicos com interesse ultrapassam os 200ºC.
Todas as ilhas açorianas, à exceção de Santa Maria, têm um grande potencial geotérmico,
suficiente para satisfazer as necessidades elétricas do arquipélago.
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de água interrompendo pontualmente o fluxo de água nos rios. Ao restabelecer o fluxo de
água, através de uma queda de nível, acionam-se turbinas produzindo eletricidade.
A energia produzida através das barragens é um tipo de energia não poluente e abundante, ao
contrário de outros tipos de energia como, por exemplo, o carvão e o petróleo. As barragens
ajudam a garantir uma alimentação regular de água às centrais hidroelétricas mas, muitas
vezes com consequências terríveis: podem alagar excelentes terras de cultivo, não podem ser
construídas em qualquer lugar e têm custos muito elevados, os ecossistemas aquáticos e os
situados em locais de construção de grandes barragens são afetados. Muitos dos efeitos não
são irreversíveis e a natureza com a contribuição humana acaba por encontrar novos
equilíbrios.
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um impacto visual considerável, principalmente para os moradores em redor, a instalação dos
parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem. Tem ainda impacto sobre as aves
do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos desconhecidos sobre a
modificação de seus comportamentos habituais de migração. E outros dos impactos menos
positivos é o impacto sonoro: o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante
(43dB(A)). As habitações mais próximas deverão estar, no mínimo a 200 metros de distância.
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6. Energias renováveis: Ondas e Marés
A energia disponível no mar é muito abundante. Os equipamentos para conversão desta
energia renovável em eletricidade ainda se encontram em desenvolvimento, procurando
melhorar o seu rendimento e a sua resistência ao ambiente marítimo.
Na Ilha do Pico, Açores, existe uma central com 400 kW, a primeira no Mundo a produzir
eletricidade a partir das ondas de uma forma regular. Na costa Portuguesa, já foram testadas
várias tecnologias e está em preparação a Zona Piloto ao largo de São Pedro de Moel para
acolher projetos de demonstração para aproveitamento da energia das ondas.
Falámos tanto de energias renováveis, custos, benefícios, mas então o que são energias não
renováveis e porque que a aposta nelas devem ser cada vez menor?!? Energias não renováveis
são energias que se esgotam a ritmo muito mais rápido do que o que homem poderá repor. A
sua utilização gera muita poluição.
São exemplos, os combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás Natural.
O Gás Natural: é encontrado, geralmente, junto das reservas petrolíferas. É a mais barato e
menos poluente dos combustíveis fósseis, mas de mais difícil extração. O Petróleo: é um
combustível fóssil, produzido em algumas zonas do subsolo da Terra. É a principal fonte de
energia atual. É de fácil transporte, mas potencial causador de desastres ambientais. E o
carvão: é uma das fontes de energia mais abundante mas também uma das mais poluentes.
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Relação entre sociedade do consumo e sociedade sustentável: Comportamentos
favoráveis à preservação do ambiente
Educação ambiental: Formar cidadãos ativos que saibam identificar os problemas e participar
efetivamente na sua solução e prevenção. Que ajudem a conservar o nosso património
comum, natural e cultural. Que hajam, organizem-se e lutem por melhorias que favoreçam a
sobrevivência das gerações presentes e futuras da espécie humana e de todas as espécies do
planeta, em um mundo mais justo, saudável e agradável que a atual.
Torna-se clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza,
no sentido de promover, sob um modelo de desenvolvimento sustentável, com reflexos
positivos evidentes na qualidade de vida dos cidadãos.
A Educação Ambiental constitui-se assim numa forma abrangente de educação dos cidadãos,
através de um processo que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental.
A reciclagem diz respeito a um conjunto de processos que permitem aproveitar materiais
usados sem utilidade para nós - resíduos – para fabricar produtos completamente novos.
Depois do lixo separado nos ecopontos: são recolhidos por viaturas próprias e conduzidos até
às estações de Triagem, onde são despejados em passadeiras rolantes e várias pessoas de
forma manual, vão fazendo uma separação mais cuidadosa, no fim de corretamente separados
vão entrar nos diferentes processos de reciclagem.
Reciclar permite poupar matérias-primas, como o alumínio, o estanho, o petróleo, a madeira e
a areia. Para além disso, é melhor fabricar materiais a partir de objetos reciclados do que a
partir de matérias-primas, pois exige menos energia e menos gastos de dinheiro. Quando está
a reciclar, está a contribuir para a redução do consumo de energia e para a preservação do
ambiente.
Os resíduos para reciclagem são separados consoante os materiais de que são feitos. Para os
materiais secos recicláveis, existe uma padronização de cores para os recipientes de recolha:
Cor verde - Vidro
Cor amarela - Plástico e Metais
Cor azul - Papel e Cartão
Todo o material a reciclar deve estar limpo. As embalagens de cartão e as garrafas de plástico
devem estar secas e devem ser espalmadas antes de serem colocadas no ecoponto, a fim de
economizar espaço dentro do contentor.
VIDRÃO: Garrafas de vidro, Frascos de conserva em vidro; Lâmpadas
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PAPELÃO: Jornais, listas telefónicas, folhetos de publicidade, Folhas de caderno, revistas,
folhas de rascunho, Papéis de embrulho, Caixas de papelão, Caixas de brinquedos, Pacotes de
leite.
PLASTICÃO: Garrafas plásticas e sacos, Tubos e canos, Frascos de champô, Embalagens dos
detergentes, Baldes e bacias, Restos de brinquedos
PILHÃO OU PILHÓMETRO: Pilhas, Baterias de máquinas fotográficas e outras
Atividade: E nós… O que podemos fazer? | 25 Ideias para poupar ambiente (e dinheiro) - texto
em anexo.
29
– sistema internacional com padrões sustentáveis de comércio e financiamento;
– sistema administrativo flexível e capaz de autocorrigir-se.
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de medidas devem ser tomadas pelos
países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas:
1. limitação do crescimento populacional;
2. garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
3. preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
4. diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de
fontes energéticas renováveis;
5. aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em
tecnologias ecologicamente adaptadas;
6. controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores;
7. atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
No âmbito internacional, as metas propostas são:
– Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de
desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);
– Proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos, pela comunidade
internacional;
– Extinção das guerras;
– Implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações
Unidas (ONU).
O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser assimilado pelas lideranças de uma
empresa como uma nova forma de produzir sem degradar o meio ambiente, estendendo essa
cultura a todos os níveis da organização, para que seja formalizado um processo de
identificação do impacto da produção da empresa no meio ambiente e resulte na execução de
um projeto que alie produção e preservação ambiental, com uso de tecnologia adaptada a
esse preceito.
Outras medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de
desenvolvimento sustentável são: uso de novos materiais na construção; reestruturação da
distribuição de zonas residenciais e industriais; aproveitamento e consumo de fontes
alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica; reciclagem de materiais
reaproveitáveis; consumo racional de água e de alimentos; redução do uso de produtos
químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.
O Desenvolvimenro Sustentável tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como
metas:
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– a satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer,
etc);
– a solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas
tenham chance de viver);
– a participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de
conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal);
– a preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);
– a elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a
outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações
oprimidas, como por exemplo os índios);
– a efetivação dos programas educativos.
O Desenvolvimento Sustentável é também um compromisso voluntário por parte da
população e requer convencimento e motivação. Trata-se de uma idéia mobilizadora, da
criação coletiva de uma utopia, com a plena consciência da dificuldade que isso pressupõe.
Além disso, desenvolvimento sustentável introduz uma dimensão ética e política que
considere o desenvolvimento como um processo de mudança social, com conseqüente
democratização do acesso aos recursos naturais e distribuição eqüitativa dos custos e
benefícios do desenvolvimento.
Desde meados da década de 1980 que se discutem mudanças climáticas globais na esfera
internacional. Tal processo resultou na realização da Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD, realizada no Rio de Janeiro em 1992, que
gerou, entre outros documentos, a Convenção Quadro de Mudanças Climáticas - CMC.
Passados cinco anos, houve o estabelecimento do Protocolo de Kyoto – PK - que, diferente da
Convenção, estabeleceu normas mais claras sobre a redução de emissões de gases de efeito
estuda e metas a serem atingidas por países que emitiram mais gases.
O protocolo é um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da
emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das
investigações científicas, como causa do aquecimento global.
Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de
Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de Março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor
precisou que 55% dos países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem.
Assim entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em
Novembro de 2004.
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As metas de redução não são homogéneas a todos os países, colocando níveis diferenciados
para os 38 países que mais emitem gases. Países em desenvolvimento (como Brasil, México,
Argentina e Índia) não receberam metas de redução.
Países como os EUA não assinam o protocolo, pois alegam que os países em vias de
desenvolvimento não tem metas obrigatórias de redução das emissões de gás carbono para os
países em desenvolvimento.
O protocolo de Quioto expirou em 2012, mas houve o compromisso da ONU e de alguns
governos para o delineamento de um novo acordo, com novas metas a serem cumpridas após
2012.
O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações
básicas:
• Reformar os sectores de energia e transportes;
• Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
• Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
• Limitar as emissões de metano na gestão de resíduos e dos sistemas energéticos;
• Proteger as florestas.
“ O mundo tem o suficiente para as necessidades de todos, mas não para a ganância
de todos.”
Mahatma Gandhi
Metodologias
Tal como o nome indica não se trata da imposição de determinado método, mas apenas de
elucidar um modo de dar coerência ao tratamento de determinados assuntos, visando a
aquisição de determinadas competências. Procurou-se dar para cada módulo sugestões de
trabalho e exemplificar alguma das etapas do método preconizado com um exemplo de
atividade.
Dada, no entanto, a heterogeneidade de módulos propostos, é também diversa a forma de
apresentação deste ponto. Pretende-se, com isso, diversificar ainda mais as hipóteses para o
formador, podendo, a partir da leitura de todos os módulos, encontrar noutros, modalidades
mais ajustadas à sua forma de trabalhar ou estímulos criativos em que mais se reveja. Com
esta diversidade pretende-se, pois, dotar o formador de instrumentos metodológicos que,
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ainda que não fazendo parte de um módulo determinado possa, no entanto, configurar outras
hipóteses a partir de elementos extraídos dos diferentes módulos.
Como princípios básicos, aponto os seguintes:
- As metodologias devem ser ativas, visando uma autonomia crescente por parte dos
formandos;
- O trabalho de projeto ou a resolução de problemas surgem como elementos estruturantes
dos processos ativos de aprendizagem;
- Devem diversificar-se as formas de abordagem dos conteúdos, quer através de trabalho
individual quer de grupo, recorrendo a técnicas de pesquisa, sem esquecer processos de
dinâmica de grupos que ajudem a desbloquear naturais resistências;
- É de valorizar a apresentação dos produtos obtidos, usando estratégias de socialização dos
mesmos.
Avaliação
A avaliação preconizada, independentemente das formas e modalidades desenvolvidas,
recobre, no entanto, algumas características comuns: incidir quer nos processos quer nos
produtos, como forma de evidenciar o caráter formativo da avaliação em consonância com a
progressão da aprendizagem; definir-se num quadro de negociação variável, de acordo com os
objetivos e os instrumentos requeridos, mas valorizando sempre a dimensão negocial e crítica
como sendo competências gerais a adquirir pelos formandos; reforçar os aspetos de uma
progressiva autonomia e capacidade de decisão, características fundamentais à procura e
seleção de informação, necessárias num processo de formação ao longo da vida.
Os critérios para avaliação do progresso e da aprendizagem dos formandos resultam das
competências definidas.
O plano de avaliação deve refletir os diferentes estilos de aprendizagem dos formandos, as
diferentes formas de evidenciarem as suas aprendizagens e a natureza das capacidades que
vão ser avaliadas. A autoavaliação também deve ser considerada.
Assim, a avaliação terá que incidir tanto nos processos de trabalho, como nos seus produtos.
A informação recolhida deve dizer respeito a conceitos, capacidades e estratégias de ação,
atitudes e valores.
A avaliação deverá ser contínua podendo incidir nos seguintes produtos: relatórios de reflexão
pessoal (resultantes, por exemplo da discussão de temas controversos ou das simulações em
torno de dilemas), trabalhos resultantes das atividades de resolução de problemas que podem
33
ter suportes variados (informação recolhida e tratada, adequação das propostas de
intervenção, implementação das propostas e resultados obtidos), participação nas discussões.
A formadora pode adquirir informação de formas diversas:
1. Observar a forma como é organizado e planificado o trabalho (“Diário de bordo”, folha de
registo com os parâmetros de avaliação, ...);
2. Analisar a informação selecionada e/ou trabalhada;
3. Observar o desempenho dos formandos na concretização das diversas atividades (expressão
oral, argumentação, capacidade de ouvir os outros, respeito por opiniões diferentes,
interpretação e aplicação de conhecimentos, equacionar variáveis, );
4. Analisar os argumentos e as reflexões produzidas e a adequação das propostas de
intervenção (por exemplo: as ideias e opiniões apresentadas refletem a pesquisa efetuada, são
considerados pontos de vista diferentes, as propostas de ação são exequíveis, as propostas de
ação referem-se aos próprios ou apenas aos outros, ).
A definição dos parâmetros de avaliação e dos respetivos critérios deve ser negociada com os
formandos no início das atividades e sugere-se, ainda, a atribuição de pesos diferentes para os
produtos de avaliação de modo a tornar mais claro o modo como se obtém a classificação final
de cada formando.
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Consciencialização e sensibilização ambiental
Afirmações:
c. Os recursos da Natureza devem ser utilizados pelo Homem para produzir riqueza,
desenvolvendo economicamente o planeta.
d. Considero que é mais importante as pessoas terem emprego do que proteger o meio
ambiente.
e. Os problemas ambientais que surgirem no novo século e que afetarão as novas gerações
serão certamente resolvidos pelo desenvolvimento da ciência
Tarefa: Das 5 afirmações apresentadas, deverá escolher uma que gostaria particularmente de
comentar/refletir
2. Qual a tomada de posição face a esta, concordam, discordam, com base em argumentos.
3. Redigam uma pequeno texto sobre as ideias faladas em grupo, para posteriormente
apresentarem ao grupo.
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gases que aprisionam o calor. A menos que comecemos a controlar as emissões de CO2 e de
compostos similares, as temperaturas médias globais vão, provavelmente, subir entre 1 e 5
graus até ao final do século; mesmo a extremidade inferior desse espectro pode causar muita
confusão meteorológica. Entre outras coisas, quanto mais elevada for a temperatura, mais
rapidamente a humidade pode evaporar-se da superfície da terra e condensar, sob a forma de
gotas de chuvas nas nuvens, aumentando substancialmente o risco tanto de secas como de
chuvas torrenciais.
A atividade humana está a modificar a precipitação de outras maneiras dramáticas. As imagens
de satélites mostram que os aerossóis industriais – ácido sulfúrico e coisas semelhantes –
emitidas pelas siderurgias, refinarias de petróleo e centrais elétricas estão a suprimir a
precipitação nos grandes centros industriais.
Para refletir:
1. Quais pensam ser os principais problemas ambientais no nosso país?
2. Acham que estes problemas afetam os vários países do mundo?
3. De que modo a atividade humana pode provocar problemas ambientais? Que exemplos
conhecem?
4. Consideram que o cidadão comum pode dar um contributo na resolução desses problemas?
Como?
5. Que tipo de ações realizam no dia-a-dia para ajudar a resolver os problemas ambientais?
Por exemplo, costumam separar o lixo para reciclagem? Ou aproveitar as folhas utilizadas
apenas de um lado para rascunhos?
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6. Consideram que o desenvolvimento económico é compatível com a qualidade do ambiente?
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apenas 200 anos, a concentração de dióxido de carbono em nossa atmosfera aumentou em
30%.
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RIBEIRO, Luís; TEIXEIRA, Clara; MORGADO, Manuel (2009), “25 Ideias para poupar o Ambiente
(e dinheiro…), in VISÃO Edição Especial Verde, pp. 132 – 146, Lisboa.
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Ficha de Conhecimentos
6. Devemos utilizar os recursos naturais hoje, conscientes que as gerações futuras também
têm de usufruir deles, a isto chama-se .
8. Nem todos os países assinaram o protocolo de Quioto, o exemplo mais flagrante são
os .
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De que energias renováveis ouviste falar? Escolha a que tu achas mais importante
continuar a implementar em Portugal e justifica a tua resposta.
Que gestos podemos fazer no nosso dia-a-dia para minimizar os impactos do homem
no meio ambiente.
Bom trabalho!
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Bibliografia | Webgrafia
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