Federação das Indústrias
do Distrito Federal (Fibra)
Quadriênio 2018–2022
PRESIDENTE
Jamal Jorge Bittar
1º VICE-PRESIDENTE
Pedro Henrique Achcar Verano
2ª VICE-PRESIDENTE
Danielle Cristine Ribeiro Bastardo
DIRETOR SECRETÁRIO
Paulo Eduardo M. de Ávilla e Silva
VICE-DIRETOR SECRETÁRIO
Élvio Barbosa de Sousa Júnior
DIRETOR FINANCEIRO
Walid de Melo Pires Sariedine
VICE-DIRETOR FINANCEIRO
Guillermo Amaral Funes
DIRETOR DE RELAÇÕES DO TRABALHO
E APOIO SINDICAL
Fernando Antonio Bezerra Japiassu
VICE-DIRETOR DE RELAÇÕES DO TRABALHO
E APOIO SINDICAL
Alexander Kurt Hammerschmidt
DIRETOR DE INOVAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
Graciomário de Queiroz
VICE-DIRETORA DE INOVAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
Suely Maria Silva
DIRETOR DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS
E GOVERNAMENTAIS
Elson Ribeiro e Póvoa
VICE-DIRETOR DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS
E GOVERNAMENTAIS
Marcontoni Bites Montezuma
VICE-DIRETORA DE MEIO AMBIENTE
E SUSTENTABILIDADE
Mirelle Antunes Corrêa
VICE-PRESIDENTES
Amir Miguel de Souza
Jorge Luiz Salomão
Júlio César Medeiros de Oliveira
Karina de Lima Ferreira
Luiz Afonso Delgado Assad
Maurino Almeida Ramos
Mauro Sírio Simon
Pedro Moraes Nicola
Ronaldo Francisco Santos
Ruyter Kepler de Thuin
DIRETORES
Daniel Borges Gomes
Fábio Caribé de Araújo Galvão
Fernando Antônio Santos Olivieri
João Batista Alves dos Santos
José Olímpio Neto
Lucimeire Aparecida da Silva Morais
Marcelo Machado Guimarães
Marcelo Patrício Lessa Lopes
Paulo Roberto de Morais Muniz
Paulo Roberto de Souza
Paulo Sérgio Dias Lopes
Ricardo de Figueiredo Caldas
Rosana Aparecida Silva Souza Aguiar
Sérgio Leandro Galvão de Souza
Walquiria Pereira Aires
CONSELHO FISCAL
Titulares
Deusdete Bernardes da Silva
Deyr Corrêa
Leonardo Oliveira de Ávila
Suplentes
Jobson Theiss Marques
Ricardo Augusto Vilela do Nascimento
DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNI
Titulares
Jamal Jorge Bittar
Elson Ribeiro e Póvoa
Suplentes
Pedro Henrique Achcar Verano
Ricardo de Figueiredo Caldas
Sumário

Palavra do presidente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
O avanço diante dos desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
O futuro da Indústria do DF: motivações e diretrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Dimensões estratégicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Infraestrutura e marcos regulatórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
O cenário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
As diretrizes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Melhoria do ambiente de negócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
O cenário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
As diretrizes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Ecossistema de inovação e transferência tecnológica . . . . . . . . . . 29
O cenário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
As diretrizes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Ação de convergência das diretrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Criação, gestão e governança da Política de
Desenvolvimento Produtivo Sustentável do DF . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
O cenário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
A diretriz-síntese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

Siglas usadas nesta publicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF
Palavra do presidente
Acreditamos que as informações qua-
lificadas e a transparência devam ser a
base do nosso diálogo com os agentes
públicos. A cada período eleitoral, a
Federação das Indústrias do Distrito
Federal elabora um documento como
este, com a finalidade de contribuir para
a construção de políticas públicas que
favoreçam o desenvolvimento econômi-
co e social da nossa região por meio da
atividade industrial.
Não obstante os avanços pontuais,
a Indústria vem perdendo espaço na
economia local. Na verdade, esse é um
movimento nacional, que resultou na
queda do PIB total do Brasil e no aumento
das importações. O retrocesso industrial
prejudica a economia como um todo,
uma vez que o setor estimula as outras
atividades econômicas e atende a suas
necessidades; é o que proporcionalmen-
te recolhe mais impostos; e cria empre-
gos de qualidade, que exigem qualifica-
ção e pagam salários acima da média dos
outros segmentos econômicos.
6
Havia quem acreditasse que, na condição
de centro político-administrativo do País,
o Distrito Federal não deveria ter ativi-
dade industrial, ou que o espaço restrito
seria impeditivo, apesar dos exemplos
pelo mundo de pequenos territórios
com cadeias produtivas de alto valor
agregado. A digitalização, a inovação e a
sustentabilidade são tendências globais
da Indústria com alto impacto local, que
contribuem para a sociedade como um
todo e criam oportunidades de negócios.
É urgente estabelecer condições que
favoreçam a expansão do setor privado
e a diversificação da matriz econômica,
potencializando as vocações do Distrito
Federal e da Ride como um todo e redu-
zindo a dependência da oferta de bens
de outras localidades. Mas é preciso agir
com visão de longo prazo e diretrizes
claras, construindo uma política pública
estruturante que seja permanentemente
avaliada e aperfeiçoada.
Por isso a diretriz-síntese deste docu-
mento é a criação, a gestão e a gover-
nança da Política de Desenvolvimento após ouvirmos os principais atores da
Produtivo Sustentável do DF, com poten- Indústria local: lideranças e representan-
cial para atravessar diversos governos tes públicos e privados, os sindicatos da
e integrar interesses públicos, privados, base da Fibra e empresas.
acadêmicos e sociais, executada por
O início de um novo ciclo no Executivo e
tempo suficiente para amadurecer a
no Legislativo é oportunidade de avaliar a
ponto de alcançar resultados transforma-
que se deve dar continuidade, rever o que
dores e duradouros. Ela está prevista no
não está funcionando, consolidar avan-
ZEE-DF, outra política estruturante que
ços e incorporar novas ideias. Queremos
defendemos em documentos anteriores
ser parte da solução, nos colocando à
e que se tornou lei em 2019.
disposição para dialogar e contribuir
As outras 12 diretrizes estão organizadas para a construção de um ambiente de
em três dimensões estratégicas: infraes- negócios atrativo, seguro e catalisador
trutura e marcos regulatórios, melhoria da inovação e do conhecimento, que
do ambiente de negócios e ecossistema estimule o desenvolvimento sustentável
de inovação e transferência tecnológica. e crie oportunidades para todos.
Cada diretriz está subordinada a um
tempo lógico e todas são articuladas
Jamal Jorge Bittar
pela diretriz-síntese. Presidente da Federação
das Indústrias do DF
Com essa metodologia, foi possível
organizar as principais necessidades
do setor de forma simples e objetiva,
garantindo a representatividade que dá
legitimidade aos documentos produzidos
pela Fibra. As diretrizes foram definidas

7
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

8
O avanço diante dos desafios
Nos últimos 30 anos, a Fibra produziu oito
documentos estruturantes, nas mais diversas
linguagens e abordagens, apresentando
propostas de soluções e pautas de discussão
muito bem detalhadas como suporte à atuação
para o desenvolvimento de políticas públicas
em consonância com as necessidades da
Indústria. Com essas iniciativas, muitos pontos
críticos puderam ser discutidos e implementa-
dos pelo poder público, melhorando o ambien-
te de negócios e as bases para a produção e
inovação industrial.
9
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

Propostas da Indústria

Proposta
de Diretrizes
para uma Política de
Desenvolvimento
Industrial
do DF

Proposta para o
Programa de Proposta do
Industrialização Fórum do Setor
do DF Produtivo ao
futuro governo
do DF

1990 1994 1998 2002

10
 Pauta da
Indústria 2023–2026:
diretrizes para o
desenvolvimento
industrial do DF

Plano Pauta
Estratégico de da Indústria
Desenvolvimento do DF
Industrial do
DF (PDI/DF) A Indústria
e o DF: proposta
para uma agenda
de crescimento
Carta
da Indústria
do DF

2006 2010 2014 2018 2022

Nesse período, o poder público, com o
apoio da iniciativa privada, tem se esforçado
para responder pontualmente às demandas
do desenvolvimento industrial do Distrito
Federal, fornecendo estratégias e normativos
para suportar os desafios macro e microeco-
nômicos nacionais.
últimos anos, a dificuldade em convergir para
pautas suprapartidárias e esforços legislativos
e técnicos em uma gestão de políticas e
programas persistente, duradoura e efetiva nem
sempre permite a continuidade e o aumento da
atratividade dos investimentos e empreendi-
mentos industriais no Distrito Federal.

Em que pesem tais esforços em planejar, iniciar Muitas das iniciativas fiscais, creditícias,
e implementar algumas soluções técnicas e de localizações e especializações de áreas
criativas de desenvolvimento industrial nos produtivas, bem como ações de produção

11
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

de normas legais e infralegais de apoio real) e Comércio e Serviços (1,49 real).

à produção industrial solicitadas pelas Para cada emprego gerado na Indústria,
empresas locais, começaram a estruturar em média, de dois a cinco são gerados
uma força produtiva capaz de responder no setor terciário.
às demandas sempre crescentes de
Indústria Indústria de
desenvolvimento econômico e social do Transformação
2,43 reais
Distrito Federal. 2,67 reais

Enquanto as principais economias desen-

volvidas do planeta não mais discutem,
mas implantam, as novas tecnologias de
produção digital, fazendo existir a indústria
intensiva na gestão e aplicação do co-
nhecimento, a denominada Indústria 4.0,
o Brasil, em geral, e o Distrito Federal, em
particular, procuram alavancar o potencial
humano, tecnológico e produtivo de seus
setores industriais por meio da elaboração Comércio e
de políticas públicas que superem ao Agropecuária Serviços
1,75 real 1,49 real
menos duas décadas de execução.
Medidas concretas para a transformação Não obstante esse cenário, historicamente
digital, contudo, não foram implantadas. os representantes públicos do DF são
colocados diante do desafio de superação
Vários estudos apontam que a produção
de mitos que permeiam o desenvolvi-
industrial, além de contribuir com o
mento da capital e seu entorno (Miragaya,
maior valor adicionado de seus bens
2022). Podemos citar três deles, a saber:
para a economia como um todo, tem a
capacidade de gerar ganhos de eficiência 1. Brasília foi concebida para a
para outros setores, inclusive contribuindo atividade político-administrativa,
para que o setor de serviços seja mais sendo incompatível a atividade
sofisticado (CNI). industrial;

Para cada 1 real produzido pela Indústria
no Brasil, são gerados 2,43 reais na
economia nacional. Quando observamos
especificamente a Indústria de Transfor-
mação, esse valor sobe para 2,67 reais. Os
valores gerados pela Indústria superam
significativamente aqueles gerados por
outros setores, como Agropecuária (1,75
2. a Indústria não é tão relevante
quanto no passado; e
3. o DF não tem espaço para a
instalação industrial.
Esses mitos, muito relacionados à relação
entre espaço, vocação e produção
nacional e internacional, não se sustentam

12
quando observamos os processos de
desenvolvimento social sendo alavancados
pelas mais variadas expressões da Indústria
associadas às camadas de inovação e transfe-
rência tecnológica, fixando recursos, gerando
riquezas e ampliando o PIB dos países que
recorrem a esse padrão de ação.
É justamente por construírem visões arrojadas
de desenvolvimento, integrando os esforços
da política com a iniciativa privada, que muitas
civilizações têm conseguido superar restrições
estruturantes e crescer substancialmente
nas últimas quatro décadas. Exemplos com
reduzidos espaços físicos e com elevado valor
agregado em suas cadeias produtivas inten-
sivas em conhecimento e escala são Taiwan
(produtora global de circuitos integrados), Israel
(reconhecido como the startup nation e com
inserção de produtos e serviços em inúmeras
cadeias produtivas globais), ou mesmo Cinga-
pura (com o dobro da população, área territorial
oito vezes inferior e PIB industrial 70 vezes
maior em relação ao DF).
Entre os desafios que ainda se destacam no
cenário socioeconômico do Distrito Federal, os
gráficos a seguir apresentam uma combinação
de estabilidade do setor público com queda da
participação da Indústria local no PIB-DF, asso-
ciada ao aumento da população. Tal tendência,
se continuada, indica uma possível sobrecarga
do setor terciário para os próximos anos.
Esta condição deixa clara a importância da cria-
ção de mecanismos que estimulem o aumento
da participação da Indústria na economia do
Distrito Federal, como forma de potencializar a
geração de empregos e consequentemente de
renda para a população do DF e do Entorno.

Gráfico 1 – Evolução da participação (%) do valor adicionado bruto no PIB-DF

50,0
44,3 44,1
45,0

40,0

35,0

30,0

25,0

20,0

15,0
8,7
10,0
3,9
5,0

-
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Indústria Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Fonte: Codeplan, em parceria com o IBGE (2020) | VAB – Valor que cada setor da economia acrescenta ao valor do produto interno bruto.

13
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

Composta amplamente por empresas por meio da resiliência de suas empresas

de pequeno porte que atuam em setores
da economia menos dinâmicos do ponto
de vista de agregação de valor, porém
intensivos em mão de obra, a Indústria no
Distrito Federal tem sofrido significativa
redução no seu percentual de participa-
ção no PIB distrital (Gráfico 1). Tal redução
só não é mais significativa pelos esforços
permanentes dos setores econômicos,
e de suas lideranças.
As instituições representativas, a
exemplo da Fibra, têm procurado apoiar
o relacionamento público e privado, bem
como articular soluções para minimizar
as diversas dificuldades estruturais
macro e microeconômicas vivenciadas
pelo Brasil e pelo Distrito Federal.

Gráfico 2 – Projeção da população do DF — 2010–2060

4.000.000

3.800.000

3.600.000
2050
3.776.493
3.400.000

3.200.000

3.000.000
2020
3.052.546
2.800.000

2.600.000

2.400.000
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050

Fonte: IBGE (2020).

14
A trajetória de queda da participação industrial na
economia local vis-à-vis à tendência de cresci-
mento populacional (Gráfico 2) deverá resultar
em significativa ampliação das importações de
bens industriais para atender a uma demanda
cada vez maior. Esse é, sem dúvida, um cenário
negativo, pois, além de aumentar a dependência
do DF da oferta de bens de outras localidades,
poderá afetar o nível de preços, causando impac-
tos restritivos sobre o bem-estar da população.
Ademais, o Distrito Federal, apesar dos
esforços de informação de setores econômi-
cos e entidades representativas locais para
o estímulo consistente de políticas públicas
de longo prazo, ainda apresenta um conjunto
de necessidades estruturantes quanto ao
desenvolvimento industrial sustentável que
vem sendo direcionado na última década
por três megatendências globais com fortes
impactos locais:
1. digitalização e automação da produção
industrial, característica inerente à
Indústria 4.0 intensiva em conectividade
e conhecimento;
2. deslocamento do poder econômico
para as economias da Ásia, que interfere
nos fluxos comerciais e nas cadeias
globais de valor; e
3. conversão ambiental (greening) da
produção industrial, que exige modelos
de negócio e de produção inovadores
com impactos sistêmicos na exploração
e na obtenção de insumos, passando
pela produção, pela distribuição, pela
comercialização e pela reabsorção dos
descartes industriais e urbanos.
Analisando o desdobramento de iniciativas e
seus resultados práticos, destacamos alguns
problemas recorrentes advindos da descon-
tinuidade de políticas públicas estruturantes
para o fortalecimento e o desenvolvimento
industrial, que dificultam a expansão e a atra-
ção de investimentos para o Distrito Federal.
São eles:
1. ausência de uma declaração estra-
tégica de longo prazo, integradora e
suprapartidária que indique as voca-
ções de desenvolvimento produtivo do
Distrito Federal;
2. ausência de estratégias e articulação de
melhores ações transicionais (sucessão
de governos) de sustentabilidade, melho-
ria e visibilidade das políticas públicas
voltadas ao desenvolvimento industrial;
3. dificuldades em traduzir as necessida-
des industriais em ações normativas
legais e infralegais que garantam
segurança jurídica e previsibilidade aos
investimentos produtivos ao longo de
várias gestões públicas;
4. ausência de modelo desburocratizado
para a criação, a gestão e o fortaleci-
mento de áreas bem planejadas e com
infraestrutura para o desenvolvimento e
a logística industrial;
5. desarticulação entre a Indústria, a
academia e o fomento em uma pers-
pectiva de longo prazo para a difusão
tecnológica, a inovação e a atração de
investimentos para a indústria intensiva
em conhecimento;
15
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

6. ausência de fóruns público-priva- Este documento destaca alguns dos

dos de gestão e governança para principais motivos pelos quais tantos es-
o desenvolvimento industrial de forços ainda não transformaram a econo-
longo prazo; e mia local em um celeiro de oportunidades
para a geração de receitas, emprego e
7. ausência de instituição distrital
renda, bem como simplifica e direciona
capaz de convergir, integrar e
as diretrizes para ações emergenciais e
defender os interesses públicos e
de longo prazo que o poder público pode
privados para atração de investi-
se comprometer a realizar.
mentos produtivos e promoção das
cadeias produtivas locais.

16
O futuro da Indústria no DF:
motivações e diretrizes
É inegável a relevância da Indústria para a so-
ciedade quanto ao atendimento das demandas
por bens e à busca por soluções de problemas
complexos em momentos de crise. Durante a
crise gerada pela pandemia ocasionada pela
covid-19, a resposta da Indústria às demandas
da área de saúde ocorreu em tempo recorde,
especialmente no que diz respeito à produção
de EPIs em grande escala e de vacinas. Isso só
foi possível devido aos ganhos de produtividade,
competitividade e de inovação, bem como de
qualificação técnica dos trabalhadores.
Ao mesmo tempo, a escassez generalizada de
insumos devido às complicações e restrições
no comércio internacional demonstraram a
importância estratégica — para um país ou
região — da necessidade de desenvolvimentos
locais sustentados a partir de uma base indus-
trial consolidada, vocacionada e diversificada,
competindo e até compensando as necessida-
des de bens e serviços.
A Indústria representa o elemento-chave no de-
senvolvimento, tanto nacional quanto distrital, em
razão de características que, embora não sejam
exclusivas, não aparecem reunidas na mesma
intensidade em outros setores. O dinamismo e a
capacidade da Indústria qualificada de promover
maiores e melhores ganhos multidimensionais a
tornam o caminho para o alcance e a manuten-
ção sustentável da capital federal.
Não obstante a administração pública ter
sido fundamental para o desenvolvimento
do Distrito Federal e a formação de um dos
mercados consumidores mais atraentes do
País, já sinaliza um cenário de exaustão que, se
materializado, poderá afetar o bem-estar das
próximas gerações.
Isto posto, especificamente no que concerne
às características do Distrito Federal, o maior
desafio que se apresenta diante dessa provável
realidade é a necessidade de diversificação da
economia. É preciso buscar alternativas capazes
de assegurar níveis de qualificação profissional e
de renda para as gerações futuras semelhantes
ou superiores às encontradas no setor público,
sob pena de esses brasilienses irem para outras
regiões para assegurar o seu bem-estar.
Com vistas a responder a esse contexto,
buscou-se ouvir os principais atores da Indús-
tria local, a fim de se identificarem as demandas
para dinamizar o desenvolvimento do setor nos
próximos anos.
Essas demandas foram organizadas em 12
diretrizes, segmentadas em três dimensões
estratégicas, capazes de fazer frente aos
desafios a ser superados em termos de gera-
ção de empregos e renda. Tais diretrizes estão
subordinadas a um tempo lógico para facilitar
sua compreensão quanto à urgência e a sua
implementação pelo poder público.
17
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

Dimensões estratégicas

MELHORIA DO
AMBIENTE DE NEGÓCIOS
Diretrizes que visam à redução
tributário-fiscal e à racionalização
da burocracia, ampliando o estímulo à
gestão e a atratividade dos segmentos
industriais do DF.

INFRAESTRUTURA
E MARCOS REGULATÓRIOS
Diretrizes que estimulam a
atração de investimentos, a abertura
de mercados internos e externos, a
ampliação e qualificação da infraestrutura
e da sustentabilidade, bem como
a instituição e o fortalecimento
dos marcos regulatórios para o
desenvolvimento industrial do DF.

ECOSSISTEMA DE
INOVAÇÃO E TRANSFERÊNCIA
TECNOLÓGICA
Diretrizes que fortalecem o
desenvolvimento tecnológico, o vínculo
academia-indústria, o estímulo e a atração
de empreendimentos inovadores de base
tecnológica e a sua transferência aos
setores produtivos do DF.

18
Tempo lógico das diretrizes
Curto prazo (até 120 dias): são voltadas às janelas de oportunidades
proporcionadas pelas urnas para alcançar resultados práticos que fortaleçam as
diretrizes estratégicas.

Médio prazo (até 4 a 8 anos): são voltadas às ações direcionadas à implantação

dos instrumentos de governança, da gestão de políticas públicas e da criação de
suas instituições.

Longo prazo (de 8 a 16 anos): são aquelas voltadas à materialização das

soluções por meio da continuidade da governança e da gestão das políticas
públicas e do fortalecimento das suas instituições, gerando resultados na
expansão da matriz produtiva, na atração de investimentos e no desenvolvimento
das atividades industriais no Distrito Federal.

Diretrizes resolutivas estruturantes (acima de 16 anos): são aquelas voltadas

à próxima geração, visando à elevação dos padrões de desenvolvimento do
Distrito Federal em inovação, em inclusão social e em sustentabilidade produtiva.

19
Dimensões
estratégicas
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF
Infraestrutura e
marcos regulatórios
O cenário
Em 2021, durante a COP26, em Glasgow,
Escócia, o Brasil apresentou o posiciona-
mento de 14 entidades setoriais em prol de
uma agenda verde de desenvolvimento. Foi
um marco importante de pressão para que
o País assumisse compromissos robus-
tos durante a conferência, tais como os
acordos de florestas e do metano. Além de
antecipar a meta de neutralidade climática
de 2060 para 2050, o Brasil se comprome-
teu a zerar o desmatamento ilegal até 2028.
O Distrito Federal, nos últimos anos, tem
buscado a construção de um desenvol-
vimento integrado das três dimensões
da sustentabilidade (econômica, social
e ambiental) — conceito presente na
emblemática Eco-92, no Rio de Janeiro —,
estabelecendo marcos regulatórios impor-
tantes para o crescimento econômico e o
planejamento territorial da região. Assim,
tem ampliado o regime regulamentar das
obrigações relativas ao meio ambiente,
acompanhando ações do Governo Federal,
aplicando preceitos no modelo de desen-
volvimento industrial sustentável.
Muitas são as oportunidades criadas
pelas políticas de preservação ambiental
22
para o setor industrial no DF. A economia
circular, com ampliação da recuperação de
resíduos para a reciclagem, promovendo
a logística reversa, e a regulamentação de
uma política de recuperação energética de
resíduos podem gerar atividades de grande
importância econômica e social.
As iniciativas para o desenvolvimento de
tecnologias para soluções dos impactos
ambientais pressupõem a utilização de
novos processos e equipamentos, criando
oportunidades de negócios. Atividades
como a reciclagem e a recuperação dos
resíduos requerem incentivos fiscais para
se consolidar.
Importante destacar que o Zoneamento
Ecológico-Econômico do Distrito Federal
é um dos principais instrumentos de
gestão pública do território, estabelecido
pela Política Nacional de Meio Ambiente
e previsto na Lei Orgânica do DF. Viabiliza
o desenvolvimento sustentável a partir da
compatibilização das características am-
bientais e socioeconômicas, consideran-
do as vulnerabilidades, as potencialidades
e particularidades de cada área. A partir
da regulamentação da Lei nº 6.269/2019,
conhecida como a Lei do ZEE-DF, que
fornece diretrizes para o desenvolvimento
econômico social, serão estabelecidas ações paralelo, estruturar espaços, infraestruturas
sustentáveis e integradas à Ride, assegurando e mecanismos para o desenvolvimento do
o fortalecimento das cadeias produtivas. conceito de cidade industrial alinhada à Indús-
tria 4.0. Esta incorpora tecnologias avançadas
O poder público pode explorar potenciais ainda
de produção digital aplicadas à produção fabril,
não aproveitados na capital do País, incentivan-
incluindo inteligência artificial, robótica avança-
do atividades econômicas em regiões que têm
da, internet das coisas, manufatura aditiva (3D
vocação para isso. A diversificação da economia
printing), grandes análises de dados (big data)
e da base produtiva do DF é um dos objetivos da
e computação em nuvem (cloud computing),
Lei do ZEE-DF, e nesse ponto será fundamental
entre outras.
considerar as características da Indústria.
Vale salientar que uma cidade industrial sus-
Nesse sentido, aliado à diversificação
tentável tem o objetivo de ampliar a geração
da economia, propõe-se a descentralização
de receita, a qualificação, o emprego e a renda
das atividades pelo território e a criação de
de uma determinada localidade. Para ela
empregos para além do centro da capital, por
convergem centros financeiros, produtivos,
meio da concepção das ADPs. Essas áreas são
comerciais e logísticos, disponibilizando uma
elementos catalisadores do desenvolvimento
infraestrutura de primeira classe com vínculos
socioeconômico da região onde estão inseri-
multimodais, permitindo a diversificação dos
das, voltados à desconcentração da geração
fluxos de receitas, incorporando excelente
de emprego e renda no território e à promoção
infraestrutura logística, fomentando a com-
da inclusão socioprodutiva, particularmente
petitividade de custos e elevando o foco em
das populações vulneráveis. Com isso, preten-
atração de investimentos e a criação de todo
de-se ampliar as vagas formais nas diversas
um ecossistema produtivo que permita a
regiões administrativas de Brasília.
qualidade de vida das próximas gerações.
Para que exista o interesse de ocupação das
Por fim, implantar e desenvolver as compe-
ADPs por parte do setor produtivo, essas áreas
tências de uma câmara de comércio exterior
devem receber investimentos para qualificar
é uma necessidade para uma melhor inserção
a infraestrutura adequadamente ao desenvol-
das cadeias e dos arranjos produtivos locais na
vimento industrial, especialmente em teleco-
economia global, ampliando horizontes produ-
municações, energia e saneamento, visando
tivos e de gestão, criando inclusive oportunida-
ao ordenamento sustentável. Ainda, devem-se
des de parcerias para a Indústria do DF.
promover a modernização e a reestruturação
dos meios de transporte urbano das regiões, Tais demandas por competitividade em âmbito
integrando a logística de transporte coletivo internacional devem fortalecer e incentivar a
entre as ADPs e áreas residenciais, facilitando interação da academia com a Indústria, abrindo
o acesso e reduzindo custos produtivos e de oportunidades para o desenvolvimento tecno-
deslocamento. Imprescindível também, em lógico, ampliando as ações no Biotic, criando

23
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

e direcionando as atividades inovadoras empresas, como trataremos na

em prol da Indústria local, fomentando as dimensão estratégica voltada ao
startups e ampliando o berçário de novas ecossistema de inovação.

As diretrizes

Curto prazo (120 dias de governo)

COMÉRCIO EXTERIOR – Firmar convênios e acordos de cooperação

técnica com instituições de apoio ao comércio exterior, com o objetivo de
promover a internacionalização das empresas do DF, buscando o fortaleci-
mento da balança comercial local.

Médio prazo (quatro anos de governo)

SEGURANÇA JURÍDICA – Assegurar a previsibilidade e a coerência na apli-

cação das leis, especialmente nos programas públicos de desenvolvimento
produtivo, garantindo aos investidores e às empresas maior segurança e
estabilidade nas relações de negócios.

LOGÍSTICA E TRANSPORTE – Dotar as áreas de desenvolvimento produ-

tivo de infraestrutura e logísticas adequadas ao desenvolvimento industrial,
sua sustentabilidade e integração com a Ride.

SUSTENTABILIDADE – Incorporar nas políticas públicas de desenvolvimen-

to produtivo, de forma prática, instrumentos que materializem os objetivos de
uma cidade sustentável nas quatro dimensões: social, econômica, ambiental
e institucional.

24
Melhoria do ambiente
de negócios
O cenário
O ambiente de negócios representa o conjun-
to de fatores, tanto internos quanto externos,
que influencia o desenvolvimento da atividade
empresarial em determinada região. De forma
geral, diz respeito aos níveis de complexidade
associados, por exemplo, aos procedimentos
de abertura e fechamento de empresas ou
de recolhimento de tributos e de acesso ao
crédito. Nesse contexto, a sua melhoria passa,
portanto, pela realização de ações de simpli-
ficação e desburocratização de procedimen-
tos, entre outras iniciativas.
O ICE, elaborado pela Enap, é considerado
o principal raio-x do ambiente de negócios
brasileiro. Em 2022, o indicador registrou
movimentações no ranking das dez mais bem
colocadas. Brasília (DF), São Bernardo do
Campo (SP), Jundiaí (SP) e Rio de Janeiro (RJ)
deixaram o top 10.
O estudo serve como norteador para o
avanço do ambiente de negócios, revelando
para gestores públicos quais aspectos
precisam ser melhorados nas cidades. Os
dados apresentados no levantamento se
baseiam em sete fatores determinantes para
o sucesso do empreendedorismo: ambiente
regulatório, infraestrutura, mercado, capital
financeiro, inovação, capital humano e cultura
empreendedora.
Apesar da queda no ranking nacional, o am-
biente de negócios no Distrito Federal tem
evoluído com a implementação de ações de
simplificação e desburocratização — o que
tem se refletido no ciclo de vida das empresas.
São exemplos dessas ações a transferência
da União para o Distrito Federal, em 2019, do
controle da Junta Comercial, órgão respon-
sável pelo registro de atividades comerciais
e empresas; a reformulação do Pró-DF II e a
criação do Programa Desenvolve-DF (Lei nº
6.468/2019), regularizando situações consoli-
dadas oriundas de programas de desenvolvi-
mento anteriores; a revisão da Luos — o texto
atualiza a Lei Complementar nº 948/2019
e traz maior segurança jurídica à legislação
urbanística do Distrito Federal, incentivando o
desenvolvimento econômico, além de forta-
lecer a regularização fundiária e combater a
ilegalidade; e a implantação do Balcão Único
(Subcomitê da Rede Sim), em 2021, iniciativa
criada para simplificar a abertura de empre-
sas, reduzindo o custo do processo de se
iniciar um negócio na capital federal.
Na área tributária, cabe destacar a homologa-
ção pelo DF do Convênio ICMS nº 190, garan-
tindo a segurança jurídica para os incentivos
25
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF
fiscais concedidos pelo governo local às
empresas, a redução do teto de multas
por descumprimento de obrigações rela-
tivas ao ICMS de 200% para 100% (Lei nº
6.900/2021) e a consolidação das normas
de benefícios fiscais do IPVA, do IPTU, do
ITCD e da TLP (Lei nº 6.466/2019).
O processo de simplificação e desburo-
cratização, contudo, deve ser constante,
buscando sempre que possível a melhoria
do ambiente de negócios, de modo a se
evitar a oneração da atividade empresarial
via custos de transação.
Nesse contexto, algumas reivindicações
dos setores produtivos ainda apresen-
tam necessidade de atenção, como a
melhoria das condições de acesso ao
crédito. Sobre esse tema, cabe a perma-
nente busca pela adequação do custo do
crédito bancário a taxas absorvíveis pelo
mercado industrial.
Durante o período da pandemia de co-
vid-19, as estratégias de apoio ao crédito
foram atreladas à taxa Selic, taxa básica
de juros da economia nacional. Hoje, em
razão da elevação dessa taxa, a iniciativa
privada que tomou dinheiro nesse con-
texto encontra-se pressionada, o que
dificulta a retomada produtiva de muitos
setores empresariais.
Isto posto, a ampliação do acesso ao
crédito, promovendo o aprimoramento
das políticas de provisão pública de apoio
ao crédito, às instituições garantidoras
de crédito e aos demais financiamentos,
necessita de atenção por parte do poder
26
público e seus instrumentos de incentivo.
Além disso, a repactuação de dívidas pro-
venientes de financiamentos realizados no
âmbito das linhas de crédito criadas para
socorrer as empresas torna-se necessária
para a continuidade dos negócios, estimu-
lando, ao mesmo tempo, os investimentos
para o desenvolvimento tecnológico, a
gestão empresarial e a inovação.
Ainda em ambiente de negócios, é im-
portante a busca pela isonomia creditícia,
observando-se os critérios estabelecidos
pela Política Nacional de Desenvolvimento
Regional, do Ministério do Desenvolvi-
mento Regional, atualizada pelo Decreto
n° 9.810, de 2019, para as regiões admi-
nistrativas do DF que fazem fronteira com
cidades/municípios goianos de média
renda com baixo dinamismo, de modo a
promover o tratamento isonômico para
fins de limites financiáveis para investi-
mentos com recursos do FCO.
Quanto à desburocratização, vale des-
tacar que o processo para instalação de
empresas no Brasil ainda permanece lon-
go e moroso, tornando elevado o custo do
investimento. Isso impacta negativamente
a atratividade e desestimula a instalação
de novos empreendimentos produtivos
e a geração de empregos e renda. Com
isso, a eficiência das políticas de promo-
ção da atividade produtiva voltadas para
a diversificação da economia local acaba
sendo prejudicada.
Desburocratizar e simplificar todo o
processo de licenciamento para a implan-
tação da atividade produtiva é uma necessi-
dade urgente, possibilitando o uso de tecno-
logias digitais que possam agilizar e reduzir o
tempo de instalação das empresas. No DF, há
13 etapas para instituição de uma empresa,
nos colocando no 23° lugar em relação às
demais unidades da Federação. O arcabouço
legal do DF está pronto para a implantação
de medidas de redução e convergência de
etapas sem as quais não será viável tornar
competitiva e diversificada a economia local,
sobretudo para atrair investimentos de médio
e grande porte e seus ganhos de escala
tecnológica, econômica e social.
Com o início do funcionamento do Balcão
Único na Junta Comercial do DF, em 2021, o
processo de abertura de negócios se tornou
mais simplificado e automático, com redução
de tempo e de custos. Agora, faz-se necessá-
rio avançar ainda mais na desburocratização
dos processos voltados para a instalação de
médias e grandes empresas, especialmente
em relação aos licenciamentos.
Racionalizar o processo de abertura de
empresas, portanto, é fundamental para um
ambiente de negócios favorável, capaz de
promover e cultivar o empreendedorismo e
os novos negócios.
No que tange à tributação, a impossibilidade
de concessão de crédito presumido do IPI
causa perda de competitividade da capital
federal em termos de atração de investi-
mentos de alto valor agregado. A concessão
possibilitaria impactos positivos em geração
de empregos, no incentivo à inovação e na
adoção de novas tecnologias.
Todos esses fatores brevemente supracita-
dos carecem de forças-tarefa públicas para
seu detalhamento e rápida implantação,
ampliando a importância da convergência e
da integração das ações em instituições e
fóruns de governança para ampla participa-
ção dos setores produtivos locais.
O Estado e seu poder incentivador para
abertura de mercados pode inclusive fornecer
programas de qualificação para a competiti-
vidade em níveis internacionais, estimulando
a aquisição de competências diferenciais,
de modo a tornar as empresas instaladas
localmente aptas a disputar tanto os demais
mercados privados nacionais e internacionais
quanto as compras governamentais nas mo-
dalidades que se apresentarem para a disputa.
Diante de tantas necessidades governa-
mentais a ser geridas, destaca-se a impor-
tância da implantação de uma agência de
promoção de investimentos que exerça o
papel integrador da política de captação de
investimentos e atue de forma estratégica
na atração de novos negócios, em articula-
ção com o setor produtivo.
Imprescindível ressaltar que o ambiente
de negócios tem grande capacidade de
influenciar a atratividade, diversificação
e dinamicidade da atividade econômica
(Mation e Mambrin, 2015), afetando direta-
mente a decisão de investimento por parte
das empresas e a qualidade dos produtos e
serviços ofertados, com impacto na criação e
na retenção de recursos para o Estado.
27
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

As diretrizes

Curto prazo (120 dias de governo)

LICENCIAMENTO – Racionalizar os processos de licenciamento e de

implantação de empresas de médio e grande porte no DF, visando reduzir
etapas.

CRÉDITO E FOMENTO – Aprimorar os instrumentos da política pública

de apoio aos financiamentos, assegurando as provisões necessárias ao
desenvolvimento industrial.

Médio prazo (quatro anos de governo)

AGÊNCIA DE PROMOÇÃO DE INVESTIMENTOS DO DF – Implantar a

Agência de Promoção de Investimentos do DF, potencializando a governan-
ça necessária ao desenvolvimento econômico e social com o objetivo de
identificar e atrair investimentos produtivos, especialmente, aqueles que
promovam a diversificação da economia com a integração com a Ride.

TRIBUTAÇÃO – Revisar a legislação tributária do DF, buscando reduzir a

quantidade de normas, o custo de conformidade e as multas aplicáveis ao
contribuinte.

COMPRAS GOVERNAMENTAIS – Utilizar o poder de compra do Estado

como instrumento de desenvolvimento da competitividade e produtividade
da Indústria local para padrões internacionais.

28
Ecossistema de inovação e
transferência tecnológica
O cenário
Um ecossistema de inovação, do ponto de
vista de um espaço produtivo, é a interação
entre empresas, universidades e governos
que se unem para criar um ambiente local ou
virtual colaborativo e inovador, em que todos
trabalham juntos e compartilham resultados
em comum, permitindo uma intensa troca de
experiências, favorecendo novas iniciativas
de elevado valor agregado em produtos e
serviços aos mercados.
Não é mais novidade que a inovação tecnoló-
gica é a grande ferramenta para o crescimen-
to econômico, para os ganhos de eficiência e
de competitividade. O que pode surpreender,
no entanto, é a velocidade com que novas
necessidades surgem. Atendê-las requer
agilidade das empresas e da legislação.
Cresce, portanto, a importância estratégica
das tecnologias da informação e comunica-
ção, bem como a necessidade de avançar em
leis e regulamentos que ajudem no desenvol-
vimento da Indústria e de empresas do setor.
A partir da efetiva execução dessas políticas,
o ecossistema local passa a ter maior compe-
titividade, o que se reverte em ganhos para a
economia e a sociedade com um todo.
Outro fator importante é acelerar a conclusão
das etapas de implantação do Biotic, tendo
em vista que a inovação é um pilar para o
desenvolvimento econômico e para a gera-
ção de riquezas. Adicionalmente à sua ação
integradora entre os atores do ecossistema e
como plataforma para implementação de tec-
nologias no estado da arte, o parque incentiva
o surgimento de startups de alto crescimento,
cuja produção tecnológica inovadora é
estrategicamente essencial para o desenvol-
vimento técnico-científico do Distrito Federal
e de seu mercado produtivo.
A crise em consequência da pandemia de
covid-19 tem antecipado a amplitude da
revolução tecnológica, abreviando as mu-
danças econômicas, sociais e culturais em
proporções extraordinárias. As formas como
os governos se relacionam com os cidadãos
e como as empresas se relacionam com os
empregados e clientes, por exemplo, vêm se
alterando rapidamente com a disseminação
do trabalho remoto e a intensificação das
reuniões virtuais, com impactos positivos
na diminuição de custos para as empresas e
organizações diversas, públicas e privadas
— ganhos de produtividade têm sido obtidos
com essa nova forma de trabalho.
29
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF
Como parte dessas transformações
está a cada vez mais intensa digitalização
da economia como um todo e, em particu-
lar, da produção, fenômeno que ainda
tem pouca ou quase nenhuma presença
no DF. Tal constatação remete para a
necessidade de criar mecanismos que
facilitem a incorporação da tecnologia
digital nas empresas.
Esse crescimento intenso das áreas
tecnológicas traz consigo aumento de
demanda por profissionais capacitados,
capazes de transformar o potencial
desses avanços em produtos e soluções.
E isso não se aplica apenas na agregação
de valor a produtos e a processos, mas
também na promoção de um desenvolvi-
mento sustentável, respeitando potenciais
e vocações regionais e buscando mais
qualidade de vida e bem-estar para a
população do Distrito Federal.
Para atender a essa demanda, é preciso
pensar nos estímulos à formação e à quali-
ficação de recursos humanos, levando-se
em consideração as mudanças que vêm
ocorrendo nas empresas, bem como uma
forte parceria público-privada, articulada
pelo Governo do DF, capaz de encaminhar
soluções duradouras de curto e longo
prazo no campo da educação tecnológica,
com foco na profissionalização e na em-
pregabilidade. Destaca-se ainda o fenôme-
no da concorrência global no mercado de
trabalho, advinda da adoção de modelos
de contratações remotas, de sorte que o
nível de capacidade esperado demanda
ações sobremaneira mais robustas.
30
Esse é um investimento que, além de
ampliar a renda da região, contribuirá
para um desenvolvimento regional
socialmente responsável e competitivo
na economia globalizada intensiva em
conhecimento, transformando a capital
em referência mundial na produção de
bens e serviços de TIC e na sua aplicação
para resolver problemas e aumentar a
qualidade de vida dos cidadãos. Justifi-
ca-se assim, a multiplicação das ações
de fomento à inovação local, de modo
que se sustente o substancial benefício
tangível e intangível a ser obtido para a
região por tais avanços.
É isso que se espera da influência desse
formato de desenvolvimento para a estru-
turação de um aglomerado mais abran-
gente que envolva o eixo Brasília–Goiânia,
de modo a ofertar insumos intelectuais
às empresas nele localizadas. Espera-se,
ainda, que o Biotic induza economias
semelhantes e complementares no eixo
Araguaia–Tocantins e nos eixos Brasí-
lia–Rio de Janeiro e Brasília–São Paulo,
negociando-se uma divisão de atribui-
ções, de modo a transformar eventuais
conflitos de competências em alianças
para a evolução de todos.
Os centros de conhecimento devem ter
um papel indutor sobre a expansão da
renda e sobre o crescimento econômico
local. Está comprovado que o aumento
de um ponto percentual de graduados
entre os adultos de um município está
associado, em média, ao crescimento de
0,4 ponto percentual da taxa de ocupa-
ção, de 0,9% do salário médio e de 1,3% da
renda domiciliar per capita.
Não basta criar e receber instituições de
ensino técnico ou superior. É preciso gerar
transferência de tecnologias e difusão tec-
nológica para as áreas técnicas e sobretudo
para a gestão empresarial, de forma que toda
a economia colha os benefícios de sua exis-
tência. Tecnologias essas que são idealizadas,
desenvolvidas e aprimoradas por meio da
interação entre a academia e o setor privado,
sendo viabilizadas por cooperações mútuas
com as entidades de fomento à inovação.
Por força da Lei de Inovação, todas as ICTs
dispõem de núcleos de inovação tecnológica,
que têm atuado no apoio ao patenteamento
de tecnologias desenvolvidas nos laborató-
rios dessas instituições e cuidado da intera-
ção com o setor produtivo na transferência
dessas tecnologias. Isso ocorre, no entanto,
em uma escala ainda tímida, que poderia
ser potencializada com a criação de um foro
tripartite que se encarregue da ampliação da
relação universidade–empresa e estimule a
capacitação dos agentes econômicos em
prol do desenvolvimento da economia do DF.
É importante que o Governo do DF articule
essas propostas para induzir mudanças defi-
nidas e acompanhadas por meio do Sistema
de Inovação por ele coordenado.
Tais políticas devem levar em conta a busca
por melhoria de infraestrutura, desburocrati-
zação das relações comerciais internacionais,
facilitação de abertura de novos mercados,
diminuição de barreiras para importação e
exportação e, sobretudo, é fundamental que
não se criem normas que dificultem ainda
mais o funcionamento do setor produtivo.
31
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

As diretrizes

Curto prazo (120 dias de governo)

DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO – Instituir um

programa de formação profissional e de gestão empresarial
orientadas às demandas setoriais futuras necessárias para o
desenvolvimento do ecossistema de inovação.

FÓRUM DE INOVAÇÃO E TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA

– Instituir um fórum que facilite a efetiva interação das empresas
com universidades e centros de pesquisa com vistas à transfe-
rência de tecnologia.

Médio prazo (quatro anos de governo)

ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO – Fomentar e fortalecer o ecos-

sistema de inovação local, em conjunto com a iniciativa privada,
implementando integralmente o Parque Tecnológico de Brasília,
provendo tecnologias digitais para o setor produtivo e, sobretu-
do, assegurando-se a disponibilidade de recursos de fomento.

32
Ação de
convergência
das diretrizes
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF

34
Criação, gestão e
governança da Política de
Desenvolvimento Produtivo
Sustentável do DF
O cenário
Sabe-se que políticas públicas apenas se
tornam efetivas quando institucionalizadas
na administração pública. Duas caracterís-
ticas podem ser observadas nas políticas:
a) elas fornecem uma inovação ao modelo
tradicional de administração, agregando
soluções e percepções de grupos políti-
cos dominantes sobre como devem ser
resolvidos problemas ainda não tratados
adequadamente e b) para se consolidarem
efetivamente na esfera social, carecem
da institucionalização de suas diretrizes e
ações, sendo traduzidas para a administra-
ção pública podendo ser legadas à próxima
geração com certa naturalidade.
Temos como exemplos o SUS, a rede de
produção de conhecimento científico
capitaneada pela Capes e pelo CNPq, o
sistema sanitarista vacinal do Ministério
da Saúde e a Embrapa como desenvol-
vedora do agronegócio nacional, entre
outras políticas que adentraram o coti-
diano da administração, fazendo com que
crianças, jovens e empresários absorvam
essas práticas como cotidianas.
Políticas que foram mantidas por tempo
suficiente até alcançar resultados efetivos
econômico-sociais, amadurecendo as
organizações públicas e privadas na sua
tarefa, vêm modificando significativamen-
te sociedades nacionais e estrangeiras ao
longo dos anos.
Essas políticas, em geral montadas sobre
horizontes mais longos, superiores a
uma geração, ou seja, acima de 20 anos,
conseguem agregar sob suas visões de
longo prazo orientações políticas diversas,
manutenção consistente de recursos,
instituições que garantam a sua manuten-
ção favorecendo suas diretrizes entre as
mudanças de governo e congregar anseios
da sociedade para novos patamares de
resultados e civilidade.
35
 Pauta da Indústria 2023–2026
Diretrizes para o desenvolvimento
industrial do DF
De modo recente, podemos citar a re-
construção da Alemanha e do Japão no
pós-guerra, o desenvolvimento social dos
países escandinavos após a década de
50 do século XX, de forma mais recente
o desenvolvimento dos Tigres Asiáticos,
podendo destacar a Coreia do Sul e a
China nos últimos 50 e 30 anos, respec-
tivamente, galgado na manutenção dos
esforços em educação e desenvolvimento
tecnológico industrial. O Vale do Silício,
responsável direto por tornar a Califórnia
o estado norte-americano mais rico — se
fosse um país, seria considerada a quinta
maior economia do mundo.
Essas políticas com caráter suprapartidário,
orientadas a resultados concretos e manti-
das pelo tempo necessário para ser resolu-
tivas, são denominadas suprapolíticas.
É justamente o que tem nos faltado, tanto
no Brasil em muitas dimensões quanto
no Distrito Federal, apesar das ações rea-
lizadas nos últimos 30 anos. Uma visão
de longo prazo, que agregue e pacifique
diferentes orientações políticas em prol
de um bem comum. Tal visão poderia
convergir para sonhos desafiadores
como um dia foi a construção de Brasília,
na década de 1950, conquista desacredi-
tada por muitos líderes e representantes
políticos à época, mas que foi concluída
com êxito por ações políticas, institui-
ções persistentes e a participação das
gerações subsequentes.
Brasília é um celeiro de mentes em-
preendedoras. Seu potencial supera as
restrições de espaço e suas vocações
36
intensivas em conhecimento e logística
a colocam como uma potencial
provedora de soluções industriais de
elevado valor agregado.
Para que esta pauta se transforme em
uma suprapolítica, propomos uma dire-
triz-síntese de todas as diretrizes aqui
sugeridas, de modo a fornecer o amparo
decisório e convergente para a gestão e
a governança de uma política pública de
longo prazo.
Assim, deverão ser criados fóruns pú-
blico-privados que articulem e debatam
os interesses desses dois segmentos,
envolvendo atores de relevância eco-
nômica e social, traduzindo em ações
governamentais a implementação dos
três eixos estratégicos aqui apresentados,
estruturando um novo modelo de gestão
e governança para o monitoramento e o
controle da política pública.
Esses fóruns de gestão e governança
devem estar embasados pelas instituições
científicas e pelas melhores práticas e
tecnologias de gestão do desenvolvimento
produtivo, contemplando a internacionali-
zação, o fortalecimento dos setores atuais
e vocacionais do DF e a atração de inves-
timentos de grande e médios empreendi-
mentos intensivos em conhecimento.
Por fim, como suporte a essa suprapolítica
e suas instâncias de gestão e governança,
reforçamos a necessidade da instituição
do marco legal para a criação da Agência
de Promoção de Investimentos do DF, a
exemplo dos estados mais produtivos e
competitivos do Brasil.
Entende-se que o papel da agência seja
fundamental na governança da Política
de Desenvolvimento Produtivo Sustentável
do DF, na integração de informações e
conhecimento e na celeridade na
captação e no monitoramento de
investimentos, em ações coordenadas
junto aos atores de governança da
Indústria e da política pública.

A diretriz-síntese

Curto prazo (120 dias de governo)

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO SUSTENTÁVEL DO DF –

Implantar a política conforme determinação prevista no art. 48 da Lei nº
6.269/2019 (ZEE-DF), instrumentalizando suas instâncias de gestão e a gover-
nança, incorporando a visão de longo prazo e a resolutiva e estruturante.

Melhoria do
ambiente
de negócios
Poder
público Gestão e
governança Fóruns Infraestrutura
da Política de especializados e marcos
Desenvolvimento por dimensão regulatórios
Produtivo estratégica
Indústria Sustentável
e mercado
Ecossistema
de inovação e
transferência
tecnológica

37
 Siglas usadas nesta publicação
ADP Eco-92
Área de desenvolvimento produtivo Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento
Biotic
Parque Tecnológico de Brasília Embrapa
Empresa Brasileira de Pesquisa
Capes Agropecuária
Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior Enap
Escola Nacional de Administração
CNI Pública
Confederação Nacional da Indústria
EPI
CNPq Equipamento de proteção individual
Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico FCO
Fundo Constitucional de Financiamento
Codeplan do Centro-Oeste
Companhia de Planejamento do
Distrito Federal IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia
COP26 e Estatística
Conferência das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima ICE
Índice de Cidades Empreendedoras
Covid-19
Do inglês (co)rona (vi)rus (d)isease — ICTs
doença do coronavírus Instituições de Ciência,
Tecnologia e Inovação

38
ICMS Ride
Imposto sobre Circulação de Mercado- Região Integrada de Desenvolvimento
rias e sobre Prestação de Serviços do Distrito Federal e Entorno
Selic
IPI Sistema Especial de Liquidação
Imposto sobre Produtos e de Custódia
Industrializados
STF
IPTU Supremo Tribunal Federal
Imposto Predial e Territorial Urbano
SUS
IPVA Sistema Único de Saúde
Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores TIC
Tecnologia da informação
ITCD e comunicação
Imposto sobre a Transmissão
Causa Mortis e a Doação de TLP
Quaisquer Bens ou Direitos Taxa de Limpeza Pública

Luos VAB
Lei de Uso e Ocupação do Solo Valor adicionado bruto

PIB ZEE
Produto interno bruto Zoneamento Ecológico-Econômico

Pró-DF II
Programa de Apoio ao Empreendimento
Produtivo do Distrito Federal

39
Sindicatos filiados à Fibra
SINDUSCON SINDIMAM
Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário
Presidente: Dionyzio Antonio Martins Klavdianos do Distrito Federal
SIA, Trecho 2/3, Lote 1.125, 2º andar, Ed. Sesi Brasília Presidente: Rosana Aparecida S. Souza Aguiar
CEP 71200-020 – Brasília-DF SIA, Trecho 2/3, Lote 1.125, Salas 5 e 6, Ed. Sesi Brasília
(61) 3234-8310 CEP 70200-020 – Brasília-DF
sinduscondf@sinduscondf.org.br (61) 3234-3863
sindimam@sindimam.org.br
SIMEB
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e SINDIGRÃOS
de Material Elétrico do Distrito Federal Sindicato das Indústrias de Beneficiamento, Moagem,
Presidente: Clístones Lívio Pedreira Torrefação e Fabricação de Produtos Alimentares de
SIA, Trecho 4, Lote 1.130, Ed. Senap I, Cobertura Origem Vegetal do Distrito Federal
CEP 71200-040 – Brasília-DF Presidente: Humberto Cenci
(61) 3233-3375 SIA, Trecho 2/3, Lote 1.125, Sala 9, Ed. Sesi Brasília
simeb@simeb.org.br CEP 71200-020 – Brasília-DF
(61) 3361-1042
SIAB sindigraos@sistemafibra.org.br
Sindicato das Indústrias de Alimentação de Brasília
Presidente: Pedro Moraes Nicola SINDELETRO
SIA, Trecho 2/3, Lote 1.125, Sala 10, Ed. Sesi Brasília Sindicato das Indústrias Fabricantes e de Reparação e
CEP 71200-003 – Brasília-DF Manutenção de Máquinas, Aparelhos e Equipamentos
(61) 3234-2727/3361-6260 Industriais, Elétricos e Eletrônicos do Distrito Federal
secretaria@siab.org.br Presidente: Maria de Lourdes da Silva
SIA, Trecho 2/3, Lote 1.125, Sala 23, 1º andar, Ed. Sesi Brasília
SINDIGRAF CEP 71200-020 – Brasília-DF
Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal (61) 3234-8971
Presidente: João Batista Alves dos Santos sindeletro@sistemafibra.org.br
SIG, Quadra 3, Bloco C, Lote 87
CEP 70160-430 – Brasília-DF SINDARCOM
(61) 3344-3733 Sindicato das Indústrias de Artefatos, Cimentos,
atendimento@sindigrafdf.org.br Concretos e Mármores do Distrito Federal
Presidente: José Antônio Goulart
SINDIVESTE SIA, Trecho 2/3, Lote 1.125, Sala 4, Ed. Sesi Brasília
Sindicato das Indústrias do Vestuário do Distrito Federal CEP 71200-020 – Brasília-DF
Presidente: Walquiria Pereira Aires (61) 3573-4012
SIA, Trecho 2/3, Lote 1.125, 1º andar, Sala 21, Ed. Sesi Brasília contato@sindarcon.org.br
CEP 71200-020 – Brasília-DF
(61) 3234-0414
sindiveste.df14@gmail.com

SINFOR
Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal
Presidente: Ricardo de Figueiredo Caldas
SIA, Trecho 2, Lote 1.125, Sala 7, Ed. Sesi Brasília
CEP 71200-020 – Brasília-DF
(61) 3234-4166/3233-1439
sinfor@sinfor.org.br
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Washington/DC: World Bank Publications – Books,
2021.
PAUTA DA INDÚSTRIA 2023–2026:
DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL DO DF

COORDENAÇÃO TÉCNICA
Diones Alves Cerqueira

EQUIPE TÉCNICA
Leila Daniella Rodrigues Ferreira
Pâmela Duarte Martins
Reinaldo Dias Ferraz de Souza – consultor
Vanessa Lucena R. Mendonça

CONTRIBUIÇÕES

ASSESSORIA ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA CONSULTORIA ESPECIALIZADA

Vânia Mara Ferreira Gasperin Neocom – Informação Aplicada

ASSESSORIA JURÍDICA PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Luciana Ferreira Braga Alex Próspero

CENTRO INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS REVISÃO DE TEXTOS

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Thiago Monteiro Dias Rocha

GERÊNCIA DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS

E GOVERNAMENTAIS
Susana da Silva Tostes

GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

Vânia Mara Ferreira Gasperin
Nilson Carvalho

GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE E

SUSTENTABILIDADE
Antônio Carlos de Araújo Navarro – consultor
Olívia Carolina Ribeiro Krohn

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APOIO SINDICAL
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GERÊNCIA DE INOVAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
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NÚCLEO DE ACESSO AO CRÉDITO

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