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NO 237 | Ano 20 | junho 2016

Fotografia de
casamento grandes dúvidas

10 respondidas por
um especialista

55 lentes
Conheça os novos ecursos
r das Dicas para não errar ao
objetivas recém-lançadas clicar estrelas
INCLUI

Dez passos para ter um áudio


com qualidade profissional

Macetes para obter boas


fotos deesportes olímpicos
O Oriente pelo artístico
Anna Khan
olhar da carioca
As grandes imagens do
concursoSony Awards 2016
O que os fotógrafos estão fazendo para

vencer a crise
EU SOU A DIFERENÇA

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CONTEÚDO
Ano 20 • Edição 237•
Junho de 2016

F
Correio Livia Capeli,
Dúvidas e comentários dos leitores Príamo Melo e
divulgação

Grande Angular
Notícias e novidades

Revele-se CONCURSO SONYpremiadas


Veja as grandes imagens 2016
Fotos dos leitores em destaque h
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Saídas para a crise r
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O que os fotógrafos estão fazendo s
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Estrelas
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Dicas técnicas para


fotografar os astros

32 55 novas Lentes
no céu à noite

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Confira uma safra atualizada de objetivas a
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Como nasce um fotolivro
iu Conheça as várias etapas de produção
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V

Feira Fotografar
Como foi o evento do setor fotográfico

FilmMaker: captação de áudio


Dez passos para ter um bom som

48
AsRaio
fotosXdos leitores comentadas

Casamento: 10 dúvidas Lição de casa


As respostas dadas por um especialista Macetes para clicar esportes olímpicos

Um olhar sobre o Oriente Fique por dentro


Fotos de Anna Kahn rendem livro premiado Exposições, concursos e cursos

Junho 2016 • 3
Diretores
Aydano Roriz
Luiz Siqueira
Tânia Roriz
CARTA AO LEITOR
O
Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz
Brasil vem experimentando uma crise econômica intensa, re-
Diretor Executivo:Luiz Siqueira sultado de vários fatores que convergem para o mesmo ponto:
Diretor Editorial e Jornalista Responsável:
Roberto Araújo – MTb.10.766 – araujo@europanet.com.br a incompetência para gerir um País tão rico e tão pobre, com
um pé no futuro e outro nopassado e que tropeça no presente.
REDAÇÃO A essa incapacidade gestora somam-sefalta de compromisso com
Diretor de Redação: Sérgio Branco (branco@europanet.com.br)
o controle das finanças públicas, um asqueroso clientelismo políti-
Editora-assistente: Karina Sérgio Gomes co-partidário e um populismo barato, longe decriar raízes profundas
Repórter: Livia Capeli
Editora de arte: Izabel Donaire para estruturar a educação (prioridade) e a saúde (necessidade) de
Revisão de texto: Denise Camargo
Colaborador especial: Diego Meneghetti
forma a diminuir a largura do fosso que separa os privilegiados dos
Colaboraram nesta edição: Gabrielle Winandy, Guilherme Mota, marginalizados em uma sociedade injusta.
Laurent Guerinaud e Príamo Melo
Nesse contexto, o mercado de fotografia também vive seu pior
PUBLICIDADE(publicidade@europanet.com.br) momento, com quedas de vendas de equipamentos e serviços
Diretor Comercial:Mauricio Dias (11) 3038-5093
como nunca antes observadas. Existem saídas para a crise? Sempre
São Paulo há, ou não seríamos brasileiros, calejados por décadas de des-
Equipe de Publicidade: Angela Taddeo, Alessandro Donadio,
Elisangela Xavier, Ligia Caetano, Renato Perón e Roberta Barricelli mandos econômicos, inflações absurdas e guiados por governantes
Criação Publicitária: Daniel Bordini (em todos os níveis) que, na maioria das vezes, governam para si
Tráfego: Thiago Tane mesmos e para seus apaniguados, enchendo os bolsos “em tene-
Outras Regiões brosas transações”, como já cantou Chico Buarque de Hollanda.
Bahia e Sergipe: Aura Bahia – (71) 3345-5600/9965-8133
Brasília: New Business – (61) 3326-0205 Nesta edição, ouvimos oito fotógrafos de diferentes segmentos
Paraná: GRP Mídia – (41) 3023-8238 – com destaque para Alex Mantesso, que também é consultor de
Rio Grande do Sul: Semente Associados – (51) 8146-1010
Santa Catarina: MC Representações – (48) 9983-2515 negócios em fotografia – para saber como eles estão se virando (essa
Outros estados: Mauricio Dias – (11) 3038-5093
Publicidade – EUA e Canadá: Global Media, +1 (650) 306-0880
é a palavra) em um mercado que começou a experimentar uma redução
de atividade a partir do segundo semestre de 2012 e, de lá para cá,
CIRCULAÇÃO ELIVRARIAS
Gerente: Ézio Vicente (ezio@europanet.com.br) vem ladeira abaixo. Vale a pena conferir o que eles têm a dizer.
Equipe: Henrique Guerche, Paula Hanne e Luís Aleff

ASSINATURAS EATENDIMENTO AO LEITOR Só para registrar: na edição 235, fiz questão dedestacar neste
Gerente: Fabiana Lopes (fabiana@europanet.com.br) espaço o grande feito do fotojornalista Maurício Lima, que havia
vencido
Coordenadora: Tamar Biffi (tamar@europanet.com.br)
uma das categorias doWorld Press Photo de
Equipe: Carla Dias, Josi Montanari, Camila Brogio, Regiane Rocha,
Gabriela Silva, Bruna Fernandes, Bia Moreira e Isabela Lino s
2016. Não é que ocara acaba de se tornar o
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primeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Pulitzer,
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UROPA DMarco
IGITAL Clivati (m arco.clivati@europanet.com.br) E
EGerente: n um dos mais respeitados do mundo? A dis-
Equipe: Anderson Cleiton, Anderson Ribeiro, Adriano Severo e Karine Ferreira a
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tinção é resultado das fotos que Lima
fez para
PRODUÇÃO E EVENTOS o The New York Timesdocumentando a saga
Gerente: Aida Lima (aida@europanet.com.br) dos refugiados que tentam entrar na Europa.
Equipe: Beth Macedo (produção) e Denise Sodré (propaganda)
Em um momento de pouca valorizaçãoo dfo-
LOGÍSTICA tojornalismo local, ele é um incentivo e uma
Coordenação: Liliam Lemos (liliam@europanet.com.br)
Equipe: Paulo Lobato e Thiago Cardoso referência para jovens fotógrafos.
ADMINISTRAÇÃO
Gerente: Renata Kurosaki
Equipe: Paula Orlandini, Vinícius Serpa e William Costa Diretor de Redação
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL
Tânia Roriz e Elisangela Harumi
Rua MMDC, 121, São Paulo, SP - CEP 05510-900
Telefone: 0800-8888-508 (ligação gratuita) e
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4 • Fotografe Melhor n
o
237
CORREIO
dúvidas e comentários dos leitores

Acessórios
Como uma pessoa recém-incorpo- dade neutra (ND), que tambémterei de
rada ao apaixonante mundo da foto- adquirir para os meus propósitos de
grafia, adorei a reportagem “11 aces- clicar paisagens. Além de muito útil, a
sórios que fazem a diferença”, pois per-matéria foi esclarecedora para as pe-
cebi que nem tripé tenho ainda e uma soas que estão chegando agora na fo-
das minhas metas é fazer fotografia de tografia, como eu.
natureza. Também desconhecia a fun- Cíntia Gomes,
ção dos filtros polarizador e de densi- Brasília (DF)

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Outro Marigo
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p Fiquei feliz em saber que o saudoso Luiz
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Claudio Marigo, que mensinou
e muito sobre
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fotografia de natureza (e geral também) pe-
las páginas de , deixou um herdeiro
talentoso para escrever e fotografar. Um
verdadeiro filho de peixe. Só queria saber,
por pura curiosidade, se o Vitor Marigo tam-
bém faz fotos de natureza ou se seu trabalho
é totalmente focado em esportes radicais
e de aventura.

Vitor Marigo acompanhou o pai em


várias
expedições de fotografia de natureza e tam-
bém tem trabalhos na área, embora sua
dedicação maior seja voltada para esportes
ligados à natureza, como foi mostrado na
edição 236.

Marcos Hermes
Quero parabenizar o fotógrafoMarcos
Hermes pelos seus 25 anos de carreira e
Vitor Marigo em ação: esportes de aventura é a sua especialidade agradecer por dividir seu conhecimento com

6 • Fotografe Melhor n
o
237
Marcos Hermes
outros fotógrafos. Fotografia de shows
musicais é um dos meus hobbies ,
mas como não sou profissional da
área tenho dificuldade de conseguir
boas imagens quando há apresenta-
ções em minha cidade, apesar de con-
seguir ter acesso para fotografar. Sinto
a falta de uma boa teleobjetiva e estou
economizando para, finalmente, ter
uma 300 mm f/2.8.
R
Tema bom, fotos nem tanto
Achei bem interessante o traba-
lho do profissional Rodrigo Faria em
escolas classe A de Brasília (DF). A
ideia é muito boa, mas não vi tanta
qualidade assim na produção dele.
Sinceramente, esperava mais, já que
o tema criança é muito rico e dámar-
gem a imagens bem mais lúdicas e
interessantes do que as mostradas
na edição 236. Valeu pela sugestão
de um novo mercado que ainda é pou-
co explorado.

Mick Jagger durante uma das apresentações dos Rolling Stones no Brasil

Desafio Fotografe
E ntre os dias 18 de abril e 7
de maio de2016 foi realizado
Desafio Fotografe com o tema
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"Silhueta em contraluz". A foto r
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vencedora foi a de Charles da C

Silva, de Guapimirim (RJ), na


qual teve 126 curtidas e 111
compartilhamentos, totalizando
236 interações. Charles relata
que fez a foto na Praça Mauá,
centro do Rio de Janeiro (RJ).
Na ocasião, ele portava uma
Canon EOS T5 com a objetiva
18-55 mm. A exposição da foto
apontou f/9, 1/640s e ISO 200.
Charles trabalha como fo-
tógrafo há pouco mais de um
ano. Ele estava passeando nas
imediações do Museu do
Amanhã, próximo à Praça Mauá,
quando avistou uma dupla de amigos turistas o modo semiautomático para pré-configurar
que estavam se fotografando. Imediatamente, rapidamente a abertura e tirar partido da
pegou a câmera, ajustou o modo AV (priori- contraluz, tentando equilibrar a exposição
dade de abertura) e aproveitou a pose da mo- com um obturador que a câmera selecio-
ça. Depois ele se aproximou, se apresentou naria. Na composição, escondeu a luz forte
e ofereceu a foto aos dois turistas. Ele diz do sol justamente atrás da moça e evitou
que, como estava perto do entardecer, usou problemas na fotometria.

Junho 2016 • 7
GRANDE ANGULAR
notícias e novidades

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O drama dos refugiados, sírios principalmente, tentando entrar na Europa pelas fronteiras no Leste Europeu
foi acompanhado por Maurício Lima e outros três fotógrafos especialmente para o jornal
The New York Times

Brasileiro Maurício Lima recebe o

Prêmio Pulitzer 2016


fotógrafo Maurício Lima é o primeiro estagiário do jornal Lance!e passou pela agência
brasileiro a ganhar um Prêmio Pulitzer, France Press. Em 2015 chegou a ser finalista
um dos mais destacados do mundo, do Pulitzer também de Reportagem Fotográfica
com fotos feitas para o jornal
The New York Ti- com uma série sobre a guerra na Ucrânia. Foi
mes ao lado do russo Sergey Ponomarev, do premiado com o POYI (Picture of the Year Inter-
americano Tyler Hicks e do alemão Daniel Etter. national) diversas vezes e, em 2015, foi o Fotó-
O trabalho deles venceu na categoria Repor- grafo do Ano na POYLatin Amer ica. Também re-
tagem Fotográfica em 2016 e trata da crise dos cebeu o prêmio China International Press Photo
refugiados, mostrando os perigos e desafios em 2014 e 2015. Recentemente, ganhou o World
enfrentados por eles na fuga para a Europa. O Press Photo na categoria Notícias Gerais e fico u
prêmio na categoria também foi compartilhado em segundo em Vida Cotidian a. Segundo a revista
com a Agência ThomsonReuters por reporta- Time, é hoje um dos dez melhores do mundo.
gem sobre mesmo tema. Antes, o brasileiro que havia chegado mais
Lima é hoje um fotojornalista independente.perto do Pulitzer foi Sebastião Salgado, finalista
Ele começou a carreira em 1999 como fotógrafo em 1985, com fotos da fome na Etiópia.

8 • Fotografe Melhor n
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237
Manifestações no Rio de Janeiro foram parte do foco do ensaio vencedor apresentado pelo fotógrafo Luiz Baltar

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LUIZ BALTAR É O VENCEDOR DO


Prêmio conrado wessel de fotografia
ensaio “Contrafluxos”, de Luiz Baltar, farão parte de um livro comemorativo do
O foi o grande vencedor da 14 edição do
a

Prêmio Fundação Conrado Wessel de Arte


Prêmio FCW. Segundo a organização, foram
980 ensaios de inscritos, vindos de todos
na categoria Fotografia, que teve como tema os estados brasileiros.
“Brasil:Terra em transe”. O primeiro lugar Baltar é fotógrafo documentarista for- Baltar compôs
rendeu a ele um prêmio de R$ 114 mil, o mado pela Escola de Belas Artes da UFRJ e um ensaio com
maior do Brasil em fotografia. pela Escola deFotógrafos Populares. Come- imagens de corte
Tiago Pereira Coelho, com o ensaio “Bal- çou a fotografar o cotidiano em 2009, e tem panorâmico; ele
neário Alegria”, e Inês Pereira Coelho Bonduki,
como foco os direitos humanos e as causas tem o foco de seu
com “Linha Vermelha”, ficaram em segundo sociais. É fotógrafo do Programa Imagens do trabalho voltado
e terceiro lugares, respectivamente. Ambos Povo, agência fotográfica e centro de docu- para as causas
receberam o prêmio de R$ 43 mil cada. mentação e pesquisa que fica no conjunto de sociais e para os
Os três premiadose mais 12 finalistas favelas da Maré, no Rio de Janeiro (RJ). direitos humanos
GRANDE ANGULAR
Tamina-FlorentineZuch

Estudante leva Prêmio


Zeiss Photography Award
m sua primeira edição,
Eo prêmio Zeiss Photo-
graphy Award, organizado
pela World Photography Or-
ganization (WPO) e aberto a
fotógrafos profissionais e
amadores, teve como ven-
cedora uma estudante de
fotojornalismo e fotografia
documental, a alemã aTmi-
na-Florentine Zuch, de 25
anos. O tema foi “Lugares
Significativos”, e teve cerca
de 3 mil inscrições.
As imagens enviadas por
Zuch, feitas em 2015, quando
ela viajou de trem durante
seis meses pela Índia, re-
tratam detalhes da cultura
e do cotidiano dos indianos
no transporte ferroviário:
cabines que separam mulheres e homens, crian-expostas na Sony World Photography Awards Uma das fotos
ças dormindo em redes, homens quearriscam Exhibition, em Londres, junto com o trabalho da série que a
as próprias vidas “surfando” entre vagões, a su- de outros sete finalistas: Melanie Hübner (Ale- alemã Zuch fez
perlotação, as paisagens exóticas, entre outros. manha), Francisco Salgueiro (Portugal), Patricia ao viajar por
Zuch foi premiada com 15 mil eu
r os em len- Ackerman (Argentina), Helen Mountaniol (Ucrâ-
tes Zeiss a escolher e terá oportunidade de par- nia), Jorge Lopez Munoz (Espanha), Erez Beatus seis meses
trem de
pela Índia
cerias futuras com a marca. Suas fotos ficaram (Austrália) e Lasse Lecklin (Finlândia).

PRÊMIO MUNDIE FOTOGRAFIA Concurso


VAI DISTRIBUIR R$ 55 MIL Am I Invisible?
O escritório de advocacia Mun-
die e Advogados lançou um
concurso de fotografia com o tema
compra das obras para o acervo
do escritório e elas serão exibidas
em duas exposições no segundo
A Bicycle Utopia – projeto público e
participativo de arte sediado em
Nova York – promove um concursode
“A afirmação do Direito àsArtes e semestre de 2016. fotos relacionadas à experiência de
à Cultura”, em referência ao artigo As inscrições podem ser feitas pedalar na cidade, à segurança da
XXVII,1, da Declaração Universal pelo sitewww.mundie.com.braté bicicleta, às ruas amigáveis ao ciclismo,
dos Direitos Humanos. Podem con- o dia 25 de junho de 2016, e as fotos ao transporte sustentável e/ou à
correr fotógrafos profissionais e devem ser impressas e enviadas mobilidade urbana. rTês imagens serão
amadores, brasileiros ou estran- para um endereço informado na selecionadas por um painel de jurados
geiros residentes no Brasil,epara dasNova
comunidades
York e os artística e de ciclismo
as categorias Ensaio/Série Fo- inscrição. Os resultados
vulgados por serão
meio do site di-
na se- de autores receberão
tografia Única. gunda quinzena de julho. US$ 500, US$ 250 e US$ 100. Todos os
Serão premiados cinco traba- Serão jurados Eder Chiodetto, inscritos no concurso concorrerão a
prêmios e terão as fotos publicadas no
lhos: dois da categoria Ensaio/Sé- professor, curador e pesquisador site . As inscrições
rie, que receberão R$ 20 mil cada; de fotografia; Eduardo Muylaert, vão até o dia 15de junho pelo site
e três da categoria Fotografia Úni- fotógrafo, escritor e advogado; e www.cicloutopia.com e são pagas. O
ca, que terão direito a R$ 5 mil cada.Elinor Cotait, fotógrafa e advogada, resultado sai no dia 30 de junho de 2016.
O valor dos prêmios se refere à sócia do Mundie e Advogados.

10 • Fotografe Melhor no 237


GRANDE ANGULAR

Moda do sereísmo
é aposta para books
M uitas meninas, mulheres e até homens
têm paixão pelo universo mitológico
das sereias, e por isso têm procurado fo-
tógrafos para fazer books com otema. Esse
universo pode ser explorado com acessórios

e enfeitesede
-do-mar conchas,
outros. pérolas, estrelas-
Os fotografados usam
caudas – que empresas, como a Sirenita e a
a MS Fins, produzem no Brasilem – cenários lh
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que, de preferência, envolvam o ambiente s
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da praia. O público que busca fotos no estilo s
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sereia é do mais variado: casais, gestantes, U
amigas, mães e filhas etc. O tema chegou
até a fotografia de bebês, com eles envoltos tem duas caudas para adultos e uma para Books com
em caudas de crochê. crianças. Mas também conta com tiaras mulheres
As caudas para adultos e crianças po- de flores e tops de crochê para compôr os vestindo cauda
dem ser encontradas por cerca de R$ 330. personagens, além de cachoeiras como de sereia está
O fotógrafo pernambucano Ulysses Padilha cenário. Ele cobra R$ 650 pelo ensaio in- virando moda
– que mora e trabalha no Rio de Janeiro – divual e R$ 1 mil se for em dupla.

CURTA ERROS DE PHOTOSHOP EM FOTOS


Aos 80 anos, morre Malick DE MCCURRY CAUSAM POLÊMICA
Sidibé, ummestre africano
O renomado americano Steve se envolve ao máximo no processo
O fotógrafo Malick Sidibé, do Mali, McCurry, daNational Geographic , de edição e impressão de suas fo-
morreu no dia 14 de abril de 2016 está envolvido em uma polêmica tos, mas que, em alguns casos, o
aos 80 anos. Ele ficou conhecido pelos sobre o uso de Photoshop. Quandoprocesso é feito sem sua supervi-
retratos feitos nos anos de 1960, quando o também fotógrafo Paolo Viglio- são, como ocorreu com a foto iden-
seu país havia acabado de setornar in- ne comentou em seu blog no dia tificada por Viglione. Em entrevista
dependente da França. Eram imagens 23 de abril de 2016 que havia visto ao site italiano R.it, McCurry alegou
em P&B que mostravam um povo que- um erro na pós-produção de uma que não teria autorizado a mudança
rendo reconstruir e mostrar sua iden- foto de McCurry exposta naItália, caso a tivesse visto a te mpo, e que
tidade, com elementos que misturavam os internautas começaram a pro- o técnico de pós-produção que fez
a cultura africana com a ocidental. Em curar e encontraram outras fotos as modificações não tra-
2003, venceu o Prêmio Hasselblad e, no site do fotógrafo que também balha mais com ele.
em 2007, foi o primeiro africano a ganhar continham erros e grandes mo- Apesar disso, se
o Leão de Ouro na Bienal de
Veneza. Em dificações drásticas – como a re- responsabilizou
2008, foi premiado com o Infinity Award moção de pessoas e elementos. pelo erro e pe-
do International Center of Photography Em declaração para o site Pe- diu desculpas
(ICP) e, em 2010,venceu o World Press taPixel, Steve McCurry disse que aos fãs.
Photo na categoria Entretenimento e
Artes com uma da série de moda feita y
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para aThe New York Times Magazine


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12
REVELE-SE
fotos dos leitores em destaque

Sérgio Morel
Rio de Janeiro (RJ)
Nikon D7000
Sigma 10-20
abertura f/9,mm
velocidade 1/3s e ISO 100

UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO


Sérgio Morel estava esperando o fi- água e colocando o Pão de Açúcar ao
lho terminar a aula de skate na pistafundo. Como era final ed tarde, deu um
da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de tempinho para o sol baixar mais um pou-
Janeiro (RJ), e aproveitou o tempo livre co e ajustou uma longa exposição para
para fotografar o cenário que via
à frente. captar as luzes e o reflexo da cidade no
Para fugir do clichê, buscou uma com- espelho-d’água do lagoa. De resto, foi
posição usando uma pedra no meio da curtir o espetáculo do crepúsculo.

14 • Fotografe Melhor on237


: Waldyr Neto
Petrópolis
Canon EOS (RJ)
5D Mark II
Canon 24-105 mm
abertura f/11, velocidade de 1/8s e ISO 160

DEUS AJUDA QUEM CEDO MADRUGA


O fotógrafo Waldyr Neto estava foi abençoado com um formidável
participando de uma expedi- nascer do sol. Ele precisou usar
ção fotográfica no Morro Açu, den- filtros de densidade neutra gra-
tro do Parque Nacional da Serra duados (ND) na hora da captação
dos Órgãos (RJ), e tinha o objetivo para corrigir os contrastes na cena
de fotografar o amanhecer nas e fazer uma boa recuperação de
montanhas. Acordou bem cedo e sombras na hora do tratamento.

Junho 2016 • 15
REVELE-SE

: Josenio Torres Veras


Campo Formoso (BA)
Ricoh Theta M 15
não informada
totalmente automática

NO OLHO DAS NUVENS


Em uma tarde e nsolarada, Jo- mera de cabeça para baixo em um
senio Torres Veras foi até aSer- drone e comandou a subida do equi-
ra do Barro Amarelo, em Campo pamento por controle remoto. O re-
Formoso (BA), para realizar alguns sultado ficou intrigante, pois a Ricoh
testes com a recém-adquir ida câ- invertida registrou uma cena arren-
mera 360 graus Ricoh Theta M15. dondada colocando drone, nuvens
Para a brincadeira ficar ainda me- e solo (onde aparecem Josenio e
lhor, ele pendurou a pequena câ- um amigo) em uma mesma cena.

16 • Fotografe Melhor on237


: Hélio Filho
Nova Olinda (CE)
Canon EOS 5D Mark II
24 mm
abertura f/9, velocidade 1/320s e ISO 50

ANÔNIMOS PENITENTES
As Irmandades dos Penitentes pelos pecados cometidos, explica o
da Cruz são confrarias religiosasfotógrafo Hélio Filho, que conseguiu
do município cearense de Barbalha, realizar um retrato de um pequeno
na região do Cariri. Formada apenas grupo durante a Semana Santa. Ele
por homens vestidos com capuzes fez a captura abaixando-se e, com
para esconder a identidade, a con- esse enquadramento, reforçou o tom
gregação é famosa por manter rituais de mistério, destacando os capuzes
de penitência, como o autoflagelo, e as vestes dos três penitentes.

Junho 2016 • 17
REVELE-SE

OPORTUNIDADE
SOLITÁRIA
O fotógrafo
naquele diaRenato Moura saiu
com a proposta de
realizar um belo registro do Cristo
Redentor de Poços de Caldas (SP),
um atrativo turístico da cidade. No
entanto, as imagens só renderam
clichês. Quase desistindo, notou
no local a presença de um rapaz
que encostou a bicicleta e se sentou
em uma grade, próximo a uma ár-
vore solitária. O olhar de Renato
percebeu a oportunidad e e explorou
o momento. Depois, converteu a
imagem para P&B para dar mais
dramaticidade. Com a experiência,
ele aprendeu que o fotógrafo não
pode desistir e que é possível en-
contrar em uma cena simples a
chance para uma foto atraente.

Renato Moura
Poços de Caldas (MG)
Canon EOS 6D
Canon 24-105 mm
abertura f/22,
velocidade 1/25s e ISO 200

18 • Fotografe Melhor on237


ABENÇOADOS PELA LUZ DO FLASH
Na estrada de terra batida e sem nou os dois com a ajuda da luz do Marcos Antonio Nunes
iluminação, quando voltava de farol do carro, colocou um flashe- d Iperó (SP)
de um ensaio com noivos feito em dicado atrás dos noivos eoutro em Nikon D610
uma fazenda em Iperó, interior de frente à cena, iluminando a árvore. Nikon 24-80 mm
São Paulo, o fotógrafo Marco Nunes Em seguida, apagou o farol efez o abertura f/7, velocidade
propôs ao casal parar no meio da
es- disparo sincronizadoor p um radio- 1/10s e ISO 5.000
curidão para arriscar uma foto sob flash. Certamente os noivos devem
uma velha árvore seca. Ele posicio- ter adorado o resultado.

Os autores das fotos selecionadas para Paulo (SP), CEP: 05510-900, ou para o e-
publicação na revista receberão uma -mail .
bolsa modelo Fancier, da Greika, para Especifique no e-mail: nome, endereço,
equipamento fotográfico. Para participar telefone, ficha da foto (equipamento,
do “R ”, envie dados técnicos...) e um breve relato (local,
, em arquivo digital (formato data...). Os arquivos devem ter, no
JPEG), para: mínimo, 13 x 18 cm com resolução de 200
, Rua MMDC, 121 – Butantã – São a 300 ppi. Evite arquivos muito pesados.
FOTOGRAFIA
PRÁTICA
INTENSIVO
JULHO DE 2016
UM MÊS DE IMERSÃO NO UNIVERSO
DA FOTOGRAFIA: BÁSICO,
COMPOSIÇÃO, FLASH, TRATAMENTO
DE IMAGEM E MUITO MAIS.

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Foto: Mauro Capozzi

CONHEÇA A Av. Pedroso de Morais, 99Pinheiros


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NOVA UNIDADE     Tatuapé
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Santana       
SANTANA
NEGÓCIOS

O momento de
crise é hora de
se adaptar,
reduzir custos
e buscar novos
nichos de
mercado

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e
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t
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h
S

Saídas para

Fotógrafos de
a crise POR

om índices recordes de inflação dos e focar na ação, não ficar parado”, alerta.
últimos 20 anos – a estimativa do Em um momento em que o dinheiro
diversas áreas Banco Central é de 7% em2016 – e não está entrando com a mesma facili-
contam como com um número de desempregados dade de outrora, a primeira providência

estão fazendo que atingiu aamarca de 10,4


vemmilhões é cortar custos. Economizar na conta de

C
de pessoas, crise que batendotelefone, luz, internet, enxugar a folha
para fugir da à porta de todos osbrasileiros atingiu for- de funcionários são as primeiras provi-
situação difícil temente o mercado de fotografia. Parafo- o dências. O segundo passo é continuar
tógrafo e consultor Alex Mantesso, mais do correndo em busca de clientese oferecer
causada pela que se preocupar com a atual situação eco- pacotes de serviço atraentes.
economia em nômica do País é preciso livrar-se dela. No estúdio de Mantesso, por exemplo,
“Crise vai ter sempre. O
profissional precisa são feitas fotos para catálogos de lojas
baixa no País saber seadaptar. Ficar menos no‘mimimi’ de roupas. Com o intuito de fidelizar os

22 • Fotografe Melhor on237


Compartilhar com
outro fotógrafo o
espaço no estúdio
é uma forma de
reduzir custos

Junho 2016 • 23
NEGÓCIOS

Acima, o consultor de clientes, ele fechou pacotes mensais e, conseguir uma grana extra também deve
negócios e fotógrafo Alex além das fotos, ofereceu o serviço de pos- pensar duas vezes ou em alguns quesitos
Mantesso em seu estúdio: tagem de imagens nas redes sociais e antes: Alguém vai acompanhar o locatário
fotos parae-commercede
lojas via WhatsApp; para vendas das lojas via WhatsApp. durante o aluguel? Se quebrar algum
abaixo, fotógrafo discute “Dessa forma, consigo ter um controle equipamento, quem vai repor?
com cliente pacote de das imagens para saber quando está na Como o fotógrafo é um prestador de
serviços com desconto hora de fazer mais. E aviso ocliente que serviço, não pode de forma alguma parar
o pacote dele está acabando”, explica. de prospectar clientes. Ele devemarcar
Outra saída que alguns fotógrafos reuniões sempre e oferecer trabalhos
clientes da consultoria de Mantesso en- até para quem já faz parte de sua carteira,
contraram para fugir da crise foi vender além de procurar por novos.
pacotes de ensaios. Exemplo: fazer um O profissional também não deve dei-
ensaio de grávida de uma hora com di- xar de investir em conhecimento – “seja
reito a 10 fotos – caso o cliente queira melhor do que a sua concorrência” é o
alguma foto extra, deve pagar a mais lema de Mantesso. “Nosúltimos quatro
por ela. “Ele cria um pacote que parece anos, muitas pessoas entraram para a
mais barato, mas no final, por conta das fotografia e o mercado se tornou mais
fotos extras, o fotógrafo consegue fazer seletivo. Todo mundo, hoje, está foto-
um bom negócio”, indica. grando e vendo imagens o tempo inteiro.
Há ainda quem encontre uma segun- As pessoas conseguem distinguir uma
da fonte de renda dando aulas, Mantesso boa foto de uma ruim. Não basta mais o

ressalta,
pode porém,
ser uma boaque nem
saída. sempre isso
O fotógrafo pre- fotógrafo
saber gerirapenas fotografar.
o seu negócio”, Ele tem de
explica.
cisa estar seguro o suficiente e ter didá- conversou com mais sete
tica para passar seus conhecimentos. fotógrafos, de diferentes áreas – alguns
Caso contrário, as aulas podem depor inclusive já passaram por situações se-
k
contra o profissional e gerar uma pro- melhantes como as citadas pelo consultor
c
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s
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paganda negativa dele no meio. –, para saber como eles estão gerindo
e
t
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Quem tem um estúdio comhoras va- seu negócio para fugir da crise. Veja a
h
S gas e está pensando em sublocá-lo para seguir as sugestões de cada um deles.

24 • Fotografe Melhor on237


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C
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L

Novos nichos
O fotógrafo Newton Medeiros fez carreira sobre esse nicho de mercado para conseguir
trabalhando com moda e publicidade se adaptar. “Uma mãe está disposta a pagar
em seu estúdio. Os ventos, no entanto, mu- R$ 800 por um ensaio do filho. Mas o dono
daram e o mercado que era visto como a de um produto quer pagar apenas R$ 50
menina das lentes dos fotógrafos hoje já pelo meu trabalho”, explica. Newton tentou
não dá mais omesmo retorno. “Tive de mu- ainda alugar o estúdio, mas a experiência Fotógrafo Newton
dar o foco. Passei a usar meu conhecimento não deu certo. Outra alternativa que con- Medeiros ampliou
de profissional de estúdio para fazer fotos seguiu para aumentar a renda foi dar aulas o seu leque de
atuação e hoje usa
de crianças, recém-nascidos e grávidas. para fotógrafos iniciantes.“Antes, só dava
seu estúdio para
Tive de abrir meu leque para fotos de fa- aula sobre estúdio. Mas tem sido uma ex- fazer fotos de
mília”, conta. Para isso, ele foi estudar o periência muito legal ensinar fotografia família também
comportamento das crianças e se informar para quem está começando”, afirma.

Pacotes para clientes


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C
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L

E m 2015, o fotógrafo Tomaz Vello ficou cerca de


quatro meses sem fazer um único trabalho em
seu estúdio. O jeito foi reduzir os custos:dispensou
funcionários e diminuiu as despesas fixas com in-
ternet e telefone. Aproveitou para renovar o site e
migrá-lo para uma plataforma mais barata, o que
acabou atraindo novos clientes. No tempo de es-
cassez de serviço, pensou em trabalhar com eventos.
Porém, achou melhor não se arriscar em uma área
que não conhecia. A solução encontrada para fide-
lizar os clientes foi convidá-los para fotografar em
uma única sessão: Tomaz monta o estúdio para fo-
tografar joias, por exemplo, e avisa seus clientes
do setor que terá uma sessão tal dia e dessa forma
pode fazer um preço melhor para todos. O profis-
sional ainda encontrou no aluguel de equipamentos
uma saída para não precisar trocar o que tem agora.
“Se o cliente pedir uma imagem com mais resolução,
alugo uma câmera. O que vai me custar cerca de
R$ 300 e não R$ 18 mil”, indica.
O profissional Tomaz Vello hoje
fecha sessão de fotos para vários
clientes do mesmo segmento

25
NEGÓCIOS

Facilidade de
pagamento
movimento no estúdio da fotógrafa
O Laura Alzueta, especializada em new-
born , não caiu. Porém, as pessoas estão
pechinchando mais. “Comparam ospreços
e perguntam se você não pode fazer pelo
mesmo preço de outro profissional. Não
dou desconto, mas convido a pessoa a co-
nhecer o meu estúdio, apresento o que eu
faço. Sei a qualidade do meu trabalho e do
produto que entrego”, diz. Às vezes, para
agradar ao cliente, dá uma ampliação.
Embora não diminua o valor de seu tra-
balho, Laura facilita o pagamento parce-
lando em até seis vezes. Nas reuniões, ela
mostra a estrutura de seu estúdio, criado
especialmente para fotografar bebês e ges-
il
tantes. A especialista ainda opta por foto-
e
a
p grafar apenas um cliente por perí
odo, o que
C
ia
torna o trabalho ainda mais personalizado.
iv
L “Gosto de me envolver com as pessoas que
fotograf o. E,
Em vez de descontos, Laura Alzueta facilita o pagamento para clientes quando vocêotrabalha
criança, é difícil controlar horário”,com
conta.
Essa atenção especial conquista as clientes,
que acabam divulgando o trabalho dela para
Por pura paixão parentes e amigas. A maioria das pessoas
que a procuram vem por indicação.
mbora esteja ganhando tas. “É quase um trabalho
E metade do que ganhava escravo. O fotojornalista
três anos atrás, o fotojorna- recebe em geral mí-
lancer
free-

lista Levi Bianco persiste na seros R$ 4 ou R$ 5 por foto


área como sua segunda op- publicada”, informa. E mes-
ção. Levi trabalha como pro- mo assimele persiste epar-
gramador em uma empresa ticipa de reuniões de asso-
de telefonia, a fotografia sur- ciações de fotojornalistas pa-
giu como hobby e assumiu ra tentar melhorar as con-
espaço como sua segunda dições de trabalho no seg-
profissão ao longo dos anos. mento hoje desvalorizado.
Durante um tempo, seu sonho
era poder
fotógraf trabalhar
o, mas só como
hoje aatividade
não paga nem metade das
contas como ocorria antes.
“Gosto de fotografar, não con-
sigo viver sem”, diz. Por isso, Levi Bianco segue
Levi usa todo o tempo livre em jornada dupla
para cobrir jogos de futebol, para conseguir se
manifestações e outraspau- manter fotógrafo
Sérgio Branco

26 • Fotografe Melhor on237


Márcio Sheeny trocou
o foco da fotografia de
casamento pelos ensaios
de casal e de família

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A

Investimento em ensaios
N o fim de 2014, o fotógrafo social saios de grávidas e de casais, tra-
Márcio Sheeny sentiu a crise balhos que realizava esporadica-
ficando quatro meses sem fotogra- mente ou quando fechava a cober-
interessadas. O profissional parou
de atuar com a política dos descontos
e adotou um novo método de venda
far qualquer casamento. “Não es- tura completa de um casamento. para provar para o cliente que aquele
tava preparado. Reduzi meu preço “Passei a fazer três vezes mais en- era o preço justo pelo serviço que
em 20% para tentar conseguir no- saios de noivos e isso me garantia ele estava contratando. “Você tem
vos clientes”, conta ele, que preci- pelo menos um casamento e a pos- que ter um bom discurso. Marco
sava fazer em média 25 casamentos silibidade de trabalhar com uma uma reunião com o casal, mostro
para fechar o ano no azul. Sheeny estrutura menor”, explica ele. meu trabalho e tento deixar os dois
ainda dispensou dois funcionários Com o novo foco, Sheeny desco- seguros de que estão pagando por
e cortou todos os custos que podia briu outro mercado e diz que o seu um serviço de alta qualidade”, diz.
em seu estúdio. Com aqueda desse trabalho ficou mais criativo, o que Segundo ele, sai das reuniões com
mercado, resolveu fazer mais en- atraiu um número maior de pessoas 90% de contratos assinados.

Temporada de negociações
O fotógrafo de gastronomia Mauro Holanda estáre-
p
cisando negociar mais do que nunca. “Os trabalhos
diminuíram e as conversas aumentaram muito. Hoje,
tenho de convencer o cliente de quemeu trabalho vale
a mesma coisa”, diz.A fim de reduzir os gastos, Mauro
diminuiu a equipe, foi para um estúdio menor e trabalha
em regime de compartilhamento do espaço. Atualmente,
por conta de sites e aplicativos, os
donos de restaurante
precisam muito mais de imagens eo fotógrafo acaba
produzindo mais pelo mesmo preço de antes. “A foto-
grafia é último investimento dequem trabalha com res-
taurante. Primeiro vem a obra, depoisos funcionários.
Quando ele chega em você já estácom o orçamento es-
tourado. Aí é preciso criar nele a necessidade de fazer
fotos de qualidade de pratos e drinques. E para isso é
preciso muita conversa”, explica.

Holanda hoje precisa


negociar mais para fechar
trabalhos com clientes
Fernanda Ribeiro

Junho 2016 • 27
NEGÓCIOS

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R
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n
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J

Eu mesmo S.A.
H á três
da vidaanos, Jonne Rorizde
de fotojornalista secrachá
despedia
para
seguir na carreira independente. “Não que-
sair”,
O conta
Estado deJonne, quepor
S. Paulo trabalhou noHoje,
14 anos. jornal
olhando para o mercado de fotojornalismo,
ria me limitar a uma só empresa. Fui bus- não há dúvidas de queo profissional tomou
cando clientes que não atrapalhassem o a melhor decisão. No entanto, a crise o fez
meu cotidiano no jornal. Quando a quantia organizar a vida de forma diferente.
que ganhava superou o meu salário,resolvi Antes, ele fazia metas mensais de or-
çamento. Agora, faz programações anuais.
Com um leque variado de atuação, o fotó-
grafo também diversificou a carteira de
clientes, que passam por editorial, publi-
cidade, institucional, além de clientes in-
ternacionais – o fotógrafo contratou agentes
para vender seu trabalho em outros países.
“O mais importante é não estabelecer que
o mercado está em crise, e sim criar. Não
posso decretar falência de mim mesmo”,
ensina o fotógrafo.

Com um vasto leque de


l
a
o
atuação, como fotografia
s
s
e
editorial (acima), Jonne
P
o
v
Roriz mudou o planejamento
i
u
q
e hoje foca também em
r
A clientes internacionais

28 • Fotografe Melhor on237


Pronta entrega e
os melhores preços
em toda a linha de
lançamentos Canon

Três endereços:

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objetivas
55 DE UMA NOVA SAFRA
Nos últimos meses, os principais fabricantes lançaram novas lentes com melhorias nos
recursos e com novosencaixes. Conheça os modelos pararenovar seu equipamento
POR

H
á dois motivos
objetivas: principais
o prim eiro é quepara investir em
um conjunto novas
óptico de pois boas
últimos 12novidades surgem.que 55 novas
meses e levantou mapeou os
objetivas
qualidade pode aprimorar muito a imagem re- chegaram ao mercado internacional. Todas elas po-
gistrada por uma câmera nem tão boa assim (o derão ser conhecidas a seguir, em detalhes e com
contrário não ocorre, pois uma objetiva ruim pode breve avaliação, caso você esteja planejando investir
limitar bastante o potencial de uma câmera); o nesse equipamento durável e essencial.
segundo é que a indústria leva anos para renovar sua O redesenho de lentes que já existem é raro e ocorre
linha de objetivas, até por conta da longa vida útil dos com mais frequência quando algum recurso é aprimo-
produtos, e quando isso acontece é bom ficar de olho, rado, como o sistema de redução de vibração, ou quand
o

32 • Fotografe Melhor on237


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S

um novo projeto é adotado pelas marcas. É nismo de diafragma


o caso da montagem FE da Sony para câmeras eletromagnético,
mirrorlessde sensorfull frame, incompatível mais preciso no
(sem usar adaptador) com as lentes até entãocontrole da aber-
fabricadas pela empresa, de encaixe Alpha tura do que as ala-
A (DSLR) ou E m( irrorlessAPS-C). vancas mecânicas das séries G e D. Esse Em geral, as
Anunciada no final de 2013, a Sony a7 recurso é útil, por exemplo, para controlar objetivas duram
inaugurou a linhamirrorless full frameda o diafragma durante o modo de Imagem bem mais do que
marca com a promessa de uma nova linha ao Vivo, tanto para foto quanto para vídeo, as câmeras e são
um investimento
de objetivas – que
foram chegando ao mercadode maneira suave e silenciosa (as lentes que vale a pena
em meados
nove de 2015.
lentes foram Desde esse período,
apresentadas EF e EF-S
e estão no recido, da Canon
desde 1987).usam um sistema pa-
levantamento deF . Das 55 lançadas entre 2015 e 2016,in-
A Nikon é o segundo fabricante com mais felizmente a maioria não está disponível
novidades, principalmente por conta do novo oficialmente no mercado brasileiro, mas
recurso de abertura eletromagnética. A nova pode ser encontrada em lojas do exterior
série E (não confundir com a antiga série E, – por isso, o preço de cada uma está em
de lentes Nikkor manuais), que aos poucos dólar. Confira a seguir as novidades e avalie
está substituindo a série G, usa um meca- se vale a pena fazer oupgrade.

Junho 2016 • 33
EQUIPAMENTO

EF-S 18-135 MM F/3.5-5.6 IS USM


Lente versátil, com zoom de 7,5x, e ex- 39 cm
clusiva para câmeras APS-C. Apresenta a 77 mm
nova geração de motor de foco denominada 16 em 15 grupos
Nano USM, que combina recursos do motor 7
515 g
ultrassônico e motor de passo (STM). O
sistema de estabilização de imagem su- US$ 600
porta até 4 pontos.

EF-M 15-45 MM F/3.5-6.3 IS STM


Exclusiva para câmerasmirrorlessEOS-M, 25 cm
é uma lente supercompacta – fechada, fica com 49 mm
apenas 44 mm, o que ajuda carregá-la
a na bol- 10 em 9 grupos
sa. Tem distância focal equivalente a 24-72 mm, 7
130 g
motor de foco STM (ideal para gravar vídeos) e US$ 300
estabilização de imagem de 3,5 pontos.

EF 35 MM F/1.4 II USM
Atualização do modelo da série L, in- 28 cm
dicado para câmerasfull frame e ideal 72 mm

para fotografar
espaços paisagens,
abertos. Acoplada arquitetura
em câmerase 9
14 em 11 grupos
760 g
APS-C, tem distância focal equivalente a US$ 1,8 mil
56 mm. Tem abertura máxima de f/1.4 e
motor de foco ultrassônico. É vedada contra
poeira e umidade.

EF 50 MM F/1.8 STM
Sucessora de uma das lentes mais acessíveis 35 cm
e populares da Canon: a EF 50 mm f/1.8 II. Esse 49 mm
novo modelo adiciona o motor de passo STM, 6 em 5 grupos
que possibilita foco suave, ligeiro silencioso,
e 7
159 g
ideal para gravar vídeos. É compacta e uma das US$ 125
lentes mais versáteis do portfólio da Canon.

EF 11-24 MM F/4 USM


Zoom grande-angular da série pro- 28 cm
fissional, projetada para câmerasfull fra- filtro interno
me. Seu projeto possibilita gerar imagens 16 em 11 grupos
com alta nitidez em todo o zoom. Indicada 9
1180 g
para eventos sociais, panoramas abertos US$ 2,9 mil
e fotografia de paisagem e de estrelas.

34 • Fotografe Melhor on237


AF-P DX NIKKOR 18-55 MM F/3.5-5.6G VR
Atualização da lente zoom básica das D 25 cm
câmeras DX (nome do APS-C na Nikon), 55 mm
esse modelo é o primeiro da série AF-P, 12 em 9 grupos
que traz motor de passo para foco rápido 7
205 g
e silencioso. Outra adição é a trava para
deixar a objetiva retraída, quando não es- US$ 115
tiver em uso. Oferece estabilização de ima-
gem (VR) de 4 pontos.

AF-S NIKKOR 24-70 MM F/2.8E ED VR


Nova versão da popular zoom pro- 38 cm
fissional da marca, que avança em todos 82 mm
os recursos: estabilização de imagem, 20 em 16 grupos
de 4 pontos; abertura eletromagnética, 9
1070 g
que melhora a exposição emdisparos US$ 2,4 mil
contínuos; e novos elementos de dis-
persão extrabaixa (ASP/ED).

AF-S NIKKOR 24 MM F/1.8G ED


Mais recente adição da série de lentes 23 cm

fixas abertura
com com abertura
amplaf/1.8, delentes
e preço leves,
acessível. 12 em 72 mm
9 grupos
Esse modelo grande-angular é indicado 7
355 g
para paisagens e fotos de arquitetura e US$ 800
conta com elementos asféricos e ED para
minimizar aberrações como oflare.

AF-S NIKKOR 200-500 MM F/5.6E ED VR


Teleobjetiva superpoderosa, coml- a 220 cm
cance de até 500 mm (ou 750mm quan- 95 mm
do usada em câmeras DX) e, ao mesmo 19 em 12 grupos
tempo, bem compacta. Indicada para 9
2300 g
fotografia de natureza eesportes, ofe- US$ 1,4 mil
rece abertura eletromagnética e esta-
bilização de imagem de 4,5 pontos.

AF-S DX NIKKOR 16-80 MM F/2.8E ED VR


Projetada para uso em câmeras sen-
de 35 cm
o
ã
ç
a
sor DX, essa lente tem boa oferta de dis- 72 mm
g
u
l
tâncias focais (equivalente a 24-120 mm 17 em 13 grupos
iv
D no padrão 35 mm), ótima luminosidade e 7
480 g
diafragma eletromagnético, que possibilita US$ 1,1 mil
controlar a abertura no modo de Imagem
ao Vivo de maneira silenciosa.

Junho 2016 • 35
EQUIPAMENTO

AF-S DX NIKKOR 55-200 MM F/4-5.6G VR II


Projetada para uso em câmeras DX, 110 cm
ela oferece distância focal equivalente a 52 mm
83-300 mm no padrão 35 mm. É o par ideal 13 em 9 grupos
para a objetiva 18-55 mm que vem nokit. 7
300 g
Mesmo sendo uma teleobjetiva longa, tem US$ 350
um design bem compacto. Proporciona
estabilização de imagem de até 4 pontos.

FE 70-300 MM F/4.5-5.6 G OSS


Zoom grande-angular projetada para 90 cm
, mas que pode ser
mirrorless full frame 72 mm
usada em modelos APS-C (equivalente a 16 em 13 grupos
105-450 mm). Tem elementos ópticos que 9
854 g
minimizam reflexos ghosts
( ) e flare, sis- US$ 1,2 mil
tema de estabilização de imagem e pro-
teção contra poeira e umidade.

FE 50 MM F/1.8
o
ã
Uma das lentes fixas mais acessíveis 45 cm
ç
a
g
l
u da Sony jápode
também produzidas. Feit
ser usadaaem full frame
para
mirrorless, 6 em 549 mm
grupos
iv
D
APS-C (com distância focal equivalente a 7
186 g
75 mm). É bastante leve e possibilita foto- US$ 250
grafar de perto (distância mínima de foco
de 45 cm), embora não seja macro.

FE 70-200 MM F/2.8 GM OSS


Par ideal para a 24-70
mm a fim de cobrir 96 cm
uma boa faixa de distâncias focais. Essa 77 mm
lente é produzida exclusivamente pela Sony 32 em 18 grupos
(modelo GM), com prioridade para alta ni- 11
1480 g
tidez das câmeras a7. É a primeira objetiva não divulgado
com sistema de foco “flutuante”, que pos-
sibilita focalizar mais perto que o conven-
cional em uma teleobjetiva.

FE 24-70 MM F/2.8 GM
Zoom com as distâncias focais mais 38 cm
usadas pelos fotógrafos de eventos sociais 82 mm
e entusiastas em geral. É o primeiro do 18 em 13 grupos
tipo para mirrorless full frameda Sony. 9
886 g
Conta com motor de foco SSM, mais rápido US$ 2,2 mil
e silencioso do que o convencional, e ve-
dação contra poeira e umidade.

36 • Fotografe Melhor on237


FE 85 MM F/1.4 GM
Primeira lente fixa da Sony com um D 80 cm
elemento esférico “extremo” que apri- 77 mm
mora a nitidez do plano em foco quando 11 em 8 grupos
é usada abertura ampla, como f/1.4. O 11
820 g
modelo também traz um anel de abertu- US$ 1,8 mil
ras que pode ser ajustado para posição
automático, com ou sem paradas nos pon-
tos clássicos de diafragma.

VARIO-SONNAR T* 16-35 MM F/2.8 ZA SSM II


Atualização da zoom grande-angular 28 cm
feita para câmeras com montagem Alpha 77 mm
A. O modelo II avança na qualidade de ima- 17 em 13 grupos
gem, redução de aberrações cromáticas 9
872 g
e na proteção física – agora é vedada contra US$ 2,2 mil
umidade e poeira. Conta com o revesti-
mento antirreflexo T*.

VARIO-SONNAR T* 24-70 MM F/2.8 ZA SMM II


Essa atualização da popular 24-70 mm 34 cm
avança na qualidade de imagem e na re- 77 mm
dução deflare, com proteção contra poeira 17 em 13 grupos

e umidade. Comparada com o modelo ori- 9749g


ginal, o autofoco também foi aprimorado US$ 2 mil
– segundo a Sony,é 4x mais rápido do que
o da antecessora.

FE 28 MM F/2
Objetiva grande-angular leve, compacta 29 cm
e uma das mais versáteis para usar com 49 mm
as câmeras da família Sony a7. destaque
O 9 em 8 grupos
é o motor de foco interno, que age de ma- 9
200 g
neira rápida, silenciosa e precisa, sem al- US$ 423
terar o comprimento da lente.

DISTAGON T* FE 35 MM F/1.4 ZA
Primeira lente fixa de montagem FE 30 cm
com abertura f/1.4. Tem distância mínima 72 mm
de foco de apenas 30 cm. Outro destaque 12 em 8 grupos
é o anel físico de aberturas, quepode ser 9
630 g
ajustado para prioridade de abertura ou US$ 1,5 mil
controlar o diafragma, com ou sem paradas
nos pontos clássicos (recurso muito útil
para gravar vídeo).

Junho 2016 • 37
EQUIPAMENTO

FE 90 MM F/2.8 MACRO G OSS


Primeira teleobjetiva com macro de 28 cm
encaixe Sony E (com magnificação de 1:1), 62 mm
também conta com sistema de estabiliza- 15 em 11 grupos
ção de imagem, mecanismo de foco flu- 9
602 g
tuante para que possibilite imagens nítidas US$ 1 mil
mesmo em diafragmas mais amplos, além
de proteção contra umidade e poeira.

FE 24-240 MM F/3.5-5.6 OSS


Lente zoom de 10xprojetada para cobrir 50 cm
uma faixa grande de distâncias focais, útil 72 mm
desde fotografia de paisagens aretratos 17 em 12 grupos
cotidianos. Esse tipo “serve para tudo” ge- 7
780 g
ralmente está associado à qualidade óptica US$ 1 mil
limitada, devido à maior quant
idade de ele-
mentos internos.

XF 100-400 F/4.5-5.6 R LM OIS WR


Zoom teleobjetiva com bom alcance
(equivalente a 152-609 mm em 35 mm), 82 mm 175 cm
proteção contra água, corpo de metal e 21 em 14 grupos
um sistema de estabilização deimagem 9
1375 g
que, segundo a Fuji, segura até 5 pontos US$ 1,9 mil
na exposição – um dos melhores do mer-
cado.

XF 35 MM F/2 R WR
O destaque dessa objetiva, como em 30 cm
outras lentes fixas, é a nitidez
superior que 43 mm o
ã
ç
a
ela possibilita junto com a boa resposta ao 9 em 6 grupos g
l
u

sistema de autofoco das câmeras Fujifilm 9 iv


D
170 g
X. A construção robusta protege a lente US$ 400
contra umidade, poeira e respingos de
água quando usada externamente.

XF 90 MM F/2 R LM WR
Lente fixa dotipo “meia-tele”indicada 60 cm
para retratos, por conta da distância
focal 62 mm
e do diafragma de 7 lâminas circulares que 11 em 8 grupos
geram umbokehagradável ao olhar. Tem 7
170 g
construção robusta e elementos ópticos US$ 950
que minimizam o efeito de vinheta e aber-
rações cromáticas na imagem.

38 • Fotografe Melhor on237


XF 16 MM F/1.4 R WR
Grande-angular fixa, equivalente a D 15 cm
24 mm no formato 35 mm. Como outras 67 mm
lentes da família Fujinon XC, tem constru- 13 em 11 grupos
ção bastante resistente, com corpo de me- 9
375 g
tal e anel de aberturas. A abertura máxima US$ 1 mil
f/1.4 possibilita fotos em ambientes com
luminosidade reduzida.

XF 16-55 MM F/2.8 R LM WR
Objetiva zoom da série XF que traz al- 30 cm
cance de 3,4x, seguindo de grande-angular 77 mm
a meia-tele com abertura constante de 17 em 12 grupos
f/2.8. Assim, é um modelo bem versátil, 9
655 g
indicado para fotografia cotidiana, eventos US$ 1,2 mil
sociais, viagens etc.Tem corpo de metal
e proteção contra umidade.

XC 16-50 MM F/3.5-5.6 OIS II


Atualização de uma das objetivas mais 15 cm
acessíveis e básicas da série Fujifilm X 58 mm
(tem corpo de plástico e não traz anel de 12 em 10 grupos
abertura), com estabilizador de imagem 7
195 g
aprimorado. O zoom de 3,1x dá conta da
maioria das situações de foto, mas a aber- US$ 400
tura máxima é limitada em f/3.5-5.6.

XC 50-230 MM F/4.5-6.7 OIS II


Nova versão da zoom que faz um par 110 cm
ideal com a lente XC 16-50 mm – tanto é 58 mm
que foram lançadas no mesmo dia. Essa 13 em 10 grupos
teleobjetiva tem bom alcance, mas é um 7
375 g
pouco limitada na estabilização de imagem US$ 455
(3 pontos) e na claridade, pois possibilita
usar no máximo f/6.7 em 230 mm.

LUMIX G VARIO 12-60 MM F/3.5-5.6 ASPH POWER OIS


Objetiva zoom indicada para viagens e 20 cm
fotografia cotidiana, equivale a 24-120 mm 58 mm
em 35 mm. Abrange uma faixa de distâncias 9 em 11 grupos
focais de grande-angular a meia-tele. 7
210 g
Projetada para câmeras Micro Quatro US$ 500
Terços, tem estabilizador
de imagem efoco
com motor de passo (bom para vídeo).

Junho 2016 • 39
EQUIPAMENTO

LUMIX G 25 MM F/1.7 ASPH


Objetiva normal clara,bastante leve e 25 cm
uma das mais acessíveis para o sistema 46 mm
Micro Quatro Terç
os. Dessa maneira , apre- 8 em 7 grupos
senta um ótimo custo-benefício, como as 7
125 g
tradicionais 50 mm do padrãofull frame. US$ 250
Projetada para câmerasmirrorless, tem
um autofoco bastante ligeiro.

VARIO-ELMAR DG 100-400 MM F/4-6.3 ASPH POWER OIS


Bem robusta, com corpo feito de metal, 130 cm
essa poderosa teleobjetiva zoom tem dis- 72 mm
tância focal equivalente a 200-800 mm no 20 em 13 grupos
formato 35 mm. Traz um sistema de esta- 9
985 g
bilização de imagemproduzido em parceria US$ 1,8 mil
com a Leica –a empresa alemã também
assina o projeto dos elementos ópticos.

LUMIX G 42.5 MM F/1.7 ASPH POWER OIS


Lente fixa com acabamento sofisticado, 31 cm
feito em metal. Internamente, traz ele- 37 mm
mentos ópticos projetados parafotografar 8 em 10 grupos
retratos (tem distância focalequivalente 7
130 g
a 90 mm), com 7 lâminas circulares que US$ 350
geram um belobokehquando usada com
aberturas claras.

LUMIX G MACRO 30 MM F/2.8 ASPH MEGA OIS


Uma das poucas lentes macro dispo- 11 cm
níveis para osistema Micro Quatro Terços. 46 mm
Feita em metal, com elementos ópticos 9 em 9 grupos
projetados para focalizar elementos à dis- 7
180 g
tância mínima de 11 cm (a
partir do sensor), US$ 390
essa lente equivalente a 60 mm possibilita
uma reprodução de 1:1.

HD-D FA 15-30 MM F/2.8 ED SDM WR


Um dos lançamentos mais recentes da 28 cm
Pentax, essa lente grande-angular feita não usa
para câmerasfull frameregistra cenas com 18 em 13 grupos
uma perspectiva bem acentua da. O reves- 9
1040 g
timento HD trabalha para minimizar efeitos US$ 1,5 mil
de vinheta e outras aberrações da imagem.

40 • Fotografe Melhor on237


HD-D FA 28-105 MM F/3.5-5.6 ED DC WR
Lente com zoom de 3,7x, que abrange D 50 cm
distâncias focais de grande-angulartele,
a 62 mm
e tem, dessa maneira, uso bem versátil. 15 em 11 grupos
Internamente, utiliza elementos com dis- 9
440 g
persão ultrabaixa, o que ajuda a reduzir US$ 500
distorções ópticas.O corpo temproteção
contra umidade e poeira.

PENTAX D FA 150-450 MM F4.5-5.6 ED DC AW


Projetada para câmerasfull frame(a 200 cm
sigla FA no nome identifica esse formato), 86 mm
essa teleobjetiva utiliza elementos ópticos 18 em 14 grupos
com dispersão extrabaixa (ED), o que 9
2000 g
compensa a aberração cromática comum US$ 1,5 mil
de imagens feitas a distância. Tem corpo
de metal e proteção contra umidade.

DA 18-50 MM F/4.5-5.6 DC WR RE
o
ã
ç
Zoom-padrão produzido para câmeras
full 30 cm
a
g
l
u
frame. É a primeira lente da Pentax com mon- 58 mm
v
i
D tagem K com projeto compacto, o que facilita 11 em 8 grupos

o transporte, já que é uma objetiva pensada 1587g


para uso cotidiano e fotografia em geral. Tem US$ 300
motor de foco interno, o que ajuda a focalizar
de maneira mais rápida e eficaz.

D FA* 70-200 MM F/2.8 ED DC AW


O sinal * no nome indicaque o projeto 120 cm
dessa lente é de alto desempenho, com 77 mm
corpo resistente a água e poeira e abertura 19 em 16 grupos
constante de f/2.8 em todo o zoom. Tudo 9
1755 g
isso é compatível com o uso dessa teleob- US$ 1,8 mil
jetiva zoom, ideal para fotografar esportes,
natureza e eventos sociais.

HD-D FA 24-70 MM F/2.8 ED SDM WR


Projetada para câmeras full frame, 38 cm
essa zoom básica também pode ser usada 82 mm
em modelos APS-C, nos quais tem distân- 17 em 12 grupos
cia focal equivalente a 37-107 mm. Com 9
787 g
abertura constante de f/2.8 em todo
zoom,
o US$ 1,5 mil
trata-se de um modelo versátil, muito prá-
tico para fotografar eventos sociais.

Junho 2016 • 41
EQUIPAMENTO

30 MM F/1.4 DC DN
Disponível com encaixe para câmeras 30 cm o
ã
Micro Quatro Terços ou Sony E, essalente 52 mm ç
a
lg
fixa tem sistema de foco automático com 9 em 7 grupos u
v
i

motor de passo, que possibilita precisão 9 D

265 g
e suavidade durante a focalização. Outro
destaque é a abertura de f/1.4. US$ 340

20 MM F/1.4 DG HSM ART


A série Art da Si
gma é composta de len- 30 cm
tes de qualidade superior, como essa fixa não usa
grande-angular feita com encaixes para 15 em 11 grupos
Nikon F, Canon EF e Sigma FA. Esse modelo, 9
950 g
feito para câmeras , oferece ele-
full frame
US$ 900
mentos com dispersão ultrabaixa, para me-
lhor nitidez ereprodução de cores.

50-100 MM F/1.8 DC HSM ART


Modelo zoom de qualidade óptica su- 95 cm
perior ao convencional da marca, com 82 mm
construção robusta e projetado para câ- 9
21 em 15 grupos
meras APS-C com encaixe para Nikon F,
1490 g
Canon EF e Sigma FA (equivalente a US$ 1,1 mil
75-150 mm). Tem abertura constante de
f/1.8 e anel para tripé incorporado.

24-35 MM F/2 DG HSM ART


Objetiva zoom grande-angular proje- 28 cm
tada para câmerasfull frame, com encaixe 82 mm
para Nikon F, Canon EF e SigmaFA. Seu 18 em 13 grupos
destaque é a abertura constante de f/2 e 9
940 g
o motor de foco hipersônico (HSM), que US$ 800
possibilita focalização mais rápida e silen-
ciosa do que o convencional.

24 MM F/1.4 DG HSM ART


Lente fixa grande-angular projetada 25 cm
para câmeras com sensorfull framee de 77 mm
encaixe Nikon F, Canon EF e Sigma FA. 15 em 11 grupos
Sua qualidade óptica possibilita imagens 9
665 g
com nitidez elevada, ideal para uso em es- US$ 850
paços abertos como fotos de arquitetura,
paisagens e natureza.

42 • Fotografe Melhor on237


AT-X 14-20 MM F/2 PRO DX
Projetada para câmeras com sensor D 28 cm
APS-C, como indica a sigla DX no nome, 82 mm
essa zoom grande-angular édisponível 13 em 11 grupos
para câmeras da Nikon, Canon eSony. O 9
725 g
destaque é a abertura constante de2f/em US$ 850
todo o zoom, que
com distâncias é curto,
focais bemmas trabalha
amplas.

AT-X PRO 11-20 MM F/2.8 PRO DX


Modelo com zoom acentuado e abertura 28 cm
constante de f/2.8, que traz muitaherança da 82 mm
lente Tokina 11-16 mm, a qual substitui, am- 14 em 12 grupos
pliando um pouco mais na distância focal. Mas, 9
na prática, a diferença entre elas é mais evidente 560 g
US$ 600
na qualidade óptica, que foi bemaprimorada.

SP 85 MM F/1.8 DI VC USD
Primeira
focal lente
de 85 mm da marca
esistema com distância
de estabilizaç
ão 67 mm
80 cm

de imagem. Idealizada para câmeras full 13 em 9 grupos


frame (como indica a sigla DI no nome),
9
700 g
essa lente traz elementos ópticos de baixa US$ 750
dispersão, o que ajuda na melhoria da qua-
lidade de imagem e aumento da nitidez.

SP 90 MM F/2.8 DI VC USD 1:1 MACRO


Feita para câmerasfull frame e com 30 cm
encaixe para Nikon F, Canon EF e Sony 62 mm
Alpha, essa atualização do modelo an- 14 em 11 grupos
terior teve o sistema de estabilização 9
609 g
aprimorado. É uma boa alternativa com US$ 650
essa distância focal para uso em fotos
de macro, com ampliação de 1:1.

SP 35 MM F/1.8 DI VC USD
Lente fixa para câmerasfull framecom 20 cm
encaixe para Nikon F, Canon Ef e Sony 67 mm
Alpha. Seu destaque é o motor de foco ul- 10 em 9 grupos
trassônico (USD), mais rápido e silencioso 9
480 g
do que o convencional. Tem proteção contra US$ 600
umidade e poeira erevestimento no ele-
mento frontal que repele água e óleo.

Junho 2016 • 43
EQUIPAMENTO

18-200 MM F/3.5-5.6 DI-II VC


A sigla DI-II mostra que essa lente é 49 cm
compatível com câmeras APS-C de encaixe 62 mm
Nikon F, Canon EF e Sony Alpha. É uma 16 em 14 grupos
zoom de alto alcance, feita para ter uso em 7
400 g
diversas situações de foto. Como tem mui- US$ 250
tos elementos ópticos na construção, a ni-
tidez da imagem fica limitada.

ZEISS BATIS 18 MM F/2.8


Integrante da nova linha da Zeiss pro- 25 cm
duzida para câmeras da Sony com encaixe 77 mm
E e FE (mirrorless full framee APS-C), 11 em 10 grupos
essa lente grande-angular fixa tem qua- 9
330 g
lidade óptica superior e um charmoso visor US$ 1,5 mil
LCD no corpo que exibe a distância do plano
em foco e a profundidade de campo.

ZEISS LOXIA 21 MM F/2.8


o
ã
ç
Baseado nos projetos das lentes Zeiss 25 cm
a
g
l
u
iv
Distagon, esse modelo
merasmirrorless da Sonyproduzido para câ-
oferece distância
52 mm
11 em 9 grupos
D

focal fixa e aberturade f/2.8. Oselementos 7


394 g
ópticos têm tratamento contra imperfei- US$ 1,5 mil
ções na imagem, como vinheta eaberra-
ções cromáticas.

ZEISS BATIS 25 MM F/2


Um dos destaques da série Zeiss Batis 20 cm
é o visor LCD no próprio corpo da lente, 67 mm
que exibe a distância de foco e a profundi- 10 em 8 grupos
dade de campo. Contudo, a qualidade óptica 7
: 335 g
da família éexcepcional, como nessa lente US$ 1,3 mil
fixa de 25 mm e abertura f/2.

ZEISS BATIS 85 MM F/1.8


Objetiva fixa meia-tele produzida para 80 cm
câmeras mirrorless de encaixe Sony E. 67 mm
Embora seja projetada parafull frame, 10 em 8 grupos
pode ser usada em modelos APS-C, nos 9
475 g
quais gera uma distânciafocal equivalente US$ 1,2 mil
a 127 mm. Esse modelo trazrevestimento
T*, que minimizareflexos na lente.

44 • Fotografe Melhor on237


DICAS DO ESPECIALISTA

Dúvidas sobre como dirigir o casal em book de noivossão as primeiras da lista apontadas pelo especialista

FOTOGRAFIA DE CASAMENTO

grandes

10
dúvidas
RESPONDIDAS POR UM ESPECIALISTA
Confira as principais dicas passadas pelo renomado fotógrafo Vinícius
Matos e fique mais bem preparado para a hora de cobrir um casamento

48 • Fotografe Melhor n
o
237
s
to
a
M
s
iu
íc
in
V

POR

S
eja profissional ou aspirante afo- que o outro se sinta especial. A dica é Se o fotógrafo
tógrafo, dúvidas relacionadas a ouvir e fazer perguntas aos noivos. não tiver uma boa
técnica, divulgação ou equipamen- Uma boa maneira de aprofundar a conexão com os
noivos, a direção
to sempre vão existir, ainda mais relação e se aproximar do casal está durante o ensaio
se tratando de um segmento tão simplesmente em fazer umbriefingpré- pode ser afetada e
amplo como é a fotografia de ca- vio com eles. Essa pesquisa pode ser o resultado ficar
samento... Especialista no assunto, fo-
o tanto presencial quanto feita por telefone aquém do esperado
tógrafo Vinícius Matos foi convidado por ou videoconferência.
F para listar as dez dúvidas que Perguntar, além de trazer informa-
ele também, como professor da Escola de ções importantes sobre os noivos, prova
Imagem, recebe diariamente de seus alu- o interesse que o fotógrafo tem pelo
nos. Veja as respostas e confira como rfica cliente. Nenhuma técnica de direção se-
bem preparado para o seu próximo evento.rá suficiente sem conexão entre fotó-
grafo e fotografado.
Como fazer a direção do casal para
1 fotos de book de noivos? Que equipamentos usar para tra-
2
A direção de fotografia depende da ca- balhar nesse segmento?
pacidade do fotógrafo de se conectar com Equipamento é sempre um assunto
o casal, diz Vinícius. Um bom profissional polêmico. Em 14 anos decarreira, Vinícius
com habilidades em dirigir as pessoas ge- Matos descobriu que menos é sempre
ralmente se coloca no lugar do outro e faz mais. Para os fotógrafos iniciantes em ca-
com que a pessoa fotografada sinta-se à samentos, o especialista indica dois corpos
vontade diante da câmera. de câmeras, um oficial e outro debackup
Essa empatia depende muito da ca- (preferencialmente ambasfull framee do
pacidade do profissional em fazer com mesmo modelo); uma telezoom 24-70

Junho 2016 • 49
DICAS DO ESPECIALISTA

O mesmo momento: ao lado, o


registro feito pelo fotógrafo de
segurança da equipe e, abaixo,
a foto criativa clicada pelo
profissional da criatividade

cliente, inove, experimente e faça


algo criativo para si. Arrisque-se e
tente algo novo depoisde registrar
as imagens esperadas pelos noivos.
Para conseguir algo novo per-
gunte a si mesmo: como poderia fo-
tografar um buquê de forma dife-
rente? Como fotografar o casal mos-
trando apenas o rosto? Qual parte
da cena é possível cortar para fazer
algo diferente e interessante? A cria-
tividade é 90% de esforço e atitudes
e 10% de talento.
Quantas pessoas participam
4 da equipe de fotografia?
Vinícius Matos conta atualmente
com três pessoas na equipe. O pri-
meiro fotógrafo é o de segurança,
aquele que normalmente garante
as imagens tradicionais, as que os
noivos sempre querem. Ele registra
o making ofdo noivo e depois a ce-
rimônia
a funçãoecriativa.
recepção. O segundo tem
Normalmente éo
próprio Vinícius quem faz esse papel,
ficando livre para arriscar emfotos
mais ousadas e criativas, pois já con-
ta com o fotógrafo de segurança. É
o segundo fotógrafo também que
clica omaking ofda noiva. E, por úl-
timo, o assistente de iluminação,
que também cuida da segurança
dos equipamentos.
Como divulgar o trabalho de
5
mm para usar no dia do casamento; danificado durante o evento, o outro fotografia na área?
uma teleobjetiva fixa, como a 135 pode ser usado como reserva. Ter Vinícius defende que uma boa
mm f/2.8, para o casamento e prin- modelos iguais facilita o trabalho, noestratégia de marketing de serviços
cipalmente para usar durante os en-caso de troca, pois ganha-se veloci- depende muito do tradicional boca
saios e nos detalhes (alianças, sa- dade já que o funcionamento deles a boca. E isso está vinculado ao grau
patos).
mais “As objetivas
difíceis de seremfixas podem
usadas porseré exatamente o mesmo. de satisfação
“prometa do cliente.
menos O lema
e entregue” mais
não proporcionarem versatilidade, Como ser mais criativo durante é fundamental. Uma boa estratégia
entretanto, oferecem resultados 3 o registro de um casamento? é adiantar prazos, entregar mais
com maior nitidez, são muito mais Adote algumas técnicas: tanto fotos do que o combinado, preparar
leves e normalmente focam mais nos casamentos, quanto nos ensaiosalgumas surpresas e fazer com que
rapidamente”, explica. com os noivos faça intervalos entre a experiência em contratar os ser-
Dois flashes,preferencialmente o tradicional e o conceitual. Depois viços de fotografia seja especial. Os
do mesmo modelo. Caso um seja de fazer a foto tradicional para o clientes satisfeitos indicarão e de-

50 • Fotografe Melhor on237


Um portfólio de casamento engloba todos os momentos do evento: vale usar fotos de detalhes, planos abertos...

s
to
a
M
s
iu
íc
in
V

fenderão o trabalho do fotógrafo gens são detalhes, 10% fotos pano- grafar as pessoas mais importantes
diante de familiares e amigos. A râmicas (planos abertos), 25% re- para o casal, pois elassão sempre
partir daí cria-se uma corrente. tratos posados e 55% momentos es-as últimas a irembora. Além disso,
peciais. Faça com que os visitantes o especialista acredita que ficar até
Como montar um bom portfó- do site tenham vontade de saber o final cria uma conexão maior com
6 lio de fotos de casamento? mais sobre o trabalho ali mostrado. as pessoas. Ele aproveita para fazer
Seja breve na galeria de portfólio O fato é que a venda doserviço nor- amizades e conseguir se aproximar
do site e não coloque mais do que malmente se concretiza com o aten-mais dos convidados. Isso gera ima-
30 imagens. Mostre fotos de todos dimento presencial. gens mais fortes, emocionantes e
os momentos do casamento: making também novos clientes – os amigos
of, cerimônia e festa. Insira detalhes, Por quanto tempo um fotógra- mais próximos, familiares e padri-
7 fo deve
planos abertos,
(coloque retratos
retratos dosbonita,
de gente noivos mento parapermanecer
o registro? no casa- nhos com osdequais
O tempo cria vínculo.
um casamento pode
pois isso ajudará nas vendas) e não Vinícius conta que até 2013
acre- variar de 8 a 14 horas, contando des-
se esqueça dos momentos – um fo- ditava que ficar até o final de um ca- de o registro domaking ofaté o final
tógrafo de casamento conta históriassamento era uma tolice. Com o tem-da festa. O fotógrafo precisa sair de
que, por sua vez, dependem dos mo-po, ele aprendeu que cada casamen-casa com a certeza de que não há
mentos especiais. Inspire-se na es- to é um aconteciment o único. Desde hora para voltar e seguro de que se
trutura adotada por Vinícius para essa época, fica até o final. conectará ao máximo com história
a
montar um portfólio: 15% das ima- Isso, segundo ele, permite foto- daquele casamento.

Junho 2016 • 51
DICAS DO ESPECIALISTA

Ao lado, note como a foto


feita com flash proporciona
preenchimento no rosto dos
retratados; abaixo, a imagem
feita sem uso de flash

preencher a região dos olhos.


Portanto, vale a pena optar pela
técnica do flash remoto, fora da
câmera, ou usar o próprio flash da
câmera, mas rebatido. Isso me-
lhorará a qualidade na luz que ilu-
mina o rosto dos fotografados.
Qual deve ser a qualidade e
9 quantidade dos arquivos?
Vinícius fotografa todo o casa-
mento com formato RAW. A equipe
dele produz, em média, entre 6 mil
e 10 mil cliques. Para o especialista,
o fotógrafo não deve se contentar
com apenas uma só imagem boa de
uma cena: deve clicar buscando me-
lhorar a composição e a luz. Deve
se aproximar, se afastar, mudar o
enquadramento... Após a edição, ele
manda as imagens em baixa reso-
lução (em arquivo JPEG) para o clien-
te escolher.ideal
quantidade Nesse momento,
para enviar é ade
15% a 20% das imagens registradas.
Os arquivos em alta resolução são
entregues em um pendrive, junto
com o álbum, no finaldo processo.
O pacote de serviços deve
10 sempre incluir o álbum?
Embora o álbum aumente os cus-
tos e existam ainda casais que quei-
s
to
ram comprar apenas as fotos gra-
a
M
vadas em DVD, o fotógrafo deve ven-
s
iu
íc
der a ideia de que fotografia é me-
in
V mória. As mídias digitais podem se
danificar ao longo do tempo, porém,
já os impressos duram muito mais.
A dica de Vinícius Matos para
Fotografar um casamento com biente
8 ou sem flash?
Tudo depende muito da ilumi-
em algumas igrejas,
suficiente, há luz
porém am-
a quali-
dade dela no rosto das pessoas
fotógrafos
incluir que têm
o álbum dificuldade
em suas de
propostas
é integrar a elas um crédito para
nação. Se a luz ambiente ou natural deixa a desejar. É uma luz que vem que o cliente possa, depois do ca-
é muito boa, arrisque fotografar de cima, cria sombras nos olhos samento, escolher um álbum que
sem o flash. Uma luz boa para e gera um efeito de olheira – “como caiba no bolso dele. Essa estratégia
Vinícius é a que normalmente ilu- se as pessoas tivessem olhos de incentiva os noivos a pensar no ál-
mina, em primeiro lugar, os olhos panda”, diz. Nesses casos, o fotó- bum depois de casados e resolve o
dos fotografados. Muitas vezes, grafo tem de usar uma luz para problema em alguns casos.

52 • Fotografe Melhor on237


INFORME PUBLICITÁRIO

Horseshoe Bend Canyon, no


Arizona, registrado em
distância focal 15mm

EF 11-24mm f/4L USM


Conheça a mais poderosa zoom
grande-angular do planeta

té o ano passado, a peixe). Mas, com o lançamento de 117° é o maior ângulo de


Canon dispunha de três da EF 11-24mm f/4L USM, a visão de uma lente Canon
lentes grande-angulares Canon passa a dispor de uma depois da fisheye EF 8-15mm

A
profissionais da série L: a EF 16- grande-angular profissional f/4L USM, o dobro de campo
35mm f/2.8L II USM, a EF 17- ainda mais poderosa e versátil. visual comparado a uma 16
40mm f/4L USM e a EF Com distância focal a partir mm. Trata-se de uma lente
16-35mm f/4L IS USM. Quem de 11 mm, a nova lente amplia excelente para uso em
desejasse uma grande-angular as possibilidades criativas dos fotografia de natureza,
mais abrangente precisava fotógrafos com uso de grande- fotojornalismo, arquitetura e
recorrer a uma fisheye (olho-de- angular. O ângulo de cobertura mesmo para retratos, tendo a
INFORME PUBLICITÁRIO

pessoa inserida no cenário. linhas verticais e horizontais. É


Dispõe da alta qualidade de surpreendente a simetria das
imagem e engenharia das linhas nas imagens captadas
lentes da série L, fornecendo com a EF 11-24mm f/4L USM
fotografias de grande nitidez, em todas as distâncias focais.
sem apresentar vinhetas ou Possui também dois elementos
distorções geométricas típicas UD (ultra low dispersion) para
das grande-angulares mais eliminar problemas de
abrangentes. Essa característica aberrações cromáticas do
deve-se ao inovador design centro às bordas das imagens.
ótico da EF 11-24mm f/4L USM. É a primeira lente de toda
Construída com 16 linha profissional da Canon a
elementos divididos em 11 receber uma nova tecnologia
grupos, a lente inclui a maior de revestimentos anti-reflexos
quantidade de cristais especiais de última geração, o SWC
numa só objetiva. São quatro (Subwave Structure Coating) e
elementos asféricos, utilizados o ASC (Air Sphere Coating), que
para reduzir distorções envolvem três elementos óticos
geométricas, como o “efeito do conjunto com a finalidade
barril”, o arredondamento de de evitar flare indesejável e

Ficha Técnica
Distância Focal: 11-24mm (full frame)
Abertura máxima: f/4
Abertura mínima: f/22
Elementos: 16 elementos em 11 grupos
Distância mínima de foco: 0,28m (em
24mm) e 0,32m (em 11mm)
Peso: 1.180g
INFORME PUBLICITÁRIO

melhorar o contraste e a
saturação das cores nas
situações de contraluz.
Para completar, incorpora
revestimentos à base de flúor
nos elementos frontal e traseiro,
para reduzir a aderência de
gordura e tornar sua limpeza
mais simples, apenas com o uso
de uma flanela seca.
Todo esse conjunto é
protegido por um corpo
metálico, com vedações contra
Detalhe ampliado de imagem registrada entrada de água e poeira, o que
com câmera Canon EOS 5D Mark III,
velocidade 1/160s, abertura f/8 e ISO 100 torna essa lente muito durável e
resistente mesmo para o uso
intenso do trabalho profissional
Raio-X de jornalismo ou em condições
severas na natureza. Trata-se de
A EF 11-24mm f/4L USM possui um so sticada concepção ótica. É construída com 16 elementos divididos em 11
grupos. Inclui quatro cristais asféricos, para reduzir distorções geométricas, como o “efeito barril”; e dois uma lente robusta, que pesa
elementos UD (ultra low dispersion), para eliminar aberrações cromáticas. Ganhou ainda revestimentos anti- 1.180g, e de construção muito
re exos, como o SWC (Subwave Structure Coating) e o ASC (Air Sphere Coating), para minimizar are; e
revestimentos à base de úor no elemento frontal e traseiro, para reduzir a aderência de gordura.
precisa, sem folgas, e com
rotações suaves dos anéis de
ELEMENTOS ASFÉRICOS foco e zoom.
É importante considerar a
SWC ASC curvatura acentuada do
elemento frontal da EF 11-
24mm f/4L USM, que a torna
semelhante, na aparência, a
uma fisheye. Essa característica
impossibilita o uso de filtros UV
e polarizador, além de exigir
UD
maior cuidado no manuseio,
REVESTIMENTO
DE FLÚOR REVESTIMENTO para evitar arranhões e batidas
SUPER UD DE FLÚOR no cristal dianteiro. Para
ELEMENTO ASFÉRICO protegê-lo, há duas abas laterais
proeminentes e não-

Zoom

m m1 1 m m1 4 m m1 6 m m2 4
INFORME PUBLICITÁRIO

desacopláveis, que são Controle de Flare


integradas à estrutura da lente.
O are é umfenômeno que surge quando se fotografa
Efeitos criativos contra o sol ou em situações de forte contraluz. Ele
reduz o contraste geral da imagem, desatura as cores
A distância mínima de foco e ainda provoca o aparecimento de halos circulares
da EF 11-24mm f/4L USM é de coloridos, conhecidos como “ghosts”. Embora seja
comum nas grande-angulares mais abrangentes, o
apenas 28 cm (em posição problema é minimizado na EF 11-24mm f/4L USM,
24mm) e de 32cm (em 11mm). devido às novas tecnologias de revestimento ótico
(coating), o SWC (Subwavelength Structure Coating)
Isso permite fotografar a curta
e ASC (AirSphere Coating), que essa lente incorpora.
distância do assunto e criar Os revestimentos (em três elementos óticos do

imagens com um interessante conjunto frontal) têm alto poder anti-re exo que,O ASC é uma tecnologia que forma uma
além de evitar aparecimento de are e ghosts naspelícula com esferas de ar. O revestimento
efeito visual, com o exagero de imagens, melhoraram também o contraste e atem baixo índice de refração e excelente
perspectiva e a ampliação do reprodução das cores. Con ra exemplo abaixo: efeito anti-reflexo.
assunto em primeiro plano.
Fotojornalistas costumam
aproveitar esse “efeito”para criar
imagens expressivas e até
engraçadas, como os retratos
bem-humorados, onde a
pessoa fotografada bem perto
aparece maior e deformada em sem SWC e ASC com SWC e ASC
relação ao resto do
enquadramento. Em closes de Para as câmeras de sensor
rostos, em posição 11mm, a APS-C, a melhor alternativa para
distorção aumenta o tamanho
do nariz e cria um divertido zoom grande-angular é a EF-S
10-22mm f/3.5-4.5 USM, que
efeito caricato. equivale a uma 16-35 mm, em
Isso sem contar as formato 35mm. Oferece boa
possibilidades criativas para qualidade de imagem, autofoco
fotografias de paisagens, cenas rápido e preço bastante
de rua, decoração de ambientes atraente. Para mais informações
internos, vistas gerais de sobre essas e outras lentes,
eventos sociais e mesmo para acesse: www.canon.br/lentes ,
imagens científicas e de www.canon.com.br/lentes-l e
astronomia, como as fotos www.canoncollege.com.br
noturnas de céu estrelado.

O Antelope Canyon, no
Arizona, fotografado com a
lente EF 11-24mm f/4L USM;
abertura f/11, velocidade 1/4s
e sensibilidade ISO 400

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CULTURA

Carpas em uma bacia:


a fotógrafa Anna Kahn
fez as primeiras fotos
em Dali, na província
de Yunnan, China

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A arte de viver
o presente POR

oi em um caminho marcado pelas Hospedada em frente a um grande la-


Premiado, águas e pontuado por pedras que go, a fotógrafa vislumbrou que oelemento
primeiro livro da a fotógrafa carioca Anna Kahn fler- água poderia ser um caminho. Em seguida,
tou com os temas esquecimento pensou na pedra porque a região onde es-
fotógrafa Anna
Kahn,Oriente,

F
e ausência
Oriente que resultou
, vencedor no livro
do Prêmio Foto tava era umA antigo
mármore. centro de
partir desses extração
dois pontos,de
procura retratar em Pauta 2015. Em 2012, a fotógrafa foi Anna começou a investigar o sentimento
premiada com uma residência artística de ausência e esquecimento que tinha ao
as ausências e na China, onde passou cerca de dois me- caminhar pelas ruas da província chinesa.
o esquecimento ses na província de Yunnan, na cidade de “O cotidiano deles é muito diferente
Dali e arredores. Sem saber ao certo qual do nosso. Os chineses vivem o presente.
em uma parte do destino seu trabalho poderia seguir, Anna Estava hospedada em uma cidade histó-
mundo chinês saiu para investigar a região. rica, mas pelo menos dois terços dela es-

58 • Fotografe Melhor on237


Detalhes que remetem a esquecimento e ausência estão presentes no livro
Oriente, primeira publicação daautora

Junho 2016 • 59
CULTURA

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tavam sendo reconstruídos. Se eles nista). Nesta ilha, visitou ainda o mais democrática, que pode circular
podem fazer maior e melhor, por distrito de Tamsui e vilarejos no e ser levado para vários lugares”,
que não? Esse éo pensamento. Eles lado norte. Foi ainda a Hong Kong afirma Anna Kahn.
vivem o que está acontecendo no e Macau, hoje duas regiões admi- Foram seis meses para editar,
momento”, explica Anna. nistrativas especiais da China e sem pressa, o trabalho até a data de
Nessa primeira viagem, ela tra- ex-territórios britânico e portu- envio para o concurso. Período que
balhou com uma médio-formato guês, respectivamente. fez toda a diferença para que Anna
Mamya RZ67, pois a residência po- pudesse compreender o conjunto
deria pagar pelos negativos 6x7, re- NASCE UM LIVRO das imagens e construir uma nar-
velação e digitalização. Também Com umaprodução consistente, rativa consistente. “É bom ter tempo
contava com um motorista para a fotógrafa começou a pensar no for-para construir um sentido para o
transportar o equipamento. mato do trabalho. Depois de passar trabalho. Essa é a magia daedição”,
No ano seguinte, Anna voltou um bom tempo dedicada a exposi- diz. Para ela, o ato de editar é um
para o Oriente para um festival in- ções, instalações de fotografia e ví- trabalho solo. Anna defende que o
ternacional
vido de fotografia
pela organização promo-
Invisible deo,ideia
da entre
de2014
fazere 2015,
um se aproximou deve
livro. fotógraf
o precisa saber
reconhecer qual éfazer isso
a boa e
foto
Photographer Asia (IPA). Aprovei- Com a criação do Prêmio Foto ou o melhor conjunto de imagens.
tou a ida ao evento e ficou ummês em Pauta, concurso para editar um Nesse processo, primeiro ela fez
e meio para completar o ensaio – livro de fotografia para novos autores,
uma seleção provisória e questionou
dessa vez com uma Nikon D800 – criado dentro do Festival de Foto- a escolha até chegar à edição final.
e fotografou Taipé, capital de Tai- grafia de Tiradentes (MG), o estímuloNo caso do livro, pôde conviver mais
wan (país democrático oriundo de que faltava surgiu. “A exposição tem tempo com as imagens, mas isso
uma dissidência da China comu- um lado efêmero. O livro é uma opção nem sempre é necessário – como é

60 • Fotografe Melhor on237


o caso quando você trabalha para uma apenas com textos. Por contadessas de- Para trabalhar
publicação periódica. O importante é o au- cisões, o número defotos ficou mais re- com a temática da
tor escolher consistentemente e organizarduzido: 47. Anna convidou dois críticos ausência e do
esquecimento, a
uma sequência que faça sentido e tenha para escrever textos sobre o trabalho: o fotógrafa focou
ritmo. A edição, diz ela, é mais importante brasileiro Pedro Afonso Vasquez e o chinês nos elementos
do que o clique. A hora de fotografar é Jean Loh. Osdois artigos foram colocados água e pedra e
quando se pode experimentar, pesquisar, no centro do livro, dividindo a narrativa buscou detalhes
delirar, fazer fotos inconsequentes porqueentre oriental e ocidental, assim como o que dialogassem
é fácil apertar obotão de disparo e, depois, Meridiano de Greenwich divide o mundo. com esses
descartar. “Mas quando um fotógra fo está O trabalho de Anna Kahnfoi selecio- elementos
diante de uma centena de imagens para nado entre os 114 projetos enviados da
editar há inúmeras possibilidades de dar primeira ediç ão do Prêmio Foto
em Pauta.
recortes diferentes ao trabalho”, define. O objetivo do concurso é premiar fotógrafos
com a publicação do primeiro livro, que

O PRÊMIO
Com número de páginas e tamanho deve
de 23ter
x 2364cm.
páginas de tamanho
Conta com máximo
o apoio da gráfica
definidos pelo concurso, Anna tinha a li- Ipsis para aimpressão e da editora Te mpo
mitação de selecionar no máximo 64 ima- d'Imagem para a edição – a seleção para
gens, caso fosse colocar uma em cada pá- a próxima edição do concurso vai até dia
gina. Ao lado dadesignerAna Soter, a fo- 15 de julho de 2016,informações no site
tógrafa definiu o projeto gráfico dando f .
destaque para algumas fotos, páginas em Segundo Eugênio Savio,organizador
branco para dar respiros e outras (poucas)do Festival Foto em Pauta Tiradentes e

Junho 2016 • 61
CULTURA

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Nem tudo parece o membro da comissão julgadora, o livro de cores saturadas ou esmaecidas... Enfim,
que é: esse clima
dosde Anna chegou
mistério é um
pontos fortes de
mostra muitapronto. “É uminvestigativo,
maturidade. Étrabalho que detalhes
criam umque ligam
clima uma fotoeàque
de mistério outra e
remetem
Oriente, que foi o
mas também pessoal”, ressalta. Tiago ao esquecimento e à ausência que pau-
escolhido entre 114 Santana e Isabel Santana Terron, daempo
T taram o olhar da fotógrafa.
obras inscritas no d'Imagem, também destacam o pensa- A paleta cromática de Anna Khan, 48
Prêmio Foto em mento bem construído de Anna. “A base anos, lembra a do brasileiro Miguel Rio
Pauta 2015 do livro já estava pronta. Só indicamos umaBranco e também ado japonês Hirosuke
ou outra mudança”, lembra Tiago. Kitamura – algo reconhecido pela fotó-
Isabel conta que, depois de vencer o grafa, que chegou a imprimir trabalhos
concurso, Anna participou de todoo pro- no mesmo lugar que Rio Branco em Paris,
cesso: escolha do papel, da impressão, onde ela viveu de 1999 a 2007 e trabalhou
do tratamento e também das pequenas para diversas revistas e jornais bras ileiros.
mudanças. Como se tratava de umaobra Como referências, ela cita ainda afotógrafa
concisa, a fotógrafa tinha separado um americana Diane Arbus (1923-1971) e o
conjunto de fotos que não entraram na francês Antoine d'Ágata, além de duas ar-
primeira seleção e levou para Isabelexa- tistas contemporâneas, a francesa Sophie
minar. A editora acabousugerindo a en- Calle e sérvia Marina Abramovich.
trada de algumas que não estavam no pro- Em Oriente, Anna deixa claro a forma
jeto mais
dar srcinal e a retirada
ritmo de outras para
à narrativa. instigante
As imagense inc
misteriosa como
itam dúvidas no vê o mundo.
leitor
. Por
onde escorrem essas águas? O que es-
NO CAPRICHO conde essa névoa de pó de mármore?
A edição do livro é muito bem-feita, Embora a fotógrafa não responda, deixa
tanto gráfica como narrativamente, atrain-pistas: no relógio parado às 11h em ponto
do o olhar do início ao fim. Água epedra, ou no bilhete colado na parede para algum
pedra e água, semelhanças gráficas, opo- chinês ler. São rastros do tempo que pas-
sições e semelhanças visuais e cromáticas,
sou e permanece presente em imagens.

62 • Fotografe Melhor on237


CONCURSO

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Uma das imagens do documentário do iraniano Asghar Khamseh sobre pessoas mutiladas por ataques com ácido

CONHEÇA OS VENCEDORES DO
Sony Awards 2016
Violência e belezas naturais foram os temas centrais do concurso que
teve os ganhadores anunciados em uma cerimônia luxuosa em Londres
POR , DE LONDRES

galeria da grandiosa Somer


- 2016 do Sony World Photography um terrível ato de violência: parentes
set House, em Londres, não Awards, um dos maiores prêmios ou ex-parceiros jogaram ácido nelas

A
estava lá tão
velocidade cheia,
com que mas a
os gru- dotrabalho
o gêneroque
no mundo.
recebeuAoexceção
L era
’Iris D’Or, com a intenção
mutilá-la. de desfigurá-la
Oresultado arrepia, mase
pinhos se movimentavam o mais importante da premiação: é, no entanto, uma realidade rela-
de uma fotografia para outra perturbador, ninguém ficava muito tivamente frequente na cultura do
revelavam, de uma forma não tão tempo diante das imagens do ira- Oriente Médio, entre árabes, ira-
sutil, o quanto o público concordava niano Asghar Khamseh. nianos e outros povos.
com as escolhas da comissão jul- A série Fire of Hatred(fogo do Foi isso que levou o júri a con-
gadora. Todas as imagens ali ex- ódio, em tradução livre), feita por ceder a Khamseh o prêmio máximo:
postas eram referentes à edição de ele, é sobre pessoas que sofreram o documentário do fotógrafo é visto

64 • Fotografe Melhor on237


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Acima, vagalumes registrados pelo japonês Kei Nomiyama, fotógrafo do ano


no concurso; abaixo, retrato feito pelo americano Sam Delaware, de 18 anos
como uma denúncia em forma de
marcantes retratos. Khamseh tam-
bém ganhou otítulo de Professional
Photographer ofthe Year. No total,
recebeu, além de equipamentos da
Sony, US$ 25 mil em dinheiro.

VAGALUMES JAPONESES
Kei Nomiyama, professor asso-
ciado PhD, especializado em quí-
mica do meio ambiente e parte do
corpo docente da Universidade
Ehime, no Japão, fotografa como
hobby. Em uma de suas expedições
pelas montanhas da Ilha de Shikoku
(a menor e menos populosa das
quatro ilhas principais da península
onde o Japão está localizado), ele
viu um cenário
brante: que julgou deslum-
vários vagalumes de uma
espécie chamadaLuciola Parvula.
Imediatamente pegou a câmera
e fez um registro – uma boa ideia, já
e
que a imagem deu a ele o título de r
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Open Photogra pher of the Year, com la
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direito a um prêmio em dinheiro de m
a
U$ 5 mil dólares. Já na categoria ho- S

Junho 2016 • 65
CONCURSO

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Duas imagens do documentário feito no Quênia pelafinlandesa Sofia Jern, vencedora na categoria para estudantes

norária Youth Photographer of the


Year, o vencedor foi onorte-ameri-
cano Sam Delaware, nascido em
Freeport, Maine. Sam, de 18 anos
de idade, fotografa avidamente des-
de os 12, e foi premiado pelo retrato
expressivo que fez da irmã. E, com
17 anos apenas, o iraniano Sepehr
Jamshidi Fard foio vencedor na ca-
tegoria Culture dentro de Youth.
Já em Student Focus of the Year,
o destaque foi para a finlandesa Sofia
Jern, de 23 anos, que fez uma série
de fotos sobre garotos chamados de
glue boys(meninos da cola, em tra-
dução livre). Eles são assim conhe-
cidos pela droga que usam e pelo
la
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fato de que vivem à margem da so-
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a ciedade, fora da realidade, nas ruas
e
r
d mais afastadas de Kitale, no Quênia.
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Acima, paisagem vencedora da categoria Travel em foto de Andrej Tarfila; MUITAS CATEGORIAS
abaixo, a ganhadora em Panoramic, registrada por Markus van Hauten O Sony Awards tem muitas cate -
gorias: são 10 em Open , 14 em Pro
-
fessional e três para jovens fotógra-
fos. Na Open, em que podem parti-
cipar amadores e profissionais, pela
primeira vez houve a vitória de um
brasileiro, Alexandre Meneghini, na
categoria
na edição People
236). (veja mais detalhes
Os outros nove premiados foram:
Andrej Tarfila, da Eslovênia, na ca-
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tegoria Travel; Markusvan Hauten,
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da Alemanha, na categoria Pano-
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ramic; Pedro Diaz Molins, da Espa-
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r nha, na categoria Enhanced; Ale-
a
M xander Ingle, da Grã-Bretanha, na

66 • Fotografe Melhor on237


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Imagens do cotidiano: acima, de Sepehr Jamshidi, de


17 anos, do Irã; abaixo, de Swee Choo Oh, da Malásia
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Acima, cena inusitada captada por Pedro Diaz Molins;


abaixo, a alegria do bebê em foto de Alexander Ingle

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categoria Smile; Swee Choo Oh, da n


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Flagrante do h
Malásia, na categoria Arts and Cul- brasileiro
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ture; Filip Wolak, da Polônia, na ca- e
Alexandre M
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tegoria Architecture; Michaela Smi- Meneghini em r
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dová, da República Checa, na cate- Cuba, vencedor x
le
goria Nature & Wildlife; Chaiyot em People A

Chanyam, da Tailândia, na categoria


Split Second; e o japonês Kei Nomi- Staged, o primeiro lugar ficou com na Europa entrando pela Grécia.
yama, na categoria Low Light, que o italiano Alberto Alicata, que usou Em Daily Life, o norueguês Espen
foi também eleito o fotógrafo do ano. bonecas Barbie parareproduzir ima- Rasmussen retratou a crise de dro-

PROFISSIONAIS gens conhecidas


Richard Avedon ede fotógrafos
Irving Penn. como ceiras
gas, alcoolismo
que afeta easdificuldades finan-
famílias ameri-
Entre os profissionais, o Sony A francesa AmelieLabourdette canas que perderam empregos li-
Awards julga ensaios, documentáriosfez uma série sobre prédios aban- gados a minas de carvão.
e reportagens – não fotosisoladas. donados no sul da Itália evenceu na Jetmir Idrizi, de Kosovo, venceu
O iraniano Khamseh venceu também categoria Architecture. O grego na categoria Campaign com o projeto
na categoria Contemporary Issues Angelos Tzortzinis foi o destaque de denominado TransBrasil, que discute
com seu documentário sobre os mu-Current Affairs ao retratar a atual identidade sexual e de gênero. Em
tilados por ácido. Na categoria crise de refugiados em busca de asiloConceptual, o francês Julien Mauve

Junho 2016 • 67
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Pombos surpreendidos pela água em foto


de Chaiyot Chanyam; abaixo, urso polar se
refresca para as lentes de Michaela Smidová

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Central Park com neve fotografado das alturas pelo c
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polonês Filip Wolak deu a ele o prêmio em Architecture M

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Acima, fotos de séries ganhou fotos de cenas românticas


fakes uma idiossincrasia do povo cubano: a ma-
premiadas do grego
Angelos Tzortzinis entre um casal de
O canadense astronautas
Kevin Frayer foiem Marte. da
o melhor niaItália,
de esperar por tudo.
foi premiado MarPortraiture
em cello Bonfanti,
com
(sobre refugiados, à
esq.) e do norueguês
em duas categorias: Environ
ment e People. uma chocante série de retratos de sobre-
de Espen Rasmussen Na primeira, documentou a vida de caça- viventes do vírus Ebola, que se alastrou
(sobre americanos dores na China ocidental que usam águias em países da África em 2015.
que perderam e, na segunda, a forma como vivem os nô- A belga Maroesjka Lavigne venceu em
empregos em minas mades tibetanos diante do domínio chinês Landscape ao retratar paisagens da
de carvão, à dir.) no país. Já em Candid, o destaque ficou Namíbia, lugar conhecido pela diversidade
com a alemã Kirstin Schmitt, que explorou de cores, em tons quase monocromáticos. 

68 • Fotografe Melhor on237


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Casal em Marte, trabalho conceitual de Julien Mauve; e rinoceronte coberto de poeira branca, por Maroesjka Lavigne

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Nômades em um Tibete ocupado pela China, de Kevin Frayer, e o cotidiano de cubanos, por Kirstin Schmitt

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Imagem do ensaio TransBrasil, de Jetmir Idrizi, e prédios abandonados no sul da Itália, d e Amelie Labourdette
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i Retratos de boxeadores Já Nikolai Linares, da Dinamarca, foiForam 230.103 imagens inscritas,
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deram prêmio a Nikolai o vencedor da categoria Sports com de fotógrafos provenientes de 186
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ki Linares em Sports
N retratos de boxeadores em um cam- países. Os vencedores foram anun-
peonato disputado em Copenhague. ciados em uma cerimônia de gala
Outro
rosino, italiano,
venceu em Francesco Amo
Still Life com -
uma em Londres,
imagens no dia 21
premiadas definalistas
e as abril. As
série que discute uma questão muitofarão parte de uma exposição iti-
séria: tomates cheios de digitais con-nerante, e nos próximos meses se-
tam a história de imigrantes que rão compiladas em um livro, que
morrem de tanto colhê-los embaixo será vendido pelo site da organi-
do sol implacável do sul daItália. zação. Para saber mais, acesse
A edição deste ano marcou um w e veja todas
recorde na história do Sony Awa rds. as imagens premiadas.

70
FOTOGRAFIA
DE VIAGEM

UMA AVENTURA
VOLTADA PARA
PROFISSIONAIS E
AMADORES EM BUSCA

DA IMAGEM PERFEITA
DESTINO: CHAPADA
DOS VEADEIROS - ANO III

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   
NOVA UNIDADE     Tatuapé
     
     
Santana       
SANTANA
Foto: Mauro Capozzi

JULHO DE 2016

Informações: destinoveadeiros@fullframe.com.br

Realização: Produção:
Praia da Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha (PE), com Nikkor 14-24 mm em 16 mm, f/2.8, ISO 3.200 e 20s

DICAS TÉCNICAS BÁSICAS PARA

fotografar
estrelas POR (TEXTO E FOTOS)

aprimoramento do sensor ele- trelas. Assim, são requeridos longos


Há duas formas de trônico das câmeras digitais, tempos de exposição, da ordem de se-
cada vez mais sensível a luz, gundos a minutos.
registrar os astros:
como pontos no

O
aumentou
sucesso aoase
possibilidade de
trabalhar com queHá, basicamente,
podem ser feitas:dois
comtipos de
fotos
as estrelas
céu ou com rastros índices muito baixos de lumi- registradas como pontos no céu, tal co-
nosidade, característica intrínseca da mo se vê naturalmente (constelações
no firmamento. Veja fotografia de estrelas – quecoloca de- e Via Láctea, porexemplo); e estrelas
como fazer, com safios técnicos particulares a suaexe- captadas por meio de rastros deixados
cução. No contexto da fotografia de no céu, como resultado domovimento
que lentes e quais paisagem, há muito pouca luz natural de rotação da Terra, o que é uma inter-
os cuidados a tomar disponível durante o registro de es- pretação mais subjetiva do assunto.

74 • Fotografe Melhor on237


Forte dos Remédios,
também em Fernando
de Noronha: em 14 mm,
f/2.8, ISO 3.200 e 13s

Junho 2016 • 75
Um tripé robusto
com cabeça que dê
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bastante mobilidade
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é fundamental para
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esta especialidade
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Tabela de referência para fotografar estrelas


Para o primeiro caso, é importante
determinar um tempo de exposição limite
Tempos máximos de exposição em função da distância focal efetiva: para que o registro mostre as estrelas
estrelas registradas como pontos no céu. como pontinhos. Para isso, existem ta-
belas (veja ao lado)que sugerem tempos
TEMPO DE EXPOSIÇÃO, EM SEGUNDOS
de exposição máximos em função da dis-
Distância focal Full frame Nikon/Sony Canon tância focal utilizada e do tamanho do
(em mm) APS-C* APS-C** sensor da câmera.
10 50 33 31 Assim, com distância focal de 14 mm
em um sensorfull frame, por exemplo, o
14 36 24 22 tempo de exposição deve ser menor ou
16 31 21 20 igual a 36s para que as estrelas ainda sejam
6
,
1
registradas como pontos. Em um sensor
= 20 25 17 16 Nikon ou Sony APS-C,esse tempo seria
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t
r
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c 24 21 14 13 de 24s e, em um sensor Canon APS-C,
e
d
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seria de 22s, de acordo com a tabela, pois
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28 18 12 11 há de se compensar para o fator de corte
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*
*
; 35 14 10 9 relacionado ao tamanho de cada sensor.
5
,
1

OBJETIVAS IDEAIS
=
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50 10 7 6
r
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c
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d
70 7 5 4 Para os índices muito baixos de lumi-
r
o
t
nosidade, objetivas com diafragmas má-
a
F
85 6 4 4 ximos mais amplos são preferíveis, como
*

Esta tabela foi formulada de acordo com a Regra dos 500, que as grandes
por exemplo. angulares comângulos
Os elevados abertura def/2.8,
visão
sugere que o tempo de exposição máximo aceitável, em segundos,
suficiente para evitar que as estrelas deixem um rastro no céu, fornecidos pela grande angular (na faixa
pode ser obtido dividindo-se 500 pela distância focal efetiva de 14 mm a 24 mm, tomando como refe -
(tomando-se como referência o formato 35 mmfull frame). Assim, rência o formato 35 mmfull frame) são
no exemplo com a distância focal de 14 mm, o fotógrafo teria ideais para composições em que grandes
500/14=36s. Se a câmera tiver um sensor menor do que ofull porções do céu entram no quadro.
frame, o resultado deve ainda ser dividido pelo fator de corte
referente para que a distância focal efetiva seja usada no cálculo.
Objetivas como a Nikkor 14-24 mm
f/2.8 ou a Canon16-35 mm f/2.8, por exem-

76 • Fotografe Melhor on237


plo, são candidatas naturais para a moto para o disparo (ou cabo dispa- Via Láctea registrada desde a
fotografia de estrelas. Mas, naprá- rador), especialmente os que te- Praia da Parnaioca, em Ilha
tica, qualquer objetiva pode ser usa- nham tela de cristal líquido (LCD) Grande (RJ), em 24 mm,
f/2.8, ISO 6.400 e 15s
da, mesmo que não seja uma grandecom retroiluminação. Isso facilita o
angular muito luminosa, pois a com-monitoramento do tempo de expo-
posição da imagem é uma decisão sição, mais acessível ao fotógrafo
particular do fotógrafo, e aberturas em ambiente escuro.
máximas mais restritivas podem ser
compensadas com tempos de ex- FOTOMETRIA E ISO o
ã
ç
posição um pouco mais longos. A medição de luz da cena pode a
lg
u
Com relação à câmera digital, ser feita de acordo com os seguintes v
D
i

deve-se primeiramente atentar que passos: use o modo de exposição


para a fotografia de estrelas como manual; ajuste a abertura máxima
pontos no céu os tempos de exposi- do diafragma da objetiva, qualquer
ção máximos indicados ilustrativa- que seja ela; regule um valor inicial
mente na tabelapodem apenas ser de ISO igual a 3.200;faça uma expo-
obtidos com o uso de vados sição de teste de 10s de duração; Acima, a Nikkor 14-24 mm e, abaixo,
valores ele
a Canon 16-35 mm, lentes com zoom
de ISO, maiores do que 1.600. Isso avalie a exposição resultante com a profissionais recomendadas
implica que o modelo ideal de câmera ajuda do LCD da câmera e do histo-
tenha um sensor que apresente um grama e decida se um tempo de ex-
bom desempenho em ISO alto, com posição maior é ou não necessário;
uma pequena quantidade de ruído quando o tempo de exposição for
eletrônico
com sensor(caso típico
full frame ). de câmeras com
ajustado, veja se
a tabela; se estiver,
ele estáade acordo
fotometria
o
ã
ç
Entre os acessórios fundamen- está preliminarmente pronta. a
g
l
u
tais para esse tipo de fotografia, des- Porém, se houver bastante folga v
i
D
tacam-se um tripé robusto com ca- no tempo de exposição em relação
beça de ajuste flexível, que permita ao valor limite sugerido pela tabela,
apontar a câmera para o céu com considere a possibilidade de diminuir
facilidade, caso de cabeças do tipo o ISO para obter menores níveis de
bola (ball head), e um controle re- ruído eletrônico e aumentar o tempo

Junho 2016 • 77
TÉCNICA & PRÁTICA

Parque Nacional de exposiçãoproporcionalmente, sempre coloração mais azulada; ou entã


o o modo
de Yosemite, na observando a tabela. Porém, por outro sombra (7.500K), escolha que incorporará
Califórnia, EUA, lado, mesmo se com ISO 3.200 o tempo tons quentes ao céu. Ajustes finos a partir
fotografado com a
técnica de estrelas como de exposição ainda ultrapassar o valor desses valores podem ser feitosprópria
na
ponto no céu: Nikkor estabelecido na tabela, então suba mais câmera (usando o controle manual do WB)
24-70 mm em 40 mm, o valor do ISO para poder diminuir o tempoou na pós-produção.
f/2.8, ISO 3.200 e 10s de exposição proporcionalmente.
FOCALIZAÇÃO
EQUILÍBRIO DE BRANCO Uma grande dificuldade para fotografar
O equilíbrio de brancowhite
( balance) em baixa luminosidade é a focalização,
é o ajuste que define ascores da imagem. pois os sistemas deautofoco das câmeras
Como se recomenda que ofotógrafo ar- não têm bom desempenho nesse tipo de
mazene as capturas em formato RAW, a situação. Como aqui as estrelas são as
fim de ter mais flexibilidade noajuste na protagonistas da composição, arranjos

pós-prod
ser ução,
deixado emoequilíbrio de brancoPorém,
modo automático. pode também
mais ousados, comoplanos
primeiros os quemuito
envolve riam
próximos
nesse caso, essa escolha vai neutralizar à câmera, nãoentram. Assim, recomen-
bastante as cores da cena. da-se que a focalização seja feita de forma
Por isso, nesse ponto xperimentaç
ae ão a dar máxima nitidez às estrelas, ou seja,
pode ser divertida: ofotógrafo pode optar a focalização deve ser feita na distância
por usar valores de WB com temperaturasconhecida como o “infinito” da objetiva.
de cor mais baixas, como omodo tungs- Dessa forma, algumas alternativas de
tênio (2.850K), deixando o céu com uma focalização podem ser apresentadas: se

78 • Fotografe Melhor on237


a lua estiver visível no céu, entãoa foca- é um pouco mais à direita ou à esquerda O mesmo cenário
lização poderá ser feita nela usando o sis-da marcação da objetiva) antes de ir a cam- registrado com a
tema de autofoco da câmera; se uma fontepo para fotografar estrelas. técnica que faz as
estrelas formarem
pontual distante de luz estiver disponível Seguramente, a etapa de focalização rastros no céu:
(como as luzes de uma casinhaou de um é a que pode ser a mais complicada du- 38 mm, f/8, ISO 100 e
barco), é possível que o sistema de autofoco rante o processo, em especial quando longa exposição
consiga usaressa luz para focalizar. as duas primeiras alternativas não es- de 20 minutos
A terceira alternativa é utilizar o sis- tiverem disponíveis. A terceira alternativa
tema live viewda câmera: apontando-se é provavelmente a mais precisa. A técnica
a lente para um conjunto deestrelas, use pode ser treinada em casa: basta o fo-
o zoom digital dolive viewaté próximo do tógrafo apontar a câmera, montada num
máximo e ajuste ofoco da objetiva apro- tripé, para algum objeto e realizar a fo-
ximadamente para o infinito – há uma boa calização de forma manual vialive view
chance de alguma estrela mais proemi- com zoom digital.

nente
ção ser visualizada
manual nousada
poderá ser LCD e parafazer RASTRO DE ESTRELAS
afocaliza-
o ajuste fino do processo. A segunda forma tradicional de foto-
A última alternativa é usar a marcação grafia de estrelas é capturar
os rastros de
de infinito da objetiva, caso ela tenha.as
M luz que os astros deixam no céu devido à
o problema dessa opção é que essamar- rotação da Terra sobre seu eixo. Nesse
cação nem sempre é precisa, de forma caso, o procedimento pode começar a par-
que a boa práticarecomenda que o fotó- tir do ponto emque as estrelas são foto-
grafo teste a localização exata (ou seja, segrafadas como pontos no céu.

Junho 2016 • 79
TÉCNICA & PRÁTICA

Parque Nacional de Assim, por exemplo, caso a fotometria a efeitos térmicos observados no sensor
Yosemite em P&B: final do procedimento anterior tenha sido durante a captura da imagem.
Nikkor 14-24 mm f/2.8, ISO 6.400 e 15s, a partir desse ponto Esse tipo de ruído se diferencia do outro,
em 21 mm, f/5.6,
é possível diminuir o ISO e aum entar pro- mais conhecido, porque tem um padrão
ISO 400 e 81s
porcionalmente o tempo de exposição. Ou fixo: sempre se manifesta nos mesmos
seja, ao reduzir o ISO para 100, a exposição pixels do sensor. Uma solução parapro-
o
terá sido “fechada” em 6 pontos de luz blema é utilizar o redutor de ruído de longa
nessa variável. Logo, para obter uma ex- exposição, disponível na maioria das câ-
posição equivalen te, o fotógrafodeve abrir meras digitais mais avançadas. Quando
os mesmos 6 pontos de luz no tempo de ativado, após feita a exposição, a câmera
exposição, resultando em 960s (16 min). automaticamente realiza outra exposição
Alternativamente,
fragma a abertura
poderá ser ajustada para do dia- o
aumen- com o mesmo
obturador tempo de fechado.
totalmente duração, sma
com
tar o tempo de exposição. A preferência A ideia é identificar apresença e a lo-
por diminuir o valor do ISOé feita com o calização do RLE por meio da imagem es-
objetivo de aumentar a qualidade da ima- cura e subtraí-lo daprimeira foto. Entre-
gem, evitando a presença deído.
ru Porém, tanto, como efeito desconfortável desse
há um problema que surge com exposi- recurso, os tempos de exposição dobram:
ções bem lentas: é o chamado ruído de são 16 minutos para fazer a foto e mais 16
longa exposição (RLE), que apa
rece devido minutos para a correção, ou seja, 32 mi- 

80 • Fotografe Melhor on237


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TÉCNICA & PRÁTICA
Capela de São Pedro,
em Fernando de
Noronha: 14 mm,
f/2.8, ISO 3.200 e 13s

De olho na posição da
Via Láctea e dos polos
O planejamento do trabalho pode
ser mais bem realizado se o
fotógrafo tiver algum conhecimento
sobre o posicionamento da Via
Láctea (para o caso da fotografia de
estrelas como pontos no céu) e sobre
a localização dos polos norte e sul
(para fotografar os rastros de
estrelas), pois apontando a câmera
para a direção certa é que se
consegue captar os rastros do
movimento circular.
Há vários aplicativos para
smartphonesque podem ser usados
para a localização de corpos
celestes, tanto para iPhone como
para sistema Android, como
SkySafari, Star Chart, Star Walk, por
exemplo. Para usuários de iPhone,
um aplicativo muito poderoso se
chama Photo Pills, pois, além de ter
recursos para a fotografia de
estrelas, ainda apresenta inúmeras
ferramentas muito importantes para
a fotografia de paisagem.
Para composições em que a Via
Láctea apareça de forma acentuada,
é importante que a fotografia seja
feita em dias com a menor
interferência da luminosidade da lua,
de forma que o período da lua nova é
o mais propício. Porém, a fotografia
de estrelas não é restrita a esse
período do mês, pois dependendo
da composição da imagem desejada
a luz refletida pela lua pode ser
muito interessante para revelar o
relevo da paisagem sob o céu.
A inclusão de um belo céu
estrelado na composição de uma
imagem é um trunfo para os
fotógrafos de paisagem e tem
recebido muita atenção nos últimos
anos. Como a prática leva à
perfeição, nesse tipo de fotografia,
tão técnico e especial, um nutos. Recomenda-se que o fotó- Em vez de submeter a câmera à ex-
complicador extra é justamente
onde encontrar as condições grafo realize testes com sua câmeraposição tão longa, é possível realizar
favoráveis paraurbanos
Nos centros realizá-lo.
das grandes ajustando
gos tempos
e variados de exposição
sob condições lon-
con- uma sequência
tas”, de exposições
com os parâmetros “cur-
iguais ao
cidades, fotografar estrelas é algo
muito complicado pela alta troladas (em casa, por exemplo) do caso anterior (ou seja, com ISO
luminosidade artificial. Mas isso para observar quando o RLE se ma- elevado) e fundir essas imagens di-
também pode ser entendido como nifesta e se há, de fato, a necessi- gitalmente em software apropriado.
um estímulo para buscar ambientes
naturais, como os parques dade de usar o redutor. Essa técnica de empilhamento di-
nacionais, por exemplo, livres Há uma alternativa menos tra- gital cria oefeito do movimento das
da poluição visual causada pelo balhosa e também menos respei- estrelas via computador. Não é a
excesso de luz artificial.
tada por fotógrafos do segmento. mesma coisa, mas engana bem.

82 • Fotografe Melhor on237


BASTIDORES

Fotolivros na fábrica,
prontos para ir para o
setor de embalagem

COMO NASCE UM

fotolivro
Conheça como funciona a linha de produção da Digipix, empresa pioneira
em oferecer impressão de fotoálbuns personalizados em grande escala

POR

86 • Fotografe Melhor n
o
237
fecundação começa no com- O passo a passo da produção de um fotolivro

A
putador do cliente, com a
preparação do álbum virtual
no software da encaderna-
dora. A gestação é rápida,
demora entre 5 e 15 dias pa-
ra ocorrer . Entretanto, é umaasd fa-
ses mais significativasdo processo
de nascimento de umfotolivro.
Quem encomenda umfotolivro
em um site especializa do ou de um
magazine muitas vezes nem imagina
como ele vem ao mundo. Vários lei-
tores deF escreveram per-
guntando sobre o assunto e, por isso,
foi feita uma visita à fábrica da Digipix,
a pioneira neste serviço no Brasil e
a maior empresa do setor. 
Segundo o pai da criança, o CEO
Marco Perlman, a empresa que fica
em Osasco, na Grande São Paulo,
conta atualmente com representação
on-lineem cerca de 25 lojas de co-
mércio eletrônico, entre elas Fnac,
Walmart, Extra e Lojas Americanas,
além de uma centena de lojas físicas
espalhadas pelo País.
No mercado desde 2004, aten-
dendo milhares de fotógrafos pro-
fissionais e amadores (Perlman não
revela esse número de jeito nenhum),
ela oferece, além da produção de fo-
tolivros (termo aliás difundido pela
própria empresa), fotopresentes, que
incluem canecas, capas de celular
e agendas, entre outros.

LINHA DE MONTAGEM 
Com um galpão de quase 6 mil
metros quadrados, gerando apro-
ximadamente 200empregos dire-
tos, a fábrica da Digipix é organi-
zada por setores divididos em ad-
ministrativo, criação, TI, além das
áreas onde tudo toma vida: a de
impressão, corte, vinco, acaba-
mento, controle
pedição de(além
e estoque qualidade, ex-
dos es- i
l
paços de produção da linha de fo- e
p
a

todecoração). C
a
i
v
i
Depois de transmitidoon-line L

pelo cliente, o material, antes de


se transformar em algo físico, é
processado e armazenado em “nu- 
vem” com capacidade de 50 TB.

Junho 2016 • 87

Por dentro da HP Indigo W7250:


impressão HP IndiChrome em 6
cores e até 320 páginas impressas
em cores por minuto

Por meio de um sistema próprio,


os arquivos são preparados para
a impressão e recebem um núme-
ro de controle em código de barras,
que vai acompanhar o material até
o final do processo.
No setor de impressão a em-
presa mantém disponível a Canon
 DreamLabo 5000, impressora que
chegou no primeiro semestre de
2015 na fábrica e é usada para pro-
dução de fotolivros que precisam
de alta definição, como a linha HD,
a mais top (e cara) da marca.
Porém, a impressão da maior
parte dos fotolivros da empresa é
realizada em duas impressoras da
linha HP Indigo W7250 – máquinas
que têm cerca de 12 metros de com-
primento e são alimentadas com
bobinas enormes de papel, podendo,
a mesma máquina, imprimir e la-
minar, o que significa receber uma

il
fina as
ger camada
folhasde
doplástico
fotolivro.para prote-
e
p
a Para acelerar a linha de produ-
C
ia
vi
ção, impressão e laminação são fei-
L
tas em lotes sequenciais, ou seja,
acabando um fotolivro, automatica-
mente inicia-se opróximo.
 Depois desse processo, a bo-
bina de papel é retirada daimpres-

88 • Fotografe Melhor on237


Visão geral da empresa:
no primeiro plano está a
linha de produção de
canvas, ao lado do estoque
de bobinas de papel

sora e encaminhada com a ajuda


de um carrinho especial para o
equipamento de corte. Ali, a bobina
é inteira cortada em folhas de acor-
do com o modelo e tipo de acaba-
mento. Após a finalização do corte,
é realizada a separação das pági-
nas que serão encaminhadas para
o acabamento do miolo.

HORA DO ACABAMENTO
Em paralelo à produção dos mio-
los, as capas são feitas em outro se-
tor. Elas são impressas, laminadas Acima, prateleira de lombadas de papelão organizadas por tamanho para
montagem de capas; abaixo, o empresário Marco Perlman ao lado da HP Indigo
e levadas a um equipamento que
fixa a impressão na estrutura feita
com papelão rígido, formando a ca-
pa, a contracapa e a lombada.
Uma máquina se encarrega de

produzirum
criando as acabamento
dobras laterais da capa,
muito pre-
ciso. Depois de prontos, capa, mio-
lo e estojo ficam em um setor de
armazenamento, aguardando a fi-
nalização para seguir adiante no
processo de execução.
Com a capa e o miolo unidos, o
próximo passo é o setor de controle

89
Indimagem também
atua no mercado
Outra empresa que oferece,
desde 2008, opções de qualidade
no mercado de impressões de
fotolivros e álbuns para fotógrafos
profissionais é a Indimagem,
baseada em Joinville (SC).
Ela também conta com um
software em que o fotógrafo pode
montar o projeto no próprio

 computador
internet parae que
depois
sejaenviá-lo
impressopela
e
entregue no endereço desejado.
A Indimagem não tem sistema
voltado para
e-commercepopular
e seu foco é nos profissionais, com
álbuns de alta qualidade.

de qualidade, onde são revisados,


folha por folha. Os funcionários ve-
rificam se há problemas com os
arquivos, problemas de impressão
e falhas de acabamento. Na etapa
final, o passo seguinte é receber uma
limpeza especial. Daí, o fotolivro é
embalado para ser encaminhado ao
setor de expedição.
O produto chega pronto para ser
preparado para o envio ao cliente. É
condicionado em uma
pelão e adicionado caixade
etiqueta deiden-
pa-
tificação e, em seguida, fica no
 aguardo do caminhão dos Correios.
TIPOS DEATENDIMENTO
Perlman explica que a Digipix
tem capacidade de produzir livros
com até 150 páginas. O menor livro
feito pela empresa tem tamanho
de 10 x 10 cm e o maior de 30 x 42
cm (tamanho fechado).
Atualmente, o negócio se divide
em duas modalidades de atendi-
mento: a Digipix e a Digipix Pro. A
primeira atende ao público em ge-
ral, principalmente pedidos pro-
venientes dos representantes de
e-commerce

il mais populares, com álbunsa preços


e qualidade idem.
e

C
p
a A linha Pro é voltada para os fo-
ia
vi
tógrafos profissionais mediante ca-
L
dastro no site da empresa. Nessa
linha, o cliente tem mais opções de
álbuns e acabamento diferenciado ,
 como a linha de fotolivros em tecido,
couro e acrílico, entre outros.

90 • Fotografe Melhor on237


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EVENTO

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e
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Fotos, venderam produtos a
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i
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AS NOVIDADES DA

Fotografar 2016 a
Confira como foi a 10 edição do evento realizado em São Paulo e
que passa a ser a principal feira do segmento fotográfico neste ano
POR

N
os dias 14, 15 e 16 de abril herdou este ano o posicionamento workshops gratuitos oferecidos nos
de 2016 ocorreu no Centro de evento de lançamentos naárea estandes de alguns expositores,
de Convenções do Frei Ca - de fotografia e filmagem. Canon, palestras do Sebrae-SP e informa-
neca, em São Paulo (SP), a Sony, Fujifilm e Digipix foram al- ções com os consultores da enti-
a
10 edição da Feira Foto- gumas das empresas que marca- dade para pegar dicas sobre negó-
grafar.
fotógrafos O evento, voltado
profissionais, a
entusias- ram presença
mais uma vez ana feira, disputando
atenção do público cios.
as Além disso,
exposições oevento teve
“Wedding ainda
Best”, com
tas e empresas dos setores de foto com os estandes menores dos ex- os melhores álbuns de casamento
e vídeo, reuniu workshops, pales- positores de produtos voltados pa- do Brasil, e “Revogo”, do premiado
tras e apresentação de novos equi- ra a fotografia newborn , como fotojornalista André Liohn.
pamentos para o setor. LeFotick, Newborn Props e Baby
Com a ausência no calendário Props Brasil, entre outros. LANÇAMENTOS SONY
de 2016 da PhotoImage Brazil, que O público também pôde encon- A Sony trouxe para o público os
passou a ser bienal, a Fotografar trar atividades educacionais, como modelosmirrorless(sem espelho)

92 • Fotografe Melhor on237


Em sentido horário: no estande da Sony, o público podia manipular a
mirrorlessAlpha 7 SII; ao lado, o fotolivro com
capa de acrílico lançado pela Digipix; abaixo, à esq., a impressora Pro-1000 da Canon e, à dir., equipamentos da Atek

o
ã
ç
a
lg
u
vi
D

da linha Alpha, como a 7 SII, que do-a a câmera mais rápida da mar- tes foram criadas pela marca para
possui uma sensibilidade ISO al- ca, tanto na questão de fotos con- serem voltadas à linhaprofissional
tíssima, de
tografar em409.600, permitindo
ambientes de baixafo- tínuas (até
cidade 11 fps) como
de autofoco na velo-
(0,05s): e atender eaoresolução
a agi- qualidade público que procura
(saiba mais
luminosidade. Outra novidade foi lidade é perceptível no modo de sobre novas lentes na pág. 28).
a apresentação da evolução da câ- fotografia e também de vídeo. Dois novos adaptadores para
mera a6000 para a a6300, que tem Além da câmera, a Sony ainda potencializar o alcance de teleob-
um novo sensor CMOS APS-C (Ad - mostrou três novos modelos de ob- jetivas também estavam expostos
vanced Photo System) de 24,2 me- jetivas da série G-Master: a FE 24- no estande da Sony, o SEL14TC,
gapixels e novo sistema de foco AF 70 mm f/2.8, a FE 85 mm f/1.4 e a teleconv ersor de 1.4x; e o SEL
híbrido com 425 pontos, tornan- FE 70-200 mm f/2.8. Essas três len- 20TC, teleconversor de 2x.

Junho 2016 • 93
EVENTO

Ao lado, o estande de assinaturas


de Fotografe; acima, solução
compacta de estúdio no estande da
Greika; e, abaixo, o estande da Fuji
que investiu no conceito Photo
Lovers e na série de câmeras Instax

CANON, FUJI E DIGIPIX


A Canon disponibilizou para ma-
nipulação algumas câmeras da li-
nha EOS, como a Rebel T6i e as 5DS
e 5DS-R. No estande, o visitante
também conferia produtos para o
mercado de impressão profissional:
como as impressoras Prograf Pro-
1000 e as da linha Pixma Maxx Tinta,
e as multifuncionais Pixma G1100,
il
Pixma G2100 e Wi-Fi Pixma G3100. p
e
a
Já a Fuji apostou em apresentar a
C
i
iv
no estande o conceito Photo Lovers L

e os modelos da câmera Instax. O


público podia manipular as câmeras
de imagens instantâneas e conferir
ideias de como usar as fotos im- Greika, que apresentou sua linha setor só trabalha com lojas virtuais,
pressas para decoração. de refletores e difusores. Porém, o interesse nesses estandes atraíram
Outra grande empresa que mar- todos sem grandes novidades. maior público por três motivos: aque-
cou presença na Fotografar 2016 foi cimento no setor, oportunidade de
a Digipix, que além de todo portfólio NEWBORNAINDA EMALTA conhecer o produto ao vi
vo e preços
de fotolivros dirigidos aos fotógrafos Assim como na PhotoImage mais convidativos e sem frete.

profissionais
para o eventotrouxe como
o fotolivro novidade
com Brasil 2015,
capa invadida por a Fotografarde
expositores 2016 foi paço
produtos Com entrada
mais gratuita
reduzido e um es-
em relação à
impressa em acrílico. para o segmentonewborn. Os visi- concorrente PhotoImage Brasil, po-
A Fotografar não se limitou ape- tantes disputavam espaço em frenterém bem ocupado, a Fotografar se
nas à exposição de câmeras eequi- aos estandes para comprar desde mostra um evento em ascensão. Foi
pamentos. Alguns fabricantes tam- mantinhas até camas para as pro- uma boa oportunidade para os pro-
bém mostraram acessórios voltadosduções voltadas para a fotografia fissionais prospectarem negócios,
à área de estúdio. Mako e Atek es- de recém-nascidos. conhecerem novos produtos e ideias
tiveram presentes, assim como a Como a maioria dos lojistas dessee fazeremnetworking.

94 • Fotografe Melhor n
o
237
FILMMAKER

k
c
o
t
s
r
e
t
t
u
h
S
Atenção para a qualidade
da captação do som, que
deve ser igual à do vídeo

DEZ REGRAS DE OURO PARA TER UM

ÁUDIO PROFISSIONAL
Saber captar corretamente o som é fundamental para uma filmagem de boa
qualidade. Da pré à pós-produção, confira dicas para não errar nessa etapa
POR GUILHERME MOTA

O
nome audiovisual não é à toa. A banda sonora passando pela necessidade de contar com especialistas no
de uma produção em vídeodigital representa, tema em muitas situações.
de fato, metade de todo o material. Então, qual Quanto maior a dedicação, melhor seráresultado
o final,
a razão de dedicar a ela apenas uma pequena especialmente na hora de gravar o som direto (como são
parte do tempo? Muitas vezes,são alguns detalhes que podem chamados os diálogos e outros sons gravados no momento
colocar a perder o esforço de gravação de um vídeo profis- da captura do vídeo). Veja a seguir dicas para todas as etapas
sional. Com o áudio não é diferente. Por isso, é preciso planejar,
da produção para que você esteja seguro e preparado para
executar e tratar os arquivos com atenção especial. Isso en- gravar. Com esses cuidados, é possível acertar no áudio e
globa desde a escolha de equipamentos às técnicas envolvidas,conseguir o nível profissional que o seu vídeo merece.

96 • Fotografe Melhor n
o
237
Em vídeos profissionais, há todo um esforço para a melhor captação possível do áudio: acima e abaixo, varão comdirecional
boom microfone

o
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ç
a
lg
u
vi
D

Junho 2016 • 97
FILMMAKER Dicas Técnicas

1. ESCREVA o
ã
ç

PARA O ÁUDIO a
lg
u
iv
D

O som também ajuda a contar a


história. Não apenas pelos diálogos,
mas por toda a gama de efeitos e emo-
ções que podem ser transmitidos por
uma trilha, um efeito sonoro ou o si-
lêncio em si. No entanto, nenhum des-
ses recursos poderá ser usado se não
estiver previsto desde o começo, na
fase de roteiro. Ao roteirizar o vídeo,
pense como é possível aproveitar me-
lhor o som, que cenas se beneficiariam
disso e quais recursos poderão ser in-
vestidos para a abordagem.
Além disso, tudo o que não é visto
é imaginado pela audiência. Por não
ser uma camada “visível” do filme, o
Cena do filmeTubarão,
áudio deixa para o público a tarefa de de 1975, em que a trilha
“preencher” com a imaginação ele- sonora é marcante
mentos da produção que ainda não
foram mostrados ou que serão intei- de como uma roteirização que consi- história sem precisar mostrar tudo. Um
ramente descritos apenas com os sons. dere o áudio como elemento funda- dos casos mais clássicos é o filme
Tu-
Isso tem um efeito ainda maisimpac- mental da narrativa pode ser forte e im- barãoe sua inconfundível trilha sonora
tante na maioria dos casos. pactante, sendo capaz de prender o – mais presente no filme do que as ima-
O cinema reserva grandes exemplos público e, muitas vezes, contar uma gens do tubarão em si, inclusive.

2. VISITE A LOCAÇÃO ANTES DECIDIR O ÁUDIO


Com um roteiro estruturado, o consultado com relação à seleção de Somente a partir da visita é que o
profissional responsável pelo áudio locações para as gravações. Isso ocorre profissional poderá de fato avaliar os
em uma produção (que pode ser você porque é preciso visitar os lugares an- locais e fazer uma série de escolhas
mesmo ou um operador de som di- tes para evitar surpresas negativas em com o intuito de beneficiar o áudio. As
reto, por exemplo) deve sempre ser cima da hora. sugestões que vêm dessa etapa chegam
muitas vezes ao ponto de vetar uma
locação, influenciando toda a produção
e talvez até o roteiro srcinal. De ma-
neira resumida, a visita permite avaliar
aspectos como: o melhor horário para
gravar (Existe tráfego intenso? Animais
silvestres?); a vizinhança (Existem es-
colas próximas, aeroportos, estádios,
igrejas?); a acústica do local (umareja
ig
não soa como um mercado, por exem-
plo); os espaços mais adequados (frente
do imóvel x fundos, salas x quartos, en-
tre outros); as alteraçõesnecessárias
para gravar (como revestir paredes,
cobrir janelas e portas, entre outros).

Visitar o local onde será feita a


gravação ajuda a definir que tipo
de captação de som será usada

98 • Fotografe Melhor n
o
237
k
c
o
t
s
r
Acima, microfone de lapela,
e
t
t
u
muito usado em entrevistas
h
S
e depoimentos; ao lado, o
clássico microfone de mão,
para cenas em que ele possa
aparecer sem problemas

3. ESCOLHA DE MICROFONE É FUNDAMENTAL


Assim como as objetivas mudam melhor: sobre a cena, individual e so- Se a ideia for captar apenas uma
para cada situação de vídeo, o mesmo bre a câmera. pessoa, ou seja, a captura individual,
ocorre com os microfones. Para cada Na captura sobre a cena, um as- o microfone de lapela éa escolha ideal.
tipo de vídeo, existe uma configuração sistente ou operador de áudio pode Pequeno e discreto, ficará próximo à
ideal. O mercado oferece dezenas de ser destacado exclusivamente para boca e garantirá um som claro e limpo
modelos e variadas formas de confi- operar um varão de microfoneboom na maioria das vezes. Há, ainda, o clás-
gurá-los para uma gravação. Para gra- direcional que ficará acima do(s) per- sico microfone de mão, voltado para
vações em equipes menores – como sonagem(ns). O suporte assegura que situações com alto nível de ruído e para
entrevistas institucionais, depoimen- um microfone direcional (que capta vídeos em que ele possa parecer, caso
tos e ambientes pequenos e contro- principalmente os sons vindos de de entrevistas na rua e depoimentos
lados –, é possível basear-se em três frente, para onde ele está apontado) em estilo reportagem, por exemplo.
“formatos” básico s de captura de som, esteja sempre próximo às pessoas Para gravações no estilo “guerri-
que podem ser combinados entre si para uma melhor gravação de diálo- lha” ou “equipe de um homem só”, a
para garantir uma qualidade ainda gos, declarações, falas etc. solução pode ser apenas um micro-
fone ou um gravador (com microfones
embutidos) montado sobre a câmera.
Apesar de garantir o “básico” da gra-
vação, tem a desvantagem de captar
mais ruídos do ambiente, além de exi-
gir que a câmera esteja sempre pró-
xima ao ponto de captura do áudio.
Essa opção exige modelos com ab-
sorção de choques e ruídos da câmera,
e que ofereçam configurações adicio-
nais de ganho e área de captação para
dar mais versatilidade ao conjunto.

O microfone montado sobre a


câmera é a solução para
gravações no estilo “guerrilha”
ou “equipe de um homem só”

Junho 2016 • 99
FILMMAKER Dicas Técnicas

5. ELIMINE RUÍDOS
ANTES DE COMEÇAR
Na hora da gravação, muitos ruídos
podem ser eliminados de forma sim-
ples e rápida. Avalie a ambiência do
local e desative tudo o que seja capaz
de emitir sons e chiados, a começar
por computadores, equipamentos de
ar-condicionado, luminárias fluores-
centes e outros eletrodomésticos que
possam ser desligados apenas para a
gravação, sem gerar problemas.
A equipe e as pessoas presentes
também devem ser orientadas a fazer
silêncio total no momento da gravação
(é possível exigir até que sapatos sejam
tirados, em alguns casos), inclusive nas
salas adjacentes – e, em alguns casos,
vale até conversar com os vizinhos. A
regra é simples: qualquer som que não
Na hora de gravar, seja parte do planejamento é conside-
todo ruído deve ser rado um ruído na gravação de áudio e
eliminado do ambiente deve ser evitado o máximo possível.

4. CONFIGURAÇÃO DO GRAVADOR
Para que o som seja claro, não “es- grave sempre para oferecer a melhor
toure” nos momentos de pico nem fi- qualidade possível para o espaço dis-
que baixo demais na reprodução, é ponível. Selecione tipos de arquivo
preciso estar de olho em duas confi- sem compactação, como o .WAV e o
gurações antes de gravar: os níveis de .AIFF; ou sem perdas (os chama-
gravação e o formato de arquivo. Com dos lossless), como o FLAC e
relação aos níveis, uma fórmula co- ALAC, entre outros, que geram
mum é deixá-los na faixa dos -6 dB arquivos maiores e mais pesa-
(decibéis), uma faixa de segurança, dos. Com gravadores externos Gravadores externos
mas alta o suficiente para ter volume (como os modelos da Zoom e da Tas- são ótima solução para
de reprodução. cam, por exemplo, que aceitam cartões captar o som com
qualidade profissional
Quando se grava muito próximo de memória), dificil-
ao máximo (0 dB), é comum haver pro- mente o tamanho
blemas, pois em momentos de “pico” dos arquivos será
(como numa risada mais alta, por um empecilho. Ou-
exemplo) sempre haverá um excesso tros padrões, como
que o gravador não conseguirá captar AAC, MP3 e 3GP,
com clareza, perdendo informação. compactam o arqui-
Por outro lado, gravar com níveis muito vo em detrimento da
baixos faz com que o volume do ruído qualidade e devem
de fundo do ambiente seja amplificado ser evitados. Servem
demais no momento do tratamento, apenas quando exis-
comprometendo a qualidade geral. te a necessidade de
Mesmo gravando diretamente na câ- economizar espaço,
mera, é possível ajustar os níveis de como numa grava-
gravação (na maioria dos modelos). ção feita no celular,
Se for possível escolher o formato, por exemplo.

100 • Fotografe Melhor n


o
237
O simples bater da claquete
gera um pico de áudio que,
depois, facilita a sincronia do
som na edição do trabalho

procurar ter um plano “B”, ou seja,


uma segunda fonte de gravação que
possa garantir o áudio caso a fonte
principal falhe. Por isso, mantenha
sempre o áudio srcinal da câmera
gravando (apesar da baixa qualidade)
e procure ter mais de um microfone
para a cena.
Por fim, a sincronia entre áudio e
vídeo é essencial, mas se áudio e vídeo
estão sendo gravados separadamente
(o mais indicado quando se grava com
HDSLRs) é preciso sincronizar os ar-
quivos na pós-produção. Alguns pro-
gramas de edição conseguem realizar
a sincronia automaticamente a partir
6. CHECAGEM E CLAQUETE AJUDAM do áudio srcinal do vídeo, maspara
evitar surpresas é comum marcar a
Para evitar dores de cabeça, cheque com todos os itens paraconferir assim gravação de vídeo com uma claquete
sempre se o áudio está de fato sendo que o equipamento estiver montado ou qualquer outra coisa capaz de gerar
gravado, se as baterias estão
carregadas e pronto para garvar. um pico de áudio fácilde identificar e
(não só dos gravadores, mas também Comece a gravar o áudio sempre encontrar natimelinede edição, como
dos microfones) e se os cabos estão alguns segundos antes de acionar a um simples bater de palmas, feito as-
conectados. O ideal é ter uma
checklist câmera. Além disso, é sempre bom sim que se começa a gravar.

7. FOCO NOS
PERSONAGENS
Durante uma gravação, o microfone
deve estar focado prioritariamente no
personagem da gravação e não no res-
tante do ambiente. Isso vale para diá-
logos, falas ou depoimentos das pes-
soas. Por isso, é muito importante estar
atento ao que de fato será capturado
quando há mais de um microfone na
cena, de forma a tirar o máximo de cada
um. Documentários e vídeos de eventos
sociais geralmente aceitam o uso de
microfones à mostra, o que facilita mui-
to o uso de modelos de lapelas.
Já com microfones direcionais do
tipo “shotgun”, montados no varão,
procure manter o equipamento sem-
pre o mais próximo possível e apon- bém é possível “esconder” os micro- Operador de som direto em
tado para a boca das pessoas (mas fones pelo cenário, atrás de algum ob- ação: microfone direcionado
para a pessoa que está sendo
sem invadir o quadro da imagem). jeto, de forma que não seja visto pelo filmada e monitoramento
Em determinados tipos de cena, tam- ângulo da câmera. por fones de ouvido

Junho 2016 • 101


FILMMAKER Dicas Técnicas

8. GRAVE A AMBIÊNCIA
Uma praia não tem o mesmo som
de fundo de um escritório, de um en-
garrafamento ou de uma oficina me-
cânica. Já uma casa de camponão soa
da mesma forma durante o dia e du-
rante a noite, e assim por diante. Isso
porque os sons de fundo de umaloca-
ção influenciam decisivamente para
criar um “clima” do local, com uma
ambiência específica, formada por de-
zenas de pequenos ruídos e nuances
característicos do lugar.
Sempre que estiver em determina-
do espaço, procure gravar ao menos
um minuto com todos os microfones
abertos e a equipe em completo silên-
cio, deixando que o som “normal” do
ambiente se propague sem interrup-
ções. Na pós-produção, esse som po-
derá ser usado como fundo para as ce-
nas, ajudando a criar a ambiência ne-
Gravar o som ambiente, a chamada ambiência, pode ser importante para dar clima ao vídeo cessária para o vídeo.

9. ÁUDIO TAMBÉM PRECISA DE TRATAMENTO

Um dos
o áudio maiores
em vídeos é aproblemas com
falta de impor- Presentes
programas dena maioria
edição dos
de áudio
tância que alguns filmmakers ini- e vídeo, várias ferramentas
ciantes lhe conferem. É um descuido podem ser utilizadas para tra-
que compromete a qualidade do ví- tar os diálogos, com destaque
deo. Por isso, não seja econômico na para três delas: o Noise Gate
hora de editar e tratar os arquivos de (também chamado de Gate
áudio. Após a montagem do vídeo, ou Auto Gate em alguns pro-
reserve um tempo do projeto para gramas), que ajuda a “limpar” Acima, o Compressor, que equilibra faixas de áudio;
se dedicar exclusivamente ao áudio os diálogos e sons de uma gra- abaixo, o Equalizador, para frequências específicas
e não tenha receio de usar quantas vação de uma forma muito
faixas forem necessárias para cons- simples ao eliminar todos os
truir um áudio de boa qualidade. trechos entre os sons, ou seja,
enquanto o microfo-
ne não estava gravan-
do nada; o Compres-
sor, que tem como
objetivo equilibrar to-
das as faixas de áudio
selecionadas para um
mesmo nível, tornan-
do uma conversa, por exem- nos equalizadores analógicos serve
plo, mais uniforme e natural para amplificar ou reduzir frequên-
para quem está ouvindo, sem cias específicas, como um ruído de
grandes diferenças de volu- fundo constante (provocado por um
me entre as falas; e o Equali- aparelho ligado, por exemplo) ou
Painel de controle do software Noise Gate zador (EQ), que assim como chiados momentâneos.

102 • Fotografe Melhor n


o
237
Um filmmakere
seu fiel escudeiro,
o operador de
som direto: um
especialista
em captação de
áudio pode ser
fundamental
AJUDA
10. A HORA DA MIXAGEM PROFISSIONAL

A mixagem é a última etapa da pós-


-produção de áudio. Todo produto au-
portar do começo ao fim. É nela que
serão definidos todos os níveis, inten- U ma boa alternativa para ter um
som profissional é a contratação
de profissionais e empresas especia-
diovisual é construído com ao menos sidades e canais de reprodução de cada
lizados, que podem ser fundamentais
uma plataforma principal de exibição elemento audível.
em todas as etapas da produção, des-
em mente, seja ela internet, televisão Estúdios profissionais contam com de a captura do som direto à criação
ou projeção em cinema. Cada uma das verdadeiras salas de cinema para a rea- de sons e trilhas e da visitaàs locações
alternativas precisa de configurações lização da mixagem, com produções à mixagem.
específicas, determinadas pela mixa- que ultrapassam facilmente as duzen- Na captação, além de muitos tra-
gem das trilhas de áudio. tas camadas de áudio natimeline, du- balharem com equipamentos próprios,
os operadores de som direto profis-
cisaMesmo um vídeo
ser mixado bem simples
econfigurado pre- rante
de acor- a edição.
oferece ótimasAinda assim, oem
alternativas mercado
equi- sionais têm um fluxo de trabalho or-
do com o número de canais de saída pamento para tratar e editar as faixas ganizado para facilitar os processos
(mono, estéreo, 5.1, 7.1 etc) e para a de áudio, como monitores de referên- de edição, evitando dores de cabeça
equalização entre todos os sons da pro- cia que podem ser usados em qualquer nas etapas seguintes da produção, e
trazem na bagagem uma vasta expe-
dução. Além disso, a mixagem levaem ilha de edição, permitindo atingir uma
riência com as mais variadas situações.
conta como a banda sonora vai se com- boa qualidade final.
Para a pós, etapas como o trata-
mento do áudio, trilhas e mixagem po-
dem ser realizadas com agilidade e
qualidade máxima por uma produtora
finalizadora ou um estúdio musical.
Vale a pena reservar uma parte do or-
çamento para serviços dessa natureza,
já que os orçamentos em áudio são
bastante flexíveis e variam deacordo
com a necessidade de cada produção.
No fim das contas, contratar alguém
para cuidar essencialmente do áudio

permite, ainda, que você foque seus


esforços em outras atividades, como
a fotografia e a direção geral.

Ao lado, uma mesa de


mixagem profissional,
etapa que define a
qualidade final do som
de um audiovisual

Junho 2016 • 103


Da esquerda para direita, agradecemos aos amigos: Grupo do Fotoclube RioFotográfico, RJ (no Rio de Janeiro); Milton Montenegro, RJ (no Rio de Janeiro); Fernando Talask, RJ (na Sala PEF Rio);
José Bassit, SP (em São Paulo); Fernanda Pitaluga, RJ (em Niteroi); Marta Azevedo, RJ (em São Conrado); Manicuee Alvez, SP (em Taubaté); Érico Elias, SP (em Paris);
Turma do professor MiccheleBrasil
Carlos Henrique Petruccelli Pucarelli,
(CHBrasil), Pós-Graduação
RJ (na Sala PEF Rio);Fotografia e Imagem,
Zeka Araujo, RJ (noIUPERJ, Universidade
Rio de Janeiro); Cândido
Jacqueline Mendes,RJRJ(na(noLapa);
Hoofendy, Rio de Janeiro);
Daniel Cywinski, SP (em Paraty); Turma do professor Marco Araújo, RJ (na Sala PEF Rio); JR Pedroza, RJ (em Niteroi).

PARA FAZER PARTE DO “GRUPO AMIGOS DO PEF”, BASTA ENVIAR SUA FOTO COM UMA FOLHA A3 OU A4 EM BRANCO
NAS MÃOS. PARA QUE A FOTO POSSA SER UTILIZADA EM MÍDIA IMPRESSA, O IDEAL É QUE TENHA BOA RESOLUÇÃO.

PEF 2016, UM EVENTO PARA TODOS OS OLHARES,


ESTÁ NO AR COM O NOVO END EREÇO:
www.pefparatyemfoco.com.br
NELE VOCÊ ENCONTRA TODOS OS DETALHES
PARA PARTICIPAR DO FESTIVAL.
VENHA RESPIRAR FOTOGRAFIA EM PARATY
DE 14 A 18 DE SETEMBRO.
facebook: ParatyEmFoco

AP OIO PA R C E I R O I N ST IT UC IO N A L PA R C E IR O S R E AL I Z A Ç Ã O
EVENTO F ILI A DO A

A
I
R
E
L
A
G D E FOTOG RAFIA DE P ARATY
RAIO X POR L

fotos de leitores comentadas

MURILO PERALTA, CARLOS FERNANDES


Como participar São Luís (MA) DE OLIVEIRA,
Salvador (BA)
Gostei da foto. O formato
1 panorâmico ficou perfeito para O efeito ficou bem bacana
O objetivo desta seção é dar
ao leitor informações e dicas ressaltar a multidão, assim como 2 e não deixou muito espaço
que sirvam para um aprimora- o preto e branco, que, ao eliminar para comentários. A única
mento do ato de fotografar. Ela as informações de cor, foca a recomendação que posso fazer é
é aberta a qualquer tipo de fotó- atenção do observador na relativo ao enquadramento.
grafo: amador,expert ou profis- repetição das formas humanas e Talvez ficaria melhor levemente
sional. Antes você
para análise, de enviar suaslerfotos
precisa e nos contrastes
Apesar de tonalidades.
de não ter um ponto de mais fechado,
do espaço pretotirando umda
ao redor pouco
cena.
aceitar as regras a seguir: interesse bem demarcado, o grupo Canon EOS 70D
de pessoas no mar, no canto com objetiva Canon 18-105 mm
• É importante ressaltar que um inferior direito, quebra a f/8, 1/2s e ISO 200
comentário é necessariamente monotonia e traz dinamismo
subjetivo. Não é um julgamento, suficiente, cujo destaque é o ritmo
mas apenas uma apreciação pes- produzido pela repetição das
soal que, portanto, pode ser con- pessoas, dos guarda-sóis, das
testada e criticada. Já que o ob- árvores e dos prédios. Parabéns.
jetivo de uma foto é agradar ao Nikon D7000 com
observador, qualquer crítica, mes- objetiva Nikkor 70-300 mm
mo que formulada por uma só 5.6, 1/800s e ISO 100
pessoa, aponta um elemento que
pode ser melhorado ou ao menos
discutido. Assim, a crítica é sem-
pre de caráter construtivo. 1
• Quem envia as fotos para
análise com a finalidade de co-
mentários e dicas para melhorar
a técnica o faz sabendo disso.
• A publicação das fotos envi-
adas não é garantida. As ima-
gens publicadas serão escolhi-
das pelo mérito do comentário
que permitirem, não por sua
qualidade. Apenas uma foto de
cada leitor será comentada.
• Alguns comentários poderão
até parecer duros, porque o que
vai ser avaliado é a qualidade
técnica da imagem (enquadra-
mento, composição, foco, ex-
posição...), sem levar em conta
o aspecto afetivo que pode ter 2
para o autor que registrou uma
pessoa, um momento ou uma
cena importante e emocionante
da sua vida.
Como enviar
Envie até três fotos em ar-
quivo no formato JPEG e emar-
quivo de até 3 MB cada um para
o seguinte e-mail:
. Escreva “Raio
nome
X” no assunto
completo,e informe
cidade onde
o seu
mora e os dados da foto
(câmera, objetiva, abertura, ve-
locidade, ISO, filme, se for o ca-
so, e a ideia que quistransmitir).
É importante que os dados pe-
didos sejam informados para
ajudar na avaliação das fotos e
na elaboração dos textos que
as acompanham.

106 • Fotografe Melhor on237


WANDERLEY ROCHA, REGINALDO BUENO, ALBERTO BENISTE, ALESSANDRO MELO,
Niterói (RJ) S. Bernardo do Montreal, Canadá S. Bernardo do Campo (SP)
O diálogo entre o fundo e
Campo (SP) Você enviou a mesma Tecnicamente, a foto é boa.
3 os olhos verdes do gato Conforme você 5
cena com dois cortes 6 Você conseguiu realizar o
realça a força do olhar, 4 escreveu, o espaço diferentes. A princípio, efeito desejado, de “véu de
e o monocromatismo da em cima ficou exagerado. gostei mais da primeira foto noiva”, e a composição ficou
imagem dá um toque muito Deixar o espaço pela profundidade de bem equilibrada. O contraste
estético à foto. Parabéns. A imaginário da cabeça campo maior (que deixa o forte entre as zonas escuras
princípio, não gostei da poderia parecer fundo nítido), pela simetria e as claras deixou estas
centralização do tema, mas interessante, mas não e pelo posicionamento mais estouradas. Mas você
visualizando possíveis cortes agradou. Sempre que harmonioso do buraco escolheu a exposição certa
não encontrei um cortar um objeto embaixo à direita. Porém, para não deixar a imagem
enquadramento
porque obrigariamelhor
a excluir embaixo, é importante
deixar o mínimo de o espaço emAcredito
demasiado. cima ficou
que escura demais eàs
superexposição limitar
zonasa
elementos importantes da espaço em cima, pois um ângulo levemente mais onde não incomoda demais.
composição: o fundo verde, senão o corte na parte em mergulho (de cima para Contudo, o que falta na foto é
os galhos à direita ou a de baixo não se justifica, baixo, procurando um ponto alguma visão mais
planta que se destaca à já que tinha espaço de vista alguns centímetros encantadora do lugar, um
esquerda. A solução seria suficiente em cima para mais alto para fotografar) respiro ou uma história.
mudar de ponto de vista para cortar menos. Vale para agradaria mais. Assim, um enquadramento
encontrar uma combinação retratos e para essa Nikon mais aberto provavelmente
dos elementos ainda melhor, situação também. D5500 com objetiva ficaria mais agradável.
talvez se abaixar, mas é Chinon Nikkor 18-55 mm Nikon D5100
apenas uma hipótese. CX com objetiva f5.6, 1/200s com objetiva Nikkor 18-55 mm
Nikon D7100 Rikenon 55 mm e ISO 100 f/14, 1/5s e ISO 400
com objetiva 55-300 mm f/1.4, 1/90s
f/5.6, 1/125s e filme Agafa Vista
e ISO 125 ISO 400

5 6

Junho 2016 • 107


RAIO X
EVERTON SILVEIRA WENDEL FERRAZ, MARCELO VALLE, RENATO CRUZ,
MACHADO, Limeira (SP) Rio de Janeiro (RJ) São Gonçalo (RJ)
Barra do Ribeiro (RS) Você informa que, diante A ave está bem nítida, Nas três fotos que você
A composição à 8desse tema, você se agachou 9 e isso é bom. Vi dois 10 nos enviou, o ponto a
7 maneira de um retrato “em busca de um ângulo que o pontos de melhora: ser melhorado em todas é a
está apropriada. Só vejo deixasse imponente”, e primeiro, a composição, iluminação, pois em todas a
dois pontos de melhora: conseguiu. Parabéns. Todavia, que ficaria um pouco modelo está na contraluz.
primeiro, o horário dois detalhes incomodam: mais natural se o Devido à luz dura do sol
escolhido para fotografar, primeiro, o foco, que não ficou papagaio estivesse forte, provavelmente é
pois a posição do sol perfeito na cara do macaco, e posicionado um melhor que uma iluminação
deixou a parte direita da sim na barriga dele; segundo, a pouquinho mais para o direta, que teria deixado
estátua na sombra (mas iluminação, pois a parte direita lado esquerdo, oposto à sombras sem graça no rosto
nada comprometedor);
segundo, pelo olhar forte da cara
olho) do no
ficou animal (inclusive
escuro enquantoo direção doo olhar
segundo, dele;de
equilíbrio das crianças.
rebatedor Contudo, um
(qualquer
do personagem, seria as zonas mais claras ficaram branco w ( hite balance ) superfície branca que reflita
melhor ter tentado uma estouradas. O flash, usado amarelo e verde demais. a luz do sol em direção ao
posição bem nadireção como preenchimento Ainda é possível corrigir tema) poderia ter
dele para dar a sensação (no modo automático, na pós-produção (sem melhorado muito o
de que estivesse olhando eventualmente com potência perda de qualidade se a resultado (um flash de
para a câmera. levemente reduzida), poderia foto foi feita em RAW) preenchimento também
Nikon ter melhorado o resultado. puxando os cursores de poderia ter sido uma
D5200 com objetiva Canon EOS Rebel balanço de cores para alternativa). A foto da
Nikkor 18-105 mm T4i com objetiva Canon azul e magenta. menina na piscina é um
f/7.1, 1/800s 18-135 mm Nikon exemplo.
e ISO 200 f/5,6, 1/100s D40x com objetiva Nikon D3200
e ISO 400 Nikkor 70-300 mm com objetiva Nikkor 35 mm
f/5.6, 1/125s f/4, 1/4000s
e ISO 200 e ISO 200
7
8

10

108 • Fotografe Melhor n


o
237
HIRAM PEREIRA, MARIO SISTO, LETICIA FRANÇA, LUIZ OUTEN,
Curitiba (PR) São Paulo (SP) Mogi das Cruzes (SP) Parintins (AM)
O observador não sabe o A foto ficou atraente. O céu se apresentava Imagine a mesma foto
11 que você quis mostrar: não 12 A proa do barco 13 atraente e ficou bem 14 com o menino de frente,
parece ser o homem porque ele apontada na diagonal para registrado. Porém, dois vindo em sua direção.
está de costas e subexposto por o canto superior esquerdo pontos incomodam: Retrato de costas raramente
causa da contraluz. O proposto é o que dá força à imagem, primeiro, a falta de tem um grande impacto, a
também não foi ressaltar uma em conjunto com a elementos de destaque na menos que seja para
ação, o que poderia justificar o iluminação diferenciada. parte direita do quadro; conduzir o olhar do
tema de costas e a contraluz, Incomoda o outro barco no segundo, a inclinação da observador para uma
pois ele está imóvel, em uma canto inferior esquerdo, parede da casa à paisagem maravilhosa para
posição de contemplação. O mas não dava para tirá-lo esquerda, devido ao efeito a qual o retratado esteja
paisagem
que leva à que
terceira
o barqueiro
opção: aestá incomoda
de lá. A contraluz
um pouco,também câmera
da perspectiva.
para alinhar
Girando
a a história da
olhando ou partida
para contar
de a
olhando. Porém, o foco está no mas devido ao tamanho parede à borda do quadro, alguém com uma
primeiro plano e a paisagem do barco o flash a linha de horizonte ficaria composição adequada.
ficou desfocada. Assim, ela provavelmente não teria inclinada, mas o resultado Tecnicamente, a foto está
também não pode ser o conseguido iluminá-lo provavelmente seria mais um pouco superexposta, o
elemento principal da foto. corretamente. Porém, dinâmico e agradável. que se traduz, entre outros
É preciso sempre pensar bem mesmo assim valeria a Nikon fatores, pelas zonas
a imagem para alcançar o pena tentar para ver o D5100 com objetiva luminosas estouradas
objetivo antesde clicar. resultado. Nikkor 18-55 mm nas costas do garoto.
Nikon Coolpix Canon f/5.6, 1/320s Canon
S9700 com objetiva equivalente EOS Rebel T3 com objetiva e ISO/100 EOS Rebel T3 com objetiva
a 25-750 mm Canon 18-55 mm Canon 18-200 mm
f/6, 1/320s e ISO 125 f/8, 1/640s f/5.6, 1/250s
e ISO 100 e ISO 400

11 12

13

14

Junho 2016 • 109


RAIO X
CESAR FERRARO, MARCOS PEREIRA MARCELO COSTA, ROGÉRIO TRENTIN FILHO,
Rio de Janeiro (RJ) TAVARES, Rio de Janeiro (RJ) Santo André (SP)
Ribeirão Preto (SP)
A brincadeira é Sem julgar se o
15
A composição é
sempre boa. Aqui, Alguns cuidados 17tratamento era o 18 srcinal e não ficou
o resultado final poderia 16 poderiam ter permitido mais adequado para desagradável. O principal
ter ficado melhor ao sair da “imagem típica”, como o tema, observei ponto de melhora é o
dirigir a modelo para que você a descreveu, para um alguns detalhes de equilíbrio de branco, que
a posição da mão registro diferenciado. O composição que deixou a imagem muito
corresponda mais à cena: primeiro é a iluminação, sobre poderiam ter sido amarelada. Ainda é possível
a imagem foi construída a qual você talvez não tivesse melhorados: primeiro, a correção (sem perda de
como se a mulher controle (a menos que a inclinação da linha qualidade), se a foto tiver
estivesse com da
dedo na ponta a ponta
Torredo contasse
específicocom
e/ouequipamento
tivesse a de horizonte,combina
dificilmente que sido
algumfeita
bomemsoftware.
RAW, em
Eiffel, mas o alinhamento oportunidade de registrar a com formato Geralmente, o modo
não ficou perfeito e ela cena em outro horário). O panorâmico por causa que rende os melhores
está apontando o dedo segundo, mais fácil de aplicar, da horizontalidade resultados à noite é
para o lado. Também é procurar por um ângulo, um enfatizada pelo o modo tungstênio ou
seria ideal dar um disparo ponto de vista diferenciado, formato; segundo, incandescente. Dá também
de flash para iluminar a colocando, por exemplo, a o corte das pessoas para ajustar a temperatura
pessoa retratada, que câmera ao nível do chão, embaixo, pois alguns de cor manualmente e
ficou escura por causa inclinando a linha de horizonte milímetros teriam avaliar a imagem no
da contraluz. ou se aproximando muito para permitido evitar isso. monitor, caso o tungstênio
Nikon usar o efeito da perspectiva, Nikon não apresente as cores de
D5300 com objetiva entre outras possibilidades. D7100 com objetiva maneira satisfatória.
Nikkor 18-55 mm Nikon D5100 Nikkor 18-140 mm Nikon
f/8, 1/320s com objetiva Nikkor 14-42 mm D7000 com objetiva
e ISO 100 18-105 mm f/8.4 1/350s Nikkor 18-105 mm
f/4, 1/200s e ISO 100 f/18, 30S
e ISO 400 e ISO 100

15

16

17

18

110 • Fotografe Melhor n


o
237
LIÇÃO DE CASA
temas ilustrados pelo leitor

Disputa de polo aquático:


conhecer as regras do
esporte é fundamental
para fazer boas fotos

MACETES PARA CLICAR

esportes olímpicos
Com a Olimpíada do Rio quase aí, a ocasião é perfeita para praticar fotografia de
atividades esportivas. Confira as dicas básicas para fazer imagens dignas de pódio
POR

O
Brasilde
picos sediará
2016 aos Jogos
partir deOlím
5- de Olimpíada
tografar asdesde
competições
que não de uma
seja como futebol,
para tação, vôlei,
atletismo, basquete,
vôlei, ciclismo,na-
judô,
agosto, o que, com certeza, fins comerciais ou promocionais. entre outros, são muito comuns no
vai despertar o interesse dos Somente o uso de acessórios como Brasil. Para osmais raros de serem
fotógrafos pelos esportes em flash e tripé éproibido pelo Comitê vistos, como handebol, hipismo, gi-
disputa – sem falar nos que terão a Olímpico Internacional (COI). nástica artística, tiro, arco e flecha
sorte de assistir às provas oficiais Contudo, não é preciso ter acessoe até rúgbi (que volta a ser olímpico,
ao vivo. Mas, ao contrário de muitos às provas oficiais para fotografar es-pois foi disputado nos Jogos de 1900,
eventos esportivos, é permitido fo- portes olímpicos. Muitos esportes, 1908, 1920 e 1924), vale procurar por

112 • Fotografe Melhor on237


k
c
o
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s
r
e
t
t
u
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S

Acima, vôlei de praia, esporte em que a luz do dia facilita a captura de imagens
clubes na internet e se informar so- em velocidade alta; abaixo, fotógrafos profissionais e suas teles poderosas
bre as competições.
A grande maioria envolve movi-
mentos rápidos por parte dos es-
portistas e são justamente essas
ações que o fotógrafo precisa cap-
turar. Mas, antes de se interessar
apenas em documentar a atividade
esportiva, cabe ressalt
ar que ésem-
pre interessante fotografar também
o ambiente, o público e suas reações,
principalmente para quem não con-
seguiu um credenciamento com
acesso a pontos de vista privilegia-
dos, ou seja, os melhores lugares

para registrar as provas.


EQUIPAMENTO IDEAL
A fotografia de esporte é uma
área apaixonante e também muito
exigente, já que impõe um grande
conhecimento de técnica fotográ-
fica associado a um equipamento
eficiente. Além dobackgroundtéc-

Junho 2016 • 113


LIÇÃO DE CASA

s
e
r
o
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F
s
y
n
e
D

Cena de uma partida de rúgbi destinados a provas regionais. E, borrado) para esportes de velocida-
registrada pelo leitor Denys claro, uma teleobjetiva de 200 mm de, como o ciclismo, por exemplo.
Flores: esporte volta a ser
olímpico nos Jogos do Rio
para cima, de grande abertura (f/2.8 Porém, na maioria dos casos, os es-
ou f/4), é fundamental para ofotó- portistas em ação precisam estar
grafo de esportes. Mas é totalmente perfeitamente nítidos.
nico, um excelente conhecimento possível fotografar alguns esportes Se por um lado a teleobjetiva é
do esporte a ser fotografado é um em ambientes externos, de dia, com crucial para boas fotos de esportes,
trunfo precioso, que ajuda a saber qualquer tipo deequipamento. Vôlei por outro ela pode apresentar limi-
onde se posicionar e permite an- de praia e maratona são bons exem-tações para que altas velocidades
tecipar melhor a ação e os movi- plos e dá para fazer até com azoom sejam atingidas. Por isso, quanto
mentos dos esportistas. básica 18-55 mm. mais luminosaela for, melhor. Para
O equipamento ideal é uma câ- que a foto não saia tremida, a velo-
mera DSLR com um autofoco efi- ALTA VELOCIDADE cidade em avos desegundo precisa
ciente e rápido que
dispare na ordem Para fotografar a maioria dos es-no mínimo ser igual à distância focal
de peloUma
gundo. menosboa5gestão
imagensdo por se-
ruído portes olímpicos,
em locidade mínima doé preciso umade
obturador ve- dalimite
o objetiva. Ou seja,
é 1/200s; parapara
300200 mm,
mm,
sensibilidade alta também é uma 1/500s para congelar os movimentos 1/300s. Mas a tecnologia é uma gran-
vantagem, principalmente em am- dos atletas e evitar que eles saiam de aliada do fotógrafo e os sistemas
bientes internos, em que a luz é bai- borrados. Obviamente, é sempre de estabilização de imagem presente
xa, ou à noite. Usa-se ISOs de 2.500 possível acrescentar algumas fotos nas lentes mais modernas permitem
a 3.200 para esportes de salão pro- com desfoque de movimento à re- que se trabalhe com até dois ou três
fissionais e frequentemente acima portagem completa ou realizar pan- pontos abaixo do ideal sem o risco
de 5.000 para a maioria dos ginásios nings (efeito de arrasto com fundo de ter a foto tremida.

114 • Fotografe Melhor on237


Dicas para ajustar o
equilíbrio de branco
Para a maioria das provas em
ambiente externo, o modo
automático do equilíbrio de branco
(white balance, WB) rende bons
resultados. Porém, em ambientes
internos, pode ser preciso escolher o
modo correspondente ao tipo de
iluminação (geralmente tungstênio,
incandescente ou fluorescente). Uma
dica é ajustar WB manualmente,
fotografando a superfície de um
papel sulfite branco, um cartão cinza
i
neutro (acessório vendido em lojas
b
r de fotografia) ou usando um
a
g
S
expodisc (acessório do tipo filtro, que
e
d
posicionado à frente da lente objetiva
i
e
n
permite obter uma imagem de
e
H referência de branco com a lente
apontada para a fonte de luz). Um
Acima, prova de hipismo em São Paulo (SP) registrada pela leitora Heneide filtro de café Melitta diante da lente
Sgarbi; abaixo, nadador em ação durante uma competição Master disputada também serve (veja no manual da
em Recife (PE) em imagem enviada pela leitora Lidianne Andrade câmera como funciona o modo de
balanço de branco personalizado).
De qualquer jeito, é sempre
proveitoso fotografar em formato
RAW para corrigir o equilíbrio das
cores sem perda de qualidade na
pós-produção. Isso até se torna
imprescindível no caso de uma
iluminação cíclica, que apresenta
variação imperceptível pelo olho,
mas que a câmera capta por causa
da alta velocidade.

cias no local não permitem desfo-


car o público, prefira um fundo neu-
tro para não desviar a atenção do
e
observador.
d
a
r
d
Para esportes coletivos, onde
n
A
e
aparecem várias pessoas em planos
n
a
i
n distintos, procure um ponto de vista
id
L baixo sentando no chão ou em um
pequeno banco para não cortar a
De qualquer forma, com teles fi- nor valor de f/) é a mais adequada: cabeça de quem estiver ao fundo.
xas grandes e luminosas (como a além de mais entrada de luz, o que
300 mm f/2.8, uma das melhores facilita o uso de velocidades altas, o SENSIBILIDADE
para fotos de esportes) geralmente diafragma bem aberto reduz a pro- Embora seja sempre ideal usar
usa-se um monopé para que haja fundidade de campo, destacando a menor sensibilidade possível pa-
mais firmeza por parte do fotógrafo melhor a ação aodesfocar o fundo. ra limitar o ruído digital, muitas
(basta ver os profissionais em ação E fotos de esporte precisam ser re- situações obrigam o fotógrafo a
à beira de campos
exemplo). No caso,de
o futebol,
acessóriopor
éduzidas aoque
elemento essencial, evitando
possa desviar todo
o olhar aumentar
pensar o valor
a falta de devido
de luz ISO para
aocom-
uso
aparafusado a um anel específico do observador. da alta velocidade necessária para
da lente, e não sob a câmera, oque Assim, além de ser desfocado, congelar os movimentos dos es-
dá mais equilíbrio ao conjunto. o fundo precisa ser escolhido com portistas. Nesse intuito, é impor-
cuidado: o ideal é posicionar-se de tante conhecer bem os limites do
DIAFRAGMA BEM ABERTO maneira a captar o público no fundo equipamento, notadamente em
Geralmente, a abertura mais e evitar extintor, lixeira ou carros. termos de gestão de ruído.
ampla permitida pela objetiva (me- Se seu equipamento ou as distân- Com uma DSLR de entrada pode

Junho 2016 • 115


LIÇÃO DE CASA
A maratona (ao lado, foto do
leitor Sidney Gaspar) e o salto
em altura (abaixo, imagem feita
pelo leitor Wagner Friaça) são
modalidades do atletismo, um
dos esportes mais tradicionais

cado. Tratando-se dos pontos de fo-


co, muitos preferem o foco semiau-
tomático com seleção de uma zona
de foco dentro da qual a câmera
procura o tema. É também possível
escolher o ponto de foco central,
que geralmente é o mais veloz, e
r
a
p
recortar as fotos na pós-produção
s
a
G
para apurar a composição, deixando
y
e
n
espaço maior na frente do tema (a
id fim de ressaltar o movimento e evi-
S
tar dar a impressão de que ele vai
bater na borda do quadro).
Em termos de composição, de-
ve-se pensar também em realizar
planos bem fechados (retratos) se
a distância focal da objetiva o permite
ou ainda planos mais abertos in-
cluindo outro elemento da ação. Evite
fotografar os esportistas de costas:
eles devem ser identificáveis; e pre-
ferencialmente com a bola por perto
no caso de esportes que a usem.
De maneira geral, o que importa
em fotografia de esportes é captar
tudo o que passadespercebido pelos
olhos humanos, congelar momentos
de disputa, superação, tensão, con-
centração, explosão, alegria, tristeza,
a
enfim, as sensações e emoções que
ç
ia
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são provocadas.
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a
W
Mande sua foto para a
ser melhor reduzir um pouco ave- e abertura. Embora um equipa- seção Lição de Casa
locidade para evitar passar de ISO mento top de linha ainda consiga O tema para a próxima edição,
800, enquanto uma top de linha pode resultados de bons a corretos, câ- a 238, será
render ótimos resultados até acima meras de entrada não permitem . Caso você tenha uma foto
bacana sobre o tema, envie-a para a
ISO 1.600, o que permite ainda do- obter resultados satisfatórios redação da revista pelo e-mail

brar
de a velocidade
conseguir para ter
congelar acerteza oquando
o movimento. uso dofalta luz,além
flash, ainda
demais que
proibido até o
dia 5 de junho de 2016 e coloque
no assunto “ ”. Cada
E o tamanho do sensortambém in- em muitos casos, geralmente pro- leitor pode mandar apenas uma foto.
flui nisso: ofull frame(quadro cheio) voca péssimos resultados. As imagens enviadas serão avaliadas
é mais eficiente em alta sensibili- e poderão ser usadas como exemplos
no artigo de Laurent Guerinaud. A ideia
dade do que o APS-C. MODO DE FOCO é que o leitor ilustre as informações
Provas de noite ou em ambiente Para acompanhar os temas em passadas pelo especialista.
interno obrigam o fotógrafo a ir ao movimento, o modo de foco contínuo Apenas as fotos selecionadas
pela redação serão publicadas.
limite em termos de sensibilidade (AI-Servo na Canon) é o mais indi-

116 • Fotografe Melhor on237


FIQUE POR DENTRO
exposições, concursos e cursos
Ao gosto do
freguês: dona
Tercília pediu a
Mestre Júlio
que a tornasse
uma rainha de
olhos azuis

io
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J
e
rt
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M

SP

Fotopinturas se destacam em mostra sobre


A arte do retrato
ntes da era dos selfies e branca e hierárquica na história
do Photoshop, fazer um brasileira também é tratada,
retrato de família exigia a com retratos que seguem um
contratação de um fotógrafo. O costume nordestino de mudar
profissional podia ir à casa do o contexto em torno do fotogra- até 31 de julho de 2016
cliente ou mesmo estar na praça. fado. Um exemplo é a fotopintura Galpão do Sesc
Havia ainda os que queriam um de Tercília da Silva, que pediu Belenzinho, Rua Padre Adelino,
retrato colorido para colocar na para que Mestre Júlio pintasse 1.000, Belenzinho, São Paulo
parede e recorriam a fotografias seus olhos de azul e a represen- (11) 2076-9700
pintadas à mão. A mostra “Retrato tasse como uma rainha.
Popular” apresenta fotopinturas
a
e retratos do Mestre Júlio, além n
a
t
n
de imagens feitas por Tiago San- a
S
tana, Tonho Ceará e Luiz Santos. o
g
ia
Há ainda coleções de câmeras e T

acessórios que fazem parte da


história da fotografia popular.
A proposta é mostrar a im-
portância histórica e social do
retrato popular: é um tipo de pa-
trimônio regional e registro de
cidadãos de todas as classes so-
ciais. A questão da hegemonia

118 • Fotografe Melhor n


o
237
Exposição World
Press Photo 2016
stão expostas na Caixa Cultural do Rio de
E Janeiro 164 fotos vencedoras da 59edição a

do World Press Photo 2016.


Entre os vencedores,
o Brasil está representado pelo brasileiro Mau-
rício Lima, premiado em duas categorias,pelo
e
Complexo do Alemão (RJ), cenário de série de
fotos do espanhol Sebastián Liste. O grande
vencedor foi oaustraliano Warren Richardson
r
e
com a imagem “Esperança por uma nova vida”.
y
a
r
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in
v
: até 19 de junho de 2016
e
K CAIXA Cultural Rio de Janeiro, Av.
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SIDERAL inte trabalhos do fotógrafo


VLuiz Braga, em sua maioria
inéditos, estão sendo expostos ACASOS
sp
na terceira exposição individual
do autor na Galeria Leme. As fo-
PREPARADOS
tos foram realizadas entre 1982
e 2015, e registram o Pará e a SP
cultura paraense com foco nas
cores e luzes. O artista nasceu
em Belém, onde vive e trabalha,
e já participou de diversas expo-
sições individuais e coletivas no
Brasil e no exterior.

Até 11 de junho de 2016 lo


o
Galeria Leme, Av. Valdemar ci
P
Ferreira, 130, Butantã, São Paulo a
il
m
(11) 3093-8184 a
C

Luiz Braga
omo segunda exposição do
Cprograma Nova Fotografia
CORPO COMO EVIDÊNCIA 2016, o MISapresenta o projeto
“Acasos Preparados”, dafotó-
utorretratos do fotógrafo finlandês feitas desde os anos de 1970, são em grafa Camila Picolo, composto
A Arno Rafael Minkkinen, que teve P&B e exploram os elementos do nu, da por 17 fotos clicadas entre 2010
e 2015 nas cidades de São Pau-
um perfil publicado na edição 228 de corporalidade, da paisagem, da intimi-
, estão sendo expostos no Sesc dade, do retrato e doautorretrato. A cu- lo, Santos e Salvador. Camila,
Jundiaí. Suas fotografias provocantes, radoria é de João Kulcsár. com imagens feitas com câ-
mera e também celular, pro-
n põe uma reflexão e discussão
n
e
junho deaté 12 de
2016 SP i
k
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n
i
sobre o acaso na fotografia.
Sesc Jundiaí, M
l
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r Som, Av. Europa, 158, Jardim
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Junho 2016 • 119


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A História Secreta da Igreja A História Secreta dos Papas A História Ilustrada da 0
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Autor: Michael Kerrigan Autora: Branda Ralph Lewis 2ª Guerra Mundial é
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O fanatismo, seja político ou religioso, tende Esse livro mostra como um número impressionante Capítulo especial sobre a á
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sempre a fazer emergir o lado mais selvagem participação do Brasil s
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do ser humano. Apesar dos inúmeros bons de sumos
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contrária aosCatólica agiu de
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serviços prestados à civilização, em nome cristãos. Durante a Idade Média não faltaram Saldo da guerra, 60.000.000 de lu
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de Deus, a Igreja promoveu episódios e Papas que foram especialistas em conspirações, mortos. Você precisa conhecer
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escândalos que mancharam a sua reputação. assassinatos e até bruxarias. melhor essa história. e t
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