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Ano de publicação: 2018
Diretor Editorial
Lauri Cericato
Gerente Editorial
Sandra Carla Ferreira de Castro
=
Elaboradores de Original
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Marco Aurélio F. Barbosa
Rafael Zattoni
Editoras
Aloana Oliveira Publio
Denise Favaretto
Editora Assistente
til
Ana Olívia Ramos Pires Justo
Colaborador
Thiago Siqueira Santos
Gerente de Produção Editorial
Mariana Milani
Coordenadora de Produção Editorial
Luzia Estevão Garcia
Coordenadora de Preparação e Revisão
Lilian Semenichin
Supervisora de Preparação e Revisão
Adriana Soares de Souza
Módulo 6
Preparação e Revisão
Equipe FTD
Coordenador de Iconografia e Licenciamento de Textos
Expedito Arantes
Trigonometria
Supervisora de Iconografia e Licenciamento de Textos
Elaine Bueno
Pesquisa
Luciana Castilho
Crédito de imagem de capa
Daxiao Productions/Shutterstock.com
Coordenadora d e Ilustrações e Cartografia
Mareia Berne
Gerente de Arte
Ricardo Borges
Coordenadora de Arte
Daniela Máximo
Supervisora de Arte
Flávia Yamamoto Boni
Projeto Gráfico
Fabiano dos Santos Mariano
Editora de Arte
Patrícia da Rocha Lé
Diagramadora
Adriana Maria Nery de Souza
Diretor de Operações e Produção Gráfica
Reginaldo Soares Damasceno
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e
imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliaçlo de e,,,entuais
irregularidades ou omi~s de crédito e consequente correção nas pr6xirnas edições.
As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de
publicidade ou propaganda, ou a ele façam alus3o, slo aplicados para fim didáticos
e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
2• edição - 2018 - 1 2 3 4 5 6 7 8 9 fotos: Aphelleon/NASA/Shuttentock.com, PRESNIAKOV/Shuttentock.com
Capítulo 16
Ciclo trigonométrico
Razões trigonométricas no triângulo
retângulo 6
Ciclo trigonométrico 18
Seno e cosseno no ciclo
trigonométrico 35
Tangente no ciclo trigonométrico 41
Capítulo 17
Transformações trigonométricas
Capítulo 18
Funções,equaçõese
inequações trigonométricas
Capítulo 16
Ciclo
trigononiétrico
A observação de fenômenos da natureza sempre foi
de suma importância no desenvolvimento das ciências.
Desde a Antiguidade, povos dos mais diferentes pontos
do planeta e independentemente de seu desenvolvimento
tecnológico usam esses fenômenos para entender certos
fatos e tentar fazer previsões, a fim de terem uma base
para tomadas de decisões. Exemplos não faltam: deslo-
camentos de animais, movimento das marés, variações
no clima, na vegetação e na posição do Sol durante o
dia, entre tantos outros.
No caso do Sol, por meio da observação da posição
desse astro no céu, podemos estimar o horário local,
reconhecer os pontos cardeais (leste, oeste, norte e sul),
determinar em que hemisfério do planeta estamos e até
mesmo obter coordenadas geográficas (latitude e lon-
gitude). O estudo das posições e medidas das sombras
possibilitou, há muitos anos, o cálculo do raio da Terra e
da altura das pirâmides e, também, o desenvolvimento
da trigonometria, a qual teve origem quando ainda se
acreditava que a órbita terrestre em volta do Sol era cir-
cular. O início do estudo da trigonometria foi baseado
no triângulo e na determinação das medidas de seus
seis elementos - três lados e três ângulos internos - com
base no conhecimento de três dessas medidas, sendo
uma delas o comprimento de um dos lados. O posterior
estudo da trigonometria na circunferência possibilitou o
desenvolvimento de aplicações em diversas outras áreas
e esse ainda não é o fim da história. Para ter uma ideia,
pense nas questões a seguir.
• Como podemos, durante o dia e sem uma bússola, iden-
tificar os pontos cardeais (leste, oeste, norte e sul)?
• O que você sabe a respeito da variação de sua sombra ou
da sombra de um prédio ou de uma árvore durante o dia?
• Haveria alguma diferença na nossa sombra, durante o
dia, se estivéssemos no hemisfério Sul ou no hemisfério
Norte? Pesquise sobre isso.
• De que maneira a posição do Sol pode influenciar a
construção de um prédio?
Razões trigonométricas no triângulo
retângulo
Toda a fundamentação da trigonometria tem origem no estudo do triângulo re-
tângulo. O motivo disso é bem simples. Como dissemos anteriormente, muitas das
primeiras descobertas matemáticas foram feitas com base em observações de fenômenos
da natureza. É o caso da observação dos raios solares (praticamente paralelos entre si,
em decorrência da distância do Sol ao planeta Terra) e das estacas verticais (árvores,
pessoas, construções etc.) e suas respectivas sombras, que produzem exatamente a
interpretação desta figura.
y
a
b
13
B e A
6 Ciclo trigonométrico
Entre as relações que envolvem as medidas dos lados de um triângulo retângulo, o
teore ma de Pitág oras é uma das mais conhecidas. Trata-se de uma relação válida para
qualquer triângulo retângulo: o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos
quadrados das medidas dos catetos.
a2 = b2 + c2
A observação do tamanho das sombras contribuiu com o estudo das razões trigo-
nométricas, como representado nesta figura.
AC AC AC AC
= - 2- 2 = - 1 - 1 = -
_ 3_ 3 =k com k E IR
A3 B A2 B A1B AB '
Na Grécia antiga, alguns pensadores buscavam compreender a essência de diversos acontecimentos e fenômenos
naturais, bem como tentavam identificar suas características mutáveis e imutáveis. Nesse sentido, as razões entre os
lados do triângulo retângulo, ou seja, as razões trigonométricas, chamaram a atenção desses pensadores.
• Investigue sobre o assunto e busque identificar o que deve ter despertado tanto interesse desses pensadores no
estudo dessas razões.
• Pesquise sobre o pensador grego que conseguiu calcular a altura de uma pirâmide e o método que ele empregou
para isso.
• Explique a importância de existir uma tabela de razões trigonométricas.
Módulo 6 1 Capítulo 16 7
Vamos definir as razões trigonométricas, com base na representação do triângulo
retângulo a seguir.
e
a
b
• Seno:
sen l3 = medida do cateto oposto a 13 = ~
medida da hipotenusa a
medida do cateto oposto a y c
sen y = - - - - - - - - ' - - - ~ =
medida da hipotenusa a
• Cosseno:
cos l3 = medida do cateto adjacente a 13 = ~
medida da hipotenusa a
medida do cateto adjacente a y b
cmy= =
medida da hipotenusa a
• Tangente:
sen 13 medida do cateto oposto a 13 b
tg l3 = cos 13 = medida do cateto adjacente a 13 =c
sen y
tg y =- - = -medida
--- do cateto oposto a y
--~--- = e
cos y medida do cateto adjacente a y b
• Secante:
1 a
sec 13 = - - = -
cos 13 c
1 a
sec y = - - = -
cos y b
• Cossecante:
1 a
cossec 13 = - - = -
sen 13 b
1 a
cossec y = - - = -
sen y e
8 Ciclo trigonométrico
• Cotange nte:
1 c
cotgP = - =-
tg p b
1 b
cotg y= - =-
tg r c
Ângulos notáveis
Os ângulos 30º, 45º e 60º são chamados notáveis por serem encontrados em figu ras
regulares simples, como o triângulo equilátero e o quadrado. O cálculo de suas razões
trigonométricas é elementar e já conhecido do estudo da Geometria p lana.
-
30 º 45º 60º
-
-J2. -J3
1
Seno
2 2 2
,Ji
-J3
1
Cosseno
2
-2 -
2
Tangente -J3 1 J3
1
3
No fina l do capítulo é apresentada uma tabela que mostra os valores dos senos,
cossenos e tangentes dos ângulos de Oº a 90º, variando de grau em grau. Como a maio-
ria dessas razões resulta em números irracionais, note que foi adotada a aproximação
até décimos de milésimos. Na tabela também pode ser observado que a cada ângulo
agudo de um triângulo retângulo está associado um único valor para cada razão e que
tg 90° não é definida.
Módulo 6 1 Capítulo 16 9
MÃO NA MASSA
Teodolito caseiro e distâncias inacessíveis
O teodolito é um instrumento de precisão usado para a medição de ângulos no plano vertical
ou horizontal. Apesar de hoje existirem teodolitos digitais, que são usados na navegação,
construção civil, agricultura, meteorologia, entre outras áreas, há evidências históricas do
uso de instrumentos similares, desde o antigo Egito, para a construção das pirâmides.
Por meio do uso desse instrumento, podem-se determinar medidas angulares que são
essenciais no cálculo de distâncias ou alturas, principalmente quando inacessíveis.
Nesta atividade, vamos construir um teodolito e empregá-lo na determinação de uma
altura.
Objetivos
• Construção de teodolito para mensuração de ângulo no plano vertical.
• Elaboração de estratégia para a determinação de altura inacessível.
Materiais
• Transferidor de 180º
• Canudo de plástico
• Pedaço de barbante (20-25 cm)
• Borracha
• Fita adesiva
• Trena
• Tabela de razões trigonométricas
Procedimentos
mira
a) Com a fita adesiva, fixe o canudo
na base do transferidor (observe o
esquema ao lado).
b) No centro do transferidor, fixe uma
canudo
ponta do barbante. Se o transferidor
já tiver o orifício no centro, apenas
amarre o barbante; caso contrário,
use a fita adesiva para fixá-lo.
c) Na outra ponta do barbante, amar-
re uma borracha para que possa
agir como um fio de prumo, ou seja,
para garantir a perpendicularidade
do teodolito caseiro com o solo. Seu
teodolito caseiro está pronto!
d) Reúna-se com dois colegas. Escolham um edifício, uma árvore ou um poste próximo a vocês para,
juntos, calcularem a altura do objeto escolhido.
10 Ciclo trigonométrico
e) Meçam a distância do objeto até o observador com uma trena.
f) Para encontrar a medida do ângulo com o teodolito, mirem o ponto mais alto do objeto.
g) Cada integrante do grupo deve realizar a medição e anotar tanto o ângulo encontrado quanto a dis-
tância entre ele e o objeto.
ATIVIDADES
3. Compare a altura real encontrada por você com a altura encontrada pelos colegas de grupo.
Módulo 6 1 Capítulo 16 11
Frequentemente, as questões do ENEM relacionam assuntos diversos com a Matemática. A questão a
seguir apresenta a relação da Geometria Espacial com a Arquitetura e destaca a manipulação de sólidos
geométricos, de modo a verificar que não existem construções arquitetônicas sem a presença de formas
geométricas.
Exercício RESOLVIDO
(UEL-PR) Um topógrafo que necessitava medir a largura de um rio, sem atra-
vessá-lo, procedeu da seguinte forma: de um ponto X, situado na beira do
rio, avistou o topo de uma árvore na beira da margem oposta, sob um ângulo
de 45º com a horizontal. Recuando 30 m, até o ponto Y, visou novamente o
topo da mesma árvore, registrando 30º com a horizontal. Desconsiderando a
altura do topógrafo e sabendo que a árvore e os pontos X e Y estão alinhados
perpendicularmente ao rio, é correto afirmar que a largura aproximada do
rio, em metros, é:
a) Js + 3 @)15(-./3+1) e)30(.J2 + 1)
b) 15( .J2 - 1) d)30( J6 + 3)
De acordo com o enunciado, é possível construir esta figura.
h h
tg 45º = - ⇒1=- ⇒ h =d
d d
h
h J3
tg30º = -- ⇒ - = -- ⇒
d
45º 30 + d 3 30 + d
d ⇒ d = 15 (J3+ 1) m
12 Ciclo trigonométrico
- ATIVIDADES
1. Reescreva empregando as razões trigonomé- 3. (UFPE) Dois pavimentos de uma construção
tricas inversas: secante, cossecante e cotan- devem ser ligados por uma escada com 1 O de-
gente. graus de mesma altura, construida sobre uma
a)_2_ rampa de 3,6 m, como ilustrado na figura abai-
sena 1
xo. Se sen ex = ,m
. dique a altura, em cent'1me-
2
tros, de cada degrau.
1
b)----
(sen a.)(cos ex)
1
e)-----
(sen a)(cos a)
Módulo 6 1 Capítulo 16 13
4. (UERJ) Na figura ao lado, observa-se o retângulo ABCD, que c- - - - - -- E_____ 8
contém o triângulo retângulo DEF, no qual DF = 1.
~ ~
D A
A
e (graus) ,~ sen e
15º 0,259
e
30º 0,500
45º 0,707
60º 0,866
14 Ciclo trigonométrico
6. (UFU-MG) O comandante de um navio fez, pela 7. (UEM-PR) Um triângulo retângulo ABC tem
primeira vez, uma rota retilínea AC orientado cateto AB com medida 30 metros e cateto AC
por um farol F, localizado numa ilha. Ele pre- com medida 40 metros. Sabe-se que a me-
tendia determinar as distâncias do farol F à dida de um dos ângulos agudos ex. é tal que
rota AC e do ponto inicial A ao farol F. No iní- tg (ex.)=~- Deseja-se ampliar a área desse
cio da viagem, o comandante obteve a medida 4
triângulo em 30% por meio de um prolonga-
FAC = 30º e, após percorrer 6 milhas maríti-
mento do lado AB, na semirreta de origem A
mas, localizando-se em B, ele fez a medição do
que passa por B, formando um novo triângulo
ângulo FBC, obtendo 60º. Observe a figura a
retângulo ADC, cujo ângulo AÔC mede y. Nes-
seguir que ilustra esta situação.
sas condições, assinale o que for correto.
01) O lado AB deve ser prolongado em 9 metros.
02) A área que foi ampliada é de 360 metros
quadrados.
04) A medida ~ do ângulo formado entre o ca-
teto AB e a hipotenusa BC é maior que a
medida do ângulo y.
60º
e
A B
08) A tangente de y é ¾.
De acordo com as informações, as distâncias, 4
16) O seno de ex. é .
em milhas, do farol F à rota AC e do ponto ini- 5
cial A ao farol F, obtidas pelo comandante fo- Soma: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
ram, respectivamente,
3
a) 2v'3 e v'3
2
b) 2v'3 e 4v'3
e) 3v'3 e 6v'3
d)3v'3 e v'3
PRATICAR: 1 a 3
APROFUNDAR: 1 a 3
Módulo 6 1 Capítulo 16 15
REFLETIR
Arquitetura e insolação de edifícios
No momento de se planejar uma construção, devem-se levar em conta diversos fatores:
um deles é a insolação, isto é, a quantidade de radiação solar incidente em uma superfície.
Esse fator pode ser crucial tanto para o bem-estar e conforto das pessoas que farão uso da
edificação quanto para a conservação da estrutura da construção; tudo isso pode influenciar
também no preço de venda da construção. Por exemplo, em uma região muito quente, um
apartamento "face Sul" costuma ser mais caro que um "face Norte". Essas denominações
estão diretamente ligadas ao fato de o segundo ter a maior parte de suas paredes externas
voltadas para o Oeste (recebendo uma grande incidência do calor durante a tarde), gerando
maior desconforto térmico no ambiente. Portanto, durante a aquisição de uma edificação,
é importante considerar esses fatores.
A imagem a seguir representa graficamente os pontos cardeais, que ditam a insolação
durante o inverno e o verão.
trajetória
do Sol
no verão
trajetória
do Sol
no inverno
-
o
Considerar a insolação ao projetar uma construção permite que se planejem elementos
sustentáveis, como o aproveitamento dos raios solares, por meio do uso de painéis de cap-
tação de energia solar.
O painel de captação de energia solar capta a luz do Sol e a converte em energia elétrica
e/ou energia térmica. A utilização desses painéis depende da localização geográfica de um
edifício perante a incidência do Sol, mas, embora muitos países disponham de um clima
favorável, nem sempre a energia solar é uma opção escolhida, em razão do gasto elevado
que essa tecnologia ainda apresenta.
16 Ciclo trigonométrico
As vantagens do uso de painéis de captação de energia solar é que, após instala-
dos, não poluem, e seu uso também diminui os desgastes que as usinas hidrelétricas
causam na natureza. Porém, a tecnologia de armazenamento da energia solar é
pouco eficiente quando comparada, por exemplo, aos combustíveis fósseis (car-
vão, petróleo e gás), à energia hidrelétrica (água) e à biomassa (bagaço da cana ou
bagaço da laranja).
A instalação desses painéis, por sua vez, pode seguir a inclinação do telhado ou
ser feita de modo a otimizar a captação dos raios luminosos. Para isso, além de os
painéis serem instalados nos telhados, eles devem estar voltados para os lados de
maior incidência solar ao longo do dia e podem ter as suas inclinações de acordo
com a latitude do local (que corresponde ao ângulo de inclinação dos raios solares
em relação à vertical).
1. Pense nos cuidados que uma construtora deve ter com as paredes em relação
a maior e menor incidência de luz solar. Cite quais seriam esses cuidados.
A,
o a
B,
e1
-- = --
e2
OAl OA2
Módulo 6 1 Capítulo 16 19
À luz desse resultado, os pensadores construíram outra unidade para a medição de
ângulos: o radiano. E definiram que 1 radiano é a medida do ângulo que determina,
sobre uma circunferência de raio r, um arco cujo comprimento é igual à medida do
raio dessa circunferência, ou seja, e= r.
Na representação a seguir, o ângulo em destaque tem medida de 1 radiano, uma
vez que o arco ÃB tem o mesmo comprimento do raio da circunferência.
Os ângulos em radianos são indicados por rad.
o 1 rad
A
Comprimento do arco sobre uma
Ângulo
circunferência de raio r
o 1 rad r
B
a rad Ctr
e
a= -
r
20 Ciclo trigonométrico
Relação entre as unidades para medir arcos
Sabe-se que o comprimento C de uma circunferência de raio r mede C = 2m.
Observe que o ângulo que forma um arco com esse comprimento (a circunferência
completa) é o ângulo giro, cuja medida é de 360º . Esse ângulo, em radianos, é
dado por:
e
a= - = -
21tr
= 21t
r r
Portanto, o ângulo giro, cuja medida é 360º, equivale a 21t rad. Consequentemente,
180º equivale a 1t rad.
Saiba que, em algumas situações, o radiano é considerado um número adimensional Adimensional
e o emprego da unidade rad é pouco utilizado. Assim, pode-se escrever, por exemplo, sem dimensão. Uma
grandeza que pode ser
simplesmente n, em vez de 7t rad. expressa sem unidade
de medida.
A tabela a seguir apresenta as equivalências mais usadas.
- -
7[
30º
6
7t
45º
4
7t
60º
3
7t
90º
2
180° 7t
31t
270º
2
360° 2n
com múltiplos do que se conhece. Por exemplo, se 240° = 4 • 60° e 60º = i- rad, então
4
240º = 4 • ~ = 1t rad, ou, ainda, aplicar regra de três.
3 3
Módulo 6 1 Capítulo 16 21
Exercícios RESOLVIDOS
1. Converta os valores indicados em graus em sua medida correspondente em
radianos.
a) 30º b) 45º c) 60º
a) n rad - - 180º
x - - 30º
7t
Portanto·. 180º • x = 30º • rr ⇒ x = -6 rad
b) 1t rad - - 180º
X- - 45°
1t
Portanto: 180º • x =45º •1t ⇒ x = rad
4
c) rr rad - - 180º
x - - 60º
rr
Portanto: 180° • x =60º •1t ⇒ x =- rad
3
2. Converta os valores indicados em radianos em sua medida correspondente
em graus.
7t 3n 5n
a)- rad b)- rad c)- rad
3 4 6
a) rr rad - - 180º c) rr rad - - 180º
1t 511:
3 rad - - x -rad--x
6
7t
Portanto: rrx = 180º • ⇒ x = 60 511:
3 Portanto: ,rx = 180º · - ⇒ x = 150º
6
b) 1t rad - - 180°
3rr
-rad - - x
4
3rr
Portanto·. rrx = 180º- -
4 ⇒ x = 135º
57,3º.
22 Ciclo trigonométrico
- ATIVIDADES
41t
8. Converta os valores indicados a seguir. e)- emgraus
3
a) 15º em radianos
51t
b) 75º em radianos f) em graus
3
e) 795º em radianos
41t
g)- emgraus
6
3n
h)- emgraus
5
d) 120º em radianos
Módulo 6 1 Capítulo 16 23
9. Apesar de pouco conhecido, é possível medir 10. (Fuvest-SP) Uma das Raios
de sol
pequenos ângulos em radianos - menores de primeiras estimati-
10 graus -, cujo valor do seno e da tangente vas do raio da Terra
são próximos, bem como são próximos do valor é atribuída a Eratós-
do ângulo em radianos. Em razão disso, pode-se tenes, estudioso gre-
estimar o seno desses ângulos sem a necessi- go que viveu, apro-
dade de uma tabela trigonométrica ou de mé- ximadamente, entre
todos mais sofisticados. 275 a.e . e 195 a.e.
Por exemplo, para o ângulo de 10º: Sabendo que em As-
suã, cidade localizada no sul do Egito, ao meio-
• 10º= 0,174radou0,174
-dia do solstício de verão, um bastão vertical
• sen 10º = 0,174 não apresentava sombra, Eratóstenes decidiu
• tg 10º = 0,176 investigar o que ocorreria, nas mesmas condi-
Considerando essa consequência, obtenha va- ções, em Alexandria, cidade no norte do Egi-
lores aproximados para a cada item abaixo. to. O estudioso observou que, em Alexandria,
ao meio-dia do solstício de verão, um bastão
Se necessário, use 1t = 3, 14.
vertical apresentava sombra e determinou o
a) sen 5º ângulo e entre as direções do bastão e de in-
cidência dos raios de Sol. O valor do raio da
Terra, obtido a partir de e e da distância entre
Alexandria e Assuã foi de, aproximadamente,
7500 km.
O mês em que foram realizadas as observa-
ções e o valor aproximado de e são
a) junho; 7º. d) dezembro; 23º.
b)dezembro; 7º. e) junho; 0,3º.
b) sen 1º
e) junho; 23º.
Note e adote:
Distância estimada por Eratóstenes entre Assuã e
Alexandria "' 900 km.
7t "' 3
e) sen 1,8º
24 Ciclo trigonométrico
11. (Unicamp-SP) Os pontos A e B estão, ambos, 12. (Unesp-SP) A figura mostra um relógio de pa-
localizados na superfície terrestre a 60º de la- rede, com 40 cm de diâmetro externo, marcan-
titude norte; o ponto A está a 15°45' de longi- do 1 hora e 54 minutos.
tude leste e o ponto B, a 56°15' de longitude
oeste.
a) Dado que o raio da Terra, considerada per-
feitamente esférica, mede 6 400 km, qual é o
raio do paralelo de 60º?
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Módulo 6 1 Capítulo 16 25
13. (FGV-SP) Na figura, ABCD representa uma pla- 14. (UEPG-PR) Sobre arcos e ângulos, assinale o
ca em forma de trapézio isósceles de ângulo da que for correto.
base medindo 60º . A placa está fixada em uma 01) O menor ângulo formado pelos ponteiros de
parede por AD, e PA representa uma corda um relógio que está marcando 1 hora e 40
perfeitamente esticada, inicialmente perpen- minutos é 170º.
dicular à parede.
02) Um trem desloca-se na velocidade constan-
p
te de 60 km/h num trecho circular de raio
A·
igual a 500 m. Então, em um minuto, ele
percorre um arco de 2 rad.
20cm
B 04) Uma pessoa caminhando em volta de uma
praça circular descreve um arco de 160º
10 cm
ao percorrer 120 m. O diâmetro da praça é
e maior que 100 m.
20cm 08) Em 50 minutos, o ponteiro dos minutos de
60º M , 5n
um relogio percorre rad.
D 3
Nesse dispositivo, o ponto P será girado em Soma: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
sentido horário, mantendo-se no plano da pla-
ca, e de forma que a corda fique sempre estica-
da ao máximo. O giro termina quando P atinge
M, que é o ponto médio de CD.
Nas condições descritas, o percurso total reali-
zado por P, em cm, será igual a
a) 50n e) 15n e)9n
3
b)40n d)10n
3
PRATICAR: 4 a 8
APROFUNDAR: 4 e 5
26 Ciclo trigonométrico
Arcos trigonométricos
As razões trigonométricas que estudamos até agora (seno, cosseno, tangente, se-
cante, cossecante e cotangente) foram definidas e estudadas com base no triângulo
retângulo. Com isso, limitamos o emprego delas para ângulos compreendidos entre
Oº e 90º.
Daqui em diante, vamos estudar uma nova ferramenta matemática que permite
definir e conhecer as razões trigonométricas de ângulos quaisquer.
Observe a circunferência a seguir. Ela apresenta raio unitário e está associada a
um plano cartesiano. Note que a origem 0(0, O) do plano cartesiano está sobre o
centro dela.
(l
Módulo 6 1 Capítulo 16 27
B(O, 1)
C(- 1, O) o A(l , O)
32 quadrante 4• quadrante
0(0, -1 )
A A
47!
3
O arco de 135º está no segundo quadrante. O arco de 4n rad está no terceiro quadrante.
3
28 Ciclo trigonométrico
Tomando-se por base a origem de medição e ao percorrer o ciclo no sentido anti-
-horário, a cada 360º retorna-se ao seu início. Com esse raciocínio, é possível entender
que vários arcos têm sua extremidade representada por um mesmo ponto. Por exemplo:
Do Oº ao 30º: arco de 30º. Uma volta completa mais Duas voltas completas mais
30º: arco de 390º. 30º: arco de 750º.
a+ 360º - k, com k E Z
apresentam, em sua
composição, a indi
de que para a real"
da manobra são
necessárias rotaç
maiores do que
Por exemplo, "1
uma manobra
skatista precisa
três voltas compl
ar (3 - 360º = 1 O
Habitualmente, para trabalhar com arcos superiores a 360º, basta obter o resto da
divisão do arco por 360º, que corresponde a extrair todas as voltas completas.
Por exemplo, o arco de 780º é côngruo a 60º. Observe.
780º 1360º
arco côngruo ---► 60° 2 -- - -duas voltas completas, ou seja, 720°
/ / arcos
1/ negativos
Q p
A
.. A
30 Ciclo trigonométrico
Ao traçar uma reta paralela ao eixo horizontal sobre o ponto Q, que representa o
arco ~' obtém-se o ponto P no 1º quadrante. Esse ponto, que forma o arco ÃP, repre-
senta o arco que resta para que ~ complete 180º .
Portanto, a + ~ = 180º, ou seja, ~ = 180º - ex. Ou, em radianos, ~ = 2n: - a.
Em razão disso, dizemos que o arco a é o simétrico de ~ no 1º quadrante.
Seguindo o mesmo raciocínio, é possível obter os arcos simétricos a ÃP no 32 e
4º quadrantes:
A
o
Portanto,
• med(ÁQ) = 180º - a
• med(AR) = 1 80° + a
• med(ÃS) = 360º - a
Consequentemente, partindo de um ponto no 1º quadrante (a, b), todos os pontos
apresentam as mesmas coordenadas em módulo:
(-a, b) - - _ (a, b)
1
1
1
1
1
1
1 (X o. A
(X o. 1
1
1
1
1
1
1
(- a, -b) - ------- (a, - b)
Módulo 6 1 Capítulo 16 31
Exercício RESOLVIDO
Localize o arco de -60º no ciclo trigonométrico e indique o menor arco
positivo côngruo a ele.
Obtém-se o arco de - 60º partindo da origem de medição e percorrendo 60º
no sentido horário, urna vez que o arco é negativo.
- ATIVIDADES
15. Um ônibus dá voltas continuamente na Avenida Circular, em Goiânia {GO). Em função do tempo, sua
posição angular é dada de acordo com a relação 0 = ; + t, com e em radianos e tem minutos.
32 Ciclo trigonométrico
Com base nessas informações, responda:
a) Perto de qual cruzamento o ônibus inicia seu trajeto?
e) Depois de quantos minutos após a partida ele passa pela primeira vez pela marcação de Oº?
16. (IFSC) É correto afirmar que o menor ângulo formado pelos ponteiros da hora e dos minutos às
8h20min é :
a) Entre 80º e 90º
b) Maior que 120º
e) Entre 100º e 120º
d) Menor que 90º
e) Entre 90º e 100º
Módulo 6 1 Capítulo 16 33
17. Observe a figura a seguir. 18. (Unemat-MT) Quanto ao arco 4 555º , é correto
afirmar:
a) Pertence ao segundo quadrante e tem como
côngruo o ângulo de 55º.
b) Pertence ao primeiro quadrante e tem como
côngruo o ângulo de 75º.
e) Pertence ao terceiro quadrante e tem como
côngruo o ângulo de 195º.
o
d) Pertence ao quarto quadrante e tem como
côngruo o ângulo de 3115º.
e) Pertence ao terceiro quadrante e tem como
M
côngruo o ângulo de 4195º.
b) 5rc
6
9rc
)
c2
d)- 56rc
3
e)- 25rc
6
PRATICAR: 9 a 12
APROFUNDAR:6a8
34 Ciclo trigonométrico
Seno e cosseno no ciclo
trigonométrico
As razões seno e cosseno podem ser definidas para qualquer arco trigonométrico
presente no ciclo trigonométrico.
Observe a figura abaixo. Isolando o triângulo retângulo da figura, é possível associar
as coordenadas a e b do ponto P ao ângulo a:
b --------- P(a, b)
o a
A
X
.. nb a
.
• sena = -
b
⇒ b = sena
a
• cosa = - ⇒ a = cosa
1 1
o A
a= cosa
Módulo 6 1 Capítulo 16 35
Observe o ângulo ~, maior que 90º, no ciclo trigonométrico a
seguir.
Imagine que um radar como o da
imagem a seguir seja usado para fis-
sen x
calizar embarcações em uma região
de tráfego controlado.
P - - - - - - - - sen ~
cos o A cos X
36 Ciclo trigonométrico
Exercícios RESOLVIDOS
t . Destaque os valores do seno e do cosseno para os arcos com extremidade
nos eixos dos senos e dos cossenos e, também, para os arcos do 1° quadrante
cujos senos e cossenos já foram indicados como ângulos notáveis no capítulo.
senx
180º (7t)
-1 o
½-;;1/
2
2
-1
3
270°( 27t)
Módulo 6 1 Capítulo 16 37
- ATIVIDADES
19. Dada esta figura, com o auxilio da malha qua- a) Dentre os arcos ÂB, AC, ÁD e ÁE, indique
driculada, obtenha aproximações para os valo- aqueles para os quais o produto do valor de
res de seno e cosseno dos arcos trigonométri- seu seno pelo seu cosseno resulte em um va-
cos de extremidades A 1 , A2 e ~- lor positivo.
seri x .. •· . .. ·• .
b) Liste
os valores dos senos destes arcos em
ordem crescente.
20. Observe a figura abaixo e responda às perguntas. e) Ordenede modo decrescente os valores dos
cossenos destes arcos.
sen x
e
8
A
D COS X
38 Ciclo trigonométrico
21. (UFAC) O subconjunto A do intervalo [O, 2n], e) 161t
onde senx ~ O e cosx ~ O para todo x em A, é: 3
d) 191t
4
b) 274º
Módulo 6 1 Capítulo 16 39
24. Encontre o arco simétrico no 1º quadrante para e) 225º
obter seno e cosseno dos ângulos a seguir. E:s-
boce o ciclo trigonométrico para cada caso.
a) 150º
b) 135º
PRATICAR: 13 a 17
APROFUNDAR: 9 a 11
40 Ciclo trigonométrico
Tangente no ciclo trigonométrico
Assim como se pensou em facilitar os cálculos para obtenção do seno e do cosseno,
em que o raio do ciclo trigonométrico é unitário, pensou-se também em um terceiro
eixo para representar a tangente de modo a facilitar esse cálculo.
Para isso, traça-se um eixo vertical paralelo ao eixo dos senos de modo que ele passe
sobre a origem de medição - ponto A(1 , O) - como mostra a figura.
sen x
O A o
Observe a representação do triângulo retângulo OAT acima. Ao se aplicar a definição
de tangente sobre o ângulo o:, obtém-se:
c
tg o: = - ⇒ c = tg o:
1
tg a > 0
A
cosx cosx
tgn< O
, ''
,, '
No entanto, nem todo arco possui tangente. Ao prolongar o raio dos arcos de 90º
e 270º (e seus côngruos), eles não intersectam o eixo das tangentes. Dessa forma, a
tangente existe para todos os arcos trigonométricos, exceto para 90º, 270º e todos os
seus côngruos.
o
Módulo 6 1 Capítulo 16 41
Note, também, que o valor da tangente não se limita a valores
entre -1 e 1, como ocorre com os valores do seno e do cosseno. Por
Trigonometria periódica exemplo, tg 60º == J3 = 1, 73.
o
P quadrante, e efetuar uma volta
completa, no sentido positivo do ciclo
trigonométrico, observando a varia-
, 60º
ção do seno do arco com extremidade 1 A
em P. Durante o giro no 1g quadrante, o COS X
42 Ciclo trigonométrico
- ATIVIDADES
27. Determine: tg 80° + tg 280° + tg 100°
28• Calcul e o v alor d e - - - - - - - - - - .
a) tg 150º tg 80°
tg X
sen x
B
COS X
e) tg 930º
e
d) 161t
b)Determine o sinal da tangente em cada qua-
3 drante do ciclo trigonométrico.
Módulo 6 1 Capítulo 16 43
30. (EsPCEx-SP) O valor numérico da expressão sec ~
320
º - 2 . cos (
5
~n) + (tg 2 220º) é:
2
a)-1
b)O
1
C)-
2
d)1
g,
e)--
2
31. (Unicamp-SP) Na execução da cobertura de uma casa, optou-se pela construção de uma estrutura,
composta por barras de madeira, com o formato indicado na figura abaixo.
Desprezando a espessura das barras de madeira, e supondo que a = 15º, podemos dizer que
a)v = wcos(15º) eu= wse~(l 5º ).
w
b)v = wsen(15º) eu = tg(l 5º).
14
e) v = wsen(15º) eu= wtg(195º)
4 4
w wsen(165º)
d)v = (2cos(345º )) eu = 4
PRATICAR: 18 a 20
APROFUNDAR: 12 a 15
44 Ciclo trigonométrico
- ATIVIDADES complementares_ _ _~
PRATICAR Para realizar tal medida, são disponibiliza-
dos para os alunos uma trena (fita métrica)
1. (FGV-SP) Um edifício comercial tem 48 sa- e um teodolito. É realizado o seguinte pro-
cedimento: primeiro crava-se uma estaca
las, distribuídas em 8 andares, conforme
no ponto A a x metros da base do poste
indica a figura. O edifício foi feito em um
e mede-se o ângulo formado entre o topo
terreno cuja inclinação em relação à hori-
do poste e o solo, que é de 60º(sessenta
zontal mede a graus. A altura de cada sala
graus); em seguida, afastando-se 10 m (dez
é 3 m, a extensão 10 m, e a altura da pilas-
metros) em linha reta do ponto A e cravan-
tra de sustentação, que mantém o edifício do uma nova estaca no ponto B, mede-se
na horizontal, é 6 m. novamente o ângulo entre o topo do poste e
o solo, que é de 30º (trinta graus).
a sena cosa tg a A partir do procedimento descrito e da figu-
1
4º 0,0698 0,9976 0,0699 ra abaixo, é correto afirmar que a altura do
j 5º 0,0872 0,9962 0,0875 poste é de aproximadamente:
1 6º O, 1045 0,9945 O, 1051
1
7° O, 1219 0,9925 o, 1228
.1
8º O, 1392 0,9903 O, 1405
~
r==:::+:=:::ir:==+===+==E~~3m
30º
B>--- 10m- - <A,___ x - - <
Dados:
a) 4º a) 8,65 m
b)5º b)5 m
e) 6º e) 6,65 m
d)7º d)7,65 m
e) 8º e) 4m
2. (IFSC) Em urna aula prática, um professor 3. (PUC-MG) No momento em que sai de casa,
do curso técnico de edificações do campus André, que tem 1,80 m de altura AB, enxer-
Florianópolis do IFSC pede para que seus ga o topo de uma velha mangueira do sítio
alunos determinem a altura de um poste onde reside, sob um ângulo de 30º com a
que fica nas instalações da instituição, po- horizontal. Após caminhar 8 m em direção
rém há uma impossibilidade para se chegar a essa árvore, ele vê o topo da mesma sob
tanto ao topo do poste, bem como sua base. um ângulo de 60º.
Módulo 6 1 Capítulo 16 45
Se necessário, use J3 = 1, 73. 7. (UFSCar-SP) Se o ponteiro dos minutos de
p um relógio mede 12 centímetros, o número
que melhor aproxima a distância em centí-
metros percorrida por sua extremidade em
20 minutos é:
(Considere 1t = 3, 14.)
A_.- -- -- ---- -- - -------, -- ------ - -- ---- --
' a) 37,7 cm
B e M b)25,1 cm
e) 20 cm
Com base nessas informações, pode-se es-
d) 12 cm
timar que a altura MP dessa mangueira, em
e) 3,14 cm
metros, é aproximadamente igual a:
a) 6,45 e) 7,94 8. (PUC-RS) O Museu de Ciências e Tecnolo-
b)7,38 d)8,72 gia (MCT) da Pontifícia Universidade Ca-
tólica do Rio Grande do Sul é reconhecido,
4. Um professor desenhou uma circunferência até mesmo fora do país, por sua qualidade,
e um ângulo partindo de seu centro. Pro- motivo pelo qual ele é visitado por pessoas
ponha uma maneira de determinar se este de todas as idades que ali têm oportunida-
ângulo é maior, menor ou igual a 1 radiano, de não só de aumentar seus conhecimentos
utilizando apenas barbante. como também de usufruir de momentos di-
vertidos e prazerosos.
5. Faça estas conversões.
a) 12º para radianos
b)75º para radianos
e) 45º para radianos
1t
d)- rad para graus
5
e) 2 rad para graus
46 Ciclo trigonométrico
9. Determine qual é a medida do arco trigono- 10. Determine um arco trigonométrico, medido
métrico entre Oº e 360º com extremidades em graus entre Oº e 360º , que coincida com
nos pontos A e P em cada caso. cada um destes arcos.
a) a) 1704º
b)722º
c)-10º
2rc
d)-3
e) 17rc
4
9rc
d)-rad
5
e) 2rc rad
Módulo 6 1 Capítulo 16 47
Considere o ciclo trigonométrico com os arcos marcados a seguir para resolver as atividades
13 e 14.
sen x
E
D
e
B
- - - + - - - - - - + - - - ~:-
A cos X
14. Qual é a ordem crescente dos valores de sen ÁB, cos ÁB, sen AC, cos 'ÃC?
sen x
170º
COS X
Ângulo Oº 10° 20° 30º 40° 50° 60° 70º 80° 90°
Seno 0, 00 O, 17 0,34 0,50 0,64 0,77 0,87 0,94 0,98 1,00
Cosseno 1,00 0,98 0,94 0,87 0, 77 0,64 0,50 0, 34 O, 17 0,00
48 Ciclo trigonométrico
16. O valor de cos 2400º é igual ao valor de: 19. Nesta figura, a circunferência tem raio uni-
tário e os eixos verticais são paralelos entre
a)cos 45º
si e perpendiculares ao eixo horizontal. A
b)-sen 60º medida x do segmento destacado é:
e) sen 60º
d)-cos 60º
e) cos 60º
sen x tg X
O a
p -------- y
1
1
1
1 B
COS X
a)OQ
b)AB
c)PQ
Módulo 6 1 Capítulo 16 49
APROFUNDAR arco de 90º no céu, construiu-se um relógio de
Sol tomando-se por base uma estaca perpendi-
1. (UFU-MG) Os programas de edição de ima- cular ao chão, com 1 metro de altura, e algumas
gens possuem a ferramenta RECORTAR, marcações sobre o segmento RS (chão), corres-
que permite delimitar e recortar uma área pondentes às horas inteiras entre as 6 h e as
retangular de uma imagem digital (figura, 12 h. Os pontos R, S e o ponto do horizonte
foto etc.). Para delimitar a área a ser recor- onde o Sol nasce estão alinhados.
tada, é construído um retângulo com lados
90°
paralelos às laterais da imagem; em segui-
da, esse retângulo é rotacionado em tomo
de seu centro, transladado e redimensiona-
do, de acordo com a necessidade. A figura a
seguir ilustra a delimitação de uma área R1,
a ser recortada de uma imagem retangular R o
delimitada por R2. Os retângulos R1 e R2
que delimitam, respectivamente, essa área 2. Quando o Sol percorre um ângulo ex sobre o
e a imagem são semelhantes, e dois vérti- arco que descreve no céu, a que distância
ces de R1 estão nos lados de R2. d do ponto R deve ser feita a marcação da
hora?
a) d= sencx
b) d = tgcx
e) d= seccx
R,
d)d = COS<X
e) d= cotgcx
50 Ciclo trigonométrico
4. (UFSCar-SP) Uma pizza circular será fatiada, a partir do seu centro, em setores circulares. Se
o arco de cada setor medir 0,8 radiano, obtém-se um número máximo N de fatias idênticas,
sobrando, no final, uma fatia menor, que é indicada na figura por fatia N + 1.
Considerando 1t = 3,14, o arco da fatia N + 1, em radiano, é:
fatia 2
fatia N
5. (Unesp-SP) A figura representa duas raias de uma pista de atletismo plana. Fábio (F) e André
(A) vão apostar uma corrida nessa pista, cada um correndo em uma das raias. Fábio largará à
distância FB da linha de partida para que seu percurso total, de F até a chegada em C', tenha o
mesmo comprimento do que o percurso total de André, que irá de A até D'.
A raia de André
linha de fora de escala
partida
B raia de Fábio e
Considere os dados:
• ABCD e A'B'C'D' são retângulos.
• B', A' e E estão alinhados.
• C, D e E estão alinhados.
• ÃTI e B'C são arcos de circunferências de centro E.
Sabendo que AB = 10 m, BC = 98 m, ED = 30 m, ED'= 34 me a = 72°, calcule o comprimento da
pista de A até D' e, em seguida, calcule a distância FB. Adote nos cálculos finais 1t = 3.
Módulo 6 1 Capítulo 16 51
6. Três amigos vão fazer uma caminhada em 02) Se a esfera começa na posição 1, com
tomo de um parque circular e não cami- dois movimentos, o ângulo do maior arco
nham juntos. Ao final da caminhada, o pri- compreendido entre a posição 1 e a posi-
meiro diz: ção final, em relação ao centro do disco,
6
- Dei três voltas. em rad'1anos, med e s· 1t
b) 16 1t 7
7. (UEM-PR) Um brinquedo eletrônico tem um e)-rc
6 3
disco de 10 cm de raio, e esse disco possui
5 pontos igualmente distribuídos em seu 24
bordo e numerados de 1 a 5 no sentido ho-
e) ii rc
rário. Uma esfera magnética movimenta-se
9. (IBMEC) A sequência
na borda desse disco. Quando posicionada
em um ponto de número ímpar, movimenta-
-se para o próximo número, em sentido ho-
( cos( T). cos( ; } cos( ; } cos( : } ...,
rário; e quando posicionada em um ponto
de número par, movimenta-se dois núme- cos( : } ... , cos( 2 ; 08 ))
ros também em sentido horário. Em relação
ao exposto, assinale o que for correto. possui x termos maiores do que 0,6. Por-
tanto:
01) Se a esfera é inicialmente colocada 110
ponto de número 5, com 1 000 movi- a)x = 2008 d)X= 6
52 Ciclo trigonométrico
n
10. (ITA-SP) A soma I,cos(u+lm), para todo distância entre Ana e Luiz, considerando
o. E [O, 2n]. vale k-o o. = 45º e r = 4 m?
a) - cos(o.) quando n é par.
12. (FURG-RS) Na figura abaixo está sombrea-
b)- sen(u) quando n é ímpar.
da a região compreendida entre o segmen-
c) cos(u) quando n é ímpar. to OP, a circunferência de raio 1, centrada
d)sen(u) quando n é par. na origem, e o quadrado circunscrito a essa
circunferência. Os lados do quadrado são
e) zero quando n é ímpar.
paralelos aos eixos OX e OY. Considere que
11. (UFJF-MG) Em Juiz de Fora, há duas ave- o segmento OP forma um ângulo 8 com o
nidas principais: Avenida Itamar Franco e eixo OX. Quando O::;; 8::;; : a área A(8) está
Avenida Barão do Rio Branco. Suponha que
essas avenidas se cruzam perpendicular- representada na figura a seguir.
mente. y
João está no encontro das avenidas. Sua
irmã Ana está à distância r de João, numa
posição inicial I e não se encontra em ne-
p
nhuma das duas avenidas. Já seu irmão
Luiz parou na Avenida Itamar Franco, de
onde vê João e Ana sob um ângulo reto. 8
o X
Módulo 6 1 Capítulo 16 53
13. Ao analisar um ângulo mediante a circun- y
ferência trigonométrica, uma semirreta de
origem O forma um ângulo a com o eixo
horizontal. Nesse caso, a intersecção des-
sa semirreta com o eixo das tangentes de-
fine o ponto P e o segmento orientado BP A X
1t E
e) a=-+ k-21t
2
d) a = 1t + k · 21t
G e
k1t
e)a=-
2
A
14. (Furb-SC) Denomina-se ciclo trigonomé-
trico uma circunferência de raio unitário,
sobre a qual marcamos um ponto A (ori-
gem) e colocamos um sentido positivo de Determine a tangente dos números reais
percurso (anti-horário). associados aos vértices desse hexágono.
54 Ciclo trigonométrico
Razões trigonométricas no triângulo retângulo
• Com base no triângulo a seguir, temos as razões trigonométricas :
til e
(1)
~
a
b
__
=
,... a
B ~~----c----~A
Ciclo trigonométrico
• Circunferência de raio unitário centrada na origem de um plano cartesiano.
• Ao percorrer o ciclo trigonomét rico em sentido anti-horário, o arco recebe sinal positivo;
em sentido horário, recebe sinal negativo.
8(0, 1}
2• quadrante 1• quadrante
~©
C(- 1, O} o
3° quadrante 4" quadrante
1/ A(l , O)
e
D(0, -1 )
• Arcos côngruos são arcos representados por um mesmo ponto no ciclo trigonométrico.
Para encontrar na primeira volta o côngruo dos ângulos maiores que 360º ou menores
que - 360º , divide-se o valor deles por 360º e atribui-se ao resto dessa divisão o arco
correspondente ao ângulo considerado.
Módulo 6 1 Capítulo 16 55
• Simetria dos arcos
Em graus: Em radianos:
Consequência: a partir de um ponto no 1° quadrante (a, b), todos os pontos simétricos apre-
sentam as mesmas coordenadas em módulo, bastando analisar os seus sinais de acordo com
o quadrante correspondente.
sen x
sen x tg X
56 Ciclo trigonométrico
Ângulos notáveis no ciclo trigonométrico
tg X
/ ✓3
sen x I
60º = .!!. rad
.!!. rad
/I 3
45º = .!!. rad
4
2 30º = !:. rad
6
~
3
rad= 120°
,lf;'-- ---t-
k4 rad = 135º ~ -+---z--
330º= .!.!.:t_rad
6
315º = l1t rad
4
-1 300º = Sx rad
270º 3
k rad \
2
\ _,5
sen x > O sen x > O COS X< 0 C0S X> 0 tg X< 0 tg X> 0
Módulo 6 1 Capítulo 16 57
Gabarito
- ATIVIDADES 16. B
1. a) 2 · cossec u 17. D
b) cossec u + 3 · sec u
18. E
c) (cossec u)(sec u)
19. A 1 : sen x =0,50; cos x =0,88
2. B
A2 : sen x =0,88; cos x =0,50
3. 18 cm A3 : sen x =0,70; cos x =-0,70
4. DA = sen (u + ~) 20. a) AB e ÁE
5. C b) sen ÁE, sen ÃD, sen AB, sen ÃC
9. a) 0,087 rad
b) 0,017 rad
c) 0,031 rad
(OS X
10. A
11. a) 3 200 km
b) 4022 km
11n
c) min
6
d) Determinar a volta do ônibus, de acordo com o ho-
rário.
58 Ciclo trigonométrico
ENEM
c) sen 225º = -
J2 · cos 225º = - -J2
-
2 ' 2 E
PRATICAR
1. C
COS X 2. A
3. D
4. Resposta pessoal.
7t
5. a) rad
15
25. C 51t
b) - rad
12
26. C 7t
c) - rad
4
27. a) -
J3
3 d) 36º
b) 1 e) = 114,6º
f) 75°
c) J3
3
6. ex, ~. À.
d)J3
7. B
28. -1
8. C
29. a) sen x tg X
9. a) 45º
b) 130º
c) 150º
d) 160º
19 e 10. a) 264º
B b) 2º
tg B cos X c) 350º
e d) 240º
e) 45º
11.D
tg D
12. A
~ D lt D
31. C 17. E
Módulo 6 1 Capítulo 16 59
18.a) OQ =cosa 6. a) O terceiro amigo.
b) AB = tg a b) 4501t m
c) PQ =sena
7. 26 (02 + 08 + 16)
19. B
a. e
J3 · y = -1 · med(AB)=-
20. x = - -
- J3 · tg 150° = - -J3
2 ' 2' 3 ' 3
9.B
10. E
60 Ciclo trigonométrico
Ângu1o (º) eno osseno Tangent e Ângulo(º) Cosseno Tangente
Módulo 6 1 Capítulo 16 61
Tabela de razões trigonométricas
62 Ciclo trigonométrico
O>
w
Anotações
O>
,i:,.
Anotações
111615553 1