VIAJE

MAIS
Edição nº 194 – Julho de 2017
Ao leitor
O
Diretores
Aydano Roriz Canadá é um país avançadíssimo, até para os
Luiz Siqueira
Tânia Roriz padrões do Primeiro Mundo. É um dos primeiros
no ranking do IDH, o Índice de Desenvolvimento
Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz
Diretor Executivo: Luiz Siqueira Humano da ONU. Algumas das cidades canadenses têm os
Diretor Editorial e jornalista responsável:
Roberto Araújo – MTb.10.766 araujo@europanet.com.br
melhores padrões de limpeza urbana do mundo. Dizem que
REDAÇÃO
oronto t o eficiente ue seria uma esp cie de o a or
Editor: Tales Azzi comandada por suíços. Por causa do inverno rigoroso, que
Editora-assistente: Natália Manczyk
Editora de arte: Vera Grandisky Lerner se estende por quase nove meses, Montreal construiu 30
Revisão de texto: Denise R. Camargo
Foto de capa: Shutterstock km de alamedas subterrâneas com lojas e restaurantes. Boa
Colaboraram nesta edição: Camila Fróis, Heloísa Cestari,
Marcel Vincenti e Jefferson Silva (mapas)
parte dos canadenses é bilíngue e, em 1937, por força de
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lei, as cédulas do dólar canadense passaram a ser escritas em
Diretor: Maurício Dias – (11) 3038-5093 inglês e francês. O país tem uma linha de trem de 4.466 km
E-mail: publicidade@europanet.com.br
São Paulo de extensão, que atravessa o país de uma ponta a outra e foi
Equipe de publicidade: Angela Taddeo, Alessandro Donadio, Elisângela
Xavier, Ligia Caetano, Renato Perón e Roberta Barricelli construída em 1885 (há mais de 130 anos!). Aliás, quando
Criação: Adriano Severo – (11) 3038-5067
essa erro ia, a anadian acific ail, oi inaugurada, o
OUTRAS REGIÕES
Bahia: Aura Bahia – (71) 3345-5600/ 99965-8133
presidente da companhia teria dito: “Já que não podemos
Brasília: New Business – (61) 3326-0205 exportar paisagens, vamos importar turistas”.
Pernambuco: Espaço de Mídia – (81) 99976-8544
Paraná: GRP – (41) 3023-8238 Viajar para o Canadá é descobrir um país surpreendente
Rio Grande do Sul: Semente Associados – (51) 98146-1010
Santa Catarina: MC Representações – (48) 99983-2515 e cheio de experiências marcantes,
Outros Estados: Mauricio Dias – (11) 998536-1555
Publicidade – EUA e Canadá: Global Media + 1 (650) 306-0880 especialmente para quem seguir os
ATENDIMENTO AO LEITOR
passos do especial roteiro apresentado
Gerente: Fabiana Lopes (fabiana@europanet.com.br) na reportagem de capa desta edição,
Coordenação: Tamar Biffi (tamar@europanet.com.br)
Equipe: Carla Fonseca, Josi Montanari, Regiane Rocha, Camila Brogio, que une a modernidade das duas
Gabriela Silva, Bruna Fernandes, Bia Moreira e Alef Lira
maiores cidades canadenses, Toronto e
ATENDIMENTO LIVRARIAS E BANCAS
Paula Hanne (paula@europanet.com.br) – (11) 3038-5100 Montreal, com a beleza selvagem dos
EUROPA DIGITAL (www.europanet.com.br)
parques nacionais de Jasper e Banff, na
Gerente: Marco Clivati (marco.clivati@europanet.com.br)
Equipe: Anderson Ribeiro, Anderson Cleiton, Adriano Severo e
regi o das ontan as oc osas Tales Azzi
Karine Ferreira Boa leitura. tales@europanet.com.br
PRODUÇÃO E EVENTOS
Gerente: Aida Lima (aida@europanet.com.br)
Equipe: Beth Macedo (produção) e Denise Sodré (propaganda)

DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA
Coordenação: Henrique Guerche (henrique.moreira@europanet.com.br)
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SE FOR O CASO, RECLAME. NOSSO OBJETIVO É A EXCELÊNCIA!
ADMINISTRAÇÃO
Gerente: Renata Kurosaki
Equipe: Paula Orlandini
CORRESPONDÊNCIA
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CEP 05510-900 – São Paulo – SP
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL COM A EDITORA EUROPA
Tânia Roriz e Elisangela Harumi
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4 VIAJE MAIS
 14
Sumário
FOTOS: SHUTTERSTOCK

CANADÁ

14 CANADÁ
Um roteiro pelas duas maiores cidades do
país, Toronto e Montreal, e pelas belezas
dos parques nacionais de Jasper e Banff,
na região das Montanhas Rochosas

34 TRANSILVÂNIA
Deixe-se levar pela lenda do Conde
Drácula e mergulhe nos mistérios da
mais bela região da Romênia

44 FLÓRIDA
Nossa repórter traçou uma rota diferente

34 entre Miami e Orlando, passando pelas

mais belas praias da Flórida
TRANSILVÂNIA
58 PERU
Saiba como é ir a Machu Picchu
percorrendo a trilha de sete dias

44 pelo Vale de Salkantay

70 RIO GRANDE DO NORTE

FLÓRIDA
Um guia das melhores praias da costa
do estado, desde as falésias de Pipa até
as dunas da Ponta do Mel

85 ACAMPAMENTO DE FÉRIAS
Confira uma seleção de oito ótimos
acampamentos pertinho de São Paulo

E AINDA
70 8 ÁLBUM DO LEITOR
RIO GRANDE
10 FIQUE POR DENTRO
TALES AZZI

DO NORTE
98 NA BAGAGEM

6 VIAJE MAIS
 ÁLBUM DO LEITOR
Fotos da sua viagem

Clarisse Timm percorreu a trilha para a base

p

do Cerro Fitz Roy, na Patagônia Argentina, e

posou em frente ao lindo Rio das Curvas

p Arthur Moser e Patricia Stadler em Lindos,

uma linda cidade na ilha grega de Rhodes

u Mariana Cid mora em

Nova York e foi conhecer
Washington, a capital dos EUA

Genildo
t

e Nancy de
Melo, de
Salvador
(BA), diante
da escultura
p Paulo e Julia Almeida foram curtir o inverno
em Bogotá, na
na bela cidade de Seattle, nos Estados Unidos
Colômbia

MANDE AS FOTOS DA SUA VIAGEM

Informe o(s) nome(s) completo(s), a cidade

onde mora e o lugar visitado e envie para
viajemais@europanet.com.br

8 VIAJE MAIS
 FIQUE POR DENTRO
Informações e dicas para quem gosta de viajar

Montanha-russa diferente no Texas

U ma montanha-russa inovadora foi inaugurada em junho no
SeaWorld San Antonio, no Texas. Na Wave Breaker:The
Rescue Coaster, o design do carrinho imita um jet-ski. Com
isso, ela faz o pessoal se sentir pilotando em curvas inclinadas e
sinuosas e dá a chance de segurar o guidão enquanto o carrinho
sobe e desce pelos trilhos.
Inspirada no programa do SeaWorld, Sea Rescue, a ideia da
montanha-russa é que os visitantes se sintam ao lado da equipe
veterinária no momento do salvamento de um animal em risco.
O ingresso custa a partir de US$ 55, e pode ser adquirido no
site https://seaworld.com/san-antonio.
FOTOS: DIVULGAÇÃO

A Fundação
Francisco Giner

Machu Picchu agora exige reserva de horário

D esde 10 de julho não é mais possível passar o dia todo admirando as
incríveis ruínas de Machu Picchu, no Peru. Para diminuir a quantidade
de gente e preservar a cidade inca, agora os visitantes devem escolher um
turno para conhecer a atração: das 6h ao meio-dia, e do meio-dia às 17h30.
Quem chegou no turno da manhã deve obrigatoriamente sair ao meio-dia. A hora de conhecer a
A medida vale para quem comprou o ingresso a partir de 10 de junho.
É vendido apenas online, pelo site http://machupicchu.gob.pe, e custa 152 arquitetura de Madri
S
novos soles (US$ 45), mais 48 novos soles (US$ 14) para subir à montanha e você tem viagem marcada para
de Huayna Picchu e ter a famosa vista. a Espanha, programe-se para es-
tar em Madri no fim de semana do
dia 30 de setembro a 2 de outubro.
É quando rola o Open House, evento
durante o Festival Internacional de
Arquitetura, em que cerca de 100
edifícios estarão abertos ao públi-
co gratuitamente.
Nesta segunda edição, alguns
dos novos prédios que estarão de por-
tas abertas são a sede da Gran Logia
de España, o Palacio de Altamira, o
Instituto de Patrimonio Cultural e o
icônico edifício de escritórios Beatriz.
SHUTTERSTOCK

10 VIAJE MAIS
 FIQUE POR DENTRO

SE LIGUE
NOS APPS
CheckMyTrip – Antes de viajar, você
recebe um e-mail com a passagem aé-

SHUTTERSTOCK
rea, outro com a reserva do hotel, mais
um da locadora do carro, e por aí vai. O
app CheckMyTrip junta todo o seu itine- Latam agora cobra despacho de mala e lanche
rário em um lugar só, facilitando e eco-
nomizando tempo durante a sua viagem.
O app está disponível gratuitamente em
A Latam inicia em julho uma série de mudanças na política tarifária para voos
domésticos. Entre elas está a cobrança de taxa para despacho de bagagem.
O valor é de R$ 30 por peça despachada, mas sobe para R$ 50 se o pedido de
sistemas iOS e Android.
despacho for feito no momento do check-in. As tarifas das passagens aéreas da
Latam estão divididas agora em quatro categorias: Promo, Light, Plus e Top.
ArgoMobile – O app foi desenvolvido
Apenas as duas categorias mais caras – Plus e Top – têm inclusas o serviço de des-
para controlar as despesas de viagem,
pacho de bagagem (uma peça de 23 kg na Plus e duas na Top), além de reserva
sejam pessoais ou corporativas. Os
de assento, remarcações de data e reembolso. O serviço de bordo também será
usuários podem cadastrar os gastos em
cobrado. Agora a companhia passa a oferecer um menu com diversas opções
categorias como hospedagem, refeição
de bebidas (incluindo alcoólicas), lanches, salgados, saladas e doces. A Latam
e combustível. Também dá para criar
e plicou ue as mudan as garantem mais e ibilidade para o consumidor,
relatórios, acompanhar as despesas e
que irá pagar apenas pelos serviços que utilizar, e devem provocar a
fotografar e salvar comprovantes. Gratui-
queda de preço das tarifas mais
to, pode ser baixado em Android e iOS.
econômicas em até 20%.

TALES AZZI
Aeroporto em Jeri

J ericoacoara, no Ceará, só tinha um

porém: o trajeto até lá, feito em 4x4 e
jardineira em cerca de cinco horas des-
de Fortaleza. Mas o obstáculo acabou.
Um aeroporto estava previsto para ser
inaugurado em 24 de junho na cidade,
DIVULGAÇÃO

o que faz com que se chegue em Jeri em

3h30 de voo direto a partir do aeroporto
Faça experiências locais junto de moradores de Congonhas, em São Paulo.

A lém de hospedagens em casas de moradores, o Airbnb também dá a

oportunidade de pessoas locais oferecerem experiências a turistas.
E, desde junho, o Rio de Janeiro é a primeira cidade brasileira a contar
A princípio, o aeroporto receberá
voos fretados da CVC (www.cvc.com.br)
em parceria com a Gol, com saídas aos
com a novidade. Luana, a rainha de bateria da Estácio de Sá, coordena sábados e retorno também aos sábados.
um tour sobre o Carnaval carioca. Tem duração de três horas e custa Os pacotes vendidos pela operadora
R$ 149. Guilherme dá aulas de surfe em seis horas na Prainha por R$ 179, custam desde R$ 1.598 por pessoa e
e o ot gra o ernando le a para um rol otogr fico de bi e pela cidade incluem passagem aérea no voo direto
por R$ 200. Para ver todas as experiências no Rio, acesse www.airbnb. e sete noites com café da manhã.
com.br/s/experiences.

12 VIAJE MAIS
https://thumb7.shutterstock.com/display_pic_with_logo/565474/179089331/stock-photo-majestic-mountain-

AMÉRICA DO NORTE Canadá

Moderna e selvagem
Confira um roteiro que une as modernidades
de Toronto e Montreal com as incríveis
paisagens das Montanhas Rochosas

14 VIAJE MAIS
-lake-in-canada-179089331.jpg

FOTOS: SHUTTERSTOCK
A multicultural Toronto e, ao lado,
o Parque Nacional de Banff, na
região das Montanhas Rochosas

POR H E LO Í SA CE STAR I E N AT Á L I A M A N C Z YK (T O RO N T O )

N
unca foi tão bom visitar o Canadá. Para começar, o país
está em festa para comemorar o aniversário de 150 anos
de independência. O calendário de eventos nas cidades
canadenses conta com mais de mil festivais, que se estenderão até
o fim de l m disso, o anad tem se re elado especial-
mente atraente aos brasileiros, que podem fazer suas comprinhas
com um dólar 30% mais barato que o americano. Entrar no
pa s ficou bem mais cil e sem burocracias depois ue acabou a
exigência de visto para os turistas brasileiros que já viajaram para
lá nos últimos dez anos ou que dispõem de um visto americano
válido. Então aproveite e vá chegando. O Canadá está de por-
tas abertas e sabe receber. Chegou a hora de curtir esse país de
primeiríssimo mundo, com cidades modernas, como Toronto e
Montreal, e as paisagens maravilhosas das Montanhas Rochosas.

VIAJE MAIS 15
 TORONTO

Q uando um morador de Toron-

to liga para o número 311 pe-
dindo informações sobre serviços
públicos como a água e a coleta do
lixo, tem a opção de ser atendido
em 180 idiomas, incluindo os fa-
lados por minorias como o igbo,
mixteco e lusoga. Faz sentido. Mais
da metade da população é de ou-
tras partes do globo, o que torna
Toronto a cidade mais multicultural
do mundo.
uantidade de estrangeiros
somada aos jovens que frequen-
tam as três grandes universidades
da capital de Ontário transforma
Toronto em uma animada peque-
na metrópole. É composta por pré-
dios arrojados, museus excelentes
e um sem-número de lojas capazes
de fazer feliz até o maior dos con-
sumistas, mas tudo com a timidez e
a modéstia que falta à sua principal
concorrente, Nova York.
No verão, a vida é outdoor. É
a época em que o pessoal ocupa os
gramados dos arredores do Lago
Ontário ou segue para as Toronto
Islands, ilhas cheias de verde alcan-
çadas em ferryboats. Mesmo no in-
verno, quando a temperatura pode
chegar aos -30 0C, não há motivo
para ficar dentro dos ot is ci-
dade resolveu bem o desconforto
do frio e criou uma cidade subter-
rânea, o Path, que mais parece um
shopping center, com 30 km de cor-
redores, lo as e interliga es
para seis estações de metrô. É tão
labiríntico que entre os próprios ca-
nadenses rola um orgulho daqueles
ue conseguem n o se perder l m
da cidade subterrânea, no inverno é
lotada a pista de patinação na Na-
than Philips Square. Para quem tem
os pr prios patins, ela unciona
horas e, acredite, há quem patine
ali s da man

16 16 VIAJE MAIS
 O icônico Flat Iron
Building está perto do
mercado St. Lawrence

SHUTTERSTOCK

VIAJE MAIS 17

SHUTTERSTOCK
MISCELÂNEA CULTURAL
Um dos grandes representantes
da gostosa miscelânea que forma a
população de Toronto é o bairro
ensington ar et, onde figuram
como vizinhos a loja de roupas do
imigrante turco, os tacos produzidos
pelo mexicano e os doces do portu-
guês. Uma mistura ainda maior está
no tradicional St. Lawrence Market,
um mercado de comidas em funcio-
namento desde 1845, onde se pode
provar queijos brie canadenses, al-
guns dos 38 tipos de mostardas na
Kozlik’s, as arepas da Colômbia e
as massas italianas.
Não ligue para os quilos extras
ad uiridos no t a rence lgu-
18
mas calorias já serão gastas na cami-
nhada de dez minutos até o edifício
roo field lace le n o ual uer
um: tem a arquitetura do espanhol
Santiago Calatrava, cujo teto de vi-
dro e estrutura inspirada em árvores
fazem do prédio comercial um pon-
to turístico. É interligado ao museu
Hockey Hall of Fame, e, se você
não se importar com o esporte que
é paixão nacional, tudo bem não
visitá-lo. Só não desmereça a bela
fachada erguida em 1943.
NAS ALTURAS
ssim como o a or , o-
ronto é cidade para ser visitada
várias vezes. Mas marinheiros de
VIAJE MAIS
FOTOS: NATÁLIA MANCZYK
A arquitetura inusitada de
Santiago Calatrava no
Brookfield Place; abaixo, os
brechós de rua de Kensington
Market; e uma das muitas
opções de comidinhas do
mercado St. Lawrence
primeira viagem têm um progra-
ma obrigatório: subir à CN Tower,
que se destaca no skyline com seus
553 metros de altura e o título de
segunda torre mais alta construída
pelo homem, atrás apenas da Burj
Khalifa, em Dubai. No topo, o lance
é o piso de vidro que pode causar
uma certa fobia nos menos valentes
para altura. Já os destemidos ado-
ram o desafio da dge al , uma
caminhada ao redor de uma plata-
forma ao ar livre, preso por cabos de
aço, a uma altura equivalente a um
prédio de 116 andares – 14 a mais
do que o Empire State, em Nova
or e peri ncia n o barata
custa d lares canadenses cerca
de US$ 166 dólares), mas pendu-
rar-se vendo a cidade pequeninha
lá embaixo é sensacional, mesmo
com as pernas bambas.
Também há vários jeitos mais
tranquilos e românticos de vis-
lumbrar o panorama de Toronto.
Pode ser, por exemplo, do rooftop
do hotel Thompson Toronto, tão
disputado que basta a noite cair pa-
ra ue uma longa fila se a ormada
na porta, inclusive com seguranças.
Outra boa cobertura é a do restau-

rante Lavelle, com piscina ao ar livre
iluminada, frequentadores elegantes
e o card pio refinado a e emplo
do peixe servido com caviar, coco
e vegetais asiáticos).
NA ROTA DO UÍSQUE
Não importa se é um turista que
está pela primeira vez em Toronto,
pela terceira ou se é um morador:
faça frio, calor, neve ou chuva, to-
do mundo vai ao Distillery District.
Trata-se de uma área revitalizada,
onde os galpões industriais do sé-
Três lugares
legais para ir
no Distillery
District: a Galeria
Thomson Landry,
a chocolateria
Soma e a
cervejaria
Mill Street
SHUTTERSTOCK
Na CN Tower, dá para se pendurar
no alto da torre ou pisar no chão
de vidro para ter a sensação de
flutuar sobre a cidade
DIVULGAÇÃO
culo 19 pertencentes à destilaria
ooder am orts deram lugar
a dezenas de lojas de design e gale-
rias de arte. Na Thomson Landry
Gallery, por exemplo, é bárbaro ver
quadros pendurados à frente de
SHUTTERSTOCK
paredes de tijolos ou sobre barris
e antigas balanças de uís-
que. Na área da antiga
fábrica, também não
deixe de conhecer
a cervejaria Mill
Street Brewery
e apro eitar a
VIAJE MAIS 19
DIVULGAÇÃO
EUROPA Barcelona e arredores
A arte é muito presente em Toronto: o museu ROM (no alto), a Art Gallery, o museu dos sapatos e os grafites da região da Queen Street
degustação gratuita, antes de levar
algumas para casa); a chocolateria
Soma Chocolate Maker, para ver a
produção do doce e se deliciar com
o famoso chocolate quente com pi-
menta; e o Café Balzac’s, com ares
aconchegantes entre suas paredes
de tijolos e lustre pomposo. Para co-
nhecer mais da história da região,
vale a pena fazer um tour a pé ou de
segway com a Go Tours, que con-
ta curiosidades e mostra lojas onde
20
ainda estão cofres, barris e outros
itens da época em que todo o bairro
era tomado pela fábrica de uísque.
Hoje, a produção da bebida no
Distillery District é só memória. Por-
tanto, se você é um apreciador e não
quiser passar vontade, é só seguir
ao bar est at, a de minutos
de carro, ao lado do St. Lawrence
ar et casa tem um menu com
uísques locais, como o Canadian
Club, Forty Creek e Crown Royal.
VIAJE MAIS
FOTOS: NATÁLIA MANCZYK
ARTE POR TODO LADO
Nas andanças por Toronto, espie
os becos e as vielas. Eles são alegres
e coloridos, estampados com grafi-
tes incríveis, e estão especialmente
nos arredores da ueen treet est
com a o o treet rte, ali s, n o
falta a Toronto. São dois os mu-
seus principais a rt aller , ni-
ca construção do canadense Frank
Gehry no Canadá, e o Royal Onta-
rio useum O , o maior mu-

Em Niagara Falls, a 130 km de Toronto, turistas se molham tanto nas plataformas quanto nos passeios de barco
seu de ist ria natural do pa s
arquitetura é controversa: desde
, o pr dio original ist ri-
co ganhou uma intervenção que
lembra um caco de vidro gigan-
te, algo semelhante ao Museu do
Louvre. O design inovador deu
o que falar entre a população na
época, mas é fato que isso trouxe
PROGRAME-SE
A quantidade de eventos em comemo-
ração aos 150 anos do Canadá é tão
grande que o país criou uma plataforma
on-line para facilitar a procura por informa-
ções sobre a programação e os melhores
roteiros turísticos de cada cidade. Trata-se
do Passport2017 (www.passport2017.ca),
cujo conteúdo também pode ser acessado
no celular por meio de um aplicativo dis-
ponível nas versões iOS e Android.
Em Toronto, os eventos de aniversário
abrem em julho com shows, atividades náu-
DIVULGAÇÃO
NIAGARA FALLS
ESTÁ LOGO ALI
N iagara Falls, as mais impres-
sionantes cataratas do con-
tinente, estão a só 130 km de
Toronto, e bastam cerca de duas
horas de carro para chegar a essas
barulhentas quedas-d’água. Ocu-
pam a cidadezinha de Niagara-on-
the-Lake, quase na fronteira com
os Estados Unidos, e, por isso,
podem ser visitadas tanto pelo
lado canadense quanto pelo nor-
te-americano. Há muitos mirantes
e passeios de barco que deixam os
visitantes bem pertinho da quedas.
ainda mais glamour à Bloor Stre- dá para entender rapidinho por
et, a rua das grifes onde ele está que Toronto foi escolhida como
instalado. Na mesma avenida, casa por gente de praticamente
desponta o Bata Shoe, o museu todas as nações.
dos sapatos, avistado de longe
A repórter Natália Manczyk viajou com apoio da
com seu formato bizarro de cai- Travel Ace Assistance
xa de sapatos. Depois de pe-
D
rambular por essas gostosas
IVULGAÇÃO
ruas e atrações de Toronto,
ticas e barraquinhas de comidas típicas à
beira do Lago Ontário, durante os festejos do
Redpath Waterfront Festival. Já entre os dias
28 e 30 de julho, os beberrões de plantão
poderão se esbaldar no Toronto’s Festival
Beer, com direito a muita música e culinária
típica regada a canecas e mais canecas de
cerveja artesanal. E no período de 23 a
30 de setembro ocorre o Invictus Games,
competição de esportes adaptados entre
militares feridos e com limitações, vindos
de diversos países.
VIAJE MAIS 21
22 VIAJE MAIS
 Montreal é uma cidade
alegre, com muitos parques
e um famoso festival de jazz,
que acontece no verão
MONTREAL
segunda maior cidade do país
s atr s de oronto a nica
bilíngue: o francês e o inglês são
idiomas oficiais simpatia e o al-
to-astral são outras características
dessa cidade que sabe celebrar a vi-
da, especialmente em julho, quando
a temperatura esquenta no Festival
Internacional de Jazz. É o mais céle-
bre dos e entos anuais de arte
e música que acontecem na cidade.
Montreal é o mais importante
polo artístico do Canadá. Sua veia
criativa está em toda parte. Obras
de street art e instalações espalham-
-se por praças e calçadas, e seus tan-
tos museus são bastante visitados,
a exemplo do McCord de História
do anad e o de elas rtes, com
uma coleção permanente de obras
de Picasso, Monet e Rembrandt.
O complexo de arqueologia e
história Pointe-à-Callière abriu pa-
ra visitação um túnel histórico de
e estida com um imenso
telão curvo, a atração faz o visitante
SHUTTERSTOCK
se sentir viajando em um túnel do
tempo, todo envolto em projeções,
até alcançar a mais recente desco-
FOTOS: HELOÍSA CESTARI
berta da equipe de arqueólogos:
as ruínas de uma parte do forte de
Ville-Marie, primeira construção
da cidade, datada de 1643.
Berço do Cirque du Soleil, a ci-
dade também realiza, em julho, o
Montreal Cirque Festival, com do-
ses extras de apresentações circen-
ses em diversos pontos da cidade.
Já a Basílica de Notre-Dame
estreou, em março, o espetáculo
ura, ue re ne lu es, m sica e a
majestosa arquitetura da igreja para
proporcionar uma experiência úni-
ca. Do lado de fora da basílica, na
VIAJE MAIS
ra a de rmas, o deslumbramento
high-tech continua em gigantescas
imagens projetadas nas paredes de
prédios, ruas e até nas árvores que
circundam a Torre do Relógio.
s imagens pro etadas s o parte
de um tour que qualquer pessoa po-
de fazer e sem pagar nada por isso.
Basta baixar o aplicativo Montreal
em Histoires, que resgata o passado
da cidade em uma caminhada no-
turna por diversos pontos do centro
histórico. Com os fones de ouvido
a postos e o telefone conectado à
rede i i gratuita disponibili ada
pelo município, o turista ouve nar-
rativas, em inglês ou francês
Eventos e novidades à parte,
Montreal merece uma visita em
qualquer época do ano. É claro
ue o astral no er o entre un o
e agosto) é bem diferente do resto
do ano, quando a cidade atravessa
nove longos meses sobre um frio
congelante. É tanto frio que o go-
verno local construiu 30 km de
ruas subterrâneas climatizadas, com
lojas e restaurantes, por onde as pes-
soas circulam quando a tempera-
tura externa chega a muitos graus
abaixo de zero. É quase uma cidade
inteira embaixo da própria cidade.
or isso, uando o sol finalmen-
te aparece, os moradores aprovei-
tam a vida ao ar livre o máximo que
podem. E o lugar preferido para
isso é o Parc du Mont-Royal, o co-
ração verde de Montreal. Basta uma
breve caminhada pelos bosques –
que se enchem de cores, folhas e
esquilos – para se deparar com o
mirante Kondiaronk, que oferece
uma vista esplêndida de boa parte
da cidade.
23

Ver auroras boreais no inverno; curtir os
lagos e rodar pelas estradas do parque no
verão: Jasper é destino para o ano inteiro
S ituada em meio às Montanhas
Rochosas, a cidade é porta de
entrada para o Jasper National
Park, um legítimo parque de di-
24
versões para quem gosta de curtir
a nature a s principais atra es
do parque ficam relativamente
próximas ao centro urbano. O
teleférico que leva ao topo das
istlers, por e emplo, est a
apenas m da cidade subi-
da deixa os turistas a vertigino-
sos metros de altitude, e a
ista magn fica em dias claros,
com as nuvens abaixo e a neve
VIAJE MAIS
SHUTTERSTOCK
fofa cobrindo tudo à volta.
os p s de outra enorme mon-
tanha, ao norte de Jasper, vislum-
bram-se os igualmente fascinan-
tes lagos Patricia e Pyramid, que
atraem muita gente durante o ve-
rão para praticar canoagem ou
windsurfe. Nos meses mais frios,
as atra es n o ficam atr s sen-
sação é de voltar a ser criança ao
patinar no lago congelado, fazer

trilhas com raquetes de neve ou
praticar esqui cross-country.
Bem tradicionais são os passeios
em sidecars acoplados a potentes
motos Harley Davidson. Pilotos
profissionais da asper otorc cle
Tours conduzem as motocicletas
enquanto o “passageiro” apenas
curte o vento batendo no rosto em
meio a montan as, orestas de co-
níferas e lagos do parque nacional.
SHUTTERSTOCK
FOTOS: DIVULGAÇÃO
cidade, por sua e , um
charme só. Vale muito a pena
bater perna pelas lojinhas para
xeretar suvenires e comprar o
famoso xarope de maple, mela-
do e tra do do tronco do cer,
árvore-símbolo do Canadá, que
fica uma del cia sobre pan uecas,
a es ou no iogurte em ou-
tubro a cidade celebra o Jasper
Dark Sky Festival, quando muita
VIAJE MAIS
BEM-VINDO
ÀS ESTRELAS
A equipe do Jasper Planetarium
oferece três opções de expe-
riências. Uma delas é o próprio
planetário, no Marmot Lodge, que
pode ser visitado diariamente, faça
chuva ou sol, ao custo de 29 dólares
canadenses. A outra, chamada Ni-
ghtly Telescope Stargazing, permite
observar as constelações e planetas
em grandes telescópios armados do
lado de fora do planetário, auxiliado
por experts em astronomia. Essa ati-
vidade também é oferecida todos os
dias (desde que o clima permita),
a partir das 22h30, ao custo de 20
dólares canadenses. E o tour com
telescópio pelos pontos mais es-
curos do parque nacional, que dá
a chance de avistar até meteoros
ou o fenômeno da aurora boreal, é
realizado às sextas, de junho a ou-
tubro, a partir das 22h30. Dura duas
horas e custa, em média, 69 dó-
lares canadenses. Reservas: www.
jasperplanetarium.com.
gente passa noites em claro para
observar as estrelas e, com sor-
te, ver a aurora boreal tingindo
o c u de lu es erdes e ro as
escolha do lugar não é casual. Em
, a ociedade stron mi-
ca Real do Canadá designou o
Parque Nacional de Jasper como
um dos melhores lugares do país
para observar o mais incrível dos
fenônemos celestes.
25
 PARQUES GRATUITOS

C om o cartão Discovery Pass

qualquer visitante tem acesso
gratuito aos mais de 225 parques
nacionais canadenses, pontos histó-
ricos de todo o país. Essa promoção
é parte das comemorações dos 150
anos de independência do Canadá e
vale apenas para 2017. O cartão Dis-
covery Pass está disponível no site
da Parks Canada (www.pc.gc.ca).

26 VIAJE MAIS
 BANFF
E m 1883, três operários que
trabalhavam na construção
da ferrovia Canadian Pacific
Railway descobriram nascentes
de água quente em uma área inós-
pita das Montanhas Rochosas.
Foi o pontapé para, dois anos
mais tarde, o governo canadense
fundar o Banff National Park, o
primeiro do país e que hoje cobre
uma área de 6,6 mil km² de puro
êxtase para as retinas.
Mesmo sem um aeroporto por
perto, cerca de 4,5 milhões de tu-
ristas visitam a região a cada ano.
maioria em para praticar ati-
vidades de aventura, que variam
conforme a estação. No inverno,
como já é de se esperar, as melho-
res atrações são esquiar, patinar
no gelo e esquentar o corpo em
bares e restaurantes acolhedores,
como o Park Distillery.
FOTOS: HELOÍSA CESTARI
VIAJE MAIS
Já no verão, quando a luz do
dia se estende at as , d para
fazer rafting, cavalgada, escala-
da em rocha, trilhas na mata ou
andar de caiaque pelos formo-
sos lagos de águas glaciares. O
Moraine, por exemplo, arranca
suspiros de qualquer canoísta.
Declarado Patrimônio da Hu-
manidade pela Unesco, esse lago
esbanja nuanças de verde e azul a
1.884 metros de altitude.
Banff, porém, não atrai apenas
esportistas. Muito longe disso.
Há diversos mirantes e passeios
de meio período que podem ser
facilmente percorridos por pes-
soas sem qualquer preparo físico.
Ninguém perde, por exemplo,
o bondinho que leva ao topo da
Sulphur Mountain. Lá em cima,
uma extensa passarela de madeira
conduz a diversos mirantes que
proporcionam vistas espetacula-
res em todas as direções, como se
você fosse uma águia sobrevoan-
do um dos mais belos panora-
mas do Canadá. Para completar
o deleite nas alturas, reserve uma
mesa no Sky Bistro. É bem ver-
dade ue a ista a metros
de altitude ajuda, mas os pratos
típicos da culinária canadense –
dos quais o salmão é protagonis-
ta n o ficam atr s do cen rio
contemplado pelas paredes de
vidro, que faz qualquer um se
sentir literalmente nas nuvens.
27
 O Glacier Skywalk, uma plataforma
de vidro sobre um precipício; abaixo,
a cachoeira do Rio Athabasca

GLACIER SKYWALK

Inaugurado em 2014, o Glacier

Skywalk é uma plataforma de vi-
dro em forma de “U”, construída
no Parque Nacional de Jasper. Lá
de cima, os visitantes têm vista para
os glaciares e podem ter a curiosa
sensação de flutuar nas alturas. É
uma das grandes atrações ao longo
da Icefields Parkway, a estrada que
vai de Jasper a Banff.

ICEFIELDS PARKWAY

J asper e Banff são interligadas por

uma estrada que é considerada
uma das mais lindas do mundo: a
Highway 93, também conhecida
como cefields ar a estrada
tem apenas m e poderia ser
percorrida em cerca de três horas
de carro. Mas ninguém consegue
fazer isso, pois as belezas naturais ao
longo do caminho são inúmeras e é
quase irresistível tirar o pé do ace-
lerador para admirar a paisagem.
o caso das cascatas do rio t a-
basca, de metros de altura, ue
irrompem por uma estreita abertura
do penhasco. Já as corredeiras do
Sunwapta, muito procuradas por
praticantes de rafting, formam
uma sequência de pequenas que-
das de água azul-turquesa cercadas
de pinheiros. Passarelas cruzam o
rio para que qualquer visitante tire
fotos dignas de pôster de agência
de turismo.
Outro ponto de parada é o Co-
lumbia cefield isco er entre,
maior área do Canadá coberta por

28 VIAJE MAIS

gelo, com m de rea e at
365 metros de espessura. Reserve
um bom tempo ali para fazer as
excursões oferecidas pela Brewster
Travel Canada. Uma delas, batizada
de lacier d enture d lares
canadenses), leva os visitantes até
a super cie da geleira t abasca a
bordo do ônibus Ice Explorer, es-
pecialmente projetado para trajetos
sobre o gelo.
Muito visitado é o Glacier
SHUTTERSTOCK
Skywalk, uma estonteante plata-
forma de vidro que se projeta sobre
o precip cio, a metros do c o
O visual rouba o fôlego de qualquer
um, mas guarde um pouco de ar, e
de memória na câmera, para clicar
o cartão-postal por excelência do
trajeto: Lake Louise. O lago tem
um azul profundo e é rodeado por
VIAJE MAIS
HELOÍSA CESTARI
montanhas com picos de neve eter-
na. Não bastasse todo esse cenário
naturalmente majestoso, uma das
margens ainda é adornada pelo ho-
tel Fairmont Château Lake Louise,
de 1894, que esbanja requinte em
seus ambientes, projetados para
deixar o hóspede sempre cara a cara
com a paisagem. E que paisagem!
29

DE TREM PELAS
MONTANHAS ROCHOSAS
O Canadá tem uma linha de
trem que atravessa o país
inteiro, de Toronto a Vancouver,
num total de 4.466 km de puro
deleite aos olhos. Pelos vagões pa-
norâmicos, com teto e paredes de
vidro, é possível ter um vislumbre
completo do Canadá. O trem pas-
sa por paisagens variadas, desde as
grandes cidades até regiões inóspi-
tas do país. O trecho mais cênico
é o que vai de Vancouver a Jasper.
Nessa parte do trajeto, com cerca
de 700 km, estão os parques na-
cionais de Banff e Jasper, com seus
picos ne ados, orestas, geleiras e
30
Com a Via Rail
o trem vira hotel
em uma viagem
que atravessa o
Canadá de leste
a oeste
lagos de águas cristalinas, como o
emblemático Lake Louise.
Enquanto essas paisagens se
descortinam pelas janelas dos va-
gões, dentro deles o staff da Via
Rail oferece conforto à altura do
visual. Principalmente quando se
está hospedado na classe Prestige,
onde as cabines são mais espaço-
sas: têm cama de casal, janelas
maiores, banheiro privativo e um
monitor de tela plana com seleção
de deos comoda es parte,
come-se muito bem a bordo. To-
das as refeições servidas no vagão
-restaurante oferecem ao menos
VIAJE MAIS
FOTOS: DIVULGAÇÃO
QUANTO CUSTA
A viagem de quatro noites que
atravessa todo o Canadá de
trem, desde Toronto até Van-
couver, passando por Winnipeg,
Edmonton e Jasper, no mais belo
trecho das Montanhas Rochosas,
tem preços que partem de 415
dólares canadenses na classe
econômica, 1.084 na Sleeper Plus
(com refeições) e 3.850 dólares
canadenses por pessoa em cabine
dupla da classe Prestige, que aten-
de em sistema all inclusive, com
bebidas alcoólicas, chocolates e
serviços personalizados de bar e
de concierge. Informações: www.
international.viarail.ca/pt.
três opções principais no menu à
la carte. De quebra, tem-se a opor-
tunidade de sentar à mesa com
outros hóspedes – o que ajuda
a tirar um pouco aquela impres-
são de que são todos personagens
misteriosos tirados de um livro de
gat a ristie
anadian acific ail a oi
inaugurada em 1885. Na época,
o engen eiro illiam ornellius
Van Horne, responsável pelo pro-
eto, disse uma rase ue ficou a-
mosa no país: “Se não podemos
exportar as paisagens, vamos im-
portar os turistas”.
 PROGRAME-SE SUAPROGRAME
VIAGEM SUA VIAGEM
INFORMAÇÕES GERAIS
Documentos exigidos para entra-
da no Canadá: passaporte dentro do
prazo de validade e visto de entrada
ou AEV (Autorização Eletrônica de
Viagem), que passou a ser dispo-
nibilizada desde 10 de maio como
alternativa para os brasileiros que já
tiveram visto canadense nos últimos
dez anos ou que dispõem de um visto
americano válido.
Idiomas: as duas línguas oficiais
são o inglês, falado pela maioria da
população, e o francês, que é ouvido
majoritariamente em cidades como
Quebec e Montreal
Moeda: dólar canadense
Cotação: 1 dólar canadense vale
R$ 2,27 (referência: maio de 2017)
Fuso horário: o Canadá é cortado por
seis fusos horários. Além de muitos,
os fusos variam conforme o horário
de verão no Brasil e no Canadá. Banff,
Jasper e Edmonton, na costa oeste, por
exemplo, registram três horas a menos
que Brasília entre março e novembro,
enquanto Montreal, na parte leste, está
uma hora a menos. Por isso, vale con-
sultar essa variação dos relógios para
o período em que estará viajando em
sites como o www.horadomundo.com.
QUANDO IR
Os meses de julho e agosto são
quentes e ensolarados, e em 2017
deverão concentrar boa parte dos
eventos que celebram o aniversário
de 150 anos do Canadá. Já o frio é
rigoroso entre novembro e março. Viaje
nesta época apenas se quiser esquiar
ou assistir aos diversos festivais cul-
turais e competições esportivas típicas
do clima gelado, como patinação no
gelo e corridas de trenó puxado por
cachorros.
COMO CHEGAR
A Air Canada (www.aircana-
da.com.br) é a única companhia aérea
que opera voos diretos entre São Paulo
e Toronto, com duração de 10 horas.
O preço das passagens (ida e volta)
parte de R$ 5.100. Apesar de o tempo
de viagem ser maior, os bilhetes com
32
uma escala ou conexão no percurso
podem ser boas opções. A Copa
(www.copaair.com) voa para Toronto
com parada na Cidade do Panamá
e preços a partir de R$ 3.040. Já as
empresas norte-americanas Delta
(www.delta.com), United (www.uni
ted.com.br) e American Airlines
(www.aa.com) fazem escalas em des-
tinos como Nova York, Miami, Washin-
gton e Chicago, nos Estados Unidos.
Avianca (www.avianca.com.br) e
Latam (www.latam.com) oferecem
voos saindo de São Paulo operados
em parceria com outras companhias.
As tarifas de ida e volta são desde
R$ 4.050 em ambas companhias.
ONDE COMER
Evil Dave’s Grill – Famosa
em Jasper, a casa serve pratos típicos
da região, como salmão grelhado e o
tradicional bife do bisão selvagem de
Alberta com queijo de cabrito-montês.
www.evildavesgrill.com.
Jasper Brewing Company
– Além das degustações de cervejas
gourmet, o pub tem pratos sofisticados
e ao mesmo tempo robustos. www.jas
perbrewingco.ca.
Mountain Merkato – É um
misto de bistrô e empório, cheio de
produtos gourmet, situado no ponto
mais badalado da charmosa cidade de
Canmore. www.mountainmercato.com.
Trolley 5 – Produz diversos
tipos de cerveja. Vale fazer um tour
guiado para conferir o processo de
produção e degustar algumas versões
VIAJE MAIS
no bar, acompanhadas de petiscos ou
pratos fartos. http://trolley5.com.
ONDE FICAR*
BANFF
Fairmont Château Lake Lou-
ise – Não bastasse a vista para o lago,
o hotel esbanja requinte em seus am-
bientes aristocráticos, com serviço de
concierge e alta gastronomia. Diárias a
partir de 439 dólares canadenses (cer-
ca de US$ 326). www.fairmont.com.
JASPER
Pyramid Lake Resort – É pet
friendly e garante acesso exclusivo às
águas do Pyramid Lake. Todos os quar-
tos têm lareira e vista para o lago. O
preço parte de 117 dólares canadenses
por dia (cerca de US$ 87). http://mpl-
jasper.com/hotels/pyramid-lake-resort.
CANMORE
Mountain Engadine Lodge –
Oferece pratos com ingredientes orgâni-
cos, amenities 100% naturais e poucos
quartos. O maior é a suíte Moose, com
lareira e varanda. A diária ali sai por 599
dólares canadenses para o casal (cerca
de US$ 445), com todas as refeições.
www.mountengadine.com.
MONTREAL
Montreal Marriott Chateau
Champlain – Oferece acomodações
de luxo a poucos passos da Velha Mon-
treal. A diária para reservas antecipadas
parte de 199 dólares canadenses (cer-
ca de US$ 148). www.montrealchateau
champlain.com.
TORONTO
Thompson Toronto –Estilo-
so, faz o tipo hotel-design. O quarto é
grande e confortável, e o rooftop, com
uma bela vista de Toronto, é badalado.
O café da manhã é em um restaurante
anexo, com decoração de lanchonete
dos anos de 1960. Diárias a partir de
539 dólares canadenses (cerca de
US$ 401). www.thompsonhotels.com.
Intercontinental Yorkville
– Além dos quartos espaçosos, tem
como trunfo a localização. Está na Blo-
or Street, a uma quadra do metrô.Desde
454 dólares canadenses (US$ 337).
www.toronto.intercontinental.com.
COMO CIRCULAR
Além da extensa linha ferro-
viária que atravessa o Canadá de
costa a costa, desde Toronto, no les-
te, até Vancouver, à beira do Pacífico,
as principais cidades canadenses
são bem abastecidas de transporte
público. Mesmo assim, vale alugar
*Preço para duas pessoas em acomodação dupla
um carro na região das Montanhas
Rochosas, para pular de cidade em
cidade no seu ritmo. A Carteira
Nacional de Habilitação do Brasil é
válida por três meses a partir da en-
trada no Canadá (para turistas). Entre
as principais locadoras que operam
no país estão a Avis (www.avis.com)
e a Hertz (www.hertz.com).
 EUROPA Transilvânia

O castelo de Bran
também conhecido
como castelo do drácula

34 VIAJE MAIS
Transilvânia
bela, sombria e fascinante
Mergulhe na lenda do Conde Drácula enquanto
descobre os mistérios da mais bela região da Romênia

POR M A RC E L V I N C E N T I

O
velho trem romeno deixa a caótica estação de Bucareste
e, após duas horas cruzando vastas planícies, começa a
ranger ao encarar um trecho tortuoso que sobe a cordi-
lheira dos Cárpatos. Minha atenção se volta para a janela
do vagão pela qual avisto um conjunto de montanhas cobertas por
densas orestas e uma fina camada de n oa medida ue o trem
segue encosta acima, a neblina fica cada e mais espessa, e aumenta
o clima de mist rio dessa curiosa regi o no oeste da om nia a
Transilvânia, terra do Conde Drácula.
SHUTTERSTOCK

VIAJE MAIS 35
 eu destino a cidade de i-
ghisoara, a cidade natal do príncipe
lad racul, o rei ue ficou amo-
so no s culo por sua crueldade
sanguin ria adora a empalar seus
inimigos. Enquanto esteve no po-
der, ordenou a execução de quase
prisioneiros com o m to-
do de atravessar uma estaca pelo
corpo inteiro da vítima. A maio-
36
ria deles era soldados do mp rio
Otomano que lutavam para con-
quistar aquela parte do território
romeno. Filho de Vlad II, morto
em , o pr ncipe lad racul
retornou à região para assumir o
trono e acabou con undido com
o pai, o ue e surgir uma lenda
sobre a imortalidade do rei. Foi o
bastante para inspirar o escritor
VIAJE MAIS
irland s ram toc er a criar, em
, o personagem onde r -
cula, responsável pela imagem vam-
piresca ue at o e paira no ar da
Transilvânia, tal como a constante
n oa em suas montan as a de um
lugar com castelos macabros, vilas
sinistras e clima de suspense. E a boa
not cia a seguinte isso n o total-
mente lenda.
O BERÇO DO PEQUENO VLAD
ig isoara pronuncia se i-
guis oara um timo ponto de
partida para uma viagem pela
Transilvânia. Na minha opinião,
o destino mais lindo da om nia
Assim que desço do trem, seis ho-
ras após o embarque em Bucares-
te, passo ao lado de uma enorme
igreja ortodoxa e me deparo com
uma colina sobre a qual ondula
o centro ist rico de ig isoara,
envolto por uma murada erguida
no s culo e coroado pela orre
do el gio, constru da em estilo
g tico, com metros de altura e
equipada com bonequinhos que,
no badalar das horas, circulam ao
redor do relógio em um singelo
espetáculo medieval que nenhum
turista quer perder.
Para penetrar nesta cidadela,
VIAJE MAIS
atravesso um sombrio túnel sob a
orre do el gio, e a primeira ima-
gem que surge no horizonte, após
uma ia de paralelep pedos, uma
pequena casa amarela de esquina
com uma placa em sua ac ada
ue di ui i eu, entre e
, o l der romeno lad racul e
onde ele residiu quando tinha entre
e anos
m busto do mpalador ,
Sighisoara, a principal
cidade da Transilvânia, é
encantadoramente linda
SHUTTERSTOCK
37

com seu bigodão, nariz adunco e
ei o de poucos amigos, aparece
logo ali ao lado e, no quarteirão de
cima, uma escura escadaria de
degraus coberta por uma estrutura
de madeira le a at um decr pito
cemit rio, com t mulos com mais
de anos
o lado da casa da in ncia de
lad unciona o e o asa racu-
la , um dos mais tur sticos restau-
rantes de ig isoara, ue, em um
ambiente pra lá de descontraído,
ser e receitas com re er ncias am-
pirescas, como uma vermelhíssima
sopa de tomate.
Duas quadras acima, a Praça
etati, ue oi palco de e ecu es
de supostas bru as na dade dia,
o e um agrad el espa o rec e-
ado de bares que servem excelen-
t ssimas cer e as a partir do s culo
, a ransil nia oi parcialmente
38
coloni ada por am lias germ nicas
da regi o da a nia, e isso ainda
se re lete na ualidade dos eli i-
res de cevada servidos por lá. Já o
ap elstrudel torta de ma a t pi-
ca alem , endida a poucos leu a
moeda romena, cuja unidade vale
cerca de , no restaurante
Cositorarului Casa, a duas quadras
da ra a etati, uma das e pe-
ri ncias gastron micas ue ual-
uer turista de e ter em ig isoara
Crocante, suculento e coberto por
c antill , o doce simplesmente
uma delícia.
Visito a cidade em junho, quan-
do a alta temporada de viagens eu-
ropeias está começando a bombar.
Mesmo assim, encontro poucos tu-
VIAJE MAIS
Sighisoara é uma cidade
medieval e com atmosfera
bem turística; cerveja e
strudels são heranças dos
imigrantes alemães
FOTOS: SHUTTERSTOCK
ristas nesta joia romena onde veio à
luz o príncipe Vlad Dracul. O líqui-
do vermelho que me inebria aqui
o e celente in o romeno sim,
a om nia tem e celentes in os
e, quase à meia-noite, um pouco
b bado, resol o a er um r pido
passeio, a passos tr pegos, antes
de oltar min a pousada ob a
lu amarela dos postes de ig iso-
ara que mal iluminam as inúmeras
vielas locais, sinto um clima de iso-
lamento e sil ncio
BRASOV E O CASTELO DE BRAN
a ransil nia, ig isoara
um destino obrigatório para quem
quiser sentir um pouco do clima
sinistro e ascinante da terra onde
 Brasov e sua bucólica
praça central: ponto de
partida para conhecer o
“Castelo do Drácula”

nasceu Vlad Dracul. A cidade de

raso , por sua e , o comple-
mento ideal para turistas interes-
sados em ambientes românticos
e otog nicos ica a apenas duas
oras de trem de iguisoara
Ao entrar no coração desta
histórica urbe romena, o turista
se depara com a pra a atului,
um espaço público extremamente
bem cuidado que abriga, em seus igre a, sentar no p rtico de al- uma iagem de bondin o de
arredores, di ersos ca s tur sti- gumas das velhas casinhas que a l , com a linda raso a seus p s,
cos e a emblem tica iserica e- rodeiam as ruas desta rea ainda ue oc ar as mel ores otos
agra gre a egra , um gigantes- s o de terra, o ue a o turista panorâmicas de sua jornada pela
co templo luterano de arquitetura imaginativo pensar que está na Transilvânia.
g tica inaugurado no s culo e dade dia, sob a urisdi o de raso tamb m ponto de
que adquiriu seu nome atual após algum rei ou sen or eudal partida para os nibus ue o
a er sido atingido por um inc n- obre a pra a atuilui, tam- at a entrada do astelo de ran,
dio no s culo ue dei ou toda pando o horizonte, surge o ver- erroneamente propagado como o
a sua estrutura chamuscada. dejante monte Tampa, cujo cume astelo do r cula oc entra
Mais legal do que entrar na pode ser conquistado depois de em um nibus no terminal rodo i-

VIAJE MAIS 39
 O Castelo de Bran, conhecido como “Castelo do Drácula”, está para a Romênia como a Torre Eiffel para a França: um símbolo nacional
ário da cidade e, meia hora depois,
largado aos p s de uma cin enta
estrutura monolítica erguida sobre
as montanhas da região.
Após os primeiros passos na cal-
çada, a vista pode ser decepcionan-
te tendas e mais tendas endendo
máscaras do Drácula, canecas do
Drácula, camisetas do Drácula e
bolsas do r cula t a sen ora
ue me cobrou o e ui alente a
dólares para usar um banheiro des-
ta área estava vestindo uma camisa
40
do Drácula.
O Castelo Bran está para a
Transilvânia assim como a Torre
i el para aris um s mbolo
da regi o, ainda ue a orti ica-
ção não tenha pertencido a Vlad
Tepes. O príncipe teria passado al-
gumas noites l , mas amais oi seu
propriet rio as a edifica o ren-
de um passeio interessante ecebe
multid es de turistas O interior
cheio de corredores estreitos que
desembocam em c modos rec ea-
VIAJE MAIS
dos de valiosos móveis que perten-
ceram am lia real ue go ernou
a om nia na primeira metade do
s culo estrutura cin enta do
castelo, entretanto, remonta ao s -
culo , uando ele oi constru
do para proteger a Transilvânia
de ataques turcos. Vale mais a pe-
na, por m, sentar no lindo ardim
ue rodeia a base da ortifica o e
admirar sua impon ncia sentado
em uma grama, sob a sombra de
uma árvore.
SOBRE “CAIPIRAS” E URSOS
e oc ti er ue escol er um
terceiro destino para explorar na
Transilvânia, pegue um táxi des-
de ig isoara e, ap s percorrer
m, at iertan, uma ila
de abitantes ormada pe-
los descendentes dos colonos sa-
es ue c egaram ransil nia a
partir do s culo ui, a gra a
curtir o clima bucólico tipicamente
romeno, rodeado por um sil ncio
quase absoluto. Carroças cruzam
os campos e velhinhas com roupas
de lã e lenços coloridos na cabeça
puxam vaquinhas e vendem uvas
e nozes.
o alto do morro fica a igre-
a orti icada da cidade, erguida
na dade dia para proteger o
po oado e suas rel uias religio-
sas poss el subir ao topo deste
monumento, entrar em sua rústica
sacristia e, do alto de seus muros,
observar uma vida pacata aconte-
acolá. Um clima de paz que pouco
combina com a reputação sangui-
nária da Transilvânia. Ao mesmo
tempo, poss el sair dali e, em
poucas horas, embarcar na maior
a entura da regi o os sa ris para
ver ursos.
a segunda metade do s culo
, o ditador socialista icolae
eaucescu ue go ernou a om -
nia entre e proibiu
que qualquer pessoa – exceto ele
próprio – caçasse ursos dentro do
A tranquilíssima
Biertan com
suas muralhas
a contornar o
centro histórico;
de lá é possível
fazer passeios
para ver ursos
seu pa s sso e com ue, o e, a
om nia ten a a maior popula o
de ursos-pardos de toda a Europa,
com cerca de indi duos, a
maioria deles concentrada na Tran-
sil nia m raso e ig isoara,
ag ncias le am turistas em tours
que incluem acampamentos na
mata e passeios que chegam bem
perto dos grandes ursos-pardos.
Os bichos são enormes e, estes sim,
colocam medo, muito mais do que
qualquer história de vampiro.
FOTOS: SHUTTERSTOCK

cendo l embai o um campon s

capina sua horta ali, um grupo de
amigos bebem cerveja em um bar

VIAJE MAIS 41
 PROGRAME-SE SUAPROGRAME
VIAGEM SUA VIAGEM
INFORMAÇÕES GERAIS
Documentos exigidos para entra-
da na Romênia: Passaporte com
validade mínima de seis meses após
a data da viagem e seguro-saúde que
cubra pelo menos ¤ 30 mil para des-
pesas médico-hospitalares.
Idioma: romeno
Moeda: leu
Cotação: 1 leu vale R$ 0,80 (cotação mais tradicional pode con-
de junho de 2017) tar com o Double Tree by
Fuso horário: seis horas a mais em Hilton, padrão três estrelas.
relação a Brasília Diárias a partir de
R$ 180. www.dobletree3.
hilton.com.
QUANDO IR mente perto dos centros históricos Já em Brasov, a Casa Rozelor
As melhores épocas para co- COMO CHEGAR destas cidades. oferece um lindo jardim e quartos
nhecer a Transilvânia é entre abril e Os trens são a melhor manei- confortáveis aliados a uma ótima lo-
junho (na primavera no Hemisfério ra para chegar à região, seja vindo ONDE FICAR* calização. A partir de R$ 250. www.
Norte) ou entre setembro e novembro de Bucareste (porta de entrada para Em Sighisoara, a Casa Wagner casarozelor.ro.
(no outono). Nestes períodos, o clima quem chega à Romênia de avião) ou funciona em um edifício do século Para mais conforto, opte pelo
é mais ameno, há menos turistas a lo- de países vizinhos, como a Hungria. 16 em pleno centro histórico e é Kronwell Hotel, padrão quatro estrelas,
tar as atrações turísticas e os preços As estações ferroviárias de Sighiso- uma ótima pedida. R$ 150. www.ca com piscina interna e spa. A partir de
das hospedagens são mais em conta. ara, Brasov e Sibiu ficam relativa- sa-wagner.eu. Quem curte um hotel R$ 350. www.kronwell.com.

©DISNEYLAND PARIS

*Preço para duas pessoas em acomodação dupla

42 VIAJE MAIS
 ESTADOS UNIDOS Flórida

O píer de Naples é
point durante o dia
e no pôr do sol

O lado mais bonito da

Flórida
44
 SHUTTERSTOCK
Nossa repórter viajou de Miami a Orlando pela
costa oeste da Flórida e voltou encantada com as
praias mais desejadas dos Estados Unidos
POR N AT Á L I A M A NC Z YK

N
a Flórida, existe uma costa com um pôr do sol tão fenomenal que ver
o astro sumir brilhando na praia torna-se compromisso inadiável to-
dos os dias. Também, existe uma cidade inteira sem semáforos e sem
iluminação pública, só para proteger as tartarugas que desovam ali de se de-
sorientarem com a luz. Nesse trecho, que nem parece Estados Unidos, há uma
ilha, inclusive, em que é lei: são proibidas redes de lojas, hotéis e restaurantes a
fim de preser ar a cultura local s ue a, portanto, o consumismo raias ma
ravilhosas, passeios de barco e butiques locais frequentadas pelos milionários
do país são a cara desse pedaço do Estado.

45
 EUROPA República Checa
É esse o clima que vivi em
uma viagem de carro de Miami
a Orlando pela costa oeste da
Flórida. Em vez de tomar a ro-
dovia Interstate 95, uma estrada
larga como outra qualquer, esse
trajeto é ao longo de praias con-
tornadas pelo Golfo do México,
que pinta o mar do Estado com
o mesmo azul das praias caribe-
n as areia branca e fina eito
talco e a água tem tantas ondas
quanto uma piscina para bebês.
Além disso, passeios de barco
entre os pântanos e caminhadas
entre jardins exuberantes deter-
46
minam: a Flórida é muito mais
que os parques de Orlando e o
ritmo inquieto de Miami.
PELA ESTRADA AFORA
Na rota que todo mundo faz,
pela rodovia I-95, o trecho de
Miami a Orlando tem 385 km
percorridos em quatro horas. Já
o roteiro pela costa oeste cruza
700 km do Estado. Mas vá contra
a lógica matemática: essa viagem
é para ser feita em pelo menos
uma semana. Deve ser vivencia-
da no clima de “no rush”, como
me diziam o garçom quando eu
VIAJE MAIS
pagava apressada a conta do res-
taurante ou a senhora da bilhe-
teria uando me ia a ita com a
ora de partida do barco or l ,
a calmaria reina, o relógio não
manda e os passeios esperam.
Saindo de Miami, o caminho a
aradise oast regi o de nome
sugestivo, que engloba Evergla-
des it , aples e arco sland
anuncia a ue a nature a es-
taria por toda a rota or uma
hora, a US-41 W vai cortando
o Everglades, o micropantanal
daquela região. De um lado e do
outro da rodovia, a quantidade
 Atrações de
FOTOS: NATÁLIA MANKZYK

Everglades City:
passear em
airboat, segurar
um filhote de
crocodilo, assistir
a um domador e
comer carne de
crocodilo
JOSIANE ROMERA

de passeios oferecidos fazia que- dos rodopios, do barulho e da go, va-

rer parar o carro a cada quilôme- alta velocidade do barco ao longo le a pe-
tro, mas era importante aguentar do mangue, mas há, sim, os mo- na ir do
a ansiedade, pois a maioria está mentos de tranquilidade, quando Wooten’s
concentrada mesmo em Evergla- a velocidade é diminuída para ao restauran-
des it , a principal entrada para que o pessoal contemple tarta- te O ster ouse, em erglades
esse ar ue acional, a uma ora rugas, crocodilos, pássaros e até it , para pro ar carne de croco-
e meia de Miami. manatees (peixe-boi) que vivem dilo, que, feita à milanesa, pode
Fazer caminhadas, remar caia- por aquela área selvagem. No passar como frango para os de-
ques ou stand up paddles são al- tour Wooten’s, o passeio termina savisados. O restaurante, ícone
gumas das boas opções, mas o com uma “aula” sobre crocodilos, da cidade há 25 anos, tem um
tour mais divertido é em airboat, com informações transmitidas cardápio com mais deliciosas in-
um barco-engenhoca movido por por um domador enquanto ele venções, como o ceviche de ostra,
um ventilador gigante. A sensa- naturalmente coloca o braço e o estrogonofe de camarão e o
ção de frio na barriga é a mesma o rosto dentro da boca do bicho. mac & cheese (macarrão ao for-
de montanhas-russas por conta Se, literalmente tiver estôma- no) com vieiras. O proprietário,

VIAJE MAIS 47
 o senhor Bob, é um coleciona-

DIVULGAÇÃO
Passeio de lancha para a exclusiva dor nato e encheu as paredes da
ilha Keewaydin; golfinhos são O ster ouse com preciosidades
companheiros no caminho como um disco de ouro de Elvis
resle e o primeiro contrato de
li abet a lor, trans ormando a
casa em um museu informal.

PRAIAS DE MAGNATAS
erca de minutos de carro
separam os pântanos alagados de
erglades it de arco sland,
uma ilha essencialmente de resorts
à beira-mar e mansões à beira de
canais que recortam toda a cida-
de. Não há movimento nas ruas,
porque ele está nas águas, onde
os iates estão sempre para lá e
para cá.
Marco Island é o lugar em
que os norte-americanos endi-
FOTOS: NATÁLIA MANKZYK

n eirados se aposentam or-

tanto, clones de eg an e i-
chard Gere são visão constante

48 VIAJE MAIS

na praia da ilha. E ela não é bo-
nita só para os americanos, não.
Mesmo para esta brasileira bem
praiana foi fácil se encantar com os
10 km de faixa de areia larga e o
mar azul. Magnatas caminham de
m os dadas como nos filmes norte
-americanos, e só perdem a pose
para se agachar e recolher algumas
das zilhões de conchas que o mar
deposita ali.
De dia, o negócio é ir da praia
para o hotel e do hotel para a praia.
Quando a noite dá sinais de que
vai surgir, aí começa o espetáculo
ue condu o fim dos dias nessa
costa oeste da Flórida. É lá onde
dá para ver o sol sumir devagar ao
fundo do mar do Golfo do México.
Nessa hora, as pessoas vão ressur-
gindo na praia, caminham de um
lado para o outro ou sentam na
areia só para esperar o espetáculo
que deixa o céu rosa fosforescente.
Depois dessa estreia, nada mais im-
portava: jantares, encontros com
amigos ou idas a lojas passaram a
ser agendados por mim só para
o p s p r do sol final, o s o
merecia ser repetido todos os dias.
ILHA EXCLUSIVÍSSIMA
Marco Island é a maior das dez
mil ilhas das redondezas, e o nú-
mero não é exagero: ela ocupa a
região de Ten Thousand Islands.
Está certo que algumas são ape-
nas ilhotas formadas por mangues,
mas há várias outras onde cabe o
adjetivo chavão de paradisíacas.
ma delas a ee a din, cercada
por um mar a ul cor de aribe
e alcançada só de barco, o que a
deixa exclusivíssima. De um lado,
ela é banhada pelas águas calmas
de um canal, e é onde estacionam
os iates vindos de Marco Island
ou Naples. O pessoal passa horas
VIAJE MAIS
DIVULGAÇÃO
dentro daquelas águas tomando
uma cerveja com um riso de canto
de boca como que se reprimindo
de gritar “como a vida é boa”. Do
outro lado, ee a din recebe o
mar aberto, a faixa de areia e as
ondas. Luz elétrica não há, nem
bar, banheiros, comida ou qual-
quer estrutura. Até a família do
ex-vice-presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, quando vai
passar as férias na casa de veraneio
na ilha, vive com a eletricidade
movida a luz solar e indo e vindo
de lancha para buscar alimentos
na cidade.
ara os turistas, s duas empre-
sas levam de Marco Island à ilho-
ta, em cerca de minutos om
a empresa amiliar eming a
Tours pode ser que você tenha a
sorte de fazer o trajeto acompa-
n ado de ile , o cac orro ue
uma mistura fofa de labrador com
A praia de Marco Island
tem uma faixa de areia
imensa e mar calmo: é
uma delícia para ir a dois
49
 EUROPA República Checa
O píer de Naples fica disputado na hora de contemplar o pôr do sol; abaixo, o lindo jardim botânico da cidade
poodle ile na ega com os ol os
fi os no mar, e a grande alegria
dele encontrar golfin os salti-
tando li res na gua omo isso
n o raro, ele costuma ficar eli
e em êxtase. Os turistas também.
50
NAPLES: JOIA DA COSTA OESTE
Além dos imensos resorts, a
maior estrutura de Marco Island
é em Esplanade Shops, onde es-
tão os bares Da Vinci e Nacho’s
Mama, os melhores da cidade.
Mas, como agito não é o forte da
ilha, os moradores dizem que o
centro de Marco Island é Naples,
do lado de lá da ponte, a só meia
hora de carro.
Naples é uma das cidades mais
ricas dos Estados Unidos, e onde
a areia branca e fina est rente
de mansões maravilhosas de 40
milhões de dólares e muro algum.
o fim do dia, o p er da praia de
do nto n vira um disputado ca-
marote para o s o do p r do sol,
mas a melhor praia é a Vanderbilt.
Não estava colocando fé, e nem
de biquíni fui, mas não cometa
esse erro: a água azul não perde
em nada para as caribenhas.
ara os apai onados por na-
tureza, a grande graça de Naples
s o os canteiros, ores e r ores
exuberantes. O Jardim Botâni-
VIAJE MAIS
FOTOS: SHUTTERSTOCK
co, por exemplo, é um comple-
xo com jardins planejados pelos
mais importantes paisagistas do
mundo, e inclui até um imenso
jardim brasileiro, com vitórias ré-
gias rosas e roxas, bromélias e um
painel de Burle Marx. No quesito
natureza, ainda há o zoológico,
montado sem fins lucrati os em
meio aos aribbean ardens, e
as bouganvilleas que colorem a
Quinta Avenida. Fui à tal da rua
esperando me refrescar pelo dia
todo em um ar-condicionado de
alguma grande loja. Mas, que
bom, essa 5th Avenue é diferen-
te. É uma sucessão de pequenas
lojas locais, que seguem por dez
quadras até o mar e convidam a
descobri-las, entrando e saindo
de porta em porta.
A Quinta Avenida está próxi-
ma de mais um point a in it
São bares e restaurantes que ocu-
pam antigas docas à beira do ca-
nal. Iates levam turistas para um
passeio por aquelas águas, mas
se quiser uma navegação mais

No alto, a Vanderbilt Beach, a praia mais bonita de Naples; acima, a elegante Quinta Avenida com seus restaurantes e lojas locais
e tica at o onser anc o
out est lorida li, um
ospital com duas portas ela
primeira, corujas, pelicanos, tar-
tarugas e raposas chegam trazi-
dos por veterinários para serem
tratados ela outra, entram os
turistas para ver, por um vidro, o
berçário dos bichinhos selvagens.
Depois, um gostoso passeio de
barco elétrico pela região leva
aos manguezais e a mais um canal
onde as margens são dominadas
por mansões, cada uma com seu
iate estacionado feito carro na
porta de garagens.
FOTOS: NATÁLIA MANKZYK
SANIBEL : NA NATUREZA SELVAGEM
Guardei para a saída de
Naples a hora das compras, já
que, a meia hora da cidade es-
tá o outlet Miromar, com todas
aquelas lojas que batem cartão
em outlets, como omm il-
figer, olo alp auren, ossil
e oac epois desse bem in-
do pit stop consumista (porque
ninguém é de ferro), eu já estava
pronta para mais natureza de no-
vo, com destino à ilha de Sanibel,
a 40 minutos do Miromar.
Só a estrada que leva a Sanibel,
avançando sobre o mar ao longo
VIAJE MAIS
de 5 km de viadutos, já vale o
desvio para o oeste da Flórida.
O governo fez um bom trabalho
criando essa ligação do continen-
te com a ilha, mas esqueceu de
prever mirantes sobre os viadutos.
Deve ter sido grande o número
de acidentes de motoristas ten-
tando fotografar, com o carro
em movimento, o trajeto cercado
de mar.
Em Sanibel, a preservação do
meio ambiente e da cultura local
é causa incessante. É essa a ilha
onde não há semáforos nem ilu-
minação pública para proteger
51

Karlov Vary, a 120km de Praga, é uma cidade-presépio,
cheia de piscinas de águas termais
as tartarugas de se desorientarem
com a lu uma ia ue ai,
uma via que volta, e os poucos
cruzamentos são atravessados na
base da camaradagem ot is, lo-
jas e restaurantes de redes também
são proibidos, com exceção de um
antigo air ueen, estabelecido
em Sanibel antes da lei.
Na ilha, 80 km de praias tran-
quilas, com mar azul-claro, dão um
lugar ao sol a cada um dos forastei-
ros a lind ass eac , estendi
a min a canga endo golfin os
pularem a metros de mim e, na
52
À esq., a mansão
do inventor
Thomas Edison em
Fort Myers: um
must see
apti a eac , esperei o p r do
sol com uma cerveja em mãos, ao
lado de tanta gente que estava ali
pelo mesmo motivo.
No ranking de atrações queri-
das de Sanibel, depois da praia o
segundo lugar fica com o re gio
nacional de animais selvagens, o
JN “Ding” Darling. No hábitat de
crocodilos, tartarugas, raposas e
muitos outros, é possível passar o
dia fazendo trilhas, remando stand
up paddles e caiaques ou só sentar
e aproveitar sem esforço físico uma
espécie de safári em um bonde.
VIAJE MAIS
Em Sanibel, assista
ao pôr do sol no
bar Mucky Duck e
depois experimente
os bolos do colorido
restaurante
Bubble Room
FOTOS: SHUTTERSTOCK
FOTOS: NATÁLIA MANKZYK
Em Sanibel, é certo que a popu-
lação de animais é maior do que a
de gente. Sete mil pessoas escolhe-
ram a ilha para viver, mas durante
os meses de inverno, há uma super-
população, pois é quando chegam
os norte-americanos das regiões
frias às suas casas de inverno. Dois
desses turistas eram os produtivos
e contemporâneos inventores Tho-
mas dison e enr ord, donos
de casas vizinhas maravilhosas em
ort ers, cidade no continente,
do outro lado dos viadutos.
A propriedade, à frente do rio,
é agora uma bela atração turística.
Além dos móveis originais e das
lâmpadas usadas pelo inventor da
luz elétrica, estão lá jardins para
causar inveja em paisagistas.

A praia de Siesta Key, considerada a mais
bonita dos EUA; o museu do circo; e o jardim
SARASOTA: QUASE METRÓPOLE
botânico: três bons programas em Sarasota No último destino antes de
chegar a Orlando, eu já sabia o
que estava por vir: praias arre-
batadoras. Por isso, não as des-
merecia mais, e o biquíni já es-
tava sempre no carro. Foram
duas horas de estrada a Siesta Key
Beach, a praia eleita por diversas
publicações como a mais bonita dos
Estados Unidos. Deve ser. A com-
posição da areia tornou-a a mais
branca e fina do mundo e, como
se não bastasse, ganhou a sorte de
ser banhada pelo mar azul-royal
do Golfo do México. Não à toa,
ela é a preferida para veraneio dos
moradores de Orlando e sonho de
consumo para a aposentadoria.
Está na região de Sarasota, ou-
tra cidade elegante da rota. Dos
30 mil habitantes, a maioria fre-
quenta dia e noite o St. Armands
Circle, uma espécie de Leblon da
cidade. Ali, ao redor de uma rota-
tória, lojas locais vendendo artigos
praianos, restaurantes com mesi-
54 VIAJE MAIS
FOTOS: NATÁLIA MANKZYK
nhas nas calçadas e bares reúnem
os frequentadores de rasteirinha,
escova e maquiagem. Duas qua-
dras adiante, é o cenário de mais
um pôr do sol: a Lido Beach, praia
lindona da cidade.
Nesse momento da viagem, o
bronzeado já estava em dia. Então,
deu para ir sem culpa ao Marie
Selby, o jardim botânico na beira
da baía, e a uma atração nada usu-
al: o The Ringling, montado pelo
dono do circo Ringling Bros., John
Ringling. Há 90 anos, ele ergueu
em Sarasota um império com uma
mansão-palacete, jardins incríveis,
um teatro, um museu de arte e um
museu do circo, onde a estrela é
uma maquete de absurdos 353 m2
mostrando o backstage do circo
que funcionou de 1884 a 2017.
Foi um baita aquecimento para
enfim seguir para Orlando, a terra
da diversão, pela costa mais bonita
da Flórida.
A repórter Natália Manczyk viajou com apoio da
Travel Ace Assistance
 PROGRAME-SE SUAPROGRAME
VIAGEM SUA VIAGEM
INFORMAÇÕES GERAIS
Documentos exigidos para en-
trada nos Estados Unidos: pas-
saporte e visto. As instruções para
obter o visto estão em https://ais.
usvisa-info.com.
Idioma: inglês
Moeda: dólar
Cotação: US$ 1 vale R$ 3,41 (co-
tação em junho de 2017)
Fuso horário: uma hora a menos
em relação a Brasília
QUANDO IR
Como a costa oeste da Flóri-
da é sempre quente e é o lugar das
casas de praia, a alta temporada é
no inverno (de dezembro a março),
quando o pessoal das regiões mais
frias dos Estados Unidos vai à Flórida
aproveitar o clima. Nesse período, a
região está mais cheia e a temperatu-
ra gira em torno dos 20 0C. O verão,
portanto, é bastante quente e úmido.
A temperatura frequentemente fica
na casa dos 32 0C, e o calor pode
incomodar os passeios a céu aberto,
porém é ideal para quem quer tomar
sol na praia. Nessa época, é a alta
temporada em Orlando, quando a
entrada dos parques é mais cara, e
as filas, mais longas.
COMO CHEGAR
Para seguir o roteiro como o
proposto nesta reportagem, você
deve comprar uma passagem de
ida a Miami e de volta por Orlando.
A Copa Airlines (www.copaair.com)
tem passagens a partir de US$ 869,
com conexão na Cidade do Panamá.
Já a Latam (www.latam.com.br) voa
direto tanto para Miami quanto para
Orlando a partir de US$ 925. Esses,
entretanto, não são os únicos aero-
portos da Flórida. Na costa oeste,
também há aeroportos em Sarasota
e Fort Myers, o que facilita para você
montar o roteiro como quiser.
ONDE FICAR*
MARCO ISLAND
JW Marriott – O resort cinco
estrelas está entre os melhores da
56
ilha. Em frente à praia, tem piscina
com tobogãs e cascatas, além de
piscina de hidromassagem. Aca-
demia, nove restaurantes e dois
campos de golfe fazem parte da ex-
celente estrutura típica de resort. Os
apartamentos de frente para a praia
propiciam um espetáculo do pôr do
sol visto de camarote. Diárias desde
US$ 185. www.marriott.com.br.
NAPLES
Nesta que é uma das cidades
mais caras dos Estados Unidos, os
hotéis não são baratos. Portanto, se
estiver sozinho ou em casal, pode
ser uma boa buscar apartamentos
no Airbnb, com preços a partir de
R$ 137, para duas pessoas. Caso
VIAJE MAIS
viaje com mais gente, outra op-
ção são as casas para aluguel. No
Alugue Temporada (www.alugue
temporada.com.br), é possível
reservar casas com três quartos,
que acomodam oito pessoas, por
R$ 1.649 a diária.
Residence Inn – O hotel da
rede Marriott tem apartamentos
confortáveis, que fazem o hóspede
se sentir em casa. Todos os quartos
contam com cozinha e o hotel é pet-
-friendly. O estacionamento é gra-
tuito, há transfer para a praia e café
da manhã incluído. Diárias desde
US$ 119. www.marriott.com.br.
SANIBEL
Sanibel Inn – Com blocos de
NATÁLIA MANKZYK
apartamentos espalhados em frente
à praia, o hotel tem um clima bem
agradável. Todos os 93 apartamentos
incluem cozinha e sacada. Alguns
são verdadeiros apartamentos, com
sala e quarto anexos. Destaque para
a piscina e para o serviço de praia.
Diária a partir de US$ 179. www.
theinnsofsanibel.com.
SARASOTA
Hampton Inn – O hotel, de
categoria econômica da rede Hilton,
está mais afastado do centro turís-
tico, mas a cerca de dez minutos a
pé do The Ringling. A diária custa
desde US$ 119. www.hamptoninn3.
hilton.com.
Hotel Ranola – No coração de
Sarasota, está a só seis quarteirões
da bela área Bayfront, próxima ao
Jardim Botânico. Os apartamentos
são do tipo estúdio, decorados com
estilo contemporâneo. A diária custa
a partir de US$ 109. http://hotelra
nola.com.
COMO CIRCULAR
Para alugar carro na Flórida,
você não precisa de Carteira Inter-
nacional de Habilitação: a CNH bra-
sileira é suficiente. Na Hertz (www.
hertz.com.br), doze dias com carro
econômico com quilometragem li-
vre custa US$ 240. Fique atento aos
*Preço para duas pessoas em acomodação dupla
seguros, que podem triplicar o valor.
Alguns cartões de crédito cobrem o
seguro Loss Damage Waiver, o mais
caro deles. Portanto, consulte antes
de fazer a reserva. Com exceção de
Miami, é fácil encontrar lugar para
estacionar em toda esta rota. Os es-
tacionamentos pagos costumam ser
apenas em frente às praias.
 PERU

As pernoites ao longo do
trekking são feitas em
confortáveis pousadas
de montanha, como o
Salkantay Lodge

58 VIAJE MAIS
Trilha

Salkantay
O caminho de luxo para
Machu Picchu
Conheça o sofisticado roteiro de trekking,
com hospedagens em lodges de montanha,
que leva à cidade perdida dos incas
POR C A M I L A F RÓ I S

O
trekking pelo Vale de Salkantay tem atraído cada vez
mais viajantes que desejam alcançar Machu Picchu. A
diferença dele é ser mais longo do que o caminho pela
tradicional trilha inca. São 64 km no total a serem percorridos
em sete dias (em vez de quatro). O caminho é mais cênico, passa
diante de lagos azuis e picos nevados. E a viagem pode ser feita
com altas mordomias, com todas as pernoites em elegantes hos-
pedagens encravadas nas montanhas da Cordilheira dos Andes.
FOTOS: DIVULGAÇÃO

VIAJE MAIS 59
 MNMN mnmnmn

Para aqueles que optam pelo

trekking do Vale de Salkantay com
a empresa Mountain Lodges of Pe-
ru, a cidadela inca de Machu Picchu
vira quase um detalhe (ainda que
impressionante) da viagem. Torna-
-se um gran finale para uma viagem
cheia de experiências. A rota propi-
cia várias delas, como uma espécie
de ritual xamânico com orações em
quéchua à beira de um lago no alto
da montanha. Sem contar o contras-
te entre caminhadas nas encostas de
picos nevados, diante das paisagens
dos andes, com a possibilidade de
finali ar o dia deitado em uma i-
dromassagem ao ar livre em um
sofisticado lodge de montanha.
Ao longo dos 64 km do cami-
nho, a serem percorridos durante
sete dias, não há estradas, luz elé-
trica ou sinal de celular. O clima é
um enigma indecifrável, com uma
alternância inexplicável entre céu
ensolarado, frio intenso ou chuvas
insistentes. A única certeza é que, ao
fim de cada dia, oc ai rela ar em
um quarto aquecido e degustar um
jantar gourmet com as aclamadas
receitas peruanas preparadas por
algum chef de cozinha.
Esse é o grande barato de Salkan-
tay: estar em um lugar selvagem e
até inóspito, mas com uma estrutu-
ra absolutamente acolhedora e uma
opera o e tremamente profissio-
nal. O transporte das bagagens de
um lodge a outro é feito por meio
de mulas. Para o viajante, basta car-
regar a pr pria garrafin a de gua
Com tais regalias não é preciso
ser um atleta para topar a propos-
ta da Mountain Lodges, basta um
mínimo de preparo físico para não
sentir tanto desconforto nas cami-
nhadas e ter energia para curtir a
cole o de cen rios magn ficos ue
compõem a rota. E são muitos.

60 VIAJE MAIS
 FOTOS: SHUTTERSTOCK

VIAJE MAIS
GUILHERME FRÓIS

61
SHUTTERSTOCK
CARIBE Cuba
Os dois primeiros dias do roteiro acontecem em Cusco, tempo para aclimatar o corpo e conhecer as ruínas de Sacsayhuaman (abaixo)
CUSCO
Os mimos do circuito começam
já em Cusco, onde é preciso che-
gar, no mínimo, dois dias antes do
trekking para que o corpo entre no
ritmo andino a 3.399 metros acima
do nível do mar. Entre as opções de
hospedagens oferecidas pelo MPL
na cidade estão o El Retablo, um
hotel-butique muito charmoso, e
o EL Mercado, maior e mais ele-
62
gante. Os dois recebem os hóspedes
com uma fogueira no lounge ao ar
livre, mantas de lã de alpaca para
usar em um lual ao ritmo de jazz e
bossa nova ao vivo no entardecer.
Além de aclimatar o corpo à al-
titude, em dois dias dá tempo para
conhecer o essencial de Cusco, a
antiga capital do império inca. É
uma das cidades históricas mais be-
las e vibrantes da América do Sul,
VIAJE MAIS
que mistura a arquitetura hispânica
às memórias indígenas.
Quando chegaram ao Vale Sa-
grado, os espanhóis destruíram
casas e templos incas, mas apro-
veitaram as suntuosas paredes de
pedras das construções incas para
erguer igrejas e casarões coloniais.
A fusão das arquiteturas é incrível,
e o melhor exemplo é o Convento
São Domingos, erguido no sécu-
SHUTTERSTOCK
Um grupo de turistas segue pela trilha do Vale de Salkantay; o encontro com os nativos quechuas é constante ao longo do caminho

lo 16 sobre o templo inca Qorican-
cha. Na Plaza de Armas, o centro
histórico, há duas igrejas barrocas
imponentes com altares cobertos
de ouro. Já nos arredores de Cusco
há diversos sítios arqueológicos in-
cas muito interessantes, como a fa-
mosa Fortaleza de Sacsayhuaman,
cujas muralhas são erguidas com
pedras imensas milimetricamente
encaixadas umas às outras, que
comprovam o formidável talento
dos engenheiros incas.
voado de Mallepata e seguiu em
ritmo tranquilo por um caminho
plano em uma caminhada de três
horas até a primeira hospedagem
do roteiro, o Soray Lodge. As aco-
modações são confortáveis e de
gosto apurado, mas sem afetação.
sofistica o passa pela integra o
da construção com a paisagem, o
serviço impecável, o jantar servido
em três deliciosas etapas e, claro, a
jacuzzi com vista para a montanha
de Salkantay.
O objetivo, a partir dali, era
alcançar o Passo, um vale que co-
necta as montanhas de Humantay

INTO THE ANDES

Para me preparar para a jorna-
da, ainda em Cusco, e evitar dor de
cabeça (literalmente), segui todas
as recomendações: refeição leve,
sem abuso de álcool, descanso e
muito chá de coca (ou de menta).
E, assim, já devidamente aclima-
FOTOS: GUILHERME FRÓIS

tada para a altitude, iniciei minha

jornada pela trilha Salkantay.
O primeiro dia começou no po-

VIAJE MAIS 63

e Salkantay, a 4.650 metros. Para
isso, o segundo dia funcionou co-
mo uma espécie de treinamento
com uma caminhada íngreme que
nos levou até um estonteante lago
esmeralda que emoldura a monta-
nha de Humantay. No ponto alto
da trilha, fui convidada a participar
do “Pago a La Tierra”, uma cerimô-
nia andina conduzida por um líder
espritual local que acompanhava
meu grupo. O ritual funciona como
uma oferenda de agradecimento
e erra com ores, doces,
velas, folhas, sementes e pisco.
Cercados de um cenário majesto-
64
O Salkantay Lodge e um
almoço tradicional
peruano; ao lado, a
jacuzzi do Soray Lodge
so, aproximamo-nos em silêncio
e compartilhamos das preces que
eram entoadas.
À noite, já no lodge, nos reu-
nimos em volta da fogueira no
jardim sob uma noite estrelada
para queimar as oferendas e ou-
vir histórias sobre as cerimônias
incas de adoração ao Deus Sol. Em
algumas delas, as mais belas jovens
do reino, as chamadas Virgens do
Sol, eram escolhidas para serem
sacrificadas
No dia seguinte, apesar das
muitas preces, a manhã surgiu
chuvosa. O que nos salvou foi To-
VIAJE MAIS
FOTOS: DIVULGAÇÃO
más, o funcionário de apoio, que
nos seguia com seu cavalo de no-
me Jesus, levando roupas de frio
extras e capas de chuva. Ao to-
do, foram oito horas de trekking,
metade montanha acima, metade
montanha abaixo. Esse foi o dia
mais intenso, em todos os senti-
dos. Caminhei sob chuva. Avistei
horizontes fantásticos. Senti o frio
queimando a ponta dos dedos. E,
por fim, celebrei com entusiasmo
a chegada ao Wayra Lodge, que
parecia ainda mais quentinho e
aconchegante do que os outros.
Em pouco mais de uma hora de-
pois da chegada, todas as roupas
da trilha já estavam lavadas e se-
cas, e a mesa posta para o jantar.

Machu Picchu é o ponto final do roteiro e a cereja do bolo de um trajeto cheio de emoções e grandes belezas naturais
DA MONTANHA À SELVA TROPICAL
Na última metade do trajeto,
adentramos a chamada “Cloud
Florest”, nos arredores do gracioso
Colpa Lodge: vales e diversas mon-
tanhas entre nuvens muito baixas.
Dali, seguimos para o Pueblo Wa-
yrak – que em quéchua quer dizer
“casa onde vive o vento”. Em meio
a fortes rajadas, caminhamos pelo
vale do Rio Santa Tereza, com suas
correntezas revoltas, entre bromé-
lias, orquídeas e passarinhos andi-
nos muito cantantes.
Esse é um dia para deleite gas-
tronômico: na chegada ao lodge,
um grupo de moradores nos es-
perava para prepararmos juntos
66
nosso almoço à moda andina. Isso
quer dizer enterrar diversas bata-
tas – no Peru existem 5 mil tipos
delas – em um forno de pedra que
fica debai o da terra, al m de uma
espécie de porquinho-da-índia, o
cuy, e outros tipos de carnes as-
sadas (para agradar aos paladares
mais tradicionais). Era nossa última
noite na montanha e a despedida
teve comemoração ao som de salsa
e drinques de pisco sour.
O trecho final seria feito da
forma convencional: no trem que
leva a Águas Calientes, o vilarejo
mais próximo do sítio arqueológico
de Machu Picchu. Apesar da falta
de charme da cidade, a hospeda-
GUILHERME FRÓIS
VIAJE MAIS
SHUTTERSTOCK
gem por ali é no Hotel Inka Terra,
equipado de quartos com paredes
de vidro rodeados de mata e rios
termais, spa e um salão de jantar
suntuoso embalado pela música
de Sebastian Bach. Nada mal para
renovar o espírito antes de alcançar
a cidade sagrada dos Incas.
O último dia amanheceu en-
solarado, com ares de celebração.
Depois de 64 km de trilhas, dois
picos nevados, muita chuva, quatro
acu is, uma iagem de trem, final-
mente coloquei os pés nas ruínas de
Machu Picchu.
Se a altitude e os trechos mais
exigentes da trilha de Salkantay
não chegaram a tirar o meu fôlego,
não posso dizer o mesmo sobre a
visão da cidadela inca. É impossí-
vel permanecer indiferente àquela
misteriosa arquitetura com pedras
milimetricamente encaixadas no
topo de uma montanha inacredi-
tavelmente escarpada. Seria muito
mais fácil e rápido ter ido de trem
desde Cusco. Mas, nesse caso, eu
perderia quase toda curtição dessa
viagem, que foi justamente o cami-
nho até lá.
 PROGRAME-SE SUAPROGRAME
VIAGEM SUA VIAGEM
INFORMAÇÕES GERAIS
Documentos exigidos para en-
trada no Peru: passaporte válido
por seis meses e comprovante de
vacinação contra febre amarela
Idioma: espanhol
Moeda: Novo Sol
Cotação: R$ 1 vale 1 Novo Sol (co-
tação em junho de 2017)
Fuso horário: duas horas a menos
em relação a Brasília
QUANDO IR
A melhor época para fazer o
trekking Salkantay é entre os meses
de maio e setembro, que é o perío-
do mais seco do ano na região. As
paisagens estão muito mais interes-
santes e a trilha menos escorregadia.
O mês de julho costuma ser muito
lotado em Machu Picchu, mas isso
não interfere na trilha por este ser um
roteiro muito exclusivo.
COMO CHEGAR
O circuito de Salkantay começa na
cidade de Cusco, que fica a 1.000
km de Lima ou uma hora de voo.
As passagens para lá com a Latam
(www.latam.com.br) têm preços a
partir de R$ 1.300 (com as taxas in-
clusas) desde São Paulo, ida e volta.
Os voos fazem conexão em Lima.
ONDE FICAR*
MOUNTAIN LODGES OF PERU
O pacote completo do trekking
pelo Vale do Salkantay tem 7 noites
de duração, incluindo as duas primei-
68
ras em Cusco e uma noite em Águas
Calientes (Machu Picchu Pueblo).
Durante o trekking, a hospedagem
acontece nos quatro lodges que in-
tegram o circuito Mountain Lodge
of Peru. Todos têm estrutura muito
confortável, com ambientes climati-
zados, jacuzzi e serviço de secagem
instantânea das roupas. A atmosfera
é aconchegante. As construções são
bem integradas com a paisagem. Os
serviços são impecáveis e incluem
massagens e outras terapias, além de
um chef de cozinha que acompanha
todo o trekking. A Mountain Lodges of
Peru é a única operadora que inclui o
pernoite em lodges no Vale do Salkan-
tay. Todas as outras operadoras atuam
apenas com camping.
CUSCO
El Mercado – O casarão antigo que
abriga o hotel tem clima intimista,
FOTOS: DIVULGAÇÃO
VIAJE MAIS
uma adega própria e um amplo
terraço onde também acontecem
apresentações musicais deliciosas.
A partir de R$ 590. www.elmerca
docusco.com.
El Retablo – É um hotel-butique
pequeno, mas com um ambiente
muito aconchegante e descontraído,
localizado a 5 minutos na Plaza de
Armas, o centro histórico da cida-
de. Em todo fim de tarde tem uma
fogueira no jardim e um lual para os
hóspedes. A partir de R$ 390. www.
elretablo.com.
ÁGUAS CALIENTES
Inka Terra Machu Picchu Pueblo –
Conforto e boa
comida não
faltam ao longo
do trekking
Hotel de luxo, em ambiente de ca-
bana de montanha. Tem quartos com
paredes de vidro ao lado da mata e
rio de águas termais na propriedade.
Tem spa e um sofisticado restauran-
te. www.inkaterra.com.
QUANTO CUSTA
O pacote de trekking da
Mountain Lodge of Peru pelo
Vale de Salkantay tem duração
de 7 dias e preços a partir de
US$ 3.240 na baixa temporada (pe-
ríodos de 10 de novembro a 14 de
dezembro e de 10 a 31 de março). E
a partir de US$ 3.750 na alta tem-
porada (do começo de abril a 31 de
outubro e de 15 a 31 de dezembro).
Os valores são por pessoa em aco-
modação dupla. Incluem refeições,
traslados, guia bilingue, transporte
de bagagens e passagens de trens.
www.mountainlodgesofperu.com.
*Preço para duas pessoas em acomodação dupla
 BRASIL

RIO
Com emGRAND
oção!

70 VIAJE MAIS
E DO NORTE POR TAL E S A Z Z I , TEXTO E FOTOS

N
atal não tem uma praia só. Tem todo o litoral do Rio
Grande do Norte à disposição. Essa é uma das boas
vantagens de viajar para a capital potiguar: você não
fica restrito a apenas uma cidade, mas pode us la como porta
de entrada para e plorar o ue est em olta s dist ncias
n o s o grandes, e bem rapidin o oc pode pular de uma
praia para outra seguindo pelo as alto da , ue acom
pan a boa parte da costa do estado per eitamente para
fazer passeios de um dia para uma dezena de praias quanto ir
mais longe at ipa, ao sul, ou alin os e onta do el, ao
norte , passar uns dias e oltar uem ai a atal gan a de
brinde todo o litoral do Rio Grande do Norte para aproveitar.

As piscinas naturais
de Maracajaú e as
Dunas do Rosado na
Ponta do Mel

VIAJE MAIS 71
 BRASIL Rio Grande do Norte
Natal
O reino dos bugues
E mbora seja ponto de referência
para e plorar o litoral potiguar,
Natal também tem seus atrativos.
O mel or deles a praia da onta
egra, ue concentra a ess ncia tu
r stica da cidade em ban o de mar,
cal ad o e bons restaurantes, entre
eles dois da rede amar es, onde
a vontade é devorar todos os pra
tos do card pio est o boa parte
dos ot is e o s mbolo m imo de
atal, o orro do areca, uma
grande duna de frente para o mar.
Outra praia bastante procurada
enipabu, c lebre por suas dunas
e pelo famigerado passeio de dro
med rio, no ual os turistas pas
seiam vestidos de beduínos como se
O passeio de bugue
para Genipabu e o esti essem em pleno deserto do aa
aerobunda na Lagoa ra ecnicamente, a praia fica em
do Jacumã edin a, mas o acesso t o cil
72 VIAJE MAIS
O Forte dos Reis
Magos, na Foz do Rio
Potengi; abaixo, a
Lagoa do Pitangui
pela nova ponte Newton Navar
ro, sobre a o do io otengi, ue
ningu m percebe ue est em ou
tro munic pio para ir de carro
tranquilamente em menos de meia
ora, mas a orma mais di ertida
ir de bugue, os simp ticos car
rin os ue s o a cara de atal e
são os únicos capazes de rodar pelo
alto das dunas, com ou sem emo
o o bugueiro sempre pergunta ,
numa referência à velocidade que
você quer que tudo aconteça.
n o s isso para esti
car tranquilamente (seja de bugue
ou com carro alugado) às dunas
e lagoas bel ssimas das i in as
 ONDE FICAR
Holyday Inn Express –
Hotel vertical, mas com
ótimo custo-benefício na
Praia de Ponta Negra. www.
holydaynatal.com.br.
Manary – Uma pousada de
charme, pequena e bem de
frente para a praia da Ponta
Negra. A partir de R$ 350.
www.manary.com.br.

ONDE COMER
Mangai – Filial do famoso
restaurante de João Pes-
soa, com um superbufê
de comida do Nordeste.
Camarões – Há dois deles
na Ponta Negra, com pra-
tos de camarão que custa-
riam o dobro do preço em
qualquer outro lugar.

itangui e acum , esta ltima a

mosa por criar o aerobunda, uma
versão aérea do tradicional esqui
bunda, no ual a pessoa desce do
alto de uma duna pendurada em
uma corda, sem tocar a areia, at se
c a urdar nas guas de um lago l
embai o itangui, por sua e , o e
rece uma imensa lagoa perene que
mais parece um o sis em meio
vastidão de dunas. Não é à toa que
toda essa regi o con ecida como
olo osta das unas di ersos
quiosques que colocam mesas den
tro da gua da lagoa, ue para o
turista ficar ali tomando umas e se
refrescando ao mesmo tempo.

VIAJE MAIS 73
 BRASIL Rio Grande do Norte

Praia de Pipa
As falésias mais charmosas do Brasil

P ipa é a praia mais desejada do

Rio Grande do Norte. Tanto
que muita gente toca direto para
l e nem fica em atal com
preens el, pois ipa so in a
vale uma viagem inteira. Primeiro
por ue n o uma s praia, mas
meia d ia delas, todas em orma
de meia lua e delimitadas por lin
das al sias a ermel adas um
visual bem diferente do restante
da costa potiguar, onde pre a
lecem dunas sem fim um dos
trec os mais bonitos de todo o
litoral do Nordeste.
l m disso, a ila, ue ga
n ou propor es de cidade,
c eia de pousadas e restauran
tes sofisticados uitos deles s o
comandados por estrangeiros que
c egaram nas ltimas duas d ca
das e fi eram de ipa um dos lu
gares mais globalizados do Brasil.
ua rua principal, a enida dos
olfin os, ira um animado cal
ad o noite, ue a lembrar a
ua das edras, em ios Ol ar
vitrines e curtir o som dos bar
in os com m sica ao i o a
parte da programa. E a noite ani
ma se ainda mais com as baladas
da oate alangos, considerada
uma institui o local, cu as estas
aram as madrugadas, especial
mente nos fins de semana, uan
do Pipa recebe muitos visitantes
indos de atal e o o essoa,
ue ficam a pouco mais de uma
ora de carro
O legal de Pipa é que você po
de curtir a praia não apenas na
areia, mas tamb m do alto de seus
mirantes nas al sias Os mel o
res pontos para fotografar a pai
sagem ficam no c amado apa
d o entre a raia do mor e das
inas e nos mirantes do recanto
col gico, uma mata nati a no
alto da al sia da a a dos olfi
n os, onde s poss el c egar
camin ando por tril as curtas
passeio de bugue rumo ao
litoral sul que leva até a Praia do
agi, na ronteira com a a
ra ba, passando pelas praias de
arra de un a e a a ormosa,
esta ltima lind ssima, com altas
al sias tamb m o mar, um
passeio de saveiro onde não é di
cil a istar golfin os O nico
problema de ipa ue n o d
ontade de ir embora s praias
são tão bonitas e o astral da vila
t o legal ue a ontade ficar
l para sempre
Os visitantes param
os carros no alto das
falésias para admirar
a paisagem; ao lado,
camarão do restô tapas

74 VIAJE MAIS
 ONDE FICAR
Toca da Coruja – É uma
das pousadas de praia
mais charmosas do país,
o paisagismo é bárbaro e
os superbangalôs, estilo
casa de fazenda, ficam
suspensos sobre palafitas.
A partir de R$ 890. www.
tocadacoruja.com.br.
Pousada dos Girassóis –
Uma espécie de condo-
mínio com apartamentos
e casas para até 7 pessoas
em uma grande área com
jardim e piscina. A partir
de R$ 320. www.pousa
dadosgirassois.net.

ONDE COMER
Oca Toca – É o restauran-
te da Toca da Coruja, tem
ambiente super romântico,
com luz de velas em meio
ao belo jardim e pratos
padrão gourmet.
Caxangá – Se ideia é co-
mer moqueca ou frutos
do mar.
Tapas – Um restô de tapas
espanholas, legal para
sentir o clima internacio-
nal de Pipa.

VIAJE MAIS 75
 Maracajaú
As incríveis piscinas naturais potiguares
N a praia de araca a s se
ala nos parrac os e o
c n o sabe o ue s o parrac os ,
basta ol ar para esta oto e ai des
cobrir Os parrac os s o essas
manc in as marrons ue salpicam
um certo trec o do litoral norte
potiguar, a m de atal ra
ta se de uma grande orma o de
arrecifes de corais que surgem a
m da costa e ormam uma gi
gantesca piscina natural em ple
no alto mar os dias de lua c eia
ou lua no a, uando a mar seca
bastante, os corais de araca a
emergem e o que se vê é um ce
n rio impressionante O mar
erde e muito transparente, com
profundidade em torno de dois
metros a praia, partem lanc as
que levam os turistas a platafor
mas utuantes ali se pode passar
oras curtindo um ban o de mar
ou um mergul o com m scara em
meio a muitos pei es coloridos
poss el at mergul ar com cilin
dro, e nem precisa ter credencial
76
de mergul ador
maior parte dos isitantes
c ega em passeios bate e olta, o
ue bem poss el ue a praia
fica pr ima a atal ue a
raca a tem outros encantos, s
disponíveis para quem ficar um
par de dias por l praia oto
g nica, com angadas e um con
unto de dunas nos arredores
um par ue a u tico bem legal, o
a oa, com tobog s e piscina
com onda. Tem quadriciclos para
alugar um camin o com bancos
na carroceria, bati ado de ene
ral , ue le a grupos para nadar
no Rio Piracabus; além dos bugues
ue a em passeios no sentido sul,
seguindo pela praia no or rio da
mar bai a, passando pela deserta
raia de ara bas, arol do abo
de São Roque (o ponto mais próxi
mo da rica e a lend ria r ore
do mor, na ual, di em, casais ali
fotografados jamais se separam. O
passeio termina no alto das dunas
ao pôr do sol.
VIAJE MAIS
 ONDE FICAR
Enseada Maracajaú – É o
melhor da praia. Chalés
independentes de frente
para um jardim. Tem uma
piscina gostosa e um res-
taurante que abre à noite,
coisa rara na praia. A partir
de R$ 200. www.hotelen
seadamaracajau.com.br.
Pousada Ponta dos Anéis
– Para o caso de não en-
contrar vaga no Enseada
Maracajaú. A vantagem é
que fica na beira da praia,
em lugar tranquilo. R$ 260.
www.pousadapontadosa
neis.com.br.

ONDE COMER
Maracajaú Bistrô - O único
aberto no jantar. Pratos de
camarão a partir de R$ 35.
Ponto de Encontro – Res-
taurante nativo, serve co-
mida típica, como a cal-
deirada de arraia, carneiro
guisado...

Os famosos parrachos
de Maracajaú estão a
apenas 60 km de Natal

VIAJE MAIS 77
 São Miguel do Gostoso é
ideal para kite e windsurfe;
acima a Praia de Tourinhos,
a 6 km do centro da cidade

78 VIAJE MAIS

Gostoso
Faz juz ao nome
S o iguel do ostoso a no a
sensação do litoral do Rio Gran
de do Norte. O último Réveillon
na cidade atraiu celebridades e
bombou tanto nas redes sociais
ue muita gente ficou curiosa pa
ra saber como , afinal, essa praia
ue em gan ando cada e mais
ama nacional O turismo, de a
to, crescente cada tempora
da, ostoso, ue ica a m e, s e aumentar ainda mais o
de atal, gan a no as pousadas e
restaurantes transados, desses ue
colocam lumin rias coloridas e pa
l in as na decora o, ue o dan
do um c arme tipicamente praiano
ao lugar udo come ou por ali
VIAJE MAIS
ONDE FICAR
Só Alegria – Pousada pé
na areia, dividida em duas
áreas, uma com suítes e
outras com flats de dois
pavimentos. Ambas têm
piscina. R$ 280. www.
pousadasoalegria.com.br.
Pousada do Gostoso – Tem
vários chalés espalhados
por uma área ampla e com
muito verde, acesso direto
à praia. R$ 280. www.pou
sadadogostoso.com.
ONDE COMER
Hibiscus – É o mais famo-
so da cidade, sempre lota.
Para peixes e frutos do mar.
Luz Tranquila – É novo. Tem
cardápio gourmet e altos
drinques.
cerca de uma d cada, uando os
itesurfistas ieram em busca dos
entos ortes desse trec o do litoral
potiguar c egada de auli eadi,
tricampe o mundial de indsur e,
ue l montou uma escola de sur
mo imento assim, na elocidade
dos entos, o iguel do ostoso
deixou de ser apenas um lugar de
nome curioso para ser uma espécie
de Pipa do litoral norte do estado.
praia, por sua e , a u ao
nome ue tem , de ato, muito
gostosa, com m de e tens o e
mar calmo, en eitado com as e
las coloridas do itesur e s me
l ores pousadas s o p na areia, nem
precisa atravessar a rua para pisar
na areia fofa. O clima é de tranqui
lidade, ue a cidade ainda pe
quena e não perdeu o astral de vila
de pescadores noite, o neg cio
camin ar pela ua da pa, para
er as lo in as e escol er um lugar
para antar a ora de passear, d
para ir de carro por uma estrada de
terra de m at a i in a raia de
ourin os, ue semi deserta, com
apenas algumas barracas rústicas pa
ra servir bebidas e petiscos.
79
 Galinhos fica em CHILE Estações de esqui
uma península de
areia e tem cerca
de 20 km de praias
desertas e dunas

Galinhos
Praias e dunas em uma isolada península

O po oado de alin os, a cerca

de m de atal, um
dos mais isolados do litoral poti
guar ica na ponta de uma pen n
sula estreita e coberta de dunas,
com o tl ntico de um lado e um
bra o de mar do outro ara c e
gar, s duas op es de bugue
ou 4x4 pela própria areia da praia
a partir da i in a ai ara do
orte, ou atra essando de barco
o tal bra o de mar ue separa ali
n os do continente O carro fica
num estacionamento da prefeitu
ra, unto com suas preocupa es e
ual uer tipo de estresse, en uan
to você segue apenas com suas ba
gagens e muito protetor solar. Por

80 VIAJE MAIS

conta desse isolamento, alin os
vem se mantendo um dos vilarejos
mais intactos do litoral potiguar.
sensa o a de estar c egando a
uma il a o carros circulan
do, apenas bugues ou c arretes,
ue uncionam como t is ali
n os tem cerca de m de praias
desertas, cercadas de dunas, e a
única coisa a fazer por ali é justa
mente curtir essa paisagem toda.
Barcos fazem passeios para as sa
linas, mangue ais e ba as ue se
ONDE FICAR
Amagali – Charmosa, com
três categorias de acomo-
dações, tem piscina com
gazebos em volta. R$ 280.
www.amagali.com.
Chalé Oásis – Chalés com
decoração colorida, con-
fortáveis. Na casa-sede há
uma sala de TV. R$ 260.
www.oasisgalinhos.com.
Peixe Galo – Conforto na
medida certa, é pé na areia,
tem piscina e um restau-
rante que é ótimo ponto de
apoio para curtir a praia, no
povoado de Galos. R$ 235.
www.pousadapeixegalo.
com.br.
ormam no bra o de mar e fi
er com o passeio com o Júnior
ubar o ain
da ai gan ar um almo o, ser ido
em uma mesa utuante, com ce i
c e e sus imis preparados na ora
pelo bar ueiro gourmet mais figu
ra de alin os m terra, bugues
le am s unas do apim e as
c arretes condu em os isitantes
pela praia at o arol de alin os,
ue est fincado bem na ponta da
pen nsula, a m do ilare o
bonito estar ali ao p r do sol, para
er o astro rei se esconder por tr s
do par ue e lico de uamar , na
outra margem do rio.
mbora alin os manten a
a atmos era de isolamento, a ila
tem diversas pousadas legais para cias de turismo alam mara il as
se ospedar com con orto, como sobre alin os as tudo o ue
nas pousadas magali a mel or falam ainda é pouco para descrever
e mais c armosa , O sis e ei e a beleza do lugar. Só vendo mesmo
alo ue o ilare o em atrain para entender. Para quem quer se
do muitos turistas e est cada e isolar e ainda con ecer a nature a
mais comentado m atal, bu mais aut ntica da costa potiguar,
gueiros e uncion rios das ag n alin os o lugar
VIAJE MAIS 81
 Dunas sem
fim e uma
tranquilíssima
praia é o que
esperam os
visitantes na
Ponta do Mel

Ponta do Mel
O grande segredo do Rio Grande do Norte

P oucos turistas c egam at a

praia de onta do el, na
di isa com o ear O moti o
a praia é distante e a estrada de
acesso mais próxima (para quem
em subindo pelo litoral est em
estado lastim el o tra eto final,
pr imo a orto do angue uma
bura ueira s maioria dos isi
tantes costuma ir de ossor , a
m dali, cu o acesso, ia cidade
de reia ranca, este sim, bom
Outros vêm em bugues e veículos
ue a em o roteiro ortale
a atal, rodando pela pr pria
areia da praia na mar seca pe
sar da dist ncia, ale muito a pena
esticar at a onta do el, pois o
lugar guarda o grande segredo da
costa potiguar: o segundo maior
con unto de dunas do rasil, s
menor do ue os en is ara
n enses o as c amadas unas
do osado, um erdadeiro deserto
de areia o a, com dunas altas mol
dadas pelo vento – que se estende
ao longo da costa por cerca de
m paisagem inacredit el
o alto das dunas a sensa o a
de estar em meio a um deserto do
Oriente dio anto assim, ue
ali oram gra ados di ersos fil
mes de tem tica religiosa, como

82 VIAJE MAIS

aria, e do il o de eus, e
rm os de , ambos do cineasta
oac r es
a praia da onta do el tem
um turismo modesto, mas conta
com algumas pousadas simples (e
dignas) para quem curte vilarejo
rústico com astral de vila de pes
cadores, mesmo por ue a onta
do el ainda isso mesmo
mais jangadas e pequenos barcos
de pesca artesanal ancorados na
areia da praia do que carros cir
culando pelas ruas ortanto, n o
espere encontrar luxo e pousadas
de c arme, pois isso n o e iste por
l ri ue a da onta do el est
na bele a intocada da sua paisagem,
com dunas ridas e uma mansa en
seada de guas a uis ara ambos os
lados, a praia estende se deserta por
muitos uil metros uma pa s
VIAJE MAIS
ONDE FICAR
Pousada Maré – Sim-
pática, os quartos são
novinhos e ficam em nos
fundos de uma casa ajar-
dinada, com muita sombra
e conforto térmico. Fica a
duas quadras da praia. R$
150. www.pousadamare.
wix.com.
Pousada Beiral – Tem
quartos mais modestos
do que os outros, mas é
pé na areia e conta com um
restaurante gostoso sobre
um deque de madeira. A
proprietária, a Neinha, é
uma figuraça. R$ 100.
www.pousadabeiral.blo
gspot.com.br.
Pousada Teodoro – Um
bloco de apartamentos
grandão e sem charme,
mas com os melhores
quartos da vila e bem em
frente à praia. R$ 176.
(84) 3332-7039.
ica Se
ier de atal,
siga pela at
ossor e de l para reia ranca
aso en a pela costa, a partir de a
lin os, o camin o a ea
, ia end ncias e l at orto
do angue s o m pela
com muitos buracos, bem de agar
83
 FÉRIAS
ÇÃO
IVULGA
FOTOS: D

A
F ÉRIAS
com gosto de aventura POR H E LO Í S A C E S TA RI

s férias escolares são uma oportunidade excepcional para grandes desco-

bertas. E os melhores lugares para isso são os acampamentos educacionais.
Além de divertir a garotada com gincanas, trilhas e brincadeiras, a experiên-
cia permite que eles convivam melhor em grupo, desenvolvam habilidades espor-
tivas, façam contato com a natureza e voltem para casa cheios de novos amigos.
Só no Estado de São Paulo dezenas de acampamentos organizaram programas es-
peciais para a próxima temporada, com esportes de aventura, luaus com fogueira,
aulas de culinária e clínicas de futebol com treinadores de grandes clubes interna-
cionais. Dá até para fazer um programa de imersão no inglês ou brincar no mesmo
cen rio onde o filme Carrossel oi gra ado onfira oito op es de acampamentos
de férias pertinho de São Paulo.

VIAJE MAIS 85
 CARROÇÃO
os
Idade: 5 a 16 an
Preço: sete dias
995
a partir de R$ 3.
í (SP)
Onde fica: Tatu
com
www.carrocao.

CARROÇÃO
parede de escalada, tirolesa e de-
safios sobre um lago com direito
a uma ponte de três cordas. As
A utointitulado como “úni-
co resort pedagógico do
Brasil”, o Carroção faz os
ARUANÃ
cinco re ei es di rias sempre acampantes se sentirem em um

R espeitar o meio ambiente e o

ser humano é uma das pre-
missas do Aruanã. Para isso, esse
contam com algum ingrediente
colhido na própria horta, e os
quartos são divididos por gênero
acampamento próximo da capital e média de idade.
paulista oferece várias atividades
que propiciam o contato com a
natureza e a interação com outras
crianças da mesma faixa etária.
s op es o desde brincadei-
ras e oficinas de arte at estas e
atividades radicais, como trilhas,
ARUANÃ
Idade: 4 a 17 anos
Preço: oito dias a
partir de R$ 2.640
Onde fica: Embu-
-Guaçu (SP)
http://aruana.com.br
filme de aventura. O sítio se
inspirou em Mark Twain, Jú-
lio Verne, Monteiro Lobato,
Lewis Carroll e Spielberg para
criar brincadeiras que explo-
ram a fantasia e o imaginário
em trilhas, grutas com pinturas
rupestres, labirinto medieval e
até caravela. A expedição pale-
ontológica O Elo Perdido, que
revela fósseis de dinossauros, é
uma das atividades bem diver-
tidas. Ainda há uma minipis-
ta de Fórmula 1, um enorme
avião da 2ª guerra perdido na
Mata Atlântica, uma caverna
com lago e o maior aquário de
água doce do País, com jacarés
e rias esp cies de pei es u-
viais. À noite, festas temáticas
e baladas com DJ animam a ga-
rotada.

86 VIAJE MAIS
 NR

C om duas unidades na divisa

entre São Paulo e Minas, o
Nosso Recanto (conhecido como
NR) oferece desde colônias tradi-
cionais até as temáticas, como a
es efin os, ue e plora o
universo gastronômico, e o Juven- NR
tus Camp Brazil, quando meninos Idade: 5 a 16 anos
Preço: sete dias a partir
e meninas podem aprender táticas
de R$ 3.163
de futebol do atual hexacampeão crianças, está o
Onde fica: Sapucaí-
italiano. Uma novidade é o Cir- maior Zoológico
-Mirim (MG)
cuito Broadway Master Class, que de Répteis parti-
http://nr.com.br
inclui workshops de canto, dança, cular do Brasil,
sapateado, estilo e interpretação. o NR Zoo. Já o
Quem assina a direção artística é outro espaço, o NR2, conta
Fernanda Chamma, renomada co- com atividades como cama elásti-
reógrafa e diretora de musicais. Em ca, cavalos, tirolesa, tobogã, lagos
uma das unidades, destinada às para remar caiaques, entre outras.
FOTOS: DIVULGAÇÃO

E
PAIOL GRAND
anos
Idade: 6 a 17
a
Preço: sete dias
81 0
partir de R$ 2.
Bento
Onde fica: São
do Sapucaí (SP)
de.
http://paiolgran
PAIOL GRANDE
com.br

P ioneiro no Brasil, o Paiol foi

undado em sem fins lu-
crativos e busca educar brincan-
do. Para dar um toque a mais de
aventura à estada dos paioleiros,
além da acomodação em chalés
separados por faixa etária, o
acampamento realiza um dia de
excursão, com trilhas e pernoite
em barracas no meio da nature-
za. Luaus, torneios esportivos e
shows de talentos também fazem
sucesso entre as atividades de la-
zer e educação ambiental, que se
estendem durante todo o dia e à
FOTOS: DIVULGAÇÃO

noite sob a supervisão das equi-

pes de monitores.

VIAJE MAIS 87
 FÉRIAS Acampamento
A
AGUIAS DA SERR
Idade: 6 a 16 an os
ia
Preço: sete dias sa
partir de R$ 2.59 9
Onde fica:
ÁGUIAS DA SERRA São Paulo (SP)
to
www.acampamen
D epois que o longa-metragem
Carrossel estreou nas salas
de cinema, as vagas no Águias
aguiasda serra.com .br

da erra ficaram mais concorri-

das do que nunca. Na trama, os
alunos da Escola Mundial viajam
para um acampamento e se en-
volvem em várias aventuras, que
agora são oferecidas a quem pas-
sa uns dias por lá, como trilhas,
tirolesa e futelama. Além desse
frisson causado pela turma de
Cirilo, Jaime e Maria Joaquina,
há mais de 50 atividades que
ensinam e divertem em meio à
natureza do Polo de Ecoturismo cozinha e o maior borboletário
de São Paulo. Entre elas, caia- privado do País. As novidades
ue, a endin a, oficina de circo, para esta temporada ficam por
REPLAGO
cinema ao ar livre, circuito de conta do minigolfe e de um la-
treinamento militar, desafios na birinto gigante.
C
A
lo
omo
casa, onopróprio
re,
1953,
despoeta
o lago
atra Pablo
Bairro nome
Itália desde
foi encomendada
é uma das gran-
es deste
Neruda
acampamen-
suge-

por um
pe-

motivo
to. Nele,nãocrianças
muitoe adolescentes
nobre: para
servir
brincam dede aqua jump
refúgio (pulos em
para encontrar
REPLAGO boia el , aqua bike
in Matilde
a amante , standup
Urrutia. Em
Idade: 6 a 16 anos 1955, e cablesepark
paddleNeruda . Em da
separou terra
es-
Preço: sete dias a firme,
posa e foia aventura
viver em La continua
Chascona, em
partir de R$ 3.750 circuitos de arvorismo,
quando ampliou escala-
a casa. Guiado
P)
Onde fica: Leme (S da,
portirolesa, futelama,
um audioguia em trampolim
português
o.com .br
www.replag acrobático
ao longo dos e nas escape rooms
c modos, fica -,
salas
cil que recriam
perceber umdo
hábitos cenário de
escritor,
laboratório
como cheio pelo
sua paixão de enigmas
mar, ex-e
efeitosna
pressa especiais. Os acampan-
sala de jantar que imita
tes menos
uma cabineafeitos
de navio à eadrenalina
na sala de
podemque
estar, se lembra
entreterum nofarol.
estúdio
Os
de música,
móveis no ateliê
da época, de artes,
as fotos e os
nas aulasdedeamigos
quadros culinária e baladas
artistas famo-
noturnas.
sos A temporada
transformam a casateráem três
um
novidades:
museu a oficina Robótica
excelente.
Lab, em que as crianças dão vida
a robôs feitos com peças de Lego
e outras ferramentas; a de His-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

tórias em Quadrinhos; e a Festa

Parintins, que explora a temática
dos bumbás amazônicos.

88 VIAJE MAIS
 FOTOS: DIVULGAÇÃO
PERALTAS

U ma das grandes atrações des-

ta temporada no Peraltas é
o Orlando City Soccer School.
ENGLISH CAMP
Idade: 8 a 17 anos Programado para os dias 10 a
Preço: cinco dias a 15 de julho, esse acampamento
partir de R$ 2.175 temático vai dar a oportunidade
Onde fica: de treinar o futebol – e também o
Itapetininga (SP) ingl s com profissionais de base
www.englishcamp. do time americano. Além da ex-
com.br periência, o pacote inclui um kit
com uniformes Adidas, bola per-
sonali ada e certificado de conclu-
s o uem n o aficionado pelo
mundo dos gramados pode optar
pelas colônias tradicionais, sempre
fartas em brincadeiras no parque
ENGLISH CAMP aquático, jogos de cooperação e
desafios ao ar li re, como escala-

A lém das gincanas e dos jogos

esportivos, o English Camp
garante uma imersão completa no
da, carveboard (skate para grama e
terra) e slackline. Todos os pacotes
garantem visita à Fundação CEU
inglês, mesmo para quem não tem (Centro de Estudos do Universo)
familiaridade com o idioma, como e uma atividade de arvorismo. Para
se fosse um intercâmbio dentro do fazer jus à fama radical de Brotas,
próprio País. Também são ofereci- os opcionais também incluem raf-
dos esportes diferenciados, como ting, oating, boia-cross e a tirolesa
beisebol, lacrosse, hóquei, streetball Voo do Tarzan.
e freesby. Há quatro opções de pro-
gramas: o Unique, com atividades
recreativas, culturais e esportivas
em inglês; o Liderança, ideal para
jovens que pretendem desenvolver
o espírito de comando; o Imersão,
com inglês intensivo pela manhã
e atividades do Camp à tarde; e o
am lia, montado para pais e fil os
que queiram viajar (e aprender in-
glês) juntos. Nesse caso, enquanto PERALTA
as crianças se divertem e praticam
Idade: 4 a 16 anos
o idioma no acampamento, os Preço: quatro dias custa
pais participam de um programa R$ 1.728
de imersão para adultos na unida- Onde fica: Brotas (SP)
de 2, com mais de 13 horas diárias www.peraltas.com.br
praticando o inglês.

90 VIAJE MAIS

F
azia tempo que eu
queria fotografar os
parrachos de Maraca-
jaú. Os parrachos são ban-
cadas de corais que existem
em uma praia a 60 km de
Natal. Eu já tinha visto fo-
tos de lá e estava louco para
fazer as minhas próprias fo-
tos daquela paisagem. Mas
a única forma de registrar
a grandiosidade daqueles
corais, que se espalham por
dezenas de quilômetros em
uma grande reserva marinha,
seria em uma imagem aérea.
Só que o valor de uma diá-
ria de helicóptero ou avião
monomotor tornava esse
registro otogr fico in i el
Certo dia, uma amiga
que mora na praia de Mara-
cajaú me ligou e avisou que
um fotógrafo local faria um
sobrevoo de helicóptero nos
tais parrachos para fazer ima-
gens para um guia de turis-
mo. Sabendo do meu antigo
desejo de fotografar o lugar,
essa amiga arrumou para
mim uma “carona” no voo.
Imediatamente, comprei
uma passagem para Natal e
lá cheguei de manhã cedo,
apenas duas horas antes do
horário marcado para a saída
do helicóptero. A decolagem
seria do quartel da aeronáu-
tica, ue fica bem ao lado do
aeroporto. Fui para lá e me
encontrei com o fotógrafo
do tal guia de turismo e o
piloto, um coronel da aero-
98
NA BAGAGEM
As histórias vividas pela redação
Uma fotografia aérea
POR TA L E S A Z Z I
náutica que nos passou um
briefing da “missão”. Por
cerca de duas horas iríamos
percorrer, a baixa altitude,
toda a costa do Rio Grande
do Norte.
No momento do embar-
ue, o ot gra o oficial ,
claro, pegou o melhor lugar
na janelinha, enquanto eu, o
“carona”, fui obrigado a
ir do outro lado,
bem dis-
tante
da aber-
tura na porta
onde eu poderia
apontar a câmera para foto-
grafar a paisagem. Pressenti
problemas. Decolamos.
Com o helicóptero voan-
do baixo, seguimos pela orla
sobre um visual incrível das
praias potiguares. Só que o
coleguinha fotógrafo grudou
na janela e não saiu mais da
frente. Em certo momento,
pedi licença para ele ceder o
VIAJE MAIS
espaço e eu poder tirar uma
foto. “Espera só um pouco”,
o sujeito respondeu. Pedi no-
vamente logo depois, e nada.
Um tapa nas costas do cara e
ele permanecia imóvel, com
a câmera no rosto disparan-
do insanamente. E assim
passamos sobre as praias de
Natal, pelas dunas de Geni-
pabu, pela Lagoa do Pitan-
SHUTTERSTOCK
gui... Até que
o helicóptero co-
meçou a sobrevoar os
parrachos de Maracajaú.
Fiquei tenso. Eu planejava
aquilo há meses. Saí de São
Paulo para isso. Gastei uma
grana. Viajei de madrugada.
Tudo só para estar ali naque-
le exato momento. O clima
estava perfeito, dia de sol,
céu aberto, mar azul, maré
baixa, os arrecifes à mos-
tra, o cenário maravilhoso.
Não podia perder aquela
oportunidade. Era a hora
de agir. Desabotoei o cinto
de seguran a, fi uei em p
no helicóptero e apliquei no
nobre colega de profissão
uma singela ombrada digna
de zagueiro de futebol ameri-
cano nfim, ocupei a anela,
apontei a câmera e disparei
uma, duas, três vezes. O co-
ronel então virou-se e gritou
lá da frente para eu me sentar
e não tirar mais o cinto de
segurança em nenhuma hi-
pótese. Obedeci. Voltei para
o lugar. Cheio de esperança,
liguei o monitor da câmera
para checar as fotos. A última
delas estava perfeita: o foco
correto, um belo enquadra-
mento, o horizonte retinho,
os barquinhos no meio dos
corais ra a otografia ue
tanto queria fazer. Vitória!
Vitória! O objetivo tinha
sido alcançado e eu fiquei
profundamente feliz.
O helicóptero ainda
sobrevoou toda a costa sul
do estado. Passou sobre as
falésias da Praia da Pipa, a
Lagoa Coca-coca, a foz do
Rio Sagi... Mas eu não fiz
mais nenhuma foto. Nem
queria. Só aproveitei o pas-
seio. Vez ou outra, eu olhava
novamente pelo monitor da
câmera só para curtir mais
um pouco a minha foto per-
feita, que acabou na página
da revista. Nesta edição,
inclusive. É a que ilustra as
páginas 76 e 77.