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Abril de 2017
Fotos de capa:
Brasilio Wille,
Correio
Dúvidas e comentários dos leitores 6 Lidi Lopez,
e divulgação
Grande Angular
Notícias e novidades 8
Revele-se
Fotos dos leitores em destaque 16 Portugal
à brasileira
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Patrimônios
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mundiais pelo
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olhar de Edu Lima
46 Eduardo Lima
26 60
Um olhar
Ensaio sutil para a memória
da jovem Maria Isabel Oliveira
FOTOJORNALISMO
Dois brasileiros são
8 esquemas de luz simples destaques no prêmio
Soluções para fotos de modelos World Press Photo
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66 Lalo de Almeida/Folha de S.Paulo
76
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D FilmMaker
Como definir os cortes na hora da edição
38 84
Lição de casa
Dicas para autorretratos criativos
Raio X
As fotos dos leitores comentadas 92
Lançamentos
Canon apresenta três câmeras de uma vez
Fique por dentro
Exposições, concursos e cursos 98
Abril 2017 •3
CARTA AO LEITOR
C
Diretores:
omemoramos 20 anos em setembro passado e queremos que essas
Aydano Roriz duas décadas de publicação mensal ininterruptas possam ser-celebra
Luiz Siqueira
Tânia Roriz
das com você, leitor, razão da existência de revistas segmentadas - e es
pecializadas como a que fazemos – com muito carinho, ética,- transpi
ração e inspiração. Mesmo em meio à crise econômica geral do Brasil
Editor e Diretor Responsável:
Aydano Roriz e aos problemas que atingem os mercados editoriale de fotograa como um
Diretor Executivo:
Luiz Siqueira
Diretor Editorial e Jornalista Responsável: todo, não podemos car apenas nos lamentando.
Roberto Araújo – MTb.10.766araujo@europanet.com.br
– Por isso, prepare-se. Uma das ideias que estão sendo trabalhadas - é poder
mos ficar mais próximos do nosso leitor mais fiel em um evento que batizamos
REDAÇÃO de Vivência com Fotografe . O projeto prevê palestras em dois dias (datas- a se
Diretor de Redação:Sérgio Brancobranco@europanet.com.br
( ) rem definidas em breve), em São Paulo (SP). Delas participarão alguns - fotógra
Editor-contribuinte:
Mário Fittipaldi fos brasileiros de renome, de várias especialidades. A equipe de redação fará a
Repórteres:Livia Capeli e Brenda Zacharias (estagiária)
Editora de arte:
Izabel Donaire coordenação do evento e estará disponível para um “olho no olho”- com os lei
Revisão de texto:Denise Camargo tores participantes, que poderão aprender com os palestrantes e tirar dúvidas.
Colaborador especial:Diego Meneghetti
Colaboraram nesta edição: Guilherme Mota e Laurent Guerinaud Acho muito positivo e graticante o contato que tenho com leitores - da re
PUBLICIDADE(publicidade@europanet.com.br )
vista geralmente em programações como o Festival Paraty em Foco-ou o Fes
Diretor Comercial:
Mauricio Dias (11) 3038-5093 tival de Fotograa de Tiradentes. Mas nunca há tempo suciente para - conver
São Paulo sarmos mais, trocarmos ideias sobre a revista e ouvir críticas e sugestões. Por
Equipe de Publicidade:
Angela Taddeo, Alessandro Donadio, isso, a iniciativa de criarmos nosso próprio evento tem como um dos objetivos
Elisangela Xavier
, Ligia Caetano, Renato Perón
e RobertaBarricelli
essa oportunidade de leitores e redação poderem se encontrar e conversar.
Tráfego:Adriano Severo Nomes como Marcio Scavone, Jonne Roriz, Luiz Garrido, Newton Medei -
Outras Regiões ros, Marcos Hermes e Brasílio Wille estão entre os que pretendemos- convi
Bahia e Sergipe:
Aura Bahia – (71) 3345-5600/9965-8133 dar. A sugestão éque eles não selimitem apenas a palestras convencionais,
Brasília:New Business – (61) 3326-0205
Paraná:GRP Mídia – (41) 3023-8238 mas que possam fazer performances fotográcas ligadas às suas especiali -
Rio Grande do Sul:
Semente Associados – (51) 8146-1010 dades, de forma que o leitor os veja em ação e possa ententer a técnica - usa
Santa Catarina:
MC Representações – (48) 9983-2515
Outros estados:
Mauricio Dias – (11) 3038-5093 da por eles. Um desao, claro, para a organização e os palestrantes, mas
Publicidade – EUA e Canadá:
Global Media, +1 (650) 306-0880 uma novidade em iniciativas do gênero no Brasil.
CIRCULAÇÃO E LIVRARIAS Para melhor organizarmos essa primeira Vivência com Fotografe, o even-
Equipe:Henrique Guerche, Paula Hanne e Luís Aleff to deverá ser apenas para assinantes. Alguns leitores
ASSINATURAS E ATENDIMENTO AO LEITOR éis que compram a revista nas bancas vão -recla
Gerente:Fabiana Lopesfabiana@europanet.com.br
( ) mar, eu sei. Mas só via assinantes é que poderemos
Coordenadora:Tamar Biffitamar@europanet.com.br
( )
ter o controle do número de participantes para- reser
Equipe:Carla Dias, Josi Montanari, Camila Brogio, Regiane Rocha, varmos o auditório adequado, já que a ideia é que as
Gabriela Silva, Bruna Fernandes, Bia Moreira
Alef
e Lira
palestras sejam gratuitas. Isso mesmo, na faixa para
EUROPA DIGITAL quem for assinante de
Fotografe. Portanto, que liga
-
Gerente:Marco Clivatimarco.clivati@europanet.com.br
( )
Equipe:Anderson Cleiton, Anderson Ribeiro e Karine Ferreira do. Em breve, daremos mais informações.
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PRODUÇÃO E EVENTOS e
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Gerente:Aida Lima aida@europanet.com.br
( ) e
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Sérgio Branco
Equipe:Beth Macedo (produção) e Denise Sodré (propaganda) E
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Diretor de Redação
LOGÍSTICA u
J branco@europanet.com.br
Coordenação:Liliam Lemosliliam@europanet.com.br
( )
Equipe:Paulo Lobato
ADMINISTRAÇÃO
Gerente:Renata Kurosaki
Equipe:Paula Orlandini, Vinícius Serpa e William Costa
SE FOR O CASO, RECLAME.
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL
NOSSO OBJETIVO É A EXCELÊNCIA!
Tânia Roriz e Elisangela Harumi
Correspondência Atendimento: 0800-8888-508e
Rua MMDC, 121, São Paulo, SP - CEP 05510-900 Rua MMDC, 121 (11) 3038-5050 (cidade de São Paulo),
Telefone:0800-8888-508 (ligação gratuita) e CEP 05510-900 – São Paulo – SP Das 8h às 20h
(11) 3038-5050 (cidade de São Paulo) e-mail: atendimento@europanet.com.br
Pela Internet:
www.europanet.com.br
Redação Publicidade
E-mail:atendimento@europanet.com.br
Fone: (11) 3038-5114 Fone: (11) 3038-5093
A Revista Fotografe Melhor é uma publicação da Editora Europa Ltda e-mail: fotografe@europanet.com.br e-mail: publicidade@europanet.com.br
(ISSN 1413-7232). A Editora Europa não se responsabiliza pelo
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Site: www.europadigital.com.br com a Editora Europa
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e-mail: suportedigital@europanet.com.br Fones:0800 8888 508
Total Publicações Ligação gratuita
Sistemas: Windows, iOS, Android, Mac e Linux
Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678, Osasco (SP), CEP 06045-390. ou (11) 3038-5050
São Paulo – SP
4 • Fotografe Melhor n
o
247
CORREIO
dúvidas e comentários dos leitores
POL KURUCZ
Vocês não imaginam como a reporta -
gem com o fotógrafo Pol Kurucz, na- edi
ção 246, me inspirou. Não apenas- pe
las fotos, que achei fantásticas, mas- pe
la história dele. Também resolvi apostar
na fotografia há quase um ano, num-mo
mento muito ruim no mercado. Mas- es
tou conseguindo me virar e, como Pol,
aprendi quase tudo sozinho, lendo Foto-
grafe e livros de fotografia que vocês- edi
tam. Ao que
Branco, ler fala
o editorial dohistórias
de outras editor Sérgio
-de vi
radas na vida pela fotografia, fiquei ainda
mais animado. Escolhi ser fotógrafo- de
pois de anos sofrendo como advogado.
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Quem sabe, um dia, terei um espaço- co
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mo o dado ao ótimo Pol Kurucz.
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P Gilberto Lima,
Uma das produções ousadas do fotógrafo franco-húngaro que vive no Rio via e-mail
Abril 2017 •7
GRANDE ANGULAR
notícias e novidades
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A fusão entre homem e natureza é uma das temáticas de Kusterle e será mostrada no Brasil pela primeira vez
Aberta a convocatória
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de portfólios do Paraty
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emConvocatória Portfólio
Foco é uma das
principais atividades do festival
1970 e sua primeira grande realização rante o festival, incluindo uma parte de fotografia realizado na
em fotografia foi o ciclo Ritos do Corpo, prática realizada onde ocorrem as ati- cidade histórica fluminense.
A chamada foi aberta no dia
em que cria metamorfoses e seres híbri- vidades do Bloco da Lama, tradicional 15 de março e vai até 31 de
dos, rememorando e reencenando tradi- evento do carnaval de Paraty. Kuster- julho de 2017. Fotógrafos que
ções ritualísticas ancestrais. Os corpos le ficou fascinado pelas imagens que queiram se inscrever poderão
são recobertos de argila e ganham próte-viu e pela inevitável conexão com seu participar das categorias
ses emprestadas de outros animais. processo criativo. Ensaio e Foto Única com
Entre 2004 e 2006, o fotógrafo italia- temática livre.
no produziu o ciclo Anakronos, saindo do HOMENAGEM A categoria Ensaio é
ambiente do estúdio em direção à natu- O homenageado do ano é o vete- voltada a conjuntos coesos
reza para criar paisagens surreais. Na rano Flávio Damm, 89 anos, que fez compostos de 6 a 10
mesma época, passou a trabalhar com parte da equipe da lendária revista O fotografias. A categoria Foto
vídeo, em parceria com Ferruccio Goia,Cruzeiro, na década de 1950, e tem Única avalia a capacidade
transpondo suas pesquisas para o cam- uma impressionante trajetória de de conceber uma imagem
po da imagem em movimento. quase 70 anos na fotografia. Inspirado sintética e expressiva, sendo
É a primeira vez que ele vemao Brasil no instante decisivo do francês Hen- permitidas até quatro imagens
e diz que pretende dar um workshop du- ri Cartier-Bresson, Damm captou ce- enviadas em cada inscrição.
nas de enorme naturalida- Os publicados
serão trabalhos selecionados
na página
de, sempre atento ao movi- da Convocatória do Paraty em
mento do mundo. Foco e na internet à medida
Também está confir- que forem avaliados. Após o
mada a presença do pro- encerramento das inscrições,
fessor e pesquisador Boris a comissão julgadora se
Kossoy por sua contribui- reunirá para escolher os
ção como historiador para ganhadores a partir dos
a reflexão sobre as realida- trabalhos selecionados
des e ficções na trama fo- previamente.
tográfica. Ele irá comparti- Os 10 primeiros colocados
lhar com o público sua fa- das categorias Ensaio e Foto
ceta de fotógrafo. Única farão parte de uma
Kossoy é o responsável exposição de destaque na
pela comprovação de que programação do festival.
o francês Hércules Floren- Serão apontados primeiro,
ce criou um processo foto- segundo e terceiro colocados
gráfico em Campinas (SP), em cada categoria. Como
em 1833, praticamente qua- prêmio, os seis vencedores
se na mesma época que seu serão convidados a participar
compatriota Joseph Niépce, do festival
todas em Paraty
as despesas de com
estada
mas que ficou desconhecido e alimentação cobertas pela
durante 140 anos. organização do evento.
O regulamento, a
página de inscrição e outras
Cena de rua captada informações estão no site
na Alemanha por Boris do Paraty em Foco:
Kossoy, que estará no www.pefparatyemfoco.com.br .
Paraty em Foco 2017
Boris Kossoy
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GRANDE ANGULAR
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ra Profissionais, em queJoão
são avaliadas- so ção. Os ganhadores
mente séries, o carioca San
icou
f en - da competição Aber -
tre os dezmelhores colocad os na catego- ta seriam anuncia -
ria Conceitual, em um trabalho que brin- dos no dia 28 de mar
-
ca com os elementos do jogo pedra, papelço, após o fechamen -
e tesoura (joquempô). to desta edição, enquanto os da ProfissionalUma das imagens
Os outros três selecionados concorrem ficaram para o dia 20 de abril de 2017. -Confi que compõem
as - ra os demais trabalhos finalistas no site
na competição Aberta, que julgamelho - ofi o trabalho do
res imagens únicas feitas por aficionados: cial do concurso:
www.worldphoto.org . carioca João San
CONCURSO FOTOGRÁFICO grafos amadores quanto profissionais. O tema é “A mais bela fo-
to de flor” e, para participar, basta enviar até três fotos de flores.
Ao todo, serão 30 premiados, sendo que o primeiro lugar ganha
uma viagem de sete dias a um resort cinco estrelas na Ilha de Co-
mandatuba (BA), uma coleçãoOrquídeas da Natureza – Rubi
, com
dez volumes, um livro
Um jardim para Teresa, de Roberto Araújo,
e um ano de assinatura Revista
da Naturezaou de qualquer outra
revista da Editora Europa. O prazo para o envio das fotos termina
no dia 15 de maio de 2017, e o resultado do concurso será divul-
gado na edição 354 (julho) da revista. Para se inscrever, acesse o
n sitewww.revistanatureza.com.br/concurso .
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R “A mais bela flor” é o tema
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do concurso da revista,
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V que completou 30 anos
Concurso Syngenta
premia brasileira com o terceiro lugar
D iscutir os limites do consumo ex
cessivo e suas implicações no
meio ambiente e em gerações futu
-
-
Uma das imagens
da série premiada
de Yan Wan Preston
ras estava inserida no tema Cultivar-
-Conservar da terceira edição do Syn - árvores em cidades, ex-
genta Photography Award. A carioca plorando a relação en -
Claudia Jaguaribe conquistou o lu0
3 - tre a urbanização chine
-
gar entre os Profissionais com a-sé sa e a destruição de flo - Yan Wan Preston
rie Biblioteca. O trabalho alerta para restas locais. Além do prêmio de US$ a mineração, paraempresas maiores.
a necessidade de preservar as flores - 15 mil em dinheiro, ela receberá mais O concurso é aberto a fotógrafos - pro
tas brasileiras como ambientes aindaUS$ 25 mil para custear o restante da fissionais ou amadores que já concluíram
inexplorados, mas muito valiosos-pa série. Em segundo lugar, ficou o ame- as suas séries, e o ganhador dessa - cate
ra a biodiversidade e sustentabilidade.ricano Lucas Foglia, que documentou goria foi o irlandês Kenneth O’Halloran,
O ensaio vencedor foi o dafotógra- as zonas rurais dos Estados Unidos e que documentou a produç ão de arroz no
fa britânico-chinesa Yan Wang Pres - a migração forçada dos habitantes por Togo. Confira os trabalhos premiados
ton, que acompanhou o replantio de perderem a principal fonte de renda, em www.syngentaphoto.com .
FAVELAGRAFIAESTAMPA
COLEÇÃO DE CAMISETAS
O Favelagrafia teve início ema beleza das favelas, inclusive
janeiro de 2016, quando
moradores de nove favelas ca-
para pessoas de maior poder
aquisitivo: “Não é porque so-
riocas foram selecionados pa-mos da favela que nosso traba-
ra clicar cenas de seu cotidiano,
lho precisa estar restrito a um
publicadas no Instagram (@fa-preço barato. O Favelagrafia
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velagrafia), que hoje conta comnasceu com o objetivo de que-
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a cerca de 24 mil seguidores.brar estereótipos”, conta. Ca-
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Agora, os fotógrafos estampamda camiseta é vendida por R$
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também a própria coleção de129, e parte daarrecadação se-
camisetas, lançada em conjun-rá revertida para os fotógrafos.
Museu da Fotograia to com a grife carioca Reserva.Todas as estampas podem ser
Segundo Camilo Coelho, daencontradas em unidades físi-
é inaugurado em Fortaleza agência publicitária NBS, idea-cas da loja da marca ou podem
Fortaleza (CE) acaba de inaugurar um novo centro lizadora do Favelagrafia, a pro-ser compradas on-lineno site
posta da coleção foi mostrarwww.usereserva.com .
cultural, o Museu da Fotografia Fortaleza (MFF),
que abriu as portas no dia 11 demarço de 2017, ofere- o
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cendo ao público uma exposição de cerca de 400 ima- a
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gens, dispostas no prédio de 2.500m2. A iniciativa par- v
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LUZ E MOVIMENTO
Quando a noite cai na pequena-ci fazer experiências com imagens captura -
dade de Arcos, na Zona do Alto São das em longa exposição. Na foto acima,
Francisco, região centro-oeste do Esta- durante os 8 segundos em que o obtura -
do de Minas, o que o fotógrafo Leoncio- Al dor foi mantido aberto, um ciclista preen
-
ves mais gosta de fazer é observar a vidacheu de movimento a cena de luz âmbar
passar do terraço da sua casa. Aprovei- e tons ambíguos, resultando em uma-ce
tando o ambiente de pouca luz, resolveuna dinâmica e abstrata.
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18 • Fotografe Melhor n 247
:: Autor: César Bahia Duarte
:: Cidade: Pedro Leopoldo (MG)
:: Câmera: Canon EOS 70D
:: Objetiva: Canon 70-200 mm
UM JEITINHO MINEIRO
- do pôr do sol, com um peão e seu cava
A Serra do Cipó (MG), área protegi -
da por Parque Nacional a cerca de lo trotando calmamente em estrada de
apenas 100 Km a norte de Belo Horizon- chão. Filtrada pela poeira levantada pelo
te, é um local de rara beleza natural. Emtrote do animal, a intensa contraluz deu
uma visita à região, o fotógrafo mineirocontornos dourados à cena tipicamente
César Bahia Duarte contou com um pou - mineira, esmaecendo-se no fundo e dan -
co de sorte ao topar, justamente na horado contornos bem definidos ao cavaleiro.
PRINCESA DO MAR
Enquanto relaxava com a família na que decorava o bangalô do lugar onde-es
belíssima praia de Porto de Gali- tavam. Quando a garota se “enrolou” na
nhas, no município de Ipojuca (PE), a- fo cortina, Priscila foi rápida: sacou a câme
-
tógrafa paranaense Priscila Durão Fer - ra e clicou a filha. Entre as imagens, esta
raz estava sempre atenta às peripéciasacima conseguiu capturar, em uma com -
da filha Beatriz, de 3 anos, que brincava,posição perfeita, um olhar enigmático e
encantada, com uma cortina de conchasintrigante por entre as conchas.
EF 35mm
f/2 IS USM
Ficha Técnica
Distância Focal:35mm
Abertura máxima: f/2
Abertura mínima: f/22
Elementos: 10 elementos em 8 grupos
Diâmetro de filtro: 67mm
Distância mínima de foco:0,24m
Peso: 640g
INFORME PUBLICITÁRIO
O motor USM (Ultrasonic Motor) da EF 35mm f/2 IS USM garante foco automático rápido, preciso e silencioso, eficaz mesmo com ass untos em
movimentos – e oferece a função foco manual full time, para permitir ajustes manuais no foco mesmo se a lente está ajustada para modo AF.
INFORME PUBLICITÁRIO
foco rápido e silencioso, garanti- dos ambientes internos ilumina- ra f/2 possibilita captar a luz de
do pelo recente Ultrasonic Motor, dos com lâmpadas fluorescentes fundo, deixando a imagem com
eficaz até quando o assunto está (escritórios, restaurantes, salões efeito mais natural, além de redu-
em movimento. A função de ajus- de baile, fábricas, entre outros). zir o consumo de bateria do flash
te manual do anel de foco perma- Mesmo nesses lugares e com as- e seu tempo de reciclagem. Para
nece ativa a todo momento caso suntos em movimento, a abertura eventos sociais sem uso de tripé,
o fotógrafo queira fazer alguma f/2 permite usar, com ISOs baixos, poucas lentes oferecem tanta
alteração durante a focagem velocidades seguras de obtura- utilidade quanto a EF 35 mm f/2
(foco manual full time). dor, como 1/60 ou 1/30, quando IS USM. Para mais informações:
a garantia adicional do sistema de www.canon.com.br/lentes,
Uso prático estabilização de imagem. www.canon.com.br/lentes-l,
A fixa 35 mm é uma lente po- Com o uso do flash a abertu- www.college.canon.com.br
pular entre fotógrafos das mais
diversas especialidades, mas com Raio-X: EF 35mm f/2 IS USM
especial interesse entre os profis-
sionais de casamentos e eventos A EF 35mm f/2 IS USM passou por uma reconfiguração de seu design ótico para melhorar a qualidade
das imagens. É construída com 10 elementos dividos em 8 grupos, incluindo um cristal asférico (GMo),
sociais (festas, formaturas, pre- que reduz distorções e aberrações cromáticas.
miações, etc). Para eles, a lente é
Lente Asférica GMo
uma ótima opção para fazer fotos
de grupos de 3 a 5 pessoas ou
de uma pessoa de corpo intei-
ro inserida num cenário (como
uma paisagem, no escritório, na
rua…). Permite fazer retratos mais
próximos sem distorcer tanto o
rosto da pessoa, e, com sua dis-
tância focal em
um recorte 35mm,
muito oferecee
valorizado
recomendado por fotógrafo mais
experientes.
Quando usada com câmeras
de sensor APS-C, oferece equiva-
lência de uma 56 mm, que tem
campo de visão próximo ao de
uma objetiva padrão (em tor-
no de 46º). Isso torna a lente um
pouco limitada para imagens pa-
norâmicas em geral (internas ou
externas) mas muito mais atraen-
te para retratos e closes, tendo a
possibilidade dos belíssimos fun-
dos desfocados proporcionados
pela abertura máxima f/2.
Essa grande luminosidade ofe-
rece diversas outras vantagens. A
primeira delas é a possibilidade de Loja Oficial da Canon
fotografar em condições de pou- Confira os preços e a disponibilidade dos produtos Canon em w ww.loja.canon.com.br. Além dos
ca luz, com em um dia nublado descontos, a loja virtual oficial da marca oferece diversas vantagens, como o pagamento parcelado em
ou ao final de tarde e na maioria até 12 vezes sem juros, dois anos de garantia e entrega do produto grátis para todo o Brasil.
ESTÚDIO PRÁTICO
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s
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Q
uem está começando na profis- improvisando muitas vezes modificado-
são e não tem recursos financei- res de luz econseguindo result
ados cria-
ros para investir na compra de tivos e diferenciados com inventividade.
um estúdio completo não preci- Para mostrar isso na prática, ele pre-
sa se desesperar. Mesmo fotó- parou especialmente para Fotografeoi-
grafos renomados concordam to exemplos de esquemas de iluminação
que usando
dos bons trabalhos podem
apenas uma ou, ser realiza- para
no máximo, em que utiliza imagens
produzir apenas um
queouenvolvem
dois flashes
te-
duas fontes de luz aliadas a acessórios mas como moda, beleza e sensualidade.
simples, na maioria das vezes. Acompanhe as dicas de Brasiliove- e
O especialista Brasilio Wille é um ja como extrair o máximo dos recursos
desses fotógrafos que gosta de trabalhar simples disponíveis no mercado de for-
com esquemas de iluminação simples, ma criativa e profissional.
AGRADECIMENTOS
ab 2017 • 27
ESTÚDIO PRÁTICO
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e ISO 100
:: Iluminação: softbox com colmeia
e striplight
SOFTBOX SOFTBOX
Colocado no alto, diante da modelo, Posicionado atrás da cena
para criar uma luz marcante no rosto para gerar um degradê no fundo
FICHA TÉCNICA
e ISO 100
:: Iluminação: dois softboxes
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FUNDO
Feito com FICHA TÉCNICA
uma chapa de
compensado
:: Câmera: Canon EOS 5D Mark lll
:: Objetiva: Canon 28-200 mm
pintada de
branco :: Exposição: abertura f/4, 1/125s
e ISO 100
:: Iluminação: softbox e refletor
com barndoor
abil 2017 • 31
ESTÚDIO PRÁTICO
uMa luz
clássica
F otos com fundo em tom de
cinza suave e uma luz dire-
cionada para a modelo são uma
forma clássica para resolver pro-
duções de editoriais de moda ou
books de modelos.
Brasilio explica que é possível
conseguir um bom resultado usan-
do um softbox grande diante da ce-
na, no alto, em ângulo de 45 graus.
Essa luz de beleza voltada direta-
mente para a modelo gera som-
bras amenas, mas que acrescen-
tam volume ao corpo da garota.
Na lateral da cena, o fotógrafo
acrescentou um softbox pequeno
com colmeia. Isso ajudou a “que-
brar” um pouco das sombras pro-
vocadas pela iluminação dianteira.
Como não existe uma luz diri-
gida para o fundo, os flashes usa-
dos para iluminar a modelo che-
gam na parte de trás da cena com
e
lli menos potência, tornando-a cin-
W
liio za – o que é perfeito para enfa-
s
ra tizar o desenho marmorizado do
B
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fundo escolhido pelo fotógrafo.
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FICHA TÉCNICA
:: Câmera: Canon EOS 5D Mark lll
:: Objetiva: Canon 28-200 mm
e ISO 100
::Iluminação: softbox grande e
softbox com colmeia
32 • Fotogrfe Mehor n
o 247
iluMinação
DE RECORTE
FICHA TÉCNICA
:: Câmera: Canon EOS 5D Mark lll
:: Objetiva: Canon 28-200 mm
e ISO 100
::Iluminação: striplight com colmeia,
softbox com colmeia e rebatedor
SOFTBOX GRANDE
Provocou luz suave e
homogênea, proporcionando
sombras acentuadas
REFLETOR PARABÓLICO
Usado em uma grua, serviu
para gerar luz de cabelo
PISCA-PISCA
O ornamento natalino
acrescentou um efeito
atraente à produção
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FICHA TÉCNICA
iluMinação criativa ::
::
Câmera: Canon EOS 5D Mark lll
Objetiva: Canon 28-200 mm
nas feiras
em lojas de comércio
livres. popular e
Os pisca-piscas cas, oparabólico
fletor fotógrafo colocou um
no alto da re-
cena,
natalinos podem ser uma delas, preso a uma grua, para criar uma gênea, com sombras acentuadas.
assim como as espadas de led e iluminação de cabelo. Vale lembrar que softboxes maio-
pulseiras neon, entre outros. Na lateral do set, ele posicio- res oferecem iluminação mais en-
Brasilio Wille aproveitou o or- nou um softbox, inclinado em ân- volvente, dando uma cobertura
namento natalino nesta produção gulo de 60 graus. A ideia de Brasi- maior da cena. São considerados
pendurando uma boa quantidade lio era envolver a modelo com uma ideais para fotos de meio-corpo ou
deles em um suporte. Mais atrás, iluminação suave, porém homo- de corpo inteiro. 4
e
lil
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apenas uM stripl
ight
A foto acima é resultado de um
esquema de luz em que ape-
nas um striplight foi colocado pró-
vo de provocar uma iluminação di-
fusa, embora concentrada devido
à proximidade da modelo e à ca-
do bem próximo ao tema. Quando
se acrescenta uma colmeia diante
dele, a tendência é que a luz fique
ximo à modelo, acima da cena, racterística de luz que o modifica- ainda mais concentrada.
com a ajuda de uma grua. dor oferece: intensa e uniforme, Como não existe uma ilumi-
Brasilio Wille usou esse aces- com sombras bem definidas, prin- nação voltada para o fundo cin-
sório de iluminação com o objeti- cipalmente quando é posiciona- za, ele acabou ficando preto. Já o
cubo de MDF no qual a modelo se
STRIPLIGHT COM COLMEIA apoiou, ganhou tonalidade cinza-
Colocado acima da cena, gerou luz -escuro na foto final – veja que no
concentrada, intensa e uniforme making of ele é branco. E o cubo,
por ser branco, serviu ainda co-
mo rebatedor para amenizar as
sombras no rosto da garota.
FICHA TÉCNICA
:: Câmera: Canon EOS 5D Mark lll
:: Objetiva: Canon 28-200 mm
colmeia
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LANÇAMENTOS
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CHEGAM AO MERCADO
três novas Canon
Os modelos Rebel T7i, EOS 77D e EOS M6 vêm com sensor APS-C de 24 MP, filmam
em full HD, têm Wi-Fi com NFC e Bluetooth compatíve
l com um novo controle sem fio
A
nunciadas conjuntamente no fi- los, contudo, é que definem qual é o uso
nal de fevereiro de 2017, as trêsmais indicado para cada
tipo de fotógrafo.
novas câmeras da Canon, EOS Entre as DSLRs, a T7i chega para ocu-
Rebel T7i, EOS 77D e EOS M6, par o topo da linha Rebel (de câmeras re-
compartilham
(como o sensoralguns recursos
APS-C de flex mais acessíveis),
24 MP posicionada enquanto
logo abaixo da EOSa80D,
EOS 77D,
tem
e o processador Digic 7), têm preços pa-especificações mais avançadas (na práti-
recidos e concorrem na mesma faixa de ca, pode ser considerada uma substitu-
mercado: a do fotógrafo entusiasta. Sãota da Rebel T6s). Jámirrorless
a EOS M6
câmeras mais sofisticadas que as de en-tem um perfil bem mais compacto que as
trada, com recursos e qualidade de ima- duas anteriores (já que não tem espelho
gem satisfatórios para a maioria dos fãse deixou de usarviewfinder
o da EOS M5).
da marca. As peculiaridades dos mode-No entanto, oferece a mesma qualidade
A T7i atualiza a linha
Rebel como uma câmera
acessível e de ótimo
custo-benefício
finição
do de 1tipo,
mesmo MP.feito
O visor
comde ambas é
pentaespe-
lho com 95% de cobertura. Acoplado
ao prisma fica o pequeno flash
popup,
com número-guia 12 (ISO 100).
Como usual nessa categoria de
câmera, a T7i e a 77D contam com
obturador que opera em até 1/4.000s,
têm disparo contínuo de 6 imagens
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LANÇAMENTOS
A T7i segue o
layout
simples da linha Rebel,
sem o LCD superior
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MIRRORLESS
A nova EOS M6 dá sequência à li-
nha sem espelho da Canon, man-
tendo o perfil intermediário do cor-
po – nitidamente a família EOS M
não é mais para o público entusiasta,
mas ainda não oferece recursos mui-
to avançados como a linha
mirrorless
profissional da Sony, por exemplo.
Em relação à antecessora, a prin-
cipal mudança da EOS M6aéausên-
cia do visor eletrônico, que agora é
uma peça opcional, vendida à parte
(modelo EVF-DC2, US$ 210). A mu-
dança física deixou a EOS M6 menor
e mais leve que a EOS M5. O monitor
do novo modelo continua com 3 po-
legadas, inclinável e vem com tecno-
logiatouchscreen.Teve a definição re-
duzida, de 1,6 MP para 1 MP. Essas
alterações reduziram o preço da câ-
mera em 20% (o que, na prática, é
quase o mesmo valor do visor exter-
no). De resto, a M6 tem as mesmas A linha EOS M segue com sensor
especificaçõe
s que a celebrada M5. APS-C de 24 MP, indicando o perfil
O sensor damirrorlessCanon se- bateria LP-E17 (uma carga dura em da mirrorless
da Canon
gue com a tecnologia Dual Pixel comtorno de 295 disparos).
49 pontos, e oferece ajuste de sensi- Para acompanhar as novas câ-
bilidade ISO entre
estabilização para 100 e 25.600,
vídeo comseu
– a câme- meras, a Canon
primeiro também
controle anunciou
remoto a fun-
ra filmaemfull HD com 60 fps, com cionar via Bluetooth, modelo BR-E1
compactação de 35 Mbps. (custa US$ 50, no exterior). Sua única
A EOS M6 oferece disparo contí-função é disparar a câmera sem usar
nuo de 9 imagens por segundo, co-fios, com a vantagem de não precisar
nexões embutidas de Wi-Fi comter uma linha de visão entre câmera
NFC e Bluetooth, entrada para 1 e controle, como ocorre nos contro-
cartão de memória no padrão SD eles viainfravermelh o.
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LANÇAMENTOS
A X100F segue as
mesmas linhas da
série, com poucas
mudanças
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esde o primeiro modelo dacidades. O disparo contínuo tambémno exterior em versões prata ou pre-
série X100, a Fujifilm tem foi melhorado, e agora o modelo su- ta, por US$ 1 mil (em kit com a len-
aprimorado o corpo, adicio- porta 8 imagens por segundo. te 16-50 mm). Kits com outras lentes
nado recursos e mantido o preço, o A lente 23 mm f/2 continua inalte- estão disponíveis a preços variados.
que tem agradado bastante aos fotó- rada, assim como o restante dos re-
grafos. Esse é o caminho no qual sur-cursos (inclusive o obturador eletrôni-
ge a X100F, a quarta versão da popu- co que chega a 1/32.000s). A X100F es-
lar rangefinder.A principal novidade tá disponível em versões prata ou pre-
é o sensor APS-C X-Trans CMOS III, ta, ao preço de US$ 1,3 mil no exterior
que agora tem 24 MP (o sensor das(e sem previsão de chegada ao Brasil).
versões anteriores é de 16 MP), não Outro lançamento da Fuji mir- éa
trazaté
de o filtro passa-baixa
12.800. O sistemae de
oferece rorless
ISO
vel queX-T20,
foco au- a X-T2 modelo mais acessí-
e que substitui Acima, visor
a X-T10. rangefinderda X100F;
abaixo, visor eletrônico da X-T20
tomático também foi aprimorado, eA principal novidade do modelo é o
conta 91 pontos, que podem ser seg- sensor APS-C X-Trans CMOS III de
mentados em até 325 pontos. 24 MP, além de um novo processador
A X100F recebeu mudanças no que deixou a câmera mais ligeira pa-
designdo corpo que melhoraram seura ligar e processar imagens. A sen-
manuseio. Talvez a adição mais sen- sibilidade ISO foi aprimorada e, fisica-
sível seja o controle do tipojoystick mente, as poucas novidades são uma
Leica volta
srcens comàsa M10
25 são do tipo cruzado. Como em
modelos anteriores, a nova Pentax
apresenta um visor de pentaprisma
com cobertura de 100% (magnificação
de 0,95x). O monitor inclinável de 3
Nova rangefinder digital 2 GB de buffer, que suporta 30 ar- polegadas é sensível ao toque.
quivos RAW ou 100 JPEG sequen- A KP tem disparo contínuo de até 7
traz sensor full frame de ciais, com disparo contínuo de 5
imagens por segundo, possibilita gravar
vídeosfullHD (em 60i ou 30p) e oferece
24 MP, no corpo mais leve imagens por segundo. conexão Wi-Fi embutida. A bateria tem
Fisicamente, a novidade é a au- carga estimada em 390 disparos. No
já lançado pela fabricante sência de conexões (como USB ou exterior, a nova câmera custa em torno
de US$ 1 mil, apenas o corpo.
HDMI), o que ajudou na melhor veda-
A
Leica retomou a sua clás- ção do corpo – para compensar a au-
sica nomenclatura da sé- sência de portas, ela tem Wi-Fi em-
rie M com o lançamento da butido. A M10 é tambémrangefin-
a
M10, modelofull frame de 24 MP der mais leve (660g) e fina da famí-
focado em fotografia – como mo-lia M digital já lançada, comparável à
delos anteriores, ela não gravaLeica M4, de filme.
vídeos. Em compensação, o novo A câmera traz monitor fixo de 3
sensor possibilita
dinâmico melhor
e maior faixa alcancetouchscreen
polegadas ),(definição
de sensibili- visor com de 1 MP, de
cobertura sem
dade ISO, com até ISO 50.000, sele-100% (magnificação de 0,73x), obtu-
cionável por um novo disco dedica-rador de 8s a 1/4.000s e entrada pa-
do, na parte esquerda do corpo. ra cartão SD/SDHC/SDXC. A bateria,
A M10 também teve melhorias modelo BP-SCL5, tem carga útil pa- O corpo cheio de botões
no processamento e mudanças na ra 210 disparos. O que não mudou na de atalho traz um monitor
conectividade. O novo processa- nova Leica foi o preço alto. No exte-inclinável etouchscreen
dor de imagens Maestro II oferece rior, custa US$ 6,6 mil, só o corpo.
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Ao fundo, aorre
T deBelém,em Lisboa,
declarada Patrimônio Mundial da
Humanidad e em 1983; napág. ao lado,
parede de azulejos no centro histórico do
Porto, patrimômio mundial desde 1996
A descoberta
de Portugal
POR UM BRASILEIRO
Sucesso na web, Eduardo Lima quer transformar em livro projeto que reúne imagens
de lugares e monumentos portugueses que são patrimônios mundiais pela Unesco
POR MÁRIO FITTIPALDI
ela arquitetura, imponência
e descobrir as possíveis conexões
Coimbra ou de cidades históricas
P
ou beleza,
gares de monumentos e lu-
Portugal declara- desses Olocais
Brasil. com éao história
resultado Por- dotrimônios
projeto como Elvas e Évora,como
naturais, ou ainda os pa-
a Floresta
dos pela Unesco (a organiza- tugal – Patrimônios da Humanidade, Laurissilva da Ilha da Madeira – to-
ção das Nações Unidas para sucesso na internet e que deverádos, é claro, recheados de boas his-
a educação, ciência e cultura)ser publicado em livro. tórias que, de alguma maneira, re-
como patrimônio mundial já ofere- O trabalho reúne imagens demetem ao Brasil. São ao todo quin-
cem farto material para registro fo-
monumentos como a Torre de Be-ze locações espalhadas pelo terri-
tográfico. Mas o fotógrafo e jorna-lém e o Mosteiro dos Jerónimos, tório português, incluindo os arqui-
lista Eduardo Lima resolveu ir alémem Lisboa, da Universidade depélagos da Madeira e dos Açores.
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dade foi no século 15, quando se tor- Universidade Federal Fluminense,equivalente a cerca de 50% do total
nou residência dos reis de Portugal –no livroHistória do Brasil para Ocupa-da verba. Condenado e suspenso de
inclusive de Manuel I, o rei que auto-dos (Leya/Casa da Palavra, 2012). Fi-funções públicas, foi nomeado ouvi-
rizou as grandes navegações. A pre- gueiredo escreveu que, em 1548, pa- dor-mor do Brasil apenas um ano e
sença de reis e suas cortes na cida-ra garantir a defesa de terras brasi-meio depois, e pelo mesmo rei. “É o
de resultou em grandes investimen- leiras e também a cobrança de im-que chamei de arqueologia da cor-
tos, quando ali se criou um estilo ar-postos, D. João III instaurou no Bra-rupção”, diverte-se.
quitetônico suntuoso e que foi repli- sil um governo-geral. E designou pa-
cado nas colônias. “Há um pouco dera ouvidor-mor o homem responsá-OBSESSÃO
Évora em becos de Salvador”, asse- vel por garantir o cumprimento das Não é de agora que Eduardo Li-
gura
O Eduardo
fotógrafoLima.
lembra ainda que,leis,“Acontece
o desembargador
que o caraPero
era Borges.ma acalenta
o maiorcom imagensa dos
ideiapatrimônios
de criar ummun-
livro
na cidade fortificada de Elvas, tam-ficha-suja”, informa Lima. Ele foidiais portugueses. A ideia surgiu em
bém no Alentejo, tornada patrimôniocorregedor em Elvas em 1543 e en-2009, quando fez a primeira viagem
mundial em 2012, encontrou até in- carregado de supervisionar a cons-ao país e fotografou seis localidades.
dícios do que podem ser os primór- trução do aqueduto da Amoreira,Mas a semente foi plantada muito
dios da corrupção endêmica que vi- destinado a fornecer água para a ci-antes. “Tudo começou quando per-
vemos hoje. Quem contaoéhistoria- dade fortificada. E desviou muito di-corri o mundo de mochila nas costas,
dor Luciano Figueiredo, professor danheiro – 114.064 reais (da época), ocoisa que fiz durante cinco anos, en-
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Acima, Coimbra, cuja universidade é patrimônio mundial desde 2013: abaixo, uma
inscrição rupestre do Parque Ecológico do Côa; reconhecido pela Unesco em 1998tre 1990 e 1995”, lembra. Na ocasião,
publicou fotos e matérias em revistas
como a Horizonte Geográfico , Natio-
nal Geographic Brasile a extintaTer-
ra, entre outras. Um pouco mais tar-
de, mudou-se para Londres e apro-
veitou para fazer novas viagens e fo-
tos. “Um dia, resolvi fazer um balanço
das imagens dessas viagens e per-
cebi que, de todo o material, a parte
que mais me interessava eram as fo-
tos de locais declarados patrimônios
mundiais” , afirma.
A partir daí, tornou-se obcecado
por deveria
que patrimônios
criar da
algoUnesco. “Achei
com isso, mas
não sabia ainda o quê”, recorda. Ava-
lia que criar um projeto para foto-
grafar todos seria algo impossível de
executar. “Mesmo se ficasse restri-
to ao Brasil, as localidades são mui-
tas e as distâncias entre elas exigi-
riam muitas viagens e uma logística
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Detalhe de um dos fortes da cidade-quartel de Elvas (à esq.), na região do Alentejo, que fica próxima da fronteira com a Espanha;
colunasno interior do Paç
o dos Duquesde Bragança (à dir.), em
Guimarães, cujo centro histórico também
é patrimônio mundial
dição, dessa vez com o suporte dopelo diretor, que lhe deu uma verda-para ver apenas a Torre de Belém e o
Turismo Centro Portugal. Mais im-deira aula sobre ahistória do lugar. Mosteiro dos Jerónimos. Então, aca-
portante do que o apoio logístico, Li- O mesmo aconteceu no Parquebo incluindo outras imagens e dicas,
ma destaca o empenho das agênciasEcológico do Côa, um sítio arqueoló- o que é bom para gerar tráfego e, ao
em proporcionar tudo o que fosse ne-gico com impressionantes exemplos mesmo tempo, é também uma con-
cessário para o projeto como um to-de arte paleolítica em Vila Nova de Foz trapartida à ajuda que recebo para o
do. No Mosteiro da Batalha, na cida-de Coa, nordeste de Portugal, quase projeto”,explica.
de de mesmo nome localizada na Es-na fronteira com a Espanha. “Fui re- Apoios que, segundo ele, serão
tremadura, por exemplo, foi recebidocebido pelo coordenador do comple- fundamentais para a conclusão do
xo, que é um dos caras que mais en- projeto,pois Limaplaneja ainda af -
tendem de pré-história no mundo. zer pelo menos mais uma viagem a
Um privilégio, que enriqueceu não só Portugal. “Também preciso visitar os
o projeto, mas a mim também ”, avalia. Açores, onde ainda não fui e que con-
No ano seguinte, conseguiu ocentra outros dois patrimônios mun-
apoio do escritório de turismo da Ilhadiais, a zona central da cidade de An-
da Madeira para fotografar a Flores-gra do Heroísmo, na Ilha Terceira, e
ta Laurissilva, de características sub-a paisagem cultural da vinha da Ilha
tropicais úmidas e endêmica dos ar-do Pico, com sua espetacular rede de
quipélagos a oeste de Gibraltar –muros de pedra construídos parale-
além da Madeira, onde estão suaslamente à orla marítima para prote-
porções mais características, a flo-ger os vinhedos do vento, uma prá-
resta está presente nos Açores, emtica de agricultura comum no sécu-
CaboLima
rias. Verdelembra
e nas espanholas
que, além deCaná-lo XV”.
mui-você podeE, enquanto
contribuirapara
viagem não sai,
a edição do
to importantes para o projeto, esseslivro de Lima acessando o blogdan- e
apoios acabam alimentando o blog edo seus pitacos.
as redes sociais com outras informa-
ções e imagens, muitas delas volta-
das para o turismo. “Ninguém vai pa- Para saber mais
Blog:portugalpatrimonios.com
ra a Ilha da Madeira para ver somen-Facebook:@ PortugalPatrimonios
te a Floresta Laurissilva ou a LisboaTwitter:@ BoraPraPortugal
O fotógrafo Edu Lima e seu equipamento
Cenários sob medida com direito à máquina de fumaça e jogos de luzes fazem parte do complexo cenográfico em Vinhedo
Conhecida pelas la é famosa por realizar en- reito em Vinhedo, no interior de São
saios de gestantes, famílias ePaulo, para atender ao público classe
produções cenográficas
E
e figurinos de contos casais com
fábula. uma já
Mesmo atmosfera depecializados
tendo três A e suprir a ausência de estúdios
em ensaios no estilo es-
lú-
estúdios na capital paulista, adico que a consagraram.
de fada a fotógrafa fotógrafa Lidi Lopez, seguin- Em uma analogia com o âmbito
Lidi Lopez abre um do na contramão da crise econômicacinematográfico, o complexo da fo-
estúdio no interior brasileira, acaba de colocar em prá-tógrafa tem jeitão hollywoodiano e
tica mais uma ideia ambiciosa: inau-dá até para lembrar dos antigos es-
de São Paulo que gurou um complexo cenográfico comtúdios da Cia. Cinematográfica Vera
parece de cinema 1.200 m2 e com 9 metros de pé-di- Cruz – produtora brasileira que pro-
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A fotógrafa contratou um L
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cenógrafo profissional para g
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conceber os cenários k
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duziu mais de 40 filmes (as famo-nobre da cidade, e recebeu um inves- A convite da fotógrafa, a equipe de
sas chanchadas) entre as décadastimento de R$ 350 mil das economiasFotografefoi conhecer o complexo
de 1950 e 1960, em São Bernardo doda fotógrafa para se adequar ao aten-cenográfico, acompanhar o ensaio de
Campo (SP), e que seencontra atual- dimento das clientes, contando comtrês gestantes e saber como é a roti-
mente
Já oàgalpão
esperadedeLidi,
umaque
revitalização.
tem maiscamarim, área para
rinos, recepção, salaacervo de figu-na
de do
para fotografia lugar
todos os que,
dias segundo Lidi,24aten-
da semana, ho-
de 1.200 metros quadrados, fica bemnewborne um pátio com cinco cená- ras, em sessões agendadas.
na entrada de Vinhedo, em uma árearios, com espaço para expansão.
FÁBRICA DE SONHOS
Para conceber os cenários do
complexo, Lidi Lopez contratou um
cenógrafo profissional (ela não quis
revelar o nome) que já trabalhou na
produção desets para novelas da re-
de de televisão SBT. Ele é responsá-
vel por executar as ideias mais
ousa-
das da fotógrafa, como construir des-
de túneis de flores feitos com mate-
riais sintéticos até um cenário com
uma atmosfera campo com neve,
com direito a manta sintética e árvo-
res de natal pintadas de branco e até
jatos de
uma flocos secos
máquina produzidos
para parecer por
neve.
É claro que o resultado aparece
mesmo quando tudo isso é misturado
Os cenáriossão feitos om
c
muitas plantas artificiais,
espumas, isopor e fundos
pintados com aerógrafo
ta com um
nógrafo do vitral restaurado
estúdio, pelo su-
ou janelões ce-
periores, que com a entrada do sol,
misturada à neblina da máquina de
fumaça, cria um cenário surrealista.
VISÃO DE NEGÓCIOS
A ideia do estúdio distribuído em
O acervo de figurinos do estúdio de Vinhedo foi feito pela estilista Camila Amadei
um galpão teve apoio do marido, Re-
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negócios & FotograFia
O estúdio pode
ser considerado
o maior do Brasil Pé-direito
para a área de de 9 m
fotografia social
Área de
1.200 m2
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Entre os cenários criados para o complexo fotográfico de Vinhedo, há um
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L que imita ambiente de neve,om
c direito àmáquina para produzir flocos
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Um olhar para
a memória Por BRENDA ZACHARIAS
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difícil.
na Mase adasaudade
Senira de do-
convivência dedesenvolve
Como emdesde essa Maria
um sonho, época.Isabel
saudade da avó para anos em Diamantina (MG), suaadmirava a roseira, que crescia con-
cidade natal, tornou-se um peso la-tra a parede azul do quintal, planta-
começar uma série tente para a jovem de 26 anos. Nosda poucos meses antes da morte de
que usa peças de primeiros meses de 2015, os sonhosdona Senira. Lembrou-se de uma ca-
com a imagem da avó se tornarammisola herdada da avó, que ainda usa
roupa para conectar constantes, e em julho do mesmocom frequência, e a pendurou no pe-
pessoas e lembranças ano ela pôde notar os sinais de suaqueno varal, com outras peças de
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O casaco da mãe do nhas ideias surgem de experiências irmãos e até cômodos de casa. So-
ex-namorado no armário pessoais, como os meus sonhos. En- mente as pernas dos retratados apa-
e as pernas dele: a
xergo uma cena ou imagem, reprodu- recem na foto. Algumas imagens ela
segunda foto produzida
faz sem nenhum retoque no Pho-
zo-a, mas só depois vejo sentido nela”,
conta a fotógrafa. toshop, apenas ajustes de luz e con-
roupas. Programou timer
o da anti- traste. Em outras, ela retira ou inse-
ga Canon EOS 50D, apoiada em umPERNAS PARA O AR re elementos. E, na única tentativa de
tripé, e se posicionou atrás da cami- A série Enquanto você não volta fotografar somente as mãos, teve de
sola, como se fosse a avó, dando pe-explora com peças de roupas as lem-se contorcer em uma prateleira do
quenos pulinhos até acertar a fotobranças mais ternas de pessoas, lu-armário do seu quarto, o que tornaria
em que seus pés pareciam flutuargares e tempos, presos na memó-a ideia inviável. As roupas que pare-
sobre a grama. Assim nasceu a pri-ria, segundo a fotógrafa. Foi somen-cem flutuar são presas em varais ou
meira foto da série. te cerca de um ano depois da primei-cabides, sustentadas por fios de linha
Naquele momento, a imagem ra foto que ela teve esse estalo, quan- de pesca ou por barbantes.
resgatou algumas das lembranças do, em uma tarde na casa do ex-na- A inspiração para criar cenários
mais acolhedoras da infância: o co- morado, reproduziu a ideia. O rapazreais, mas com o toque onírico, vem
sempre foi muito próximo da mãe e,das principais influências artísticas
mentário que corre na família é de que
a Maria Isabel
quisito”, foi um
franzino. bebê uma
Bastou muitotarde
“es-
para representar
prendeu essadela
um casaco conexão,
em uma elapintores
de MariacomoIsabel: o surrealismo
o espanhol de
Salvador
na casa de dona Senira para ela sair prateleira do guarda-roupas. As per-Dalí e o belga René Magritte, e de re-
diferente, gargalhando, uma conexão nas do ex-namorado de Maria Isabeltratos intimistas da americana Fran-
que não se esgotaria na morte da avó.completaram a produção. cesca Woodman. Todas as fotos, ex-
Mas, mesmo feliz com o resultado, ela Maria Isabel passou, então, a co-ceto a primeira no quintal da avó, fo-
mentar a ideia com amigos, que qui-ram feitas com uma Canon EOS 5D
resolveu engavetar a foto, já que ainda
não tinha noção que aquela imagem seram se conectar por meio da foto-Mark III, com lente EF 24-70 mm
daria início a uma série. “Todas as mi-
grafia com os respectivos pais, mães,f/2.8L II USM.
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Não sóroupas, mas
tambémlugares, a i
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como este banheiro, são conectados M
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fia A aproximação
veio aos 13 anos,com a fotogra-
quando do virou
ganhouseja assimfotógrafo, e conseguir
que eu vá não acho que
me
uma máquina Polaroid do pai, queaprimorar”, afirma. Descobrir-se fo-
usava para fotografar os amigos. Atógrafa não é a sua maior preocupa-
ção, ante a diversão de encarar novas
rotinas, em ouvir histórias e se envol-
A jovem fotógrafa mineira ver em novos projetos: “Tenho cer-
Maria Isabel Oliveira, uma teza de que vai dar certo, só não sei
discípula de Eustáquio Neves quando”,avalia.
As gêmeas Heloísa
e Heloá, no colo da
mãe, nasceram com
microcef
alia causada
pelo vírus da zika
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World Press
Photo 2017
O
Lalo de Almeida e Por BRENDA ZACHARIAS
World Press Photo 2017, um como representant e entre os jurados
Felipe Dana são dos principais concursos de fo-na categoria Natureza. O grande ven-
premiados no grande tojornalismo mundial, desta-cedor geral, com a Foto do Ano, foi o
concurso mundial de cou dois profissionais brasilei-turco Burhan Ozbilici com o incrível
ros, o paulistano Lalo de Almei-flagrante do assassinato do embaixa-
fotojornalismo. Veja as da e o carioca Felipe Dana. Fora isso,dor russo na Turquia durante a aber-
melhores fotos do ano o Brasil teve ainda Luciano Candisanitura de uma exposição.
deuLalo de Almeida
quando cerca desedezsurpreen-presa
dias an-ga (AM)quando ele estava
produzindo em Tabatin-
outra reportagem. Eledefez
deos todasreportagens,
quatro as imagens que
e ostra-
ví-
tes da divulgação recebeu um e-mail Lalo acumula passagens pelo jor-çaram desde a srcem da doença em
da organização do World Press Pho- nal O Estado de S. Paulo
e revistaVeja, Uganda e Senegal, na África, passan-
to pedindo arquivos em RAW – in-e hoje atua como colaborador dos jor- do pelo tratamento das vítimas em
dicativo de que teria chegado à fi-nais Folha de S.Paulo
e The New York Recife (PE) e Campina Grande (PB), às
nal. A mensagem que anunciava Timeso . PelaFolha, participou em 2016 medidas para o combate do mosquito
segundolugar na categoriaTemas de uma série de reportagens espe- transmissor, o Aedes aegypti. A série
Contemporâneos foi recebida de sur-ciais multimídia sobre o vírus da zika.
premiada é composta por dez fotos.
abril 2017 • 67
FotojornalisMo
Fepe D/ the aced Pe
Carro-bomba armado pelo Foi, contudo, no contato com as famíliasca Latina. Entretanto, foi uma foto depri-
sua
Estado Islâmico explode atingidas pela doença que Lalo pôde se in- meira experiência no Iraque, em meados de
durante avanço das Tropas tegrar da gravidade da situação,
encontran- novembro de 2016, que alcançou o terceiro
Especiais Iraquianas em
Mossul, Iraque
do mães que faziam viagens de 300 km atélugar da categoria Notícias Locais – é a se-
hospitais para levarem seus filhos às ses-
gunda vez que ele se destaca, tendo recebi-
sões de fisioterapia e exames. Desse con-do uma menção honrosa em 2013.
tato mais íntimo, o fotógrafo chama a aten- Dana acompanhava as Forças de Ope-
ção para que elas não sejam
tratadas como rações Especiais Iraquianas, que começa-
vítimas, mas recebam auxílio e atenção das
vam a retomar a cidade de Mossul, ainda
autoridades: “É um discurso de luta, jamais
dominada pelo Estado Islâmico. A viagem
de derrota. Poré
m é aindamais necessário durou cerca de um mês,mas as passagens
não esquecer
sertão dessas
da Paraíba, quecrianças, no meio
vão precisar do
pelaoferecido
de tra-
co cidade eram
aos raras, uma vezera
profissionais que muito
o ris-
tamento para a vida toda”, conta. grande. “Passávamos cerca de 90% do dia
dentro de tanques blindados, só ouvindo as
NA GUERRA DO IRAQUE explosões das armadilhas deixadas pelo
O repórter fotográfico Felipe Dana traba-
caminho”, relembra o fotógrafo.
lha para a agência Associated Press desde Em uma das raras ocasiões que saiu do
2009 e é especializado na cobertura de con- tanque, quando a situação estava aparen-
flitos urbanos do Rio de Janeiro e da Améri-temente normalizada e os soldados já co-
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À esq.,Fot
como aoimagem vencedora
do Ano; no alto,
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o o policial Mevlût Mert
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Altintas atrás do embaixador
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russo; acima, os visitantes
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aterrorizados, logo após
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F testemunharem o assassinato
meçavam a montar a base de apoio,grafo da Associated Press desde 1996, Locais e levantou o questionamento
um comboio no quarteirão seguinteassumiu riscos de vida, mas foi capaz quanto à ética de umjornalista ou fo-
foi surpreendido por um carro-bom- fotojornalis- tógrafo quando testemunha de uma
de resgatar a essência do
ba abandonado. Mesmo com o susto,ta de se entregar à notícia. situação tão grave e a do concurso
Felipe Dana sacou a câmera e fez al- Em dezembro de 2016, ele parti-em supostamente estimular ações
guns registros da cena, antes de cor-
cipava de uma cerimônia de inaugu- dessa natureza. Ozbilici se posicio-
rer de volta para o tanque. O fotógra-
ração de uma exposição de artistas nou quanto ao caso em uma decla-
fo vê o prêmio como uma boa opor- russos em Ancara, capital turca. An- ração no site da AP: “Mesmo se eu
tunidade de retomar discussões, pordrei Karlov, embaixador da Rússia no me machucar, ou for morto, não dei-
vezes superadas na esfera pública,país, fazia o discurso de abertura xo de ser jornalista. Tenho que fazer
além de ter o trabalho republicadoquando foi brutalmente morto a tiros o meu trabalho. Poderia sair corren-
em diversos veículos. pelo um
tas, policial turco
ataque Mevlüt Mert
incentivado peloAltin-
do alguma…
to
ódio daquela Mas
situação
aí eusem fazeruma
não teria fo-
OUTROS PREMIADOS religioso por causa da participação resposta adequada se aspessoas me
O instinto do jornalismo puro derussa na guerra civil da Síria. “Fize- perguntassem depois: ‘por que você
Burhan Ozbilici foi o que chamou mos a um juramento a Maomé mor- de não fotografou nada?’”.
atenção dos jurados para o prêmio de rer no martírio. É uma vingança pela Outra imagem agressiva conquis-
Foto do Ano. Apesar da disputairra-
ac Síria e por Alepo”, gritou o assassino. tou o prêmio de Imagem Única na
da – cinco votos contra quatro contrá- A série completa ganhou o pri-mesma categoria, feita pelo paquis-
meiro lugar da categoria Notíciastanês Jamal Taraqai, da European
rios –, uma coisa é certa: Ozbilici, fotó-
abril 2017 • 69
FotojornalisMo
Explosão de homem-bomba
deixou cerca de 60 mortos
durante funeral no Paquistão
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aPressphoto Agency.em
tragédia ocorrida O Quetta,
clique mostra
rante
no Pa-
tra a cobertura
a violência de
um protesto
policial con-
em Baton Rou- na Dakota
param por do Norte,
quase dezEUA,
mesesquecontra
acam-a
quistão, durante o velório do advoga-
ge, nos EUA, fotografou a jovem Ieshia construção de um oleoduto região.
na
do Bilal Anwar Kasi, em que um ho- Evans confrontando a polícia, no que Uma mulher segurando o sobri-
mem-bomba acabou vitimando ou-se tornaria uma das imagens símbo- nho atingido por uma bomba em um
tros 60 presentes na ocasião. lo do movimento. Em Série, quem ga- hospital em Kabul, no Afeganistão,
Em Temas Contemporâneos, onhou foi a canadense Amber Bracken, conquistou o primeiro lugar das Ima-
primeiro lugar de Imagem Única fi- que também fotografou um protes-gens Únicas de Cotidiano, e foi feita
cou com o americano Jonathan Ba-to: dessa vez, dos habitantes morado- pela americana Paula Bronstein. Na
chman, da Thomson Reuters, que du- res da reserva Standing Rock Sioux, mesma categoria, ganhou a série do
chileno Tomas Munita, The do New
s
York Times
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, que acompanhou o cor-
r tejo das cinzas do antigo presidente
n
s cubano Fide l Castro, após a morte
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o dele em novembro de 2016.
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n Para Notícias Gerais, a comissão
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h elegeu a fotografia do belga Laurent
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b Van der Stockt, do Le Monde , como
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vencedora em Imagens Únicas. Ele
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j acompanhou a penetração do cerco
o
À esq., atenda Teepee, típica dos índios norte-americanos, leva mensagens de visitantes solidários
resistência
à em Standing Rock
Sioux, nos EUA; àdir., mulher segura o sobrinho dois
de anos que foiatingido por uma bomba
em Kabul, no Afeganistão
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Denúncias às práticas predatórias ficaram nos primeiros lugares da categoria Natureza, como a tartaruga marinha presa em uma
rede de pesca, na costa de Tenerife, Ilhas Canárias (à esq.), e o rinoceronte, morto em parque ecológico na África do Sul (à dir.)
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2017, o paulistano Luciano Candisani nos um voto, e da segunda, dois, pas-maravilhoso”, conta. E ainda achou
participou, pela segunda vez, da banca
sando então por um longo processotempo nos intervalos das reuniões
de jurados da categoria Natureza, ao de discussão das preferidas de cadapara encontrar antigos colegas da
lado do fotógrafo alemão Christian Zie-
jurado. Na quarta etapa, os finalis- fotografia e trocar experiências com
gler e da inglesa Helen Gilks, diretora
tas passam por uma comissão de ve-os demais profissionais.
da Nature Picture Library, de Londres.
rificação de autenticidade e, depois, Os trabalhos ganhadores são in-
Todos os jurados se reuniram napor uma comissão geral de jurados,cluídos na exposição itinerante do
sede do World Press Photo em Ams-composta por cinco especialistas econcurso, que deverá passar por 45
terdã, na Holanda, entre os dias 16outros quatro de cada categoria, quepaíses durante o ano. Além disso, ca-
de janeiro e 13 de fevereiro de 2017, cuidam de escolher a Foto do Ano. da fotógrafo é convidado a partici-
quando os ganhadores foram anun- Apesar do trabalho espinhoso de par da cerimônia de premiação, em
ciados. Candisani conta que o trioexaminar tantas imagens, Candisani Amsterdã, e tem o trabalho reunido
analisou cerca de 6.000 imagens en- faz questão de frisar o quanto a ex- no anuário da competição. Todas as
viadas para a categoria, divididas en-periência é valiosa: “Ter a chance deimagens premiadas podem ser con-
tre séries e imagens únicas. O júri es-
poder analisar tudo que é produzi- feridas na página oficial do concurso:
pecializado participa de apenas trêsdo de melhor na minha área é algo www.worldpressphoto.org .
etapas, com a missão de reduzir to-
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das as inscrições para apenas 12 fina- o
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listas, em ordem de preferência caso
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algum trabalho seja desqualificado. n
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Cada categoria é auxiliada por G
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um secretário e representante do
concurso, tanto na projeção das ima-
gens quanto na leitura de legendas
e eventuaisfoidúvidas.
secretário Em Natureza,
o americano o
David Gri-
ffin. Para o trabalho passar da pri-
meira fase, deve receber pelo me-
abril 2017 • 73
FILMMAKER
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CADA CORTE
NO SEU LUGAR
COMO EDITAR COM INTENÇÃO
Selecionar os cortes não se trata apenas de tempo e sequência,
mas também da intenção de cada escolha. Conheça as principais
formas de realizar uma transição entre imagens em um filme
e veja como elas podem adicionaralor
v à sua produção
N
a maior parte das vezes,
quem assiste a um filme
não percebe por que al-
gumas sequências têm e tensão da cena. Como isso é reali- si para agregar mais impacto à sua
tanta influência. O resultado não zado? Com cortes precisos e plane- produção audiovisual e para trans-
vem tanto da fotografia ou dos ele- jados. Enquanto ele ainda acredita mitir ao espectador a exata inten-
mentos na tela, mas da forma como ter o poder da força, o tempo entre ção do filmmaker. O mais básico
as cenas estão encadeadas: os cor- os cortes vai diminuindo progressi- deles é o corte seco, simples, dire-
tes seguem tão naturalmente que vamente até o clímax. Com a decep- to, que permite a edição mais sim-
você nem mesmo pensa no assun- ção de Luke, o tempo volta aaumen- ples que se pode fazer, apenas al-
to enquanto vê o filme. tar também gradualmente. ternando takes – e, muitas vezes, é
no Um exemplo
, sexto filme
de Jedi é oO
claro da Retor-
sagaStar É apenasdeum
montagem umexemplo ide como a ver
filme é nfluencia- umaa boa
maior escolha, pois
parte do pode
filme resol-
com agi-
Wars,na cena emque o jovem Luke da pela sequência de eventos, e pou- lidade e simplicidade.
Skywalker tenta levantar uma nave cos se atentam a como os tipos de No entanto, outras opções tam-
utilizando “a força”.Nessa sequência, corte utilizados podem pesar sobre bém têm vantagens. A seguir, veja
que culmina na frustração de Luke, a o resultado de uma sequência. Tudo uma série de exemplos que ajudam
curva de aprendizado e decepção da em pouco mais de 30segundos. a ilustrar e entender melhor as mais
personagem é caracterizada por um Os cortes clássicos de edição po- utilizadas formas de unir duas ou
aumento crescente na expectativa dem e devem ser combinados entre mais imagens em um filme.
Sequência deEsquadrão
Suicida (2016) com cortes
na ação na cena em que
a personagem se veste
diante de soldados
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Em Cães de Aluguel
(1992), osmash cuté usado para cortar de uma cena aparentemente tranquila para outra de ação feita externamente
Smash cut –Apresentauma tran- Screen wipe –Ocorre quando a tina se abrindo, diamantes ou outros
sição abrupta, geralmente represen- transição entre as cenas simula uma formatos muito comuns nas ilhas de
tativa de alguém retornando de um imagem sendo linearmente subs- edição lineares, em um passado re-
pesadelo, que se vale muito do áudio tituída por outra, de cima para bai- cente. Esse tipo de transição se tor-
como complemento de tensão. Po- xo, lateralmente, de maneira circu- nou uma marca registrada do diretor
dem ser usadas também alternando lar ou mesmo na diagonal, revelan- George Lucas nos filmes dafranquia
cenas muito diferentes (de agitação e do a imagem seguinte. Pode ser tam- Star Wars, sendo até hoje aplicado
calmaria, por exemplo), como na ce- bém um efeito que simula uma cor- em suas sequências.
na deCães de Aluguel(1992), em que
uma conversa em um galpão calmo e
silencioso dá lugar a uma intensa ce-
na de fuga pelas ruas.
screen wipe
O corte de transição , em que uma imagem vai linearmente sendo substituída
Star Wars
por outra, é muito utilizado pelo diretor George Lucas nos filmes da franquia
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Cortes invisíveis – São usados memente desse recurso foiBird- de na dinâmica de sua produção.
para dar a impressão de umtake man (2016), que simula a realização No J-cut, ocorre o inverso, e o áu-
único, mas na realidade estão “es- de um grande plano-sequência por dio da cena que ainda será apresen-
condidos”. Podem ser encobertos todo o filme. A película também se tada se adianta, introduzindo ao es-
em pontos escuros da cena, por vale em alguns momentos do movi- pectador a atmosfera ou informa-
meio de masking ou outros efeitos mento de whip pan (chicote), uma ções do que está por vir. Os nomes
visuais, para garantir uma sequên- panorâmica rápida que borra as desses recursos vêm do formato ad-
cia imperceptível para quem assis- imagens e abre espaço para um cor- quirido pela sequência natimeline
te ao filmes. É possível disfarçá-los te imperceptível. de edição, com as trilhas de áudio e
também durante a passagem de vídeo desalinhadas, formando um
objetos em frente à câmera, como Cortes com áudio: L-cut e J- “L” ou um “J”.
um trem, um carro ou qualquer ou- -cut – Esses dois formatos existem
tro item que corte oframe, bem co- quando a transição envolve tam- Nota da redação
mo após objetos que deixam a ce- bém o áudio. No L-cut, o som pro- Além dos frames de sequências que
na. Um título que se utilizou enor- veniente da cena anterior ainda ilustram este artigo, para acompanhar tipos
está presente na cena seguinte. O de corte em tempo real, foram selecionados
corte é utilizado com frequência apenas cortes clássicos, recentes ou
No J-cut (menu à esq.), o
áudio da cena é adiantado, no cinema e serve para integrar ce- famosos no universo audiovisual. Assim,
enquanto noL-cut (à dir.), ele nas e diálogos. Seu uso consciente cada sequência pode ser facilmente
é atrasado na transição pode conferir um salto de qualida- encontrada em buscas no YouTube.
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Autorretratos de Vivian Maier, a babá que era fotógrafa nas horas vagas edepois
cult virou de descoberta (veja na edição 216)
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um determinado
Assim, momento.
um autorretrato várias maneiras.
feitopreferem Alguns
registrar fotógrafos
a própria ramdeseu
ima-
tir autorretrato
objetos pessoaissomente a par-
que os repre-
com criatividade não é ape- gem diretamente, com a câmera nosentam. O que vale é imaginação.
a
nas uma imagem bem focada e “cer- tripé e o uso de um controle remoto Tecnicamente, o mais fácil é se
tinha” do autor: ele deve revelar sen-
ou do temporizador, enquanto outrosfotografar em um espelho ou ou-
timentos, perturbações, personali-a gravam de maneira indireta, foto-tra superfície refletiva. Nesse caso,
dade ou dúvidas... em uma palavra, agrafando seu reflexo em um espe-a imagem é invertida. É importante
alma. É uma prática artística ances-lho, porexemplo. O artista pode que-tomar essa especificidade em con-
tral que, segundo os historiadores,rer se mostrar sem disfarce ou, ao sideração, principalmente se apa-
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84 • Fotografe Melhor n 247
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O finlândes Arno Rafael Minkkinen produziu um longo trabalho calcado em autorretratos em P&B muito elaborados
e criativos, de inspiração surrealista, nos quais ele se mistura com a paisagem e a natureza (veja mais na edição 228)
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O americano Dave Engledow e Esse “diálogo” entre o autorretra- na imagem. Pode se tratar de uma
sua filha Alice: autorretra
tos tado e o cenário pode ser construído ação congelada ao usar uma alta
com humor que viraram por contrastes e semelhanças de li- velocidade do obturador, caso a lu-
sucesso na web (edição 203) minosidade o permita (se não, se-
nhas e formas, densidades ou ain-
da interações cromáticas. Esta últi- rá preciso abrir bastante o diafrag-
da câmera que o fotógrafo-modelo ema opção é a mais impactante: tons ma, aumentar a sensibilidade ISO e/
utilizar o autofoco normalmente. quentes (vermelho, laranja e amare- ou usar o flash). Pulos ou situações
A composição precisa também ser de desequilíbrio podem assim ren-
lo) e frios (azul, verde, rosa) produzem
determinada antes de o “modelo” en- combinações harmoniosas, mais ain- der imagens engraçadas.
no autorretrato, as-da quando são combinadas com cores Ao contrário, o movimento pode
trar na cena, pois,
sim como em qualquer outra área da complementares. Acordos monocro- ser enfatizado pelo uso de um tem-
fotografia, a menos que seja um deta-máticos rendem imagens muito agra- po de exposição maior. Essa técnica
lhe do artista (por exemplo, zoom no dáveis também, mais suaves, elegan- deixa o sujeito em movimento bor-
rado, trazendo um toque onírico ou
olho, mãocondiciona
ambiente ou outra parte do corpo),
o impacto tes
o e misteriosas.
várias
visual. Vale a pena
tentativas, alterando fazer
misterioso ao autorretrato. Quan-
a propor-
ção de cada cor na
Por isso, ele precisa ser escolhido imagem. to maior o tempo de exposição e/ou
com cuidado. E, mesmo sendo um de- a velocidade do próprio movimen-
DESFOQUE
talhe, um fundo estético é primordial. to, maior o borrão. Objetos em mo-
Pode ser interessante construir a ima-Embora a concepção inicial devimento ou membros se mexendo
gem em função das combinações ou um autorretrato seja geralmen-mais rápido podem até chegar a su-
oposições entre o ambiente e o tema, te estática, congelando o momen-mir da imagem. O sucesso de tais
ou seja, o próprio modelo-fotógrafo. to, é possível introduzir movimentoimagens depende do equilíbrio en-
o
86 • Fotografe Melhor n 247
A sul-coreana Jee Young
Lee faz autorretratos em
cenários elaborados por
ela (veja na edição 222)
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PLANO NÍTIDO
A maneira com a qual o desfo-
que se espalhará depende da am- Mande sua foto para a
pliação (representação do objeto no seção Lição de Casa
sensor ou na foto em relação a seu O tema para a próxima edição,
tamanho real) e da abertura do dia- a 248, serásensualidade(não vale
fragma: quanto maior a ampliação selfie). Caso você tenha uma foto
bacana sobre o tema, envie-a para
(utilizando o zoom ou se aproximan- a redação da revista pelo e-mail
do do objeto) e/ou a abertura (me- fotografe@europanet.com.br
até o dia 6 de abril de 2017 e
nor valor
que vai sede f/), mais rápido
espalhando a partiro do pla- coloque
desfo- no assunto .
“Lição de Casa”
Cada leitor pode mandar apenas
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no de foco. Na prática, é traduzido por uma foto. As imagens enviadas
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J uma profundidade de campo (ampli- serão avaliadas e poderão ser
usadas como exemplos no artigo
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tude da zona que parece nítida) redu- de Laurent Guerinaud. A ideia é
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zida, ou seja, primeiro plano e fundo que o leitor ilustre as informações
o bem desfocados. passadas pelo especialista.
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e Apenas as fotos selecionadas pela
c
n Ao contrário, para obter uma sen- redação serão publicadas.
ra
F sação de mais nitidez, do primeiro pla-
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88 • Fotografe Melhor n 247
RAIO X POR LAURENT GUERINAUD
fotos de leitores comentadas
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7 8
9 10
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11 12
13
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16
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Museu da Imagem e do Som abre sete
exposições para o Maio de Fotografia
partir do dia 12 de abril de 2017, o públicomado por fotojornalistas que documentam com os
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98 • Fotografe Melhor n 247
Assis Horta: A fotografia se popularizou
no Brasil somente na dé-
cada de 1940, quando um re-
Retratos trato era requerido para a re-
cém-criada carteira de traba-
lho. Cerca de 200 retratos fei-
tos pelo diamantinense Assis
Horta estão em exposição, re-
ferentes ao período em que
atuou como um dos poucos fo-
tógrafos da região mineira.
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:: Data: até 11 de junho de 2017
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:: Local: Museu Oscar Niemeyer,
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Rua Marechal Hermes, 999 – Centro
Cívico, Curitiba
:: Informações: (41) 3350-4400
www.museuoscarnie
PR meyer.org.br el
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HORROR VACUI
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100 • Fotografe Melhor n 247
História do Brasil, Portugal e Espanha em
ROMANCES
O Desbravador
UMA AVENTURA EXTRAORDINÁRIA
Em O Desbravador, Aydano Roriz revela os bastidores da
extraordinária Era dos Descobrimentos e dos primeiros
anos da colonização do Brasil. Tempos heroicos, quando,
em busca de vida melhor no Novo Mundo, as pessoas
se metiam em embarcações de madeira, movidas a
vento, para atravessar oceanos. Baseado em fatos reais,
descobertos com
temperados em profundas pesquisas;
doses da melhor devidamente
ficção; no seu peculiar
estilo bem-humorado e de leitura agradável, o autor O Desejado
A FASCINANTE HISTÓRIA DE
compôs este romance épico, fascinante e divertido. DOM SEBASTIÃO
16cm x 23cm Autor: Aydano Roriz
R$ 39,90 360 páginas
Rei aos três anos de idade. Desaparecido
em batalha aos 24. Descubra segredos
reais, escondidos por quase 500 anos, que
O Fundador mudaram a História. Um livro tão excitante,
Autor: Aydano Roriz que não se consegue parar de ler.
Venturas e desventuras 16cm x 23cm
de Tomé de Sousa, R$ 39,90 400 páginas
Caramuru e Garcia d’Ávila
para fundar, na Bahia, a
primeira capital do Brasil.
00 16cm x 23cm
R$ 39, 384 páginas
Carlos Quinto
Autora: Linda Carlino
Ousado, divertido e apaixonante,
Carlos V é um romance histórico
que revela as memórias e
inconfidências desse todo-poderoso
imperador, depois de abdicar do trono. Invasão à Bahia, Jornada dos Vassalos
R$ 39, 90 16cm x 23cm e Invasão a Pernambuco
512 páginas
Autor: Aydano Roriz
Por que eles vieram de tão longe para se apossar do Brasil.
Três grandes romances, repletos de aventura,
Joana, a Louca conhecimento e diversão, da primeira à última página.
Autora: Linda Carlino
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os bastidores do poder
na Europa dos séculos 15 e 16.
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Fotografia de Noivos Fotografia de Casamento Fotografia de Gestantes Fotografia de Newborn Fotografia de Crianças
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Valentina - Sem Limites Não São Eternos
Autora: Evie Blake Autor: Aydano Roriz
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Envolva-se num mundo de sensações A Bahia do século 19, os diamantes da
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Valentina Rosselli transita num Chapada
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