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GÊNERO e

SEXUALIDADE no
Sistema Prisional

MÓDULO 1
População LGBTI+ e sua
presença no sistema prisional
EXPEDIENTE

GOVERNO FEDERAL Revisão Textual


Supervisão: Evillyn Kjellin
Presidente da República Victor Rocha Freire Silva
Luiz Inácio Lula da Silva Vivianne Oliveira Rodrigues
Vice-Presidente da República
Design Instrucional
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho
Supervisão: Milene Silva de Castro
Ministro da Justiça e Segurança Pública Flora Bazzo Schmidt
Flávio Dino de Castro e Costa Gabriel de Melo Cardoso
Joyce Regina Borges
Secretário da Secretaria Nacional de Políticas Penais – SENAPPEN
Rafael Velasco Brandani Design Gráfico
Supervisão: Mary Vonni Meürer de Lima
Diretora da Escola Nacional de Serviços Penais – ESPEN
Airton Jordani Jardim Filho
Stephane Silva de Araújo
Cleber da Luz Monteiro
Equipe ESPEN Giovana Aparecida dos Santos
Haynara Jocely Lima de Almeida Julia Morato Leite Lucas
Italo Rodrigues dos Santos Renata Cristina Gonçalves
Sonia Trois
Tiago Augusto Paiva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Programação
Coordenação Geral Supervisão: Alexandre Dal Fabbro
Luciano Patrício Souza de Castro João Pedro Mendonça de Araujo
Luan Rodrigo Silva Costa
Financeiro
Luiz Eduardo Pizzinatto
Fernando Machado Wolf

Consultoria Técnica EaD Audiovisual


Giovana Schuelter Supervisão: Rafael Poletto Dutra
Angie Luiza Moreira de Oliveira
Coordenação de Produção Dilney Carvalho da Silva
Francielli Schuelter Eduardo Corrêa Machado
Jacob de Souza Faria Neto
Coordenação de AVEA Kimberly Araujo Lazzarin
Andreia Mara Fiala Marcelo Vinícius Netto Spillere
Marília Gabriela Salomao Dauer
Maycon Douglas da Silva

Apresentação
Áureo Mafra de Moraes

Conteúdo
Carlos Rodrigo Martins Dias

Todo o conteúdo do curso Gênero e Sexualidade no Sistema Prisional, da Secretaria Nacional de Políticas
Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo federal – 2022, está licenciado sob a Licença
Pública Creative Commons Atribuição - Não Comercial - Sem Derivações 4.0 Internacional. Para visualizar
BY NC ND uma cópia desta licença, acesse: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR.
ESCLARECIMENTO

A partir de 1º de janeiro de 2023, o Departamento Penitenciário Nacional


(DEPEN) passou a ser denominado Secretaria Nacional de Políticas Penais
(SENAPPEN), instituída pelo Art. 59 da Medida Provisória nº 1.154; porém,
devido ao fato de o material deste curso ter sido produzido antes da vigência
da referida medida provisória, há conteúdos em que a atual SENAPPEN
é mencionada como DEPEN. É possível, ainda, que outros órgãos gover-
namentais federais citados nos materiais, como ministérios, secretarias
e departamentos, disponham de uma nova estrutura regimental e uma
nova nomenclatura e sejam mencionados de maneira diferente da atual.
SUMÁRIO

Apresentação  05
Objetivos do módulo  06

Unidade 1: Conceitos para a compreensão da sigla LGBTI+  08


1.1 O que é orientação sexual?  08

1.2 O que é identidade de gênero?  11

1.3 O que é intersexualidade?  12

1.4 A quem se refere a sigla LGBTI+?  15

Unidade 2: Mapeamento das pessoas LGBTI+ presas


no Brasil  18
2.1 Onde estão as pessoas LGBTI+ no Sistema Prisional brasileiro? 19

2.2 Caracterização das pessoas LGBTI+ presas no Brasil  21

Síntese do Módulo  31

Referências  33
GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

APRESENTAÇÃO

Olá, cursista!

As administrações prisionais estaduais têm demonstrado preocupação


relacionada à rotina penitenciária das pessoas LGBTI+ (Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexuais, entre outras orientações
sexuais, identidades de gênero e expressões de gênero), em especial,
com as recentes decisões de alocação de mulheres trans e travestis em
unidades femininas.

Tais decisões, acrescidas da necessidade do respeito ao de nome social,


Nome Social iluminaram as especificidades da população LGBTI+ e trouxeram dúvidas
De acordo com Reis (2018, sobre como deveria ser o comportamento dos(as) servidores(as) que
p. 49) “O nome social
atuam em ambientes prisionais – incluindo os policiais penais – e como
é aquele escolhido por
travestis e transexuais
proceder na custódia para garantir direitos e, também, a segurança de todos.
de acordo com o gênero
com o qual se identificam, Diante dessa necessidade, o Departamento Penitenciário Nacional
independentemente do (DEPEN) produziu um estudo em parceria com outras instituições, tais
nome que consta em seu como: a Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTI+
registro de nascimento”.
(RENOSP-LGBTI+) e o Departamento de Promoção dos Direitos LGBT
do Ministério dos Direitos da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Tal estudo tem o sentido de detalhar os procedimentos que as unidades
precisam executar para garantir a segurança das pessoas LGBTI+ e auxiliar
na capacitação dos(as) servidores(as) para uma melhor compreensão
das especificidades da população em tela.

Este curso faz parte dessa trajetória. Ele é uma continuidade de estudos
e mapeamentos já realizados. Por isso, apresentamos a você, servidor(a),
o curso Gênero e Sexualidade no Sistema Prisional. Nele, trataremos sobre
as pessoas LGBTI+ em situação de prisão, considerando a necessidade
de atenção específica durante o cumprimento de pena. Destacamos
a importância da compreensão do conteúdo para que a custódia das
pessoas que se autodeclaram LGBTI+ aconteça em observância ao art. 3º
da Constituição federal (BRASIL, 1988):

“IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,


raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

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GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Este primeiro módulo é constituído por dois tópicos. No primeiro, abor-


daremos assuntos relacionados à população LGBTI+ no sentido de es-
clarecer/aprofundar conceitos fundamentais sobre as especificidades
inerentes a esses indivíduos. No segundo, trataremos sobre a presença
da população LGBTI+ no Sistema Prisional brasileiro.

Objetivos do módulo

• Descrever os conceitos de identidade de gênero e de orientação sexual.


• Identificar os termos a que se refere a sigla LGBTI+.
• Apresentar o mapeamento da população LGBTI+ nos sistemas prisionais.

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UNIDADE 1

Conceitos para a compreensão


da sigla LGBTI+
GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

1. CONCEITOS PARA A COMPREENSÃO DA SIGLA LGBTI+

Nesta unidade, abordaremos questões sobre orientação sexual e identi-


dade de gênero. Para isso, recorreremos aos Princípios de Yogyakarta. Esse
documento foi elaborado por especialistas em legislação internacional
de direitos humanos, orientação sexual e identidade de gênero, em
Yogyakarta, na Indonésia, e versa acerca dos princípios sobre a aplicação
da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação
sexual e identidade de gênero.

SAIBA MAIS

Leia os Princípios de Yogyakarta na íntegra, disponível em: http://


www.clam.org.br/uploads/conteudo/principios_de_yogyakarta.pdf

Destacamos ser valioso entender as diferenças entre orientação sexual


e identidade de gênero. Esse entendimento é fundamental para o reco-
nhecimento das especificidades da pessoa humana que se autodeclara
LGBTI+ e, com isso, para a custódia que atenda aos normativos nacionais
e internacionais.

1.1 O que é orientação sexual?


Segundo o exposto na introdução dos Princípios de Yogyakarta, orien-
tação sexual é compreendida:

“[...] como uma referência à capacidade de cada pessoa de ter uma


profunda atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de
gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim
como ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas.” (CORRÊA;
MUNTARBHORN, 2006, p. 7).

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GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Portanto, a fim de detalhar possibilidades de orientação sexual, recorre-


remos ao exposto na Nota Técnica nº 9/2020, elaborada pela Coorde-
nação de Atenção às Mulheres e Grupos Específicos do Departamento
Penitenciário Nacional:

“a) heterossexual: capaz de sentir atração emocional, afetiva e/ou


sexual por indivíduos do gênero oposto;

b) homossexual: capaz de sentir atração emocional, afetiva e/ou


sexual por indivíduos do mesmo gênero, podendo ser gays (gênero
masculino) ou lésbicas (gênero feminino); e

c) Bissexuais: pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente com


ambos os sexos.” (BRASIL, 2020).

Diante do exposto, podemos afirmar que:

• A população homossexual é composta por pessoas lésbicas e gays.


• As pessoas lésbicas são mulheres que têm relação afetiva e/ou sexual
com mulheres.

• As pessoas gays são homens que se relacionam afetiva e/ou sexual-


mente com homens.

• Pessoas bissexuais diferem das heterossexuais e homossexuais pelo


fato de se relacionarem com ambos os sexos.

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Bandeira do orgulho bissexual.

Entretanto, é comum as pessoas bissexuais serem confundidas com pessoas


homossexuais, o que é um erro. Faz parte da bissexualidade a possibilidade
de assumir compromisso com um parceiro feminino e, ao longo da vida,
poder assumir outro compromisso com parceiro do sexo masculino,
por exemplo. A pessoa bissexual não é confusa. Seu perfil está na capa-
cidade de se relacionar com o feminino e com o masculino, se for o caso.

QR CODE

Aponte a câmera do seu dispositivo móvel (smartphone


ou tablet) no QR Code ao lado para acessar o vídeo sobre
possibilidades de orientação sexual, ou acesse o link:
https://youtu.be/EqLczYSgx24.

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GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

1.2 O que é identidade de gênero?


Considerando que já compreendemos a dimensão de o que é orientação
sexual, agora é necessário entender o que é identidade de gênero. Segundo
os Princípios de Yogyakarta, a identidade de gênero é definida como:

“[...] experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que


pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo
o senso pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modifi-
cação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos
ou outros) e outras expressões de gênero, inclusive vestimenta, modo
de falar e maneirismos.” (CORRÊA; MUNTARBHORN, 2006, p. 7).

A identidade de gênero pode, então, coincidir ou não com o sexo atri-


buído ao nascimento. O termo utilizado para fazer referência a pessoas
que se identificam com o gênero que lhes foi atribuído ao nascer é
cisgênero. De acordo com a Nota Técnica nº 9/2020 do Departamento
Penitenciário Nacional, entre outras definições sobre como as pessoas
se sentem e se apresentam, estão:

“a) travesti: identidade de gênero autônoma, fora do binarismo de


gêneros (masculino e feminino), que não se identifica propriamente
com o gênero oposto ao que lhe foi atribuído no nascimento. Não se
entende propriamente como “homem” ou como “mulher”, mas como
travesti. Não reivindica a identidade ‘’mulher’’, apesar de apresentar
expressão (performance) de gênero predominantemente feminina,
devendo ser tratada como pertencente ao gênero feminino.

b) transexual: pessoa que se autopercebe e reivindica pertencimento


ao gênero oposto àquele que lhe foi atribuído no nascimento, sendo:

I – mulher trans: apesar de ter sido designada com o gênero mascu-


lino no nascimento, identifica-se como sendo pertencente ao gênero
feminino; e

II – homem trans: apesar de ter sido designado com o gênero femi-


nino no nascimento, identifica-se como sendo pertencente ao gênero
masculino.” (BRASIL, 2020).

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Bandeira do orgulho das pessoas trans.

QR CODE

Aponte a câmera do seu dispositivo móvel (smartphone


ou tablet) no QR Code ao lado para acessar o vídeo
que apresenta outras definições sobre como as pes-
soas se sentem e se apresentam, ou acesse o link:
https://youtu.be/m4sq5WG13rg.

A expressão de gênero, por sua vez, é a forma com que se demonstra


a identidade de gênero. Então, a expressão de gênero é a maneira de
se vestir, de cortar os cabelos, de falar, de gesticular, de se maquiar etc.

1.3 O que é intersexualidade?


Já a intersexualidade é a condição que a pessoa apresenta diante de uma
imprecisão em relação ao seu sexo biológico, por ter nascido com caracte-
rísticas sexuais atípicas, que podem incluir diferenças genéticas, hormonais
e em sua anatomia (genitais e aparelho reprodutor) (BRASIL, 2020).

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GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

PODCAST

No início da vida, o sexo jurídico do bebê é registrado tendo


como base características típicas do sexo biológico masculino
ou do feminino – genital, aparelho reprodutor e padrão cro-
mossômico (XX ou XY).

As características das pessoas intersexuais não correspondem


inteiramente a estes padrões biológicos. Desta forma, seu sexo
jurídico não coincide com um sexo biológico típico.

De acordo com a Nota Técnica nº 9/2020 do Departamento Peniten-


ciário Nacional,

“[...] a intersexualidade é a designação do sexo jurídico que não está


em conformidade com o sexo biológico por razões de ambiguidade
genital, combinações de fatores genéticos e aparência, e variações
cromossômicas sexuais diferentes.” (BRASIL, 2020, p. 3).

Bandeira do orgulho intersexo.

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O infográfico a seguir apresenta possíveis percursos relacionados ao sexo


biológico e às identidades de gênero, a partir do nascimento de uma pessoa.

Percursos do sexo biológico e identidade de gênero

Essa pessoa está


Essa pessoa é um Essa pessoa é uma incluída no + da
homem transgênero. mulher cisgênero. sigla LGBTI+.

A pessoa não se identifica A pessoa se identifica A pessoa tem outra


com o gênero atribuído no com o gênero atribuído compreensão em relação
nascimento e transicionou ao nascimento. ao seu gênero.
para o gênero oposto.

O gênero atribuído ao nascimento é o feminino.

Ela tem a composição


biológica típica do sexo
feminino: vagina, aparelho
reprodutor feminino e
cromossomos XX.

Sua composição
biológica não é típica do
sexo feminino nem do
sexo masculino. Essa pessoa é
Uma pessoa intersexual.

nasceu!
Ela tem composição
biológica típica do sexo
masculino: pênis, aparelho
reprodutor masculino e
cromossomos XY.

O gênero atribuído ao nascimento é o masculino.

A pessoa não se identifica A pessoa se identifica A pessoa tem outra


com o gênero atribuído no com o gênero atribuído compreensão em relação
nascimento e transicionou ao nascimento. ao seu gênero.
para o gênero oposto.

Essa pessoa está


Essa pessoa é uma Essa pessoa é um incluída no + da
mulher transgênero. homem cisgênero. sigla LGBTI+.

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GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

1.4 A quem se refere a sigla LGBTI+?


Para compreendermos o que é a sigla LGBTI+, é preciso relembrar o que
é orientação sexual, identidade de gênero e intersexualidade.

IDENTIDADE DE GÊNERO
Mulher/ Homem
Cisgênero: identificação com o gênero atribuído ao
nascer.
Transgênero: identificação com o gênero oposto ao
atribuído ao nascer.
Travesti e outras possibilidades não-binárias.

ORIENTAÇÃO SEXUAL
Capacidade de sentir atração e de se relacionar com:
Heterossexuais: apenas pessoas do sexo oposto.
Homossexuais: apenas pessoas do mesmo sexo.
Bissexuais: pessoas de ambos os sexos.

SEXO BIOLÓGICO
Sexo feminino: órgão sexual e aparelho reprodutor
femininos, cromossomos XX.
Sexo masculino: órgão sexual e aparelho
reprodutor masculinos, cromossomos XY.
Intersexual: composição biológica não é típica do
sexo masculino nem do feminino.

A sigla LGBTI+ é exatamente a junção destes conceitos. Por isso, para


facilitar, observaremos o que segue:

• LGB (lésbicas, gays e bissexuais): refere-se à orientação sexual.


• T (mulheres trans, homens trans e travestis): refere-se à identidade
de gênero.

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 15


GÊNERO E SEXUALIDADE
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• I (intersexuais): refere-se à intersexualidade.


• + (símbolo +): é um marcador da inclusão de outras possibilidades
de identificação relativas à orientação sexual e às identidades e ex-
pressões de gênero.

Portanto, a sigla LGBTI+ refere-se a uma comunidade heterogênea de


pessoas com especificidades diversas.

Bandeira do orgulho LGBTI+.

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UNIDADE 2

Mapeamento das pessoas


LGBTI+ presas no Brasil
GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

2. MAPEAMENTO DAS PESSOAS LGBTI+ PRESAS NO BRASIL

Uma vez compreendidos os conceitos que indicam as especificidades das


pessoas abarcadas pela sigla, nesta unidade apresentaremos um mapea-
mento das pessoas LGBTI+ em situação de prisão no Brasil.

Foto: [Dan Henson] / Shutterstock.

O Departamento Penitenciário Nacional produziu, no mês de julho de


2021, um levantamento de dados com intenção de quantificar a população
LGBTI+ que se encontrava em situação de prisão. Este foi publicado através
da Nota Técnica nº 28/2021, da Coordenação de Atenção às Mulheres e
Grupos Específicos do Departamento Penitenciário Nacional.

SAIBA MAIS

Acesse a nota técnica nº 28/2021 na íntegra, disponível em: https://


www.gov.br/depen/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/
notas-tecnicas/indices-envolvendo-custodiados/dados-sobre-
populacao-LGBTI-no-sistema-prisional-brasileiro.pdf

De acordo com o levantamento (BRASIL, 2021), no Brasil 11.490 pessoas


presas que se autodeclararam LGBTI+, entre elas:

• 2.416 gays

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NO SISTEMA PRISIONAL

• 1.470 homens bissexuais


• 876 travestis
• 559 mulheres trans
• 2.791 lésbicas
• 2.822 mulheres bissexuais
• 532 homens trans
• 24 intersexuais
2.1 Onde estão as pessoas LGBTI+ no Sistema Prisional brasileiro?
Uma primeira questão em relação à localização das pessoas LGBTI+
no Sistema Prisional é sua dispersão geográfica no território brasileiro.
O levantamento (BRASIL, 2021) traz dados de pessoas LGBTI+ presas de
acordo com cada Unidade da Federação, conforme as imagens a seguir:

Pessoas LGBTI+ presas por estado

24
RR 30
AP

70 203 166
AM
108 260
PA
MA CE RN 138
PB
107
61 PI PE 578
AC 18 AL
53
64 TO SE
RO
30
242 BA 102
MT

06 *
GO *DF 328
812
412 MG ES
338
5.736
MS

SP RJ
881
14
PR

SC
387
322
RS

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GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Na tabela que segue, é possível visualizar o detalhamento desta distri-


buição geográfica das pessoas LGBTI+ presas, de acordo com as diferentes
orientações sexuais, identidades de gênero e intersexualidade:

Homens Mulheres
Unidade da bisse- Mulheres bisse- Homens Interse-
Federação Gays xuais Travestis Trans Lésbicas xuais Trans xuais

Acre 15 0 0 0 46 0 0 0

Alagoas 10 4 0 2 22 5 10 0

Amapá 7 2 0 0 16 5 0 0

Amazonas 18 11 2 1 22 7 9 0

Bahia 0 2 0 0 15 13 0 0

Ceará 45 5 41 9 155 5 0 0

Distrito Federal 95 9 34 41 85 52 12 0

Espírito Santo 41 32 62 27 107 69 0 0

Goiás 0 0 0 2 0 4 0 0

Maranhão 27 10 8 0 27 26 10 0

Mato Grosso 51 4 18 5 55 109 0 0

Mato Grosso do Sul 83 74 36 37 86 89 5 2

Minas Gerais 289 96 66 45 132 169 15 0

Pará 44 34 5 29 38 53 0 0

Paraíba 10 4 8 2 61 52 1 0

Paraná 0 0 0 14 0 0 0 0

Pernambuco 94 57 32 45 131 168 51 0

Piauí 6 8 9 6 24 44 10 0

Rio de Janeiro 144 24 72 62 163 277 139 0

Rio Grande do Norte 16 1 2 4 77 65 1 0

Rio Grande do Sul 51 25 22 17 63 118 25 1

Rondônia 25 0 7 2 27 2 0 1

Roraima 3 0 3 0 15 3 0 0

Santa Catarina 125 45 8 6 107 81 10 5

São Paulo 1181 1011 434 156 1340 1367 232 15

Sergipe 26 8 7 1 20 38 2 0

Tocantins 10 4 0 0 3 1 0 0

Total 2416 1470 876 559 2791 2822 532 24

Fonte: Adaptado de Brasil (2021).

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GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Uma segunda questão relacionada à localização das pessoas LGBTI+ no sis-


tema prisional é a existência de alocações específicas para estas. De acordo
com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN)
de dezembro de 2020, somente 63 unidades prisionais possuem alas e
127 unidades prisionais possuem celas exclusivas para presos LGBTI+. Isso
corresponde a 12% das unidades prisionais do país. Assim, restam 85% (o
que corresponde a 1.338 unidades prisionais) que não possuem alocações
específicas para pessoas LGBTI+ presas, e 3% (40 unidades prisionais) que
não informaram sobre o assunto (BRASIL, 2020).

2.2 Caracterização das pessoas LGBTI+ presas no Brasil


Conforme já discutimos, as pessoas abarcadas pela sigla LGBTI+ são diversas
e apresentam necessidades distintas de acordo com suas especificidades.
Tal heterogeneidade não se restringe às questões de gênero e sexualidade.

PODCAST

O levantamento da Coordenação de Atenção às Mulheres e


Grupos Específicos, juntamente com os dados quantitativos das
pessoas LGBTI+ quanto à orientação sexual, identidade de gênero
e intersexualidade, também trouxe à luz outras questões, como
o regime de pena, atendimento jurídico, cor/raça/etnia e idade.

São dados que nos ajudam a compreender quem são as pessoas


LGBTI+ presas no Brasil, através da coleta de informações das
11.490 pessoas privadas de liberdade.

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 21


GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Veja a seguir alguns dados sobre as pessoas LGBTI+ presas no Brasil.

Em relação à pena

8,3
(8.386)
mil são presos(as) condenados(as)

2,5
(2.598)
mil são presos(as) provisórios(as)

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 22


GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Na tabela a seguir, você pode conferir a distribuição geográfica das


pessoas presas provisoriamente ou condenadas, de acordo com as
Unidades da Federação:

Pessoas LGBTI+ presos(as) Pessoas LGBTI+ presos(as)


Unidade da Federação provisórios(as) condenados(as)

Acre 21 41

Alagoas 24 29

Amapá 9 11

Amazonas 40 41

Bahia 22 8

Ceará 205 96

Distrito Federal 34 239

Espírito Santo 136 211

Goiás 1 5

Maranhão 32 68

Mato Grosso 120 121

Mato Grosso do Sul 76 256

Minas Gerais 285 492

Pará 60 142

Paraíba 40 96

Paraná 0 0

Pernambuco 177 362

Piauí 68 40

Rio de Janeiro 227 636

Rio Grande do Norte 38 96

Rio Grande do Sul 149 160

Rondônia 0 56

Roraima 4 21

Santa Catarina 149 314

São Paulo 610 4797

Sergipe 64 37

Tocantins 7 11

Total 2598 8386

Fonte: Adaptado de Brasil (2021).

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 23


GÊNERO E SEXUALIDADE
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Em relação ao acompanhamento jurídico

7,8
(7.823)
mil são acompanhadas por advogado particular

2,2
(2.266)
mil são presos(as) provisórios(as)

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 24


GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

A tabela que segue apresenta as variações no que diz respeito ao


acompanhamento jurídico das pessoas LGBTI+ presas em cada Unidade
da Federação:

Pessoas LGBTI+ acompanhadas Pessoas LGBTI+ acompanhadas


Unidade da Federação por advogado particular por defensor público

Acre 17 44

Alagoas 11 42

Amapá 6 3

Amazonas 34 34

Bahia 12 15

Ceará 84 211

Distrito Federal 27 34

Espírito Santo 100 84

Goiás 3 0

Maranhão 33 66

Mato Grosso 39 194

Mato Grosso do Sul 73 201

Minas Gerais 265 513

Pará 58 151

Paraíba 17 119

Paraná 0 0

Pernambuco 96 426

Piauí 11 97

Rio de Janeiro 180 683

Rio Grande do Norte 61 21

Rio Grande do Sul 88 222

Rondônia 8 30

Roraima 5 20

Santa Catarina 122 184

São Paulo 854 4372

Sergipe 58 43

Tocantins 4 14

Total 2266 7823

Fonte: Adaptado de Brasil (2021).

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 25


GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Em relação às características étnico-racias

5,2
(5.235)
mil são pardas 34 são amarelas

3,6
(3.682)
mil são brancas 23 são indígenas

1,6
(1.631)
mil são pretas

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 26


GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

A tabela a seguir apresenta o quantitativo de pessoas LGBTI+ presas


em cada uma das Unidades da Federação, de acordo com suas ca-
racterísticas étnico-raciais:

Unidade da Pessoas LGBTI+ Pessoas LGBTI+ Pessoas LGBTI+ Pessoas LGBTI+ Pessoas LGBTI+
Federação brancas pretas pardas amarelas indígenas

Acre 5 1 55 0 0

Alagoas 10 7 36 0 0

Amapá 4 8 8 0 0

Amazonas 16 5 48 0 0

Bahia 2 11 15 1 1

Ceará 28 38 218 2 0

Distrito Federal 43 54 167 2 0

Espírito Santo 51 60 172 2 0

Goiás 4 0 2 0 0

Maranhão 15 12 72 0 1

Mato Grosso 119 46 78 0 1

Mato Grosso do Sul 111 38 170 4 9

Minas Gerais 215 148 329 13 3

Pará 148 26 153 1 1

Paraíba 12 12 112 0 2

Paraná 0 0 14 0 0

Pernambuco 75 77 387 0 0

Piauí 7 6 91 0 0

Rio de Janeiro 198 280 376 2 0

Rio Grande do Norte 25 14 96 0 0

Rio Grande do Sul 206 56 70 0 0

Rondônia 6 35 5 0 0

Roraima 3 1 18 0 4

Santa Catarina 238 49 103 5 0

São Paulo 2116 613 2379 2 1

Sergipe 21 29 51 0 0

Tocantins 4 5 10 0 0

Total 3682 1631 5235 34 23

Fonte: Adaptado de Brasil (2021).

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 27


GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Em relação à idade

5,6
(5.617)
mil tem idade entre 18 e 29 68 tem idade entre 60 e 70

5,3
(5.374)
mil tem idade entre 30 e 40 6 tem idade acima de 70

1,9
(1.968)
mil tem idade entre 41 e 59

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 28


GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Na tabela que segue é possível visualizar os quantitativos de pessoas


LGBTI+ presas em cada Unidade da Federação, de acordo com sua
faixa etária:

Idade Idade Idade Idade Idade


Unidade da 18 a 29 30 a 40 41 a 59 60 a 70 acima de 70
Federação anos anos anos anos anos

Acre 47 12 3 0 0

Alagoas 27 16 8 0 0

Amapá 12 6 2 0 0

Amazonas 39 21 10 0 0

Bahia 21 8 1 0 0

Ceará 171 109 26 2 0

Distrito Federal 146 106 14 0 0

Espírito Santo 168 163 38 2 0

Goiás 5 1 0 0 0

Maranhão 54 36 9 1 0

Mato Grosso 202 65 23 0 0

Mato Grosso do Sul 179 116 29 0 0

Minas Gerais 396 328 95 5 0

Pará 108 91 12 0 0

Paraíba 74 747 15 0 0

Paraná 5 7 2 0 0

Pernambuco 232 228 71 7 0

Piauí 70 27 6 0 0

Rio de Janeiro 373 193 143 1 0

Rio Grande do Norte 86 43 9 0 0

Rio Grande do Sul 178 121 32 1 0

Rondônia 0 0 0 0 0

Roraima 8 15 2 1 0

Santa Catarina 192 136 116 2 0

São Paulo 2760 2745 1282 46 3

Sergipe 56 30 15 0 3

Tocantins 8 4 5 0 0

Total 5617 5374 1968 68 6

Fonte: Adaptado de Brasil (2021).

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 29


GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Agora que você realizou o estudo destes dados fornecidos pelo levanta-
mento da Coordenação de Atenção às Mulheres e Grupos Específicos
sobre as pessoas LGBTI+ presas no Brasil, veja uma retomada dos pontos
mais importantes do módulo.

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 30


SÍNTESE DO MÓDULO

No primeiro módulo deste curso, discutimos quem são as pessoas LGBTI+


e onde se localizam no Sistema Prisional brasileiro. Vimos que a identi-
dade de gênero é uma experiência pessoal, que pode ser de identificação
com o gênero atribuído ao nascer (no caso das mulheres cisgênero e dos
homens cisgênero), de identificação com o gênero oposto ao atribuído
ao nascer (no caso das pessoas transgênero: mulheres trans e homens
trans) ou fora do binarismo homem-mulher.

Por sua vez, o conceito de orientação sexual diz respeito à capacidade


das pessoas de se sentirem atraídas e se relacionarem amorosamente e
sexualmente. Pessoas heterossexuais têm essa capacidade apenas com
pessoas do sexo oposto. Já as pessoas homossexuais – homens gays e
mulheres lésbicas – sentem-se atraídas e se relacionam apenas com
pessoas do mesmo sexo. Pessoas bissexuais, por sua vez, podem sentir
atração e se relacionar com pessoas de ambos os sexos.

Também foi apresentado o termo intersexualidade, que se refere à


condição em que o sexo biológico não é definido, pois a composição
física no nascimento (órgão sexual, sistema reprodutivo, cromossomos
e hormônios) não é típica do sexo masculino nem do sexo feminino.

A partir desses conceitos, é possível compreender de forma adequada


os termos que compõem a sigla LGBTI+:

• L – lésbicas
• G – gays
• B – bissexuais
• T – pessoas trans, travestis
• I – intersexuais
• + – outras orientações sexuais, identidades e expressões de gênero

31
GÊNERO E SEXUALIDADE
NO SISTEMA PRISIONAL

Na segunda unidade, foram apresentados dados sobre quem são as pessoas


LGBTI+ presas no Brasil e onde se localizam dentro do Sistema Prisional.

Os dados permitem perceber a diversidade das pessoas LGBTI+ pre-


sas, para além de sua orientação sexual e sua identidade de gênero.
Demonstram ainda a presença de pessoas LGBTI+ presas em todas as
Unidades da Federação, sendo que ainda é uma minoria de unidades
prisionais que conta com alocações específicas.

Você finalizou o Módulo 1!


Agora, siga para o próximo para continuar seus estudos. No Módulo 2
trataremos sobre a atenção específica às pessoas LGBTI+ em
situação de prisão.

MÓDULO 1 | População LGBTI+ e sua presença no sistema prisional 32


REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada


em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4.
ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira).

BRASIL. Lei nº 7210, de 11 de julho de 1984. Lei de Execução Penal.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm.
Acesso em: 07 jan. 2022.

BRASIL. Lei nº 13.869, de 05 de setembro de 2019. Lei de Abuso de


Autoridade. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm. Acesso em: 07 jan. 2022.

BRASIL. Resolução Conjunta nº 1, de 15 de abril de 2014. Conselho


Nacional de Política Criminal e Penitenciária e Conselho Nacional de
Combate à Discriminação. Disponível em: https://www.gov.br/depen/
pt-br/composicao/cnpcp/resolucoes/2014/resolucao-conjunta-no-1-de-
-15-de-abril-de-2014.pdf. Acesso em: 07 jan. 2022.

BRASIL. Decreto Federal nº 8.727, de 28 de abril de 2016. Dispõe so-


bre o uso de nome social e reconhecimento da identidade de gênero
de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8727.htm.
Acesso em: 07 jan. 2022.

BRASIL. Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011. Ministério da Saú-


de. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/
prt2836_01_12_2011.html. Acesso em: 07 jan. 2022.

BRASIL. LGBT nas Prisões do Brasil: diagnóstico dos procedimentos


institucionais e experiência de encarceramento. Departamento de Pro-
moção dos Direitos de LGBT do Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/as-
suntos/noticias/2020-2/fevereiro/TratamentopenaldepessoasLGBT.pdf.
Acesso em: 07 jan. 2022.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Justiça. Departamento Penitenciário Nacional.


Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias jul-dez 2020.
2020. Disponível em: https://www.gov.br/depen/pt-br/servicos/sis-
depen/mais-informacoes/relatorios-infopen/relatorios-analiticos/br/
brasil-dez-2020.pdf. Acesso em: 18 jan. 2022.

BRASIL. Nota Técnica nº 28/2021/DIAMGE/CGCAP/DIRPP/DEPEN/MJ


de 18 de agosto de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/depen/
pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/indices-envol-
vendo-custodiados/dados-sobre-populacao-LGBTI-no-sistema-prisio-
nal-brasileiro.pdf. Acesso em: 07 jan. 2022.

BRASIL. Nota Técnica nº 9/2020/ /DIAMGE/CGCAP/DIRPP/DEPEN/MJ


de 06 de junho de 2019. Disponível em: http://rbepdepen.depen.gov.
br/index.php/RBEP/article/view/395. Acesso em: 07 jan. 2022.

CORRÊA, S. O.; MUNTARBHORN, V. (org.) Princípios de Yogyakarta.


2006. Disponível em: http://www.clam.org.br/uploads/conteudo/prin-
cipios_de_yogyakarta.pdf. Acesso em: 07 jan. 2022.

REIS, T. (org.) Manual de Comunicação LGBTI+. 2. ed. Curitiba: Aliança


Nacional LGBTI / GayLatino, 2018.

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