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Saúde Coletiva

Promoção de Saúde Bucal: princípios gerais

Educação em Saúde

Programação para Clientelas Específicas

Estratégias Populacionais e de Alto Risco

Planejamento e programação em Saúde Pública

Profª Élem Sampaio


Promoção x Educação
2

 Ainda há alguma confusão. Há quem entenda que Educação e

Promoção de Saúde são sinônimos.

 Promoção de Saúde possui um significado mais amplo, é


multidisciplinar. E Educação em Saúde é visto pela maioria dos
autores como uma atividade de Promoção de Saúde.

(Candeias, 1997)
Profª Élem Sampaio
Educação em
Saúde Medidas
Serviços econômicas
preventivos e fiscais

Atividades de
Ações Promoção de Trabalho
ambientais Saúde comunitário

Políticas públicas Melhoramento nos


saudáveis locais de trabalho
Profª Élem Sampaio 3
Promoção de Saúde
4

Processo que permite às pessoas aumentar o controle e melhorar a


sua saúde. Representa um processo social e político, não somente
incluindo ações direcionadas ao fortalecimento das capacidades e
habilidades dos indivíduos, mas também ações direcionadas a
mudanças das condições sociais, ambientais e econômicas
para minimizar seu impacto na saúde individual e pública.

OMS

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Promoção de Saúde
5

 A Educação em Saúde tem um papel central na Promoção de

Saúde, de forma múltipla:

 Empoderando os indivíduos a tomarem decisões;

 Através da reeducação dos profissionais de saúde;

 Estimulando a consciência crítica na comunidade a, conjuntamente,


agirem em direção a resolução de seus problemas comuns.

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Pressão
Políticas saudáveis Lobby
Pública

Serviços
de Saúde
Comunidade
Empoderada
Saúde

Decisão Individual
Definição
de Agenda

Empoderamento
Educação
1 2 profissional
Conscientização 3
crítica EDUCAÇÃO (Tones e Tilford, 1995)
Profª Élem Sampaio 6
Promoção de Saúde Aplicada à Educação em Saúde
7

1° nível de prevenção, forma


Promoção de moderna de enfrentar os desafios
Saúde referentes a saúde e qualidade de
vida.

Procura desencadear mudanças de


Educação em comportamento individual.
Saúde

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Promoção de Saúde Aplicada à Educação em Saúde
8

 A importância da Educação para a


Promoção da Saúde é fator
imprescindível para a melhoria da
qualidade de vida.

 Promoção da Saúde depende


essencialmente da Educação.

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Educação em Saúde
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 Conceito 1:

“... é o processo pelo qual as pessoas ganham conhecimento, se


conscientizam e desenvolvem habilidades necessárias para
alcançar saúde.” (Moyses e Watt, 2000)

 Conceito 2:

“... qualquer combinação de experiências de aprendizado planejadas


para predispor, capacitar, ou reforçar comportamentos voluntários
que conduzam à saúde, em indivíduos, grupos ou comunidades.”
(Frazier apud Pine, 1992)

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Educação em Saúde
10

 Conceito 3:

Processo de trocas de saberes e experiências entre a


população, como um todo, incluindo usuários,
profissionais e gestores de saúde.

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Educação em Saúde
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Instrumento de transformação social, não


só a educação formal, mas toda ação
educativa que propicie a reformulação
de hábitos, aceitação de novos
valores e que estimule a criatividade.

SALGADO, 1989; GONÇALVES, 2003

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Educação em Saúde
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 Objetivos:

 Preparar indivíduos para o exercício da cidadania


plena;

 Criar condições na luta pela conquista e


implementação de seus direitos;

 Melhoria da qualidade de vida para todos.

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Educação em Saúde
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 Princípios:

 Relevante às necessidades

 Participação ativa

 Ambiente informal, não ameaçador

 Estímulo ao auto-cuidado, independência

 Continuidade, reforço

(Ken e Close, 1995)


(Kemm & Close, 1985)

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Conscientização
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Ato de conhecimento, uma aproximação


crítica da realidade;

 População necessita conhecer para


querer e querer para pedir e fazer.

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Transmissão de Conhecimentos
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É por meio da educação que se dá a transmissão e a


assimilação da cultura;

 Permite o conhecimento do estágio de


desenvolvimento humano;

 Na área de saúde, tem sido fundamental para a


mudança do modelo de atenção.

SHINKAI & CURY, 2000

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Educação em Saúde Bucal
16

 É o principal instrumento na saúde bucal coletiva,


sendo, cada vez mais, requisitada, visando a uma
adequada Promoção de Saúde.

 Meio de abordagem é considerado de baixo custo e


com possibilidades de alto impacto odontológico no
âmbito público e coletivo.

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Aspectos que devem ser observados durante as atividade de
Educação em Saúde Bucal
17

 respeito à individualidade;
 contextualização nas diversas realidades;
 respeito à cultura local e linguagem popular;
 ética;
 autopercepção de saúde bucal;
 reflexão sanitária: incentivar os usuários a
participar das decisões relativas à saúde;
 uso de metodologias adequadas a cada situação e a
cada grupo etário.
CAB 17 – SAÚDE BUCAL, 2006

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Conteúdos para as Ações Educativas Coletivas em Saúde Bucal
18

As principais doenças bucais, como se manifestam e


como prevenir;
 A importância do autocuidado, da higiene bucal, da
escovação com dentifrício fluoretado e do uso do fio
dental;
 Os cuidados a serem tomados para se evitar a
fluorose;
 As orientações gerais sobre dieta;

CAB 17 – SAÚDE BUCAL, 2006

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Conteúdos para as Ações Educativas Coletivas em Saúde Bucal
19

 A orientação para autoexame da boca;


 Os cuidados imediatos após traumatismo dentário;
 A prevenção à exposição ao sol sem proteção;
 A prevenção em relação ao uso de álcool e fumo
(drogas lícitas e ilícitas).

CAB 17 – SAÚDE BUCAL, 2006

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Quem deve desenvolver atividades de Educação em Saúde Bucal
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 Cirurgião-dentista;
 Técnico em Saúde Bucal (TSB);
 Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) ;
 Agente Comunitário de Saúde
(ACS).

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Educação: O Processo Ensino-Aprendizagem
21

Estratégia

Saúde X Educação

O indivíduo passa a ter responsabilidade por sua saúde e


condições da vida.

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Educação: 0 Processo Ensino-Aprendizagem
22

Escola x Odontologia

A escola representa um ambiente educacional


e social propício para trabalhar conhecimentos e mudanças
de comportamento.

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Práticas de Educação em Saúde
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 Ações

 Atividades voltadas à transformação do


comportamentos do indivíduo, dirigidas ao
estilo de vida ou ao ambiente sócio-cultural. Ex:
autocuidado e higiene pessoal.
 Atividades voltadas ao coletivo do indivíduo e ao
ambiente. Ex: participação ativa da sociedade, do
poder público.

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Educação em Saúde
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 Técnicas destinadas a:
 assegurar a adesão às terapias e medicações
prescristas;
 lidar com recusa e abandono do tratamento,
orientação sobre comportamentos de risco,
como falta de higiene bucal, consumo excessivo
de açúcares, drogas legais e ilegais.

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Educação em Saúde
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Tecnologias para a abordagem:


indivíduo, família e comunidade

Aproximação:
profissionais de saúde e comunidade.

É um princípio importante para a concretização do modelo


proposto.

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Educação em Saúde
26

Tipos de tecnologias para a abordagem

 Acolhimento;
 Espaço para diálogo;
 Trabalho com grupos;
 Visita Domiciliar;
 Consulta;
 Motivação.

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Educação em Saúde
27

Tipos de tecnologias para a abordagem

 Acolhimento:
 Garantir a resolubilidade que é o objetivo final
do trabalho em saúde, resolver efetivamente o
problema do usuário;
 Oferecer sempre uma resposta positiva à
demanda do usuário.

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Educação em Saúde
28

Tipos de tecnologias para a abordagem

 Espaço para diálogo:


 É o primeiro passo para demonstrar interesse;
 Interesse e atenção de forma acolhedora;
 Linguagem popular em saúde - prática
pedagógica.

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Educação em Saúde
29

Tipos de tecnologias para a abordagem

 Trabalho com grupo:


 Prática mais comum de Educação em Saúde
na Atenção Básica;
 Objetivo: promover a saúde do indivíduo.

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Educação em Saúde
30

Tipos de tecnologias para a abordagem

 Visita Domiciliar:
 Instrumento essencial para que se conheça a
realidade das famílias e condições de vida;
 Deve compreender ações sistematizadas que
considerem o antes e o depois da visita, a partir
de um plano de ação consistente.

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Educação em Saúde
31

Tipos de tecnologias para a abordagem

 Consulta:
 Tem valor significativo de encontro entre o
usuário e o profissional de saúde;
 Tecnologia de abordagem ao indivíduo
essencial que nos reportemos à discussão;
 Na área de saúde, ainda é muito forte.

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Educação em Saúde
32

Tipos de tecnologias para a abordagem

 Motivação:
 Para o auto-cuidado;
 Motivação e aprendizagem da Educação em
Saúde;
 “Escove os dentes que você terá saúde bucal”.

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Modelos Pedagógicos em Educação
33

1. Pedagogia da Transmissão

2. Pedagogia Comportamentalista

3. Pedagogia da Problematização

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Modelos de Educação em Saúde
34

1. Modelo Educativo

2. Modelo Preventivo

3. Modelo Radical

4. Modelo de Empoderamento (Desenvolvimento Pessoal)

(Tones e Tilford, 1995)


(Tones e Tilford, 1995)

Profª Élem Sampaio


Modelo Educativo
35

 O modelo tradicional biomédico de educação baseia-se no

pressuposto lógico de que a aquisição de conhecimento leva a


mudança de atitude, que, continuada resulta em mudança de
práticas (C-A-P).

 Esse modelo baseia-se, essencialmente, na transmissão de


informações.

(Tones e Tilford, 1995)

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Modelo Preventivo
36

 A compreensão de que conhecimento não é suficiente para

mudança de comportamento, levou à reformulações do sistema


educativo, agora, com uma ênfase comportamentalista.

 Indivíduos recebiam conhecimento e eram persuadidos e treinados

para mudar comportamentos dos seus estilos de vida.

(Tones e Tilford, 1995)

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Modelo Radical
37

 Possui foco em determinantes sociais distais de


comportamento. Assim, ações no âmbito de políticas públicas e
ambientais passam a ter importância.

 Suas ações educativas são centradas na ideia de conscientização

crítica de Paulo Freire.

(Tones e Tilford, 1995)


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Modelo Radical
38

A educação libertadora, base do processo de conscientização


crítica, é criticada quando esse processo não garante recursos
para a implementação das propostas.

É frustrante saber que nada pode ser feito.

Do ponto de vista ético, necessita de suporte de políticas


sociais amplas, que oportunizem mudanças estruturais.

(Tones e Tilford, 1995)

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Conscientização Crítica/Pedagogia da Problematização
39

 Etapas do processo de ensino-aprendizagem:

 Observação e reflexão crítica sobre a realidade,

 Busca coletiva das razões para os problemas vivenciados (ex: casos


clínicos, falta de médico na UBS, etc)

 Teorização do problema e exame de suas implicações

 Desenvolvimento de ações de transformação

(Feire, 1967)
Profª Élem Sampaio
Modelo de Empoderamento
40

 Esse modelo utiliza-se dos princípios chaves do modelo radical em

termos de atividades educativas para conscientização crítica.

 Associa princípios de promoção de saúde (desenvolvimento de

políticas públicas saudáveis) que agem sinergicamente.

 A principal diferença está no processo de ênfase em


empoderamento comunitário, ao invés do empoderamento
individual.

Profª Élem Sampaio


Modelo de Empoderamento
41

 A educação libertadora, tem um papel importante na Promoção de

Saúde como prática de empoderamento:

 Empoderamento psicológico (individual): sentimento de


maior controle sobre a própria vida, sem que haja necessidade de
participação em ações coletivas. Ex: fortalecimento de auto-estima e
habilidades individuais, capacidade de adaptação ao meio.

 Empoderamento coletivo: processo de redistribuição de poderes


na sociedade por processo de participação coletiva. Com isso, o
acesso aos recursos disponíveis na comunidade é mais justo. Ex:
reunião de bairro, grupos de discussão. (Carvalho, 2004)

Profª Élem Sampaio


PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRINHA
Fundatec / 2012 42

QUESTÃO 42 – Moysés e Kusma (2008) propõem algumas estratégias e

ações de promoção de saúde com foco na saúde bucal. Analise se as

afirmativas a seguir constituem ações ou estratégias intersetoriais

voltadas para a promoção de saúde, preenchendo com V as assertivas

verdadeiras e com F as falsas:

( ) Estimular a participação das equipes de saúde bucal em redes de

proteção contra a violência.

( ) Estimular a criação de Escolas Promotoras de Saúde.

Profª Élem Sampaio


PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRINHA
Fundatec / 2012 43

QUESTÃO 42

( ) Aumentar as taxas governamentais sobre dentifrícios fluoretados e

sobre escovas de dente.

( ) Apoiar a construção de políticas nutricionais e de saúde bucal em pré-

escolas e creches, disponibilizando alimentação saudável.

( ) Capacitar os profissionais de saúde para trabalhar com estratégias

populacionais e determinantes sociais, de forma que a atuação

profissional integre ações de prevenção, diagnóstico e tratamento dos

indivíduos, não separando a boca do corpo.


Profª Élem Sampaio
PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRINHA
Fundatec / 2012 44

QUESTÃO 42

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A) F – V – F – V – V.

B) V – V – V – F – F.

C) V – V – F – F – F.

D) V – V – F – V – V.

E) V – V – V – V – V.

Profª Élem Sampaio


PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA - UFPR
45

Considerando a definição e os princípios de promoção de saúde bucal,

assinale a alternativa correta.

a) Promoção de saúde direciona atenção às pessoas em risco para doenças

específicas ao invés de envolver a população como um todo no contexto

de sua vida cotidiana, a fim de promover responsabilidade sobre a

própria saúde e os benefícios positivos de comportamentos saudáveis.

b) Promoção de saúde bucal é igual a educação em saúde bucal, pois

ambas são processos pelos quais as pessoas adquirem conhecimento

para alcançar saúde bucal.

Profª Élem Sampaio


PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA - UFPR
46

c) Promoção de saúde bucal é qualquer esforço planejado para construir

políticas públicas saudáveis, criar ambientes suportivos, fortalecer ação

comunitária, desenvolver habilidades pessoais ou reorientar serviços de

saúde na busca de metas em saúde bucal.

d) Promoção de saúde é o processo pelo qual as pessoas adquirem

conhecimento, se conscientizam e desenvolvem habilidades necessárias

para alcançar saúde bucal.

e) A abordagem preventiva para a promoção de saúde bucal inclui

atividades educacionais focadas em oportunidade de aprendizagem das

pessoas, o que evita o surgimento de novos casos de doença.


PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAQUAQUECETUBA
Instituição de Ensino Soler / 2012
47

34. Assinale a alternativa incorreta em relação à Educação em Saúde:

a) Educar em saúde é procurar compreender os problemas que acometem

determinada comunidade e fazer que a população tenha consciência

desses problemas e busquem soluções. Deste modo a educação deve

estar baseada no diálogo, na troca de experiências, e deve haver uma

ligação entre o saber científico e o saber popular.


PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAQUAQUECETUBA
Instituição de Ensino Soler / 2012
48

34.

b) A Educação em Saúde é de extrema importância na promoção da saúde

bucal da população. Para tanto, deve ser trabalhada o mais

precocemente possível junto aos indivíduos, desta maneira a idade

escolar é um período propício para o trabalho de motivação, porque

além das habilidades manuais, a criança já desenvolveu uma noção das

relações causa/efeito, contribuindo para o reconhecimento da

importância da prevenção.
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAQUAQUECETUBA
Instituição de Ensino Soler / 2012
49
34.

c) Um programa educativo deve ter como objetivo a promoção de saúde e

nunca levar a mudanças de crenças, atitudes e comportamento em

relação à saúde. Educar de uma maneira que a população entenda com

linguagem simples.

d) As atividades educativas devem ser voltadas para a população como um

todo, existem fatores de risco comuns a várias doenças, tais como

tabagismo, alcoolismo, exposição ao sol sem proteção e dieta

inadequada, entre outros, e que devem ser abordados em conjunto no

nível da equipe de saúde, de forma multiprofissional.


Planejando Atividades de Ensino
50

1. Identificar objetivos, realísticos, importantes e apropriados

2. Planejar a aula

3. Ir do conhecido para o desconhecido

4. Objetivar para o máximo de envolvimento

5. Variar nos métodos de ensino

(Kemm & Close, 1985)

Profª Élem Sampaio


Planejando Atividades de Ensino
51

 Quais são as características do grupo: nº de participantes, faixa etária,

sexo, nível de integração;

 Número de encontros;

 Periodicidade;

 Tempo de cada encontro;

 Temas a serem discutidos;

 Técnicas a serem utilizadas;

 Recursos auxiliares;

 Coordenação.

Profª Élem Sampaio


Barreiras ao Aprendizado
52

 Diferenças sociais-culturais

 valores, opiniões, hábitos, condições de vida

 Limitações na receptividade

 cansaço, distração , fome

 Problemas de compreensão

 linguagem, problemas mentais

 Falta de preparo do comunicador

 Preconceitos sobre o comunicador

(Kemm & Close, 1985)

Profª Élem Sampaio


Abordagem na Educação Infantil
53

 Crianças:

 pensam literalmente e não abstraem

 concentram-se por um curto espaço de tempo

 aprendem através de exemplos

 aprendem através dos pais e pessoas importantes para elas

 aprendem através do ambiente

 aprendem melhor em modelos lúdicos

 precisam de suporte, encorajamento

(Kemm & Close, 1985)

Profª Élem Sampaio


Abordagem na Educação de Adultos
54

 Adultos:

 aprendem melhor em ambiente familiar

 aprendem em resposta às suas necessidades

 aprendem por associação

 retém conhecimento de uso prático/imediato

 gostam de ser responsáveis por seu aprendizado

(Kemm & Close, 1985)

Profª Élem Sampaio


Abordagem na Educação de Idosos
55

 Idosos:

 tem deterioração visual

 tem perda de audição

 dificuldade de memorização

 dificuldade de concentração

 aprendizado por repetição

(Kemm & Close, 1985)

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: bebês, gestantes, lactentes
56

O início da instituição dos processos educacionais


deve acontecer logo no início da gestação, quando
a mãe é levada a cuidar de sua saúde integral e ser
estimulada a proceder os cuidados preventivos de
sua saúde bucal. Assim, prevenção durante a
gestação leva à prevenção de doenças bucais no
bebê.

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: bebês, gestantes, lactentes
57

 Orientações:

 Primeira janela da infectividade;

 Sedimentar na mãe o conceito de que ela além de capaz é


responsável pela construção da saúde bucal de seu filho;

 Aleitamento materno é importante para o desenvolvimento físico e


emocional;

 Placa e higiene bucal (o que é, como removê-la);

 Importância da dentição decídua;

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: bebês, gestantes, lactentes
58

 Orientações:
 Cárie dentária é uma doença transmissível (????);
 Cárie de mamadeira/de aparecimento precoce;
 Controle da dieta;
 Controle do uso de dentifrício;
 Hábitos inadequados;
 Medicamentos

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: bebês, gestantes, lactentes
59

 Finalidade da limpeza da cavidade bucal do

bebê:
 Remover o leite estagnado no interior da boca;

 Massagear a gengiva;

 Acostumar a criança à manipulação da sua


cavidade bucal.

PEREIRA, 2003

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: bebês, gestantes, lactentes
60

 Iniciar a escovação assim que começar a nascer

o 1º dentinho do bebê;

 Posteriormente, escova infantil com cerdas


macias deve ser dada à criança, para que ela
possa imitar os pais.

PEREIRA, 2003

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: crianças
61

 Deve articular a escola e a família, num processo de cooperação e


complementação, dividindo tarefas e deveres para o bom
desenvolvimento do indivíduo.

 É ainda necessário que a motivação se estenda aos pais e/ou


responsáveis, para que esses possam ensinar aos seus filhos e desta
forma perpetuar o aprendizado.

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: crianças (2 a 9 anos)
62

 À medida que a criança for crescendo, deverá ser incentivada a fazer a

higiene da cavidade bucal, sob supervisão da família ou dos cuidadores;


 Usar quantidade mínima de creme dental;

 O uso do fio dental deve ser introduzido.

BASTOS, 2003

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: crianças
63

O papel do educador junto às crianças e


suas famílias é utilizar-se da escola e do
sistema educacional para alcançar seus
objetivos com relação à Educação em
Saúde. Atuando sobre as crianças, está
também modificando hábitos
intelectuais, sanitários ou morais
defeituosos.

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: adolescentes
64

 Trabalhar com auto-estima;

 As orientações quanto a higiene, saúde e doença são as mesmas passadas

para o grupo anterior, tomando o cuidado na adequação da linguagem


própria do grupo;

 Deixá-los tomar decisões a respeito da higienização;

 Uso de evidenciadores;

 Trabalhar com desafios e com a responsabilidade do adolescente.

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: adultos
65

 Os processos educativos voltados para

a população adulta devem-se adequar à


experiência pregressa destes pacientes
com relação à saúde bucal.

 Uma das abordagens a ser considerada

é a realizada em ambiente odontológico


do consultório.

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: idosos
66

 O trabalho de conscientização pode ser feito através de imagens

correlacionando o processo “saúde x doença”.

 Orientações quanto a higiene bucal, técnicas de higienização, cuidados

com a prótese, orientações quanto a dieta/nutrição e bochechos com


flúor ou clorexidina quando necessário.

 Os recursos que melhores resultados produzem são filmes, slides,

cartazes, álbuns seriados de fotos, cartazes e atividades interativas.

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde:
pacientes com necessidades especiais
67

 Cardiopatas, hipertensos, diabéticos e


renal crônicos são alvo de atenção especial
em virtude das particularidades de suas
doenças.

 Pacientes sindrômicos, também chamados

de pacientes que requerem cuidados


especiais, merecem especial atenção com
relação a sua saúde geral e bucal.

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: paciente ortodôntico
68

 Diante da instalação do aparelho, o


paciente deverá receber as instruções de
cuidados básicos com o mesmo e
principalmente com a saúde de sua boca.

 Escovar os dentes

 Usar o fio dental

 Fazer bochecho com solução fluoretada

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: paciente ortodôntico
69

 Os cuidados com a aparelhagem fixa são:

 sempre verificar se os bráquetes e as bandas


estão bem firmes;

 verificar se os bráquetes e as bandas não


quebraram;

 fazer a limpeza muito bem feita, escovando


sempre bem os dentes após as refeições e lanches;

 tomar cuidados com a mastigação, evitando


alimentos duros e açucarados demais;

 não utilizar palitos de dentes;

 evitar hábitos como roer unhas e morder canetas.

Profª Élem Sampaio


Educação em Saúde: paciente ortodôntico
70

 Os cuidados com a aparelhagem fixa são:

 acondicionar os aparelhos removíveis em um


estojo especial;

 não colocar o aparelho após as refeições sem ter


escovado os dentes e o aparelho;

 não comer com o aparelho na boca, isto pode


machucar a boca e danificar o aparelho;

 não usar o aparelho quando estiver participando


de atividades esportivas;

 dieta do paciente.

Profª Élem Sampaio


Promoção da Saúde e Educação em Saúde
71

Caminhada dupla gerando as possibilidades para que o


indivíduo gerencie as informações, conscientize-se e tome
providências, tendo em vista a qualidade de vida.

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
72

 Razões econômicas:

 poupa custo de tratamento

 mantém indivíduos saudáveis para o trabalho

 Razões humanitárias: todas as pessoas têm o direito de serem

saudáveis e livres de dor.

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
73

 Estratégia de Alto Risco

 Estratégia Populacional

(Rose, 1995)

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
74

 Estratégia de Alto Risco

 Objetivo

 Diminuir os níveis de risco nos indivíduos identificados como de


alto risco a desenvolver alguma doença.

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Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
75

 Estratégia de Alto Risco

 Características

 Prevenção individual

 Usa meios clínicos para baixar os níveis de risco

 Divide a população em dois grupos: um de alto e um de baixo


risco a doença

 Necessita de um exame de triagem na população alvo.

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
76

 Estratégia de Alto Risco

 Implicações

 Para se aplicar esta estratégia deve haver um verdadeiro grupo de


risco bem definido.

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
77

 Estratégia de Alto Risco

 Estabelecimento de Risco

 Risco não é variável dicotômica. Há a necessidade de um ponto de


corte na curva dose-resposta, mas na maioria dos casos este ponto
é arbitrário.

 A maioria das condições biológicas são um continuum, a


dicotimização (sadios x doentes), é usada apenas para processo
decisório.

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
78

 Estratégia de Alto Risco

 Desvantagens

 Comportamentalmente inadequada

 Medicaliza a prevenção

 Paliativa, não evita novos casos

 Custo do exame de triagem

 Os de baixo risco desenvolvem doença

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Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
79

 Estratégia de Alto Risco

 Vantagens

 Sua prática é acessível à maioria dos profissionais

 Personaliza o tratamento

 Não interfere com os de baixo risco

 Melhor alocação de recurso

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
80

 Estratégia Populacional

 Objetivo

 Diminuir o nível médio de risco da população, trazendo algum


benefício para todos.

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
81

 Estratégia Populacional

 Cacarcterísticas

 Considera a população doente

 Baseia-se em métodos de prevenção em massa

 Ataca a “causa da causa”

 Pode ser implementada a nível nacional, estadual ou regional

 Trabalha com fatores de risco que estão espalhados na população

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
82

 Estratégia Populacional

 Paradoxo preventivo

 Um fator que trás um baixo risco para o indivíduo,


proporcionalmente, pode ser um grande problema para a
população quando todos adotam comportamento de risco.

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
83

 Estratégia Populacional

 Implicações

 Os meios de prevenção em massa devem estar disponíveis para


todos

 Necessita abordagem multidisciplinar

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
84

 Estratégia Populacional

 Desvantagens

 Aceitabilidade da população

 Resistência profissional

 Custo e tempo

 Efeitos indesejados sobre a população de baixo risco

Profª Élem Sampaio


Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
85

 Estratégia Populacional

 Vantagens

 É eficaz, ataca a “causa da causa”

 Comportamentalmente apropriada

 Efeitos duradouros

 Beneficia a todos

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Estratégias de Prevenção em Saúde Pública
86

 Estratégia Populacional Direcionada

 A Estratégia Populacional é aplicada para toda uma população, mas


também pode ser direcionada para uma parcela desta (ex: creche,
escola, asilo, bairro), que passará a ser tratada como um todo.

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Planejamento e Programação em Saúde Pública
87

 Identificação do Problema

 Comunicação Acessível

“O plano é o cálculo que precede e preside a ação. Se não preceder, o


plano é inútil porque chega tarde. E se chega a tempo, mas não a
preside, o plano é supérfluo. Por sua vez, a ação sem cálculo que a
presida é mera improvisação”.”

(Matus, 1993)

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Planejamento e Programação em Saúde Pública
88

 Método Cendes-Opas:

 Eficiência e planejamento econômico normativo.

 Racionalidade técnica centrada em estudos de custo.

 Tecnocrático e economicista.

 Privilegiou ações preventivas e propôs trabalho integrado.

 A realidade deveria ser concebida como a norma.

(Goes & Moysés, 2012)

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Planejamento e Programação em Saúde Pública
89

 Método Cendes-Opas:

O objetivo era “otimizar os ganhos econômicos obtidos com saúde e/ou


diminuir os custos da atenção, sendo a escolha de prioridades feitas a
partir do custo-benefício”.

(Goes & Moysés, 2012)

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Planejamento e Programação em Saúde Pública
90

No enfoque do Planejamento Estratégico Situacional (PES), os


problemas são abordados em múltiplas dimensões – política, econômica,
social, cultural, etc. e sua solução depende, muitas vezes, de recursos
extra-setoriais e da intervenção de diversos atores envolvidos na situação.

(Artmann, E)

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Planejamento e Programação em Saúde Pública
91

Desenhado para ser utilizado no nível central, o formato do PES


possibilita a aplicação nos níveis locais/regionais ou mesmo setoriais,
situando os problemas num contexto global mais amplo, o que favorece a
explicação da situação e a construção da viabilidade do plano.

(Goes & Moysés, 2012)

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Planejamento e Programação em Saúde Pública
92

Segundo Mário Testa, no processo de Planejamento Estratégico, o


diagnóstico deve atentar para três aspectos: administrativo,
estratégico e ideológico. A síntese diagnóstica deve refletir a realidade
de saúde analisada. A partir destas, devem ser elaboradas as propostas
programático-estratégicas.

(Goes & Moysés, 2012)

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Planejamento e Programação em Saúde Pública
93

O PES prevê 04 momentos para o processamento técnico-político de


problemas:

1. Momento explicativo: seleção e explicação do problemas.

2. Momento normativo: proposição de ação em diferentes cenários;


desenho do deve ser.

3. Momento estratégico: análise e construção da viabilidade política


do plano; discussão de poder.

4. Momento tático-operacional: tomada de decisão e realização da


ação concreta; fazer/decidir e agir; gestão do plano.

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
94

 Fundamentos teóricos do PES/Triângulo do Governo:

1. Projeto de governo: plano que uma equipe se propõe a realizar


para alcançar seu objetivo.

2. Governabilidade: variáveis ou recursos que a equipe controla ou


não e que são necessários para implementar seu plano.

3. Capacidade de governo: experiência e acumulação de


conhecimentos que uma equipe domina e que são necessários para
implementar seu plano.

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
95

 Método Paidéia ou Método da Roda:

1. São proposta sugestões metodológicas que incluem as ações de apoio


matricial e apoio institucional.

2. Os principais momentos são:


• Construção de vínculo e contrato de trabalho entre equipe técnica, grupos de usuários e
organizações.

• Emergência dos temas.

• Construção de um projeto de intervenção.

• Papel da equipe e da comunidade, intersetorialidade e educação em saúde.

(Goes & Moysés, 2012)

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Planejamento e Programação em Saúde Pública
96

 Institucionalização do Planejamento:

 CF/88 - documentos formais do planejamento orçamentário:

• Plano Plurianual (PPA)

• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

• Lei Orçamentária Anual (LOA)

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
97

 Plano Plurianual (PPA):

 Diretrizes e políticas institucionais.

 Objetivos e metas da administração pública.

 O governo indica o que pretende fazer, como fazer e quando fazer.

 Publicado em lei e editado a cada quatro anos.

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
98

 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO):

 Metas e prioridades da administração pública para o exercício

financeiro.

 Orienta a elaboração da LOA.

 Dispõe sobre alterações na legislação tributária.

 Estabelece a política de aplicação de recursos.

 Possibilita a Participação do Congresso Nacional na definição de metas

e prioridades e na elaboração da proposta orçamentária.

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
99

 Lei Orçamentário Anual (LOA):

 Compreende três orçamentos: fiscal, da seguridade social e das

empresas estatais.

 Estima receitas e despesas relativas aos três poderes.

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
100

 O PPA, a LDO e a LOA são construídos em cada nível de gestão, a

partir das necessidades informadas por cada ente da administração


pública (federal, estadual e municipal).

 No caso da saúde, os instrumentos de planejamento são: o Plano de

Saúde (PS), a Programação Anual de Saúde (PAS) e o


Relatório Anual de Gestão (RAG).

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
101

 O PS:

 Apresenta as intenções e os resultados e serem alcançados em quatro

anos.

 Expresso em objetivos, diretrizes e metas.

 Base para execução, acompanhamento, avaliação e gestão do SUS.

 Documento orientador da área de saúde no PPA.

 Lógica do Planejamento Estratégico.

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
102

 A PAS:

 Instrumento que operacionaliza a excussão das ações previstas no PS.

 Detalha as ações, as metas e os recursos financeiros que


operacionalizam que operacionalizam o PS.

 Apresenta os indicadores para a avaliação (a partir dos objetivos, das

diretrizes e das metas do PS), para cada um dos quatro anos do plano.

 Lógica do Planejamento Tático Operacional.

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
103

 Objetivos do Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS):

 Pactuação de diretrizes gerais para o planejamento do SUS;

 Formulação de metodologias unificadas e modelos de instrumentos

básicos do planejamento, englobando monitoramento e avaliação, com


capacidade de adaptação às particularidades de cada esfera de governo;

 Implementação e difusão da cultura de planejamento que integre e

qualifique as ações do SUS entre as três esferas de governo e subsidie a


tomada de decisão por parte de seus gestores;

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Planejamento e Programação em Saúde Pública
104

 Objetivos do Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS):

 Promoção da integração do planejamento e do orçamento no âmbito do

SUS, bem como da intersetorialidade desse sistema de maneira


articulada com as diversas etapas do ciclo do planejamento;

 Monitoramento e avaliação do planejamento, das ações implementadas

e dos resultados alcançados, de modo a fortalecer o PlanejaSUS a


transparência da gestão do SUS.

(Goes & Moysés, 2012)

Profª Élem Sampaio


Importância do Planejamento no Serviço de Saúde
105

 Necessita ser realizado em linguagem compreendida e compartilhada

por todos;

 É importante destacar o uso da Epidemiologia:

 conhecer o perfil da distribuição das principais doenças bucais;

 monitorar riscos e tendências;

 avaliar o impacto das medidas adotadas;

 estimar necessidades de recursos para os programas;

 indicar novos caminhos.


CAB 17 – SAÚDE BUCAL, 2006

Profª Élem Sampaio


Importância do Planejamento no Serviço de Saúde
106

 Recomenda-se realização de levantamentos epidemiológicos;


levantamentos de necessidades imediatas e avaliação de risco.

 Utilizar sistema de informação que disponibilize dados, produzindo

informações consistentes, capazes de gerar novas ações.

CAB 17 – SAÚDE BUCAL, 2006

Profª Élem Sampaio


Importância do Planejamento no Serviço de Saúde
107

 A rotina de trabalho das Equipes de Saúde da Família inclui

processos de conhecimento do território e da população, bem como da


dinâmica familiar e social, que são valiosos ao planejamento, tais como:

 realização e atualização de mapeamento da área de abrangência com


identificação das áreas de risco e vulnerabilidade;

 cadastro das famílias e atualização constante das informações;

 identificação de pessoas e famílias em situação de risco e


vulnerabilidade;

CAB 17 – SAÚDE BUCAL, 2006

Profª Élem Sampaio


Importância do Planejamento no Serviço de Saúde
108

 análise situacional da área de abrangência;

 acompanhamento mensal das famílias, a partir de visitas


domiciliares realizadas pelos ACS e pela equipe (quando necessário),
bem como análise de informações e indicadores de saúde da área de
abrangência;

 interlocução com o Conselho Local ou Municipal de Saúde;

 desenvolvimento de mecanismos de escuta da comunidade.

CAB 17 – SAÚDE BUCAL, 2006

Profª Élem Sampaio


Importância do Planejamento no Serviço de Saúde
109

 Permite melhor aproveitamento do nosso tempo e dos nossos recursos;

 Esclarece objetivos e metas a serem alcançados ;

 Leva a uma melhor realização do trabalho por parte dos profissionais

envolvidos;

 Permite o acompanhamento das ações por parte da gestão;

 Ajuda a mobilizar vontades e conseguir recursos para o fim almejado.

Profª Élem Sampaio


SES-RS Fundatec/2014
110

QUESTÃO 64 – Sobre o planejamento em saúde, analise as assertivas a


seguir:

I. Na organização das ações e serviços de saúde, cria-se a possibilidade


de se compreender a realidade, os principais problemas e as
necessidades da população.

II. Deve ser realizado em linguagem compreendida e compartilhada por


todos, objetivando a parceria em todos os momentos.

III. Para o planejamento das atividades de saúde bucal na atenção básica,

é necessário destacar a importância da utilização da epidemiologia.

Profª Élem Sampaio


SES-RG Fundatec
111

QUESTÃO 64 –

IV. Para subsidiá-lo, com dados da realidade populacional, recomenda-se


a realização de levantamentos epidemiológicos, levantamento das
necessidades imediatas e avaliação de risco.

Quais estão corretas?

A) Apenas I e II. B) Apenas II e III.

C) Apenas I, II e III. D) Apenas II, III e IV.

E) I, II, III e IV.

Profª Élem Sampaio


49. Sobre a Equipe de Saúde Bucal (ESB) no Programa de
Saúde da Família (PSF) é correto afirmar que:
112

A) A execução das ações básicas de vigilância epidemiológica não é

atribuição da ESB.

B) O maior foco das ações da ESB encontra-se direcionado para a atenção

secundária e terciária.

C) No PSF, as atividades da ESB se restringem à atuação no âmbito da

assistência odontológica.

Profª Élem Sampaio


49.
113

D) As ações de promoção da saúde sugeridas no PSF, em termos de

atenção primária, compreendem somente atividades de educação em

saúde bucal.

E) A ESB deve participar do processo de planejamento, acompanhamento

e avaliação das ações desenvolvidas no território de abrangência das

Unidades de Saúde da Família.

Profª Élem Sampaio


UnB/CESPE – MPU
114

O Programa de Saúde da Família (PSF), criado pelo Ministério da Saúde nos

anos 90 do século passado, representa uma estratégia de reorientação do

modelo assistencial da atenção primária no país. Em relação à inserção das

equipes de saúde bucal, assinale a opção incorreta.

A) Atualmente existe uma grande discrepância entre o número de cirurgiões

dentistas e o número de recursos humanos auxiliares no país, o que pode

dificultar a inserção da saúde bucal no programa.

Profª Élem Sampaio


UnB/CESPE – MPU
115

B) Todas as equipes de saúde bucal do país são compostas por um cirurgião

dentista, um auxiliar de consultório odontológico e um técnico em higiene

dental.

C) Cada equipe de saúde bucal é responsável pelo acompanhamento de um

número definido de famílias em determinada área geográfica.

D) Cada equipe de saúde bucal deverá participar do processo de

planejamento, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas no

território de abrangência das unidades básicas de saúde da família, assim

como identificar as necessidades e expectativas da população em relação à

saúde bucal.
UnB/CESPE – TRT 5˚Região
116

A equipe de saúde bucal em uma unidade de saúde da família deve:

106 Participar do processo de planejamento, acompanhamento e


avaliação das ações desenvolvidas no território adstrito.
107 Executar atividades de promoção de saúde.
108 Identificar as necessidades e expectativas da população em relação a
saúde bucal.
109 Organizar o processo de trabalho de acordo as diretrizes do programa
saúde da família e do plano municipal de saúde.
110 Executar as ações de assistência integral, aliando a atuação clínica à
de saúde coletiva, assistindo às famílias, indivíduos ou grupos
específicos.
Conclusões
117

 É necessário investimento maciço em programas de Educação para


que se consiga de forma mais eficaz a mudança de hábito dos
pacientes.

 É necessário estabelecer estratégias adaptadas a cada grupo


específico, contando com a participação dos meios de Educação
convencional (escolas) e não convencional (mídia) e demais recursos.

 Toda estratégia usada para educar o cidadão e levá-lo a atingir sua


saúde de forma integral é bem vinda e deve ser aplicada.

Profª Élem Sampaio


Referências
118

 Referências:

 Artmann. E, Azevedo C.S, Sá M.C. Possibilidade de aplicação do


enfoque estratégico do planejamento no nível local de saúde: análise
comparada de duas experiências. Cad. Saúde Pública, 13(4): 723-
740, out-dez, 1997. Rio de Janeiro.
 Artmann, E. Planejamento estratégico situacional no nível local: um
instrument a favor da visão multissetorial.
 CARVALHO, S. R. [The multiple meanings of "empowerment" in the
health promotion proposal]. Cad Saude Publica, v.20, p.1088-95
2004.
 GOES, P. S. A.; MOYSÉS, S. J. Planejamento, gestão e avaliação em
saúde bucal. São Paulo: Artes Médicas, 2012.

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Referências
119

 Referências:

 KEMM, J. R.; CLOSE, A. Health promotion: theory and practice.


Basingstoke: Macmillan, 1995. 361 p.
 Mattus R.B, (Re)visitando alguns elementos do enfoque situacional:
um exame crítico de algumas contribuições de Carlos Matus. Ciência
& Saúde Coletiva, 15(5): 2327-2336, 2010.
 MOYSES, S. T.; WATT, R. Promoção de Saúde Bucal – Definições.
In: BUISCHI, Y. A. Promoção de Saúde Bucal na Clínica
Odontológica. São Paulo: Artes Médicas, v.22, 2000, p.1-22. (Série
EAP-APCD ).

Profª Élem Sampaio


Referências
120

 Referências:
 Capítulo 4 – Promoção de Saúde (pág 99) do livro “Pinto, VG, Saúde
Bucal Coletiva. São Paulo: Santos; 2001”.
 Capítulo 19- Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças (pág 635)
do livro: "Campos GW. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo:
Hucitec; 2006.
 PINE, C. Community Oral Health. Oxford: Wright, 1997. 314p.
 TONES, K.; TILFORD, S. Health education : effectiveness, efficiency
and equity. 2nd ed. London: Chapman & Hall, 1994. 312p.
 Decreto Presidencial nº 7.508, 28 de julho de 2011, que regulamenta
a Lei no 8.080, de 19.09.1990, para dispor sobre a organização do
SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação
interfederativa, e dá outras providências.

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Referências
121

 Textos recomendados:
 FIGUEIREDO, MFS e col. Modelos aplicados às atividades de
educação em saúde. Rev Bras Enferm, 2010 63(3): 117-21.
 PEREIRA, AL, Ed. [Pedagogical approaches and educational
practices in health sciences]. Cad Saude Publica. 2003, 19(5):1527-
34.

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