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TRABALHO SOCIAL
(COTS)
2020
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Presidente
Pedro Duarte Guimarães
Vice-Presidente de Habitação
Jair Luís Mahl
Concepção e Texto
Alaine Costa da Silva
Alana Cristina Gomes da Silva
Cassia Maria da Silva Rodrigues
Elaine de Santana Guimarães Hiath
Franciele Jacqueline Gazola da Silva
Giuliano Joao Paulo da Silva
Leonardo Tadeu Machado
Renata Heringer Gadia da Costa
Sidney Dias Faria
Finalização
Otto Vieira
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Sumário
Apresentação .....................................................................................................................6
1- Premissas CAIXA ......................................................................................................7
1.1 - Responsabilidade social empresarial ........................................................................ 7
1.2 - Nossos valores éticos ................................................................................................ 9
1.2.1 - Respeito ................................................................................................................. 9
1.2.2 - Honestidade ......................................................................................................... 10
1.2.3 – Compromisso ...................................................................................................... 11
1.2.4 – Transparência...................................................................................................... 11
1.2.5 – Responsabilidade ................................................................................................ 12
1.3 - Conflito de Interesses ............................................................................................. 12
1.4 - Trato das informações ............................................................................................ 13
1.5 - Premissas contratuais ............................................................................................. 14
1.6 - Distribuição dos serviços......................................................................................... 15
1.6.1 - Convocação para a prestação dos serviços.......................................................... 15
1.6.2 - Habilitação de responsável técnico (RT) .............................................................. 15
1.7 - Subcontratação dos serviços .................................................................................. 16
1.8 - Produção de materiais e propriedade autoral ........................................................ 16
1.9 - Encaminhamento de documentos comprobatórios e Guarda de materiais ........... 17
1.10 - Obrigações das credenciadas................................................................................ 17
1.11 - São obrigações da CAIXA ...................................................................................... 18
1.12 - Penalidades ........................................................................................................... 19
1.13 - Pagamento dos Serviços ....................................................................................... 19
2 - Referenciais Técnicos ..................................................................................................20
2.1 – Introdução .............................................................................................................. 20
2.2 - Normativa do Trabalho Social nos programas de habitação e desenvolvimento
territorial ......................................................................................................................... 21
2.3 - Diretrizes associadas ao Trabalho Social ................................................................. 22
2.3.1 - Desenvolvimento Territorial: Participação, Parcerias e Cooperação ................... 22
2.3.2 - Um projeto coletivo para o território .................................................................. 22
2.3.3 - Postura da equipe ................................................................................................ 24
2.3.4 - Identidade, Pertencimento e Autonomia ............................................................ 24
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2.3.5 - Comunicação ....................................................................................................... 24
2.3.6 - Estratégias Para Engajamento de Parceiros......................................................... 24
3 - Orientações Práticas ...................................................................................................26
3.1 - Serviços Prestados pela Empresa Credenciada....................................................... 26
3.1.1 - Observações sobre documentação ................................................................ 27
3.1.1.1 - Relatório ........................................................................................................... 27
3.1.1.2 - Parecer .............................................................................................................. 27
3.1.1.3 – Laudo................................................................................................................ 28
3.1.2 - Grupos de Atividades ..................................................................................... 28
3.1.2.1 - Coleta e análise de dados (Grupo H)................................................................. 28
3.1.2.2 Apoio Técnico (grupo J)....................................................................................... 29
3.1.2.3 Consultoria Especializada (Grupo K) ................................................................... 30
3.1.2.4 Elaboração e Execução de Projetos e Planos de Intervenção (GRUPO I) ............ 31
3.1.2.5 – Avaliação de Impacto (Grupo X) ....................................................................... 31
3.2 - Projeto de Trabalho Social: Pontos de Atenção ...................................................... 31
3.2.1 - Etapas do PTS ....................................................................................................... 31
3.2.2 - Elaboração de Projeto de Trabalho Social ........................................................... 33
3.2.2.1. Conteúdo Mínimo do PTS .................................................................................. 34
3.2.2.2 - Planejamento .................................................................................................... 35
3.2.2.3 - Diagnósticos integrados .................................................................................... 35
3.2.2.4 - Articulação de Parcerias: ampliando possibilidades de ação ........................... 43
3.2.2.5 - Diretrizes para elaboração das atividades do PTS............................................. 43
3.2.2.6 - Proposta Orçamentária ..................................................................................... 45
3.2.2.7 - Elaboração do orçamento do projeto ............................................................... 45
3.2.3 - Desenvolvimento do PTS ..................................................................................... 48
3.2.3.1 - Acompanhamento das Famílias/Plantão Social ................................................ 49
3.2.3.2 - Metas e indicadores .......................................................................................... 50
3.2.3.3 - Reprogramação do PTS ..................................................................................... 51
3.2.3.4 - Ferramentas tecnológicas ................................................................................. 52
3.2.4 - Prestação de contas do Trabalho Social .............................................................. 52
3.2.4.1 - Elaboração de Relatório de Acompanhamento das Atividades do Trabalho Social
........................................................................................................................................ 53
3.2.4.2 - Materiais comprobatórios de execução do Trabalho Social ............................. 56
Página 4
4. Observações finais .......................................................................................................59
Glossário ..........................................................................................................................60
Siglas e abreviaturas ........................................................................................................65
Anexo I - Modelos disponibilizados pela CAIXA ...............................................................66
Anexo II - Orientação para elaboração de pareceres - Habitação....................................67
1 - Projeto de Trabalho Social ......................................................................................... 67
1.1 - Análise no PTS ......................................................................................................... 68
1.2 - Análise de Termo de Referência ou Projeto Preliminar .......................................... 75
1.3 - Acompanhamento de Reprogramação ................................................................... 75
1.4 - Análise de Relatório de Acompanhamento do Trabalho Social .............................. 76
1.5 - Análise de Relatório Final ........................................................................................ 76
1.6 - Análise de Regulamento de Mutirão ...................................................................... 77
1.7 - Orientação Técnica ................................................................................................. 79
2 - Selo Casa Azul + CAIXA ............................................................................................... 80
3 - Concepção ou Viabilidade Social do Empreendimento ............................................. 81
Anexo III – Recursos Metodológicos ................................................................................82
A. Árvore de problemas/Muro de lamentações ....................................................... 82
B. Oficina do imaginário/Oficina do futuro/Árvore de soluções .............................. 82
C. Estudo do meio .................................................................................................... 82
D. Mapa falado ilustrado .......................................................................................... 83
E. Mutirão ................................................................................................................ 83
F. Oficinas ................................................................................................................ 83
G. Audiovisuais (teatro, filmes, fotos, pinturas etc.). ............................................... 84
H. Conversação dirigida/roda de conversa ou terapia comunitária. ........................ 84
I. Debates ................................................................................................................ 85
J. Jogos e brincadeiras dirigidas .............................................................................. 85
K. Dinâmicas de grupo ............................................................................................. 85
L. Oficinas de história de vida ou “linha do tempo” ................................................ 85
M. Grupos produtivos – GTR ..................................................................................... 85
N. Feiras de exposição e venda ................................................................................ 86
Referências ......................................................................................................................86
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Apresentação
O presente Caderno, destinado às empresas credenciadas de trabalho social para
prestação de serviços à CAIXA, tem por objetivo fornecer elementos metodológicos, de
modo a nortear a atuação no Trabalho Social em políticas de habitação, saneamento e
infraestrutura e outras oriundas do OGU, bem como no atendimento aos convênios da
CAIXA com diversos órgãos e instituições públicas que exigem a prestação dos serviços
discriminados no objeto do Edital.
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1- Premissas CAIXA
A CAIXA está orientada a gerir seus negócios com base nos princípios da
Responsabilidade Social, de forma a gerar resultados sustentáveis ao longo do tempo.
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desafios e metas, devendo esses dados subsidiar o planejamento
estratégico;
A CAIXA elaborou o seu Código de Ética, que tem por objetivo sistematizar os
valores éticos que devem nortear a condução dos negócios, orientar as ações e o
relacionamento com os interlocutores internos e externos.
1.2.1 - Respeito
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• Exigimos de dirigentes, empregados e parceiros da CAIXA absoluto
respeito pelo ser humano, pelo bem público, pela sociedade e pelo meio
ambiente;
1.2.2 - Honestidade
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• Condenamos a solicitação de doações, contribuições de bens materiais
ou valores a parceiros comerciais ou institucionais em nome da CAIXA,
sob qualquer pretexto.
1.2.3 – Compromisso
1.2.4 – Transparência
1.2.5 – Responsabilidade
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Atenção:
Aqui, o impedimento é de que os titulares ou responsáveis técnicos pelo serviço
demandado tenham vínculo com o ente público ou entidade organizadora.
A orientação acima é a mesma quando se tratar de serviço prestado para qualquer
órgão de governo.
c) Parentes até segundo grau, bem como empresas em que estes sejam
gerentes, sócios ou dirigentes;
Atenção:
A credenciada não poderá analisar um projeto ou relatório elaborado pela própria
empresa ou por integrante de seu quadro de sócios ou colaboradores.
Atenção:
Na dúvida se a atuação de sua empresa ou colaboradores encontram-se em situação de
conflito de interesse, a CAIXA deverá ser questionada.
Atenção:
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Leia os documentos Regulamento de Licitações e Contratos da CAIXA:
http://www.CAIXA.gov.br/Downloads/CAIXA-documentacao-basica-
21/Regulamento_CAIXA_Aprovado_31_03_2017.pdf
Atenção:
As regras de distribuição dos serviços constam do item 3 do anexo I do edital (Projeto
Básico)
Atenção:
Recomendamos especial atenção ao anexo I-B do edital, que estabelece procedimento
de análise e qualificação do RT.
Atenção:
Nas atividades do grupo I, conforme previsto no item 5 do anexo I-D do edital, a
credenciada deve informar à CAIXA a composição da equipe técnica responsável pela
execução, acompanhado dos currículos e comprovante de vínculo com a credenciada.
Atenção:
É permitida contratação de consultoria e de serviços técnicos especializados para
execução de atividades específicas e/ou complementares, necessárias para apoiar o
Agente Executor do Trabalho Social no desenvolvimento de suas atividades; e para o
custeio de projetos de geração de renda e inclusão social, produtiva e econômica dos
beneficiários, inclusive os elaborados por entidades da sociedade civil, desde que
presentes na macroárea e atuantes na área de intervenção. Esses projetos devem
apresentar condições de exequibilidade e contribuir para a inserção produtiva,
admitindo-se a compra de equipamentos para dar viabilidade aos referidos projetos.
A CAIXA é uma empresa que se preocupa com a qualidade dos serviços sob sua
responsabilidade. Por isso, a qualidade do material, conteúdo e impressão devem seguir
orientações da unidade demandante.
Atenção:
A reprodução de qualquer material utilizado na prestação dos serviços somente poderá
ocorrer após aceite formal da CAIXA.
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Após elaboração dos materiais gráficos e mídias a serem utilizadas, a
credenciada deve submeter amostra à CAIXA, para análise prévia, juntamente com
informações acerca do contexto onde será utilizado, conteúdo, parceiros envolvidos, e
outros que julgar importante. Eventuais ajustes deverão ser atendidos em no máximo 5
(cinco) dias úteis após a comunicação formal da CAIXA. A credenciada somente poderá
reproduzir o material após aceite formal da CAIXA.
Ressaltamos que a produção das peças deve observar ainda as normas relativas
à identidade visual CAIXA e do Governo Federal.
Caberá à contratada o pagamento dos direitos autorais de marcas de
propriedade de terceiros nas ações do TS.
1.12 - Penalidades
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2 - Referenciais Técnicos
2.1 – Introdução
Esta portaria, em seu Anexo I, define nos seguintes termos o Trabalho Social:
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Ressaltamos que a Portaria acima não esgota as possibilidades de demandas
associadas ao edital.
Imagem: Resultado do Diagnóstico - síntese dos eixos de atuação (copa da árvore) e estruturas
de governança do trabalho social (caule). DIST Bosque das Bromélias. Salvador/BA.
CIAGS/UFBA 2016
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2.3.3 - Postura da equipe
O papel essencial das equipes, desde o diagnóstico até o final dos projetos, é
atuar como mediadores na construção deste projeto coletivo de desenvolvimento, na
busca de caminhos para que a própria comunidade possa conduzir a gestão do
desenvolvimento do território onde vive.
Neste processo, todos os envolvidos irão produzir saberes e desenvolver suas
capacidades, inclusive a equipe técnica. Os saberes técnicos devem se articular a saberes
locais, dos que ali vivem.
Cabe às equipes elaborar “roteiros”, que auxiliem a obtenção de respostas, a
serem construídas no desenrolar do projeto, pela própria comunidade. O Trabalho Social
deve promover a ação e motivação contínua, capacitando os agentes de maneira a
estudar e definir os melhores caminhos para o alcance dos objetivos estabelecidos.
2.3.5 - Comunicação
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de curto prazo, com definição de atividades e metas, na busca de concretizar objetivos
comuns.
Em alguns casos, a parceria pode resultar em agendas de médio e longo prazos,
inclusive associadas à concretização de objetivos definidos, que constem em “Planos
Estratégicos de Desenvolvimento”, nos quais a visão de futuro da comunidade esteja
traduzida em objetivos a serem alcançados, ou em outros instrumentos de planejamento.
O Trabalho Social deve buscar a construção dessa agenda, encorajando e
capacitando os beneficiários para a participação nos contatos e reuniões com órgãos
públicos e outros. Trata-se de processo contínuo, no qual a capacidade de interlocução,
organização e atuação da comunidade deve ser fortalecida, na busca de concretizar os
objetivos estabelecidos.
A divulgação de iniciativas e realizações concretas pode proporcionar
visibilidade ao território, despertando o interesse de possíveis parceiros.
Nesse processo, cabe ao Trabalho Social contribuir para a criação e consolidação
de instância(s) comunitária(s) de governança territorial, constituídas, reconhecidas e
legitimadas no território e no relacionamento com parceiros institucionais. Podem ser
pequenos núcleos, associados por temas de interesse, ou instâncias mais formais, a
depender das características locais e do contexto.
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3 - Orientações Práticas
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Os projetos são de responsabilidade técnica dos respectivos autores, e a análise
efetuada pela Empresa Credenciada não caracteriza, para os responsáveis técnicos,
corresponsabilidade técnica.
As atividades demandadas nos grupos H, J e K são registradas observando as
instruções fornecidas pela CAIXA e consolidadas conforme descrição abaixo:
3.1.1.1 - Relatório
3.1.1.2 - Parecer
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ser avaliada; descrição mínima do método; as evidências disponíveis; os resultados
esperados, os alcançados e as recomendações; descrição dos métodos utilizados para a
elaboração do PT de modo a permitir sua reprodutibilidade.
O responsável técnico deve lembrar-se de que o PT será produzido para técnicos
e, também, para gestores. O PT deve conter todos os elementos que possibilitem ao leitor
avaliar a validade da análise, incluindo informações que permitam dirimir incertezas.
Portanto, deve expor o método adotado, as fontes de informação e a qualidade da
evidência selecionada, atestar a validade interna, verificar a relevância das informações
e contextualizar as implicações práticas das recomendações, para os serviços e para a
pesquisa.
Sua execução e conteúdo devem ser simplificados e de linguagem acessível.
Embora envolvam uma revisão da literatura menos extensa e abrangente que uma
revisão sistemática, e sejam de execução e elaboração mais rápidas, representam um
relato sistematizado e abrangente do conhecimento possível de ser fornecido no tempo
e com qualidade necessária para auxiliar as decisões a serem tomadas (CCOHTA, 2003;
NICE, 2004a; DACEHTA, 2005; CAMERON, 2007).
3.1.1.3 – Laudo
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programas de desenvolvimento urbano e rural operacionalizados pela CAIXA, bem como
a respectiva tabulação/interpretação dos dados.
Poderá abranger o levantamento de dados secundários junto a órgãos oficiais
no âmbito federal, distrital, estadual e/ou municipal e demais setores da sociedade civil.
Caberá à empresa para a execução das atividades:
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• Análise de relatório de acompanhamento ou relatório final de Trabalho
Social: contempla a análise do documento elaborado pelo executor, que
deve ocorrer com base no projeto ou no termo de referência aprovado
pela CAIXA, nas informações obtidas durante o desenvolvimento do TS,
por meio dos relatórios anteriores, das visitas e reuniões técnicas com a
equipe do EP/EO/Instituição Parceira e em contato direto com o público
atendido.
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3.1.2.4 Elaboração e Execução de Projetos e Planos de Intervenção (GRUPO I)
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Pré-Contratual: objetiva a elaboração do PTS e o início de sua implementação,
por meio das atividades iniciais de preparação dos beneficiários para a nova realidade
com orientações anteriores à chegada das famílias ao empreendimento.
Essa etapa deve ser iniciada após definição da demanda e estender-se até o
momento de assinatura dos contratos com as famílias e entrega das unidades
habitacionais aos beneficiários;
Atenção:
A assembleia de eleição de síndico e conselho fiscal deve ocorrer imediatamente após a
assinatura dos contratos, visando a implantação e formalização da gestão condominial
(emissão do CNPJ do condomínio) e transferência da titularidade das contas nas
concessionárias, antes da efetiva ocupação dos imóveis. Esta e outras ações previstas
após a assinatura dos contratos e antes da entrega das UH devem constar no
instrumento de planejamento PTS Pré-Contratual.
Atenção:
A atividade I-501 poderá ser demandada à empresa credenciada para elaboração e
execução de projeto, em qualquer uma das etapas descritas.
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temáticos, conforme diretrizes do Programa, em consonância com as características,
necessidades e prioridades locais.
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3.2.2.1. Conteúdo Mínimo do PTS
3.2.2.2 - Planejamento
Atenção:
Importante observar o caráter da integração na elaboração do diagnóstico, pois os
dados não devem ser apresentados individualmente.
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• Os diagnósticos têm também caráter pedagógico, na medida em que, ao
contemplarem as dinâmicas participativas, se configuram em uma
oportunidade da população se conhecer, perceber suas potencialidades
e habilidades a desenvolver, contribuindo com o processo de
desenvolvimento local;
A- Diagnóstico da macroárea
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“A macroárea é uma região relativamente homogênea (...), que inclui uma ou
mais áreas de intervenção física próximas e seu entorno, com o qual tal(ais) área(s) de
intervenção interagem para acesso a serviços e equipamentos públicos, ao mercado de
trabalho e a organizações sociais (comunitárias, ONGs e movimentos sociais)”. Manual
temático AVS/MCidades Trabalho Social em Programas e Projetos de Trabalho Social,
2013, vol. 1, p. 9.
O objetivo principal do diagnóstico da macroárea, para além de auxiliar na
apreensão da dinâmica do território, é verificar e mapear as potencialidades e
estabelecer articulações que possibilitem vislumbrar soluções viáveis e sustentáveis a
curto, médio e longo prazos, no atendimento às necessidades dos beneficiários dos
Programas.
O conteúdo a ser apresentado no Diagnóstico da macroárea deve contribuir
para uma melhor apropriação, pela equipe, do território. Poderá contemplar, por
exemplo:
• Características Demográficas;
• Características econômico-produtivas;
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Fonte: Manual temático AVS/MCidades Trabalho Social em Programas e Projetos de Trabalho Social, 2013,
vol. 1 “Conhecimento e Planejamento Integrados”. (pág. 22)
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B - Diagnóstico local
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Outros dados, mais qualitativos, incluem:
Atenção:
No caso de condomínios, importante fazer o levantamento da situação dos
condomínios, considerando que o apoio à gestão condominial é um dos eixos de atuação
do TS. Importante coletar dados sobre a formalização, composição/regularidade do
corpo gestor, acervo documental, funcionários, conservação/manutenção/limpeza,
melhorias e benfeitorias, taxa condominial, dívidas (concessionárias, funcionários,
outros), realização de assembleias/prestação de contas, cumprimento das regras
condominiais, participação dos moradores nas decisões do condomínio e outras.
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No caso do eixo desenvolvimento socioeconômico, por exemplo, é importante
debater aspectos do diagnóstico relacionados às potencialidades e interesses das
famílias, suas correlações com a macroárea; forças e fraquezas existentes;
potencialidades do mercado de trabalho; identificação das características econômicas e
socioculturais do território, mas também na rede instalada, na capacidade de estabelecer
parcerias com os diversos segmentos: públicos e privados.
O TS deve buscar ampliar o leque de ofertas e possibilidades, procurando
atender aos anseios de vários segmentos da população, passando pela elevação da
escolaridade, capacitação profissional, apoio aos empreendimentos individuais, fomento
e apoio aos empreendimentos solidários, entre outros.
A finalização do diagnóstico possibilitará, também, vislumbrar o fluxo para
encaminhamentos relacionados, dentre outros, a pessoas em situação de vulnerabilidade
social, violência doméstica, negligência, necessidades especiais, bem como direcionar
questões mais amplas ao GIPP (em especial demandas relacionadas a serviços públicos)
e GGL. E, ainda, vislumbrar possíveis articulações e parcerias para atividades ou projetos
mais amplos.
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A cada atividade, a credenciada deve elaborar objetivos SMART (específicos,
mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporalmente definidos), programar as
estratégias, instrumentos e técnicas que serão utilizadas para o alcance dos objetivos,
bem como as estratégias para averiguar se os objetivos foram atingidos.
Importante lembrar que os objetivos das atividades devem estar associados aos
objetivos gerais do PTS.
Para cada atividade, devem ser informados, também, os insumos necessários,
metodologia sugerida, meta de participantes, forma de avaliação qualitativa da ação e
responsáveis, compartilhando ao máximo responsabilidades com os beneficiários
(mobilização, organização do espaço, preparo do lanche, etc.).
O quadro abaixo, adaptado do modelo de plano de ação 5W1H (o que, por que,
onde, como, quem, quando), pode ser utilizado para apresentar as informações
relacionadas a cada uma das atividades propostas.
1- Nome da Atividade
Nome sucinto que identifica a atividade no projeto
2- Justificativa
Qual dado da realidade embasou a proposta
3- Objetivo
Os objetivos devem descrever as situações/resultados que se pretendem
alcançar/construir.
Eles devem ser: 1) Específicos; 2) Mensuráveis; 3) Alcançáveis; 4) Relevantes
e 6) Definidos no tempo. (objetivos SMART)
4- Metodologia
4.1 Mobilização
Forma de divulgação/convite para a atividade e de seleção dos
participantes;
4.2. Conteúdos
Temas, informações e dados a serem trabalhados.
4.3. Execução
Quantidade de encontros e duração;
Técnicas de condução, formatos, instrumentos, materiais, dinâmicas, etc.
4.4 Avaliação
Estratégias, técnicas e instrumentos para mensurar o grau de alcance dos
objetivos propostos, considerando as características dos participantes e
recursos disponíveis. Articulam-se ao processo contínuo de auto-avaliação
da equipe, lançando mão, inclusive de feedback dos participantes, a respeito
de todas as etapas da ação: mobilização, horário da atividade, acolhida, local,
duração, condução e outros.
5- Quando e Onde?
Datas e horários previstos dos encontros, locais físicos e virtuais.
6- Participantes
6.1 Público alvo
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Quantidade e características dos participantes. Considerar como público
alvo tanto os colaboradores (agentes ativos) como os participantes (agentes
passivos) da atividade.
6.2 Equipe
Quantidade e atribuição dos membros da equipe.
7- Recursos necessários
Elencar recursos humanos, materiais e de terceiros, indicando a quantidade,
custo unitário e custos totais "por atividade".
8- Custos da atividade
Custo de cada um dos insumos, e custo global da atividade.
9- Registro das Atividades
Formas de registro das atividades, de maneira a possibilitar construção do
relatório de acompanhamento, prestação de contas, e avaliação das ações
pela equipe.
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As orientações quanto à elaboração do orçamento do projeto estão detalhadas
nos anexos I-D do edital de credenciamento, e anexo VII.
Na composição do projeto, o planejamento das atividades e orçamento da
proposta deve primar pela qualidade, economicidade e eficiência. Assim, ressaltamos os
seguintes pontos:
• Deve-se primar pela articulação com parceiros locais, que não devem ser
remunerados pelo projeto, uma vez que o objetivo de tal articulação é
viabilizar ações de médio e longo prazos no território;
• As cotações devem ser realizadas no mercado local, uma vez que são
insumos que precisarão ser efetivamente contratados/comprados pela
empresa;
O que pode?
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• Materiais de consumo necessários à execução do TS.
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A execução do PTS é um desafio, considerando que o território é dinâmico e
complexo, e impulsionar do desenvolvimento local não é tarefa fácil. Exige constante
avaliação por parte da equipe e dos envolvidos, articulação com parceiros, mobilização,
e tantas outras ações. Sem pretensão de dar conta de todos os aspectos, apresentamos
abaixo algumas contribuições, em complemento a outros pontos já abordados na parte
II do Caderno.
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1) Recebimento da demanda;
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL METAS
ESPECÍFICOS INDICADORES
(iniciado por verbos (Enunciadas através de
(Iniciados por verbos no (Exemplos)
no infinitivo) substantivos)
infinitivo)
• % de pessoas
capacitadas;
Capacitação de x
Capacitar... • Taxa de
pessoas em...
Fomentar a ocupação entre os
inclusão produtiva capacitados;
dos responsáveis • Número de
pelas famílias produtores
beneficiadas Constituir Formalização de uma associados;
cooperativa de... cooperativa de... • % incremento de
renda familiar dos
associados;
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Conforme ilustrado no quadro acima, os indicadores buscam medir como e o
quanto cada um dos objetivos e metas propostos foram alcançados. São, portanto,
imprescindíveis para uma avaliação mais qualificada de resultados.
Os indicadores devem:
Este recurso pode ser utilizado caso as ações previstas não estejam alcançando
os resultados esperados, caso alguma atividade não possa ser realizada e tenha que ser
substituída, ou em caso de necessidade de adaptação no projeto.
Página 51
A reprogramação deve ser apresentada, com a devida justificativa e em
formulário próprio. Deve ser apresentada com antecedência à implementação, para que
haja tempo hábil para análise. Somente após aprovação da CAIXA, as alterações e ajustes
poderão ser concretizados.
Assim como qualquer gestor de contrato, a CAIXA não tem como acompanhar
presencialmente todas as atividades realizadas pelas credenciadas ou entes públicos, daí
a importância da elaboração de um material qualificado que comprove a execução das
atividades propostas, e permita acompanhar e avaliar o trabalho realizado.
O acompanhamento do Trabalho Social ocorre, principalmente, através da
análise de relatórios mensais e, ao final do projeto, relatório final, acompanhados de
Página 52
documentação comprobatória da execução, condição para pagamento do serviço
demandado.
Identificação do Projeto
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• Número de contato (APF) e nome do empreendimento, e município;
Página 54
Registra ocorrências cotidianas.
Como nas demais atividades, pode resultar da gravação de
Diário de Campo
áudio ou vídeo, contendo transcrição e impressões do
técnico, que serão úteis na avaliação do trabalho.
Relato de cada atividade realizada, com participantes,
Relatório de atividade tema, objetivo, metodologia, desenvolvimento, avaliação.
Acompanhado de lista de presença e registro fotográfico.
Documento que sintetiza reunião, contendo informações
como data, local, horário de início e fim, participantes e
seus cargos, pauta e objetivo da reunião, registro das
Ata de reunião motivações das resoluções tomadas, evitando a repetição
improdutiva de debates futuros, registro das decisões e
compromissos, indicação de prazos para execução das
tarefas e indicativo de data da próxima reunião.
Deve ser sucinto, de fácil leitura.
Ferramenta a ser utilizada pela equipe técnica, para
registro e acompanhamento, no atendimento das famílias.
Pode ser confeccionada em sistema/software e deve ser
Fichas de registro e garantido o sigilo das informações lá contidas.
acompanhamento individual No relatório mensal, deve ser encaminhado o total de
das famílias atendimentos, assuntos abordados, e encaminhamentos.
Deve constar avaliação acerca da efetividade dos
encaminhamentos para atendimento às demandas dos
beneficiários.
Ferramentas a serem utilizadas pela equipe junto aos
Pesquisa de
beneficiários, para avaliação das atividades.
satisfação/insatisfação e
No relatório devem constar modelos utilizados e
instrumentos de avaliação
resultados.
Atenção:
Todos os relatos de atividades devem vir acompanhados de lista de presença e relato
fotográfico ou de vídeo.
As listas de presença devem ser apresentadas com informações já impressas acerca do
tema, local, data e atividade, na qual cada participante deve preencher seu nome,
endereço, contato e assinatura.
O registro audiovisual permite a visualização do espaço da atividade, dos participantes e da
disposição do espaço e contribui para a comprovação do emprego dos recursos humanos e
materiais.
Mensurar o grau de alcance dos objetivos por cada participante ou pelo grupo,
conforme o caso. A avaliação deve ser planejada tendo em vista os objetivos da atividade,
deve considerar os recursos e tempo disponíveis, o perfil dos participantes, entre outros.
Pode ser escrita, oral, prática, individual, em grupo, coletiva, pontual, em etapas,
instantânea ou distante no tempo, etc. A escolha da metodologia é de responsabilidade
da equipe, e deve basear-se em análise técnica.
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Registro fotográfico das atividades
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Foto: Elaboração de maquete para construção de praça/espaço coletivo pelos moradores, em
mutirão – DIST 2 Campinas
Local: Empreendimento Abaeté - Campinas/SP - Fevereiro/2018;
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4. Observações finais
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Glossário
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Habitabilidade – conjunto de condições mínimas de segurança, solidez, acessibilidade,
salubridade e conforto das construções, estabelecidas pelas posturas municipais.
Interveniente executor – pessoa jurídica responsável pela execução do objeto contratual.
Itens orçamentários – “insumos” ou “elementos” necessários para execução das
ações/atividades, especificados de modo a possibilitar sua precificação.
Loteamento – área existente na malha urbana com arruamento em área pública, onde os
lotes estão em área privada e estão sujeitos exclusivamente ao regulamento das normas
públicas.
Material de Consumo – aquele que, em razão de seu uso corrente, perde suas principais
características, o que impossibilita a sua utilização por largo período de tempo. Exemplos:
material de expediente, limpeza e higiene, educativo e esportivo; alimentos, bebidas,
tecido e aviamento.
Material Permanente – bem móvel e que não se deteriora com o uso imediato, possui
vida útil superior a um ano (Ex.: microcomputador, aparelhos eletrônicos,
eletrodomésticos e móveis em geral).
Menor preço – corresponde ao menor valor de uma amostra de preços.
Mutirão – é o processo orientado de construção de UH, através do esforço coletivo de
seus beneficiários finais.
Preço – Valor final pago ao contratado pelo contratante. Contempla inclusive as despesas
Regulamento de Mutirão – documento que estabelece as regras a serem seguidas pelos
beneficiários finais/mutirantes no processo de produção da UH.
Representante legal – pessoa física dotada de poder legal para representar a pessoa
jurídica pública ou privada.
Rubrica – é a categorização de itens do orçamento de acordo com a sua natureza. As
rubricas admitidas nos orçamentos de Trabalho Social são: Recursos Humanos, Recursos
Materiais e Serviços de Terceiros.
Serviços de Terceiros – despesas com serviços prestados por empresa ou profissional
especializados, contratados pelo PTS, com vistas à execução das atividades.
Síndico – representante legal do Condomínio eleito em Assembleia Geral Extraordinária
dos condôminos, respeitada a forma estabelecida na Convenção de Condomínio. O
síndico pode ser uma pessoa jurídica contratada, desde que aprovado em Assembleia
Geral.
Termo de Referência – documento técnico que serve de base para o processo licitatório,
no qual estão descritas as atividades necessárias à execução de estudos e projetos ou
ações e instrumentos de planejamento e gestão pública e indica, no mínimo, objetivo e
contexto da ação, produtos, custos/prazos, prazos e equipe necessária.
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Valor de investimento – valor total do contrato, resultante da soma dos valores de todas
as metas, sejam de repasse, financiamento ou contrapartida, podendo esta ser financeira
e/ou bens e serviços economicamente mensuráveis.
Vulnerabilidade social – condição dos grupos de indivíduos que estão a margem da
sociedade, ou seja, pessoas ou famílias que estão em processo de exclusão social,
principalmente por fatores socioeconômicos. Algumas das principais características que
marcam o estado de vulnerabilidade social são as condições precárias de moradia e
saneamento, os meios de subsistência inexistentes e a ausência de um ambiente familiar,
por exemplo.
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Siglas e abreviaturas
AS – Autorização de Serviço
CADÚNICO – Cadastro Único para Programas Sociais
DI – Despesas Indiretas
EC – Empresa Credenciada
EO – Entidade Organizadora
EP – Ente Público
FAR – Fundo de Arrendamento Residencial
FDS – Fundo de Desenvolvimento Social
FRE – Ficha Resumo do Empreendimento
GCP – Gestão Condominial e Patrimonial
GGL – Grupo de Governança Local
IP – Instrumentos de Planejamento
MCIDADES – Ministério das Cidades
MDR – Ministério do Desenvolvimento Regional
OGU – Orçamento Geral da União
ONG – Organização Não-Governamental
PMCMV – Programa Minha Casa Minha Vida
PNHR – Programa Nacional de Habitação Rural
PO – Proposta Orçamentária
PT – Plano de Trabalho
PTS – Projeto de Trabalho Social
QCI – Quadro de Composição do Investimento
RT – Responsável Técnico
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Anexo I - Modelos disponibilizados pela CAIXA
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Anexo II - Orientação para elaboração de pareceres - Habitação
1 - Projeto de Trabalho Social
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1.1 - Análise no PTS
a) Dados de Identificação
Atenção:
O levantamento dos dados das famílias pode ser realizado por amostra, que deve ser
definida com base em métodos de pesquisa e estatística, a critério e sob
responsabilidade do EP/EO/EC/Instituição Parceira da CAIXA. A adequação do método e
da confiabilidade da amostra não é objeto de verificação.
c) Justificativa
Analisa a pertinência das razões que justificaram a escolha das ações, técnicas e
estratégias para a execução do TS, a partir das características da área, da população a ser
beneficiada, de outras ações/projetos relevantes realizados na área de intervenção, do
potencial de participação da comunidade no processo, dos recursos disponíveis e prazos.
d) Objetivos
e) Metodologia
Atenção:
Quando a intervenção adotar o regime de mutirão, deve ser analisado o Regulamento
de Mutirão.
• Instrumentos de verificação;
Atenção:
Na análise da adequação e exequibilidade das técnicas e instrumentos de monitoramento
propostos no PTS Pós-Ocupação, deve-se considerar o alcance dos objetivos de curto,
médio e longo prazo e os arranjos de gestão propostos.
g) Equipe Técnica
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• PMCMV, preferencialmente, graduação em Serviço Social ou Sociologia,
com experiência de prática profissional no desenvolvimento de ações
socioeducativas em intervenções de habitação;
h) Análise do orçamento
Atenção:
Despesas Indiretas - DI são compostas por custos indiretos (despesas operacionais e
administrativas, despesas financeiras e imprevistos), pelos tributos e pelo lucro.
As DI devem compor os custos/preços do projeto, sempre que o regime de execução for
indireto, limitadas a 25% calculado sobre o valor previsto para as despesas diretas (custos
das atividades programadas para o PTS).
No caso de instituições sem fins lucrativos, na condição de executora do TS do MCMV -
FAR, o lucro pode ser revertido em ações da própria instituição, limitado a 8%.
Quando o TS for executado de forma direta pelo EP/EO, somente são admitidos os custos
indiretos (despesas operacionais e administrativas, despesas financeiras e imprevistos),
limitados a 8,5%.
No PNHR não há incidência de DI, considerando as limitações orçamentárias do TS no
Programa.
É admitida a incidência de DI, no limite de 25%, sobre os custos variáveis, ou seja, sobre
as despesas necessárias para implementação das atividades dos PTS executados pelas EC.
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Para a situação em que estagiário compuser o quadro técnico do TS, a
contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, conforme
previsão legal, pode compor os custos/preços do TS.
Atenção:
É vedado o pagamento com recursos do Programa, a servidor público integrante do
quadro de pessoal do EP, por serviços de coordenação (RT), consultoria ou assistência
técnica, se este for o proponente do TS em análise.
A vedação de pagamento se presta, portanto, a evitar que o projeto seja usado
simplesmente para terceirizar mão de obra ou para arcar com a folha de pagamento do
EP, em especial com aqueles servidores que, pelas regras do MDR, participam do
planejamento, execução e avaliação dos trabalhos, a exemplo do coordenador (RT) e de
membros da equipe técnica que devem, regularmente, ser servidores públicos ou cargos
comissionados do quadro próprio do EP.
Essas vedações não abrangem a situação em que uma associação civil que atua como
EO, nas operações de MCMV-ENTIDADES e PNHR, contrata os serviços de um
profissional que, casualmente, também é servidor público, independentemente do
município em que atua.
Não é vedado, também, o pagamento a membro do quadro da EO, quando este atuar
especificamente nas atividades do PTS, como coordenador (RT), técnico, instrutor ou
palestrante.
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• Custeio de projetos de geração de renda e inclusão social, produtiva e
econômica;
Atenção:
No PMCMV FAR, a aquisição de materiais permanentes a serem utilizados no
desenvolvimento do TS, como computadores, impressoras, data-show, equipamento de
filmagem e de fotografia, indispensáveis para a execução, o registro e a difusão das ações
do projeto social, só será admitida em situações de execução direta pelo EP, na qualidade
de agente executor do TS, nos casos em que o EP não dispuser de tais materiais, e
mediante incorporação ao seu patrimônio.
No PMCMV FDS e PNHR é permitida a aquisição e/ou locação de materiais permanentes,
desde que o TS seja executado de forma direta pela EO ou EP, sendo que tais bens devem
ser incorporados ao seu patrimônio.
Nos Projetos Especiais, deve seguir regramento específico do programa ou fonte de
recurso.
Não são admitidas despesas para compra de materiais permanentes para dar
funcionalidade aos equipamentos públicos (creches, unidades de segurança, postos de
saúde e outros). É vedada a manutenção e/ou compra de veículos, inclusive por meio de
leasing.
A análise dos orçamentos de PTS tem como objetivo concluir sobre os seguintes
aspectos:
• Que as atividades podem ser concluídas com os itens orçamentários e
orçamento propostos (exequibilidade);
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A análise do orçamento no PNHR consiste em verificar, apenas, o correto
preenchimento do MO 30615 ou MO 30616, em consonância com o porte do
empreendimento e a natureza do proponente da operação.
O método de análise a ser seguido, no PMCMV-FAR e PMCMV-ENTIDADES, é
composto pelas 5 etapas descritas no arquivo apensado denominado “Cartilha de Análise
de Custos/Preços em Projetos Sociais”.
Atenção:
Caso exista a previsão de realização de diversos processos licitatórios, cada PO
correspondente deve ser analisada isoladamente conforme o método apresentado no
arquivo apensado.
Atenção:
Ao final das análises, emite seu parecer nos seguintes modelos:
HABITAÇÃO:
▪ Análise do Plano de Trabalho para Mobilização e Elaboração do Projeto de Trabalho
Social – APM MO30510
▪ Análise de Projeto Social – APT MO41117
GOVERNO:
▪Análise de Projeto de Trabalho Social Preliminar – APTS-P MO 41226 (no caso de
Projeto Preliminar) ou
▪ Análise de Projeto Social – APTS MO 31161 (no caso de Projeto Social)
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1.2 - Análise de Termo de Referência ou Projeto Preliminar
Atenção:
Ao final da análise, emite parecer no modelo:
HABITAÇÃO:
- Análise de Termo de Referência - ATR MO41028 (no caso da opção por licitação pelo
Ente Público) ou
- Análise de Projeto Social – APT MO41117 (no caso de Projeto Preliminar).
Atenção:
Ao final da análise, emite parecer:
HABITAÇÃO:
- Análise de Reprogramação do Trabalho Social – APR MO41121.
GOVERNO:
- Análise da Proposta de Reprogramação do Trabalho Social - APRT MO41020.
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1.4 - Análise de Relatório de Acompanhamento do Trabalho Social
Atenção:
Ao final da análise, emite seu parecer, informando os valores passíveis de desembolso:
HABITAÇÃO
- Acompanhamento e Avaliação do Trabalho Social – AVT MO 41118.
GOVERNO
- Análise de Relatório de Desenvolvimento de Trabalho Social Governo - ARS MO 31162.
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• Se foi apresentada avaliação realizada pela comunidade e pela equipe
técnica;
Atenção:
Concluída a análise, o credenciado procede à avaliação final da intervenção, com emissão
de:
HABITAÇÃO:
GOVERNO:
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• O poder de decisão durante as obras deve ser definido previamente,
estabelecendo-se grupos de trabalho e/ou comissões internas, tais
como: guarda, controle e distribuição de material e equipamentos
(almoxarifado), serviços de limpeza e manutenção das instalações
sanitárias e canteiro de obras, organização de refeições e equipamentos
necessários, bem como respectivo espaço e horários, administração e
controle de pessoal (definição de mutirantes), distribuição das tarefas,
controle e medição dos serviços executados, definição e controle do
horário de trabalho, do tratamento das horas excedentes; limite de
idade para participação nos trabalhos diversos (idosos e crianças),
normas de utilização do espaço coletivo, dentre outros;
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Atenção:
As observações sobre o Regulamento de Mutirão compõem a análise do PTS e são
registradas no MO 41117 – APT.
Nos casos em que o EP/EO for o responsável pelo TS, a orientação é dada
diretamente ao EP/EO, que repassa à pessoa jurídica executora as informações,
recomendações, orientações e solicitações. Os contatos com a pessoa jurídica executora,
contratada pelo EP/EO, somente poderão ocorrer apenas na presença de representante
do EP/EO.
O EP/EO/EC/Instituição Parceira deve ser orientado, dentre outras coisas, a:
Atenção:
As orientações técnicas prestadas são registradas:
HABITAÇÃO
- Registro de Orientação Técnica – ROT MO41194.
GOVERNO
- Registro de Orientação Técnica Governo – ROT MO31581.
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3 - Concepção ou Viabilidade Social do Empreendimento
• Carta Consulta; e
Atenção:
A análise de viabilidade social do empreendimento é registrada no MO41116 - AVS.
O parecer emitido no referido Modelo deve ser conclusivo quanto aos requisitos
estabelecidos para o Programa no qual foi enquadrado o empreendimento.
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Anexo III – Recursos Metodológicos
C. Estudo do meio
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D. Mapa falado ilustrado
E. Mutirão
F. Oficinas
Oficinas temáticas têm por objetivo difundir conhecimentos por meio da prática
(aprender fazendo). Permitem a produção coletiva do conhecimento, partindo-se do
princípio de que todos e todas têm a aprender e a ensinar, de maneira diferenciada.
Podem ser utilizadas de forma concomitante com outras técnicas a fim de se alcançar os
diversos grupos existentes nos territórios. O conteúdo das oficinas deverá contemplar e
ampliar o processo de multiplicação de conhecimentos adquiridos coletivamente com
outras famílias da comunidade.
• Esquetes temáticas;
• Músicas educativas;
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Ressaltamos que os técnicos/ consultores responsáveis pela condução das
atividades deverão ter reconhecida experiência na área. A atividade desenvolvida deve
contemplar a finalização dos temas propostos ou formas de continuidade dos encontros
através de parceiros.
Associadas a essas propostas, poderiam ser desenvolvidos conteúdos ligados à
comunicação não violenta, e mediação de conflitos.
I. Debates
K. Dinâmicas de grupo
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Referências
TORO, Jose Bernardo; WERNECK, Nísia Maria Duarte Furquim. Mobilização social: um
modo de construir a democracia e a participação. Brasília: Ministério do Meio Ambiente;
Recursos Hídricos e Amazônia Legal; Secretaria de Recursos Hídricos; Associação
Brasileira de Ensino Agrícola Superior (ABES), UNICEF, 1996.
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