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Capítulo 11 ................98
Módulo 43 ............104
Módulo 44 ............108
a
Módulo 46 ...........132
S
C
SO
FÍ
S
RE
MICHAELJUNG/SHUTTERSTOCK
Vamos considerar um objeto real de altura o, cuja abscissa é p, disposto perpendicularmente ao eixo principal de uma lente
de distância focal f e sua respectiva imagem i, de abscissa p', conforme figura.
221
p f = distância focal
o o = altura do objeto
i = altura da imagem
A F 0 F' A' p = distância do objeto ao centro óptico
i p’ = distância da imagem ao centro óptico
f f f f
Física
p'
Conhecendo as características da lente, o tamanho (ordenada o) e a posição (abscissa p) de um objeto em relação ao centro
óptico da lente, podemos determinar o tamanho (ordenada i) e a posição (abscissa p') da imagem conjugada por ele. Para isso,
utilizamos as duas equações já vistas nos espelhos esféricos.
• Equação dos pontos conjugados (equação de Gauss)
Essa equação relaciona a distância focal da lente (f), a abscissa do objeto (p) e a abscissa da imagem (p’):
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
1 1 1
= +
f p p'
i p'
A= =−
o p
Na aplicação dessas duas equações, adotamos uma convenção de sinais, conforme as tabelas a seguir.
100
Eixo das
Referencial de Gauss + ordenadas
(alturas)
221
os óculos – estão associadas a um universo de 01.
fatos e lendas no que diz respeito ao seu de- Um objeto é colocado a 20 cm do centro óptico de uma
senvolvimento. Símbolos de muita inteligência lente. A imagem conjugada é direita e com o dobro do tama-
para alguns (por meio de alguns intelectuais nho do objeto. Determine:
consagrados) e de pouca para outros (utilizado a. a abscissa da imagem;
para caracterizar o estereótipo de pessoa calma b. o tipo de lente e sua distância focal.
e ingênua), os óculos atravessaram a história
Física
numa evolução gradativa, no decorrer da qual Resolução
podemos destacar alguns pontos importantes. a. De acordo com a equação do aumento linear trans-
versal, temos:
i p' 2 ⋅ o p'
=− ⇒ = − ⇒ p' = −40 cm
TERENCE MENDOZA
o p o 20
/ SHUTTERSTOCK
101
lentes destinadas somente ao auxilio à leitura Para isso, utiliza-se uma equação denominada equação
que permitiam aos mais idosos dar continuidade dos fabricantes de lentes (equação de Halley), proposta por
àquela atividade. Veneza era o centro da técnica Edmond Halley:
de fabricação de vidros ópticos, que eram consi-
derados bens de alto valor, uma herança de pai 1 n 1 1
para filho. C = = lente − 1 ⋅ +
f nmeio R1 R2
As lentes negativas para correção de mio-
pia foram propostas em 1441, por Nicolau Nessa expressão, R1 e R2 são os raios de curvatura das
Cusanus, e, para o astigmatismo, temos as faces da lente, que obedecem à seguinte convenção:
primeiras referências em Fuller, em 1827, que
LIVRO DO PROFESSOR
n1
desenvolveu lentes para o astrônomo inglês n1
George Airy. Em 1844, temos as referências R1 n2
de utilização de prismas. Em 1888, Charles F.
Prentice define a própria dioptria prismática; R2
e, dez anos antes, a Baush & Lomb registra a
fabricação de lentes côncavo-convexas.
O conceito de dioptria foi inicialmente propos-
+ Superfície convexa
to por Monoyer e, em 1875, Nagel desenvolveu a
R
escala de dioptrias, ou escala de medidas refrativas.
É atribuída a Benjamin Franklin a invenção – Superfície côncava
dos bifocais, em 1784, e datam de 1730 os
primeiros óculos com hastes rígidas para No caso de a lente apresentar uma superfície plana, o raio
apoio sobre as orelhas; as hastes dobráveis
1
aparecem somente em 1752. E, apenas a par- desta será considerado infinito e, portanto, = 0.
∞
tir de 1970, temos os multifocais.
EMI-15-80
DIAS, A. Introdução ao cálculo de lentes Lembre-se de que, se o raio estiver em metros, a conver-
oftálmicas. São Paulo: Senac, 2005. gência será dada em dioptrias.
trônomo real.
GORS4730 / 123RF
APRENDER SEMPRE 17
01.
A face convexa de uma lente plano-convexa apresenta
raio de curvatura igual a 25 cm. O material de que é feita a
lente tem índice de refração absoluto igual a 1,5, e ela será
utilizada no ar (n = 1). Determine a distância focal dessa
lente e a sua convergência.
Resolução
De acordo com a equação dos fabricantes de lentes, a
102
Edmond Halley
Dicionário Enciclopédico Ilustrado Larousse.
1 nlente 1 + 1 1 1,5
= −1 ⋅ ⇒ =
f nmeio R1 R2 f 1 ( )( )
−1 ⋅ 0 +
1
25
São Paulo: Larousse do Brasil, 2007. 1 1
= 0,5⋅ ⇒ f = 50 cm = 0,5 m
f 25
1 1
E a convergência da lente é: C = ⇒ C = ⇒ C = 2 di.
f 0,5
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
11
A. Lentes esféricas
221
MURATART / SHUTTERSTOCK; NOMAD_SOUL / SHUTTERSTOCK
Podem ser Podem ser
Física
Lentes esféricas
No ar
Divergentes Convergentes
Formam imagens
Formam imagens
103
Virtual, direita e menor • Real, invertida, maior, menor
que o objeto Equações ou igual ao tamanho do objeto
• Virtual, direita e maior
1=1 + 1
f p p'
p'
A = i =– p
o
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Exercícios de Aplicação
01. UFRJ 03. UFTM-MG
Um objeto está localizado a 4 cm de uma lente de distân- As figuras mostram um mesmo texto visto de duas for-
Física
cia focal f = 8 cm. Nessas condições, determine a abscissa mas: na figura 1, a olho nu e, na figura 2, com o auxílio de uma
da imagem. lente esférica. As medidas nas figuras mostram as dimensões
das letras nas duas situações.
Resolução
De acordo com a equação dos pontos conjugados:
1 1 1 1 1 1 1 1−2
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒ p' = −8m
f p p' 8 4 p' p' 8
10 mm
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
4 mm
Figura 1 Figura 2
Resolução
De acordo com os dados, a imagem será real, invertida e analítico.
menor que o objeto, sendo a distância entre o objeto e a ima-
gem igual a 4 m.
i p' 1 p'
= − ⇒ − = − ⇒ p =3 · p’
o p 3 p
Sendo p + p’ = 4 ⇒ 3 · p’ + p’ = 4 ⇒ p’ = 1 m e p = 3 m.
Portanto, a distância da lente à TV será de 3 m.
Alternativa correta: D
EMI-15-80
11
04. Unicastelo-SP 05. Mackenzie-SP
221
Uma lente, mantida perpendicularmente aos raios de luz Em uma experiência de óptica, na sala de aula, coloca-se
provenientes de uma fonte de raios paralelos, é gradativamen- um objeto real à distância de 6 cm do centro óptico de uma
te aproximada de um anteparo mantido paralelamente ao cor- lente biconvexa de distância focal 4 cm. Sendo observadas
po da lente. A 40 cm do anteparo, verifica-se que é projetado as condições de Gauss, a distância entre esse objeto e sua
um disco luminoso de mesmo diâmetro que o da lente. Nessas imagem será de:
condições, a convergência dessa lente, em dioptrias, é: a. 6 cm
a. + 10 b. 9 cm
Física
b. + 5 c. 12 cm
c. – 2 d. 15 cm
d. – 2 e. 18 cm
e. – 5
105
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
aproximadamente a câmera do fã está do cantor? determinada por sua coordenada p, ambas medidas em rela-
a. 3,70 m ção ao centro óptico da lente.
b. 10,00 m
c. 18,50 m p’(cm)
d. 20,00 m
e. 50,50 m 40
08. UFPE 20
Um objeto de altura 1,0 cm é colocado perpendicular-
mente ao eixo principal de uma lente delgada, convergente. p(cm)
–40 –20 0 20 40
A imagem formada pelo objeto tem altura de 0,40 cm e é in-
vertida. A distância entre o objeto e a imagem é de 56 cm. De- –20
termine a distância d entre a lente e o objeto. Dê sua resposta
em centímetros.
–40
Analise as afirmações.
106
4 e. Divergente 20 20
11
A figura ilustra o esquema, sem escala, de um pequeno de projetores, que são compostos de uma lente convergente
objeto real P, situado sobre o eixo principal de uma lente del- que permite a formação de imagens reais e maiores que o obje-
221
gada convergente, com os respectivos focos principais, F e F’, to (slides, filmes etc).
e pontos antiprincipais, C e C’. A imagem conjugada de P é ______, A figura mostra, de maneira esquemática, a posição do
________ e de altura ________ da do objeto. objeto e da imagem ao longo do eixo ab de uma lente esférica
delgada, tal como a usada em projetores. AB é o objeto e A'B',
Lente a imagem de AB conjugada pela lente.
5,00 cm
Física
C P
F 0 F’ C’ B
2,50 cm
A A'
a b
A alternativa que preenche, na ordem correta de leitura,
107
de uma coincidindo com o eixo da outra. Ao ligar-se o laser, o
feixe de luz é alinhado ao eixo do arranjo.
Esse arranjo está representado no diagrama a seguir.
Fora de escala
10 Lente Lente
0
30 60 p(cm)
–10
d
LIVRO DO PROFESSOR
Exercícios de Aplicação
01. 03.
Uma lente de vidro biconvexa apresenta raios de curva- Em uma régua de acrílico transparente, pingou-se uma
Física
tura 5 cm e 3 cm. Sendo 1,5 o índice de refração absoluto do gota d’água. Por causa das forças que agem sobre a água, a
material que constitui a lente e sabendo que ela está imersa gota tomou a forma de uma pequena lente plano-convexa de
no ar, calcule a distância focal e a vergência dessa lente. raio de curvatura 3 mm.
(Dados: índice de refração = 1,3; índice de refração do
Resolução
ar = 1,0.)
A distância focal da lente é dada por: Se a régua tiver espessura de 2 mm, quando ela for colo-
( )
cada sobre um texto escrito, olhando-se através da gota, uma
1 nlente − 1 1 + 1
=
1 1,5
( 1 1
)( )
⋅ R R ⇒ f = 1 − 1 ⋅ 5 + 3 letra terá suas dimensões aumentadas em:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
f nar 1 2
a. 25%
1
f ( )
= 0,5⋅
3+5
15
1 4
⇒ = ⇒ f = 3,75 cm
f 5
b. 50%
c. 75%
E a vergência da lente é: d. 100%
e. 150%
1 1
C = ⇒C = ⇒ C ≈ 26,7 di
f 0,0375 Resolução
A gota funciona como uma lente plano-convexa com dis-
tância focal dada por:
=
f nar (
1 nlente − 1 1 + 1
1 2
) 1 1,3
( )( )
1
⋅ R R ⇒ f = 1 − 1 ⋅ 3 + 0
1
f ()
1 1
= 0,3⋅ ⇒ = 0,1 ⇒ f = 10 mm
3 f
De acordo com a equação dos pontos conjugados:
1 1 1 1 1 1 1 1−5
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒ p’= −2,5 mm
108
11
04. FGV-SP Frustrada, a pessoa só conseguiu visualizar as múltiplas
221
Do lado de fora, pelo vitrô do banheiro, uma pessoa tenta imagens de um frasco de xampu, guardado sobre o aparador
enxergar seu interior. do box, a 36 cm do vidro. De fato, mal conseguiu identificar
que se tratava de um frasco de xampu, uma vez que cada uma
de suas imagens, embora com a mesma largura, tinha a altu-
ra, que no original é de 20 cm, reduzida a apenas:
(Dados: nvidro = 1,5 e nar = 1)
a. 0,5 cm d. 2,0 cm
Física
b. 1,0 cm e. 2,5 cm
2 cm (raio)
c. 1,5 cm
05.
Duas lentes diferentes são justapostas e resultam em
uma única lente convergente de distância focal de 30 cm.
Se uma das lentes justapostas apresenta distância focal de
10 cm e é convergente, calcule a distância focal da outra lente.
109
Acesse: <http://fisicamoderna.blog.uol.com.
br/arch2011-07-03_2011-07-09.html>.
LIVRO DO PROFESSOR
Acesse: <http://cmais.com.br/x-tudo/
experiencia/14/lentedeaumento.htm>.
EMI-15-80
focal f igual a –60 cm. Assinale a alternativa que corresponde nativas e assinale o que for correto.
ao índice de refração n2 dessa lente. 01. Quando essa lente está mergullhada em um líquido
com índice de refração n1 = 2,0, ela funciona como
R uma lente convergente.
02. Quando essa lente está mergulhada em um líquido
n1 n2 n1 com índice de refração n1 = 1,0, ela funciona como
uma lente divergente.
04. Quando essa lente está mergulhada em um líquido
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
de curvatura de suas faces é igual a 25 cm. Considere a lente 3. Se a vergência de uma lente for negativa, então a lente
imersa no ar (n = 1,0) desprezando, se houver, a parte deci- será obrigatoriamente divergente.
mal do resultado final. 4. Para objetos reais, lentes divergentes sempre conju-
gam imagens virtuais, direitas e menores que o objeto
09. ITA-SP focado.
O índice de refração de uma lente plano-côncava é n2 = 1,5 e Assinale a alternativa correta.
o raio de curvatura é R2 = 30 cm. Quando imersa no ar (n1 = 1), a a. Somente 1 e 4 são verdadeiras.
lente se comporta como divergente, de distância focal f = – 60 cm. b. Somente 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Colocando essa lente num meio cujo índice de refração é 3, pode- c. Somente 2 é verdadeira.
mos afirmar que: d. Somente 2 e 3 são verdadeiras.
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11
Uma lente delgada convexo-côncava, de vidro flint, com U m a le n te e s fé r ic a d e lg a d a , c o n s tr u íd a d e u m m a te r ia l d e
índice de refração n = 1,6, encontra-se imersa no ar. Se o raio í n d i c e de refração n, está imersa no ar (n(ar) = 1,00). A lente tem
221
de sua superfície côncava é igual a 20,0 cm e sua vergência distância focal f e suas superfícies esféricas têm raios de cur-
C = –1,8 di, o raio da superfície convexa tem valor, em cm, vatura R1 e R2. Esses parâmetros obedecem a uma relação co-
igual a: nhecida como “equação dos fabricantes”, mostrada a seguir.
Suponha uma lente biconvexa de raios de curvatura iguais
(R1 = R2 = R), distância focal fo e índice de refração
n = 1,8 (figura I). Essa lente é partida dando origem a duas
lentes plano-convexas iguais (figura II). A distância focal de
Física
cada uma das novas lentes é:
1 1 1
= (n − 1)⋅ +
f R1 R2
a. – 30,0
b. – 20,0
c. – 10,0
111
08. A imagem se formará a −50 cm da lente. calcule a distância entre os focos de luz vermelha e de luz vio-
16. O aumento linear será de 1,2. leta, em centímetros.
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EMI-15-80
TRIFF/SHUTTERSTOCK
O desenvolvimento da óptica propiciou a construção de diversos instrumentos que contribuíram para o avanço da ciência e para a
melhoria da qualidade de vida das pessoas.
A astronomia deu um passo enorme com a descoberta do telescópio por volta de 1608, na Holanda. No ano seguinte, Galileu Galilei,
físico italiano, de posse de um telescópio, enfrentou a Inquisição, deixando uma importante contribuição ao "destronar" a Terra do centro
do Universo e ao adotar definitivamente sistema heliocêntrico.
E o que dizer dos avanços da Biologia com o advento do microscópio? E da vida das pessoas com o aprimoramento dos óculos?
As pesquisas biológicas por meio do microscópio, aliadas à medicina, possibilitaram melhor entendimento do funcionamento do corpo
humano. Na sociedade, de modo geral, os impactos produzidos pelos instrumentos ópticos foram grandes. Por meio das máquinas fotográficas,
conseguimos perpetuar a história, e os projetores nos levam para mundos até então desconhecidos.
Neste capítulo, trataremos do comportamento de alguns instrumentos ópticos, alguns utilizados basicamente na observação, e
outros, na projeção de imagens. Encerraremos o capítulo com o estudo do instrumento óptico mais importante para o ser humano: o olho
e suas anomalias.
Os instrumentos ópticos classificados como instrumentos de observação produzem, de um objeto real, uma imagem vir-
tual que será vista diretamente pela pessoa que utiliza o instrumento. Vamos analisar os seguintes instrumentos de observação:
221
a lupa, também conhecida como microscópio simples; o microscópio composto; a luneta e o telescópio.
A. Lupa
A lupa consiste de uma lente convergente cuja função é produzir uma imagem virtual, direita e ampliada do objeto observa-
do. Para isso, o objeto real deve ser posicionado entre o foco objeto e o centro óptico da lente.
LABORANT / SHUTTERSTOCK
Física
F O F'
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Como a lupa é simplesmente uma lente convergente, as características da imagem são determinadas pelas equações vistas
no estudo analítico das lentes.
B. Microscópio composto
114
De forma simplificada, um microscópio composto é um instrumento constituído de duas lentes convergentes, associadas
coaxialmente. A primeira delas é denominada objetiva, e a segunda, ocular.
O objeto a ser visualizado é colocado próximo ao foco objeto da lente objetiva, que produzirá uma imagem real, inver-
tida e maior que o objeto. Essa imagem servirá de objeto para a lente ocular, que funcionará como uma lupa, produzindo
uma imagem final virtual, direita em relação à primeira imagem, mas invertida em relação ao objeto, e ampliada, conforme
mostra a figura.
Lente
convergente
LIVRO DO PROFESSOR
Lente ocular
convergente
objetiva
F'ob Foc
O
Fob Oob i1 Ooc F'
oc
i2
Esquema de funcionamento de um microscópio composto. A lente objetiva conjuga do objeto real o uma imagem i1 real, invertida e
EMI-15-80
maior que o objeto. A lente ocular conjuga do objeto (imagem i1) uma imagem i2 virtual, direita em relação a i1 e ampliada.
12
i1
é dado por: Aob = .
o
221
E o aumento linear transversal obtido com a lente ocular
i2
é dado por: Aoc = .
i1
Efetuando o produto dessas duas expressões, obtemos:
i2
Física
Aob · Aoc = .
o
i2
A expressão é o aumento linear transversal total do
o
microscópio.
Portanto, o aumento linear transversal do microscópio é
dado pelo produto do aumento linear da objetiva pelo aumen-
to linear da ocular:
115
olhos não podem ver. Quanto a este último as-
pecto, destaca-se a figura de Robert Hooke, que,
embora não tenha sido o inventor do microscó-
pio, foi o primeiro a, sistematicamente, obser-
var objetos com um olhar científico, e não por
simples curiosidade, como outros contemporâ-
neos do séc. XVII. Hooke procurava explicações
através do microscópio para fenômenos físicos
como, por exemplo, o fato de um pedaço de cor-
tiça boiar. Ele afirmava que isso era devido ao
fato de que o material era formado por muitos LIVRO DO PROFESSOR
compartimentos ou células contendo ar, o que o
tornava mais leve.
FARINA, M. Museu do microscópio: espaço interativo sobre história,
Microscópio composto do século XIX ciência e tecnologia do microscópio óptico. Rio de Janeiro: UFRJ.
De modo análogo ao microscópio, a luneta é constituída de duas lentes acopladas coaxialmente nas extremidades de um
tubo cilíndrico opaco. As mais comuns são as lunetas de Kepler e a de Galileu.
221
Nas lunetas, a lente objetiva é sempre convergente e de grande distância focal. Na luneta de Kepler, a lente ocular é conver-
gente e, na luneta de Galileu, é divergente.
A luneta de Kepler é uma luneta astronômica utilizada para observação de objetos a longa distância, considerados no infi-
nito. Desse modo, a imagem i1 conjugada pela lente objetiva localiza-se no seu foco imagem. Essa imagem, que se situa entre o
foco objeto e o centro óptico da lente ocular, servirá de objeto para a ocular, que conjugará uma imagem final i2 virtual, ampliada
e direita em relação à imagem i1, conforme mostra a figura. Note que, em relação ao objeto, a imagem i2 é invertida.
Lente convergente
Física
F'ob
Objeto
no infinito Oob Foc i1 Ooc F'oc
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
i2
A luneta de Galileu é conhecida como luneta terrestre, Para as lunetas, não se define o aumento linear transver-
pois é mais usada para visualizar objetos na Terra, já que a sal, mas sim o aumento visual M, dado pela razão entre a dis-
imagem formada é direita em relação ao objeto. tância focal da objetiva e a distância focal da ocular:
fob
M=
foc
221
Galileu teria conhecido uma luneta em maio de vam ser a Terra o centro do Universo também
1609 e logo previu o seu grande potencial como acreditavam nessa teoria da “perfeição celeste”.
arma de defesa e principalmente como instrumen- A primeira descoberta astronômica feita por Ga-
to científico. Galileu construiu seu primeiro teles- lileu através das lentes de seu telescópio já ia as-
cópio durante julho e agosto daquele ano. Este foi sim contra as teorias defendidas pela igreja. [...]
um instrumento muito simples, que não apresen-
tava novidades aos telescópios já encontrados à
SCIENCE IMAGES
Física
venda nas grandes cidades europeias. Na reali-
dade, Galileu duplicou um instrumento que havia
ganhado, procurando entender tudo sobre aquele
instrumento. O primeiro telescópio construído por
Galileu apresentava aumento de três vezes. Ime-
diatamente após a conclusão desse instrumento,
Galileu deu início à construção de um aparelho
“bem melhorado”. No dia 21 de agosto, na torre
117
ou equivalentes, poderiam ver. Não apenas por Pas93.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015.
MARCELCLEMENS / SHUTTERSTOCK
Telescópio refletor
EMI-15-80
O Brasil tem um dos mais potentes telescó- O Projeto Impacton tem como objetivo
221
Cúpula do Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (Oasi) Disponível em: <http://www.on.br/impacton>. Acesso em: 19 jan. 2015.
APRENDER SEMPRE 18
01.
Um microscópio composto apresenta objetiva de distância focal 0,75 cm e ocular de distância focal 5,00 cm colocada a uma
distância de 15,00 cm entre elas. Um inseto é colocado a 0,80 cm da objetiva. Determine:
a. a distância da imagem obtida pela objetiva ao centro óptico da ocular;
b. o aumento linear transversal obtido nessa situação.
Resolução
Do enunciado, temos: fob = + 0,75 cm; distância entre objeto e objetiva p = 0,80 cm; foc = + 5,0 cm e distância entre objetiva
e ocular igual a 15,00 cm.
a. Para a objetiva: 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p’ob = 12,00 cm
fob pob p’ob 0,7 75
5 0,80 80 p’ob
Como a distância entre objetiva e ocular é de 15,00 cm, a imagem i1 estará a 3,00 cm da ocular.
118
A imagem final obtida será 37,50 vezes maior que o objeto e invertida.
Lente convergente Lente convergente
Objetiva Ocular
15,00 cm
0,80 cm
F'ob
Objeto
Oob F'ob Foc i1 Ooc F'oc
12,00 cm
i2 3,00 cm
EMI-15-80
7,50 cm
12
Os instrumentos ópticos classificados como instru- será o tamanho da imagem obtida no filme;
mentos de projeção produzem, de um objeto real, uma • a imagem formada no filme é real, invertida e menor
221
imagem real que, para ser vista por uma pessoa, deverá ser que o objeto. Nessas condições, o objeto se encontra
projetada em um anteparo. Vamos analisar os seguintes ins- antes do ponto antiprincipal da lente, ou seja, p > 2 · f.
trumentos de projeção: a máquina fotográfica tradicional e o Nas câmeras fotográficas digitais modernas, o filme fo-
projetor digital. tográfico é substituído por um dispositivo de carga acoplada
(CCD), um sensor de imagem constituído por um circuito inte-
A. Máquina fotográfica tradicional grado. Esse dispositivo capta a luz emitida pelo objeto e envia
A máquina fotográfica tradicional consiste de uma câma- a informação eletrônica para outros dispositivos, que armaze-
Física
ra escura dotada dos seguintes dispositivos: nam a informação recebida, no caso a imagem.
• um orifício chamado diafragma, que tem a função de
SCYTHER5 / SHUTTERSTOCK
regular a intensidade da luz que entra na câmara;
• uma lente convergente chamada objetiva;
• um filme fotográfico que possui a capacidade de reter
informações sobre a luz que o atinge e servirá como
uma tela de projeção para a imagem obtida.
119
Simplificadamente, a figura seguinte ilustra o esquema
de funcionamento de uma máquina fotográfica:
Lente
convergente
• o sinal negativo é porque a imagem é invertida em re- files/2012/11/fotolata1.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2015.
lação ao objeto;
O projetor de slides é um dispositivo óptico que utiliza uma lente convergente (objetiva) e uma lâmpada muito potente.
Colocando-se um slide fotográfico em uma posição conveniente, mais precisamente entre o ponto antiprincipal e o foco princi-
221
pal objeto da lente, os raios de luz emitidos pela lâmpada atravessam o slide, fazendo com que este funcione como um objeto
iluminado, para o qual a lente conjugará uma imagem real, invertida e maior que o objeto, que, para ser vista, deve ser projetada
em um anteparo, conforme mostra a figura.
Anteparo
Física
A'
Slide Objetiva
Lâmpada A L
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Resolução
Do enunciado: f = + 2 cm = 0,02 m; o = 2,0 m e p = 4,0 m.
a. Para calcularmos p’:
120
1 1 1
= +
f p p'
1 1 1
= + ⇒ p' ≈ 2 cm
0,02 4,0
4,0 p'
2,0 4,0
A imagem obtida será real, invertida e menor.
221
Física
Íris Esclerótica
Íris
Nervo óptico
Câmara anterior Humor vítreo
Músculos ciliares
Cristalino
Ponto cego
Câmara posterior
121
5 mm 15 mm
Ilustração de um olho humano e suas estruturas
Na tabela a seguir, temos as explicações para cada uma das estruturas do olho humano.
Abertura central por onde a luz entra no olho. Sua área pode ser variada pela íris
Pupila
para se adaptar à quantidade de luz que chega ao fundo do olho.
LIVRO DO PROFESSOR
Membrana arredondada, retrátil, diversamente pigmentada. Chama-se de miose
Íris
o processo de contração da pupila e de midríase o de dilatação.
Humor aquoso Substância gelatinosa e transparente que preenche a câmara anterior. Possui índice de refração próximo de 1,33.
Cápsula que contém uma gelatina fibrosa rija na posição central e menos consistente
Cristalino na periferia, que funciona como uma lente convergente de distância focal variável.
O cristalino encontra-se preso aos músculos ciliares por ligamentos.
Retina
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Em óptica, o estudo do olho humano é feito com base em res e, com isso, a distância focal do cristalino se altera para
um modelo denominado olho reduzido. Trata-se de um mo- que a imagem seja formada sobre a retina.
delo simplificado com o objetivo de descrever a trajetória dos Para objetos situados a uma distância considerada
122
raios luminosos e a formação das imagens. Nesse modelo, infinita do olho, denominada de ponto remoto (PR), os
a córnea, o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo são músculos ciliares estão relaxados e o foco imagem da len-
vistos como uma lente biconvexa (convergente) que conjuga te convergente (cristalino) encontra-se exatamente sobre
uma imagem real, invertida e menor que o objeto e que é pro- a retina.
jetada na retina, no fundo do olho, a uma distância de 2,0 cm,
aproximadamente, conforme figura. Objeto no
infinito
Cristalino Retina
Objeto (lente convergente) L F'
(anteparo)
LIVRO DO PROFESSOR
i'
12
tância do cristalino à retina é de, aproximadamente, 2,0 cm xa de ser infinito e passa a se localizar a uma distância finita
(0,02 m), podemos calcular a convergência do cristalino nas do olho.
221
duas situações propostas. Assim, de acordo com a equação Observe nas figuras como a garota é vista por uma pes-
dos pontos conjugados, temos: soa de olho normal e por uma pessoa míope.
• objeto no infinito (ponto remoto)
Visão normal Miope
1 1 1 1 1
C = ⇒ C = + ⇒ Cr = + ⇒ Cr =50 di
f p p’ ∞ 0,02
• objeto a 25 cm (ponto próximo)
Física
1 1 1 1
C = + ⇒ Cp = + ⇒ Cp = 54 di
p p’ 0,25 0,02
KONSTANTIN CHAGIN/SHUTTERSTOCK
Portanto, para objetos no ponto remoto (objetos distan-
tes), a lente convergente (cristalino) possui uma convergên-
cia de 50 di e, para objetos no ponto próximo, a convergência
é de 54 di. A diferença (4 di) entre esses dois valores é deno-
minada amplitude de acomodação visual.
123
vamente, miopia ou hipermetropia. ocular, a imagem se forma antes da retina.
Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 2.0.
Uma pessoa míope deve usar óculos com lentes diver-
gentes, cuja função é conjugar uma imagem no ponto remo-
Além dessas duas anomalias, comentaremos também a to, a uma distância finita, de um objeto localizado no infinito.
presbiopia, o astigmatismo e o daltonismo. Observe que as lentes não corrigem a ametropia, elas apenas
produzem uma imagem do objeto distante no ponto remoto
A. Miopia (distância finita) de acomodação visual da pessoa.
O olho de uma pessoa míope apresenta dificuldade para A figura ilustra a função da lente divergente utilizada para
focalizar objetos distantes, pois as imagens sofrem sensível “corrigir” a miopia.
LIVRO DO PROFESSOR
Retina do
PRM
olho normal
Cristalino Retina do
olho míope
Ponto
remoto
Lente divergente
"corretiva"
No olho míope, a utilização de uma lente divergente faz com que a imagem se forme na retina.
EMI-15-80
to. Assim, de acordo com a equação dos pontos conjugados, sem a ajuda dos óculos, é a distância do ponto remoto, que
obtemos: para ela é finita. Assim, temos:
1 1 1 1 1 1 1 1
C = ⇒C = + ⇒C = − C= − ⇒ −0,5 = ⇒ PRM
PRM = − ⇒ PRM = – 2,0 m
f p p’ ∞ PRM PRM
M PPRM 0,5
Portanto, a distância máxima que a pessoa enxerga,
sem óculos, é 2,0 m. Nesse ponto, as lentes divergentes
1
C=− “corretoras” conjugam a imagem de um objeto localizado
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
PRM no infinito.
B. Hipermetropia
O olho de uma pessoa hipermetrope apresenta dificuldade para focalizar objetos próximos, pois as imagens sofrem sensível
perda de nitidez. Isso significa dizer que o ponto próximo passa a se localizar a uma distância maior que 25 cm, que é a distância
do ponto próximo para o olho normal.
Observe nas figuras como o jornal é visto por uma pessoa de olho normal e por uma pessoa hipermetrope.
EMI-15-80
12
além da retina, conforme mostra a figura.
221
Retina do
Cristalino olho normal
p p'
25 cm
Física
Retina do olho
hipermetrope
No olho hipermetrope, por causa do encurtamento do globo ocular, a imagem se forma após a retina.
Resolução
A pessoa apresenta hipermetropia, e a distância mí-
p = 25 cm nima de visão é 50 cm. Assim, a convergência das lentes
“corretoras” é dada por:
PPH > 25 cm
1 1
C=4− ⇒C = 4 − ⇒ C = 2 di
PPH 0,50
No olho hipermetrope, a utilização de uma lente convergente
faz com que a imagem se forme na retina. Para isso, a imagem
do objeto conjugada pela lente “corretora” se localiza no ponto
próximo, a uma distância mínima maior que 25 cm.
125
C. Presbiopia
A presbiopia, também conhecida como “vista cansada”,
costuma afetar as pessoas a partir dos 40 anos. Trata-se de
Entenda a hipermetropia em: <https://www. uma ametropia que provoca dificuldade de enxergar objetos a
youtube.com/watch?v=Nd3j8akcnEw>. curta distância, normalmente causada por uma degeneração
(enfraquecimento) dos músculos ciliares, que fazem a aco-
modação do cristalino.
A “correção” da presbiopia é feita com lentes convergen-
Para determinar a convergência da lente convergente tes com convergência dada pela mesma expressão utilizada
a ser utilizada pela pessoa hipermetrope, basta lembrar na hipermetropia, ou seja: LIVRO DO PROFESSOR
que, para um objeto a 25 cm (0,25 m), ponto próximo de
um olho normal, a lente conjuga uma imagem no ponto 1
C=4−
próximo do hipermetrope (PPH.), ponto mais próximo da PPP
visão nítida. Assim, de acordo com a equação dos pontos
conjugados, obtemos: Nessa expressão, PPP é a distância do ponto próximo do
olho presbíope.
1 1 1 1 1
C = ⇒C = + ⇒C = −
f p p’ 0,25 PPH
1
C=4− Assista ao vídeo: Entendendo a presbiopia.
PPH
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=sgs3Mc0lJ9c>. Acesso em: 29 jan. 2015.
Nessa expressão, o ponto próximo do hipermetrope
(PPH) deve ser maior que 0,25 m.
EMI-15-80
O astigmatismo é uma anomalia visual que consiste em A pessoa com astigmatismo vê imagens borradas, com
imperfeições da simetria de revolução do sistema óptico ocu- pouca nitidez, e, nesses casos, é aconselhável a utilização de
221
lar em torno do seu eixo óptico. A imperfeição normalmente se óculos com lentes cilíndricas.
localiza na córnea, mas, em alguns casos raros, também ocorre
no cristalino. Essa anomalia torna o olho um sistema astigmáti-
co, com a formação de várias imagens para um mesmo objeto.
Observe na figura a imagem da visão normal e a imagem
vista por um astígmata. Assista ao vídeo: Astigmatismo
Disponível em: <https://www.youtube.com/
Física
Visão normal
E. Daltonismo
O daltonismo é uma ametropia caracterizada pela impos-
sibilidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifesta-
da, muitas vezes, pela incapacidade de distinguir a cor verde
da cor vermelha, causada por um gene localizado no cromos-
somo X. Na maioria das vezes, possui origem genética, mas
Visão com astigmatismo pode ser causado por distúrbios neurológicos.
O nome daltonismo provém do nome do químico inglês
John Dalton, que, em 1794, publicou um estudo revelando
que tinha dificuldade para distinguir a cor verde da cor ver-
melha.
EMI-15-80
12
A. Instrumentos ópticos
221
Podem ser Mais importante
Física
Instrumentos
ópticos
Podem ser
Normal
Anomalias
Como
Projeção
- Ponto próximo: 25 cm
- Ponto remoto: infinito
- Lupa
Como
- Microscópio
- Luneta
- Miopia
- Hipermetropia
- Máquina fotográfica - Presbiopia
- Projetos de slides - Astigmatismo
- Daltonismo
127
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Exercícios de Aplicação
01. Mackenzie-SP 03. FGV-SP
Uma lupa, também conhecida por microscópio simples, Para observar o céu, um apreciador de astronomia dispõe
Física
consiste de uma lente convergente. Considerando-se que as de algumas lentes esféricas. Uma dessas lentes, a lente L0, de
lentes ilustradas a seguir são constituídas de material cujo distância focal f0 = + 1,00 m, é utilizada como objetiva, para
índice de refração absoluto é maior que o do meio que as en- focalizar uma estrela distante.
volve, as lentes que podem ser usadas como lupa são:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
L1 L2 L3 L4
L0 L1 L2 L3
a. L1 e L4 f0 = +1,00 m f1 = +10 cm f2 = +1,00 m f3 = –10 cm
b. L2 e L1
c. L1 e L2 Para conseguir a melhor imagem virtual e ampliada da es-
d. L2 e L3 trela, esse observador deve dispor coaxialmente da lente L0,
e. L1 e L3 a lente _____________ a uma distância do foco de L0 _______________ do que o
valor da distância focal ________________________.
Resolução
Assinale a alternativa que preenche correta e respectiva-
Das quatro lentes mostradas, somente L1 e L3 são conver- mente as lacunas.
gentes, pois são lentes de borda fina imersas num meio de a. L1 – menor – f1
índice de refração menor que o da lente. b. L1 – maior – f1
Alternativa correta: E c. L2 – menor – f2
d. L3 – menor – f3
e. L3 – maior – f3
Resolução
128
02. Unicid-SP
O microscópio composto é constituído de 2 lentes esfé- A lente objetiva conjuga, do objeto distante, uma imagem
ricas coaxiais, a objetiva B e a ocular C. Sendo a lâmina O um no seu foco. Essa imagem servirá de objeto para a lente ocu-
objeto real e sua imagem final virtual I, é correto afirmar que: lar, que deverá conjugar uma imagem virtual, direita e amplia-
a. B e C são convergentes e O deve ser colocada entre o da. Assim, ela deverá ser convergente e o objeto deve estar
foco e o centro óptico de B. entre seu foco e o centro óptico. Para que a ampliação seja a
b. B e C são convergentes e O deve ser colocada entre o maior possível, devemos optar pela lente de menor distância
foco e o ponto antiprincipal de B. focal. Alternativa correta: A
c. B e C são convergentes e I deve ficar entre o foco e o Habilidade
centro óptico de C. Reconhecer os processos de formação de imagens por
LIVRO DO PROFESSOR
12
04. FSM-SP 05. PUC-SP
221
A otorrinolaringologia é uma especialidade médica basi- Determine o tipo e a vergência (C), em dioptrias (di), da
camente cavitária e o exame de condutor auditivo requer o lente de um instrumento óptico capaz de produzir uma ima-
uso de instrumentos, como o otoscópio, que facilita a visão gem, direita e aumentada de 5 vezes, de uma formiga que
endocavitária. O otoscópio consta basicamente de uma fonte está situada a 10 cm do centro óptico dessa lente.
de luz e de uma lente, que concentra o feixe de luz provenien- a. Lente côncava e C = 8 di
te da fonte aumentando em 2,5 vezes a visão do condutor au- b. Lente côncava e C = 12,5 di
ditivo. Funcionando como uma lupa, o otoscópio é constituído c. Lente convexa e C = 8 di
Física
por uma lente: d. Lente convexa e C = 12,5 di
a. convergente e a imagem observada pelo médico é vir- e. Lente côncava e C = 2 di
tual e direita.
b. convergente e a imagem observada pelo médico é vir-
tual e invertida.
c. divergente e a imagem observada pelo médico é real
e invertida.
d. divergente e a imagem observada pelo médico é vir-
Seu espaço
Sobre o módulo Na web
Este módulo trata especificamente dos instrumentos óp- Microscópio com água
ticos de observação: a lupa, o microscópio composto, a luneta
e o telescópio. Alguns pontos devem ser destacados, como, Acesse: <https://www.youtube.
por exemplo, a lupa, também conhecida como microscópio com/watch?v=7L99NhEgNs0>.
simples, pois funciona com apenas uma lente; o microscópio
composto e a luneta (telescópio refrator), que necessitam de
duas lentes: a objetiva e a ocular. Por outro lado, os telescó-
pios refletores utilizam um espelho no lugar da lente objetiva.
129
Se possível, acrescentar o binóculo e sua história no
contexto da aula ou pedir como trabalho de pesquisa para o
aluno.
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Uma estudante usou uma lupa para pesquisar a formação
de imagens de objetos reais. Num instante de sol a pino, ela
conseguiu obter um ponto luminoso no chão, colocando a lupa
06. UFTM-MG a 20 cm dele e paralelamente a ele. A seguir, aproximando a
Ao colocar uma lupa próxima de um inseto, um garoto lupa a 15 cm de seu celular, obteve uma imagem do celular:
percebe que a imagem que ele vê é maior do que o inseto e a. real, invertida e ampliada.
não é invertida. b. real, invertida e reduzida.
Física
Porém, ao afastar a lupa do inseto, a imagem que ele vê c. virtual, direita e ampliada.
torna-se invertida. d. virtual, direita e reduzida.
Considere que, ao observar o inseto, posicionando a lupa e. virtual, invertida e ampliada.
a 5 cm dele, a imagem seja 3 vezes maior do que o inseto e
não invertida. 10. Unesp
Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, Para observar detalhes de um selo, um filatelista utiliza
calcule: uma lente esférica convergente funcionando como lupa. Com
a. a que distância da lupa se forma a imagem nítida do ela, consegue obter uma imagem nítida e direita do selo, com
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
07. Unicid-SP x
2y
Uma lente convergente pode funcionar como uma lupa,
ou seja, uma lente de aumento. Se a vergência dessa lente for y
de 2,0 di (dioptrias), para que funcione como uma lupa, um
objeto deverá ser colocado próximo ao eixo óptico principal Selo visto a Imagem do selo vista
dela a uma distância de seu centro óptico: olho nu. através da lente.
a. exatamente igual a 1,0 m. Considerando que o plano que contém o selo é paralelo
b. compreendida entre 0,51 m e 0,99 m. ao da lente e sabendo que a distância focal da lente é igual a
c. menor que 0,50 m. 20 cm, calcule os módulos das distâncias do selo à lente e da
d. maior que 1,0 m. imagem do selo à lente.
e. exatamente igual a 0,50 m.
11. UFPE
130
13. UFPR
Um datiloscopista munido de uma lupa analisa uma im-
pressão digital. Sua lupa é constituída por uma lente convergen-
te com distância focal de 10 cm. Ao utilizá-la, ele vê a imagem
Sendo o microscópio simples utilizado por Leeuwenhoek virtual da impressão digital aumentada de 10 vezes em relação
constituído de uma lente convergente: ao tamanho real. Com base nesses dados, assinale a alternativa
a. apresente as características da imagem de um objeto correta para a distância que separa a lupa da impressão digital.
real observada por esse instrumento óptico; a. 9,0 cm d. 15,0 cm
EMI-15-80
12
O desenvolvimento da óptica geométrica a. convergente – centro óptico – foco principal objeto
teve como motivação, assim como algumas ou- b. convergente – ponto antiprincipal objeto – foco prin-
221
tras áreas da física, a necessidade de ampliar a cipal objeto
potencialidade do ser humano e suprir algumas c. divergente – centro óptico – foco principal objeto
de suas limitações. Os binóculos, lunetas e lupas d. divergente – ponto antiprincipal objeto – foco princi-
são exemplos do primeiro caso e os óculos, do pal objeto
segundo. Uns ampliaram a capacidade do olho e. convergente – ponto antiprincipal imagem – foco
humano, outros corrigiram algumas de suas de- principal imagem
bilidades. [...] O olho humano é um sensor pode-
Física
rosíssimo. Em parceria com o cérebro, capta as 16. Unifesp (adaptado)
imagens que desvendam o mundo exterior com Um telescópio refrator trabalha com propriedade de re-
todas as suas formas, relevos, cores e movimen- fração da luz. Este instrumento possui uma lente objetiva,
tos. É capaz de focalizar objetos situados a vá- que capta a luz dos objetos e forma a imagem. Outra lente
rios quilômetros de distância ou a um palmo da convergente, a ocular, funciona como uma lupa, aumentando
nossa face. [...] o tamanho da imagem formada pela lente objetiva. O maior
Física na Escola. V.2, n. 2, 2001. telescópio refrator do mundo em utilização, com 19,2 m de
comprimento, é o telescópio Yerkes, que teve sua construção
131
e. I, apenas.
15. Mackenzie-SP
A lupa é um instrumento óptico conhecido popularmente Suponha que um telescópio possua uma objetiva com
por “lente de aumento”, mas também denominada micros- 100 cm de diâmetro e com razão focal (definida como a razão
cópio simples. Ela consiste em uma lente ________ de pequena entre a distância focal e o diâmetro de abertura da lente) igual
distância focal e, para ser utilizada com o seu fim específico, a 19. Nessas condições, determine a distância focal da obje-
o objeto a ser observado por meio dela deverá ser colocado tiva desse telescópio.
sobre o eixo principal, entre o seu ________ e o seu ________ .
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Exercícios de Aplicação
01. PUC-RS 03. UFF-RJ
A lente objetiva de uma máquina fotográfica tem distân- A macrofotografia é uma técnica utilizada para fotografar
Física
cia focal de 40 mm. O filme posiciona-se a exatamente 41 mm pequenos objetos. Uma condição que deve ser obedecida na
da lente. Para uma foto nítida, a distância entre a máquina e o realização dessa técnica é que a imagem do objeto no filme
objeto fotografado deve ser, aproximadamente, de: deve ter o mesmo tamanho do objeto real, ou seja, imagem
a. 1,0 m e objeto devem estar na razão 1:1. Suponha uma câmera for-
b. 1,6 m mada por uma lente, uma caixa vedada e um filme, como ilus-
c. 3,0 m tra esquematicamente a figura.
d. 4,5 m
e. 10 m
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
D Do
Resolução
De acordo com a equação dos pontos conjugados, a abs- Lente
cissa do objeto é dada por:
1 1 1 1 1 1 1 41 − 40 Objeto
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒ p = 40 · 41
f p p' 40 p 41 p 40 ⋅ 41 Filme
p = 1 640 cm = 1,6 m
Alternativa correta: B Considere que a distância focal da lente é 55 mm e que
D e Do representam, respectivamente, as distâncias da lente
ao filme e do objeto à lente. Nesse caso, para realizar a ma-
crofotografia, os valores de D e Do devem ser:
a. D = 110 mm e Do = 55 mm.
b. D = 55 mm e Do = 110 mm.
c. D = 110 mm e Do=110 mm.
d. D = 55 mm e Do = 55 mm.
02. UFPB e. D = 55 mm e Do = 220 mm.
132
c. 18 vezes.
d. 17 vezes.
e. 16 vezes.
Resolução
A abscissa do objeto é dada por:
1 1 1 1 1 1 1 20 − 1 p ≈ 10,5 cm
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒
f p p' 10 p 200 p 200
O aumento linear transversal é dado por:
p' 200
A≈− ⇒A≈− ⇒ A ≈ −19
p 10,5
Portanto, a ampliação da imagem é de 19 vezes.
Alternativa correta: B
EMI-15-80
12
04. PUCCamp-SP 05. Vunesp
221
Os projetores são aparelhos que ampliam e projetam em Numa máquina fotográfica, a distância da objetiva ao fil-
anteparos as imagens de objetos gravados (filmes, slides). me é de 25 mm. Com base nas especificações dadas, assina-
Em uma sala de projeção, a distância do projetor ao ante- le a que corresponde a uma lente que poderia ser a objetiva
paro é de 5,1 m e o filme, fortemente iluminado, é colocado a dessa máquina.
102 mm da lente do projetor. Sabendo que a imagem do filme a. Convergente, de convergência + 4,0 di
projetada no anteparo é nítida, pode-se afirmar corretamen- b. Convergente, de convergência + 25 di
te que a distância focal da lente, em cm, e o aumento linear c. Convergente, de convergência + 40 di
Física
transversal valem, respectivamente: d. Divergente, de convergência – 25 di
a. 10 e 100 e. Divergente, de convergência – 4,0 di
b. 10 e –50
c. –10 e –100
d. –10 e 50
e. –20 e 25
133
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Dispõem-se de uma tela, de um objeto e de uma lente
convergente com distância focal de 12 cm. Pretende-se, com
auxílio da lente, obter na tela uma imagem desse objeto cujo
06. UEM-PR tamanho seja 4 vezes maior que o do objeto.
Os intrumentos ópticos podem, ordinariamente, ser clas- a. A que distância da lente deverá ficar a tela?
sificados como instrumentos de observação ou de projeção. b. A que distância da lente deverá ficar o objeto?
Com relação aos instrumentos ópticos e suas imagens conju-
Física
juga uma imagem real, invertida e maior. c. Qual a distância focal da lente selecionada?
16. Uma máquina fotográfica simplificada, como uma câ-
mera escura, conjuga uma imagem real, invertida e 12. UFF-RJ
maior. A figura representa o esquema simplificado de um proje-
tor de slides, em que S é um slide; l, o dispositivo que o ilumi-
07. Vunesp na; L, uma lente e T, a tela de projeção.
Um estudante, utilizando uma lente, projeta a imagem da
T
tela da sua televisão, que mede 0,42 m × 0,55 m, na parede
L
oposta da sala. Ele obtém uma imagem plana e nítida com a len- l
S i
te localizada a 1,8 m da tela da televisão e a 0,36 m da parede.
a. Quais as dimensões da tela projetada na parede? Qual
a distância focal da lente?
b. Como a imagem aparece na tela projetada na parede:
sem qualquer inversão? Invertida apenas na vertical
(de cabeça para baixo)? Invertida na vertical e na hori-
zontal (de cabeça para baixo e trocando o lado esquer- Sabe-se que a imagem i projetada na tela é ampliada 60
134
do pelo direito)? Justifique. vezes e encontra-se a 6,0 m da lente. Nessa situação, con-
clui-se que:
08. UFC-CE a. a lente é divergente e sua distância focal é 590 cm.
Uma escultura de 2,18 m de altura foi fotografada com b. a lente é convergente e sua distância focal é 59 cm.
uma câmara abastecida com filme para slide. A imagem gra- c. a lente é convergente e sua distância focal é 590 cm.
vada no slide tem 2 cm de altura. Para ver essa imagem numa d. a lente é convergente e sua distância focal é 9,8 cm.
tela, o fotógrafo dispõe de um projetor de slides de lente bi- e. a lente é divergente e sua distância focal é 9,8 cm.
convexa, delgada, com distância focal de 10 cm. Se o fotógra-
fo deseja ver a imagem da escultura, na tela, em seu tamanho 13.
natural, a que distância da tela, em metros, deve ficar a lente Uma máquina fotográfica é equipada com uma lente ob-
LIVRO DO PROFESSOR
12
Filme entre a lente e o sensor e a distância focal da lente fd,
3,5 mm
d 0,03 mm de forma que o mesmo objeto, situado à mesma dis-
221
tância L do caso analógico, esteja em foco e ocupe a
altura máxima do sensor.
Física
15. UFF-RJ o filme esteja no plano focal da lente. O estudante A usou uma
Uma das principais diferenças entre câmeras fotográfi- lente de distância focal igual a 4,0 cm, e o estudante B, uma lente
cas digitais e analógicas é o tamanho do sistema que arma- de distância focal igual a 1,0 m. Ambos foram testar suas câme-
zena a luz do objeto fotografado. Em uma câmera analógica, ras fotografando um objeto situado a 1,0 m de distância das res-
o sistema utilizado é um filme de 24 mm de altura e 36 mm pectivas objetivas. Desprezando-se todos os outros efeitos (tais
de largura. Nas câmeras digitais, o sensor possui 16 mm de como aberrações das lentes), o resultado da experência foi:
altura por 24 mm de largura, aproximadamente. Tanto o fil- I. que a foto do estudante A estava mais "em foco" que a
me quanto o sensor são colocados no plano onde se forma do estudante B.
135
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Óptica da visão
221
Exercícios de Aplicação
01. Unicid-SP a. A distância focal será de 12,2 mm e a imagem será real
No olho humano, o cristalino atua como uma lente con- e invertida.
Física
vergente que possui a função de focalizar a imagem na retina. b. A distância focal será de 13,3 mm e a imagem será
Esse processo, conhecido como acomodação visual, é efe- virtual e direita.
tuado por meio de mudança da curvatura do cristalino, sob a c. A distância focal será de 14,1 mm e a imagem será real
ação dos músculos ciliares. e invertida.
Ao mudar a curvatura do cristalino, altera-se: d. A distância focal será de 15,0 mm e a imagem será real
a. o seu índice de refração. e direita.
b. a sua distância focal. e. A distância focal será de 15,0 mm e a imagem será real
c. a velocidade de propagação de luz no seu interior. e invertida.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
03. UERJ
No olho humano, a distância da córnea à retina é, em
média, de 25,0 mm. Para que a focalização da vista passe do
136
uma lente convergente. Considerando-se que um objeto en- De acordo com a equação dos pontos conjugados, temos:
contra-se a 25 cm de distância do olho, qual será a distância 1 1 1 1 1 1 1 1 + 10 → f ≈ 22,7 mm
= + ⇒ = + ⇒ =
focal da lente convergente do cristalino para que a imagem f p p' f 250 25 f 250
se forme sobre a retina? A imagem será direita ou invertida? Portanto, a distância focal deve diminuir de:
A imagem será real ou virtual? Assinale a afirmativa correta. 25 mm − 22,7 mm = 2,3 mm
Lente Alternativa correta: B
Retina Habilidade
Córnea
Descrever, por meio de linguagem discursiva ou gráfica,
fenômenos e equipamentos que envolvem a propagação da
luz e a formação de imagens.
(cristalino)
EMI-15-80
5 mm 15 mm
12
04. Unirio-RJ a. 1 d. 4
221
O olho humano sem problemas de visão, emetrope, é um b. 2 e. 5
sistema óptico convergente que projeta sobre a retina a ima- c. 3
gem de um ponto objeto real localizado no infinito. No entan-
to, o olho necessita ter a capacidade de aumentar a sua ver- 05. UERJ
gência, ou poder de convergência, para que continue sobre Um jovem com visão perfeita observa um inseto sobre
a retina a imagem de um ponto objeto que dele se aproxima. uma parede na altura de seus olhos. A distância entre os
Tal capacidade, denominada poder de acomodação, é perdida olhos e o inseto é de 3 metros.
Física
com o envelhecimento. O aumento necessário na vergência Considere que o inseto tenha 3 mm de tamanho e que a
de um olho, para que seja capaz de enxergar um objeto que distância entre a córnea e a retina, onde se forma a imagem,
dele se aproximou do infinito até a distância de 0,25 m, é, em seja igual a 20 mm.
dioptria, igual a: Determine o tamanho da imagem do inseto.
Seu espaço
Exercícios Propostos
137
b. +4,3 dioptrias e 1,4 dioptrias.
06. PUC-SP c. +43 dioptrias e +14 dioptrias.
O globo ocular humano, com cerca de 25 milímetros de d. –4,3 dioptrias e –1,4 dioptrias.
diâmetro, é o responsável pela captação da luz refletida pe- e. –43 dioptrias e –14 dioptrias.
los objetos à nossa volta. O olho humano é um órgão da visão,
no qual uma imagem óptica do mundo externo é produzida, 07. UCS-RS
transformada em impulsos nervosos e conduzida ao cérebro Uma moça apaixonou-se por um rapaz devido aos seus
pelo nervo óptico. O olho humano, basicamente, se restringe grandes olhos azuis, com os quais ficava encantada por con-
a duas lentes convergentes de alto poder refrativo: a córnea, seguir se ver com detalhes. Com o passar do tempo de namo-
com aproximadamente 2,3 cm de distância focal, e o cristali- ro, ela passou a usar os olhos dele somente como espelhos
no, com aproximadamente 7,1 cm de distância focal. para ajeitar o cabelo. A cômea do olho também reflete parte LIVRO DO PROFESSOR
da luz que incide nele e pode ser considerada para essa par-
cela de luz como um espelho convexo. Portanto, a imagem da
moça que aparece no olho do namorado será:
Retina a. virtual, direita e menor. c. real, direita e menor.
Corpo ciliar
Coroide b. real, inversa e maior. d. virtual, inversa e maior.
Córnea Humor vítreo
08. UPE
Íris
Um olho de uma pessoa pode ver nitidamente objetos si-
Nervo óptico
tuados desde o infinito, que é o ponto remoto, até 20 cm, que
Cristalino
é o ponto próximo. Qual a amplitude de acomodação visual
Corpo ciliar de sua vista, isto é, a variação da vergência de seu cristali-
Esclerótica no, quando o objeto se movimenta entre o ponto próximo e o
ponto remoto?
a. 0,05 di d. 5 di
EMI-15-80
Sabe-se que o olho humano não consegue diferenciar de uma enorme quantidade de pontos de cores puras, bem
componentes de cores e vê apenas a cor resultante, diferen- próximos uns dos outros, tal que a composição adequada dos
221
temente do ouvido, que consegue distinguir, por exemplo, pontos causa a sensação de vibração e efeitos de luz e som-
dois instrumentos diferentes tocados simultaneamente. Os bra impressionantes. Alguns pontos individuais podem ser
raios luminosos do espectro visível, que têm comprimento de notados se chegarmos próximo ao quadro. Isso ocorre porque
onda entre 380 nm e 780 nm, incidem na córnea, passam pelo a resolução angular do olho humano é θmin ≈ 3,3 · 10–4 rad. A
cristalino e são projetados na retina. Na retina, encontram-se figura 2 indica a configuração d entre dois pontos vizinhos à
dois tipos de fotorreceptores, os cones e os bastonetes, que distância L ≈ 30 cm do quadro.
convertem a cor e a intensidade da luz recebida em impulsos
Física
Figura 2
a. um objeto indefinido, pois as células que captam a luz
estão inativas. Considerando que para ângulos θ < 0,17 rad é válida a apro-
b. um objeto rosa, pois haverá mistura da luz vermelha ximação tg θ ≈ θ, a distância d aproximada entre esses dois
com o branco do objeto. pontos, representados na figura 2, é, em milímetros, igual a:
c. um objeto verde, pois o olho não consegue diferenciar a. 0,1
componentes de cores. b. 0,2
d. um objeto cinza, pois os bastonetes captam luminosi- c. 0,5
dade, porém não diferenciam cor. d. 0,7
e. um objeto vermelho, pois a retina capta a luz refletida e. 0,9
pelo objeto, transformando-a em vermelho.
13. Eneb-BA
10. Considere o texto.
Explique o que acontece com a distância focal do Para que ocorra a visão, é necessário que exis-
cristalino de um olho humano normal quando um objeto é ta uma fonte de luz. [...] A luz entra pela pupila
trazido de uma distância de 3,0 m para uma distância de e atravessa o cristalino, o qual projeta uma ima-
30 cm do olho. gem na retina. Esta funciona como um conjunto
138
p = 25 cm
p' Um truque utilizado pela indústria é filmar
Sabendo-se que a distância p', da lente à imagem, é 2 cm, através de uma lente e usar um espelho para
determine a distância focal da lente do cristalino. projetar uma imagem deslocada em uma segun-
da lente. A imagem refletida é girada e invertida
12. Vunesp antes da edição do filme.
A figura 1 mostra um quadro de Geordes Seurat, grande K I L N E R , 2 0 10 .
12
caracteriza por formar uma imagem totalmente inver- mano, no qual ele possa ser considerado uma esfera cujo
tida exatamente no fundo da retina. diâmetro médio é igual a 15 mm, a maior distância x, em
221
d. A visão representa uma parte significativa do influxo metros, que dois pontos luminosos, distantes 1 mm um do
sensitivo total de que o cérebro humano depende para outro, podem estar do observador, para que este os perceba
interpretar o ambiente que nos cerca. separados, é:
e. A íris, em analogia a uma máquina fotográfica, a. 1
funciona como o filme fotográfico, enquanto a retina b. 2
funciona como a lente dessa máquina. c. 3
d. 4
Física
14. e. 5
Com base no texto da questão anterior (13) e nos conhe-
cimentos sobre óptica geométrica, é correto afirmar que: 16. PUC-GO
a. a imagem formada na retina do olho tem as mesmas "Hernandez explicou ao seu cliente que a cónea era uma
características da imagem formada em uma câmara camada externa transparente através da qual a luz penetrava
escura. no olho..." Quando a luz propaga em um determinado meio e
b. a imagem formada por uma lente convergente de um encontra a superfície de um outro meio transparente, parte
objeto situado a qualquer distância dessa lente pode dela pode ser transmitida e parte, refletida. O coeficiente de
139
0,005 mm aquoso do que do ar para a córnea.
c. não haverá nenhuma reflexão na passagem da luz do
ar para a córnea.
d. não haverá nenhuma reflexão na passagem da luz da
x 15 mm córnea para o humor aquoso.
Fora de escala
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Defeitos da visão
221
Exercícios de Aplicação
01. UFSCar-SP 03. UFAM
Em um consultório, um oftalmologista solicita ao pacien- Os óculos são dispositivos ópticos utilizados, principal-
Física
te que leia as letras escritas no quadro à sua frente utilizando mente, para a correção de ametropias. A palavra óculos sur-
um jogo de lentes para, com exatidão, ajustar o foco visual de giu a partir do termo ‘ocularium’ que era utilizado na Antigui-
quem tem dificuldade para enxergar objetos distantes. dade clássica para designar os orifícios das armaduras dos
Nesse caso, será prescrita uma lente: soldados da época. Esses orifícios permitiam que os solda-
a. divergente, pois o paciente é míope. dos enxergassem. Hoje, quando se referem ao tipo de óculos
b. convergente, pois o paciente é míope. que precisam usar para corrigir determinada ametropia, as
c. convergente, pois o paciente é estrábico. pessoas usam o termo “grau”. Na realidade, em optometria,
d. divergente, pois o paciente é hipermetrope. o “grau” representa a convergência da lente dada em dioptria,
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
e. convergente, pois o paciente é hipermetrope. em que 1 di = 1 m–1 . Considere a seguinte receita prescrita
por um oftalmologista.
Resolução
Se a pessoa tem dificuldade para enxergar objetos distan- Lente Lente
tes, ela é míope e deverão ser prescritas lentes divergentes. Eixo
esférica cilíndrica
Alternativa correta: A
OD – 1,00
Longe
OE – 1,00
OD 2,00
Perto
OE 2,00
gar nitidamente objetos situados a 25 cm de distância. c. um “grau” de miopia e, pelo envelhecimento, já está
com dois “graus” de presbiopia.
d. dois “graus” de hipermetropia e, pelo envelhecimento,
SKYLINES / SHUTTERSTOCK
b. 2 di, lente convergente as lentes possuem convergência de 2 di. Isso significa dois
c. 0,75 di, lente divergente “graus” de presbiopia.
d. 1,75 di, lente convergente Alternativa correta: C
e. 2 di, lente divergente Habilidade
Compreender o funcionamento do olho humano, identifi-
Resolução
cando os defeitos visuais e suas correções.
A vergência da lente é dada por:
C = 4 − 1 ⇒ C = 4 − 1 ⇒ C = 2 di (convergente)
PPH 0,5
Alternativa correta: B
EMI-15-80
12
04. UFRN Sabendo que a dioptria, D, popularmente conhecida
221
Durante uma consulta ao seu médico oftalmologista, um como "grau da lente", é determinada pelo inverso da distância
estudante obteve uma receita com as especificações dos
óculos que ele deve usar para corrigir seus defeitos de visão. focal f(m), medida em metros, isto é, D = 1 , é correto afir-
Os dados da receita estão apresentados no quadro abaixo. f(m)
mar que o estudante é:
Esférica Cilíndrica Eixo DP. a. hipermetrope, e as lentes de seus óculos devem ter
OD distância focal igual a 0,5 m.
Física
Longe b. hipermetrope, e as lentes de seus óculos devem ter
OE
distância focal igual a 2,0 m.
OD +2,00 c. míope, e as lentes de seus óculos devem ter distância
Perto
OE +2,00 focal igual a 0,5 m.
d. míope, e as lentes de seus óculos devem ter distância
Em suas aulas de Física, ele havia aprendido como se for- focal igual a 2,0 m.
mam as imagens no olho hipermetrope e no míope, as quais
estão representadas nas figuras I e II. 05. PUC-GO
141
Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, tratamos das anomalias do olho humano, sendo a miopia e a hipermetropia as duas principais anomalias que
afetam a visão das pessoas. Nesse estudo, o importante é destacar que as lentes não corrigem a miopia nem a hipermetropia, e
sim conjugam uma imagem do objeto no ponto de acomodação da pessoa. Por exemplo, uma pessoa míope tem dificuldade de
enxergar objetos distantes. Assim, a função da lente divergente dos óculos da pessoa é conjugar, para esse objeto distante, uma
imagem no ponto em que a pessoa enxerga com nitidez.
Na web LIVRO DO PROFESSOR
Na teoria, foi indicado aos alunos um site para testar o daltonismo. Seria interessante fazer o teste de Ishihara na sala usan-
do o datashow.
Acesse: <http://www.consultoriodeoftalmologia.com.br/index.php/sala-de-espera/7-testes>.
EMI-15-80
07. PUC-GO
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
08. Unit-SE
Com base nos conhecimentos sobre óptica geométrica, e. Lente esférica
analise as afirmativas e marque com V as verdadeiras e com
OD 2,00
F as falsas. Longe
( ) A superfície refletora de um farol de automóvel é um OE – 2,00
espelho convexo. OD +1,25
Perto
( ) Pessoas míopes possuem o globo ocular longo e, para OE +1,25
corrigir esse defeito, elas devem usar lentes divergentes.
( ) Um olho hipermetrope tem o ponto próximo de
142
50,0 cm. Esse olho, para enxergar objetos a 25,0 cm, 10. UFMG
deve utilizar lentes de 2,0 dioptrias. Quando uma pessoa olha para um objeto, a imagem
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para deste deve se formar sobre a retina. Algumas pessoas,
baixo, é a: por terem um defeito de visão, veem objetos próximos
a. F – V – V. d. V – F – F. fora de foco, enquanto os distantes ficam mais bem foca-
b. F – F – V. e. V – V – V. dos. Outras pessoas têm o defeito contrário – ou seja, os
c. V – V – F. objetos distantes são vistos fora de foco, e os próximos,
mais nitidamente.
09. FASM-SP Elmo é um professor de Física portador de um desses
O Sr. João C. Gueira sempre teve miopia. Agora, com idade dois defeitos e, para corrigi-lo, ele precisa usar óculos. Elmo
LIVRO DO PROFESSOR
avançada, começou a apresentar também presbiopia. Em sua está sem óculos, na primeira figura, e com seus óculos, na
úlitma consulta com o oftalmologista, o Sr. C. Gueira verificou que segunda figura.
só conseguia enxergar com nitidez de 50 cm a 80 cm de seus
olhos. Para corrigir suas ametropias, o oftalmologista prescreveu
uma receita de óculos para serem confeccionados a partir de len-
tes esféricas com distâncias focais adequadas ao seu problema.
Considerando que a distância mínima que um olho emetrope
pode enxergar com nitidez é de 25 cm, das prescrições a seguir,
que trazem valores de vergência, a mais adequada ao Sr. Gueira é:
a. Lente esférica
OD – 1,25
Longe
OE – 1,25 Como se pode notar, na segunda figura, os óculos fazem
OD +2,00 com que os olhos de Elmo pareçam maiores.
Perto
EMI-15-80
12
Elmo, sem óculos, e dois raios de luz que vêm de um cristalino para focalizar a imagem de objetos localizados pró-
objeto muito distante. ximos ao olho; e hipermetropia, em que a imagem se forma
221
atrás da retina.
Cristalino
As lentes esféricas, receitadas pelos oftalmologistas,
Retina para corrigir a miopia, a presbiopia e a hipermetropia, respec-
tivamente, são
a. divergentes, convergentes e divergentes.
b. divergentes, convergentes e convergentes.
c. convergentes, divergentes e divergentes.
Física
d. convergentes, divergentes e convergentes.
e. convergentes, convergentes e divergentes.
Desenhe, nessa figura, a continuação dos raios, para indi-
car em que ponto se forma a imagem do objeto. 14. UFTM-MG
Explique seu raciocínio. Uma pessoa apresenta, nos dois olhos, determinada
ametropia ou defeito de visão. Em uma consulta oftalmológi-
11. UEM-PR ca, o médico mostrou-lhe duas imagens. A imagem 1 repre-
Assinale o que for correto. sentando como uma pessoa com o mesmo defeito de visão
12. Udesc
143
No olho humano, a imagem é formada a partir da conver-
gência dos raios luminosos sobre a retina, após atravessar o
cristalino. Em alguns casos, o sistema óptico humano pode so-
frer ametropias, que englobam, por exemplo, miopia e hiperme-
tropia. Na miopia, os feixes de raios paralelos convergem em
um ponto focal anterior à retina. Uma maneira comum de corri-
gir tais desvios é a utilização de lentes oculares, ajustadas a fim
de manterem a convergência sobre a retina. A capacidade de
uma lente de modificar o trajeto dos raios luminosos é medida
por uma grandeza chamada dioptria, definida como o inverso
da distância focal da lente. Uma pessoa míope percebe que a LIVRO DO PROFESSOR
maior distância em que ela consegue ler um livro é 0,20 m.
A fim de ser capaz de lê-lo a uma distância muito superior,
assinale a alternativa que indica, respectivamente, o tipo e a Note que a pessoa com defeito de visão consegue ver
dioptria da lente que a pessoa deve utilizar. nitidamente objetos próximos de si, como a bola laranja da
a. Lente convergente, com dioptria de 0,20 m–1. figura, por exemplo. Porém, enxerga com dificuldade as faces
b. Lente convergente, com dioptria de 5,0 m–1. dos garotos da cena, mais afastadas, bem como objetos dis-
c. Lente divergente, com dioptria de 5,0 m–1. tantes. Sabendo que esse problema pode ser corrigido utili-
d. Lente divergente, com dioptria de 0,20 m–1. zando-se uma lente esférica, responda:
e. Lente divergente, com dioptria nula. a. qual o nome do defeito visual dessa pessoa e que
comportamento óptico deve ter a lente esférica ade-
13. UFPel-RS quada para corrigi-lo?
Os oftalmologistas são médicos especializados para tra- b. se essa pessoa só enxerga nitidamente, sem lentes
tar as variações na estrutura do olho humano, que, corriquei- corretivas, objetos até 40 cm de seus olhos, qual a
ramente, são chamadas de "defeitos da visão". Os "defeitos vergência, em dioptrias, das lentes corretivas de seu
EMI-15-80
Próxima consulta: ___ .08.2012. Com base no exposto, assinale a(s) proposição (ões) cor-
São Paulo, 30.08.2011. reta(s).
Carlos Figueiredo 01. A imagem do objeto formada na retina é real, inverti-
CRM nº: 000 00
da e menor, o que nos leva a afirmar que o cristalino é
uma lente de comportamento convergente.
a. Caracterize a lente indicada para correção de miopia, 02. A velocidade da luz, ao passar pelas partes do olho, é
identificando a vergência, em dioptrias, e a distância maior no humor aquoso e no humor vítreo.
focal, em metros. 04. O fenômeno da refração da luz é garantido pelo des-
b. No diagrama I, esboce a formação da imagem para um vio da trajetória da luz, sendo mantidas constantes
paciente portador de m i o p i a e, no diagrama II, a sua todas as outras características da luz.
correção, utilizando-se a lente apropriada. 08. A refração da luz só ocorre no cristalino, cujo índice
de refração é diferente do índice de refração do hu-
16. UFSC mor aquoso e do humor vítreo.
Fazendo uma análise simplificada do olho humano, po- 16. A miopia é um problema de visão caracterizado pela
de-se compará-lo a uma câmara escura. Fazendo uma análise formação da imagem antes da retina, sendo corrigido
cuidadosa, ele é mais sofisticado que uma câmera fotográfica com uma lente de comportamento divergente.
144
ou filmadora. A maneira como o olho controla a entrada de luz 32. A presbiopia, popularmente chamada de "vista can-
e trabalha para focalizar a imagem para que ela seja forma- sada", é um problema de visão similar à hiperme-
da com nitidez na retina é algo espetacular. A figura a seguir tropia, sendo corrigido com uma lente de comporta-
apresenta, de maneira esquemática, a estrutura do olho hu- mento convergente.
mano e a forma pela qual a luz que parte de um objeto chega 64. A hipermetropia é um problema de visão caracterizado
à retina para ter a sua imagem formada. Na tabela, é apresen- pela formação da imagem depois da retina, sendo cor-
tado o índice de refração de cada uma das partes do olho. rigido com uma lente de comportamento divergente.
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
AT 222
Capítulo 10 ..............146
Módulo 22 ............153
M
Módulo 23 ............157
a
Módulo 24 ............161
sic
Fí
UÍ
Q
O
BI
O
LP
IS
GE H
O
L
FI
S
C
SO
FÍ
S
RE
• Identificar as características do
movimento em lançamento horizontal
e/ou oblíquo.
• Calcular tempo de percurso, velocidade
ou deslocamentos de objetos em
lançamento horizontal e oblíquo,
utilizando linguagem descritiva,
algébrica e/ou gráfica.
• Diferenciar e calcular os diferentes
componentes da velocidade e do
deslocamento em lançamento
horizontal e/ou oblíquo.
ALBO / SHUTTERSTOCK
O jogo de basquete foi inventado em 1891 pelo professor de educação física canadense
James Naismith. Ele recebeu a tarefa de inventar um jogo que pudesse entreter os alu-
nos do Springfield College, em Massachussets, nos EUA, durante o rigoroso inverno,
sem que houvesse o uso de violência como ocorria no hóquei e no futebol americano.
Por meio da física, observamos que esse jogo está embasado na teoria de lançamento
de projéteis, neste caso, o lançamento oblíquo, como pode ser observado na imagem.
No módulo 12, estudamos dois tipos de lançamentos: creve um movimento uniforme, com velocidade constante.
vertical para cima e vertical para baixo. Neste capítulo, iremos
222
2. Lançamento horizontal
Física
7d y
9d
No caso do eixo y, adotamos o eixo positivo para baixo,
como fizemos na queda livre.
No início, a componente y da velocidade (vy) é zero e
vai aumentando com o passar do tempo, seguindo um MUV.
Esquema mostra que ambas as bolas descrevem Já a componente x (vx) permanece constante durante todo
a mesma aceleração vertical. o percurso.
EMI-15-80
10
x0
você já aprendeu.
y1
x1
• Na vertical (eixo y), temos movimento uniformemente
222
x2
variado (MUV), e as fórmulas conhecidas são:
y2
a ⋅ t2
∆s = v 0⋅ t +
x3 2
y3 v = v0 + a ⋅ t
v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
Física
∆s v + v 0
x4
=
y4 ∆t 2
No lançamento horizontal é comum calcularmos o alcan- Com essas equações que você conheceu a partir do mó-
ce, que é o deslocamento horizontal da bolinha. Para isso, não dulo 4, é possível resolver os problemas de lançamentos.
APRENDER SEMPRE 22
01.
Uma pedra é lançada horizontalmente com veloci- c. Calculando a velocidade final no eixo y:
dade de 10 m/s, de uma altura de 20 m do solo. Dado que vy = v0y + a · t
g = 10 m/s2 e desprezando a resistência do ar, determine: vy = 0 + 10 · 2
a. o tempo que a pedra gasta para atingir o solo; vy = 20 m/s
b. o alcance horizontal;
c. a velocidade final da pedra, imediatamente antes de Na horizontal, a velocidade é constante e igual a
ela atingir o solo. vx = 10 m/s. Assim, a velocidade final será:
vx
149
Resolução
a. No eixo y, temos um MUV: vy v
a ⋅ t2
∆ss = v 0⋅ t +
2 v 2 = v 2y + v 2x
Como a velocidade inicial em y é zero, temos: v = 202 +102
10⋅ t2 v = 400 +100 +
20 = 0⋅ t +
2 v = 500 =10 = 5 m/s
20⋅2
t2 = =4 Observação – A velocidade final no eixo y também po-
10
t =2s deria ser calculada sem utilizar o tempo determinado na le- LIVRO DO PROFESSOR
b. No eixo x, temos um MU: tra a, usando-se a equação de Torricelli.
∆s = v · t v 2 = v 20 + 2⋅a⋅∆s
∆s = vx · t v 2y = 02 + 2⋅10⋅20 = 400
∆s = 10 ·2 v y = 20 m / s
∆s = 20 m
3. Lançamento oblíquo
Suponha que um corpo seja lançado com uma velocidade
v0 , cuja a inclinação é de um ângulo θ com a horizontal, em rela-
ção ao solo, num local em que a aceleração da gravidade man-
v0
tenha-se constante e o atrito com o ar possa ser desprezado.
θ
EMI-15-80
ções x e y . a ⋅ t2
∆s = v 0⋅ t +
2
y v = v0 + a ⋅ t
v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
∆s v + v 0
=
∆t 2
Física
v 0x x
∆s = v · t
Obtém-se um movimento em duas dimensões, horizontal ∆s = vx · t
e vertical, lembrando que: O ∆s representa a distância percorrida, na horizontal, do
v0x = v0 · cos θ e v0y = v0 ·sen θ ponto de lançamento até o ponto de retorno ao solo. Geral-
mente, essa distância é denominada alcance e é representa-
• Na vertical (eixo y), temos um movimento uniforme- da pela letra D. Nunca esqueça que o tempo é o mesmo tanto
mente variado (MUV), e podemos usar as mesmas no eixo x como no eixo y.
APRENDER SEMPRE 23
01.
b. No ponto mais alto da trajetória, a velocidade vertical
Uma pedra é lançada obliquamente, com velocidade
final (vy) é igual a zero. Assim:
inicial de 200 m/s e com um ângulo θ, cujo sen θ = 0,8 e
vy = v0y + a · tsubida
cos θ = 0,6. Considere g = 10 m/s2 e despreze a resistência
0 = 160 – 10 · tsubida
150
do ar. Determine:
tsubida = 16 s
a. as funções horárias do movimento na horizontal e na
vertical;
c. Como a pedra saiu e voltou na mesma horizontal, te-
b. o tempo de subida;
mos que tsubida = tdescida. Assim, o tempo de voo é igual
c. o tempo de voo;
a 2 · tsubida
d. a altura máxima;
tvoo = 2 · 16 = 32 s
e. o alcance horizontal.
D = 3 840 m
10
exclusivamente da velocidade inicial e do ângulo de lança-
mento. A figura a seguir mostra o alcance para alguns ângulos Podemos demonstrar literalmente que o alcance máxi-
mo ocorre para um ângulo de 45°.
222
importantes.
Na vertical, temos:
v y = v 0y + a ⋅ t subida
y
0 = v 0 ⋅ sen
sen θ − g ⋅ t subida
θ = 60°
g ⋅ t subida = v 0 ⋅ sen θ
θ = 45° v ⋅ sen θ
t subida = 0
g
Física
θ = 30° v 0 ⋅ sen θ
t voo =2 ⋅
g
x
Na horizontal, temos:
Alcance horizontal máximo (Dmáx.)
D = v x ⋅ t voo
D = v 0 ⋅ cos θ ⋅ t voo
v ⋅ ssen θ
Analisando a figura, podemos ver que, para corpos lança- D = v 0 ⋅ cos θ ⋅ 2⋅ 0
151
2
v0y = 100 · = 50 2 m / s
2
v y = v 0y + a ⋅ t subida O arqueiro de Barcelona
0 = 50 2 − 10 ⋅ t subida Considerada uma das cerimônias de aber-
tura mais espetaculares, o início dos Jogos de
tsubida = 5 2 s 1992 foi assistido por 2 milhões de pessoas em
tvoo = 2 · tsubida = 2 · 5 2 = 10 2 s todo o mundo. Um dos detalhes pelo qual a
cerimônia é recordada, está vinculado ao mo-
• na horizontal (eixo x), mento em que a chama olímpica foi acesa.
2 O arqueiro Antonio Rebollo atirou uma flecha LIVRO DO PROFESSOR
v0x = vx = v0 · cos θ = 100 · = 50 2 m/s
2 dentro do caldeirão e a acendeu de maneira
D = vx · tvoo espetacular. Pouco tempo depois, soube-se
Dmáx. = 50 2 ⋅ 1
10
0 2 que tudo foi um truque e que a flecha jamais
tocou o caldeirão, tendo passado por cima
Dmáx. = 1 000 m
dele. Uma câmera de televisão flagrou perfei-
Observação: No alcance máximo, v0x será sempre igual tamente o momento.
a v0y. Disponível em: <http://esportes.terra.com.br/relembre-sete-
quotfraudesquot-da-historia-dos-jogos-olimpicos,78f9df54763ba310Vg
nCLD200000bbcceb0aRCRD.html>. Acesso em: 6 mar. 2015. Adaptado.
A. Lançamento de projéteis
222
Física
Lançamento de projéteis
DMITRY KALINOVSKY / SHUTTERSTOCK; EVERETT HISTORICAL / SHUTTERSTOCK; L I G H T P O E T / SHUTTERSTOCK; SERGEI BUTORIN / SHUTTERSTOCK
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
v 0y V0x = v0 cos θ
v0
Pode ser decomposto em duas dimensões Para calcular
θ V0y = v0 sen θ
v0x
Vertical Horizontal
Temos um Temos um
Movimento
Movimento
Uniformemente
152
Uniforme (MU)
Variado (MUV)
a⋅ t 2 ∆s = v · t
∆s = v 0 ⋅ t +
2
v = v 0 + a⋅ t
v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
∆s v + v 0
=
∆t 2
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
10
Lançamento horizontal
222
Exercícios de Aplicação
01. Urca-CE 02. UFPR (adaptado)
Um avião da ONU, viajando horizontalmente a 200 m/s Uma bola rola sobre uma mesa horizontal de 1,25 m de
Física
de uma altura de 2 000 m acima do solo, solta mantimentos altura e, ao cair da mesa, atinge o solo num ponto situado à
para um grupo de pessoas. Desprezando a resistência do ar, distância de 2,5 m, medida horizontalmente a partir da bei-
podemos afirmar que o tempo decorrido para os mantimentos rada da mesa.
chegarem ao solo é de:
Observação
Considere a aceleração da gravidade, g = 10 m/s2.
1,25 m
a. 05 segundos.
b. 10 segundos.
153
∆sx = vx · t
2,5 = vx · 0,5
vx = 5 m/s
LIVRO DO PROFESSOR
A velocidade ao atingir o solo é:
vx
vy v
v 2 = v y2 + v x 2
v = 52 + 52
v = 5 ⋅ 2 m/s
EMI-15-80
Um trem de passageiros passa em frente a uma estação, A câmera tem a mesma velocidade do trem. Então, para
com velocidade constante em relação a um referencial fixo no um referencial fixo no trem, ela descreve uma trajetória retilí-
nea vertical; para um referencial fixo no solo, trata-se de um
222
Exercícios Extras
04. PUC-RJ 05. Fuvest-SP
Em um campeonato recente de voo de precisão, os pilo- Duas bolinhas idênticas, A e B, partem ao mesmo tempo
tos de avião deveriam "atirar" um saco de areia dentro de um de uma certa altura h acima do solo, sendo que A é solta em
alvo localizado no solo. Supondo que o avião voe horizontal- queda livre e B lançada com uma velocidade v 0 horizontal.
mente a 500 m de altitude com uma velocidade de 144 km/h Despreze o efeito do ar. Qual das afirmações é correta?
e que o saco é deixado cair do avião, ou seja, no instante do a. As duas chegam juntas ao solo.
"tiro" a componente vertical do vetor velocidade é zero, po- b. A chega primeiro ao solo.
demos afirmar que: (Considere a aceleração da gravidade c. A chega logo depois de B.
g = 10 m/s2 e despreze a resistência do ar.) d. A ou B chega primeiro, dependendo de v 0 .
a. o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a e. A ou B chega primeiro, dependendo de h.
100 m do alvo.
b. o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a
200 m do alvo.
154
Seu espaço
LIVRO DO PROFESSOR
Sobre o módulo
Neste módulo, optamos por usar somente as equações do movimento uniforme e do movimento uniformemente variado.
Dessa forma, não é necessário que os alunos decorem novas equações. Dependendo do andamento da aula e o nível de desen-
volvimento da turma, pode-se também deduzir cada fórmula.
EMI-15-80
10
Da teoria, leia os tópicos 1 e 2. 10.
222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Desprezando a resistência do ar, a curva descrita por um
projétil lançado horizontalmente do alto de um edifício de vin-
te andares em relação ao solo é:
06. UFV-MG a. uma circunferência.
Um projétil é lançado horizontalmente de uma altura de b. uma linha reta.
20 m, com velocidade inicial de módulo igual a 15 m/s. Des- c. uma parábola.
prezando-se a resistência do ar e considerando-se o módulo d. uma hipérbole.
Física
da aceleração gravitacional como 10 m/s2 , é correto afirmar
que o projétil atingirá o solo após ter percorrido uma distância 11. UFSC
horizontal igual a: Suponha um bombardeiro voando horizontalmente com
a. 11 m d. 30 m velocidade constante. Em certo instante, uma bomba é solta do
b. 15 m e. 60 m avião. Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar:
c. 23 m I. A bomba cai verticalmente, para um observador
na Terra.
07. PUCCamp-SP II. O movimento da bomba pode ser interpretado como
155
a. o tempo gasto pelo saquinho para atinigir o solo, con- b. 4,0 m/s e. 20 m/s
siderado plano; c. 10 m/s
b. a distância entre o jovem e o ponto onde o saquinho
atinge o solo. 13. UEFS-BA
Pode-se analisar o lançamento horizontal de uma partí-
09. Sistema COC cula, decompondo-o ao longo de um eixo horizontal e de um
Uma pequena esfera rola sobre a superfície plana e hori- vertical. A partir dessa análise, pode-se inferir que, no movi-
zontal de uma mesa, como mostra a figura a seguir. mento da partícula, desprezando-se a resistência do ar:
a. a trajetória descrita é uma reta.
LIVRO DO PROFESSOR
b. o módulo da componente vertical da velocidade di-
minui no decorrer do tempo.
c. a componente horizontal da velocidade de lançamen-
to permanece constante.
d. o deslocamento horizontal independe do valor da
aceleração da gravidade local.
e. o deslocamento vertical depende do valor da velocida-
de de lançamento.
14. Fuvest-SP
Desprezando a resistência oferecida pelo ar, pode-se
afirmar que, durante o movimento de queda da esfera, após Um motociclista de motocross move-se com velocidade
abandonar a superfície da mesa, permanecem constantes: de módulo v = 10 m/s, sobre uma superfície plana, até atingir
a. a aceleração e a velocidade horizontal. uma rampa (em A), inclinada de 45° com a horizontal, como
b. a aceleração e velocidade vertical. indicado na figura. Adote g = 10 m/s2 e despreze o efeito do
c. a velocidade e a força que age na esfera. ar. A trajetória do motociclista deverá atingir novamente a rampa
EMI-15-80
Note e adote
15. Unicamp-SP Desconsiderar efeitos dissipativos.
Um habitante do planeta Bongo atirou horizontalmente a. sm = 1,25 m e sb = 0 m.
uma flecha e obteve os gráficos apresentados a seguir, sendo b. sm = 1,25 m e sb = 1,50 m.
x a distância horizontal, y a distância vertical e t o tempo. c. sm = 1,50 m e sb = 0 m.
d. sm = 1,50 m e sb = 1,25 m.
e. sm = 1,50 m e sb = 1,50 m.
x (m)
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
y (m) 3
4
3 2
2
1
1 x (m) t (s)
0 1 2 3 4 0 1 2
EMI-15-80
10
Lançamento oblíquo
222
Exercícios de Aplicação
01. Vunesp 02. Vunesp
O gol que Pelé não fez Um golfista arremessa a bola a uma distância de 80 m,
Física
Na copa de 1970, na partida entre Brasil e Tchecoslová- a partir do solo, sob um ângulo α, num campo perfeitamente
quia, Pelé pega a bola um pouco antes do meio de campo, vê o plano e horizontal. A bola permanece 4,0 segundos no espaço.
goleiro tcheco adiantado, e arrisca um chute que entrou para
a história do futebol brasileiro. No início do lance, a bola parte v0
do solo com velocidade de 108 km/h (30 m/s), e três segun-
dos depois toca novamente o solo atrás da linha de fundo, de- H
pois de descrever uma parábola no ar e passar rente à trave, α
para alívio do assustado goleiro.
157
tância horizontal entre o ponto de onde a bola partiu do solo 2
depois do chute e o ponto onde ela tocou o solo atrás da linha vy = v0y – g · t
de fundo era, em metros, um valor mais próximo de: 0 = v0y – 10 · 2,0 ⇒ v0y = 20 m/s
a. 52,0
b. 64,5 v0
c. 76,5 v 0y
d. 80,4
e. 86,6
Resolução
Dados: v0 = 30 m/s; θ = 30°; sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,85
α
LIVRO DO PROFESSOR
e t = 3 s.
A componente horizontal da velocidade (v0x) mantém-se vx
constante. O alcance horizontal (D) é dado por: v
tan α = 0y ⇒ tan α = 20 ⇒ tan α = 1
D = v0x · t ⇒ D = v0 · cos 30° · t ⇒ D = 30 · 0,85 · 3 vx 20
D = 76,5 m
α = 45°
Alternativa correta: C
b. v 20 = v 2x + v 20y ⇒ v 20 = 202 + 202
v 0 = 20 2 m / s
c. MUV, a = – g (na vertical)
v 2y = v 20y – 2 · g · ∆s ⇒ 02 = 202 – 2 · 10 · H
H = 20 m
EMI-15-80
Uma esfera de aço é lançada obliquamente com pequena No ponto mais alto da trajetória, a componente vertical
velocidade, formando um ângulo de 45 graus com o eixo hori- da velocidade é nula, e a componente horizontal é constante.
222
Exercícios Extras
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Seu espaço
158
Num2/v08n02a02.pdf>.
Se possível, usar algum simulador de lançamentos.
Acesse: <http://phet.colorado.edu/pt_BR/
simulation/projectile-motion>.
EMI-15-80
10
Da teoria, leia o tópico 3. 10. PUC-SP
222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Calcular o alcance de um projétil lançado por um mortei-
ro com velocidade inicial de 100 m/s, sabendo-se que o ân-
06. Vunesp gulo formado entre o morteiro e a horizontal é de 30°. Adotar
g = 10 m/s2.
Um corpo de 1,0 kg de massa é lançado obliquamente,
a partir do solo, sem girar. O valor da componente vertical da 11. Unifor-CE (adaptado)
velocidade, no instante do lançamento, é 2,0 m/s, e o valor da
Suponha que um projétil é lançado com uma veloci-
componente horizontal é 3,0 m/s.
Física
dade inicial de 200,00 m/s sob um ângulo de 30º com a
v0 horizontal. Calcule a altura máxima do projétil em relação
ao solo, sabendo-se que ele é lançado de uma altura de
2,0 m/s 1,70 m do solo.
3,0 m/s Despreze as forças dissipativas e adote g = 10,00 m/s2.
a. 401,70 m
Supondo que o corpo esteja sujeito exclusivamente à b. 501,70 m
ação da gravidade, determine sua energia cinética: c. 601,70 m
08. UFPE h
Numa partida de futebol, uma falta é cobrada de modo
159
que a bola é lançada segundo um ângulo de 30° com o gra-
mado. A bola alcança uma altura máxima de 5,0 m. Qual é o
módulo da velocidade inicial da bola em km/h? Despreze a
resistência do ar e adote g = 10 m/s2 .
sujeita apenas à força gravitacional e adotando g = 10 m/s2, a ma do solo, com velocidade linear inicial que forma um ângulo
altura h, em m, onde ela foi atingida é: de 45° com a horizontal. A bola toca o solo após percorrer a
222
13. UCS-RS
Física
de 60° com a horizontal. Se o tempo que o buquê levou para Nas condições descritas do movimento parabólico da
atingir a altura máxima foi de 0,7 s, qual o valor aproximado bola, considerando a aceleração da gravidade no local igual a
da velocidade dele ao sair da mão da noiva? Despreze o atrito 10 m/s2, 2 igual a 1,4 e desprezando-se as perdas de ener-
com o ar. Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, gia mecânica durante o voo da bola, determine, aproximada-
cos 60° = 0,5 e sen 60° = 0,87. mente:
a. 1,5 m/s a. o módulo da velocidade de lançamento da bola, em m/s;
b. 5,5 m/s b. a altura máxima, em metros, atingida pela bola.
c. 6,0 m/s
d. 8,0 m/s 16. Aman-RJ
e. 11,0 m/s Um lançador de granadas deve ser posicionado a uma
distância D da linha vertical que passa por um ponto A. Este
14. UESC ponto está localizado em uma montanha a 300 m de altura
Galileu, ao estudar problemas relativos a um movimento em relação à extremidade de saída da granada, conforme o
composto, propôs o princípio da independência dos movimen- desenho a seguir.
tos simultâneos – um móvel que descreve um movimento com-
posto, cada um dos movimentos componentes se realiza como Linha vertical
160
b. o tempo total do movimento é igual a 2s. veis. Para que a granada atinja o ponto A, somente após a sua
c. a altura máxima atingida pelo corpo é igual a 10,0 m. passagem pelo ponto de maior altura possível de ser atingido
d. o corpo atinge a altura máxima com velocidade nula. por ela, a distância D deve ser de:
e. a velocidade escalar mínima do movimento é igual a Dados: cos α = 0,6; sen α = 0,8
10,0 m/s. a. 240 m
b. 360 m
15. Unifesp c. 480 m
O atleta húngaro Krisztian Pars conquistou medalha de d. 600 m
ouro na olimpíada de Londres no lançamento de martelo. e. 960 m
EMI-15-80
10
Lançamentos vertical, horizontal e oblíquo
222
Exercícios de Aplicação
01. UERJ (adaptado) 02. UFV-MG
Um trem em alta velocidade desloca-se ao longo de um Um avião de carga voa a uma altitude h igual a 320 m,
Física
trecho retilíneo a uma velocidade constante de 108 km/h. Um à velocidade de 100 m/s. Ele deixa cair um pacote que deve
passageiro em repouso arremessa horizontalmente ao piso atingir um barco se deslocando a 20 m/s na mesma direção
do vagão, de uma altura de 1 m, na mesma direção e sentido e no mesmo sentido do avião. A que distância horizontal x,
do deslocamento do trem, uma bola de borracha que atinge atrás do barco, o avião deverá abandonar o pacote? Considere
esse piso a uma distância de 5 m do ponto de arremesso. g = 10 m/s2 e despreze o efeito do ar.
a. Calcule o intervalo de tempo, em segundos, que a bola
leva para atingir o piso.
b. Se a bola fosse arremessada na mesma direção, mas
161
Tempo de queda do pacote:
1 1
h = ⋅ g ⋅ t2 ⇒ 320 = ⋅10⋅ t2q ⇒ t q = 8 s
2 2
Distância para atingir o alvo:
x = vavião/barco · tq = ⇒ x = 80 · 8 ⇒ x = 640 m
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80
Após um ataque frustrado do time adversário, o goleiro se No ponto mais alto, a componente vertical da velocidade
prepara para lançar a bola e armar um contra-ataque. é nula e, na vertical, temos uma queda livre a partir do repou-
so.
222
oblíquo.
determinar qual destes dois jogadores receberia a bola no
menor tempo. Despreze o efeito da resistência do ar.
a. Sim, é possível, e o jogador mais próximo receberia a
bola no menor tempo.
b. Sim, é possível, e o jogador mais distante receberia a
bola no menor tempo.
c. Os dois jogadores receberiam a bola em tempos iguais.
d. Não, pois é necessário conhecer os valores da veloci-
dade inicial e dos ângulos de lançamento.
e. Não, pois é necessário conhecer o valor da velocida-
de inicial.
Exercícios Extras
04. Vunesp Os experimentos ocorrem em um local onde a aceleração
162
Num local onde g = 10 m/s2, um projétil é atirado com da gravidade g’ é um pouco menor que seu valor na superfície
velocidade v0 = 200 m/s, fazendo um ângulo de 60° com a terrestre g = 9, 8 m/s2.
horizontal. Desprezada a resistência do ar, qual será a altura Com base nesses dados e concordando com expressões
do projétil, em relação ao nível do disparo, quando sua veloci- cinemáticas para os movimentos de queda livre e lançamen-
dade fizer um ângulo de 45° com a horizontal? to oblíquo, é correto afirmar:
a. 500 m c. 1 000 m e. 750 m g
a. A razão h obedecerá a relação h = .
b. 1 500 m d. 3 000 m R R 2g ’
h 2g
05. UEL-PR b. A razão h obedecerá a relação = .
Um sistema mecânico que consiste de um pequeno tubo R R g’
LIVRO DO PROFESSOR
v0 R
EMI-15-80
10
Sobre o módulo
222
Como o assunto lançamento de projéteis é muito cobrado em vestibulares, fizemos este módulo com uma série de exercí-
cios envolvendo todos os tipos de lançamentos já estudados.
Exercícios Propostos
Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 3. 09.
Física
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Num parque aquático, um grupo de crianças se diverte
no tobogã cuja superfície final é paralela à direção horizontal.
06.
h2
h3
h1
163
bola podem ser desprezadas. Adotando g = 10 m/s2 , calcule: a. depende de sua massa, de maneira inversa.
a. a altura máxima h2 atingida pela bola; b. é diretamente proporcional à massa da criança.
b. a velocidade da bola no instante antes de ela ser rebatida. c. é inversamente proporcional à altura do toboágua.
d. é diretamente proporcional à g .
07. PUC-SP
Considere um lançador de projéteis, localizado em uma e. é diretamente proporcional à 1 .
plataforma a 60 metros acima do chão. Dele, um projétil é lan- g
çado horizontalmente, com velocidade de saída de módulo
200 m/s. Despreze a resistência do ar e calcule: Texto para às questões 10 e 11.
a. o tempo de viagem do projétil até atingir o chão; Três bolas − X, Y e Z − são lançadas da borda de uma
b. a distância horizontal percorrida pelo projétil, até atin- mesa, com velocidades iniciais paralelas ao solo e mesma LIVRO DO PROFESSOR
gir o chão; direção e sentido. A tabela a seguir mostra as magnitudes das
c. a componente vertical da velocidade do projétil, no massas e das velocidades iniciais das bolas.
momento em que atinge o chão;
Velocidade inicial
d. a componente horizontal da velocidade do projétil, no Bolas Massa(g)
(m/s)
momento em que atinge o chão;
e. a velocidade do projétil ao tocar o chão. X 5 20
Y 5 10
08. PUC-MG
Z 10 8
Um arqueiro atira uma flecha, que percorre uma trajetó-
ria parabólica vertical até atingir o alvo. No ponto mais alto da
trajetória da flecha: 10. UERJ
a. a velocidade e a aceleração são nulas. As relações entre os respectivos tempos de queda tx, ty e
b. a aceleração é nula. tz das bolas X, Y e Z estão apresentadas em:
c. o vetor velocidade e o vetor aceleração são horizontais. a. tx < ty < tz c. Tz < ty < tx
EMI-15-80
As relações entre os respectivos alcances horizontais Ax, ça a plataforma inferior, tocando-a com as duas rodas da mo-
Ay e Azdas bolas X, Y e Z, com relação à borda da mesa, estão tocicleta ao mesmo tempo. Sabendo-se que a distância entre
222
Em um experimento escolar, um aluno deseja saber o Uma pedra é lançada para cima a partir do topo e da
valor da velocidade com que uma esfera é lançada horizon- borda de um edifício de 16,8 m de altura a uma velocidade
talmente, a partir de uma mesa. Para isso, mediu a altura da inicial v0 = 10 m/s e faz um ângulo de 53,1° com a horizon-
mesa e o alcance horizontal atingido pela esfera, encontran- tal. A pedra sobe e, em seguida, desce em direção ao solo.
do os valores mostrados na figura. O tempo, em segundos, para que a mesma chegue ao solo é:
Dados: v0 = 10 m/s; θ = 53,1°; sen θ = 0,8; cos θ = 0,6
a. 2,8 c. 2,0
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b. 2,1 d. 1,2
16.
0,80
Pedro, munido de uma máquina fotográfica, tira três fotos
do movimento de uma bola lançada verticalmente para cima
com velocidade inicial v0. Para determinar v0, o menino escre-
2,80 veu nas fotos os dados que conhecia do movimento da bola
(veja a sequência de fotos). De acordo com os dados, pode-se
afirmar corretamente que a velocidade inicial (v0) da bola é:
Com base nessas informações e desprezando as influên- Dado: g = 10 m/s2
cias do ar, o aluno concluiu corretamente que a velocidade de
Foto 1
lançamento da esfera, em m/s, era de:
a. 3,1 d. 7,0
b. 3,5 e. 9,0
v0
c. 5,0
164
13. PUC-RS
Uma bola rolou para fora de uma mesa de 80 cm de altura
e avançou horizontalmente, desde o instante em que aban- Foto 2
donou a mesa até o instante em que atingiu o chão, 80 cm.
Considerando g = 10 m/s2, a velocidade da bola, ao abandonar v=0
a mesa, era de:
a. 8,0 m/s d. 2,0 m/s
b. 5,0 m/s e. 1,0 m/s H
c. 4,0 m/s
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14. Unesp
Um motociclista deseja saltar um fosso de largura
d = 4,0 m, que separa duas plataformas horizontais. As plata-
Foto 3
formas estão em níveis diferentes, sendo que a primeira en-
contra-se a uma altura h = 1,25 m acima do nível da segunda,
como mostra a figura. Até essa posição, a bola percorreu a
distância de 51,25 m.
11,25 m
h = 1,25 m
1,0 m
a. 10 m/s
b. 15 m/s
c. 20 m/s
d. 25 m/s
d = 4,0 m
EMI-15-80
e. 30 m/s