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Físico-Química II

Rodrigo Souza Banegas

Experimento 02
CINÉTICA DA INVERSÃO DA SACAROSE. MÉTODO POLARIMÉTRICO.

Alunos: Carolina de Andrade, Edemilson de Modesti, Vinícius Schwamberger.


Data: 21/03/2012

Temperatura: 25°C
Pressão: 759 mmHg

OBJETIVOS

Observar a cinética de uma reação pelo método polarimétrico e obter a constante de


velocidade (K) através do desenvolvimento de um gráfico.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Primeiramente zerou-se o polarímetro com água. Este aparelho mede o ângulo de


rotação de uma solução opticamente ativa. Para zerar o polarímetro colocou-se água
destilada no tubo de observação. Girou-se o disco somente o suficiente para que fosse
visível a viragem da luminosidade, pois maiores giros podem levar a ilusões visuais com
o risco de se fazerem leituras erradas.

Para exato ajuste do ponto de viragem da luminosidade retrocedemos até a mesma


luminosidade inicial e, por meio de pequenos giros do disco, alcançamos novamente a
viragem da luminosidade. Desta maneira, fez-se um ajuste grosseiro na primeira vez e
consequentemente procuramos alcançar maior exatidão nas próximas vezes. A leitura
é feita pelo ponto conforme a figura abaixo.
Figura 01 - Visualização após ajuste da ocular do polarímetro.

A leitura que fizemos da água foi de:

αágua = 3,1

Preparamos, então, 100 mL de solução de sacarose 20% (massa/volume) utilizando


20g de sacarose e completando até 100 mL de água destilada em balão volumétrico.
Retiramos a água do tubo, secamos e colocamos a solução de sacarose 20% preparada
anteriormente e fizemos a leitura no polarímetro:
αsacarose = 29,5

A partir das duas leituras podemos obter o valor do α da sacarose:

α = αsacarose - αágua

α = 29,5 – 3,1

α = 26,4

De posse desse valor, encontramos a rotação específica da sacarose pela equação


abaixo.

[ α ]Tλ = α × 100
C×L

26,4
[ α ]Tλ = × 100
0,20 ×200

[ α ]Tλ =66 , 0
Sabendo que a rotação específica da sacarose teoricamente é de 66,5 e tendo o valor
experimental, calculamos o erro absoluto e relativo.

Eabsoluto =α experimental−α te ó rico Ea ×100


Erelativo =
α teórico
Eabsoluto =66,0−66,5
−0,5 ×100
Erelativo =
Eabsoluto =−0 , 5% 66,5

Erelativo =−0 ,7519 %

Pipetou-se 25 mL da solução de sacarose em erlenmeyer (erlenmeyer 1) e juntou-se


25 mL de água destilada. Novamente pipetaram-se outros 25 mL da solução de
sacarose e colocou-os num outro erlenmeyer idêntico ao primeiro (erlenmeyer 2).
Num terceiro (erlenmeyer 3), colocou-se 25 mL de uma solução de ácido clorídrico 2
mol/L.

Encheu-se o tubo do polarímetro com a solução de sacarose do erlenmeyer 1 e


determinou-se o ângulo ( a0 ) de rotação da luz polarizada. Depois da leitura, limpou-se
o tubo e preparamo-lo para as leituras dos itens seguintes.

Juntou-se o conteúdo dos erlenmeyers 2 e 3 dando início à reação. Simultaneamente


disparamos o cronômetro, homogeneizando a solução resultante e, sem perda de
tempo, colocamo-la no tubo do polarímetro. Fez-se logo a primeira leitura anotando o
tempo. Realizamos mais 4 medidas de três em três minutos e outra série de 5 leituras
em intervalos de 5 minutos. Leu-se rapidamente após ajustar, pois a inversão continua
ocorrendo. Os dados obtidos experimentalmente estão expressos na tabela abaixo:
Tempo (s) Ângulo de rotação (a) a + 0,311 a0 log (a + 0,311 a0)
3 17,0 20,3277 1,3081
6 14,0 17,3277 1,2387
9 13,2 16,5277 1,2182
12 11,5 14,8277 1,1711
17 10,1 13,4277 1,1280
22 9,7 13,0277 1,1149
27 8,2 11,5277 1,0617
32 6,7 10,0277 1,0012
37 5,6 8,9277 0,9507
Tabela 01 – Valores obtidos

Depois de lidos os valores no polarímetro, obtivemos o log (como na tabela) e


pudemos fazer um gráfico a partir deste e do tempo.

1.4000
1.2000 f(x) = − 0.01 x + 1.31
1.0000
R² = 0.98
log ( a + 0,311 a0 )

0.8000
0.6000
0.4000
0.2000
0.0000
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo (s)

Gráfico 01 – log (a + 0,311 a0) versus tempo (s)

Substituindo y e x na equação da reta encontrada, temos que:

λ
K = -0,009 . [ α ]T + 1,307

K = -0,009 . 66,0 + 1,307

K = 0,713

CONCLUSÃO
Concluímos que a sacarose, a dextrose e a levulose são oticamente ativas e o desvio
angular do ângulo de polarização da luz depende da concentração de cada
componente da mistura. Sendo assim, acompanhamos a cinética da reação de
inversão da sacarose usando um polarímetro e, através de um gráfico, pudemos
determinar a velocidade da reação.

FONTES DE ERRO

Podemos citar como fontes de erros a mistura de volumes inexatos para as soluções
de sacarose, o tempo decorrido da reação lido de forma errada, e outra grande fonte é
o uso do polarímetro. Primeiramente a pessoa que executar as leituras pode ter se
equivocado ao zerar o aparelho ou tido dificuldades na leitura dos graus da luz.

Também pode ter ocorrido de ficarem bolhas no tubo da solução, provocando leituras
errôneas. Por se tratar do olho humano podemos ter nos equivocado com a inversão
da cor da ocular.

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