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CUSTOS DE OBRAS

PRISIONAIS: uma visão


teórico-prática

MÓDULO 1
Conceito de orçamento
de obras prisionais
EXPEDIENTE

GOVERNO FEDERAL Design Instrucional


Supervisão: Milene Silva de Castro
Presidente da República Joyce Regina Borges
Luiz Inácio Lula da Silva
Design Gráfico
Vice-Presidente da República
Supervisão: Mary Vonni Meürer de Lima
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho
Airton Jordani Jardim Filho
Ministro da Justiça e Segurança Pública Cleber da Luz Monteiro
Flávio Dino de Castro e Costa Giovana Aparecida dos Santos
Guilherme Comerão Stecca Almeida
Secretário da Secretaria Nacional de Políticas Penais – SENAPPEN Julia Morato Leite Lucas
Rafael Velasco Brandani Renata Cristina Gonçalves
Sonia Trois
Diretora da Escola Nacional de Serviços Penais – ESPEN
Tiago Augusto Paiva
Stephane Silva de Araújo

Equipe ESPEN Programação


Haynara Jocely Lima de Almeida Supervisão: Alexandre Dal Fabbro
Italo Rodrigues dos Santos Luan Rodrigo Silva Costa
Luiz Eduardo Pizzinatto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Audiovisual


Supervisão: Rafael Poletto Dutra
Coordenação Geral Angie Luiza Moreira de Oliveira
Luciano Patrício Souza de Castro Arthur Pereira Neves
Dilney Carvalho da Silva
Financeiro
Eduardo Corrêa Machado
Fernando Machado Wolf
Kimberly Araujo Lazzarin
Consultoria Técnica EaD Marcelo Vinícius Netto Spillere
Giovana Schuelter Marília Gabriela Salomao Dauer
Maycon Douglas da Silva
Coordenação de Produção
Caroline Daufemback Henrique Apresentação
Francielli Schuelter Áureo Mafra de Moraes

Coordenação de AVEA Conteúdo


Andreia Mara Fiala Marcus Vinicius de Amorim Bohmgahrem

Revisão Textual
Supervisão: Evillyn Kjellin
Victor Rocha Freire Silva
Vivianne Oliveira Rodrigues

Todo o conteúdo do curso Custos de obras prisionais: uma visão teórico-prática, da Secretaria Nacional de
Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo federal — 2023, está licenciado sob
a Licença Pública Creative Commons Atribuição — Não Comercial — Sem Derivações 4.0 Internacional. Para
BY NC ND visualizar uma cópia desta licença, acesse: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR.
ESCLARECIMENTO

A partir de 1º de janeiro de 2023, o Departamento Penitenciário Nacional


(DEPEN) passou a ser denominado Secretaria Nacional de Políticas Penais
(SENAPPEN), instituída pelo Art. 59 da Medida Provisória nº 1.154; porém,
devido ao fato de o material deste curso ter sido produzido antes da vigência
da referida medida provisória, há conteúdos em que a atual SENAPPEN
é mencionada como DEPEN. É possível, ainda, que outros órgãos gover-
namentais federais citados nos materiais, como ministérios, secretarias
e departamentos, disponham de uma nova estrutura regimental e uma
nova nomenclatura e sejam mencionados de maneira diferente da atual.
SUMÁRIO

Apresentação.................................................................................................................................................6
Objetivos do módulo 6

Unidade 1: Orçamento de obras prisionais..........................................................8


1.1 Conceitos técnicos 11

1.2 Recursos públicos 14

Unidade 2: Legislação aplicável........................................................................................ 18


2.1 Leis e decretos 18

2.2 Normas técnicas 20

2.3 Entendimentos diversos 20

Unidade 3: Obras prisionais..................................................................................................24


3.1 Caracterização de uma obra prisional  24

3.2 Exemplos de obras prisionais 26

Unidade 4: Projetos referenciais....................................................................................30


4.1 Terminologia aplicável 30

4.2 Histórico 30

4.3 Modelos atuais 32


SUMÁRIO

Síntese do Módulo������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 35

Referências��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 36
CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

APRESENTAÇÃO

Olá, cursista!

Seja bem-vindo(a) ao Módulo 1 do curso Custos de Obras Prisionais:


Uma Visão Teórico-Prática.

Ao longo deste módulo, serão apresentados alguns conceitos e premissas


iniciais sobre a temática de orçamentação de obras prisionais, as legisla-
ções aplicáveis, algumas obras prisionais em que este conteudista atuou
e, por fim, a descrição sobre projetos referenciais de obras prisionais.

Este curso proporcionará ao aluno obter os conhecimentos básicos


sobre orçamento de obras prisionais e lhe fornecerá uma noção sobre
as complexidades envolvidas nesse tipo de empreendimento.

Objetivos do módulo

• Apresentar os conceitos bibliográficos sobre orçamento de obras prisionais.


• Conceituar alguns elementos de orçamentos.
• Apresentar preliminarmente como são analisados os orçamentos
públicos de obras prisionais.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 6


UNIDADE 1

Orçamento de obras prisionais


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

1. ORÇAMENTO DE OBRAS PRISIONAIS

Nesta primeira unidade, você conhecerá os principais tipos de esta-


belecimentos penais brasileiros, as definições do orçamento de obras
prisionais e seus conceitos técnicos.

Os estabelecimentos penais, segundo o artigo 82 da Lei de Execução


Penal, “destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segurança,
ao preso provisório e ao egresso” (BRASIL, 1984).

Para abranger todas essas classes, existem vários tipos de estabeleci-


mentos penais. A seguir, apresentaremos os mais utilizados.

Principais tipos de estabelecimentos penais brasileiros

Cadeia pública Penitenciária

Estabelecimento destinado ao Estabelecimento destinado ao


recolhimento de pessoas privadas de recolhimento de pessoas privadas de
liberdade em caráter provisório, liberdade com sentença condenatória
que ainda não tenham sido condenadas. em regime fechado.

Colônia agrícola,
Casa do albergado
industrial ou similar

Estabelecimento destinado a
abrigar pessoas privadas de Estabelecimento destinado a abrigar
liberdade que cumprem sentença pessoas privadas de liberdade que
em regime aberto, ou pena de cumprem pena em regime semiaberto.
limitação de fins de semana.

Centro de observação Hospital de custódia e


criminológica tratamento

Estabelecimento de regime fechado


e de segurança máxima onde devem
ser realizados os exames cujos Aqui denominados serviço de atenção
resultados serão encaminhados às ao paciente judiciário: estabelecimento
Comissões Técnicas de Classificação, destinado a atender as pessoas
as quais indicarão o tipo de submetidas à medida de segurança.
estabelecimento e o tratamento
adequado para cada pessoa presa.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 8


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

SAIBA MAIS

De toda forma, recomendamos, como leitura preliminar, a Lei de


Execução Penal em sua íntegra. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm.

Já o termo “orçamento” possui definições variáveis e evolutivas ao longo


dos tempos, podendo ser definido de acordo com o objetivo que o
profissional qualificado busca ter com a disciplina de precificação de
serviços e obras.

Orçamento
Orçamento
11 -- Preço
Preço

22 -- Custo
Custo

33 -- Tempo
Tempo

Fonte: © [Oleksandra Klestova] / Shutterstock.

Denomina-se custo tudo aquilo que onera o construtor; representa a soma


dos insumos necessários à realização de um serviço, aí compreendidos
os gastos com a mão de obra, materiais e operação de equipamentos.
Preço é o valor final pago ao contratado pelo contratante, ou seja, é o
custo acrescido do lucro e despesas indiretas.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 9


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Você já parou para pensar que a área do planejamento que trata


dos recursos, ou seja, o planejamento dos custos (quanto custará?
Por quanto tempo será executado? Os preços e quantitativos são
suficientes?) é um dos itens mais determinantes para a definição
de um empreendimento?

O orçamento de obras prisionais pode ser entendido como o preço de


uma obra ou de um serviço de engenharia e/ou arquitetura prisional,
elaborado de forma prévia à sua execução, podendo ser ilustrado con-
forme a figura a seguir, tendo como base documentos técnicos, os quais
podem ser, entre outros:

1. Projetos

2. Especificações técnicas

3. Memoriais

4. Caderno de encargos

5. Demais elementos técnicos que influenciem nas composições


do orçamento

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 10


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UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Fluxograma exemplificativo das etapas de orçamentação

Estudo Edital Projeto Especificações


das condicionantes
(condições
do contorno) Visita técnica

Identificação
de serviços

Levantamento
quantitativo
Composição
de custos
Custo direto Custo indireto
Cotação Cotação
Encargos Encargos
de preços de preços

Composições de custo

Lucro Impostos

Preço de
venda/BDI
Fechamento
do orçamento
Desbalanceamento

Planilha
de preços

Fonte: Adaptado de Mattos (2006, p. 31).

1.1 Conceitos técnicos


Antes de adentrarmos nos entendimentos mais estritos dos orçamentos
de obras prisionais, apresentamos alguns conceitos técnicos, segundo
o Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (IBRAOP) (BRASIL,
2012, p. 3). Vejamos a seguir quais são esses conceitos.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 11


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UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Conceitos técnicos sobre orçamentos

Estimativa de custo
$
1
Avaliação expedita feita com base em custos
históricos, índices, gráficos, estudos de ordens
de grandeza, correlações ou comparação com
projetos similares.

Orçamento base

2
Orçamento detalhado do custo global da obra
que integra o projeto básico da licitação,
fundamentado em quantitativos de serviços
e em composições de custos unitários.

Orçamento detalhado ou analítico

3
Orçamento elaborado com base nas composições
de custos unitários e extensa pesquisa de preços
dos insumos, realizado a partir do projeto básico
ou do projeto executivo.

Orçamento preliminar
Orçamento sintético composto pela descrição, unidade

4
de medida, preço unitário e quantidade dos principais
serviços da obra, elaborado com base no anteprojeto
de engenharia. Pressupõe o levantamento de
quantidades e requer pesquisa de preços dos
principais insumos e serviços.

Orçamento real
Orçamento elaborado após a conclusão
da obra, com base nos preços, consumos
$
5
e produtividades efetivamente incorridos
na execução dos serviços, acrescidos do rateio
das despesas indiretas e da margem de lucro
do construtor apurados contabilmente, bem
como dos tributos recolhidos pelo contratado.

Precisão do orçamento
Desvio máximo esperado entre o valor do custo

6
de uma obra nas várias fases de projeto (estimativa
de custo, orçamento preliminar, orçamento
analítico) e o seu orçamento real, apurado após sua
conclusão, considerando-se que o projeto orçado
tenha sido efetivamente executado sem
significativas alterações de escopo.

Nota-se que, entre as terminologias acima apresentadas, não consta uma


definição para orçamento de obras prisionais, visto que essa temática
possui como base todos os conceitos, premissas e técnicas orçamentá-
rias de obras e serviços de engenharia, com um viés das peculiaridades
técnicas que envolvem os estabelecimentos prisionais.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 12


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

“A técnica orçamentária envolve a identificação, descrição, quantifi-


cação, análise e valorização de uma grande série de itens, requerendo,
portanto, muita atenção e habilidade técnica.” (MATTOS, 2006, p. 22).

Seguindo as legislações que serão descritas nesta unidade, um orçamento


de uma obra prisional deve ser elaborado por um profissional técnico
com o registro da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Re-
gistro de Responsabilidade Técnica (RRT), nos Conselhos Regionais de
Engenharia ou de Arquitetura, respectivamente.

Modelo de ART.
Fonte: Arquivo CREA-RS.

Modelo de RRT.
Fonte: Arquivo CREA-RS.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 13


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UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Essas conceituações são importantes para se compreender que um


orçamento de obra prisional deve ser encarado como um documento
técnico de responsabilidade considerável, podendo viabilizar ou não
a execução de construção, reforma, ampliação ou aprimoramento de
estabelecimento prisional.

1.2 Recursos públicos


Para a elaboração de um orçamento de obra prisional, o responsável
técnico precisa ter conhecimento prévio dos limites financeiros para
a execução da obra que está orçando, pois, a depender dos recursos
financeiros, o orçamento pode ser elaborado com detalhamentos que
viabilizem a execução dos serviços da obra por etapas ou limitem a
aplicação dos recursos para concluir o objeto com eficácia.
Eficácia
Qualidade daquilo que Ao tratarmos dos recursos públicos aplicados pelo governo federal,
alcança os resultados
por intermédio do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN),
planejados; característica
do que produz os efeitos
temos atualmente dois modelos de fomento:
esperados, do que é eficaz.
i. Transferências voluntárias

ii. Transferências obrigatórias

A fonte dos recursos públicos federais para as obras prisionais advém do


Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN), que foi criado pela Lei Comple-
mentar n° 79, de 7 de janeiro de 1994, com a finalidade de proporcionar
recursos e meios para financiar e apoiar as atividades e os programas
de modernização e aprimoramento do sistema penitenciário nacional.

Foto: © [MIND AND I] / Shutterstock.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 14


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O FUNPEN foi descontingenciado por meio de Medida Cautelar


na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n° 347,
de 9 de setembro de 2015, momento em que se deferiu a cautelar
para determinar que a União liberasse o saldo acumulado do FUNPEN
para utilização, com a finalidade para a qual foi criado, abstendo-se de
realizar novos contingenciamentos:

“[...] imponha o imediato descontingenciamento das verbas existentes


no Fundo Penitenciário Nacional - FUNPEN, e vede à União Federal
a realização de novos contingenciamentos, até que se reconheça a
superação do estado de coisas inconstitucional do sistema prisional
brasileiro.” (BRASIL, 2015).

Não obstante os repasses da União, as unidades federativas também


podem buscar recursos para a execução das obras prisionais com outras
fontes, visando a ampliação das vagas no Sistema Penitenciário Brasi-
leiro e a redução das lotações dos estabelecimentos penais existentes,
buscando o cumprimento mais humanitário das penas.

Situação de lotação em muitas celas brasileiras.


Foto: © [Antonio Cruz] / ABr.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 15


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Retornando o enfoque para as questões orçamentárias de obras pri-


sionais, cabe destacar que os recursos financeiros estão diretamente
ligados, para que os serviços possam ser executados de forma tecni-
camente adequada, objetivando-se a criação de mais espaços físicos
para o cumprimento das penas, em que os serviços de engenharia e
arquitetura prisional devem ser estimados e executados com preços
o mais exequíveis possível.

Nenhum orçamento é exato, porém todo orçamento deve ser o mais


coerente possível. E ele depende de variáveis intrínsecas, a saber:

a. Processos produtivos diferentes

b. Produtividade das equipes

c. Encargos sociais e trabalhistas

d. Condições médias de consumo

e. Preços dos insumos e impostos

f. Perda

g. Reaproveitamento de insumos

h. Equipamento

i. Salário e bonificações de pessoal

j. Despesas gerais

k. Imprevistos

QR CODE

Aponte a câmera do seu dispositivo móvel (smartphone ou tablet)


no QR Code ao lado para assistir ao vídeo sobre as atividades
descritas na lei, ou acesse o link: https://youtu.be/DktLEW14-Qs.

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UNIDADE 2

Legislação aplicável
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2. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Nesta unidade, vamos apresentar as bases jurídicas e técnicas que


devem nortear a elaboração dos orçamentos de obras prisionais.

2.1 Leis e decretos


Primeiramente devemos ter o conhecimento de que todo orçamento de
obras prisionais deve seguir preceitos legais para sua elaboração. Vejamos
que legislação é essa no infográfico a seguir.

Preceitos legais para elaboração de


orçamentos de obras prisionais

Lei n° 4.591, de 16 de dezembro de 1964


Atribui à Associação Brasileiras de Normas Técnicas
(ABNT) a tarefa de padronizar critérios e normas para
cálculo de custos unitários de construção, execução
de orçamentos e avaliação global da obra.

Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977


Institui a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
na prestação de serviços de engenharia,
de arquitetura e agronomia.

Lei n° 12.378, de 31 de dezembro de 2010


Regulamenta o exercício do profissional
de arquitetura e urbanismo, atribuindo a este
profissional a atividade de elaboração de orçamentos.

Decreto n° 7.983, de 8 de abril de 2013


Estabelece regras e critérios para elaboração
do orçamento de referência de obras e serviços
de engenharia, contratados e executados com
recursos dos orçamentos da União.

Lei n° 14.133, de 1º de abril de 2021


Estabelece as normas gerais de licitação e contratação
para as administrações públicas diretas, autárquicas
e fundacionais da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 18


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

As legislações são muito úteis para se ter um embasamento e nivela-


mento entre todos os profissionais que elaboram orçamentos de obras,
buscando, dessa maneira, nortear juridicamente esse documento técnico.

Foto: © [Rawpixel.com] / Shutterstock.

Focando nas obras prisionais, o profissional autor do orçamento deve se


atentar às legislações específicas dessas obras:

a. Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984, que institui a Lei de Execução Penal.

b. Lei Complementar n° 79, de 7 de janeiro de 1994, que cria o Fundo


Penitenciário Nacional (FUNPEN).

c. Lei n° 13.500, de 26 de outubro de 2017, que altera a redação da Lei


Complementar n° 79/1994.

“Lei Complementar nº 79/1994


Art. 3º.
§ 6º É vedado o contingenciamento de recursos do Funpen.” (BRASIL, 1994).

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 19


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UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

2.2 Normas técnicas


Sobre os preceitos das normas técnicas de orçamento de obras prisionais,
não há especificamente normativos a essas tipologias de obras. Contudo,
como estamos tratando de orçamentos de obras, podemos ter como
norteadores técnicos os seguintes normativos:

a. Orientação Técnica – IBR 004/2009 – Precisão do orçamento de


obras públicas.

b. Orientação Técnica – IBR 005/2009 – Apuração do sobrepreço e


superfaturamento em obras públicas.

c. Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 12.721/2006 –


Avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras
disposições para condomínios edilícios.

PODCAST

A carência de normas técnicas específicas para obras prisio-


nais vem do histórico da ausência de normativos técnicos e de
diferenciação desse tipo de obras entre as demais tipologias da
construção civil, muitas vezes devido ao desconhecimento da
complexidade de execução e elaboração dos custos dos serviços
visando a execução de estabelecimentos penais.

2.3 Entendimentos diversos


Para os orçamentos de obras públicas, todo profissional responsável
por sua elaboração deve se atentar aos entendimentos emanados pelos
órgãos de controle e jurisdicionais brasileiros.

No caso dos orçamentos de obras prisionais, os entendimentos obser-


vados para obras públicas podem ser aplicados. Um importante destaque
é que o DEPEN publicou o “Manual de Análise Orçamentárias das Obras
do FUNPEN”, conforme aparece no site do governo federal, na aba do
Departamento Penitenciário Nacional, em que trata sobre a “Política
Nacional de Apoio ao Sistema Prisional: Obras Penitenciárias”.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 20


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UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

SAIBA MAIS

Neste documento, são definidos os métodos utilizados pela área


técnica de modernização da engenharia e arquitetura prisional
do DEPEN nas análises das planilhas orçamentárias das obras
fomentadas com recursos do FUNPEN.

Para saber mais sobre as normas de apoio ao sistema prisional,


acesse o conteúdo disponível em: https://www.gov.br/depen/
pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/politica-nacional-de-
-apoio-ao-sistema-prisional-obras-penitenciarias.

O Tribunal de Contas da União (TCU), responsável pela fiscalização


contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos
e entidades públicas do país quanto à legalidade, legitimidade e econo-
micidade, publicou um guia de orientação para elaboração de planilhas
orçamentárias de obras públicas, o qual contribui para todos os agentes
públicos ou privados buscarem a melhor qualidade do uso de recursos
nas obras públicas.

Capa do guia publicado pelo TCU.


Fonte: TCU (2022).

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 21


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Outras publicações de suma importância para serem utilizadas na ela-


boração de orçamento de obras prisionais são os entendimentos da
Controladoria-Geral da União e dos órgãos jurisdicionais como o Supremo
Tribunal Federal, Supremo Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais.

SAIBA MAIS

A Cartilha de Boas Práticas da Gestão Contratual de Obras


Públicas, do Ministério Público da União, tem como objetivo
apresentar temas relevantes na gestão de obras e serviços de
engenharia. Está disponível em: https://auditoria.mpu.mp.br/docu-
mentos-audin-mpu/manuais-e-cartilhas/cartilha-da-audin-mpu/
cartilha-audin-mpu-obras/cartilha-de-boas-praticas-de-obras.

O Manual de Obras e Serviços de Engenharia, da Advocacia-Geral


da União, informa os diversos profissionais que lidam com con-
tratação de obras e serviços de engenharia acerca dos principais
aspectos jurídicos necessários e o correto desenvolvimento das
diversas fases previstas em lei para a execução de um empreen-
dimento dessa natureza. Está disponível em: https://www.gov.br/
agu/pt-br/composicao/cgu/cgu/manuais/obras-e-servicos-de-
-engenharia-indd.pdf.

O manual de Orientações para elaboração de planilhas orça-


mentárias de obras públicas, do Tribunal de Contas da União,
apresenta as principais disposições legais e a jurisprudência do TCU
sobre o orçamento de referência para licitação de obras públicas.
Está disponível em: https://portal.tcu.gov.br/tcucidades/publica-
coes/detalhes/orientacoes-para-elaboracao-de-planilhas-orca-
mentarias-de-obras-publicas.htm.

Portanto, o profissional responsável pelo orçamento de uma obra ou


serviço de engenharia prisional deve sempre buscar se certificar de que
seus embasamentos técnicos não terão conflitos com os entendimentos
legais vigentes.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 22


UNIDADE 3

Obras prisionais
CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

3. OBRAS PRISIONAIS

Nesta unidade vamos apresentar de forma mais singular as especifici-


dades das obras prisionais.

3.1 Caracterização de uma obra prisional


Poucas universidades lecionam nos cursos de engenharias e arquite-
tura algum conteúdo sobre obras prisionais. Isso ocorre, muitas vezes,
pela falta de acesso aos projetos e documentos sigilosos, bem como por
receios e restrições dos mercados dessas obras específicas.

Obra de construção de muro, executada com a unidade prisional ocupada.

Uma obra prisional possui peculiaridades e projetos específicos que


visam prover uma durabilidade dos espaços e garantir uma segurança
para todos os envolvidos no cumprimento da pena pela pessoa privada
de liberdade, desde os próprios internos, os funcionários que atuam
diretamente no sistema e as pessoas que atuam indiretamente até os
que somente transitam nos estabelecimentos penais.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 24


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Obra em uma ala de celas coletivas desocupada.

Determinado serviço de engenharia ou arquitetura prisional terá seus


custos variados em função das características de cada local e obra.
Na maioria das obras prisionais, temos consideráveis distâncias dos cen-
tros urbanos e até de municípios da jurisdição do estabelecimento penal.

Você acha que é mais prático a execução de uma obra ou serviço


em um estabelecimento penal ocupado ou desocupado? E em
relação à segurança, já pensou sobre quais são os possíveis riscos
na execução de obras ou serviços em unidades prisionais ocupadas?

Os estabelecimentos prisionais, quando executados com recursos fe-


derais, devem seguir as premissas emanadas pelo Conselho Nacional
de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) e pelo DEPEN. Quando
não executados com recursos federais, as unidades federativas podem
se embasar em regramentos específicos de cada localidade, desde que
não conflitem com as legislações vigentes.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 25


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

BOAS PRÁTICAS

Em linhas gerais, o orçamento está intrinsicamente ligado à empresa


que executará a obra. Empresas diferentes têm estruturas de custos
distintas, bem como vantagens ou desvantagens comparativas.
Assim, espera-se que uma obra orçada por duas empresas diferentes
tenha também dois orçamentos diferentes, embora com valores
relativamente próximos.

Ou seja, a especificidade também está relacionada com condi-


ções locais da obra. Um único projeto de edificação, se executado
em regiões distintas, vai ter um orçamento diferente para cada
localidade. Por exemplo, a construção de um presídio em zona
urbana de uma grande capital tem custos bem inferiores aos da sua
execução em uma região inóspita. Mesmo dentro da zona urbana,
o simples fato de alterar a localização da obra pode resultar em
soluções construtivas diferentes para fundações da edificação,
alterando o custo da obra.

3.2 Exemplos de obras prisionais


As obras prisionais podem ser de construção, reforma, ampliação ou
aprimoramento do estabelecimento prisional já existente.

A seguir, serão apresentados elementos exemplificativos e específicos


de obras prisionais, sem a identificação da localidade ou do ambiente,
visando manter o sigilo da obra.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 26


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Esquadria

Estruturas de concreto

Vista externa da obra

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 27


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Ambiente interno

Vista externa da obra

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 28


UNIDADE 4

Projetos referenciais
CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

4. PROJETOS REFERENCIAIS

Nesta unidade, abordaremos a temática dos projetos referenciais, bus-


cando esclarecer e nivelar o conhecimento de todos sobre essa questão.

4.1 Terminologia aplicável


Conforme já abordamos anteriormente, os orçamentos de obras prisionais
são elaborados com base em documentos técnicos que subsidiam a for-
mação dos preços para a execução dos serviços de engenharia e arquitetura.

Entre os documentos técnicos, temos os projetos de engenharia e ar-


Projeto de engenharia e quitetura prisional, os quais devem ser elaborados por profissionais
arquitetura prisional
qualificados e com atribuições adequadas para cada disciplina.
Neste curso, esse termo
está sendo abordado no
sentido amplo. O projeto Um entendimento balizador que temos que traçar a partir desse mo-
executivo é composto de mento é o de não confundir projeto-padrão com “projeto referencial”.
projeto básico, acrescido
de detalhes construtivos Diferenças entre “projeto referencial”
e projetos-padrão
necessários e suficientes
para a perfeita instalação,
montagem e execução
dos serviços e obras de
engenharia. Os projetos Projeto referencial

1
complementares são Não traz elementos engessados
projetos de outras ou padronizados para a execução da obra
ou dos serviços dimensionados, e sim um
disciplinas desenvolvidos
norteador no desenvolvimento dos projetos
para complementar o executivos ou básicos da obra em comento.
projeto arquitetônico,
com elementos
previamente Projetos-padrão

2
dimensionados,
São desenvolvidos com o objetivo
especificados e de evitar que ocorram alterações
compatibilizados. significativas nos dimensionamento
Esse conjunto faz parte do dos serviços e levantamento dos materiais.
projeto básico, o qual não
se confunde com o projeto
executivo (IBRAOP, 2021).
4.2 Histórico
O DEPEN, em 2007, realizou uma contratação para elaborar projetos-
-padrão, pretendendo auxiliar tecnicamente as unidades federativas na
execução das obras prisionais. Os primeiros projetos eram para o tipo
cadeia pública e possuíam vagas coletivas e individuais, totalizando es-
tabelecimentos com os padrões de 65 vagas e de 125 vagas.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 30


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Posteriormente, em 2012, foi realizada uma contratação para a elabo-


ração de projetos referenciais de 388 vagas ou 407 vagas para unidades
prisionais do tipo cadeia pública.

Foto: © [Rawpixel.com] / Shutterstock.

Recentemente, em 2018, o DEPEN celebrou o Termo de Execução Des-


centralizada n° 01/2018 com a Universidade de Brasília (UnB), em que
foram elaborados projetos referenciais conforme as seguintes capacidades:

I. Cadeia pública (800 vagas)

II. Penitenciária de segurança média (800 vagas)

III. Penitenciária de segurança máxima (300 vagas)

IV. Colônia industrial ou agrícola (1000 vagas)

V. Observatório criminológico (300 vagas)

VI. Casa do albergado (120 vagas)

QR CODE

Aponte a câmera do seu dispositivo móvel (smartphone ou tablet)


no QR Code ao lado para assistir ao vídeo de animação sobre o
histórico de projetos referenciais, ou acesse o link: https://youtu.
be/rCUykZzB2gs.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 31


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

SAIBA MAIS

A publicação do Termo de Execução Descentralizada informando


o valor do fundo e o repasse está disponível em: https://www.
in.gov.br/web/dou/-/extrato-de-termo-de-execucao-descen-
tralizada-52281389.

Modelo desenvolvido pela UnB.


Fonte: Adaptado de Blumenschein (2021).

4.3 Modelos atuais


Os projetos referenciais elaborados pela Universidade de Brasília (UnB)
foram desenvolvidos em Building Information Model (BIM) e contem-
plam, além dos desenhos técnicos, um arcabouço de documentações
técnicas e estudos acadêmicos com o intuito de caracterizar a cadeia
produtiva da edificação penal.

Modelo de projeto em BIM.


Fonte: Adaptado de MaisEngenharia.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 32


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Atualmente, o DEPEN possui orçamentos de obras prisionais referenciais


para os tipos de estabelecimentos penais descritos nas bibliografias dessa
temática. Cabe destacar que esses orçamentos referenciais não foram
elaborados com a intenção de dar uma solução definitiva aos custos
dos estabelecimentos penais, mas buscando encorajar os engenheiros
e arquitetos orçamentistas para que promovam as devidas atualizações,
revisões e modernizações dos custos aplicados nos serviços. Isso para
estreitar as possíveis diferenças projetadas com as realidades locais de
cada obra prisional.

Foto: © [wutzkohphoto] / Shutterstock.

Para a elaboração dos orçamentos de obras prisionais referenciais,


é necessário evidenciar os quantitativos projetados e buscar nas tabelas de
referências públicas o serviço mais condizente com o projetado, especifi-
cado pelo responsável técnico do projeto executivo ou do projeto básico.

O levantamento de quantitativo se torna mais didático quando o pro-


fissional que dimensiona e projeta elabora a memória de cálculo dos
quantitativos, inserindo essas informações na planilha orçamentária.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 33


CUSTOS DE OBRAS PRISIONAIS:
UMA VISÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Exemplo de levantamento de quantitativos.


Fonte: Adaptado de Blumenschein (2021).

Os modelos atuais de orçamentos referenciais foram desenvolvidos


com uma base bibliográfica extensa e por meio de pesquisa acadêmica
tencionando produzir documentos técnicos mais próximos da realidade
das obras brasileiras.

Veja a seguir os principais pontos abordados neste módulo.

MÓDULO 1 | Conceito de orçamento de obras prisionais 34


SÍNTESE DO MÓDULO

Neste módulo, abordamos os conceitos aplicados em orçamentos de


obras prisionais, suas fontes de recursos, as legislações e normativos
aplicáveis, mostramos modelos de obras prisionais e, por fim, focamos
em conhecer os projetos referenciais utilizados para auxiliar tecnicamente
as unidades federativas na execução das obras prisionais.

Você finalizou o Módulo 1!


Esperamos que tenha gostado do conteúdo apresentado e convidamos
você a fazer a avaliação do módulo para intensificar o aprendizado da
temática de orçamento de obras prisionais. Nos vemos no Módulo 2,
no qual vamos aprender como podem ser realizadas as análises desses
custos sob o viés técnico da engenharia de orçamento de obras públicas.

35
REFERÊNCIAS

BLUMENSCHEIN, R. N. et al. (org.). Reforço da segurança externa da


Penitenciária Federal de Porto Velho: memorial justificativo de arqui-
tetura do projeto executivo. Brasília, DF: Universidade de Brasília, 2021.
147p. (Relatório de Pesquisa)

BAETA, A. P. Orçamento e controle de preços de obras públicas. São


Paulo: Editora Pini, 2012.

BRASIL. Lei Complementar n° 79, de 7 de janeiro de 1994. Cria o Fundo


Penitenciário Nacional – FUNPEN. Brasília, DF: Presidência da República,
1994. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp79.
htm. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a lei de execução


penal. Brasília, DF: Presidência da República, 1984. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Lei n° 13.500, de 26 de outubro de 2017. Altera a redação da


Lei Complementar nº 79/1994. Brasília, DF: Presidência da República,
2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13500.htm. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Lei n° 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Atribuiu à Associação


Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT) a tarefa de padronizar critérios
e normas para cálculo de custos unitários de construção, execução de
orçamentos e avaliação global da obra. Brasília, DF: Presidência da Re-
pública, 1964. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l4591.htm. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977. Institui a Anotação de


Responsabilidade Técnica (ART) na prestação de serviços de engenharia,
de arquitetura e agronomia. Brasília, DF: Presidência da República, 1977.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6496.htm.
Acesso em: 9 nov. 2022.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n° 12.378, de 31 de dezembro de 2010. Regulamenta o exercício


do profissional de arquitetura e urbanismo, atribuindo a este profissional a
atividade de elaboração de orçamentos. Brasília, DF: Presidência da Repú-
blica, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12378.htm. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Decreto n° 7.983, de 8 de abril de 2013. Estabelece regras e


critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços
de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos
da União. Brasília, DF: Presidência da República, 2013. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/
d7983.htm. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Lei n° 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos


Administrativos. Brasília, DF: Presidência da República, 2021. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/
L14133.htm. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Peni-


tenciário Nacional. Brasília, DF, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/
depen/pt-br/acesso-a-informacao/institucional. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Conselho Nacional de


Política Criminal e Penitenciária. Resoluções CNPCP. Brasília, DF: MJSP,
2022. Disponível em: https://www.gov.br/depen/pt-br/composicao/
cnpcp/resolucoes. Acesso em: 9 nov. 2022.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Orientações para elaboração


de planilhas orçamentárias de obras públicas. Brasília, DF: TCU, 2014.
Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/tcucidades/publicacoes/detalhes/
orientacoes-para-elaboracao-de-planilhas-orcamentarias-de-obras-pu-
blicas.htm. Acesso em: 6 dez. 2022.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Medida Cautelar na Arguição de


descumprimento de preceito fundamental 347. Brasília, DF: STF, 9 set.
2015. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.
jsp?docTP=TP&docID=10300665. Acesso em: 9 nov. 2022.

CAIXA. SINAPI: Metodologias e Conceitos. Sistema Nacional de Pes-


quisa de Custos e Índices da Construção Civil. Caixa Econômica Federal.
8. ed. Brasília, DF: CAIXA, 2020. Disponível em: https://www.caixa.gov.
br/Downloads/sinapi-manual-de-metodologias-e-conceitos/Livro1_SI-
NAPI_Metodologias_e_Conceitos_8_Edicao.pdf. Acesso em: 9 nov. 2022.

IBRAOP. Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas. OT – IBR


002/2009: Obras e Serviços de Engenharia. Primeira edição válida
a partir de 01/07/2010. Florianópolis: IBRAOP, 2010. Disponível em:
www.ibraop.org.br/orientacoes-tecnicas/. Acesso em: 9 nov. 2022.

IBRAOP. Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas. OT – IBR


004/2009 – Precisão do Orçamento de Obras Públicas. Primeira edição
válida a partir de 01/05/2012. Florianópolis: IBRAOP, 2009. Disponível
em: www.ibraop.org.br/orientacoes-tecnicas/. Acesso em: 9 nov. 2022.

IBRAOP. Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas. OT – IBR


005/2009 – Apuração do Sobrepreço e Superfaturamento em Obras
Públicas. Primeira edição válida a partir de 01/09/2012. Florianópolis:
IBRAOP, 2012. Disponível em: www.ibraop.org.br/orientacoes-tecnicas/.
Acesso em: 9 nov. 2022.

IBRAOP. Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas. OT – IBR


008/2020 – Projeto Executivo. Primeira edição válida a partir de
26/04/2021. Florianópolis: IBRAOP, 2021. Disponível em: www.ibraop.
org.br/orientacoes-tecnicas/. Acesso em: 9 nov. 2022.

MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orça-


mentistas, estudo de caso, exemplos. São Paulo: Editora PINI, 2006.

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