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Fotos de capa:
Correio
Dúvidas e comentários dos leitores 6 Claire Jean,
Diego Meneghetti
e Willians Moraes
Grande Angular
Notícias e novidades 8
Tecnologia & Produto
Segurança de imagens sofre ameaça 12
SIMBIOSE FOTOGRÁFICA
Foto do Mês
Um clique especial do fotojornalismo 14 Claire Jean mistura o ser
humano com a natureza
Revele-se
Fotos dos leitores em destaque 16 e cria imagens incríveis
22
50
Portfólio do Leitor
As belas paisagens de Ruy Carvalho
Claire Jean
Willians Moraes
Teste exclusivo
Rebel EOS T6
Lição de Casa
Dicas para fotos com o ponto de vista de cima 74
Raio X
As fotos dos leitores comentadas 80
David Tesinsky
FilmMaker
Avaliamos o pequeno drone DJI Spark 86
OLHAR UNDERGROUND
O talento do checo David Tesinsky
Fique por Dentro
Exposições, concursos e cursos 94
Outubro 2017 • 3
CARTA AO LEITOR
F
Diretores:
Aydano Roriz
ora e e e e e tat a e re ente l e ta a eu abr n o a r e ra
Luiz Siqueira e o o Vivência com Fotografe ao la o e Fernan o tron oor e-
Tânia Roriz
na or o ur o u er ore e Fotogra a o ena Fo o r e ro
Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz gran e e ento a re ta olta o e lu a ente ara a nante e on-
Diretor Executivo: Luiz Siqueira
Diretor Editorial e Jornalista Responsável:
a o o atro na or e o a o a ore o a no e no e e
Roberto Araújo – MTb.10.766 – araujo@europanet.com.br e o a fotogra a bra le ra e lara ante e olhare atento no au t r o
o entro e on en e o ena a u e anto aro e o aulo
REDAÇÃO re en a re on ab l a e ara n e ara ele
Diretor de Redação: Sérgio Branco (branco@europanet.com.br)
O to o Vivência com Fotografe fo e nfor al a e u a o u a
Editor-contribuinte: Mário Fittipaldi ro a e o o le tor o o e e t e o re eben o a go e a a
Repórteres: Livia Capeli e Juliana Melguiso (estagiária)
Editora de arte: Izabel Donaire or o e e o r n o a o ta o na e a o ue abe fa ao o e to-
Revisão de texto: Denise Camargo o o on a o art ara e erfor an e fotogr a ante o bl -
Colaborador especial: Diego Meneghetti
Colaboraram nesta edição: Guilherme Mota, Laurent Guerinaud, o ergunta o a a a to o n tante e era re on a urante a a re-
Mário Bock (fotos) e Tales Azzi enta e O no o a or l ta or no entanto fo o te o a a u ro-
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Diretor Comercial: Mauricio Dias (11) 3038-5093
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São Paulo
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Elisangela Xavier, Ligia Caetano, Renato Perón e Roberta Barricelli e e a lane ar o Vivência com Fotografe 2018 ara ue o r e ro
Criação: Adriano Severo – (11) 3038-5067
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or e e lo ue aluno o a harela o e Fotogra a u e e art ar
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Rio Grande do Sul: Semente Associados – (51) 8146-1010
Santa Catarina: MC Representações – (48) 9983-2515 ue a atua o o aluno Fel e o o on a na a re enta o e u ano an -
Outros estados: Mauricio Dias – (11) 3038-5093 an fo ag el outra e ena e aluno e ta a no bl o o o on-
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Desafio Fotografe
E ntre o ia 2 e ago to a
e ete ro e 2 foi re-
ali a o o Desafio Fotografe o o
tre o ara e a gaiola e fi algu-
a foto ra i a ente
viei a ue o tra o a a o o
ue en-
utu ro 2 •7
GRANDE ANGULAR
notícias e novidades
e ro ução
Reprodução do site do profissional americano Daniel C. Britt, que teve parte de suas imagens roubadas pelo falso fotógrafo
acesse: http://bit.ly/2xWm2ZX.
er e
utu ro 2 •9
GRANDE ANGULAR
i en o a tore
Novo IMS da Paulista abre com
exposição dedicada a São Paulo
P ara ele rar a inauguração o novo n titu-
to Moreira alle M na veni a auli ta a
o tra ão aulo tr en aio vi uai a re en-
ta u a ho enage a ital auli ta e o ição
re gata a e n ia o er onagen a i a e o
fotografia feita a artir e 2 o o a e Mili-
tão ugu to e eve o hegan o at o ulo 2 Imagem de Vicenzo Pastore que faz parte da exposição
o a i agen e Mauro e tiffe entre outro
intuito a o ra o trar a gran e l u uer ue enri allot an unther Flieg u
tran for aç e a i a e ao longo e ai e i e e lau ia u ar o tra gratuita e fi ar
ano or eio a lente e fot grafo o o i en o e arta at ulho e 2 e terça a o ingo a
a tore il egar o enthal ho a Far a li e h 2 h no n tituto Moreira alle na v auli ta
rill io a on ello ri tiano Ma aro hi o 2 3 ela i ta e ão aulo
Mar el autherot
entre outros, fazem parte da mostra.
O objetivo da exposição é trazer a
pluralidade do acervo para os olhos
Completamente sem rou- do público, reunindo outras formas de
pas, cerca de 115 ho- apresentação da imagem, como em li-
mens e mulheres (veja acima) vros, filmes, instalações, pinturas e até MAR até o dia 10 de julho de 2018 e po-
posaram na Praça do Museu Na- mesmo performances, mostrando co- derá ser visitado gratuitamente de ter-
cional da República, no coração mo a fotografia sempre está presente. ça a domingo, das 10h às 17h, na Praça
de Brasília (DF), para as lentes do Feito Poeira ao Vento ficará em cartaz no Mauá, 5, centro do Rio de Janeiro.
fotógrafo Kazuo Okubo, que tem
43 anos de carreira e é reconhe-
cido por suas obras sensíveis en- BALLEN NA CAIXA CULTURAL DE BRASÍLIA
D
volvendo o nu artístico. o urreal ao grote o oger al- ati a a e Transfigurações te o ra
A ideia do nu coletivo foi uma len e re u ou a e tranhe a na ai re ente ue fi era arte a o -
maneira de contrariar o panorama o o ição e ua i agen o o e tra e 2 5 no M e ão aulo
retrógrado da capital federal. Ser- er vi to na o tra o fot grafo a eri a- Divi i a e rie e lora te a e g ne-
viu ainda como manifesto em fa- no ue vive na fri a o ul ue e t e ro ue ara teri a a i agen o ar-
vor do artista paranaense Maikon arta na ai a ultural e ra lia DF ti ta or ua urreali a e ão fotogra-
Kempinski, detido pela Polícia Mi- fia ue e la reali a e e fi ção o u-
oger allen
litar no dia 15 de junho de 2017 O real com o olhar ental e teatral e rin i al ente auto-
enquanto fazia uma performance surreal de Roger Ballen e o erta e auto o reen ão na ai
de nu artístico no mesmo local. A iferente ituaç e
sessão de fotos a céu aberto tam- e o ição e oger allen gratui-
bém foi pensada para reafirmar o ta e o er er vi ta at o ia e ee -
corpo humano como ferramenta ro e 2 e terça a o ingo a h
de manifestação artística e cultural. 2 h no e aço ai a ultural e ra lia
ua ra ote 3 a ul
A agência Shutterstock criou um sistema que distorce aleatoriamente a marca d’água para dificultar a sua remoção por softwares
A
egurança e ilh e e i a- e ria a an li e e ai e u a en- neira nova e fa lo
gen e or on e u n ia o tena e i agen ara ue o a rão e olução in i a a elo e ui-
ireito e o right e fot gra- a li ação e a e o ifi a o a a a ore on i te e riar u i te-
fo o un o inteiro o e e tar o artir a a re oção e a re tauração a e a li ação e ar a gua
ri o ienti ta o oogle e on tra- o original feita o gran e re i ão ue não iga a r e eter ina o
ra ue u algorit o o e fa il en- i ao eno at agora a ena o a inho ue foi a ota o ela hut-
te re over a ar a gua e ervi- gran e an o e i agen o e ter to ara roteger o ai e
ço e an o e i agen u a a a- er afeta o ão ou o a ett 5 ilh e e i agen o a ervo
ra i e ir o u o in evi o re tauran- age re re enta ai e 25 il fo- De envolve o u a te nologia e
o a fotografia original falha foi e- t grafo e to o o un o ar a gua inteligente a ea a na
on tra a urante o ongre o ien- egun o o oogle o rin i ai uge tão a oogle ue re i tente
t fi o i ão o uta ional e e- erviço e an o e i agen un- a ual uer te nologia e re onhe i-
onhe i ento e a r e ela ini- iai tivera a e o e ui a ue ento e a r e oi ão a li a a
iai e ingl reali a o no ava no ta ro oluç e ara au- or u ran o i a or afir a ro -
e ulho e 2 entar a egurança egun o Mar- e olução ue nun a ria ua
egun o o e ui a ore a- tin ro e a hutter to a ar a i nti a e t i le en-
li De el Mi hael u in tein e iu e e re a foi notifi a a ante e o o- ta a infor a ele
Foto oletivo
o rigo ai
Crônica da noite paulistana
U
a ena in lita na noite auli - e orar e e oi a o ela i a e o fo o era o rir hard news o in e-
tana a ta a elo fot grafo o- ara fotografar onta e e ia re- en n ia e o filtro e e ição o
rigo ai 2 ano o olve o e er a ua ugu ta e i- gran e ve ulo e o uni ação o e
Foto oletivo a Foto o M e ta reção raça oo evelt na região en- o oletivo onta o ete e ro e
e ição i age regi tra a or vol- tral a i a e uan o vi o ara a - e ta o envere an o or u a foto-
ta a hora a anhã e frente a o na ar eta relata grafia ai o u ental uere o re-
u a oate na ua ugu ta na região foto foi feita o u a i on velar hi t ria a i a e i
onhe i a o o ai o ugu ta o - D3 velha e guerra na ala-
tra u ou o o outro la o a i a- vra o r rio ai o u a lente
e ue o aior entro finan eiro o 2 un a u o fla h a e ar A seção Foto do Mês é uma parceria
a ue e revela o ente e oi ue o li ita o e a era avi a entre Fotografe e a Arfoc-SP e
a noite ai ai o ugu ta onhe i o e li an o ue o ru o re ultante a ocorre por meio do Instagram da Arfoc-
onto o io e a i a e i agen noturna não hega a in o- SP (#arfocsp). A ideia é escolher uma foto
de destaque a cada mês para publicação
ai onta ue a ena foi u tanto o ar e vi a elhor o ue na revista, contando a sua história, ou seja,
ine era a le havia a a a o e o rir não fotografar on era o autor é entrevistado para relatar como
u rote to ol ti o na veni a auli - ai o eçou a fotografar ao captou a imagem. A participação é aberta
ta olo a i a e e al o referi o ano e ao tornou e foto ornali ta a fotojornalistas de todo o Brasil e as
ara anife taç e e to o ti o e en- a an o a o rir rote to na ran e fotos devem ser atuais, e não de acervos.
ontrou e o o a igo ar iel arva- ão aulo e n logo e ro e o A única restrição é que o participante
seja um repórter fotográfico profissional,
lho olega o e outra e o- Fotogr fi o elo ena foi ao la- contratado ou freelancer. As imagens
a e u ar na ro i i a e o o foto ornali ta ar iel arvalho devem ser enviadas para #arfocsp e
o tu a o no reunir a o tra a- e r io ei eira u o fun a ore #fotografemelhor. Para saber mais sobre a
lho ara fa er u alanço o ia e o- o Foto oletivo e 2 3 o - Arfoc-SP acesse http://bit.ly/2fvPSAo.
BALAS ACHADAS
en rio e viol n ia u a on tante a or eio a i agen ue on tr i Foi a -
na vi a e uita riança ue ora i ue ele fotografou e te enino na o uni-
e algu a o uni a e o io e aneiro a e a Mangueira to an o ui a o ara en-
Durante a rotina e tra alho o o foto- ua rar e ri eiro lano a ula a ha-
ornali ta u iano elfor ro ura e envol- a no hão e ue erve e rin ue o e e
ver retrato riativo a rofun an o u a r ti- ortar inten ional ente o ro to a riança
CARRUAGEM DE FOGO
rote to ão u rato heio a- ha a e fe a foto egui a houve
ra o foto ornali ta Feli e Malava- u a e lo ão Feli e on eguiu air ile o
i Durante u a anife tação e 2 o e tilhaço a a a ou en o atingi-
ele avi tou e te arro e ha a e aiu o no eito or u a ala e orra ha Foi
etr o e u o e u gru o e la- u a lição ura ente a ren i a le on-
lo ara fa er o li ue Me o o ta ue re onhe e o ri o o foto orna-
o alerta e olega foto ornali ta o re li o or a vonta e e ter u a foto
o ri o hegou e erto o arro e in r vel o fa eguir e frente
ete ro 2 • 17
REVELE-SE
ete ro 2 • 19
REVELE-SE
arvalho
Fotos: u
Farol da Praia de Galinhos (RN) fotografado com velocidade de 1/5s com abertura f/8, ISO 160 e lente 16-35 mm
UM OLHAR PARA
paisagens POR MÁRIO FITTIPALDI
F
otografia noturna e e ai a- naturai e ar uitet ni a o ta o na
Fotógrafo radicado gen a ai ão o a voga o e fo- alavra e u ue não rofi ional
em João Pessoa t grafo ergi ano u arvalho e ara reali ar e e ro eto ele er-
3 ano le er orreu oa ar- orreu a rin i ai raia o litoral a-
volta suas lentes te o ra il ara o u entar u- rai ano e e a a ital at a na i-
para retratar a lo ali a e referi a e e e vi a o erna u o a an o or a-
cenas com 2 3 uan o e ra i ou e oão e oa e o e ai Mateu e a a eira io
ve e e enhan o e u ro eto o a re o onto ai alto a ara a e
sensibilidade e e oal Paraíba em Belas Artes o no e o ar ue ta ual a e ra a o a na
personalidade rovi rio o etivo o trar a ele a ivi a o o io ran e o orte
utu ro 2 • 23
PORTFÓLIO DO LEITOR
mostre seu trabalho
Ao lado, marina na Praia do Jacaré,
em Cabedelo (PB), com longa
exposição de 185s, f/7.1 e ISO 50
Q
uando um casal de noivos de- buscar um lugar que tenha algo a ver
cide fazer um ensaio pré-we- com o história de vida deles: a rua on-
dding, vem sempre a dúvida de de moram, o local do primeiro encon-
onde realizar o registro. Muitos tro ou onde o pedido de casamento foi
querem um lugar encantador, feito… Aí vem o desafio do fotógrafo –
de preferência ao ar livre, em que, se for criativo, vai conseguir ex-
uma locação que fuja do tradicional. trair os melhores registros de cená-
Entretanto, para quem vive em gran- rios nem sempre bacanas.
des cidades como São Paulo, Brasília, Muitas das imagens feitas por
Belo Horizonte e Curitiba, o acesso a Willians, que estão no portfólio de-
praias ou refúgios ecológicos dificulta le de street wedding, foram compos-
o trabalho do fotógrafo. E por que não tas a partir de novas perspectivas em
fotografar nos centros urbanos? Isso avenidas famosas, vielinhas charmo-
é uma antiga tradição na Europa, nos sas e até no tumultuado metrô da ca-
Estados Unidos e no Japão, mas ainda pital paulista. É dessa forma que ele
pouco difundida no Brasil. consegue retratos únicos, que bus-
Especialista em fotografia de casa- cam traduzir a essência do universo
mento, o paulistano Willians Moraes, de cada casal. O especialista mostra
40 anos, professor do Instituto Inter- aqui como é possível obter imagens
nacional de Fotografia, diz que a maio- para um book de casamento nas ruas
ria dos casais se esquece de que o es- de uma metrópole de maneira criati-
sencial na hora de realizar um book é va. Acompanhe as dicas.
Noivos fotografados em
frente ao pavilhão da OCa,
no parque do ibirapuera:
o desafio foi usar um flash
Canon 580 eX atrás do casal
para iluminar a cena, além
de rapidez e discrição
outubro 2017 • 31
icaS ProFiSSionaiS
NO MEIO DA RUA O primeiro ponto é começar que- bairro para outro. O ponto é que o fo-
Cidades grandes têm muitos lu- brando o paradigma de que as me- tógrafo precisa aprender a perceber
gares interessantes que a maioria trópoles são frias e feias. A cidade de e assumir o que tem para trabalhar.
das pessoas se esquecem de con- São Paulo, por exemplo, pode ser ro- “Os fotógrafos mexicanos sa-
templar na correria do dia a dia. Pa- mântica. Mas tudo vai depender da bem se apropriar muito bem da cul-
ra se tornar um fotógrafo de street visão do fotógrafo. É um lugar mui- tura deles colocando tudo isso nu-
wedding book é necessário, segun- to rico em cenários para produzir en- ma imagem. Já uma parte dos pro-
do Willians, olhar para a cidade com saios: tem arquitetura, iluminação e fissionais brasileiros tem dificuldade
mais atenção e carinho. paisagem que varia de estilo de um de assumir a cultura local. Querem
fugir de sua origem e fotografar só o gla- ensaio na cidade, Willians Moraes realiza No alto, registro feito
mour. O segredo está em se apoderar da algumas reuniões e entrevistas com os noi- na região de Pinheiros;
selva de pedra e enxergar a beleza no con- vos e elabora uma pauta para melhor exe- acima, uma vitrine
da Rua Oscar Freire
creto. Para mim não existe locação ruim, cução do ensaio. Esse é o ponto de parti- serviu como cenário
e sim a percepção ruim de uma locação”, da para traçar o roteiro dos lugares que po- para a foto
afirma o especialista. dem servir de cenário para a sessão.
O segundo ponto de sucesso desse tipo Perguntas como: onde se conhece-
de trabalho é fazer sempre a ligação com o ram, profissão de cada um, tipo de música
perfil do casal. Antes de decidir o local do de que gostam, lugares onde costumam
outubro 2017 • 33
icaS ProFiSSionaiS
A RUA E A LEI
Apesar de muitos espaços serem
públicos, fotógrafos acabam esbar-
rando vez ou outra com a burocra-
cia na hora dos cliques. Antes de sair
para a sessão, é importante procurar
saber se o local escolhido necessita
de autorização, pagamento de taxa
ou agendamento prévio. É de respon-
sabilidade tanto do fotógrafo e quan-
to dos noivos entrar em contato com
o local para tirar todas as dúvidas so-
bre a possibilidade de acesso.
Vale lembrar que o trabalho de
fotografia jamais deve prejudicar o
uso de uma área pública. Normal-
mente, em pontos turísticos é permi-
tido usar a câmera. Mas nem sem-
outubro 2017 • 35
icaS ProFiSSionaiS
Fotos: Willians Moraes
O fotógrafo aproveitou a contraluz em uma praça do bairro boêmio da Vila Madalena, na capital paulista, para fazer a foto
Estados Unidos, França e Uruguai) teiro planejado dos locais que pre-
e está no mercado de fotografia de tende fotografar são dicas impor-
casamentos desde 2006. Foi premiado
internacionalmente três vezes pela
tantes para colocar em prática.
ISPWP (International Society of Para Willians, o fotógrafo que
Professional Wedding Photographers) pretende trabalhar com esse tipo
nos anos 2009, 2010 e 2011. Já foi de ensaio precisa ter consciência
palestrante em grandes eventos de
fotografia em São Paulo e é professor de que não dá para fazer uma ses-
de Fotografia Social na Escola são repleta de fotos mirabolantes, já
Willians Panamericana de Artes e Design e no que está usando um espaço públi-
mostra Instituto Internacional de Fotografia
o resultado
co. O mais importante é colocar nas
(IIF). Para saber mais, acesse
para os noivos www.williansmoraes.com.br. imagens a história do casal. O lugar
é apenas o plano de fundo.
Ter o espaço público como pal- versatilidade na hora dos cliques, a campo desacompanhado de um
co também contribui para uma dire- ela não é tão chamativa. O ajuste assistente, que, além de proporcio-
ção de cena mais desembaraçada. de sensibilidades de ISO mais altas nar agilidade na hora de fazer a tro-
“Os pedestres gostam de parar pa- (acima de 1.250) é mais um recurso ca de uma lente ou cartão de memó-
ra ver o que está acontecendo, ficam usado por ele para ambientes mais ria, deve ficar atento ao que está se
emocionados com a cena, e isso cria fechados e escuros, sendo uma al- passando ao redor do set.
certa leveza nas fotos. O casal aca- ternativa ao uso de flash. Outra orientação do especialis-
ba se descontraindo porque está na- ta é trocar a alça original da câme-
quele lugar que faz parte da história SEGURO LÁ FORA ra por uma correia sem a marca do
de vida deles. Isso tudo é uma car- Se por um lado as cidades po- fabricante. Segundo ele, a pessoa
ga positiva e reflete em expressões dem servir como um belo palco pa- mal-intencionada pode classificar o
mais genuínas”, afirma o fotógrafo. ra fotos de noivos, por outro estão equipamento pelo logotipo. Trocar
Willians já fez street wedding em cada vez mais perigosas. A questão por algo genérico não é uma garan-
locais como Avenida Paulista, esta- de segurança é um item que mere- tia, mas pode gerar uma dúvida.
ções do metrô e bairro como Moo- ce muita atenção para quem vai co- Evitar sair de casa com todas as
ca, Pinheiros e Vila Madalena. Ele locar a câmera na rua. lentes na bolsa é outra boa medida.
usa uma Canon EOS 6D para as Willians, que soma mais de 50 Por último, optar por roupas con-
produções na cidade e costuma le- ensaios no portfólio, aconselha a fortáveis e discretas, que ajudem a
var também a objetiva Canon 16-35 contratação de um seguro do equi- passar um pouco mais despercebi-
mm f/2.8, pois, além de possibilitar pamento. Segunda dica é nunca sair do na multidão.
outubro 2017 • 37
Fotos: carlos Fairbairn
Vi a e Fot graFo
Acima, foto da Vila Láctea refletida no lago produzida com uma lente 24-70 mm a partir de duas exposições sequenciais, uma
para o céu e outra para a paisagem; na pág. ao lado, uma imagem composta pelo mosaico de três fotos verticais com uma
lente de 135 mm (nela, foi usada o aparelho montagem equatorial e usada a técnica de empilhamento para reduzir o ruído)
F
Por JULIANA MELGUISO
azer imagens de galáxias com milhões de rém apenas em 2015 começou a se dedicar se-
anos-luz de distância da Terra, nebulosas riamente a unir essas duas paixões.
coloridas e fenômenos cósmicos é consi- “A astronomia foi um tema marcante des-
derado uma espécie de mágica para mui- de a minha infância. Os livros de Carl Sagan, co-
tas pessoas. Foi o francês Louis Daguer- mo Cosmos, sempre estavam presentes. Mas só
re, um dos inventores da fotografia, que em no final de 2014 é que despertei para a fotogra-
1839 registrou a primeira imagem de um cor- fia noturna. A primeira vez que estive diante de
po celeste, a Lua, dando início à prática conhe- um céu realmente escuro foi no início de 2015.
cida hoje como astrofotografia. É nesse segmen- Fui com dois amigos ao Parque Nacional de Ita-
to que o carioca Carlos “Kiko” Fairbairn come- tiaia. Meu equipamento era o mais simples pos-
çou a se destacar recentemente. Apaixonado pe- sível: tripé e máquina com uma lente cinquen-
lo céu e pelas estrelas desde jovem, a astrono- tinha. Fiquei muito impressionado com o que a
mia e a fotografia sempre o acompanharam. Po- câmera conseguiu captar, muito além do que
outubro 2017 • 41
Vi a e Fot graFo
Acima, galáxia de Andrômeda guir resultados ainda mais precisos imprescindível ter conhecimento só-
(à esq.) e galáxia Grande Nuvem é necessário utilizar um equipamen- lido de astronomia e saber selecio-
de Magalhães (à dir.), ambas to chamado montagem equatorial, nar os lugares para fazer as imagens.
captadas com lente de 200 mm
usado em telescópios. “Esse aces- A dica é procurar sempre locais com
sório acompanha a rotação da Terra. baixa poluição luminosa e aliar paisa-
meus olhos podiam ver ao vivo”, con- A montagem gira ao mesmo passo gens estelares fotogênicas à possibili-
ta o fotógrafo, que é formado em Ad- que o céu, fazendo com que a câmera dade de boas composições.
ministração de Empresas e pós-gra- acoplada a ela gire também”, explica. Ele conta que faz três tipos de ima-
duado em Gestão de Meio Ambiente, Segundo o fotógrafo, a configura- gens. A mais conhecida são as star-
área em que atua profissionalmente. ção do equipamento fica da seguinte trails, que mostram o movimento (ou
Kiko Fairbairn teve uma imagem forma: tripé, montagem equatorial, os rastros) das estrelas graças à ro-
que mostra a Via Láctea publicada pe- câmera e lente. Em termos práti- tação da Terra. Nelas, a câmera fica
lo site da Nasa como “Imagem astro- cos, a diferença do uso da montagem parada no tripé em longuíssimas ex-
nômica do dia” justamente no dia do equatorial é que, com ela, Fairbairn posições. Nesses casos, ele planeja a
eclipse solar, ocorrido no dia 20 de consegue tempos de exposição para composição durante o dia com a ajuda
agosto de 2017. A foto foi feita no De- além dos 150 segundos sem que as de uma bússola para facilitar o posi-
serto do Atacama, no Chile, um dos estrelas tracejem ou deixem rastros. cionamento da câmera. Nessa moda-
pontos mais privilegiados no plane- E isso usando uma tele de apenas 200 lidade, usa distâncias focais menores.
ta para observação astronômica. Is- mm. “Esse tempo de exposição ele- O segundo tipo são as fotos de céu
so deixou o brasileiro muito feliz, pois vado é fundamental para captar mais noturno com “objetos de marcação”
muita gente ao redor do mundo pôde informações dentro desse ambien- (constelações, nebulosas, galáxias, a
conhecer o trabalho dele. te de pouca luz”, explica ele. O que Via Láctea etc.). São as imagens que
Para obter imagens de estre- ele usa é bem acessível: uma DSLR mais agradam ao público em geral, diz
las e galáxias, o fotógrafo afirma que Canon EOS 6D e um jogo com cin- Kiko, e, por isso, são as mais usadas
não é preciso nada muito sofistica- co objetivas Canon: 14 mm, 50 mm, nas palestras que dá sobre o tema.
do: uma boa câmera, tripé simples e 24-70 mm, 100 mm e 200 mm. O terceiro são fotos que ele defi-
boas lentes já conseguem fazer fotos Kiko Fairbairn alerta que para ne como “objetos astronômicos isola-
surpreendentes. Mas para conse- conseguir boas fotos no segmento é dos”, nas quais ele usa distâncias fo-
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oLHar gLoBaL
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oLHar gLoBaL
IMERSÃO E CURIOSIDADE
Tesinsky diz que sua maior difi-
culdade é mesmo convencer seus
personagens a se deixar fotografar, já
que quase sempre documenta pes-
soas em situações íntimas, constran-
gedoras ou até mesmo ilegais. Mas
não é só: sempre que possível, ele
procura se envolver com o univer-
so que quer retratar. “Penso que só
conseguirei boas imagens se apren-
der um pouco de cada cultura, viven-
ciando-a e mudando a minha abor-
dagem à medida que a minha expe-
riência imersiva se amplia”, teoriza.
“Vivi isso durante a série com os jo-
também dos problemas da atualidade frentam uma árdua luta pela demo- vens revolucionários iranianos, mui-
ao redor do mundo”, explica. cracia. São o segmento mais reativo tas vezes me senti parte deles, como
Como exemplo, cita a sua série da sociedade iraniana e representam se tivesse nascido lá”, explica.
Children of Islam (Filhos do Islã, em tra- uma ameaça crescente e de longo pra- O fotógrafo conta que também se
dução livre), em que documentou o ati- zo ao regime teocrático”, avalia. “Esse envolveu muito com o povo e a cul-
vismo revolucionário de jovens irania- foi, talvez, meu trabalho mais difícil, já tura rastafári quando clicou a série
nos de Teerã, no Irã, em 2015. “Eles en- que o ativismo deles é ilegal e a aproxi- Jah People (Povo de Jah) em Kings-
ton e arredores, na Jamaica. Segun- tuo com a crença e as práticas desse plica, acrescentando que precisa ser
do ele, o fato de já ter forte identifica- grupo. Nesse caso, o que me move é alguém que conheça bastante o uni-
ção com o reggae, a dub music e a fi- apenas a curiosidade”, esclarece. verso que ele deseja fotografar e que,
losofia rasta ajudou muito a fazer os O trabalho sempre começa bem além disso, fale inglês. O trabalho é
contatos certos. “Há uma grande di- antes da viagem, com muita pesqui- difícil porque o fotógrafo está sem-
ferença entre aqueles que simples- sa. “Passo muito tempo procurando pre em busca de grupos ou situações
mente têm dreadlocks e os reais se- quem contatar em cada lugar”, ex- que não fazem parte do cotidiano da
guidores de Haile Selassie”, explica,
referindo-se ao controverso impera-
dor etíope considerado a reencarna-
ção de Jah (Deus) pelos seus segui-
dores. “Os rastafáris de verdade não
bebem, não fumam, não comem car-
ne e podem até ser carecas”, pontua.
Tesinsky ressalta, no entanto, que
nem sempre tem essa identificação
com as cenas que documenta, citan-
do como exemplo o documentário
Satan with us (Satã entre nós), quan-
do acompanhou rituais de uma sei-
ta satânica em Praga. “Não compac-
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oLHar gLoBaL
Sessão de exorcismo
em igreja ortodoxa
etíope, em Adis Abeba
maioria das pessoas comuns. “Mui- Before Night Falls (Antes que a noi- INÍCIO CONTURBADO
tas vezes, contato gente que simples- te caia), em Havana. “Ou então vou Tesinsky tinha 12 anos quando
mente não conhece o que eu quero atrás de algo que já está nas ruas, ganhou sua primeira câmera, uma
fotografar”, diz. Quando encontra o como favelas, prostitutas ou viciados, compacta de 6 megapixels. Mas, à
personagem certo, troca ideias on-li- e procuro contar a história daquelas época, estava muito mais interes-
ne, depois o encontra pessoalmente pessoas. Ainda assim é difícil, pois sado em praticar skate. “Só a usava
e acompanha seu dia a dia. Foi as- pode ser que não consiga identificar para zoar meus colegas de escola”,
sim com o transgênero Abi, na série uma narrativa se não souber nada brinca, acrescentando que demorou
sobre o universo que quero explorar.” alguns anos para encontrar um sen-
Como é fácil imaginar, Tesinsky tido mais nobre para a câmera, quan-
passa por alguns perrengues duran- do começou a estudar fotografia. No
te suas viagens. O maior deles foi na entanto, o encanto pela arte ainda te-
Etiópia, onde documentou sessões ria de esperar um pouco mais, já que
de exorcismo na igreja ortodoxa Ye- o então adolescente estava mais en-
ris Selassie, na periferia de Adis Abe- volvido com a música. “Participava de
ba, em 2014. Ele conta que multidões grupos de punk rock e só queria sa-
procuram o padre exorcista Memehir ber de tocar guitarra”, conta.
Girma Wendimu, que, aliás, cobra A fotografia entrou realmente
bem caro por cada sessão. “São pes- em sua vida aos 20 anos, depois que
soas em grande sofrimento”, compa- abandonou a graduação em Praga e
dece-se. Além das cenas fortes, qua- resolveu correr o mundo. Foi primei-
se perdeu tudo o que tinha. “Eu volta- ro aos Estados Unidos e, em seguida,
va uma noite de um bar acompanha- começou a viajar por países asiáticos,
do de meu contato na cidade quando produzindo várias séries de fotos no
surpreendemos um amigo, que es- Nepal, no Camboja, na Tailândia e no
tivera conosco havia pouco, mexen- Japão. “Fiz essas viagens com quase
do nas minhas malas depois de ter nenhum dinheiro, cheguei até a dor-
arrombado a porta e invadido a ca- mir em parques”, conta.
sa onde eu estava”, recorda-se. “Eles Hoje Tesinsky vive em Praga co-
brigaram de uma maneira muito vio- mo fotógrafo freelancer. Usa uma
O fotógrafo checo David Tesinsky: lenta, fiquei receoso. Felizmente tudo DSLR Canon 5D Mark III, equipada na
gosto pelos contrastes do cotidiano acabou bem”, alivia-se. maioria das vezes com uma lente 24-
Americana chora na calçada em Praga ao saber da eleição de Trump e é consolada por amiga: busca por cenas da cidade
70 mm f/2.8. Também leva na bolsa de suas imagens preferidas foi obti- Tesinsky acredita no poder da fo-
uma grande angular. da assim, na saída de um bar em Pra- tografia de melhorar o mundo, e essa
Já publicou nos principais jor- ga, onde havia ido acompanhar a apu- é a sua grande motivação. Entre seus
nais e revistas do mundo, entre eles ração das eleições para a presidên- novos projetos, a visita ao Brasil es-
no norte-americano The Huffington cia dos Estados Unidos, em 2016, em tá nos planos, provavelmente já pa-
Post, no inglês Daily Mail, no francês busca de personagens e cenas. Pas- ra o final de 2017, embora ele ainda
Le Monde e no italiano La Repubblica, sou a noite toda lá até que Donald não tenha ideia do que pretende cli-
além das revistas Paris Match, fran- Trump fosse anunciado presidente e, car. Isso não chega a ser um proble-
cesa, e Reporter Magazine, da Repú- como nada aconteceu, resolveu ir em- ma. Considerando-se o perfil de Te-
blica Checa. bora. “A cena que eu queria estava do sinsky, certamente não faltarão te-
lado de fora: uma garota americana mas e personagens por aqui.
CENAS CHECAS chorava sentada na caçada, enquan-
Tesinsky também retratou mui- to sua amiga a consolava, dizendo que
Mais sobre David Tesinsky em:
to do seu próprio país. São inúmeras não havia problema. Agora ambas vi- www.tesinskyphoto.com
séries, que contam um pouco da vi- viam na República Checa”, conta. www.facebook.com/DavidTesinskyOfficial/
da exótica de seus personagens – al-
guns obscuros, como os seguidores
de Satã, outros curiosos, como uma
cena da Parada Gay de Praga, e tam-
bém cenas de muita sensibilidade,
como os belos retratos em P&B de
Kveta, de 107 anos, a mulher mais
velha da República Checa.
São de sua terra natal, aliás, su-
as fotografias preferidas. A eleita veio
de uma série de 2016 sobre a vida de
artistas do circo JoJoo. Ele capturou
o diretor, Jaromir, atravessando cal-
mamente uma rua na cidade de Hra-
dec Králové (a 100 km de Praga) le-
vando seu tigre Tajga pela coleira.
O fotógrafo revela sua predileção
por street photo e fotografia cândida
– aquela tirada de momento, sem o
conhecimento do fotografado. Outra Kveta, de 107 anos, a mulher mais velha da República Checa: sensibilidade
outubro 2017 • 49
FotograFia Criativa
Uma simbiose
fotográfica
P
Por Livia CapeLi
A fotógrafa egue muita tinta, alguns corpos nus e Claire tem como proposta integrar os
francesa Claire uma porção de terra ou areia… Acres- corpos e a natureza numa simbiose foto-
cente à receita luz natural e cenários gráfica. Ela escolhe paisagens de diver-
Jean mistura como lagos, bosques e campos quei- sas regiões brasileiras para mandar o seu
elementos da mados e terá uma fotografia de nu ar- recado à civilização atual: é preciso deixar
tístico que vai além do conceito de ilu-
natureza para minação e sombra elaborados dentro de es-
de viver um pouco menos no mundo tec-
nológico e artificial para lembrar que o ser
criar imagens de túdios fechados. É com todos esses ingre- humano vem da natureza. A irrequieta fo-
pessoas comuns dientes que a fotógrafa Claire Jean, francesa tógrafa contou para Fotografe como cria
que adotou o Brasil desde 1980 como pátria, seus ensaios a partir de elementos sim-
usando uma produz ensaios com corpos humanos como ples e naturais, e como funciona esse pro-
estética própria forma de expressão e crítica. cesso criativo. Acompanhe.
claire ean
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FotograFia criatiVa
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FotograFia criatiVa
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FotograFia criatiVa
Acima, imagem que alerta contra a destruição da natureza; abaixo, a própria Claire Jean pinta uma modelo com tintura natural
BODY PAINTING
O trabalho de pintura corporal (ou
body painting, no termo em inglês e
como Claire gosta de usar) é o prin-
cipal elemento para compor os en-
saios. Ela lembra que a pintura cor-
poral é ancestral, está presente em
diversas culturas. No Brasil, vem dos
indígenas que pintam os corpos com
tinturas extraídas de árvores e frutos.
“O processo de preparação de tintas
produzidas pelos índios consiste em
ralar frutas e semente e depois mis-
turá-las com outros pigmentos, co-
mo o jenipapo e o urucum, para di-
versificar as cores”, diz ela.
Além de se basear na técnica de
andr azevedo
constante pesquisa para aprimorar a téc- ra encontrar o lugar perfeito para reali- Argila, urucum, jenipapo
nica, importando para seus experimentos zar a sessão e do custo que envolve equi- e pigmentos naturais
também pigmentos da Alemanha e dos pamento, viagens e materiais, a paixão de importados são os
materiais usados por
Estados Unidos. “Gosto de testar pigmen- Claire Jean pela arte de fotografar trans- ela para fazer a
tos com base de urucum e jenipapo. Além parece nos registros em que ela expressa pintura corporal
disso, tenho utilizado um pó colorido, fei- críticas, sentimentos e alertas.
to de farinha de arroz e corantes naturais,
que é comestível. Uso o pó para criar mo-
vimento em algumas cenas em que o mo-
delo pode jogar para o alto. Aprecio mui-
to produzir texturas nos corpos e a argila
ajuda com esse efeito”, explica Claire, que
disse ter aprendido a técnica de body pain-
ting estudando e praticando sozinha por
meio de livros e tutoriais na internet.
Dependendo do trabalho pretendido, a
fotógrafa demora entre meia e uma hora
para fazer a pintura corporal nos modelos.
Além de ser um trabalho que exige habi-
lidade com pintura, ela tem diante de si o
desafio de pintar uma tela que se mexe e
não é plana. Já o material usado para apli-
car os pigmentos pode variar: pincéis, es-
ponjas e até as próprias mãos.
Qualquer que seja a técnica usada,
apesar dos calos nos pés por causa das
longas trilhas, das horas necessárias pa-
outubro 2017 • 57
TESTE
DSLR
Com o corpo bastante
leve, a T6 tem uma
empunhadura
confortável e controles
à mão do fotógrafo
hetti
go Meneg
Canon Rebel T6 Fotos: ie
O
principal atrativo da EOS Rebel tratégia que a Canon adotou com a T6,
Montada no Brasil, T6 é o preço convidativo. Na lo- ao manter boa parte das especificações
a atual DSLR mais ja oficial da Canon, o kit com a da antecessora T5, de aprimorar alguns
acessível da Canon lente EF-S 18-55 mm f/3.5-5.6 aspectos e limitar certos recursos em
III sai por R$ 2,5 mil – no exte- favor do preço, mas sem prejudicar a ex-
tem sensor APS-C rior, esse valor cai para cerca periência oferecida ao fotógrafo.
de 18 MP, conexão de US$ 450. Montado em Manaus (AM), A Rebel T6 é equipada com um sen-
o modelo é uma das portas de entra- sor APS-C de 18 MP (de menor reso-
Wi-Fi embutida, grava da para o universo DSLR – categoria de lução do que o atual padrão da indús-
vídeos em full HD e câmera bem importante para os fabri- tria para a categoria, que é de 24 MP),
possibilita manuseio cantes, pois geralmente o fotógrafo ini- processador Digic 4+ (na Canon, a atu-
cia em modelos desse tipo e continua na al geração é a Digic 7), disparo contí-
bastante simples, marca quando deseja um equipamento nuo de 3 imagens por segundo e vi-
ideal para iniciantes mais avançado. Faz sentido, então, a es- sor de pentaespelho com cobertura de
Ainda que o sistema de autofoco da T6 opere apenas com 9 pontos, é possível registrar flagras com boa qualidade
95% (ou seja, o que se vê no quadro é A ergonomia da reflex de en- fissionais – pelo preço da câmera, ain-
5% menos do que o sensor registra). trada da Canon é outro ponto forte. da não dá para exigir filmagem em 4K.
O sistema de foco automático tam- Muito leve e com boa pegada, é pos- Em relação à concorrência, a EOS
bém é restrito. Pelo visor, o autofoco sível fotografar com ela sem cansar, Rebel T6 leva vantagem. Ela é mais
usa apenas 9 pontos (sendo apenas ou até a energia acabar: a bateria acessível do que a Nikon D3400, por
o central do tipo cruzado) e o sensor LP-E10 rende cerca de 500 disparos exemplo, que é vendida por cerca de
não tem o sistema Dual Pixel CMOS com uma carga, bastante suficiente US$ 900 no mercado externo. Aliás,
AF, o que deixa o sistema de imagem para essa categoria de DSLR. quem planeja comprar a T6 no exte-
ao vivo um tanto obsoleto, inclusi- A Rebel T6 também oferece mo- rior, descartando a garantia da Canon
ve diante de outras DSLRs da Canon do de vídeo em full HD, com 30 ou 24 Brasil, deve ficar atento, pois em al-
mais antigas. Na prática, há ocasiões fps e compactação de imagem sufi- guns países o mesmo modelo leva o
em que o autofoco se perde e demo- ciente para vídeos caseiros e até pro- nome de EOS 1300D.
ra para achar o plano, principalmen-
te em cenas com baixa luminosidade.
Essas características, contudo,
não devem limitar o fotógrafo ini-
135 mm iSo 500 1200s em f 5
outubro 2017 • 59
TESTE
DSLR
MODOS DE OPERAÇÃO
Junto aos modos convencionais
M, A, Tv e Av, há 6 opções de
cenas e 5 tipos de efeitos
BATERIA E CARTÃO
As entradas ficam
protegidas sob a
mesma tampa; a carga
da bateria suporta EMPUNHADURA
cerca de 500 disparos, Um dos destaques da T6 é
suficiente para essa sua ergonomia, que se beneficia
categoria de DSLR com a leveza do corpo
Telas do menu da Rebel T6: O ajuste de sensibilidade ISO O modo de medição não oferece
acima, tela inicial com os ajustes automático pode ser limitado para a opção pontual, como em outras
de qualidade de imagem manter o ruído digital baixo DSLRs de entrada concorrentes
outubro 2017 • 61
TESTE
DSLR
O protocolo NFC possibilita
conectar smartphones à câmera
ESPECIFICAÇÕES
:: Sensor: APS-C (22,3 x 14,9 mm) de 18 MP
:: Resoluções: 5.184 x 3.456 px (18 MP),
3.456 x 2.304 px (8 MP), 2.592 x 1.728 px (4,4
MP), 1.920 x 1.280 px (2,5 MP) e 720 x 480 Já a conexão Wi-Fi
px (0,3 MP) possibilita carregar fotos
:: Monitor: fixo de 3 polegadas (0,9 MP) para serviços web, mas é
:: Visor: pentaespelho (cobertura 95%; preciso configurar antes
magnificação 0,8x) pelo software EOS Utility
:: Cartão de memória: SD/SDHC/SDXC
:: Objetiva: encaixe Canon EF-S/EF
:: Processador: Digic 4+
:: Arquivos: JPEG, RAW, JPEG + RAW
:: Perfis de cor: sRGB, Adobe RGB
:: Sensibilidade ISO: auto, 100 a 6.400
(expansão para 12.800)
:: Equilíbrio de branco: automático, luz do
dia, sombra, nublado, tungstênio, fluorescente,
flash ou personalizado
:: Velocidades: 1/4000s a 30s
:: Flash embutido: número-guia 9
:: Sincronismo de flash: 1/200s
:: Autofoco: 9 pontos
:: Medição de luz: matricial, parcial ou
ponderado ao centro
As funções sem fio incluem
:: Modos de exposição: automático (com e transferência de imagem
sem flash), criativo auto, manual, prioridade de
abertura, prioridade de velocidade, programa, entre câmeras e dispositivos
cenas (6 tipos) e efeitos (5 tipos)
C
:: Conexões: USB 2.0, mini-HDMI, controle
remoto, Wi-Fi com NFC om o lançamento da Rebel T6, O sistema wireless da Canon se-
em março de 2016, toda a atual gue praticamente inalterado des-
:: Dimensões: 129 x 101 x 78 mm
linha de DSLR da Canon para mer- de seu lançamento, ainda tem pou-
:: Peso: 485 gramas cado doméstico e semiprofissional cas funcionalidades, mas é prático
VÍDEO passou a trazer conexão Wi-Fi incor- e estável. Seu uso mais frequente é
:: Resoluções: 1.920 x 1.080 px (full HD), porada – a antecessora Rebel T5 e a conectar dispositivos como smart-
1.280 x 720 px (HD), 640 x 480 px (VGA) topo de linha 1D X Mark II não têm phone ou tablet e usá-los como con-
:: Taxa de quadros: 30 ou 24 fps (full HD), 60 o recurso. Por mais que isso pos- trole remoto da câmera. Nesse mo-
ou 30 fps (HD), 30 fps (VGA) sa parecer pouca coisa diante de do, o dispositivo tem total controle
:: Compactação: normal ou leve um mercado cada vez mais conec- da exposição e a imagem ao vivo é
:: Microfone: estéreo tado, vale lembrar que o Wi-Fi ainda exibida na tela sem muito atraso. No
:: Arquivos: MP4, H.264 é ausente em algumas câmeras fo- caso da Rebel T6, o que pesa contra
PREÇO OFICIAL tográficas de outras marcas, como a esse uso é o sistema de autofoco, o
Nikon D3400, concorrente direta da qual não tem a tecnologia Dual Pi-
:: R$ 2,5 mil (kit com a lente 18-55 mm)
T6 e que tem apenas Bluetooth. xel CMOS AF e é um pouco vacilante.
ÓTIMA
83%
ABERTURA
ra, de fato, fazer zoom via aplicativo). MAIS NÍTIDA
O sistema Wi-Fi da T6 ainda
f/5.6
BOA
possibilita transferir imagens entre
câmeras e dispositivos, enviar fotos
em 18 mm
para impressoras via rede domés- MÉDIA
2.891 lw/ph
tica e carregar imagens para servi-
BAIXA
0,01 0,01
tes configurar o serviço pelo soft- DISTÂNCIA FOCAL ÁREA DA LENTE
ware EOS Utility (com a câmera li- 18 mm 35 mm 55 mm centro periferia
BAIXA
6%
Em relação ao colorchecker, a Rebel T6
blicá-las por lá. FIDELIDADE CROMÁTICA registrou tons de amarelo e vermelho
SATURAÇÃO MÉDIA DE com mais saturação do que o original
Avaliação final
ALCANCE DINÂMICO
O QUE SE DESTACA JPEG RAW
Preço acessível; conexão Wi-Fi com
NFC; facilidade de uso; corpo leve
11 EV 11
10,5
FOTO EM RAW,
PODIA SER MELHOR ISO 100
Monitor fixo e sem touchscreen; visor Quanto mais EV, mais
limitado (cobertura de 95%); resolução detalhes a imagem tem
de “apenas” 18 MP
SENSIBILIDADE ISO 100 200 400 800 1.600 3.200 6.400
outubro 2017 • 63
EVENTO
Momento único: Márcio Scavone posa para um retrato dirigido por Luiz Garrido no palco do auditório do Senac de Santo Amaro
Detalhe do público no primeiro dia do evento (à esq.), que foi apresentado por Sérgio Branco, diretor de redação (à dir.)
outubro 2017 • 67
EVENTO
SENSUALIDADE
A segunda apresentação na sex-
ta foi do curitibano Brasilio Wille, um
mestre no trato da luz. Primeiro, Bra-
silio deu uma pequena aula sobre o
que é uma imagem de sensualidade.
Depois, foi para a prática com a ajuda
da modelo Victória Ocampo e de um
assistente para lá de especial, Alexan-
dre Keese, um dos especialistas em
Photoshop mais renomados do Brasil.
Além de Keese, amigo pessoal
de Brasilio, o fotógrafo contou com ples tecido vermelho pode fazer a di-
a ajuda de Sérgio e Letícia, alunos ferença num ensaio sensual e, como
do Senac. E deu um show: mostrou Newton, também respondeu a várias
os efeitos de luz e sombra que o es- dúvidas durante e depois da sua per-
quema que montou proporcionava, formance, muito elogiada pelos assi-
fez um fundo preto virar fundo bran- nantes e convidados presentes.
co apenas com o posicionamento dos
flashes e produziu fotos sensuais SANDUBA CAPRICHADO
com a mignon Victória, de 1,50 metro, Ainda bem que a apresentação do
fazendo-a parecer, como ele mesmo fotógrafo de publicidade Richard Che- Uma das fotos feitas por Brasilio: placa
frisou: “um mulherão”. les foi logo depois da parada para o de foam board serviu de “ventilador”
Mostrou ainda como um sim- almoço, na sexta. Mesmo com todo para levantar o cabelo da modelo
outubro 2017 • 69
EVENTO
Richard Cheles e o set montado para a foto publicitária do sanduíche e o resultado final (à dir.) depois da pós-produção
Lidi Lopez
Lidi Lopez (abaixo) montou um cenário no palco e convidou gente da plateia (à esq.) para fotografar a produção
mundo de barriga cheia, o sanduíche água com glicerina para fazer as go-
preparado pela produtora de culiná- tas respingadas no tomate do lanche.
ria Carmelita Toro para Cheles foto- Sem esconder nada, Cheles falou
grafar deu água na boca. Com ele, do trabalho de pós-produção pelo qual
o fotógrafo mostrou na prática uma toda foto de publicidade passa e deixou
das vertentes do seu trabalho, o seg- claro que é um segmento da fotografia
mento de alimentos e gastronomia. que o real é completamente ignorado.
Carmelita fez a produção ao vivo, en- Ele teve como assistentes os estudan-
quanto Cheles falava de sua trajetó- tes Gustavo e Genko.
ria na fotografia. Depois, o “sanduba”
Fotos: Mário Bock
da sexta. Depois de dar uma resumo que esse é um segmento de domínio so, a modelo Ana Stella, elegante-
de sua trajetória e de como adminis- feminino, só mulheres atenderam ao mente produzida para a sessão.
tra seus negócios, ela trouxe ao palco chamado dela. E adoraram. Everton, que, como Richard Che-
a gestante Sabrina Abrahão e mon- les, é embaixador da linha Sony Al-
tou dois cenários, bem ao seu estilo UM SHOW MAN pha no Brasil, contou com a ajuda
lúdico, com direito a uma porta, ba- O catarinense Everton Rosa não é dos estudantes Paloma e Pedro na
lões e máquina de fumaça. As alunas apenas um renomado profissional de sua performance fotográfica no palco
do Senac Daniele e Heloísa foram as casamentos e eventos sociais. O fo- e foi bastante interpelado pelo públi-
assistentes, apesar de Lidi Lopez ter tógrafo é também um show man, que co durante a sua apresentação.
levado sua própria equipe. logo domina a plateia tal sua segu- Coube a ele encerrar o primei-
Lidi foi além de responder às per- rança ao falar do segmento em que ro dia do Vivência com Fotografe. E,
guntas durante a sua apresentação: atua. Primeiro, ele deu uma pequena mesmo depois de anunciado o fim da
chamou gente da plateia para subir ao aula de como um fotógrafo da área apresentação, foi cercado por parte do
palco e fotografar a grávida já com a deve gerenciar sua carreira. Depois, público e ficou um bom tempo escla-
produção montada. E, para confirmar fotografou uma noiva no palco, no ca- recendo dúvidas e dando informações.
outubro 2017 • 71
EVENTO
Marcos Hermes
Marcos Hermes (abaixo) convocou o público a fazer a luz da foto com celular (acima, o resultado) e clicou um baterista em ação
Luiz garrido
à dir., Luciano Candisani,
a quem coube encerrar o
evento Vivência com Fotografe
outubro 2017 • 73
LIÇÃO DE CASA
temas ilustrados pelo leitor
O
Uma cena iniciante em fotografia nem que o observador pode esperar da cena,
pode mudar sempre tem o reflexo de pro- já que ele enxergaria a mesma coisa se
completamente curar o ponto de vista mais
adequado à cena que preten-
estivesse no mesmo lugar. Contudo, em
vários casos, outro ponto de vista pode-
quando se muda de registrar. Os mais dedica- ria render uma foto melhor.
o ponto de vista e dos até se mexem ao redor do O ângulo pelo qual será registrada a
tema ou dão alguns passo para o lado. cena influi sobre a maneira como o ob-
o ângulo. No caso Outros avançam ou recuam. Mas pou- servador irá interpretá-la. Costuma-se
de fotos de cima cos pensam em procurar um ponto de associar a altura a poder e superiorida-
para baixo, em vista mais alto – a não ser para “enxer-
gar” por cima de algum elemento que
de. Aliás, os adjetivos superior e inferior
são usados tanto para descrever uma
mergulho, há muito esconde a cena. posição alta ou baixa quanto para rela-
o que explorar Assim, a maioria das fotos é feita na ções de poder. Em geral, o alto tem co-
altura dos olhos de uma pessoa em pé. notação positiva enquanto o que está
criativamente. Na maior parte dos casos, o resultado embaixo é associado ao negativo: paraí-
Acompanhe fica bom, neutro, em adequação com o so no céu, inferno debaixo da terra, cres-
cer x cair, estar no topo e estar abaixo de al- lizado para criar um envolvimento maior Acima, foto de Jorge Diehl
guém na hierarquia, e por aí em diante. com o observador, passar sentimentos de feita durante a festa do
Toda essa bagagem cultural atua proximidade, intimidade ou ainda de amor Divino em Pirenópolis (GO);
abaixo, Fernando Monteiro
também na fotografia. Assim, um ponto e sensualidade. É muito utilizado em fotos clicou o homem do topo da
de vista de cima para fotografar um tema sensuais, por exemplo, já que cria uma re- escadaria da Catedral da
introduz uma dimensão subjetiva à ima- lação entre a modelo e o observador, que Sé, em São Paulo (SP)
gem, traduz o conceito, a apreciação do
fotógrafo sobre o tema. Por isso, o pon-
to de vista precisa ser determinado com
cuidado e, sobretudo, com consciência do
impacto que provocará na imagem e no
observador.
Outubro 2017 • 75
LIÇÃO DE CASA
resulta em imagens muito impac- ração; ou seja, ficar em pé, fotogra- missão... Em alguns casos, é real-
tantes e intimistas. fando o que é menor que ele de ci- mente o que o fotógrafo quer pas-
Outra situação muito frequen- ma para baixo. sar: uma criança realmente frágil e
te de fotografia de cima, ainda que Embora seja natural para um dependente do adulto. Porém, ca-
geralmente não proposital, é o re- adulto olhar a criança ou o pet de so o objetivo seja valorizar a bele-
trato de criança ou animais de es- cima para baixo, o ângulo em mer- za, a felicidade do ser retratado ou
timação. A tendência natural do fo- gulho é imediatamente perceptí- criar uma cumplicidade com ele, o
tógrafo amador adulto é fazer foto vel e traz as sensações anterior- ângulo em mergulho não é adequa-
do que ele vê, sem outra conside- mente descritas de fraqueza, sub- do. Nesse caso, é recomendável se
abaixar ao nível do tema.
ÂNGULO E PERSPECTIVA
Na fotografia, o ponto de vista
se traduz pelo ângulo de registro
da cena fotografada. E, para o fotó-
grafo bem informado, ângulo me-
xe com perspectiva. É pelo efeito da
perspectiva que o observador per-
cebe o ângulo no plano em duas di-
mensões da fotografia.
A perspectiva pode ser aborda-
da de duas formas: a convergência
das linhas e a diferença de tama-
nho entre os objetos mais próximos
Marco Perna
uma sensação maior de fraque-
za ou submissão do tema. E pode
até render imagens diferentes e in-
teressantes, transformando, por Acima, salão nobre do Fluminense FC em dia de baile, em foto de Marco Perna;
exemplo, um gigante em anão. abaixo, o ângulo permitiu que Francisco Palmieri clicasse a família na piscina
Quanto à convergência das li-
nhas pelo efeito da perspectiva, o
exemplo mais óbvio para explicá-lo
é imaginando uma estrada na for-
ma de duas linhas. Vista de longe,
as duas linhas vão se aproximan-
do uma da outra: elas convergem.
E, quanto mais perto do chão esti-
ver, maior a sensação de conver-
gência. Algo interessante é que isso
só vale se o fotógrafo estiver olhan-
do (apontando a câmera) em dire-
ção à linha de horizonte. Mas, se ele
olhar a estrada de cima para baixo,
Francisco Palmieri
Outubro 2017 • 77
LIÇÃO DE CASA
Ricardo Sanchez
De cima do Viaduto do Chá, o leitor Ricardo Sanchez enquadrou a cena no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo (SP)
Antigamente, para um ponto de vis- Outro parâmetro determinante sa forma, o importante é entender
ta de cima mais radical, era preci- para o efeito da perspectiva é a dis- bem como o ponto de vista impacta
so estar em um avião ou helicóp- tância entre a câmera e a cena foto- a imagem e ajustar o efeito deseja-
tero. Hoje, com a câmera no dro- grafada: quanto mais perto, maior o do por meio do próprio ângulo e da
ne, é possível captar imagens incrí- efeito. Assim, combinando proximi- distância entre a câmera e o tema.
veis. Para tais fotos, a procura de- dade e ângulo em forte mergulho, Na próxima edição de Fotogra-
ve ser por combinações harmonio- o fotógrafo pode conseguir ima- fe, o assunto continua, mas abor-
sas de formas, cores, linhas, textu- gens muito originais, até caricatu- dando o ponto de vista de baixo pa-
ras. Em muitos casos, o resultado rais. Por outro lado, ao se afastar, ra cima (contra-mergulho) e com-
são fotos mais abstratas, surpreen- as sensações subjetivas associa- plementando as informações so-
dentes e estéticas. das à imagem são mais sutis. Des- bre perspectiva.
ANDERSON LINHARES,
Como participar Uberlândia (MG)
ortar o te a rin i al linha o hori onte ue riou a roveitar a ela ilu inação o o ição for ato
e er er a e n ia u a iagonal e in i a a ena n ontrei oi ai age geral ente
a ena in iran o o no fun o la ialoga o etalhe ue o ia ren er não re o en vel ara
o erva or o u a a for a a vela o ara u re ulta o ain a ai retrato a a ui e u tifi a
i age uito e t ti a ue a no anto inferior agra vel ri eiro eria lena ente ela at o fera
e e lo e foto e uer o er onage orrigir a leve in linação a ue ele onfere foto
original e ue i a rin i al e t uito e linha o hori onte outro Minha ni a r ti a o
ara n o i iona o e u onto e e ora u etivo on i tiria olhar ara ai o a
Equipamento: i on ouro eguin o a regra o e realçar a ore uente o elo ão ver o olho
D3 o o etiva terço Meu ni o o ent rio a ena o o eria ter a e oa retrata a
ig a 5 5 e refere e o ição o te a i o feito a li an o na in o o a o o erva or
Exposição: f 3 32 o ara ue i ta fi ou u era ou na ro ução Equipamento: i on
e 2 ou o e uro ain a ai u a aturação aior a D32 o o etiva
ue e o re e a u a arte ore i eia eria ogar i or 5
igual ente e ura o fun o o o e uil rio e ran o Exposição: f 5
Equipamento: anon D u an o ai ara o e
o o etiva anon a arelo e o agenta
Exposição: f Equipamento: anon
e D o o etiva
anon 35
Exposição: f 3 5 5
e
3
4
5
6
utu ro 2 • 81
RAIO X
ROGERIO SANCHES REGINALDO LEANDRO CAMPOS, REGINALDO BUENO,
OLIVEIRA, MESSIAS ROSA, Salvador (BA) S. Bernardo do Campo (SP)
Osasco (SP) Belo Horizonte (MG)
7 retrato e t e
reali a o o tei a 8 o tei o retrato alve
oi etalhe u e e
9 ngulo e ergulho e
i a ara ai o re alta
e a o ição e u i ão
10 o e reveu ue a foto
fi ou u tanto va ia e
u atrativo ara o o erva or
leve in linação a a eça er elhora o en o uito na ual e olo a o retrata o ver a e Ma a ui o a el
ue trou e u ina i o erfe ioni ta ri eiro Doi etalhe e relação ao ran o no ri eiro lano ue
e tra ontu o a a age o onto lu ino o o fla h no ue vo e reveu ha ara a ta o olhar o ina o o
ara o o eria er olho ue ha a a tante a atenção o infor a ue e a forte atração a er e tiva
elhora a ara ei ar a atenção egun o ue trata o regi tro e u a eça ei ou a foto intere ante
a ele u ou o eno o retrato are e leve ente e teatro e ue o er onage ni a r ti a ue u ta ente
lu ino a o te tura e uro a ona lara u e ravo fugi o ue foi e e ele ento e e ta ue
e a foto original foi feita a ele o eria fi ar u a tura o ão o ue o fi ou u ere o to e toura o
e or ain a ai e ou o ai lara e o eria o erva or er e e na foto e o o foi feito o fil e talve
ro ure e er na haver u ou o ai e e a infor ação a i ila e ao u o la orat rio on iga
a a a e ore e no etalhe no a elo or retrato e u en igo or ue re u erar ai etalhe no
e uil rio e ran o ara a u tar erfeita ente a ele are e ter u a oe a na ran o o ontr rio o igital
ara ver a iferença no lu ino i a e re i o u ão ue ali infeli ente foi fil e a re enta u a elhor
re ulta o e onitor i e avel ente orta a no en ua ra ento o efinição na alta lu e
Equipamento: anon ali ra o e e intonia evo a ain a etalhe e a te tura er en o ai fa il ente o
e el i o o etiva o o la orat rio ue fo e o ro to inta o o u a etalhe na ona e ura
anon 5 i ri ir a foto i tura e arvão o o e leo o vel ta e anear
Exposição: f 2 5 32 Equipamento: i on ontu o la entavel ente o negativo e tra alhar o etalhe
e D3 o o etiva evi o a age ara na ro ução
i or 55 não e er e e e e etalhe Equipamento: anon 3
Exposição: f 32 e e e a e li ação o o etiva anon 2
fla h ongnuo Equipamento: anon D Exposição: f e fil e
o ot n ia e e o o etiva 2 5 lfor Delta
u ini oft o Exposição: f e
7 8
10
11
13 14
utu ro 2 • 83
RAIO X
ou o onfu a
18 linha u a o
atente frente o
te a e outra entre a ona
agra vel e eção a rin i al onto ara ngulo e i a ara ai o ran a e e ura no fun o
gua no ri eiro lano elhorar a e o ição eria o a e ua o ara rin ar in o o a a tante
l i o a lanta no fot etro a era o a ore e for a Ma n uanto o en ua ra ento
fun o ni o ele ento e e a lu refleti a na ne e intuito eria re i o ugeri o teria er iti o
olori o or e ena e a u ta a e o ição en ontrar u a har onia e livrar a ri eira era
graça e via a atenção on i eran o u a elhor entre o ele ento re i o e e er u ou o
or e e otivo ugiro lu ino i a e ia u ar a regra o terço riar u ou oi a o e u
u en ua ra ento no garça ran a e o u linha a r e ara guiar o la o ou outro ou e a ai ar
for ato retrato lu ino o ão ele ento olhar o o erva or a o o u ou o ai ara
Equipamento: on uito laro era te a fo e a flor ou a a elha evitar ue a egun a linha
l ha 3 o o etiva e ure eu a ena ara u onto e vi ta ai erto a are e e no fun o
on 5 e a ro i ar a ia o hão era e e vel a Equipamento: i on
Exposição: f 5 2 i a teria i o orrigir u en ua ra ento ai ool i 33 o o etiva
e a e o ição e ai ou fe ha o ain a ai no a o e uivalente a 2 2
eno u ou oi onto a a elha er itiria eli inar Exposição: f 3
D ara tentar elhorar ele ento in e e vei e e 2
na ro ução in luir outro ue valori a e
Equipamento: anon elhor o a unto
D o o etiva Equipamento: i on D3
anon 3 o o etiva i or 5
Exposição: f 2 25 Exposição: f 3
e e
16
15
17 18
Pequeno, o Stark
lembra um brinquedo,
mas tem muitos
recursos avançados
SPARK
PEQUENO E SURPREENDENTE
Apesar do tamanho e de parecer um brinquedo, o novo drone da DJI
esconde muito mais do que aparenta e promete ser o início de uma
revolução no modo de operar e pensar o uso desse aparelho. Confira
E
le é pequeno, tem jeito, Enquanto a primeira catego- tegorias que o Spark pretende se
cores e dimensões de um ria é formada em grande parte por posicionar. Para isso, alia tecno-
brinquedo e uma simplici- aparelhos relativamente baratos e logia de ponta com praticidade e
dade em linhas gerais que com poucos recursos (custam ge- facilidade de operação. Novida-
torna fácil subestimá-lo. O Spark, ralmente entre R$ 300 e R$ 1.500), de na linha de produtos da DJI,
novo drone da DJI, chega ao merca- a segunda é composta por equipa- que fabrica o Mavic, lançado ape-
do com uma missão bem específi- mentos nada práticos, difíceis de nas oito meses antes, o Spark real-
ca: ocupar o espaço ainda vago en- operar e muito caros para a imen- mente parece um brinquedo. Mas
tre os drones de uso puramente re- sa maioria do público – com pre- não se engane: o pequeno drone
creativo e os profissionais, utiliza- ços que partem dos R$ 5 mil. É jus- tem muito mais a oferecer do que
dos para funções mais complexas. tamente nessa divisão entre as ca- se imagina à primeira vista.
utu ro 2 • 87
FILMMAKER / Equipamento
num máximo de 3 m/s (cerca de
11 km/h) para conseguir evitar co-
lisões – nesse modo, o drone iden-
tifica objetos a até 5 metros de dis-
tância para a frente, para baixo e
para os lados.
Já no modo Sport, que pode ser
acionado por um botão no contro-
le remoto, o Spark fica muito mais
esperto, com a câmera travada na
posição de FPV (visão em primei-
ra pessoa) para facilitar a visuali-
zação e as manobras. Nesse tipo
de operação, a velocidade máxima
sobe para até 50 km/h, o que agili-
za o voo de longas distâncias (para
filmagem e fotografia aéreas).
As baterias, inclusive, mostram
eficiência para seus 95g de peso
(um terço do peso total do con-
junto), oferecendo carga para 16
minutos de voo no máximo. Outra
vantagem: é possível recarregar o
Spark com apenas um cabo mi-
cro-USB, que permite plugar o
aparelho em um carregador de ce-
lular comum ou até mesmo em
um power bank, opção para uso
em lugares remotos, onde não há
energia elétrica. O tempo de car-
ga varia entre 52 e 85 minutos, de
acordo com o tipo de carregamen-
to (por cabo ou com carregador
Pequenas baterias
portátil) e com o número de bate-
recarregáveis fornecem uma rias carregadas simultaneamente
autonomia de 16 minutos de (quando é usado o carregador).
voo para o Spark; abaixo, o
controle remoto do drone
COMANDO POR GESTOS
A principal inovação do Spark,
no entanto, é a capacidade de co-
mandá-lo por meio de gestos ma-
nuais. O sistema reconhece auto-
maticamente a face do usuário e
isso permite lançá-lo ao ar da pal-
ma da mão. A partir daí, com al-
guns gestos, é possível fazê-lo se
afastar ou registrar fotos, colocá-
-lo para seguir automaticamente o
usuário, entre outras tarefas. Com
essa função, dá para ter o apare-
Fotos: uilher e Mota
tremamente útil para o Spark, ração, todos os comandos ficam o que inclui diversos “modos inte-
uma vez que o aparelho tem trens disponíveis na tela do celular. Já ligentes” de voo, como rotas pre-
de pouso muito curtos, dificultan- com o controle remoto as distân- determinadas, circular pontos de
do o pouso e a decolagem em ter- cias aumentam para até 2 km, e o interesse, seguir pessoas ou obje-
renos irregulares. Apesar de mui- smartphone continua a ser usado, tos, entre outros. Há ainda a fun-
to interessante, o sistema ainda acoplado ao controle como moni- ção QuickShot, que possibilita
precisa ser aperfeiçoado. Duran- tor da câmera e para acessar as con- criar vídeos de 10 segundos de du-
te os testes, foi constatado que é figurações do aplicativo de controle. ração automaticamente, prontos
comum o drone ficar “perdido” para serem compartilhados nas
quando os gestos são realizados CÂMERA redes sociais.
muito rapidamente. A operação é feita a partir do A qualidade de imagem é mui-
O Spark também pode ser con- DJI GO 4.0, mesmo aplicativo usa- to boa, especialmente para o ta-
trolado apenas pelo smartpho- do em outros drones da marca. manho do drone. O sensor CMOS
ne, via Wi-Fi, em distâncias de O Spark incorpora todas as ferra- de 1/2.3 de polegada da câmera é
até 50 metros de altura e 100 me- mentas de filmagem que o softwa- similar ao do drone Mavic, com 12
tros de distância. Nessa configu- re oferece para aparelhos maiores, megapixels de resolução. Um gim-
utu ro 2 • 89
FILMMAKER / Equipamento
ball eletrônico mantém a imagem nes Tales Azzi para avaliar os prós com as margens de segurança que
estabilizada em dois eixos (rota- e os contras do modelo, e qual o algumas aplicações profissionais
ções frontal e lateral). A estabili- seu potencial para ser utilizado exigem, a começar pelo tempo de
zação de imagem no terceiro ei- em situações profissionais. “Pa- voo. “Pouco tempo equivale a um
xo é realizada exclusivamente via ra uso amador, ele tem tudo para raio menor de atuação e a maiores
software, bem como a diminuição desbancar o Mavic, por ser mais chances de perder uma tomada
do efeito rolling shutter, o que aju- barato e ter qualidade semelhante fundamental simplesmente por-
da a explicar a limitação de reso- de imagem”, avalia. “Mesmo sen- que o aparelho não terá condições
lução máxima de filmagem em full do pequeno, é robusto, portátil e de percorrer o trajeto desejado”,
HD (1.920 x 1.080p). cabe numa pochete, algo que con- explica Azzi.
ta muito para qualquer usuário”, O sensor de colisões é outro fa-
QUEM VAI USAR observa Azzi. tor limitante e precisa ser desati-
Vale a pena usar profissional- Para ele, diversos fatores pre- vado para uso com rapidez. “Se
mente o Spark? Com essa ques- cisam ser considerados, especial- você quiser uma foto mais alta
tão em mente, convidamos o jor- mente em limitações cruciais pa- ou mais distante, como a 100 me-
nalista, fotógrafo e piloto de dro- ra quem precisa de uso intenso e tros de altura ou a 800 metros de
distância, ele não chega”, indica.
“Também é bem mais suscetível
a ventos do que o Phantom, por
exemplo. Mas, quando está voan-
do, é bem estável e tem uma diri-
gibilidade boa, não fica oscilan-
do”, afirma o fotógrafo.
A operação rápida e o tama-
nho reduzido do drone são van-
tagens enormes, segundo Ta-
les Azzi: “É possível decolar para
voos rápidos e capturas dinâmi-
cas em muito pouco tempo”, ex-
plica. “Atualmente, além de mi-4
sp
SP INDIVIDUAL DE PAULO
MARCOS LIMA
:: Data: até 22 de
outubro de 2017
:: Local: Museu da
Imagem e do Som
Paulo Marcos Lima
Carlos Moreira
rj
E m mais uma edição do progra- de uma família de 11 membros do in-
A
ma Nova Fotografia, o Museu da terior do Estado de São Paulo que, em Galeria Oriente, no Rio de Ja-
Imagem e do Som (MIS) de São Paulo pleno século 21, vive em situação pre- neiro (RJ), apresenta a expo-
apresenta a exposição Álbum de Famí- cária e à margem do processo de ur- sição individual do fotógrafo Pau-
lia, do fotógrafo Lucas Rafael. O fotó- banização, privada de recursos públi- lo Marcos Lima, com a participa-
grafo acompanhou e retratou a rotina cos e tecnológicos. ção da artista visual Beatriz Car-
neiro. Na mostra, fotografias de
Lima, que desconstrói, por meio
GIGANTE DAS ÁGUAS de suas lentes, a memória do vivo
e do não vivo, dialogam com obras
A natureza e a inserção do ser hu- o maior peixe de escamas do mundo. de Carneiro, que combinam mate-
mano no meio ambiente, retra- A prática foi resgatada pelo Programa riais orgânicos, como galhos, e in-
tando riquezas naturais de diversos de Manejo de Pesca, do Instituto Ma- dustriais, como o ferro, para criar
biomas e povos tradicionais, são o fo- mirauá, referência internacional em fotogravuras e esculturas.
co do trabalho de André Dib. Na mos- desenvolvimento sustentável.
:: Data: até 28 de outubro
tra Gigante das Águas, :: Local: Galeria Oriente –
organizada pelo Se-
si Taubaté, o fotógrafo SP Rua do Russel, 300/401 – Glória,
Rio de Janeiro
traz a público imagens :: Informações: (21) 3495-3800
André Dib
de costumes e tradi-
ções das populações
ribeirinhas do Rio So- :: Data: até 30 de outubro de 2017
limões, no Estado do :: Local: Sesi Taubaté – Rua Voluntário
Amazonas, entre elas Benedito Sérgio, 710 – Estiva, Taubaté
a pesca do pirarucu, :: Informações: (12) 2125-4770
Outubro 2017 • 95
FIQUE POR DENTRO
concurso mundial de Fotojornalismo abre inscrições
Está previsto para o dia 12 de novembro de 2017 o Atlan- para séries de 12 fotos no máximo, com um único tema, feitas
ta Photojournalism Seminar, seminário anual que realiza fora do território dos Estados Unidos.
concurso voltado para fotógrafos e estudantes de todos A premiação consiste em US$ 100 e câmeras Nikon para
os países que queiram apresentar seu trabalho em fotojornalismo. cada categoria individual, além de prêmios de US$ 1 mil pa-
Podem concorrer fotografias feitas no período de 10 de no- ra a categoria Melhor Portfólio, US$ 750 para a Melhor Portfó-
vembro de 2016 até 31 de outubro de 2017 em treze cate- lio Rich Mahan para Estudantes e US$ 500 para a Melhor do
gorias, entre elas Notícias, Matérias Especais, Esportes e Re- Concurso, selecionadas entre as submissões. As inscrições es-
trato/Personalidade. Está prevista ainda uma categoria de sé- tão abertas até o dia 8 de novembro de 2017. Para mais infor-
rie de imagens, a Chris Hondros Memorial International News, mações, acesse www.photojournalism.org/contest/.
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fia (antigo Estúdio Newton Medeiros) Informações: (61) 3347-3985 dução em Lightroom e Photoshop.
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grafia Básica, Fotografia Intermediá- Preço: consultar com a escola
ria com Ênfase em Eventos, Estúdio na BELO HORIZONTE (MG) Local: Rua do Sossego, 669 –
Prática Básico, Construção de Portfólio A Escola de Imagem está com inscri- Santo Amaro
e Lightroom. ções abertas ao público para os cur- Informações: (81) 3082-7246
Data: a partir de 10 de outubro sos de: Fotografia para Iniciantes, www.estudefotografia.com
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Local: R. Marajó, 113 – Jardim Barbosa ATENÇÃO: para participar desta seção, envie a programação para a redação de Fotografe
Informações: (11) 2440-4747 Melhor até o dia 1o do mês anterior ao evento, pelo e-mail fotografe@europanet.com.br
www.new.fot.br