Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
separadamente
INOVADORAS NO DISTRITO
IDEIAS
patrocínio:
Com o patrocínio:
editorial 3
IDEIAS
INOVADORAS NO DISTRITO
Tempo
Com o patrocínio:
de Inovação
Ficha técnica O s t e m p o s q u e p a s s a m s ã o d e i n ova ç ã o . E q u e m n ã o o s
aceita desse modo, mais dia menos dia é constrangido
Edição:
Jorlis - Edições e Publicações, Lda. p e l a re a l i d a d e a f a z ê - l o . E a c i m a d e t u d o e s s a i n ova ç ã o é
Director: p e r m a n e n t e e a b r a n g e n d o t o d o s o s s e c t o re s d a a c t i v i d a d e
José Ribeiro Vieira
Redacção:
humana.
Lurdes Trindade As actividades económicas não escapam a essa sorte.
Ilustração da capa:
Melhor dizendo, têm essa sorte. O Suplemento que hoje o
Bruno Gaspar
Fotografias: J L p u b l i c a t r a z a o s l e i t o re s a l g u n s d o s m u i t o s e b o n s
Lurdes Trindade e xe m p l o s d e a c t i v i d a d e s i n ova d o r a s , m u i t a s d e l a s p o u c o
Serviços Comerciais:
Élia Ramalho
c o n h e c i d a s , q u e a c o n t e c e m n a n o s s a re g i ã o .
Concepção Gráfica e Paginação: M u i t a s d e s s a s i n ova ç õ e s a s s e n t a m e m j ove n s e m p re s á -
Isilda Trindade, Rita Carlos r i o s , a l g u n s j á c o m e x p e r i ê n c i a s a n t e r i o re s d e â m b i t o f a m i -
Impressão:
Mirandela, SA. l i a r, q u e p re t e n d e m i r b e m m a i s l o n g e a p o i a n d o - s e n o d i n a -
Tiragem: m i s m o p r ó p r i o d a s u a j u ve n t u d e .
15.000 exemplares
Nº de Registo 109980
A l g u n s s ã o e xe m p l o s e x c e l e n t e s d e c r i a t i v i d a d e , d a n d o
Depósito Legal Nº 5628/84 f o r t e s i n d í c i o s d e u m a re n ova ç ã o d o s q u a d r o s e m p re s a -
r i a i s a t é a q u i f o r t u i t a . A a m p l i t u d e d a o fe r t a q u e t r a z e m
a o s c o n s u m i d o re s é g r a n d e e d i s t r i b u í d a p o r e m p re s a s d e
t a m a n h o s b e m d i ve r s i f i c a d o s .
O f u t u r o p a s s a p o r e s t e s e xe m p l o s q u e m e re c e m u m a p o i o
Rua Comandante João Belo, Nº 3 eficaz por parte das entidades que superintendem a nossa
Apartado 1098 - 2401-801 Leiria e c o n o m i a . E s t e s j ove n s p r ova m , s e t a l f o s s e n e c e s s á r i o ,
Tel. 244 800 400
Fax 244 800 401 q u e a m a s s a c i n z e n t a e x i s t e e j á d e u b o a s p r ova s .
E-mail: geral@jornaldeleiria.pt
to grave. O maior desafio que este país empreendedores Inovação e desenvolvimento são apenas
enfrenta é mesmo a questão do ensino. dois chavões ou em Portugal têm apli-
campanhas de sensibilização e aí o Esta- cação prática?
Por outro lado, as escolas não formam do pode ter um papel importante no sen- Apesar de tudo tem havido alguns inves-
para o empreendedorismo... tido de se dar valor ao que é português. timentos em sectores que envolvem ino-
Esse é outro problema. Mas aí acho que Atingiu-se um patamar em que o por- vação e investigação. Claro que o inves-
não se forma para o empreendedorismo tuguês não gosta de si próprio. Tenho timento parte, sobretudo, do sector pri-
porque os professores não são empreen- tido a felicidade de poder viajar bastante vado. Não vale a pena estarmos à espe-
dedores. Este país passa o tempo a dis- e quanto mais viajo mais dou valor ao ra que o Estado invista. As nossas empre-
cutir se se fica mais uma hora na esco- país que temos. O país precisa de se sas têm que tentar ganhar escala, não
la ou se se tem que se dar a aula de subs- desenvolver, mas temos de ter consciência é fácil, mas temos que fazer um esfor-
tituição e ninguém fala daquilo que real- que fazemos produtos de excelência. ço e olhar para esta questão da abertu-
mente interessa, que é afinal de contas, Temos uma qualidade de vida muito boa, ra das fronteiras como uma oportuni-
a formação das pessoas para o merca- muitas oportunidades e acesso a tudo dade e não como uma ameaça. Feliz-
do de trabalho. Mas, depois, os profes- quanto há de melhor no mundo. E quei- mente já há muitos casos de grupos e
sores também têm que substituir os pais xamo-nos sem saber o que se passa nal- empresas que estão a investir no estran-
e há uma grande indisciplina. Afinal, o guns cantos do mundo. Os portugueses geiro. É lamentável que Portugal tenha
professor tem um dos papéis mais impor- deviam ter lições de marketing. Porque perdido o papel que tinha em África.
tantes da sociedade, porque interfere na temos que passar a gostar de nós e ter Infelizmente deixou-se ultrapassar por
formação do nosso carácter, da nossa consciência que também somos bons. outros países que estão a tirar mais par-
personalidade, da nossa maneira de estar Quando começarmos a concentrar-nos tido. A nossa vertente Atlântica está
e de trabalhar. Por isso é fundamental nas coisas boas, provavelmente as outras muito mal explorada. Portugal tem que
que ele esteja motivado. O problema é pessoas vão começar a ver-nos de for- apostar em sectores com potencial de
que também acho que tem uma postu- ma diferente. Porque somos nós que nos exportação. Não há outra hipótese. Não
ra muito avessa à mudança. Por isso, deitamos abaixo. podemos achar que vamos viver do mer-
também não é fácil ser-se ministro da cado interno porque somos só dez milhões
Educação. Consigo ver as coisas de par- A sucessão é uma das preocupações de e vamos ser só sete milhões em 2050.
te a parte. muitos empresários. Na generalidade, Temos que conseguir ser competitivos e
as novas gerações estão preparadas para os mercados com mais exponencial são
Portugal, de uma forma geral, é um país assumir, com êxito, as empresas fun- África e Brasil.
de empreendedores? dadas pelos pais?
Somos um povo com sangue na guelra Essa situação é tão importante e é mui- E a China?
e isso é importante. Só que depois somos to menosprezada. Cerca de 99,9 por cen- Tive o privilégio de visitar a China e eles
amputados por este nosso traço cultu- to do tecido empresarial português é têm tudo feito. Já não têm nada a apren-
ral que é o de não convivermos bem com constituído por micro e pequenas e médias der connosco, nem precisam nada de
o fracasso. Temos ainda muitos Velhos empresas. Sabemos que essas empre- nós, embora nos próximos anos seja um
do Restelo. Hoje uma pessoa que fra- sas, em regra, têm base familiar, sendo mercado em potência para produtos com
casse é muito censurada pela sociedade que a sucessão e a forma como ela acon- valor acrescentado. E Portugal, como
e isso inibe. Nos Estados Unidos um tece é determinante para a sua sobrevi- os seus vinhos, por exemplo, pode ter
fracasso é encarado como uma expe- vência e para o seu futuro. O que me bons resultados na China. Os chineses
riência de aprendizagem e em Portugal parece é que não tem havido a preocu- dão muito valor ao estilo de vida dos
isso não acontece, o que amputa mui- pação de fazer o planeamento para a europeus e dos americanos. E se Por-
tos projectos à partida. As pessoas têm sucessão. Porque são pequenas empre- tugal conseguir ganhar uma imagem de
medo de arriscar. Há que fazer uma sas, porque a maior parte da geração de marca naquele sector conseguirá pene-
mudança tremenda a esse nível. Actual- empresários que está agora a ser suce- trar naquele mercado. Temos é que nos
mente, já se começam a ver algumas dida também não tem formação e menos- especializar naquilo que somos bons.
EMPRESA:
A 2 Connect, Lda que se encontra em fase de
reformulação - vai brevemente passar a cha-
mar-se Neonode Ibéria, S.A. - serve de plata-
forma entre a Neonode Inc e diversos merca-
dos. A Neonode concebe e desenvolve tecno -
logias patenteadas e produtos intuitivos foca-
lizados em experiências de usuário sem igual.
Com escritórios em Estocolmo, Suécia e San
Ramón, Califórnia, é uma empresa cotada no
NASDAQ com licenças e produtos vendidos
em todo mundo. Com a apresentação do seu
novo telemóvel, o Neonode N2, já disponível
nas lojas FNAC, El Corte Inglês, Media Markt e
nas grandes superfícies Jumbo por todo o
país, a empresa sueca revolucionou o merca-
do das telecomunicações, com um terminal de
reduzidas dimensões mas grande em inova-
ção. Mais Informação em www.neonode.com
Ricardo Figueirinha
O jovem que quis voar
ecidi dar um nome ao a empresa sueca e os mercados portu- ca se sentiu verdadeiramente realiza-
D Ricardo Figueirinha”.
Foi assim, de repente,
que este jovem, um dia,
partiu, rumo à Suécia,
para encontrar o seu caminho. Tinha
apenas 26 anos e por isso não foi fácil
convencer os responsáveis da empresa
guês e espanhol. Os contratos conse-
guidos atingem um volume de negó-
cios perto dos 4 milhões de euros, assu-
mindo o mercado espanhol especial pre-
ponderância com uma fatia de 80 por
cento. A empresa prevê para o próxi-
mo ano um volume de negócio de dez
do com essa situação. “Quero que me
reconheçam valor pelas minhas capa-
cidades e não por ser o filho de alguém,
por muita admiração e respeito que
tenho pelo meu pai, que sempre vi como
um exemplo”.
Tirou o curso de Gestão de Empresas
de telecomunicações sueca. E espera- milhões. “Está a correr bem, graças a como trabalhador-estudante no ISLA
vam uma pessoa mais velha e expe- Deus”, explica o jovem, a quem foram de Leiria, assim como uma pós-gra-
riente e não acreditaram nas capaci- recentemente incumbidos novos desa- duação em Certificação e Qualidade,
dades de um jovem que, ainda por cima, fios, como a exploração do mercado sul- na Universidade Católica, no Porto.
vinha de um país que mal conheciam. americano. “No início do ano, terei mais “É mais saboroso quando sentimos que
Mas, Ricardo Figueirinha não desis- um desafio pela frente: desenvolver as oportunidades são procuradas por
tiu e, com “um simples murro na mesa”, sinergias no mercado sul-americano, nós e não nos são oferecidas de ban-
viu premiada a sua persistência ao tra- nomeadamente no Brasil, Venezuela e deja”, afirma o jovem, que admite con-
çarem-lhe um objectivo para três meses, México, mercados em crescendo nesta tinuar ligado às empresas da família,
sem qualquer remuneração. O jovem área de negócios, provavelmente cul- dando o apoio possível sempre que é
reapareceu na Suécia 18 dias depois minando na necessidade de abrir escri- solicitado.
com a missão cumprida. Ficou então tório em São Paulo”, sublinha. Actualmente, Ricardo Figueirinha é
ligado a uma das mais promissoras Lutador, determinado e firme. É assim também vereador na Câmara Munici-
empresas de telemóveis internacionais, Ricardo Figueirinha, que começou a pal de Leiria. Eleito nas listas do CDS-
a Neonode Inc. trabalhar aos 14 anos na empresa de PP, está a substituir a vereadora Isa-
Daí até à criação da sua própria empre- manutenção industrial, transportes e bel Gonçalves até finais de Dezembro.
sa foi um passo. Ricardo Figueirinha, obras públicas do pai. Conta que des- “É mais um desafio que quero agar-
hoje com 30 anos, fundou a 2 Connect, de pequeno foi “programado” para gerir rar com empenho e entrega, aliás, como
Lda que serve de intermediária entre as empresas da família, mas que nun- em tudo o que faço na vida”.
Tiago Marto
O rigor de uma gestão
jovem e sofisticada
EMPRESA:
Nasceu em 2000, como TransforFat.
Sete anos depois, apresenta-se como
Grupo Transfor, que contém as
empresas Transfor Engenharias e
Construção, Transfor Madeiras,
Transfor Metais e Transfor Instala -
ções Técnicas. Dentro do grupo,
desenvolveram-se também marcas já
bastantes conceituadas no mercado,
nomeadamente a Transfor Interiores,
Transfor Manutenção e a Transfor
Engenharia e Construção, todas
englobadas na empresa Transfor
Engenharias e Construções.
A criação de mundos de negócio
autónomos dentro da Transfor, evo -
luindo para a constituição de socie -
dades comerciais distintas, tem per -
mitido ao grupo “fechar o ciclo de
produção”, fazendo com que cada
vez menos se dependa de fornecedo -
res externos. “Cuttig1 out the middle
man” é a sua máxima, ou seja, “ficar
menos dependente de intermediários,
ganhando melhores obras em tempo,
qualidade e preço”.
A Transfor está agora numa fase de
exploração de outros mercados para
as diferentes áreas de negócio, com o
objectivo de crescer para fora do
país. Angola, Argélia e Marrocos são
alguns países visitados, mas Tiago
Marto quer apostar apenas em duas
ou três soluções, de acordo com os
resultados do estudo de mercado. “É
um trabalho que está a ser feito com
calma e com algum rigor, para se dar o
passo certo”.
Verónica Romão
A mulher que democratizou
a moda em Leiria
omunica com os olhos, lo de gestão da área financeira, onde peças próprias.
Marco Henriques
Chegou e revolucionou
arco Henriques é um
Leonel Nunes
Caminhos para o êxito
Leonel Nunes sempre quis ser gestor ção, permitindo-lhe aprender técnicas
de empresas. Recorda que quando era e conhecer materiais que não existiam
ainda criança devorava os poucos pro- ainda em Portugal. “Quando chegou a
gramas de economia que passavam na Portugal, o meu pai começou a cons-
TV, ao mesmo tempo que pensava que truir apartamentos e vendia tudo e a
um dia queria ser como os empresários preços diferentes dos colegas constru-
no pequeno écran. tores, porque os seus acabamentos eram
Concluída a licenciatura, Leonel Nunes diferentes e tinham mais qualidade”.
passou pela La Redoute, apenas uma O segredo estava nos materiais que o
semana, porque chamou “incompeten- pai Francisco Nunes fabricava e utili-
tes” aos então administradores, e fez zava nas suas obrae que começaram a
uma incursão de seis meses pelo Inter- ser procurados por colegas construto-
marché, que estava a dar os primeiros res civis de todo o país. “Lembrei-me
passos em Portugal. E ainda criou uma que podíamos constituir a empresa e
empresa com um colega da universi- criar, assim, uma estrutura mais orga-
EMPRESA : dade, de recuperação de empresas em nizada”, explica Leonel Nunes. Tinha
A comemorar o seu 15º aniversário, a Topeca, localizada
em Cercal, concelho de Ourém, tem-se distinguido no
dificuldade. então 17 anos.
sector da construção civil pela sua capacidade de ino - Mas era na Topeca que estava o seu Escusado será dizer que, a partir daí,
vação e de estar à frente no mercado das argamassas futuro, embora contrariando a vonta- a Topeca nunca mais parou de crescer.
secas. Com uma facturação anual de seis milhões de de do pai. “Ele queria que eu fizesse Adquiram-se terrenos, construiu-se a
euros, a empresa confunde-se já com uma marca nacio -
carreira num banco e que andasse de nova fábrica e hoje está confortavel-
nal e mesmo internacional, uma vez que aposta também
nas exportações. O seu Catálogo Técnico é uma refe -
fato e gravata.”, diz, lembrando que se mente implantada no mercado, com
rência no sector da construção, sendo apelidado de a propôs trabalhar na empresa à expe- mais de 2500 produtos na área das arga-
Bíblia dos construtores. riência e sem usufruir de qualquer ven- massas secas. E embora preveja tem-
cimento. “Seis meses depois, dupliquei pos difíceis para a construção civil, diz
a facturação do ano anterior e pedi então que para a sua casa prevê coisas mui-
astaram poucos minu- uma remuneração. Durante um ano to boas, porque sabe o que vai fazer para
Nelson Guarda
Rasgos
elson Guarda come- soube o que era dormir tranquilo.
N çou a actividade
empresarial há cerca
de 18 anos. Traba-
lhava como funcio-
nário na empresa Electromontagens
Guarda, da sua família, até que, ines-
peradamente, devido a problemas de
“Sentia que o mundo estava a desa-
bar sobre mim. Mas todas essas expe-
riências foram enriquecedoras e me
fortaleceram”.
Mas, quem conhece Nelson Guarda
percebe que não é homem de ficar
agarrado a um projecto apenas. No
rastos
saúde do pai, foi catapultado para o decorrer da actividade ligada à empre-
topo da hierarquia da empresa. Era sa de instalações eléctricas, e depois que aqueles dois jovens e a equipa
ainda muito novo quando foi obriga- de consolidada a empresa do pai, da que os rodeia têm tido até hoje.
do a tomar as rédeas de uma estru- qual é hoje também sócio, conheceu Depois da primeira loja, Nelson Guar-
tura empresarial que se encontrava Nuno Carvalho e sentiu que estava da e Nuno Carvalho rapidamente con-
em fase de estagnação, para rapida- ali o parceiro certo para atingir um cluíram que precisavam de um segun-
mente a transformar num projecto novo objectivo. do espaço. Meteram mãos à obra e
bem sucedido. Essa parceria levou à criação em 1998 nasceu a segunda, de maiores dimen-
Com apenas 18 anos, Nelson Guar- de outro projecto empresarial, desta sões, localizada na Avenida Sá Car-
da passou de uma situação descom- vez dedicado aos Estudos e Comér- neiro, em Leiria. Foi ali que desen-
prometida, para uma situação de cio de Iluminação, a Socilux, e alguns volveram a sua actividade, com um
grande responsabilidade, uma vez anos mais tarde, em 2005, à criação show-room único, não só pelo tipo de
que todas as decisões relacionadas da empresa NGNC, de Investimen- artigos e pelas marcas que repre-
com a gestão e organização da empre- tos Imobiliários. sentavam mas, também, pelo senti-
sa de instalações eléctricas transita- O seu mais recente projecto, a empre- do estético que já nessa altura mani-
ram para os seus ombros. A vanta- sa Arquilaje na área da construção, festavam.
gem, adianta, é que sempre obteve a confirma o seu forte espírito empreen- Não se pense que a empresa não pas-
confiança da família, mas principal- dedor e a vontade de ir mais além.
mente da mãe, uma “grande mulher”,
que ainda hoje trabalha na empresa. Um caminho sinuoso
A ARTE DA ILUMINAÇÃO
Nelson e a sua mãe, continuam a ser Quando Nelson e Nuno resolveram Existem múltiplas formas de iluminar
as duas primeiras pessoas a chegar criar a Socilux, adquiriram uma loja objectos, cada uma delas pode, de
à empresa, por volta das 7:30 horas numa das transversais da Avenida forma silenciosa, originar uma per -
da manhã. Marquês de Pombal e foi ali que, cepção diferente das característi -
cas observadas.
Persistência, perseverança e espíri- durante um ano, desenvolveram o seu
A exposição criada nas instalações
to de sacrifício. Características que negócio. Mais uma vez, a trabalhar da empresa fala por si. É um verda -
Nelson Guarda diz ter herdado da dia e noite, puseram de pé um pro- deiro labirinto de espaços nobres,
mãe. Só com aquela determinação é jecto que hoje, caminha a passos lar- onde cada recanto foi pensado e
que o jovem empresário conseguiu gos para o estatuto de PME Exce- desenhado para demonstrar não só
a magnitude da peça mas também o
sobreviver às dificuldades por que lência. Sim, porque o prémio de PME
que o projectista pode fazer com
passou. Prescindiu de muitas coisas, Leader já o possuem, graças à capa- ela.
durante anos não teve férias e não cidade de implantação no mercado
Ideias Inovadoras //Jornal de Leiria // 06.12.2007
17
Nuno Carvalho
de vida
uno Carvalho, 35 anos, e não estou arrependido, porque apren-
Rita Cordeiro
Força de mulher
força de Rita Cordeiro “cadeirão” de Projecto”. meu trabalho reconhecido”, afirma Rita
PUB
quase sem dar conta. Desafia tudo e Adquiriu dois lotes, em Caldas da Rai-
todos e não deixa que qualquer obstá- nha, numa urbanização que ela pró-
culo lhe trave a criatividade. “Um pro- pria concebeu do ponto de vista arqui-
fessor meu não gostou do meu concei- tectónico e já está a começar a cons-
to de hotel para Buarcos, mas as suas truir para vender. “Sou muito Maria
críticas ainda me deram mais força rapaz. Gosto de estar ao pé dos homens
para defender as minhas ideias”, afir- das obras e gosto de construção”, real-
ma a jovem, que se considera ambi- ça, reconhecendo que as obras que pro-
ciosa, porque quer ser reconhecida ape- jecta têm que ser construídas à sua
nas pelo seu trabalho. medida. “Não posso ceder uma vez
Em Fevereiro deste ano, Rita Cordei- sequer, pois se o fizer nunca mais tenho
ro decidiu abrir o seu gabinete em Lei- mão”, desabafa a jovem que tanto mos-
ria. Criou uma empresa e está agora tra firmeza e segurança junto dos
a iniciar um percurso de vida que cor- homens da construção como os convi-
responde a um dos seus grandes sonhos. da “para uma bejeca”.
É que a Tipologia não é uma simples Rita Cordeiro tem em mãos vários pro-
empresa que projecta arquitectura. Ali jectos em Portugal, mas alargou tam-
os clientes têm solução para todos os bém o seu campo de visão ao estran-
seus problemas, desde a concepção do geiro, nomeadamente a Paris, Suíça e
projecto, à decoração de interiores, Barcelona, para onde está a projectar
design, comunicação e investimentos. vários edifícios de serviços e dois apar-
Com profissionais qualificados para thotéis. Colabora com uma empresa
responder a todas as situações. “Há francesa que está também a investir
todo um trabalho de parceria que enri- em Lisboa, na Rua da Prata, no edi-
quece a obra final”, explica Rita Cor- fício onde funciona a Fundação Figo.
deiro que, embora seja a única sócia “São apartamentos que vamos trans-
da Tipologia, encara os seus colabo- formar em hotel, cujas obras se ini-
radores como parceiros de trabalho. ciam já no próximo ano”, diz a jovem
“Neste momento, os clientes deslocam- que, apesar de dizer que é ainda “peque-
se ao gabinete apenas para os traba- nina” no mundo empresarial, se con-
lhos de arquitectura, mas quando lhes fessa “completamente realizada”. Não
apresento as outras soluções da empre- só porque está a realizar um dos seus
sa, ficam aliviados porque sentem que sonhos, mas porque sente que as pes-
lhes podemos resolver todos os pro- soas que trabalham com ela vestem
blemas inerentes ao processo”. também a camisola. “É um projecto
Recentemente, a arquitecta enveredou nosso. Só a empresa é que está no meu
também pelo caminho da construção. nome”.
DR
Nelson Bastos
O perseguidor de sonhos
não estar a funcionar há um ano, pos-
EMPRESA: sui 32 cavalos, com dois professores
A Quinta dos Lagos, situada em Vale do Hor-
de equitação, sessões de hipoterapia
to, na Azoia, dispõe de duas salas modernas
e conta com um auditório para congressos e para deficientes e muitas outras acti-
outro tipo de eventos, apoiado por dois vidades. Com uma pista de obstácu-
bares e uma sala de jogos. Os seus 15 hecta - los, com seis mil metros quadrados,
res de área convidam aos passeios pedes - já recebeu três festivais nacionais de
tres, jogos de ténis, natação, passeios de
equitação, aguardando agora a apro-
barco e observação de animais. Integrado
neste complexo, o Centro Hípico de Valdela- vação da Federação Portuguesa Eques-
gos coloca à disposição dos visitantes tre para a realização de campeona-
aulas de equitação e passeios equestres. A tos nacionais.
Quinta da Aldeia, inserida no Parque Natural Orgulhoso do projecto que colocou de
da Serra de Aire e Candeeiros, acolhe qual-
pé, Nelson Bastos confessa que o seu
quer tipo de evento, dispondo de requintado
serviço de catering, uma sala com vista objectivo é que os seus espaços se dis-
panorâmica, dois bares, uma igreja, parques tingam pela qualidade dos serviços
infantis, lagos e piscinas. que prestam aos noivos, num dos dias
mais importantes das suas vidas, mas
também pela diferença que imprime
sa com alguma dimensão, do sector em cada um dos eventos que promo-
dos materiais de construção, onde ve. Por isso, a Quinta dos Lagos é
exerceu as funções de encarregado mesmo um oásis às portas da cidade
geral, mas nunca perdeu de vista a de Leiria. Os convidados podem pas-
ideia de ser empresário. Por isso, sar ali o dia, sentados à sombra de
começou o seu projecto empresarial uma árvore a ver passear os alunos
elson Bastos é um aos fins-de-semana e à noite. O suces- a cavalo, ou usufruir da muitas outras
José Capela
Paixões com sabor alentejano
EMPRESA:
Localizado numa das transversais da Rua
Direita, na zona histórica de Leiria, o restauran -
te “la além” apresenta, entre as suas especiali -
dades, os pezinhos de porco de coentrada, a
sopa de tomate com enchidos fritos, as tirinhas
la além, a sopa de cação com migas, as migas
de espargos com carne frita, os secretos de
carne de porco e muitas outras iguarias. Aber-
to até às duas horas da manhã, o espaço é
também bar, oferecendo noites de música ao
vivo à quarta-feira. Esporadicamente, actua no
restaurante o grupo Bossa à Capela, constituí -
do por um grupo de jovens do tempo de estu -
dante de José Capela. Como o nome indica,
bossa nova é a “especialidade” do grupo.
s olhos de um azul inten- so de Música. E nunca mais daqui saiu. orgulhoso, o jovem que recusa ser empre-
Pedro Albuquerque
Da China para o Mundo
Que projecto é esse? “Modéstia à par-
EMPRESA: te, está a ficar fantástico”, diz, refe-
Nascido em Lisboa e criado em Aveiro. E ago- rindo-se à primeira enciclopédia on-
ra em Leiria. Na Especial Médicos. Uma clínica
line, bilingue e multimédia de Medici-
que o descobriu e o convidou a integrar a
vasta lista de especialistas da área da medici-
na Tradicional Chinesa. Neste momen-
na convencional. Pedro Albuquerque, da área to, Pedro Albuquerque já tem mais de
da acupunctura, é procurado para todos os 30 mil termos traduzidos em inglês e
tratamentos que visem o aumento da qualida - chinês, preparando-se agora para come-
de de vida do paciente. Aplicada em situações
çar as traduções para português.
de prevenção e de controlo de reacções
adversas a tratamentos mais agressivos,
Além de serviços de tradução, pesqui-
como a radioterapia e de quimioterapia, a acu - sa, turismo de saúde e turismo médi-
punctura é também muito eficaz em tratamen- co, a sua empresa criou também o não
tos para perda de peso e de gorduras locali- menos inovador serviço de telemedici-
zadas, situações de dependência, problemas
na tradicional chinesa, para o qual já
de reumatismo, problemas alérgicos, ginecoló -
gicos e muitos outros.
tem contrato assinado com os melho-
res catedráticos de Chengdu e de Pequim
para todas as áreas, desde Psiquiatria,
bra o site www.global- percebendo que não existia consonân- Ginecologia, Pneumologia, Cardiolo-
Michael Crespo
e Aladino Domingues
A magia da informática
hegou a Leiria com 11 dino, está mais vocacionado para a par-