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ACÓRDÃO
Agravo de Instrumento. Decisão que indeferiu a tutela
antecipada requerida em caráter antecedente. Pretensão
de suspensão de cobrança referente aos empréstimos
contratados, bem assim de cancelamento do contrato de
abertura de crédito vinculado à conta corrente do autor.
Pandemia do Covid-19. Não há dúvida de que a
pandemia afetou ambos os contratantes e reflete
momento de excepcionalidade social e econômica e que
a boa-fé, como verdadeira regra de conduta, estabelecida
no art. 422 do Código Civil, impõe aos contratantes o
dever de cooperar para que a relação não seja fonte de
prejuízo ou decepção para uma das partes. De se
ressaltar, ademais, que, a par da cooperação mútua e do
dever de lealdade negocial, há que se levar em
consideração a teoria da imprevisão, incorporada pelo
art. 317 do diploma civil, que dispõe sobre a adequação
das prestações contratuais nos casos de acontecimentos
imprevisíveis, que possam gerar onerosidade excessiva a
uma das partes. Na espécie, não obstante a ocorrência
de fato imprevisível, não se vislumbra, ao menos em
sede de cognição sumária, vantagem desmedida por
parte da instituição financeira agravada. Proposta feita
pela instituição bancária rejeitada pelo autor.
Plausibilidade do direito não evidenciada. Art. 300 do
CPC. Súmula n.º 59, do TJRJ. Decisão mantida.
RECURSO DESPROVIDO
É O RELATÓRIO
VOTO
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