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Introdução teórica
A régua milimétrica de aço, plástico ou madeira, é geralmente utilizada para medir comprimentos
não muito pequenos e quando a precisão desejada para a medida não é muito alta. Neste tipo de
régua o limite de erro experimental (l.e.i.) fica entre ± 0,2 mm para réguas de boa qualidade e ± 0,5
mm para réguas mais ordinárias.
É conveniente usar-se diferentes trechos da régua na repetição das medidas de modo a reduzir os
efeitos de diferenças na marcação da escala e tornar, assim, as medidas mais independentes.
Materiais necessários
Placa de alumínio
Régua milimétrica
Procedimento
1. Faça cinco medições da espessura, largura e comprimento da placa de alumínio com a régua
milimétrica.
2. Organize os seus dados numa tabela contendo: os valores das grandezas, as incertezas e as
unidades de medida, conforme Tabela 1.
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3. A partir dos valores da espessura, largura e comprimento, obtidos na Tabela 1, calcule o volume
da placa com a respectiva incerteza V́ ± ∆ V .
Leitura Complementar
Algumas regras para representação do valor e do desvio de uma medida:
O desvio padrão, tanto da medida directa quanto da medida indirecta, deverá ser expresso
com um algarismo significativo;
O valor da medida deverá sempre ter o mesmo número de casas decimais que o desvio
(quando expressadas nas mesmas unidades).
Se o desvio padrão obtido for menor que o limite do erro instrumental (l.e.i.), o l.e.i. deverá
ser utilizado no lugar do desvio padrão.
Limite do erro instrumental
O limite do erro instrumental (l.e.i.) de um instrumento de medição com escala de leitura contínua
(réguas, micrómetro, medidores com ponteiro) é definido como a menor fracção da menor divisão
da escala que pode ser estimada visualmente. Um olho humano normal é capaz de distinguir dois
pontos distantes de 0,1 mm numa distância de 25 cm (distância normal de leitura). Então, para
instrumentos com a largura das divisões menores da escala da ordem de 1 mm pode-se tomar com
segurança o l.e.i. como ± 0,2 unidades dessas divisões. Por exemplo, pode-se tomar o l.e.i. de uma
régua milimétrica de boa qualidade como ± 0,2 mm. Todavia, a depender da qualidade da escala e
da regularidade das divisões, este valor pode chegar a ± 0,5 mm (réguas de plástico) e mesmo a ± 1
mm (escalas de pedreiro); para um micrómetro, cuja menor divisão da escala é 0,01 mm, o l.e.i. é ±
0,002 mm; para um amperímetro com menor divisão da escala de 0,1 mA, o l.e.i. pode ser ± 0,02
mA a ± 0,05 mA a depender da qualidade da escala, se esta é espelhada, se a leitura é feita com
lupa, etc. (para essa estimativa admite-se que o amperímetro tenha capacidade suficiente para
responder a variações da ordem de 0,02 mA ou 0,05 mA, o que não decorre da menor divisão da
escala, mas da capacidade de resposta do instrumento, a qual é fornecida pelo fabricante. Se a
sensibilidade do amperímetro for, por exemplo, 0,1 mA, o correcto é tomar-se o l.e.i. como ±
0,1mA). Para larguras maiores, o operador deve estabelecer um l.e.i. com apenas um algarismo
significativo tal que lhe dê segurança que o valor da medida jaz no intervalo por este definido.
Nos instrumentos com escala de leitura descontínua (escala com vernier, cronómetros mecânicos), o
l.e.i. é estabelecido pelo fabricante e normalmente corresponde à menor medida (que geralmente
corresponde à menor divisão do instrumento) possível de ser feita no instrumento. Assim, em
instrumentos dotados de vernier, como o paquímetro, o l.e.i. é a própria natureza (menor divisão) do
instrumento. Para um cronómetro mecânico que marca em intervalos de 0,1 s toma-se o l.e.i. igual a
este valor. Em medidores digitais o l.e.i. é, geralmente, uma unidade do último dígito mostrado no
visor.
Bibliografia
Graça, V. (2013). Apostila de Física Experimental I. Sul-Rio-Grandense: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia.
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