Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TESTE EXCLUSIVO
7D Mark II
Ela faz até
10 disparos
por segundo
e tem um
sistema de
autofoco com
65 pontos.
Conheça este
lançamento
Mundo imaginário
Inspire-se na jovem fotógrafa que
20 modelos de cria e monta o seu próprio cenário
luz de led
Para externa e estúdio, com
ficha técnica completa,
preços e onde encontrar
Newborn delivery
Aprenda os segredos para fotografar
recém-nascidos na casa do cliente
+ A cor revolucionária de
William Eggleston
Aulas de fotografia transformam
detentos em fotógrafos
Dicas para boas fotos de
retrato de criança
Diretores
Aydano Roriz
Luiz Siqueira
Tânia Roriz
M
Diretor Editorial e Jornalista Responsável: uito se fala do show de horrores que é o sistema prisional
Roberto Araújo - MTb.10.766- araujo@europanet.com.br
brasileiro – como esquecer o inferno na terra que é a
REDação
penitenciária de Pedrinhas, em São Luiz (MA)? Mas
Diretor de Redação: Sérgio Branco (branco@europanet.com.br) nem tudo neste País do mensalão e do petrolão rima com de-
gradação e corrupção. O sistema adotado em presídios admi-
Editora-assistente: Karina Sérgio Gomes nistrados pelo método da Associação de Proteção e Assistência
Repórteres: Livia Capeli
Editora de arte: Izabel Donaire aos Condenados (APAC) tem obtido resultados extraordinários
Revisão de texto: Denise R. Camargo
Colaboradores especiais: Diego Meneghetti e Gabrielle Winandy
e pouco se fala disso. Notícias ruins “vendem” mais.
Colaboraram nesta edição: Flávia Santinon (arte), Juan Esteves Nesta edição, você encontra um pequeno exemplo de que
e Laurent Guerinaud
ainda há esperança para problemas que parecem insolúveis:
PubliciDaDE (publicidade@europanet.com.br) o fotógrafo Leo Drumond e a jornalista Natália Martino passaram
Diretor comercial: Mauricio Dias (11) 3038-5093
uma semana na APAC de Itaúna (MG) ministrando oficinas de
São Paulo
Coordenador: Rodrigo Sacomani fotografia e texto. Dormiram na prisão, inclusive.
Equipe de Publicidade: Angela Taddeo, Alessandro Donadio, Adriana Saíram de lá com farto material com o qual editaram a
Gomes, Elisangela Xavier, Ligia Caetano, Renato Perón e Roberta Barricelli
revista A Estrela, feita com fotos e textos dos detentos. Foram
Criação Publicitária: Daniel Bordini testemunhas de que, gerido da forma correta, o sistema prisional
Tráfego: Gabrielle Saraiva
pode sim recuperar uma boa parte dos condenados. É preciso,
outras Regiões
Bahia e Sergipe: Aura Bahia – (71) 3345-5600/9965-8133 porém, de ações positivas, de ambiente saudável e da partici-
Brasília: New Business – (61) 3326-0205 pação da sociedade civil, entre outros detalhes que tornem o
Paraná: GRP Mídia – (41) 3023-8238
Rio Grande do Sul: Semente Associados – (51) 8146-1010 presídio um lugar para reciclar os detentos e colocá-los na di-
Santa Catarina: MC Representações – (48) 9983-2515
Outros estados: Mauricio Dias – (11) 3038-5093 reção correta – e não uma escola do crime, como é a maioria.
Publicidade - EUA e Canadá: Global Media, +1 (650) 306-0880 Criado em 1972 em São José dos Campos (SP) pelo jurista
Propaganda: Denise Sodré Mário Ottoboni e colocado em prática pela primeira em vez
ciRculação
em1974, na própria cidade, o método vem passando por aper-
Gerente: Ézio Vicente (ezio@europanet.com.br) feiçoamento e tem alcançado repercussão no Brasil e no exterior.
Equipe: Henrique Guerche, Paula Hanne e Pedro Nobre
Os índices de reincidência são abaixo de 15% (no sistema comum,
atEnDimEnto ao lEitoR E livRaRiaS a média é de 86%), e hoje existem cerca
Gerente: Fabiana Lopes (fabiana@europanet.com.br)
de 150 unidades em território brasileiro
Juan Esteves
Coordenadora: Tamar Biffi (fabiana@europanet.com.br)
DESEnvolvimEnto DE PESSoal
Tânia Roriz e Elisangela Harumi
Se For o Caso, Reclame.
EntRE Em contato Nosso Objetivo é a Excelência!
Telefone São Paulo: (11) 3038-5050
Telefone outros Estados: 0800 - 8888 - 508 (ligação gratuita) Correspondência Atendimento: (11) 3038-5050 (São Paulo),
Pela Internet: www.europanet.com.br Rua MMDC, 121 0800-8888-508 (Outras localidades)
E-mail: atendimento@europanet.com.br CEP 05510-900 – São Paulo – SP Das 8h às 20h
e-mail: atendimento@europanet.com.br
A Revista Fotografe Melhor é uma publicação da Editora Europa Ltda
(ISSN 1413-7232). A Editora Europa não se responsabiliza pelo conteúdo Redação Publicidade
dos anúncios de terceiros. Fone: (11) 3038-5114 Fone: (11) 3038-5098
e-mail: fotografe@europanet.com.br e-mail: publicidade@europanet.com.br
DiStRibuiDoR ExcluSivo PaRa o bRaSil
Dinap Ltda. – Distribuidora Nacional de Publicações Digital
Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678, Osasco (SP), CEP 06045-390. Site: www.europadigital.com.br
e-mail: suportedigital@europanet.com.br Para entrar em contato
imPRESSão Sistemas: Windows, iOS, Android, Mac e Linux com a Editora Europa
Log&Print Gráfica e Logística S.A. Fones: (11 ) 3038-5050
São Paulo – SP
ou 0800 8888 508
Somos filiados ao: (Novo Telefone)
Ligação gratuita – Outras localidades
Fotos de capa:
Diego Meneghetti,
Jee Young Lee e
Shutterstock
Sumário
Portfólio do Leitor
Conheça o trabalho de Rafael Arruda 26 E ainda
METADADOS
Informações de uma grande foto 6
Fotoformas e Sobras
Livro expõe a arte de Geraldo de Barros 32 GRANDE ANGULAR
Notícias e novidades 8
Mundo imaginário
Inspire-se nas fotos de Jee Young Lee 42 REVELE-SE
As fotos selecionadas dos leitores 20
LIÇÃO DE CASA
Dicas básicas para fotos de crianças 98
O comum e a cor de Eggleston
Fotógrafo quebrou a hegemonia do P&B 50 RAIO X
As fotos dos leitores comentadas 108
A hora e a vez da luz de led
Veja 20 modelos para externa e estúdio 82 CORREIO
Mensagens e dúvidas dos leitores 116
FIQUE POR DENTRO
Exposições, concursos e cursos 118
Teste da EOS 7D Mark II
Tudo sobre a grande novidade da Canon 90
Brian Yen
Foto de um detento
Julie Freitas
Olhar global
Detentos fotógrafos
Newborn na casa do cliente
As fotos que se destacaram no Aulas de fotografia em presídio de Especialistas dão dicas de como se
concurso da National Geographic Minas vira revista feita pelos presos preparar para esse tipo de trabalho
Março 2015 5
METADADOS
Um toque na
natureza
B
aseado na costa oeste da Ir-
landa, Gorge Karbus é um
fotógrafo de vida selvagem
que também gosta de registrar
surfe e paisagens costeiras. Ele
ainda faz mergulho livre nas águas
irlandesas e diz que, apesar de
escuras e frias, com pouca visibi-
lidade, é possível conseguir ima-
gens especiais, como a que fez de
um colega mergulhador tocando
suavemente uma água-viva e sen-
do observado por um golfinho.
Karbus conta que todas as suas
fotos subaquáticas são sempre
com luz natural para que pareçam
o mais realista possível.
GRANDE ANGULAR
Eugênio Sávio
Projeções de fotografias na praça no centro histórico de Tiradentes devem ocorrer novamente nesta 5a edição do festival
D
iversas atrações já es- rais de 18 a 22 de março de 2015. Os visitantes poderão apro-
tão confirmadas para a Entre os palestrantes estão os fo- veitar ainda exposições em cartaz
quinta edição do Festival tógrafos Edu Simões, Tuca Vieira, pela cidade. A que já está com tu-
de Fotografia de Tira- Celso Oliveira, Marizilda Cruppe e do pronto para ser montada é Fo-
dentes – Foto em Pauta, progra- a pesquisadora e professora Si- tografia Contemporânea, sobre
mado para ocorrer em Minas Ge- monetta Persichetti. trabalhos de profissionais da
Celso Oliveira
atual cena brasileira, cuja pes-
quisa e curadoria foi feita pelo fo-
tógrafo e produtor cultural Ma-
riano Klautau Filho. A outra,
O Retrato, é composta por 40 fotos
escolhidas por meio de uma con-
vocatória aberta ao público, que
foi realizada em janeiro.
Há ainda vários workshops na
programação: Fotografia e Aqua-
rela, com Rubens Matuck; Edição
de Portfólio e Projeto, com Rosely
Nakagawa; Processos Criativos
em Fotografia, com Eustáquio
Neves; Narrativas Visuais – In-
trodução ao Universo do Fotolivro,
com Iatã Cannabrava; Caçadores
de Imagens: repensando a cap-
Edu Simões
tura, com Guto Muniz e Kika An-
tunes; Olhar Viajante – Oficina de
Fotografia de Viagem, com Val-
demir Cunha; e muitos outros.
Para se inscrever nos workshops,
envie um e-mail para festival@fo
toempauta.com.br.
Estão previstas também leitu-
ras de portfólio, projeções artísticas
e atividades educativas voltadas à
fotografia. Para mais informações
sobre o festival, acesse www.fo
toempauta.com.br/festival2015.
9
GRANDE ANGULAR
Francês ganha o
Prêmio Emilie Poucan
O francês Frédéric Le Floc’h foi
anunciado, em janeiro de 2015,
o vencedor do Prêmio Emilie Poucan,
Foto feita no
Salar de Uyuni,
na Bolívia, vence
voltado para fotógrafos que fazem concurso
Frédéric Le Floc’h
registros da competição automotiva
Rali Dakar. Ele capturou diversas Argentina, Bolívia e Chile.
motos percorrendo o Salar de Uyuni, O prêmio foi criado em home-
Brasileiro fica entre
na Bolívia, durante a oitava etapa da nagem a Emilie Poucan, que fazia os top 25 do Flickr
competição. É importante lembrar parte do time de imprensa da
que o local fica a 3.658 metros acima Amaury Sport Organization (ASO),
do nível do mar, e as condições ex- que organiza o Rali Dakar, disputado
ternas são extremas para os con- na América do Sul desde 2009. Em
correntes. A competição, que durou 2010, Emilie morreu, aos 32 anos,
quatro dias, tinha 13 etapas que per- em um acidente aéreo em Trípoli,
corriam diversos territórios de capital da Líbia.
Johnson Barros
Fotógrafo gaúcho vence o
1o Concurso Nacional Sinait A rede social de fotografia
Flickr divulgou no final de
2014 uma lista com as 25 fotos
O gaúcho Wilson Ramires, com
a foto Luz Maligna, foi o ven-
cedor do 1o Concurso Nacional de
com uma lente zoom 24-70 mm
f/2.8. Ramires registrou com ha-
bilidade um trabalhador de uma
que tiveram mais visualizações
e mais cliques como favoritas.
Dentre as imagens da lista está
Fotografias do Sinait, cujo tema pequena metalúrgica que faz seu a Fim de Tarde, feita pelo bra-
era “O olhar do auditor-fiscal do serviço sem nenhum equipamen- sileiro Johnson Barros, fotógra-
trabalho: trabalho escravo, tra- to de segurança, o que a longo fo-sargento da Força Aérea Bra-
balho infantil e prazo pode provocar ferimentos sileira (FAB) – na edição 214 de
Retrato de riscos de acidente na pele, nos olhos e nos pulmões. Fotografe, foi publicado um per-
metalúrgico
trabalhando sem de trabalho”. Como prêmio, o fotógrafo rece- fil sobre o profissional. Para ver
equipamento A imagem foi beu R$ 3 mil. Para ver mais fotos as outras 24 imagens, acesse
de segurança feita com uma Ni- do vencedor do concurso, acesse http://migre.me/opBRK.
vence concurso kon D90 equipada www.wilsonramires.com.br.
Workshops de natureza
Haroldo Castro
em Poços de Caldas
C om a presença do fotógrafo Marcelo Santana e
do ornitólogo Christian Dalgas Frish, que falarão
sobre beija-flores e como fotografá-los, Poços de
Expedição fotográfica
Caldas (MG) programou para março de 2015 uma pa-
lestra e dois workshops de fotografia de natureza.
explorará a Etiópia
O primeiro workshop está previsto para o dia 7
de março com o guia de birdwatching e fotógrafo
Geiser Trivelato e com o fotógrafo Ederson Godoy. O
segundo foi agendado para o dia 15 e será ministrado
O fotógrafo Haroldo Castro Lalibela é um
planeja partir para a Etiópia dos destinos que
em abril de 2015 para uma nova serão visitados
por Godoy e Marcelo Santana. A palestra com Santana expedição organizada pela Via-
e Dalgas Frish está programada para o dia 14 no au- jologia. O roteiro vai de 1o a 13 de abril e passa
ditório do Jardim Botânico da cidade. Já os dois por Adis Abeba, Monte Entoto, Bahir Dar, Nilo
workshops deverão ocorrer na Reserva Particular Azul, Lago Tana, Parque Nacional Montanhas
de Patrimônio Na- de Simien, Gondar e Lalibela. Há a opção de con-
tural Rio das Antas. tinuar a viagem em uma extensão focada nas
O preço de cada
tribos que vivem no Vale do Rio Omo, retornando
um é R$ 120. Mais
em 18 de abril.
informações, ligue
para (35) 9135-7012 O pacote (a partir de R$ 5.800) inclui hospe-
ou acesse http://mi dagem em apartamento duplo, refeições com-
gre.me/opEOF. pletas, guias locais, transportes terrestres, en-
tradas em atrações previstas no roteiro, acom-
panhamento de Haroldo Castro e um álbum pro-
Registro de gavião duzido com as fotos feitas pelos viajantes. Não
caracará feito por estão incluídas as passagens aéreas. Para mais
Ederson Godoy informações, acesse www.viajologia.com.br.
Ederson Godoy
Alex Majoli
entre a Escola de Imagem e a Agência
Magnum, uma das mais famosas e respei-
tadas do mundo, está programado para ocor-
rer entre 28 de março e 1o de abril de 2015 na A ideia é que 12 pessoas façam um ensaio Registro de
sede da escola no Rio de Janeiro (Rua São com a supervisão de um dos três fotógrafos. Alex Majoli
feito no
João Batista, 95, Botafogo), e deverá contar O preço é US$ 950 (cerca de R$ 2.500). Infor- Afeganistão
com a presença dos fotógrafos Alex Majoli, mações, ligue para 0800-601-3264 ou acesse em 2001
Thomas Dworzak e Christopher Anderson. http://migre.me/opFmI.
ou acesse www.lionelfalcon.com.
preços são a partir de R$ 1 mil.
Para mais informações, ligue pa-
ra: (11) 4113-8513 ou entre em
contato por intermédio do e-mail
Carla Durante
GRANDE ANGULAR
Fragmentos e Olhares.
O profissional fez uma seleção
meticulosa das imagens que com-
põem as 240 páginas do livro lan-
çado recentemente pela Editora
Origem. Passageiro do Olhar con-
tém desde fotos recentes até al-
gumas feitas há 20 anos. Valdemir
mostra ao leitor imagens de cerca
de 80 países pelos quais passou.
Boa parte dessas viagens foi feita
em companhia do jornalista Ronny
Hein, que também tem uma parti-
cipação importante na publicação.
Ronny escreveu as crônicas que
contam um pouco da história e re-
Momentos durante viagens pelo fletem o clima de cada lugar por
mundo: gôndola em Veneza e
onde ele e Valdemir passaram. Há
uma dançarina em Bali (ao lado)
textos e belas fotos de lugares co-
mo Veneza, na Itália; Paris, na Fran-
ça; Londres, na Inglaterra; Kuala
Lumpur, na Malásia; e Ilha de Pás-
coa, no Chile. O preço sugerido da
obra é R$ 49, e o livro pode ser en-
contrado nas grandes livrarias.
Moais na Ilha
de Páscoa, no
Chile; ao lado,
capa do livro
Efeito bombril
A
técnica do light painting sar em frente à piscina. Outro co-
existe há pelo menos 66 lega ficou mais atrás e ateou fogo
anos. Em 1949, o fotógrafo em pedaços de palha de aço, gi-
Gjon Mili já aplicava a técnica para rando-os rapidamente para fazer
capturar uma emblemática série desenhos circulares no ar (o que
de pinturas de luz de Pablo Picas- ajudou a produzir muitas fagu-
so. Apesar de muita coisa ter evo- lhas). O efeito ficou belíssimo. Ficha Técnica
luído de lá para cá, o mais divertido Bruno alerta, porém, que é pre-
Autor: Bruno José Mazzer
do light painting são as engenho- ciso ter cuidado durante a técnica Cidade: São José do Rio Pardo (SP)
cas simples usadas para obter re- para evitar queimaduras nos de- Câmera: Nikon D7000
sultados com aparência única. dos. É importante ter algum tipo Objetiva: Nikkor 35 mm
Hospedado em uma chácara de proteção tanto para segurar a Exposição: abertura f/8 e
em noite de carnaval, Bruno José palha de aço em chamas como velocidade 30s
Registro: captura digital, ISO 200
Mazzer pediu para um amigo po- para prendê-la numa varinha.
Ficha Técnica
Autor: Josimar Anelli Pinto
Cidade: Tupã (SP)
Câmera: Nikon D7100
Objetiva: Nikkor 50 mm
Exposição: abertura f/2.8 e
velocidade 1/100s
Registro: Captura digital, ISO 100
Março 2015 21
REVELE-SE
O
Parque do Ibirapuera, em
São Paulo, vira ponto de en- meio ao caos da cidade.
contro de cães e seus donos Ademir Donizetti de Souza Sa-
nos fins de semana. A concentra- les estava fotografando despre- Ficha Técnica
ção dos frequentadores de quatro tensiosamente no Ibirapuera em Autor: Ademir Donizetti de Souza
patas ocorre no gramado ao lado um domingo quando foi atraído Sales
do Bosque da Leitura e foi apeli- pelo latido dos pets do cachor- Cidade: São Paulo (SP)
dado carinhosamente de “cachor- ródromo. Ele logo percebeu um Câmera: Nikon D5100
ródromo”. Ali, os cães podem se golden retriever recebendo a ca- Objetiva: Nikkor 18-105 mm
Exposição: abertura f/7.1 e
exercitar, interagir uns com os ou- rícia da dona e aproveitou para velocidade 1/200s
tros, socializar-se e se divertir, en- fazer o enquadramento instan- Registro: captura digital, ISO 200
quanto os donos fazem novas ami- tâneo da cena de carinho.
Março 2015 23
REVELE-SE
Paisagem ao amanhecer
O
fotógrafo Fausto Orli da Rosa nuvens negras sobre os edifícios
saltou da cama antes do sol ao fundo da paisagem.
raiar e partiu rumo a Bal- O céu oferecia um desenho con-
neário Camboriú (SC), a aproxima- vidativo. Como ainda era muito ce-
damente uma hora de distância da do, as luzes da cidade ainda esta- Ficha Técnica
casa dele, em Blumenau. vam acesas e logo alguns chuviscos
Autor: Fausto Orli da Rosa
A intenção de Fausto era foto- anunciavam a forte tempestade Cidade: Blumenau (SC)
grafar um belo nascer do sol na que estava por vir. Fausto não per- Câmera: Canon EOS 5D Mark III
praia. No entanto, quando colocou deu tempo: focou as pedras no pri- Objetiva: Tokina 16-28 mm
o pé na areia, percebeu o tempo meiro plano, usou a velocidade de Exposição: abertura f/22 e
muito fechado.Desistiu da ideia e, 13 segundos e conseguiu uma ima- velocidade 13s
Registro: captura digital, ISO 50
ao voltar para o carro, notou muitas gem digna de ir para a moldura.
Um show de
imagens
O
Ainda estudante de carioca Rafael Arruda, 31 O projeto era direcionado aos alunos
anos, estava no primeiro de terceiro e quarto anos que já tives-
Fotografia, Rafael ano do curso de Fotografia sem experiência. Apesar de chateado
Arruda começou a da Faculdade Estácio de com a resposta negativa, aquilo serviu
Sá, no Rio de Janeiro (RJ), quando de motivação para Rafael. “Comecei
carreira registrando soube da parceria da instituição para a correr atrás de eventos e outros tra-
o Rock in Rio e se os alunos cobrirem a edição do Rock balhos para poder criar um portfólio”,
especializou em in Rio 2011. Foi correndo mostrar conta. Pouco tempo depois, ele foi no-
seu trabalho para o professor Marcos vamente chamado por Vini, que lhe
cobertura de eventos Vini para tentar uma vaga na cober- perguntou se ainda estava interessado
musicais. Saiba mais tura e recebeu um não logo de cara. em participar do grande evento de
Março 2015 27
PORTFÓLIO DO LEITOR
As atrações internacionais
do Rock in Rio 2013: à
esq., a cantora pop Alicia
Keys; à dir., o roqueiro
Bruce Springsteen
rock. E assim Rafael Arruda con- mais experientes para aprender. FOTOTERAPIA
quistou a última credencial. No fim do festival, o novato saiu Desde essa época, Rafael nunca
Com a ideia de se preparar para com um portfólio gigantesco e com mais parou de fotografar shows. Re-
fotografar evento, passou horas à a certeza de que queria se espe- gistrou o axé de Ivete Sangalo, o sam-
frente do computador pesquisando cializar em fotografia de shows. ba de Zeca Pagodinho, o rap de Rap-
imagens dos artistas que iriam se “Passei a ser chamado para cobrir pa, Criollo e Emecida até pop ser-
apresentar e vendo vídeos de eventos musicais. As pessoas co- tanejo de Michel Teló e Luan Santana
shows dos rock stars. “Precisava meçaram a me olhar com outros com sua Nikon D90 e as lentes 28-
saber como eles se comportavam olhos”, lembra. O desempenho do 80 mm e 50-200 mm. Suas grandes
no palco e o tipo de iluminação que aluno foi tão bom que dois anos referências em cobertura de show
era usada na cenografia”, diz. depois, em 2013, com mais expe- são os fotojornalistas Custódio Coim-
Em campo, no dias das apre- riência e no terceiro ano da facul- bra e Ivo Gonzales. No entanto, ele
sentações, Rafael também olhava dade, lá estava ele novamente co- ressalta: “o que vier eu faço”, lem-
atentamente para os fotógrafos brindo o Rock in Rio. brando que fotógrafo em começo de 4
Impressora Fotográfica
HITI Quiosque P510K Ganhe
7.490
p/ 330 fotos 10x15
POR R$
,00
Impressora Fotográfica DNP DS Rx1 Impressora Fotográfica DNP DS80 Impressora Fotográfica HITI S420
O melhor custo beneficio da categoria Impressões até 20x25 Impressora para fotos documentos
em até ou em
3 x 12x
sem juros no cartão
Ganhe*
Brinde 3% de desconto no boleto
DE R$5.199,00
POR R$ 4.999 ,00 DE R$7.299,00
POR R$ 6.999 ,00 DE R$799,00
POR R$ 729 ,00
Impressora Canon Selphy CP820 CANON T3 Câmera c/ Lente EF-S CANON EOS Rebel T5 c/ Câmera Compacta CANON SX600 HS
Compacta - para toda a família 18-55mm + Bolsa + Cartão 8 GB Lente 18-55mm + Lente 75-300mm com WiFi, 16MP, Vídeo Full HD
DE R$729,00
POR R$ 650 ,00 DE R$1.509,00
POR R$ 1.309,00 DE R$2.079,00
POR R$ 1.790,00 DE R$850,00
POR R$ 785,00
Câmera Instantânea FUJIFILM Estúdio de Iluminação Mini Estúdio de Iluminação Kit De Estudio Flash FV160
Instax Mini 8 - Brinde Filme p/ 10 poses Luz Contínua 50x70cm - (8 Peças) Foto Still 80x80 Luz para Cabelo
DE R$369,00
POR R$ 349 ,00 DE R$699,00
POR R$ 650 ,00 DE R$499,00
POR R$ 480 ,00 DE R$579,00
POR R$ 564 ,50
Site: www.tudoprafoto.com.br | E-mail: vendas@tudoprafoto.com.br | Nextel ID: 14*1005892
Revendedores autorizados DNP. Revendedores autorizados HITI.
ESTANTE
O
paulista Geraldo de Bar- fotográfica, as séries Fotoformas
Dois momentos ros (1923-1998) foi um ar- (1940-1950) e Sobras (1996-1998),
tista ilimitado, atuando está com o Instituto Moreira Salles
importantes da em inúmeras vertentes, (IMS). Em janeiro de 2015, o IMS
produção fotográfica do do design mobiliário à Pop Art, pas- comprou Fotoformas, composta de
artista paulista foram sando pelo movimento Concreto e 620 itens (entre fotos, negativos e
pela pioneira experiência do cha- outros), e por meio de um acordo
reunidos pelo IMS em mado modernismo da fotografia de comodato de sete anos ficou com
um livro de 300 páginas brasileira. Parte de sua produção Sobras, com cerca de 1.600 itens
Março 2015 33
Ao lado, imagem da série Sobras;
abaixo, obra de 1950 que integra
o conjunto das Fotoformas
AS SÉRIES
Geraldo de Barros fez fotogra-
fias em dois momentos-chave de
sua trajetória, conta a coordenadora
do IMS: entre 1946 e 1951, em um
período de formação, paralelamen-
te à produção de pinturas, desenhos
e gravuras, de onde saíram as Fo-
toformas. O segundo momento é
ligado aos seus dois últimos anos
de vida, entre 1996 e 1998, quando
produziu Sobras a partir de seu ar-
quivo de fotos de família.
Esta última série foi feita em
condições difíceis, pois Barros havia
sofrido alguns derrames que limi-
taram os movimentos e a fala. A
parceria com a fotógrafa Ana Mo-
raes foi um elemento fundamental
não somente pela atuação dela co-
mo assistente, mas também por
saber interpretar os desejos dele.
Uma coautoria que quase sempre
é subestimada pela família e pela
crítica, inclusive neste livro.
Fotos: Geraldo de Barros
Microfone
Speedlights / Estéreo Lentes
Flashes NIKKOR
Oculares
e Visores
Unidade
GPS
Controles Remotos
e Disparos
Pacotes de Baterias /
Acessórios e Alimentação e
Transmissores Adaptadores AC
Sem Fio
Estojos /
Alças Fios &
Cabos
NatGeo Contest
Brian Yen
B
rian Yen, de Hong Kong,
é fotógrafo por hobby ,
mas a imagem que con-
seguiu captar dentro de
um trem lhe rendeu um prêmio de
US$ 10 mil e o destaque de ganha-
dor principal do National Geograp-
hic Photography Contest 2014, que
teve os resultados divulgados em
dezembro de 2014. A foto que ele
inscreveu superou outras 9.289
imagens inscritas por gente de 150
países e também foi o primeiro lu-
gar na categoria Pessoas. O con-
curso ainda premiou outras duas
categorias: Natureza e Lugares.
Yen conta que fez a foto por me-
ro acaso: estava se locomovendo
com a filha dentro do Ocean Park,
um parque aquático em Hong
Kong, num percurso que dura cer-
ca de cinco minutos. No trem, as
luzes se apagaram e um painel
acima da cabeça dos passageiros
passou a mostrar uma projeção
de imagens do fundo do mar. O va-
gão estava cheio e todos estavam
distraídos com as próximas atra-
ções que veriam. Mas uma mulher
chamou a atenção do fotógrafo no
meio da multidão por estar con-
centrada no celular, alheia ao
mundo. Yen sentiu que aquela ima-
gem representava um dilema do
mundo contemporâneo: ao mesmo
Registro de Brian
Yen, feito em um
parque aquático
em Hong Kong, foi
o grande vencedor
do concurso
Março 2015 37
OLHAR GLOBAL
Triston Yeo
Foto sobre banhista em tempo em que a tecnologia liberta em parte do prêmio, o chinês ganhará uma
piscinas de águas relação às limitações de tempo e espaço, viagem à sede da National Geographic,
termais em Budapeste também aprisiona quando desestimula em Washington, DC (EUA), para participar
deu a Triston Yeo, de a pessoa a se envolver com o que está de um seminário de fotografia.
Singapura, o prêmio
principal em Lugares
ao seu redor.
Brian Yen também é um ganhador NATUREZA E LUGARES
especial por ser membro desde 2008, A foto vencedora na categoria Natu-
praticamente o começo, da comunidade reza foi feita nas margens do Rio Mara,
Your Shot, rede social mantida pela Na- que corta os territórios do Quênia e da
tional Geographic. Nela as pessoas po- Tanzânia, no leste da África. A belga Ni-
dem enviar fotos para receber comen- cole Cambré estava especificamente na
tários e likes de outros usuários, e talvez Reserva de Serengeti, na Tanzânia, quan-
até mesmo uma dica ou uma sugestão do percebeu que diversos gnus se reu-
de um dos editores da revista. E há casos niam em torno das águas do rio. Um de-
em que a foto merece um grande mérito les subitamente pulou de uma pequena
ao ser publicada em uma das edições da elevação. Nicole teve a sagacidade de
NatGeo. Por isso, ele credita parte do fazer o clique na janela no exato mo-
prêmio às orientações que recebeu como mento em que o gnu misterioso estava
membro da comunidade. E ainda como em meio à queda.
Acima, gnus flagrados nas margens do Rio Mara, na Tanzânia, rendeu à belga Nicole Cambré a melhor colocação em
Natureza; abaixo, registro do australiano Peter Franc, feito no metrô do Japão, recebeu menção honrosa em Lugares
Peter Franc
Aytül Akbas
Aytül Akbas recebeu menção
honrosa pelo registro do sobrinho
durante uma tempestade
MENÇÕES HONROSAS
Quase todas as imagens premiadas
no concurso da NatGeo foram de oportu-
nidade única, como muitas das menções
honrosas. O turco Aytül Akbas, por exem-
plo, estava com o sobrinho em Kocaeli, li-
toral noroeste da Turquia, fazendo fotos
debaixo de chuva. Em determinado mo-
mento, quando ele estava prestes a pres-
sionar o disparador, uma rajada de vento
virou o guarda-chuva do sobrinho ao con-
trário e, simultaneamente, uma onda es-
tourou com surpreendente força. Aytül
Christian Miller
O
artista tem a prerrogativa é o caso da sul-coreana Jee Young
da criação. Pelo meio que Lee, de 32 anos, que decidiu ser fo-
escolhe, seja música, pin- tógrafa já pensando em não apenas
tura ou qualquer uma das registrar o que já existe, mas criar
outras cinco artes, ele consegue in- algo para ser registrado.
ventar praticamente qualquer coisa. Jee Lee se formou em Design
O fotógrafo, militante na oitava arte, de Comunicação Visual, em 2007, e
nem sempre tem essa opção; na passou a usar outras formas de arte
maioria das vezes, está limitado ao em busca de resultados diferentes
que já existe para mostrar o que na fotografia. Para inventar um mun-
ninguém percebeu ou valorizou. Não do totalmente inédito, ela escolheu
produzir cenários. A cada ideia que
tem para um novo trabalho, limpa
o estúdio (de cerca de 14 m²) e usa
a pintura, a escultura e a instalação
para formar a ideia que tem na ca-
beça em uma realidade 3D. Então,
prepara a câmera e se posiciona (ou
então contrata uma modelo) dentro
do cenário criado por ela e faz o cli-
que. O resultado é sempre surpreen-
dente, e não há uso de Photoshop
em suas criações.
Fotos: Jee Young Lee
Março 2015 43
Jee Lee se inspirou A CRIAÇÃO de confusão e negação da realidade que
na sua infância para
Todos os componentes que estão no uma criança pode sentir em relação ao
criar Panic Room;
ela demora cerca de cenário – que demora de um a três meses mundo durante a fase de crescimento.
três meses para para ficar pronto – são feitos por ela. O Outra foto cuja inspiração evocou da
criar um cenário material usado é sempre algo que possa infância foi Reaching for the Stars (algo
ser facilmente descartado, como isopor, como Tentando alcançar as Estrelas).
garrafas pet, palitos e papelão ondulado. Jee Lee usou cerca de dois mil copos de
O motivo para tal simplicidade é que, plástico (que pintou de laranja) como ti-
quando já conseguiu as fotos que queria jolos, para formar paredes – uma brin-
e percebe que foi bem-sucedida em ex- cadeira que a entretinha muito quando
teriorizar algum sentimento específico, criança. E tem um duplo sentido: sim-
destrói o cenário e segue em frente. “É boliza a esperança de alcançar as estre-
como uma terapia”, diz. las se a estrutura for construída com de-
Jee Lee tem a inspiração para as fotos terminação e paciência.
a partir de memórias da infância, do ima- Quando se trata de interpretar o ima-
ginário coletivo ou dos contos populares ginário coletivo, escolher uma foto que
coreanos, que têm um significado emo- seja centrada nisso é mais difícil. Ela diz
cional importante para ela. Um dos cená- que sempre usa, de uma forma ou de
rios que evoca fortemente sua infância é outra, o imaginário coletivo para as suas
a obra Panic Room (Quarto do Pânico). Não criações. A que mais mostra isso expli-
somente a parte de brincar de esconde- citamente talvez seja a obra Birthday
esconde, que é possível de ver pela forma (Aniversário). Nela há uma pessoa saindo
como a modelo está tentando se fechar de um ovo formado com fios de nylon e
dentro de um armário, como o sentimento lagartos gigantes zanzando livremente,
FOLCLORE
Na parte de contos coreanos, há
várias fotos que foram inspiradas
em lendas e costumes de seu país
de origem. Uma delas é Resurrec-
tion (Ressurreição). O cenário foi
inspirado no Conto de Shim Cheong,
história do folclore coreano sobre
uma menina que, para salvar o pai
da cegueira, se vendeu para um gru-
po de marinheiros. Um dia ocorreu
uma tempestade, e os marinheiros
mandaram-na pular ao mar para Shim Cheong foi parar dentro do rie de eventos que a levaram à fe-
se sacrificar (em tempos antigos, palácio do Rei do Mar, que ficou com licidade completa.
no mundo todo, acreditava-se que pena dela e a mandou de volta para Para fazer as plantas e a própria
mulheres traziam má sorte para a superfície dentro de uma flor de flor de lótus que estão no cenário,
embarcações marinhas). A menina lótus, e a partir daí ocorreu uma sé- Jee Lee usou um material muito co-
Março 2015 45
Fotos: Jee Young Lee
Acima, Gamer; na pág. mum: papel. Para criar a atmosfera mística, noturna”). Para essa imagem, ela precisou
ao lado, a obra encheu o ambiente com fumaça gerada da ajuda de um amigo, que também é ar-
Nightscape: a artista por gelo seco. A artista teve a ideia para tista. Eles fizeram dezenas de leques (um
não usa Photoshop ou
qualquer outro editor
fazer essa imagem porque na época pas- elemento cultural muito comum na Coreia
de imagem sara por vários problemas que a fizeram do Sul) e os pintaram. Como há a tradição
sentir como se estivesse “chegando no oriental de desenhar elaboradas paisa-
fundo do mar”, mas conseguiu superá-los gens em leques, Jee Lee decidiu pintá-
e subiu novamente à superfície – por isso los com cores azuladas e usá-los para
o nome que implica um novo nascimento. criar uma paisagem (meio que como um
Na sequência: Outra imagem inspirada no país onde processo reverso). A obra também evoca
Birthday, Foodchain e nasceu é Nightscape (expressão da língua o senso de natureza e procura formar um
My Chemical Romance inglesa que significa algo como “paisagem crescendo com cores mais fortes, como
vermelho, para mostrar angústia ela, é importante que haja uma forte considerada uma das artistas em
interior – ou pelo menos essa era a noção de realidade, e isso é obtido ascensão com mais destaque no
intenção da artista. com a fotografia. “Sinto que as coi- país. Ela atribui esse sucesso ao su-
Quando termina de fotografar sas que imagino só são percebidas posto poder de atração que as ima-
um cenário, Jee Lee tem consigo como reais porque estão em uma gens que cria têm: “Faço as fotos
quatro ou cinco negativos por vez, foto, que por definição capta apenas pensando em momentos importan-
o que ela julga ser mais do que su- o que existe”, explica. tes da minha vida. A minha intenção
ficiente, já que só usa uma imagem Atualmente, o dinheiro que con- é que, quando as pessoas olhem o
para seu portfólio e para exposições. segue com a venda das imagens é resultado, evoquem lembranças
Ela fotografa com uma câmera mé- a sua única fonte de renda, o que impactantes de suas próprias vidas”,
dio formato Toyo 4x5 , com fole bas- não é uma surpresa, pois Jee Lee diz. Para ver mais do trabalho dela,
culante, e usa filme 6x7 cm. Para é bem popular na Coreia do Sul e acesse http://migre.me/osuam.
Divulgação
Março 2015 47
CULTURA
Fotos: William Eggleston
O fotógrafo
William Eggleston
POR JUAN ESTEVES
W
O fotógrafo se illiam Eggleston’s Gui- nessee, em 1939. Quase 40 anos
de foi a primeira ex- depois, os brasileiros poderão ver
notabilizou por posição individual no de perto a obra de Eggleston na pri-
registrar a vida Museu de Arte Moder- meira retrospectiva do artista por
na de Nova York (MoMA) a mostrar aqui, prevista para o período de 15
comum que o cercava uma imagem fotográfica colorida. de março a 14 de junho de 2015, no
em composições com Também deu origem ao primeiro Instituto Moreira Salles (IMS) do Rio
cores fortes que livro todo com imagens coloridas de Janeiro (RJ).
publicado pela entidade, sacramen- A mostra concentra a produção
viriam a quebrar a tando em 1976 o trabalho do fotó- nas décadas de 1960/70/80 e como
hegemonia do P&B grafo nascido em Memphis, Ten- destaque traz as fotos que estiveram
VIDA AMERICANA
William Eggleston seria emble-
mático no sentido mais amplo, pois
ele não só estava fazendo imagens
coloridas, como seu assunto pre-
dileto era a mais comum represen-
tação da (não menos comum) vida
americana, aquilo que ainda é cha-
mado de american way of life. O fo-
na antológica mostra do MoMa. São quisa em parceria com Thyago No- tógrafo documentava o que todos
cerca de 150 imagens de diferentes gueira, coordenador de fotografia viam no dia a dia, nas ruas, no pró-
portfólios de Eggleston, como Los contemporânea do IMS. As imagens prio quintal, e aqueles registros
Alamos (1965-1974), Troubled Wa- vêm de importantes coleções, como passavam a ser considerados arte.
ters (anos de 1980), 5X7, Chromes do próprio MoMA, do acervo pessoal O conteúdo era vernacular, mas di-
e Guide. A curadoria é de Sergio Bur- do artista e da Chelm & Read Gallery, ficilmente estaria nos álbuns foto-
gi, coordenador da área de fotografia dos Estados Unidos. gráficos das famílias da época.
e do centro de conservação e pes- Em 1976, a mostra do MoMA e A sua maestria estava em nada
PRETEXTO
John Szarkowski (1925-2007),
curador, crítico e diretor do MoMa
de 1962 a 1991, conta em suas me- se sempre nas redondezas de Os personagens são vizinhos
mórias que teria ouvido de Eggles- Memphis, cidade onde o fotógrafo mais do que comuns. Uma mulher
ton que as pessoas comuns eram morava. As imagens são relativas de óculos de gatinho sentada na va-
apenas um pretexto para fazer fo- ao espaço privado dele, como a ca- randa. Uma churrasqueira com as
tografia colorida. Para o curador, sa em que morava, significados chamas altas emoldurada por um
havia uma vantagem de ele pensar importantes de seu mundo e de triciclo prateado, um detalhe da sua
assim, pois os cenários eram qua- sua identidade. casa... imagens que ganhavam força
Março 2015 53
CULTURA
A obra Triciclo em
Memphis, de 1969, foi
alvo de ação judicial
de um colecionador
contra Eggleston
William Eggleston
lhões, o dobro do que esperavam Dois anos depois, ficou impressio- diapositivos como Ektachrome, Ko-
os dealers da casa de leilões. nado com The Decisive Moment, do dachrome e Agfachrome, fez com
Deborah Batts, juíza da corte francês Henri Cartier-Bresson, e que suas imagens se diferencias-
de Nova York, decidiu que, “embora com American Photographs, do sem do snapshot comum. Entre-
a edição limitada e as subsequen- compatriota Walker Evans, dois li- tanto, exige que o observador se
tes edições (digitais) fossem pro- vros da antologia máxima da foto- debruce com mais atenção sobre
dutos da mesma imagem, elas são grafia. Começou a usar Kodachro- elas para perceber, por exemplo, a
marcadamente diferentes”. Para mes em 1965, mas já em 1967 pas- sua maestria em trabalhar com as
ela, haveria dano se ele tivesse saria a usar negativos coloridos. cores primárias e quentes ao fundo
usado o mesmo processo da tira- Naquele ano também faria contato enquanto o objeto principal faz o
gem inicial. A decisão trouxe um com nomes de peso, como Garry contraponto com cores frias. É a
importante marco, confirmando Winogrand, Lee Friedlander e Diane cor usada como forma.
que artistas que trabalham com Arbus, e mostraria seu portfólio a Para Martin Parr, que bebe na
múltiplos continuam a ter o direito John Szarkowski. mesma fonte, “Eggleston é o fotó-
de usar as imagens que criaram. Apesar das influências de Bres- grafo dos fotógrafos. Sua visão é
Porém, colocou em cheque a va- son e Evans, a excelência de Eg- quase indescritível. Mais difícil de
lidade das tiragens estabelecidas gleston não está no momento de- descrever do que a visão da maioria
pelos autores. cisivo bressoniano nem na compi- das pessoas, porque é sobre foto-
lação de uma narrativa documental grafar democraticamente, sobre
BRESSON E EVANS ao modo de Evans. Está em achar fotografar o nada, fazendo parecer
Eggleston pegou em uma câ- uma certa “beleza” na banalidade. interessante. E isso para mim é a
mera pela primeira vez em 1957. O recurso da cor, oriunda de filmes coisa mais difícil de se realizar”.
L
onge da cruel realidade da maioria dos pre-
sídios brasileiros, o de Itaúna, interior de
Minas Gerais, é um dos 33 no Estado que
seguem o modelo da Associação de Prote-
ção e Assistência ao Condenado (APAC). Foi exata-
mente por isso que 19 detentos tiveram acesso a
câmeras fotográficas para participar de uma oficina
de imagem e texto ministrada pelo fotógrafo Leo
Drumond e pela jornalista Natália Martino. O re-
sultado foi a revista A Estrela, publicação de 32 pá-
ginas em que todas as fotos e textos são de autoria
dos presidiários. Com tiragem de mil exemplares,
será distribuída para todos os demais presídios que
fazem parte do sistema da APAC mineira.
Março 2015 61
FOTOGRAFIA SOLIDÁRIA
Acima, registro feito por detento durante a oficina; abaixo, uma das aulas em
que aprenderam conceitos básicos de fotografia e a operar o equipamento Esse modelo penitenciário foi criado
em 1972 e propõe que a estrutura das
casas de detenção seja diretamente ge-
rida pelos próprios presos, que são res-
ponsáveis pela manutenção e segurança
do local, sob supervisão de membros da
sociedade civil da cidade onde está a
unidade prisional. No caso de Itaúna, é
a Associação Comercial local que faz
esse papel. O governo de Minas, por
meio da Secretaria de Segurança, ajuda
com verba para pagar funcionários. O
sistema tem dado ótimos resultados,
mas hoje somente 5% dos presidiários
de Minas estão em unidades da APAC,
pois os presídios são menores, não têm
superlotação e só recebem condenados
locais. E a comunidade é convidada a
participar da recuperação dos detentos
por meio de trabalho voluntário.
Agência Nitro
63
Os detentos fizeram interessantes cliques das tatuagens de alguns colegas
para ilustrar a reportagem sobre o tema que desenvolveram para a revista produção de conteúdo aos presidiários.
Ela convidou Leo Drumond, um dos só-
Fotos: Detentos da APAC de Itaúna
ROUBA CENA
Assim que o projeto foi aprovado, fo-
ram abertas 25 vagas, e 19 detentos se
inscreveram. “Podíamos escolher se
queríamos fazer com presos dos regi-
mes aberto, semiaberto ou fechado. Es-
colhemos o fechado porque acreditamos
que incentivar a pessoa que está apri-
sionada a fazer algo produtivo é positivo”,
diz Leo. Ele se lembra que os inscritos
se mostravam sedentos em aprender
coisas novas. Estar em contato com o
equipamento fotográfico de ponta era
uma forma de eles se atualizarem a res-
peito das tecnologias que estão à dis-
64
posição da sociedade. CURSO INTENSIVO Os equipamentos
Os kits com câmeras e lentes da Ni- Foi uma semana intensa de trabalho. ficaram com os
kon (que apoiou o projeto) eram com- detentos durante
As oficinas ocorriam de segunda a sexta,
sete dias, a fim de
postos por uma D3200 e uma D5100, das 9h às 17h, mas Leo e Natália conti- que eles usassem o
ambas com a objetiva 18-55 mm, uma nuavam com os presos até as 22h ajudando tempo disponível
D7100 com a 18-105 mm e uma D610 nas pautas que eles mesmo definiram de para fotografar para
com as 14-24 mm f/2.8, 50 mm f/1.4 e acordo com os assuntos que acreditavam as pautas da revista
105 mm f/2.8. O equipamento ficou du- ser possível abordar dentro do presídio.
rante uma semana com os presidiários, Um dos detentos fez um texto sobre a le-
que batizaram as câmeras fotográficas galização da maconha que ficou com um
com um apelido bem-humorado: “rouba
cena”. “Eles tiveram um cuidado incrível
com os equipamentos. Quando os recebi
de volta, não tinha nem uma poeira na
lente”, conta.
Leo Drumond também ficou impres-
sionado com a dedicação dos alunos.
“Eram muito disciplinados, concentra-
dos e respeitosos com a gente”, afirma
a ele. Nas aulas, o fotógrafo ensinou aos
detentos como controlar a abertura do
diafragma e a velocidade do obturador,
pois sua intenção era que eles usassem
a câmera apenas no manual.
No começo, eles ficavam mais foto-
grafando uns aos outros, fazendo retra-
tos. Aos poucos, o profissional foi ensi-
nando técnicas de composição e pro-
pondo novas formas de fotografar, como
fazer um retrato quando a pessoa não
Agência Nitro
Março 2015 65
FOTOGRAFIA SOLIDÁRIA
zido todo o conteúdo, a edição ficou uma oficina e, assim que conseguis- autoria de um deles, que podem ser
a cargo de Leo e Natália, pois não se a liberdade, faria registros para vistos na versão digital da revista
houve tempo de trabalhar essa etapa divulgar seu trabalho no Facebook. (http://www.projetovoz.com/). A pro-
com eles. Mas uma semente foi “Foi uma experiência incrível. dução de vídeo é uma técnica que
plantada. Boa parte dos detentos fi- Todos que estão presos um dia vão os profissionais pretendem explorar
cou encantada pela fotografia. Al- voltar para rua. E, quanto melhor mais nas próximas oficinas. A in-
guns contaram a Leo que gostariam essa pessoa voltar, melhor para todo tenção de Leo e Natália é realizar
de passar a fazer as fotos dos casa- mundo”, acredita. Além de fotos e mais quatro edições de A Estrela
mentos que acontecessem na famí- textos, os presos produziram alguns em outros presídios da APAC na re-
lia; um outro comentou que tinha vídeos, como um clipe de um rap de gião ainda em 2015.
Newborn
delivery Confira as dicas de três especialistas e
aprenda os segredos para realizar ensaios
de recém-nascido na casa do cliente
A
ideia de fotografar recém-nasci- para arcar com um estúdio próprio, pas-
dos em poses graciosas dentro saram a oferecer a fotografia de newborn
de cestos e caixas bem produzi- em domicílio. Uma espécie de serviço de-
dos tem atraído cada vez mais livery no qual as imagens podem ser feitas
pais eufóricos em busca de uma recordação na sala, no quarto ou em qualquer outro
dessa fase tão especial do bebê. No entanto, cômodo aconchegante da casa do bebê,
ainda existem famílias que ficam receosas proporcionando conforto aos pais e à crian-
em sair de casa com a criança (especial- ça. Sem contar que a proposta ainda acres-
mente nos primeiros dias de vida) para le- centa um bom benefício ao trabalho: muitas
vá-los em um estúdio apropriado. vezes os detalhes do ambiente domiciliar
Alguns fotógrafos, seja por opção ou podem ser incluídos ao ensaio.
porque ainda não conseguiram recursos Engana-se quem acredita que é im-
Vivi Marcondes
Foto feita em domicílio:
trabalho, quando bem-
feito, não deixa nada a
desejar em relação à
produção em estúdio
Março 2015 73
DICAS PROFISSIONAIS
Vivi Marcondes
A fotógrafa Vivi possível realizar uma sessão com re- micílio é carregar e descarregar o carro
Marcondes usa a cém-nascidos em domicílio com a mes- com todos os acessórios que uso no en-
luz natural da janela ma qualidade obtida em estúdio. Existem saio”, diz Vivi Marcondes. Depois vem a
e inclui a decoração
do quarto do bebê para profissionais que optaram por esse tipo questão de levar tudo para dentro da casa
produzir ensaios na de serviço e tiveram sucesso, caso da do cliente. Se for em prédio sem elevador,
casa da cliente paulistana Vivi Marcondes, de 33 anos, a tarefa fica bem mais trabalhosa e can-
e das cariocas Julie Freitas, de 37 anos, sativa. Outra questão é espalhar a produção
e Liana Lemos, 34 anos. no ambiente para que os itens fiquem vi-
“A maior dificuldade de atender em do- síveis, sem atrapalhar a movimentação do
fotógrafo e dos moradores da casa. “Às ve- posicionar o bebê). Fora isso tem a mochila Acima, gêmeos clicados
zes é preciso arrastar móveis também. para a câmera fotográfica e as objetivas. por Julie Freitas, que
Não é fácil, mas é possível. No final de tudo, “Procuro levar três cestos e um caixote leva cestos e uma caixa
de madeira em sessões
procuro sair sem deixar nenhuma bagunça de madeira. Isso permite montar pelo feitas em domicílio no
para a mãe”, explica Vivi. menos quatro produções diferentes, va- Rio de Janeiro (como
riando os acessórios”, diz Julie. Para evitar mostra a foto abaixo)
BEM PREPARADO bagagem extra, a dica da fotógrafa é es-
A carioca Julie Freitas, uma das só- tudar antes o ensaio e levar somente aces-
cias-fundadoras da ABFRN (Associação
Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nas-
cidos), fixou recentemente residência em
São Paulo, onde também abriu um estúdio
para fotos de newborn. Porém, como boa
parte da clientela dela ainda está no Rio
de Janeiro, Julie optou por manter o aten-
dimento em domicílio dos cariocas.
Ela conta que, quando tem sessões
marcadas, viaja da capital paulista para
o Rio com o carro carregado com uma
mala grande e muitas sacolas. O kit de
Julie basicamente é composto por álcool
em gel, chupetas, fralda para recém-nas-
cido, acessórios (como wraps, headbands,
gorrinhos, roupinhas), props (cestos, bal-
Julie Freitas
Março 2015 75
DICAS PROFISSIONAIS
ACESSÓRIOS BÁSICOS
O kit básico para começar a fotografar
newborn na casa do cliente pode contar
com tecidos que não amassem e que sir-
vam tanto para o fundo quanto para a base
(preço médio de R$ 210); cestos (há mo-
delos a partir de R$ 40); mantas e xales
diversos para compor a cena (preço a par-
tir de R$ 70). Não podem faltar roupinhas,
gorros e laços de cabeça (os preços nesse
Liana Lemos
Março 2015 77
DICAS PROFISSIONAIS
Ao lado, Vivi Marcondes
usa máscara como item de
segurança e higiene; abaixo, ela
leva os acessórios organizados
em caixas para facilitar a
escolha na hora do ensaio
ILUMINAÇÃO PRÁTICA
Muitas vezes os ambientes e a
iluminação da casa do cliente aca-
bam sendo um território desconhe-
cido, salvo quando ele já teve opor-
tunidade de fazer um ensaio de ges-
tante anteriormente com a mãe.
Na maioria dos casos, a saída
adotada pelos profissionais para
não encontrar surpresas quando
chegam à casa dos clientes é pedir
para que eles enviem fotos do quar-
to do bebê, do casal e da sala de
estar. Por meio das imagens Julie
Freitas diz que consegue analisar
qual o ambiente mais iluminado,
Caprichar na produção,
combinando algumas
peças antes de partir
para o ensaio delivery,
é um truque para
evitar bagagem extra
Março 2015 79
DICAS PROFISSIONAIS
Julie Freitas
Julie Freitas
aproveita a sessão
delivery para reunir a
família e clicar todos
no ambiente familiar
e até a arrumação da mobília da ca- acrescentar 30% no valor corres- denadas para cada ensaio.
sa se ela for deslocada. pondente ao deslocamento”, ensina Uma postura adotada pela fotó-
Todos esses fatores devem ser Liana Lemos. grafa Vivi Marcondes em ensaios na
ponderados na hora de formular o Investir na qualidade dos aces- casa do cliente é a de usar uma más-
preço a ser cobrado. “São custos sórios, pois os produtos acabam so- cara cirúrgica para evitar ao máximo
diferentes do que se tem em um es- frendo com o desgaste de transporte, o contato com o bebê. Ela também
túdio (como aluguel, imposto pre- é algo que o fotógrafo iniciante de usa meias com sistema antiderra-
dial, água e luz) e o profissional que newborn delivery precisa ter cons- pante para circular pelos ambientes
atende na casa do cliente precisa ciência. É essencial manter sempre da casa, evitando assim espalhar a
considerar no orçamento duas ho- tudo higienizado e deixar preparadas sujeira contida na sola dos sapatos.
ras a mais de trabalho, além de entre duas e quatro produções coor- Mas há quem opte por protetores
para os próprios sapatos, como os
usados em hospitais.
Vantajoso para quem ainda não
Aprenda mais na T&P tem estúdio, o ensaio de newborn
delivery permite mais proximidade
Na revista Fotografe Técnica&Prática,
você pode acompanhar uma série de com os pais, incluir detalhes da ca-
reportagens sobre fotografia de sa e oferecer um conforto para as
newborn: “Como escolher os acessórios mães que ainda se recuperam do
certos”, na edição 41; “Como posicionar
o bebê para a foto”, na edição 42; e “A pós-parto. Em contrapartida, existe
iluminação correta para fotografar”, a questão das complicações em
publicada na edição 43. relação a transportar a produção
As aulas sobre newborn na T&P são
ministradas pelas profissionais Laura e encontrar ambientes com restri-
Alzueta e Eileen Parker, especialistas ção de espaço e iluminação. Se o
em fotos do segmento. Outras três fotógrafo estiver bem preparado,
reportagens estão previstas para a série
sobre fotografia de recém-nascidos. o ensaio não deixará nada a desejar
em relação ao feito em estúdio.
C
ompacto e de luz contínua, não há o que
led comercializados no Brasil e discutir: os iluminadores de led – acessórios
veja como aproveitar o acessório com centenas de diodos emissores de luz
distribuídos em pequenos painéis – pare-
cem feitos sob medida para determinados segmentos
da fotografia. Os portáteis, por exemplo, agradam
especialmente aos fotógrafos ligados a áreas de
eventos sociais. No entanto, alguns profissionais
de estúdio também incluíram o recurso de ilumi-
nação em suas produções, tirando o máximo pro-
veito dos iluminadores mais robustos para fazer
imagens mais criativas.
O nome vem da sigla Light Emitter Diode, ou
Diodo Emissor de Luz. É um componente ele-
trônico semicondutor da mesma tecnologia
usada em chip de computador e que tem a pro-
priedade de transformar energia elétrica em
luz. Os modelos variam entre os portáteis
(com preços entre R$ 230 e R$ 1 mil) e aqueles
feitos especialmente para trabalhar em es-
túdio (de R$ 330 a R$ 2.050).
Dependendo da categoria e do modelo,
os iluminadores oferecem algumas par-
ticularidades que merecem atenção. Al-
guns portáteis podem ser facilmente
acoplados em monopés ou tripés, ou
na própria sapata da câmera. A maioria
usa pilhas e baterias. E há aqueles
que têm adaptador de energia auto-
motiva. Os mais sofisticados, como
os de estúdio, podem ser facilmente
usados com energia elétrica, em
modo bivolt automático.
Março 2015 83
EQUIPAMENTO
A maioria dos leds portáteis ficar a temperatura de cor, favore- seus trabalhos e conta que o lado
tem encaixes laterais para acoplar cendo uma iluminação mais quente positivo de usar o acessório está na
um ou mais iluminadores, for- na produção. Alguns modelos mais versatilidade: tem tamanho com-
mando um painel de luz. Da mes- sofisticados contam com abas para pacto, é discreto e fácil de carregar
ma maneira que certos modelos direcionar a luz e outros podem re- em qualquer bolsa. Ele ensina que
acompanham filtros, tanto para ceber até mesmo acessórios de a melhor maneira de fazer uso dos
difundir a luz quanto para modi- luz, como hazy ou softbox. iluminadores portáteis não é na sa-
As vantagens e os modelos são pata da câmera, pois isso gera luz
diversos. Para ajudar os leitores que comum e dura, e sim acoplados em
têm dúvida a respeito desse tipo de um monopé, contando com a ajuda
iluminação, Fotografereuniu os ilu- de um assistente que pode direcio-
minadores das principais marcas nar melhor a luz.
encontradas no mercado brasileiro Porém é preciso ter muito sin-
com ficha técnica e preço médio. cronismo para ser eficiente e bem
Além disso, não podia faltar a opinião rápido. “Caso você trabalhe sozinho,
de quem já usa o led. Nesse caso, sem assistente, a dica é acoplar o
o fotógrafo de eventos sociais Davi led em um tripé e usar a criativida-
Martins (que já testou na edição 219 de, colocando o iluminador na con-
o led Amaran AL 160) e Brasilio Wil- traluz, por exemplo”, explica ele.
le, fotógrafo que usa esse tipo de A desvantagem dos leds portá-
luz em produções de estúdio. teis em relação ao flash compacto
Shutterstock
Cris Matias
baixo consumo de energia.
Ele acredita que o surgimento do led,
tanto os portáteis quanto os combinados
com flash (para uso em estúdios), só vem
a acrescentar ao mercado, aumentando a
disponibilidade de luzes para fotógrafos
profissionais e amadores. “A aplicação
Divulgação
Março 2015 85
EQUIPAMENTO
MegaLed
Marca: Atek
Controle de potência: dimmer
Temperatura de cor: 5.550k
Peso: 4.270 kg
Dimensões: 21 cm x 33 cm x 72 mm Led 500
Encaixe: tripé Marca: Mako
Fonte de alimentação: energia elétrica Controle de potência: dimmer
(bivolt automático) Temperatura de cor: 5.500k a 5.550k
Diferencial: abas dobráveis para Peso: 1.350 kg
direcionamento de luz Dimensões: 12,5 cm x 26,5 cm x 2,35 mm
Preço médio: R$ 1.550 Encaixe: tripé
Fonte de alimentação: energia elétrica
(bivolt automático)
Diferencial: acompanha difusor esférico
e é compatível com acessórios da linha
G4 da Mako
LD 500 C Godox Preço médio: R$ 1.644,50
Marca: Godox
Controle de potência: dimmer e via
controle remoto
Temperatura de cor: 3.300K a 5.600K
Peso: 1.440 kg
Dimensões: 39 cm x 30 cm x 6 cm
Encaixe: tripé e de trilho suspenso
Fonte de alimentação: energia elétrica
ou duas baterias tipo Sony NFP970
Diferencial: abas dobráveis para
direcionamento de luz, controle remoto
para ligar e desligar, e ajustar a
intensidade de luz (10% a 100%) e alterar
a temperatura de cor
Preço médio: R$ 1.450
LD 1000 C Godox
Marca: Godox
Controle de potência: dimmer e via
controle remoto UltraLed AC
Temperatura de cor: 3.300K a 5.600K Marca: Atek
Peso: 2.440 kg Controle de potência: não possui
Dimensões: 43 cm x 46 cm x 10 cm Temperatura de cor: 5500K
Encaixe: tripé e trilho suspenso Peso: 400 g
Fonte de alimentação: energia elétrica Dimensões: 84 mm x 84 mm x 90 mm
ou duas baterias tipo Sony NFP970 Encaixe: tripé e sapata da câmera
Diferencial: abas dobráveis para Fonte de alimentação: energia elétrica
direcionamento de luz e controle (bivolt automático)
remoto para ligar e desligar, e ajustar Diferencial: abas dobráveis para
a intensidade de luz (10% a 100%) e direcionamento de luz e articulação de
alterar a temperatura de cor suporte com encaixe para difusor
Preço médio: R$ 1.700 Preço médio: R$ 330
Março 2015 87
EQUIPAMENTO
CN-160
Marca: World View
Controle de potência: dimmer
Temperatura de cor: 3200k a 5400k
Peso: 245 g
Dimensões: 15 cm x 5,6 cm x 10 cm
Encaixe: tripé e sapata da câmera
Fonte de alimentação: Pilhas AA ou
baterias de Li-íon recarregáveis
Sony NP-F/NP-FM/QM Series ou
Panasonic CGR-D16S
Diferencial: vem com filtros de efeito
de foco, efeito difuso e redução da
temperatura da cor para 3200K
Preço médio: R$ 250 LED 112 TDV E-Image
Marca: E-Image
Controle de potência: dimmer
Temperatura de cor: 5600k
Peso: não especificado pelo fabricante
Dimensões: 12,7 cm x 7,62 cm x 3,3 cm
Encaixe: sapata da câmera
Fonte de alimentação: bateria
recarregável lítio-íon
Pro K312 Led Diferencial: controle de brilho com
Marca: VidPro ajuste de stepless
Controle de potência: dimmer Preço médio: R$ 450
Temperatura de cor: 3200k a 5600k
Peso: 350 g
Dimensões: 19 cm x 11 cm x 3,5 cm
Encaixe: tripé e sapata da câmera
Fonte de alimentação: Funciona ligado
diretamente na tomada (bivolt) ou com
baterias de lítio-íon recarregáveis Sony
NP-F550, NP-F750, NP-F960 e NP-F970
e Panasonic D80S/D16S/D28
Diferencial: acompanham kit com case,
carregador, baterias e filtro difusor de
encaixe magnético
Preço médio: R$ 900
DIAFILME
www.diafilme.com.br
(41) 3223-0673
GREIKA
www.greika.com.br
(11) 3393-2700
INCOFLASH
www.incoflash.com.br
(54) 3321-2100
JPM IMPORTS
www.jpmshop.com.br
(11) 2306-6917
KABUN
www.kabum.com.br
(19) 2114-4444
Led Light Triopo TTV 126 LED 144 AS E-Image MAKO
www.mako.com.br
Marca: Triopo Marca: E-Image (47) 3641-6888
Controle de potência: dimmer Controle de potência: dimmer
Temperatura de cor: 4000K e 5500k Temperatura de cor: 3200K a 5600K MERLIN VIDEO
Peso: 325 g Peso: 255 g www.merlinvideo.com.br
Dimensões: não especificado pelo Dimensões: 14 cm x 9 cm x 3,8 cm (19) 3741-4488
fabricante Encaixe: tripé e sapata da câmera
SEEGMA
Encaixe: para sapata da câmera, para Fonte de alimentação: compatível com www.seegma.com.br
uso em tripé é necessário adaptador baterias da Série L da Sony (11) 5082-2302
Fonte de alimentação: pilhas AA ou Diferencial: conexão para carregador
bateria recarregável lítio-íon F550 automotivo, difusor de encaixe magnético TUDO PRA FOTO
Diferencial: filtro difusor e âmbar e case de transporte www.tudoprafoto.com.br
(19) 3326-0122
Preço médio: R$ 250 Preço médio: R$ 700
Março 2015 89
TESTE
Fisicamente,
a nova 7D
assemelha-se
bastante ao
O botão de modelo
previsão de anterior
profundidade
de campo
está próximo
da mão
direita do
fotógrafo
Canon EOS
C
omo o nome já entrega, lução no universo SLR que possi-
Esta APS-C de 20 MP a Canon EOS 7D Mark II bilita autofoco eficaz durante o
tem disparo contínuo chegou finalmente ao modo de imagem ao vivo.
mercado brasileiro para Os cinco anos de espera foram
de 10 imagens por substituir a EOS 7D, lançada em suficientes para aprimorar quase
segundo e um 2009. Isso coloca fim na longa es- todos os recursos. Um dos mais
avançado sistema de pera dos fãs do modelo, que já não impressionantes é justamente o
acreditavam em um upgrade des- sistema de autofoco, que conta
foco automático com sa best-seller. Mas a atualização com 65 pontos e diversos ajustes
65 pontos. Mas fica chegou repleta de novidades, a co- de personalização. A câmera tam-
meçar pelo sensor APS-C de 20 bém está mais rápida no proces-
devendo a conexão MP com tecnologia Dual Pixel samento, tem entrada para dois
wi-fi embutida CMOS AF, até agora, a única so- cartões de memória, novos bo-
ESPECIFICAÇÕES
Sensor: APS-C (22,4 x 15 mm) de 20 MP
Monitor: fixo de 3 polegadas
(1 milhão de pontos)
Visor: pentaprisma (cobertura
100%; magnificação 1x)
Armazenamento: SD/CF (2 slots)
Objetiva: encaixe Canon EF-S/EF
Processador: Digic 6 (duplo)
Perfis de cor: sRGB, Adobe RGB
Autofoco: 65 pontos
ISO: 100 a 16.000 (expansão
para até 51.200)
Bateria: LP-E6N (670 disparos)
Dimensões: 149 x 112 x 78 mm
FOTO
Resolução máxima: 5.472 x 3.648 pixels
Velocidades: 1/8000s a 30s
Disparos contínuos: 10 ims
Arquivos: JPEG, RAW, JPEG + RAW
VÍDEO
Resolução máxima: 1920 x 1080 pixels
Taxa de quadros: 60p, 50p, 30p, 25p, 24p
Microfone: estéreo
Arquivos: MOV ou MP4
PREÇO OFICIAL
R$ 8 mil (apenas o corpo)
Fotos: Diego Meneghetti
Março 2015 91
TESTE
ao sensor full frame) e a conve-
niência (como wi-fi embutido, au-
sente na 7D Mark II).
A nova APS-C top de linha da
Canon não deve ter concorrente
direta na Nikon, que tem dado
preferência ao sensor de quadro
cheio – pelo menos até aqui não
há sinais de uma futura atualiza-
ção da D300s (já fora de linha).
Com isso, a 7D Mark II irá lidar
apenas com as irmãs da própria
marca. No Brasil, o corpo da nova
reflex da Canon tem preço oficial
Conexões de microfone, fone de R$ 8 mil. No exterior, o mesmo
de ouvido, flash, controle Entradas para dois cartões de modelo sai por US$ 1,8 mil.
remoto, USB e HDMI memória diferentes, SD e CF Acompanhe, a seguir, se vale a
pena investir na nova câmera.
DURO NA QUEDA
A 7D Mark II tem chassi de liga
de magnésio e é ligeiramente
maior e mais pesada que a 7D ori-
ginal (910g contra 820 g, só corpo).
Parte dessa diferença pode ser re-
sultado da proteção extra contra
poeira e umidade – nesse aspecto,
a 7D Mark II só fica atrás da EOS-
1D X. A alta resistência segue para
o obturador, com vida útil estimada
em 200 mil ciclos (na 7D original
Disco principal: três modos A bateria é nova, com carga é de 150 mil). A frente da nova câ-
personalizados (C1 a C3) útil estimada em 670 disparos
mera é bem similar ao modelo de
2009. A única diferença está no bo-
O botão Foto Criativa Essa alavanca é novidade tão de previsão de profundidade
abriga ajustes de na Canon e serve para de campo, que agora está maior
estilos de imagem, alternar entre áreas de
HDR e exposição pontos de foco, além de e posicionado à direita da objetiva
múltipla outros usos personalizados (igual ao da EOS 5D Mark III).
Na parte de trás, o layout é pra-
ticamente o mesmo da 5D Mark III
e, em relação à 7D original, há mu-
danças na função de alguns botões.
A novidade mais evidente é a pe-
quena alavanca ao redor do tradi-
cional joystick. Acionada pelo de-
dão, a peça funciona como um cu-
ringa, atribuindo novas funções ao
disco de seleção principal. É pos-
sível, por exemplo, alterar a sen-
sibilidade ISO ao puxar a alavanca
e girar o disco de seleção, sem pre-
cisar tirar o olho do visor. Isso torna
a regulagem da exposição muito
mais cômoda e ágil do que utilizar
Março 2015 93
TESTE Com o uso de dois processadores
Digic 6 (o mais avançado da marca),
essa nova DSLR possibilita disparo
O botão M-Fn contínuo de até 10 imagens por se-
tem função gundo (ims), com buffer para 31 fo-
O disco de que pode ser
modos tem personalizada tos em RAW, ou mais de 1.000 em
agora uma JPEG. Essa característica é muito
trava central importante para fotos de ação, co-
que impede
mudanças não mo esportes e eventos sociais, e
intencionais na 7D Mark II não decepciona nem
um pouco. Ao contrário: ela é tão
rápida que às vezes vale a pena
usar o modo de disparo contínuo
lento, regulável para 1 a 9 ims, ou
o disparo contínuo silencioso, que
faz até 4 ims. Na configuração mais
eficiente, é possível fazer fotos de
splash sem grande dificuldade,
mesmo sem flash.
A câmera também é superágil
no foco automático quando se fo-
tografa pelo visor. A área de auto-
foco ocupa mais da metade do
quadro e tem 65 pontos AF (na 7D
é tão útil quanto o wi-fi. 1.865 mAh) é um modelo novo e original são 19), todos do tipo cru-
Na lateral do corpo, uma tampa tem autonomia para pelo menos zado – a quantidade de pontos ati-
protege as duas entradas para car- 670 disparos, com uma carga (a vos é selecionada por aquela nova
tões de memória, uma no padrão 7D Mark II também é compatível alavanca em torno do joystick ou
SD e outra CompactFlash. No ou- com o modelo anterior, LP-E6). pelo botão M-Fn.
tro lado estão as conexões para Contudo, os ajustes de autofoco
microfone, fone de ouvido, cabo RECURSOS vão além. Como na 5D Mark III, há
de sincronismo de flash (contato A EOS 7D Mark II é atualmente uma área específica no menu (AF)
PC), controle remoto, USB (3.0) e a melhor câmera APS-C da Canon, só para a personalização desse sis-
HDMI. A bateria LP-E6N (7.2V, pelo menos no modo de fotografia. tema. A tela inicial apresenta seis
casos pré-programados, que po-
dem ser personalizados e diferem
Modelo tem bons recursos para vídeo na sensibilidade da busca de ele-
mentos que surgem sob o ponto
AF. É possível escolher até a ace-
No modo de imagem ao vivo, a único/área restrita). No modo de foto,
câmera repete o bom desempenho da o acionamento do live view é feito leração do autofoco, o que deixa a
EOS 70D em relação ao autofoco. Ao pelo botão Start/Stop; no de vídeo, transição entre planos mais ou me-
se fotografar ou filmar pelo monitor, basta ajustar a alavanca para tal nos suave. Além disso, a 7D Mark
o foco automático é rápido e eficiente, função; nesse caso, o botão
mesmo funcionando com apenas uma Start/Stop funciona como REC. II herdou da EOS-1D X o sistema
área (com três opções: prioridade de A 7D Mark II grava vídeos em de rastreio (EOS iTR), em uma ver-
face, flexizone/área ampliada, e foco full HD em 60p, 50p, 30p, 25p e 24p,
com opção de escolha do formato
são aprimorada, baseada na de-
do arquivo (MP4 ou MPG) e da tecção de rostos e de cor.
compactação da imagem (IPB, IPB As opções para a regulagem do
Light e ALL-I). Não há menu de
configurações específico para o vídeo autofoco são tantas que é preciso
– as opções estão no menu de disparo muita atenção na configuração. Pa-
e surgem apenas com a câmera rece que a Canon quis oferecer ao
nesse modo. Embora não seja tão
direcionada aos filmmakers quanto fotógrafo o máximo de personali-
a EOS 70D (que tem monitor zação, mas a lógica do funciona-
articulado e touchscreen), a 7D mento, novamente, não ficou tão
Mark II traz recursos relevantes
para esse público, como registro clara. Para complicar, os textos de
de timecode e saída HDMI limpa. ajuda no menu de autofoco são um
tanto dúbios. O melhor é se apro-
Qualidade da imagem
Ao fotografar em RAW, a 7D Mark em ISO 100 chega a 12 EV e per-
II gera uma imagem com quali- manece nesse nível até ISO 400,
dade satisfatória. Não é a melhor quando se reduz (a partir de ISO
disponível no atual mercado de 1.600, os desempenhos em RAW
câmeras APS-C, mas também e JPEG se igualam). O que de-
não deixa a desejar. O ruído digital, cepcionou um pouco foi a lente
por exemplo, não incomoda até 18-135 mm (sem STM), que re-
ISO 3.200. Já o alcance dinâmico gistrou nitidez máxima de 65%.
ÓTIMA
ABERTURA
MAIS NÍTIDA 65 %
f/8
em 50 mm BOA
MÉDIA
2.350 lw/ph
BAIXA
ABERRAÇÃO CROMÁTICA
MÍNIMA
MODERADA
OBJETIVA TESTADA
Canon EF-S 18-135 mm f/3.5-5.6 IS
Março 2015 95
TESTE
100 mm, ISO 3200, 1/3200s, f/8
O limite do buffer em
JPEG é de mais de mil
fotos consecutivas, na
velocidade de 10 fotos por
segundo, o que possibilita
registros como este
Março 2015 97
POR LAURENT GUERINAUD FOTOS DE LEITORES COMENTADAS
RAIO X
Como participar Cíntia Queli,
Nova Iguaçu (RJ) Rafael Schaidhauer,
São Paulo (SP)
A foto ficou muito estática... A garça está bem posicionada, do lado
A composição de fotos de ação oposto ao olhar dela. O fundo ficou muito
O objetivo desta seção é dar ao
leitor informações e dicas que sir-
precisa ser mais dinâmica, harmonioso e desfocado de maneira a
vam para um aprimoramento do ato evitando posicionar o tema no enfatizar a ave bem nítida. Parabéns, a foto
de fotografar. Ela é aberta a qual- centro do quadro, procurando ficou muito boa. Uma sugestão teria sido
quer tipo de fotógrafo: amador, ex- ângulo em contramergulho (de apontar a câmera mais para cima,
pert ou profissional. Antes de enviar cima para baixo), inclinando cortando no limite da pata embaixo para
suas fotos para análise, você precisa mais a câmera (aqui a inclinação aproveitar mais ainda o fundo e evitar que
ler e aceitar as regras a seguir: ficou insuficiente: parece falha), a ave pareça um pouco esmagada pela
entre outros detalhes. Outra borda superior do quadro.
• É importante ressaltar que um co- alternativa para a imagem Equipamento: Nikon D7100 com objetiva
mentário é necessariamente sub- realizada era fechar muito mais Nikkor 70-300 mm
jetivo. Não é um julgamento, mas o enquadramento e depois virar Exposição: f/6.3, 1/125s e ISO 250
apenas uma apreciação pessoal a imagem para surpreender o
que, portanto, pode ser contestada observador, conforme sugerido.
e criticada. Já que o objetivo de uma Equipamento: Nikon D3100 com
foto é agradar ao observador, qual- objetiva Nikkor 50 mm
quer crítica, mesmo que formulada Exposição: f/8, 1/250s e ISO 100
por uma só pessoa, aponta um ele-
mento que pode ser melhorado ou
ao menos discutido. Assim, a crítica
é sempre de caráter construtivo.
Como enviar
Envie até três fotos em arquivo no
formato JPEG e em arquivo de até 3
MB cada um para o seguinte e-mail:
fotografe@europanet.com.br.Escreva
“Raio X” no assunto e informe o seu
nome completo, cidade onde mora
e os dados da foto (câmera, objetiva,
abertura, velocidade, ISO, filme, se
for o caso, e a ideia que quis trans-
mitir). É importante que os dados pe-
didos sejam informados para ajudar
na avaliação das fotos e na elaboração
dos textos que as acompanham.
RAIO X
Rogério Tamizari,
Brasília (DF) Aretha Campos,
Recife (PE) Fernando Benites,
Rio de Janeiro (RJ) Luciana Lira da
Luz, Joinville (SC)
Gostei do efeito de O tema centralizado A cena valia a foto. A primeira percepção
diagonal criado pela tira todo o impacto. Em Porém, o resultado ficaria do observador é de que a
sequência dos gansos. geral, só vale para fotos muito melhor com um foto é torta. A inclinação
Porém, devido ao descritivas, de publicações enquadramento mais proposital da câmera seria
enquadramento, ficaria científicas. Você escreveu fechado, para evitar que adequada se houvesse
melhor se os dois que queria “mostrar os dois únicos elementos algo a dinamizar, uma
estivessem em foco: para como diante de um solo de destaque ficassem perspectiva criando uma
ampliar a profundidade de aparentemente tão seco foi agrupados no meio, diagonal atraente, ou
campo (amplitude do plano possível brotar uma flor tão deixando todo o resto do alguma coisa assim.
nítido), seria preciso fechar delicada“. Nesse intuito, quadro sem interesse. E Segundo, a foto ficou
mais o diafragma (valor por que não posicionar a diante de tal cena, acredito subexposta. E o observador
maior de f/). Tema branco flor no canto superior que valia a pena andar não sabe o que olhar: falta
em ambiente escuro é esquerdo para mostrar um pouco em busca de um uma hierarquização dos
complicado em termos de melhor o chão seco? Ainda ponto de vista que elementos. Volte outro dia
exposição: aqui os gansos seria possível colocar a permitisse um alinhamento quando a iluminação
ficaram superexpostos, câmera mais perto do nível melhor do Cristo com estiver melhor e procure
estourados, sem os do chão para enfatizá-lo a lua. Além disso, o outros ângulos e
detalhes das penas. O mais ainda e obter um monumento está um pouco enquadramentos que
melhor seria corrigir a ângulo mais atraente. desfocado. Um diafragma valorizem melhor o tema.
exposição privilegiando o Equipamento: Canon mais fechado, com f/11 ou Equipamento: Canon
tema mesmo que o fundo EOS T3i com objetiva f/16, poderia ter ajudado EOS T3i com objetiva
ficasse mais escuro. Canon 18-135 mm a conseguir mais nitidez. Canon 18-55 mm
Equipamento: Canon Exposição: f/8, 1/500s Equipamento: Canon Exposição: f/5.6, 1/250s
EOS SL1 com objetiva e ISO 400 EOS 70D com objetiva e ISO 400
Canon 55-250 mm Canon 70-300 mm
Exposição: f/5.6, 1/80s Exposição: f/7.1, 1/500s
e ISO 100 e ISO 500
RAIO X
José Lopes,
São Paulo (SP) Marco Costa,
Florianópolis (SC) Rodrigo
Chiaradia, São
José dos Campos (SP)
Frederico
Macedo,
Porto Alegre (RS)
Para fazer foto de um Registro comum de
grupo de elementos parecidos uma atração turística, que O preto e branco ficou O pôr de sol e os
há duas opções: a primeira é pode ser encontrado em mais adequado, já que você rastros de luz dos
com um enquadramento bem todo guia ou revista de percebeu que a versão carros poderiam
aberto, posicionando o grupo viagem. Mas três detalhes colorida não estava constituir elementos
no ambiente próximo a um incomodam: primeiro, o atraente. A cor multiplica a estéticos para a
ponto de ouro (o encontro de corte inferior, que ficaria quantidade de informações imagem, mas faltou um
duas das quatro linhas mais estético se fosse mais e isso pode perturbar a ponto de destaque para
imaginárias que dividem o baixo, seguindo o arco leitura da imagem. chamar a atenção do
quadro em três terços iguais circular da base da estátua; Contudo, o tratamento observador. Ele não
nos eixos horizontal e vertical); segundo, o ângulo, que em P&B não ficou bom: sabe o que você quis
a segunda é procurar um confunde a estátua com o o contraste está forte mostrar. Talvez o
enquadramento fechado que fundo; e o último, a mulher demais para uma cena formato da paisagem
deixe o observador imaginar com a câmera que aparece de relaxamento, amor e fosse mais indicado
que a sequência continua à esquerda da estátua união da família. As partes para exibir mais a
fora do quadro. Veja o corte (para fotografia de turismo, mais claras ficaram lagoa à direita. Assim,
sugerido, seguindo a segunda é sempre recomendável estouradas. Um tratamento a avenida ficaria
alternativa, posicionando o esperar para evitar que mais suave teria sido proporcionalmente
cogumelo nítido no ponto apareçam “outros mais adequado. menor e poderia ser o
de ouro inferior direito e dando fotógrafos” no quadro). Um Equipamento: celular elemento de destaque.
a ideia de que há mais ângulo mais de baixo para LG L90 com objetiva não Equipamento: Pentax
cogumelos à direita. Além cima teria sido melhor. informada K-x com objetiva
disso, uma leve alteração do Equipamento: Nikon Exposição: f/2.4 e ajuste Pentax 18-55 mm
ponto de vista teria permitido D60 com objetiva automático de velocidade Exposição: f/8, 1/400s
aproveitar melhor esse Nikkor 18-200 mm e de ISO e ISO 100 4
enquadramento, com uma Exposição: f/5.6, 1/500s
integração mais harmoniosa e ISO 100
da folha no primeiro plano.
Equipamento: Canon
EOS 7D com objetiva
Canon18-135 mm
Exposição: f/5.6, 1/125s
e ISO 640
213
102 Fotografe Melhor no 222
RAIO X
Crystian Santos,
Rio de Janeiro (RJ) José Bezerra,
Moreno (PE) Marcus
Victório,
Rio de Janeiro (RJ)
Cristyanne Cabral,
Aparecida de
Goiânia (GO)
Luzes de carros à noite A flor centralizada tira
com longa exposição todo dinamismo. O ângulo O espaço atrás da O ambiente, com os
rendem efeitos bacanas. de cima também não traz cabeça da criança reflexos na água, ficou
Mas virou clichê. Para originalidade. O fotógrafo prejudica a foto. Você bem atraente. A postura
aproveitar melhor esse precisa mostrar as coisas poderia ter virado a imponente do jacaré
efeito, é preciso procurar de maneira inusitada para câmera mais para a também ficou interessante.
um quadro diferente, despertar o interesse do esquerda ou agora pode Porém, a combinação dos
atraente, e considerar os observador, procurar uma cortá-lo, optando por um dois não agrada. Você
rastros de luz somente composição, um ângulo, formato quadrado. Além poderia ter valorizado
como um enfeite e não um ponto de vista disso, o observador mais o ambiente, abrindo
como o tema principal. diferenciado, escolher os demora para entender o enquadramento e
E para conseguir um céu elementos que inclui e os que o elemento humano procurando um ponto de
ainda com azul procure que exclui e determinar a à esquerda é o rosto de vista em que o jacaré
fotografar logo no começo posição de cada um, para quem acredito ser a mãe. ficasse na diagonal; ou, ao
do anoitecer. O céu preto evidenciar a harmonia da A atitude e a posição contrário, fechar mais o
empobrece o resultado. cena enquadrada. dela, tal como registrados, enquadramento, conforme
Equipamento: Canon Equipamento: Nikon não agradam. sugerido, para valorizar
EOS T5i com objetiva D3200 com objetiva Equipamento: Nikon a atitude do réptil e ainda
Canon 18-55 mm Nikkor 18-55 mm D200 com objetiva aproveitar a beleza do
Exposição: dados não Exposição: f14, 1/160s Nikkor 18-135 mm ambiente.
informados e ISO 200 Exposição: f/4.5, 1/200s Equipamento: Nikon
e ISO 200 D3200 com objetiva
Nikkor 55-300 mm
Exposição: f/6.3, 1/250s
e ISO 400
F
ofinhas, cheias de personalidade, com uma lista de fotos perfeitamente po-
de atitudes engraçadas, às vezes sadas, como “a criança-feliz-sentada-
louquinhas e incontroláveis, as com-uma-linda-contraluz-sorrindo-
crianças, principalmente as mais pe- para-a-câmera”, a chance de ficar frus-
quenas, são também o pesadelo de mui- trado é grande. Dá até para obter esse
tos fotógrafos iniciantes que as clicam tipo de imagem, mas certamente não
em uma sessão de retratos com poses acontecerá no momento em que o fotó-
planejadas: elas não ouvem as instru- grafo quer. E o pior é que, se ele tentar
ções, correm para todos os lados, fogem desesperadamente conseguir a imagem
assim que têm oportunidade, mexem que planejou, vai perder outras bem me-
nos equipamentos deixados ao alcance lhores: as naturais, espontâneas, engra-
delas e geralmente odeiam todas as çadas e cheias de vida.
ideias que foram preparadas antes da Com base nisso, a primeira dica é deixar
sessão de fotos. Por isso, registrá-las a criança livre e tentar captar a sua essên-
ao ar livre, enquanto brincam de forma cia: a energia, a personalidade, a deter-
espontânea, é a maneira mais corriquei- minação, a inocência e a felicidade. Não
ra e fácil de conseguir boas imagens. fique obcecado por capturar “aquele” olhar
Contudo, é possível vencer esse desafio dela, coloque energia e atenção em fazer
e conseguir belas fotos mesmo com poses imagens que contem um pouco da história
programadas. Mas, ao começar o trabalho do pequeno modelo.
A espontaneidade
da criança deve ser
sempre explorada,
como nesta foto do
leitor Rodrigo Cotrim
Francisco Palimier: surpresa Bruna Cris: muita alegria Alexandre Augusto: concentração
3 DIAS
DE EVENTO
13
PALESTRAS 2 CONVIDADOS
INTERNACIONAIS
Este ano o congresso Serão 14 especialistas Para enriquecer o congresso
ganhou um dia passando seu conhecimento teremos palestrantes
de palestras ao público internacionais
Palestranstes já confirmados
Ana Brandt Erika Muniz Weronica Eler Marcus Aurélio Simone Silvério Lidiane Lopez
pela 1ª vez no Brasil
Luciana Herrero Altair Hoppe Silvia Martins Jaiel Prado Carla Durante Michelle Vilanova
Liz Budnik
O corte vertical é o mais clássico Também é imprescindível capri- ma geral, é melhor evitar usá-lo
e tecnicamente correto em char na iluminação. Para quem não se houver luz suficiente. Pois, além
retratos, como os acima,
fotografa em estúdio, é preciso tomar de distrair a atenção do modelo, o
enviados pelos leitores Luiz
Carlos Cau (menina com a cuidado com as sombras, tanto no tempo de recarga pode fazer com
medalha) e Liz Budnik (bebê) modelo quanto na sala ou nas pa- que o fotógrafo perca boas opor-
redes. Não multiplique as fontes tunidades e fotos, principalmente
“caseiras” de luz: melhor abrir as com crianças agitadas.
janelas do que ascender três lâm- Da mesma maneira, para evitar
padas que irão deixar o retratado o desfoque de movimento, é reco-
Mande sua foto para a amarelo ou azul. mendável optar por uma velocidade
Em ambiente externo, evite o sol alta, superior a 1/250s ou mesmo
seção Lição de Casa frontal, que não ressalta o relevo do 1/500s para ações mais rápidas, co-
O tema para a próxima edição, rosto. Evite também o sol forte e ve- mo corridas ou pulos. Também não
a 223, será fotos na praia ou na neve. rifique se a luz não está causando fique mexendo nos ajustes da câ-
Caso você tenha uma boa foto sombras indesejáveis, principal- mera para não perder os momentos
sobre o assunto, envie-a para
a redação pelo e-mail mente abaixo dos olhos. Se o sol es- decisivos, principalmente quando a
fotografe@europanet.com.br até o tiver forte demais, coloque o modelo criança estiver brincando. Fique
dia 6 de março de 2015 e coloque à sombra e/ou use o flash para fazer sempre pronto.
no assunto “Lição de Casa”. Cada
leitor pode mandar apenas uma o preenchimento de sombras. A dica final é ser um pouco crian-
foto. As imagens enviadas serão O uso do flash, tanto em am- ça também, brincar com a garotada,
avaliadas e poderão ser usadas
como exemplos no artigo de Laurent
biente externo quanto interno, é fazer palhaçadas, ganhar a confiança
Guerinaud. A ideia é que os leitores polêmico. Há bons retratistas que delas e deixar que a sessão de re-
ilustrem as informações passadas o usam para eliminar sombras e tratos se desenrole de forma diver-
pelo especialista. Apenas as fotos
selecionadas serão publicadas. outros que o abominam por tirar tida e lúdica. Há grandes chances
a naturalidade da imagem. De for- de o resultado ficar excelente.
CORREIO
Tina Gomes
Adorei a reportagem
sobre a ex-cobradora Tina
Gomes na edição 221. Acho
que a revista deveria procu-
rar mais personagens assim,
como ocorreu em edições an-
teriores, como a incrível his-
tória da ex-babá americana Vi-
vian Mayer (cujo documentário
sobre a vida dela está concor-
rendo ao Oscar de 2015).
As fotos de Tina são tocantes,
principalmente quando sabemos
que ela usa recursos mínimos na
sua casinha na periferia. Fica ca-
da vez mais claro para mim que Olimpo por curadores também de gente como Sofia Borges, uma
o talento para fotografia indepen- meia-tigela enquanto talentos ver- fraude fotográfica que virou que-
de de raça, cultura, formação dadeiros são esquecidos ou ridicu- ridinha dos de sempre.
educacional ou posição social. larizados pela pseudointelligentsia
Cansei de ver artistazinhos de fotográfica tupiniquim. Quero mais Álvaro Thormann Heynes,
meia-tigela sendo elevados ao gente como Tina Gomes e menos via e-mail
Monitor articulado a Sony foi a primeira a lançar moni- formadores de opinião sobre foto-
Acredito que a redação se equi- tores articulados em todas as cate- grafia no Brasil, possuem uma res-
vocou ao afirmar na capa da edição gorias de câmeras. Posteriormente, ponsabilidade em desmistificar a
220 e no subtítulo do teste da Nikon no texto do teste se afirma que a falsa supremacia em qualidade des-
D750 que esta câmera é a primeira D750 é a primeira DSLR full frame sas duas marcas em detrimento da
full frame do mercado a ter monitor de monitor articulado, o que é ver- Sony e as demais.
articulado, já que foram lançadas dade, pois sabe-se que a A99 e a A7 Danilo Marin Rodrigues,
anteriormente a Sony Alpha A99 e a são DSLT e mirrorless, respectiva- via e-mail
A7. Inclusive, se não estou enganado, mente. Entretanto, na capa é possível
gerar essa falsa interpretação. Tam- O leitor tem toda a razão. Faltou
bém é importante lembrar que eu na capa a palavra DSLR, já que a
e os demais fotógrafos que utili- DSLT Sony Alpha A99 realmente vem
zam Alpha sofremos um pouco com monitor articulado. Quanto ao
com o domínio que existe com domínio de Canon e Nikon, essa é
Nikon e Canon no Brasil, tendo também uma realidade do mercado
grandes dificuldades em achar brasileiro e Fotografe concorda que
equipamento e suporte para as câmeras da Sony são de alta qua-
a marca, embora suas câ- lidade, não ficando em nada atrás
meras sejam muito ino- das duas principais concorrentes.
vadoras e com qualida- Em nosso teste com câmeras Sony
des equivalentes. E sempre informamos isso. No mais
vocês, como um dos recente comparativo entre câmeras
maiores veículos e das três marcas, na edição 210, a
superzoom Sony HX300 foi a vence-
ti
et Nikon D750: primeira dora diante das rivais da mesma ca-
egh
en DSLR full frame com tegoria, a Canon SX50 HS e Nikon
oM
ieg monitor articulado P520. Naquela mesma edição tam-
D
Desafio Fotografe
Ricardo Hantzschel
Data: até 29 de março de 2015
Local: Instituto Tomie Ohtake –
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 –
Jardim Europa
Informações: (11) 2245-1900;
www.institutotomieohtake.org.br O fotógrafo usou diferentes técnicas para captar a imagem, de pinhole à digital
A Longa Jornada
Registro do centro da cidade de São Paulo, feito por Chico Albuquerque, em 1955
FIQUE POR DENTRO
RIO DE JANEIRO (RJ) Local: R. Djalma Moellmann, 80 –
Cursos A escola Imagens & Aventuras traz os
cursos Básico, Regular e Expresso, Prá-
Centro
Informações: (48) 8404-6269
tica, Iluminação I e II, Photoshop e Ligh- www.saulofortkamp.com.br
SÃO PAULO (SP) troom 5. Há ainda os workshops Gestão
A Focus Escola de Fotografia oferece Profissional e Flash Experience. O CameraCom Estúdio traz os cursos
cursos: presencial, em sete módulos; Data: a partir de 2 de fevereiro Básico, Intermediário, Iluminação em
VIP, em dez módulos; e a distância, com Preço: consultar com a escola Estúdio e Tratamento de Imagem.
aulas individuais e personalizadas. Tam- Local: Av. das Américas, 500, bloco 4, Data: a partir de 2 de fevereiro
bém há a opção de fazer o curso profis- loja 106 – Barra da Tijuca Preço: consultar com a escola
sionalizante, com duração prevista de Informações: (21) 2494-5250 Local: R. Joe Callaço, 87, salas 201 e
quatro meses. Há ainda os cursos de www.imagenseaventuras.com.br 202 – Santa Mônica
Newborn, Smash the Cake, Smash the Informações: (48) 3207-6906
Fruit, Arquitetura & Fotografia de Inte- A Escola de Imagem prevê os cursos www.cameracom.art.br
riores e Fotocinegrafia em modo VIP. Completo, Básico, Photoshop, Lightroom,
Data: a partir de 5 de fevereiro Flash Externo, Luz e Composição e Book SÃO JOSÉ (SC)
Preço: a partir de R$ 510 Externo e workshops de Iluminação de A Escola de Fotografia Câmera Criativa
Local: R. Riachuelo, 265, cj. 12 – Sé Produtos e Iluminação de Pessoas em traz os cursos: Básico, Profissional, Ligh-
Informações: (11) 3107-2219 Estúdio, com Newton Medeiros. troom, Photoshop, Fotografia de Casa-
www.focusfoto.com.br Data: a partir de 2 de fevereiro mento, Iluminação de Estúdio, Direção
Preço: consultar com a escola de Modelo e Workshop de Newborn.
O Espaço da Fotografiaprevê o workshop Local: R. São João Batista, 95 – Data: a partir de 19 de fevereiro
de Fotografia de Newborn. Nele serão Botafogo Preço: consultar com a escola
abordados aspectos como técnica, cria- Informações: 0800-601-3264 Local: Av. Leoberto Leal, 389, sala 19
tividade, segurança e responsabilidade. www.escoladeimagem.com.br – Barreiros
Data: 21 e 22 de fevereiro Informações: (48) 9678-2525
Preço: consultar com a escola CAMPO GRANDE (RJ) www.cameracriativa.com.br
Local: Av. Santo Amaro, 3.092 – O fotógrafo Helcio Peynadodisponibiliza
Brooklin o Curso de Fotografia e Iluminação de BELO HORIZONTE (MG)
Informações: (11) 5531-9947 Estúdio. Há palestras gratuitas todos os O Estúdio Metrópole oferece Curso Com-
www.espacodafotografia.com.br meses perante agendamento. pleto, Photoshop para Fotógrafos, Foto-
Data: a partir de 11 de fevereiro grafia Analógica.
O Estúdio Newton Medeiros oferece os Preço: consultar com o fotógrafo Data: a partir de 1o de fevereiro
cursos Intensivo de Fotografia Digital, Local: Rua Augusto Meier, 6 Preço: consultar com a escola
Fotografia de Produtos (metais, joias, vi- Informações: (21) 3427-4031 Local: Av. Afonso Pena, 867 – Centro
dros e alimentos) e Estúdio Prático. www.helciopeynado.com Informações: (31) 3643-2476
Data: a partir de 2 de fevereiro www.estudiometropole.com
Preço: consultar com a escola BRASÍLIA (DF)
Local: R. Marajó, 113 – Guarulhos O Espaço f/508 de Fotografia apresenta A Escola de Imagemtraz os cursos Com-
Informações: (11) 2440-4747 o curso Básico. Dentre os tópicos abor- pleto, Básico, Luz e Composição, Flash
www.newtonmedeiros.com.br dados estão um panorama histórico da Externo, Lightroom, Book Externo, Pho-
fotografia, uso da câmera e conceitos toshop e workshops com Vinícios Matos.
O Instituto Internacional de Fotografia básicos de composição. Data: a partir de 2 de fevereiro
apresenta os cursos Intensivo de Foto- Data: a partir de 3 de fevereiro Preço: consultar com a escola
grafia de Casamento e Capacitação Pro- Preço: a partir de R$ 480 Local: R. Colômbia, 375 – Sion
fissional em Fotografia. Local: SCLN 413, Bloco D, sala 113 – Informações: (31) 3264-6262
Data: a partir de 2 de fevereiro Asa Norte www.escoladeimagem.com.br
Preço: consultar com a escola Informações: (61) 3347-3985
Local: R. Eng. Francisco Azevedo, 807 www.f508.com.br PORTO ALEGRE (RS)
– Vila Madalena A Escola Projeto Contatooferece os cur-
Informações: (11) 3021-3335 FLORIANÓPOLIS (SC) sos Fundamentos da Fotografia, Ilumi-
www.iif.com.br A Escola de Fotografia Saulo Fortkamp nação Profissional com Flash Compacto
traz os cursos Básico, Avançado, Câmera e Photoshop para Iniciantes.
CAMPINAS (SP) Compacta, Fotografia Dental e Ligh- Data: a partir de 3 de fevereiro
O Ateliê Cromotraz os cursos Fotografia troom. Há previsão para ocorrer ainda o Preço: consultar com a escola
Básica, Intermediária, Iluminação Still workshop de Macrofotografia e o projeto Local: Av. Venâncio Aires, 140, sala
e de Retratos e Books, Edição e Trata- Trilhas Fotográficas na Ilha da Magia. 202 – Cidade Baixa
mento de Imagem e Laboratório P&B. Data: a partir de 2 de fevereiro Informações: (51) 4101-4148
Data: a partir de 2 de fevereiro Preço: consultar com a escola www.projetocontato.com
Preço: consultar com a escola
Local: R. Álvaro Müller, 151 – Vila
Itapura ATENÇÃO: para participar desta seção, envie a programação para a
redação de Fotografe Melhor até o dia 5 do mês anterior ao evento, pelo
Informações: (19) 3234-8148 fax (11) 3819-0538 ou pelo e-mail fotografe@europanet.com.br
www.ateliecromo.com
(11) 3038-5093
ou
publicidade@europanet.com.br
Anuncie no Guia de Compras & Serviços da Revista Fotografe Melhor
Contato: (11) 3038-5093
publicidade@europanet.com.br
Controle de potência em f-stop
6 f-stops control range
Fotografia: Pandorabox | Fonte: Shutterstock
R$ 2.362,10 à vista ou
5% de desconto sobre o preço à vista para pagamento antecipado
(depósito ou transferência bancária).
6 x R$ 393,68 18 x R$ 164,43
Sem juros no cartão de crédito Compre na loja:
para compras por telefone ou www.makostore.com.br
www.makostore.com.br pagamento por cartão de crédito
pagamento por cartão de crédito Sistema PagSeguro Uol.
Visa, Master Card e Diners. Parcelamento com juros de 2,99% a.m.
Ligue e compre: 47 3641 6888 Total a prazo: R$ 2.959,74
em até 24 x
no Cartão BNDES. Compre por telefone
Parcelamento com juros de 9,98% a.a. Juros sujeito à reajuste a critério do BNDES.
Consulte outros planos de parcelamento para pagamento com cartão BNDES.
O MUNDO
ENCANTADO QUE
EXISTE NO JARDIM