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221

Capítulo 11 ................98
Módulo 43 ............104
Módulo 44 ............108

AT 222 Capítulo 12 .............. 112


M
Módulo 45 ...........128

a
Módulo 46 ...........132

sic Módulo 47 ...........136


Módulo 48 ...........140


Q
O
BI
O
LP
IS
GE H
OL
FI

S
C
SO


S
RE

EMI-2016-80-MCN.indb 97 17/04/2015 14:39:08


1. Estudo analítico das lentes esféricas 100
2. Equação dos fabricantes de lentes 101
3. Associação de lentes 102
4. Organizador gráfico 103
Módulo 43 – Lentes esféricas:
estudo analítico 104
Módulo 44 – Lentes esféricas:
equação dos fabricantes 108

• Reconhecer lentes convergentes e


divergentes pelos seus efeitos sobre feixes
de luz.
• Calcular a posição, o tamanho e a natureza
da imagem formada por lentes esféricas,
utilizando os métodos gráfico e analítico.

MICHAELJUNG/SHUTTERSTOCK

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Lentes esféricas – Parte II 11
99
LIVRO DO PROFESSOR

As máquinas fotográficas, desde as profissionais até as de celulares,


são exemplos de equipamentos, usados em nosso dia a dia, que empre-
gam um sistema de lentes para a produção de imagens.

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1. Estudo analítico das lentes esféricas
11

Vamos considerar um objeto real de altura o, cuja abscissa é p, disposto perpendicularmente ao eixo principal de uma lente
de distância focal f e sua respectiva imagem i, de abscissa p', conforme figura.
221

p f = distância focal
o o = altura do objeto
i = altura da imagem
A F 0 F' A' p = distância do objeto ao centro óptico
i p’ = distância da imagem ao centro óptico
f f f f
Física

p'

Conhecendo as características da lente, o tamanho (ordenada o) e a posição (abscissa p) de um objeto em relação ao centro
óptico da lente, podemos determinar o tamanho (ordenada i) e a posição (abscissa p') da imagem conjugada por ele. Para isso,
utilizamos as duas equações já vistas nos espelhos esféricos.
• Equação dos pontos conjugados (equação de Gauss)
Essa equação relaciona a distância focal da lente (f), a abscissa do objeto (p) e a abscissa da imagem (p’):
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

1 1 1
= +
f p p'

• Equação do aumento linear transversal (A)


Essa equação relaciona os tamanhos da imagem (i) e do objeto (o) com as abscissas da imagem (p’) e do objeto (p):

i p'
A= =−
o p

Na aplicação dessas duas equações, adotamos uma convenção de sinais, conforme as tabelas a seguir.
100

Lente Distância focal Abscissa do objeto Abscissa da imagem


p’ > 0 (real e invertida)
Convergente f>0 p > 0 (real)
p’ < 0 (virtual e direita)
Divergente f<0 p > 0 (real) p’ < 0 (virtual e direita)

Aumento linear transversal Relação entre objeto e imagem


A>0 Imagem e objeto têm a mesma orientação: imagem direita.
A<0 Imagem e objeto têm orientações diferentes: imagem invertida.
LIVRO DO PROFESSOR

|A| = 1 Imagem e objeto têm o mesmo tamanho.


|A| > 1 O tamanho da imagem é maior que o tamanho do objeto.
|A| < 1 O tamanho da imagem é menor que o tamanho do objeto.

Eixo das
Referencial de Gauss + ordenadas
(alturas)

Objetos reais Objetos virtuais


imagens virtuais imagens reais
Eixo das + – Eixo das
abscissas dos abscissas das
objetos – O + imagens (p')
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11
APRENDER SEMPRE 16
As lentes oftálmicas – e porque não dizer

221
os óculos – estão associadas a um universo de 01.
fatos e lendas no que diz respeito ao seu de- Um objeto é colocado a 20 cm do centro óptico de uma
senvolvimento. Símbolos de muita inteligência lente. A imagem conjugada é direita e com o dobro do tama-
para alguns (por meio de alguns intelectuais nho do objeto. Determine:
consagrados) e de pouca para outros (utilizado a. a abscissa da imagem;
para caracterizar o estereótipo de pessoa calma b. o tipo de lente e sua distância focal.
e ingênua), os óculos atravessaram a história

Física
numa evolução gradativa, no decorrer da qual Resolução
podemos destacar alguns pontos importantes. a. De acordo com a equação do aumento linear trans-
versal, temos:
i p' 2 ⋅ o p'
=− ⇒ = − ⇒ p' = −40 cm
TERENCE MENDOZA

o p o 20
/ SHUTTERSTOCK

b. Sendo a imagem direita e maior que o objeto, a


lente é convergente. De acordo com a equação

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Apesar da suposta invenção dos óculos ins- dos pontos conjugados, a distância focal da lente
crita no túmulo de Salvino del Armati, em 1317, é dada por:
sua origem possui registros mais antigos. Em
1 1 1 1 1 1 1 2  −1
500 a.C., aparecem nos inscritos de Confúcio os = + ⇒ = − ⇒ = ⇒ f = 40 cm
primeiros registros de utilização de lentes. Mar- f p p´ f 20 40 f 40
co Polo, em 1215, citava o uso de acessórios se-
melhantes aos óculos pelos chineses. Existem
relatos da Idade Média que citam a pedra de
leitura, uma lente de aumento rudimentar feita de
diversos materiais, entre os quais o berilo, de onde 2. Equação dos fabricantes de lentes
vem a palavra “brilho”. No ano 1 000, o matemático A distância focal (f) de uma lente esférica e, consequen-
árabe Alhazen já propunha o desenvolvimento de temente, a sua convergência (C) podem ser determinadas
uma lente convergente que servira de base para conhecendo-se os raios de curvatura de cada superfície que
as pedras de leitura. Porém, a partir de 1270, compõe a lente, o índice de refração absoluto do material do
verifica-se o aparecimento das lentes montadas qual a lente é feita e o índice de refração absoluto do meio em
em armações. Mas estamos falando ainda de que ela está imersa.

101
lentes destinadas somente ao auxilio à leitura Para isso, utiliza-se uma equação denominada equação
que permitiam aos mais idosos dar continuidade dos fabricantes de lentes (equação de Halley), proposta por
àquela atividade. Veneza era o centro da técnica Edmond Halley:
de fabricação de vidros ópticos, que eram consi-
derados bens de alto valor, uma herança de pai 1 n   1 1
para filho. C = =  lente − 1 ⋅  + 
f  nmeio   R1 R2 
As lentes negativas para correção de mio-
pia foram propostas em 1441, por Nicolau Nessa expressão, R1 e R2 são os raios de curvatura das
Cusanus, e, para o astigmatismo, temos as faces da lente, que obedecem à seguinte convenção:
primeiras referências em Fuller, em 1827, que
LIVRO DO PROFESSOR
n1
desenvolveu lentes para o astrônomo inglês n1
George Airy. Em 1844, temos as referências R1 n2
de utilização de prismas. Em 1888, Charles F.
Prentice define a própria dioptria prismática; R2
e, dez anos antes, a Baush & Lomb registra a
fabricação de lentes côncavo-convexas.
O conceito de dioptria foi inicialmente propos-
+ Superfície convexa
to por Monoyer e, em 1875, Nagel desenvolveu a
R
escala de dioptrias, ou escala de medidas refrativas.
É atribuída a Benjamin Franklin a invenção – Superfície côncava
dos bifocais, em 1784, e datam de 1730 os
primeiros óculos com hastes rígidas para No caso de a lente apresentar uma superfície plana, o raio
apoio sobre as orelhas; as hastes dobráveis
1
aparecem somente em 1752. E, apenas a par- desta será considerado infinito e, portanto, = 0.

tir de 1970, temos os multifocais.
EMI-15-80

DIAS, A. Introdução ao cálculo de lentes Lembre-se de que, se o raio estiver em metros, a conver-
oftálmicas. São Paulo: Senac, 2005. gência será dada em dioptrias.

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3. Associação de lentes
11

Duas ou mais lentes, de convergências C1 e C2, podem ser


Edmond Halley (1656-1742), astrôno- associadas resultando em uma lente equivalente cuja con-
221

mo inglês. Autor de numerosas pesquisas vergência é dada por: Ce = C1 + C2.


de geofísica, meteorologia e astronomia, Em termos de distância focal, a expressão acima pode
Halley é conhecido especialmente pelos es- ser escrita como:
tudos dos movimentos dos cometas (1705)
e por ter sido o primeiro a estimar a passa-
1 1 1
gem de um deles, que hoje leva o seu nome, = +
fe f1 f2
por perto do Sol. Em 1720, foi nomeado as-
Física

trônomo real.
GORS4730 / 123RF

Veja como fazer uma lente de baixo custo.


Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=BprWYzk-AMI>.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

APRENDER SEMPRE 17

01.
A face convexa de uma lente plano-convexa apresenta
raio de curvatura igual a 25 cm. O material de que é feita a
lente tem índice de refração absoluto igual a 1,5, e ela será
utilizada no ar (n = 1). Determine a distância focal dessa
lente e a sua convergência.

Resolução
De acordo com a equação dos fabricantes de lentes, a
102

distância focal da lente vale:

Edmond Halley
Dicionário Enciclopédico Ilustrado Larousse.
1  nlente   1 + 1  1 1,5
= −1 ⋅ ⇒ =
f  nmeio   R1 R2  f 1 ( )( )
−1 ⋅ 0 +
1
25
São Paulo: Larousse do Brasil, 2007. 1 1
= 0,5⋅ ⇒ f = 50 cm = 0,5 m
f 25
1 1
E a convergência da lente é: C = ⇒ C = ⇒ C = 2 di.
f 0,5
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4. Organizador gráfico

11
A. Lentes esféricas

221
MURATART / SHUTTERSTOCK; NOMAD_SOUL / SHUTTERSTOCK
Podem ser Podem ser

Física
Lentes esféricas

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Côncavas Convexas
No ar

No ar
Divergentes Convergentes
Formam imagens

Formam imagens

103
Virtual, direita e menor • Real, invertida, maior, menor
que o objeto Equações ou igual ao tamanho do objeto
• Virtual, direita e maior
1=1 + 1
f p p'
p'
A = i =– p
o

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Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características

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Módulo 43
11

Lentes esféricas: estudo analítico


221

Exercícios de Aplicação
01. UFRJ 03. UFTM-MG
Um objeto está localizado a 4 cm de uma lente de distân- As figuras mostram um mesmo texto visto de duas for-
Física

cia focal f = 8 cm. Nessas condições, determine a abscissa mas: na figura 1, a olho nu e, na figura 2, com o auxílio de uma
da imagem. lente esférica. As medidas nas figuras mostram as dimensões
das letras nas duas situações.
Resolução
De acordo com a equação dos pontos conjugados:
1 1 1 1 1 1 1 1−2
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒ p' = −8m
f p p' 8 4 p' p' 8
10 mm
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

4 mm

Figura 1 Figura 2

Sabendo que a lente foi posicionada paralelamente à fo-


lha e a 12 cm dela, pode-se afirmar que ela é:
a. divergente e tem distância focal –20 cm.
b. divergente e tem distância focal –40 cm.
c. convergente e tem distância focal 15 cm.
02. UFTM-MG d. convergente e tem distância focal 20 cm.
Um garoto pretende projetar uma imagem da tela de sua e. convergente e tem distância focal 45 cm.
TV ligada em uma das paredes brancas de sua sala e, para
Resolução
isso, utilizará uma lente esférica delgada. A superfície da pa-
rede escolhida e a da tela da TV são paralelas e a distância De acordo com a figura 2, a imagem é virtual, direita e
entre elas é 4 m. Para conseguir projetar uma imagem nítida e maior que o objeto. Portanto, a lente é convergente. Assim,
temos:
104

com dimensões três vezes menores do que as da tela da TV, o


garoto deverá posicionar a lente, entre a parede e a TV, a uma i p' 10 p'
= − ⇒ = − ⇒ p' = −30 cm
distância da TV, em metros, igual a: o p 4 12
a. 2,5 1 1 1 1 1 1 1 5−2
b. 1,0 = + ⇒ = − ⇒ = ⇒ f = 20 cm
f p p' f 12 30 f 60
c. 2,0
d. 3,0 Alternativa correta: D
e. 3,5 Habilidade
Calcular a posição, o tamanho e a natureza da imagem
formada por lentes esféricas, utilizando os métodos gráfico e
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Resolução
De acordo com os dados, a imagem será real, invertida e analítico.
menor que o objeto, sendo a distância entre o objeto e a ima-
gem igual a 4 m.
i p' 1 p'
= − ⇒ − = − ⇒ p =3 · p’
o p 3 p
Sendo p + p’ = 4 ⇒ 3 · p’ + p’ = 4 ⇒ p’ = 1 m e p = 3 m.
Portanto, a distância da lente à TV será de 3 m.
Alternativa correta: D
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Exercícios Extras

11
04. Unicastelo-SP 05. Mackenzie-SP

221
Uma lente, mantida perpendicularmente aos raios de luz Em uma experiência de óptica, na sala de aula, coloca-se
provenientes de uma fonte de raios paralelos, é gradativamen- um objeto real à distância de 6 cm do centro óptico de uma
te aproximada de um anteparo mantido paralelamente ao cor- lente biconvexa de distância focal 4 cm. Sendo observadas
po da lente. A 40 cm do anteparo, verifica-se que é projetado as condições de Gauss, a distância entre esse objeto e sua
um disco luminoso de mesmo diâmetro que o da lente. Nessas imagem será de:
condições, a convergência dessa lente, em dioptrias, é: a. 6 cm
a. + 10 b. 9 cm

Física
b. + 5 c. 12 cm
c. – 2 d. 15 cm
d. – 2 e. 18 cm
e. – 5

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Seu espaço
Sobre o módulo
Este módulo trata basicamente da aplicação das equa-
ções dos pontos conjugados e do aumento linear transversal. Acesse: <http://objetoseducacionais2.mec.
Como essas equações já foram vistas pelos alunos no estudo gov.br/handle/mec/10229>
analítico dos espelhos esféricos, certamente eles não encon-
trarão dificuldades em utilizar as regras de sinais para as suas
aplicações. Outra simulação de lentes esféricas
Na web
Esta simulação em flash abrange vários tópicos de óptica
Acesse: <http://phet.colorado.edu/pt_BR/
geométrica (reflexão e refração, espelhos, lentes e formação
simulation/geometric-optics>.
de imagens). O software foi desenvolvido por José Brito da Sil-
va e está disponível no Banco Internacional de Objetos Educa-
cionais, BIOE, para uso livre.

105
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Exercícios Propostos
11

Da teoria, leia o tópico 1. 10. UFSJ-MG


221

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Um objeto de tamanho 20 cm encontra-se a uma distân-


cia de 40 cm de uma lente. A imagem formada pela lente é
uma imagem virtual, de tamanho 4 cm.
06. Unicap-PE Considerando essas informações, é correto afirmar que
Um objeto real é colocado a 10 cm de uma lente conver- essa lente é:
gente. A imagem conjugada é real e se forma a 10 cm da lente. a. convergente, pois sua distância focal é positiva.
Determine a distância focal dessa lente. b. divergente, pois sua distância focal é positiva.
Física

c. convergente, pois sua distância focal é negativa.


07. UCS-RS d. divergente, pois sua distância focal é negativa.
Num show, um fã da plateia filma o cantor. Suponha que
11. Vunesp
esse cantor tenha 1,85 m de altura e que, na câmera do fã,
Em um experimento didático de óptica geométrica, o pro-
haja uma lente convergente que forma a imagem real e inver-
fessor apresenta aos seus alunos o diagrama da posição da
tida do cantor. Essa imagem, que está à distância de 0,02 do
imagem conjugada por uma lente esférica delgada, determi-
centro da lente, tem uma altura de 0,01 m. A qual distância
nada por sua coordenada p’, em função da posição do objeto,
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

aproximadamente a câmera do fã está do cantor? determinada por sua coordenada p, ambas medidas em rela-
a. 3,70 m ção ao centro óptico da lente.
b. 10,00 m
c. 18,50 m p’(cm)
d. 20,00 m
e. 50,50 m 40

08. UFPE 20
Um objeto de altura 1,0 cm é colocado perpendicular-
mente ao eixo principal de uma lente delgada, convergente. p(cm)
–40 –20 0 20 40
A imagem formada pelo objeto tem altura de 0,40 cm e é in-
vertida. A distância entre o objeto e a imagem é de 56 cm. De- –20
termine a distância d entre a lente e o objeto. Dê sua resposta
em centímetros.
–40
Analise as afirmações.
106

I. A distância focal da lente é 20 cm.


II. A lente utilizada produz imagens reais de objetos colo-
Imagem
Objeto cados entre 0 e 10 cm de seu centro óptico.
d III. A imagem conjugada pela lente a um objeto linear co-
locado a 50 cm de seu centro óptico será invertida e
terá 1 da altura do objeto.
4
09. UFJF-MG Está correto apenas o contido em:
O olho mágico é um dispositivo óptico de segurança re- a. II. d. I e III.
b. III. e. II e III.
LIVRO DO PROFESSOR

sidencial constituído simplesmente de uma lente esférica.


1 c. I e II.
Quando um visitante está a m da porta, esse dispositivo
2 12. Cefet-MG
óptico forma, para o observador, no interior da residência,
uma imagem três vezes menor e direita do rosto do visitante. A distância entre um objeto real e a tela de projeção é de
É correto afirmar que a distância focal e o tipo de lente que 80 cm. Se uma lente delgada é posicionada adequadamente
constituem o olho mágico são, respectivamente: entre esse objeto e a tela, então forma-se uma imagem nítida
e ampliada em três vezes. Os dados que tornam possível essa
a. − 1 m, divergente. situação estão corretos em:
2
1 Distância focal Distância do objeto
b. − m, divergente. Tipo de lente
4 (em cm) à lente (em cm)
1
c. m, convergente. a. Convergente 20 20
4
b. Convergente 15 20
d. 1 m, convergente. c. Convergente 15 60
2
d. Divergente 15 60
e. − 1 m, convergente.
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4 e. Divergente 20 20

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13. Mackenzie-SP transmissão, foram utilizados instrumentos ópticos chamados

11
A figura ilustra o esquema, sem escala, de um pequeno de projetores, que são compostos de uma lente convergente
objeto real P, situado sobre o eixo principal de uma lente del- que permite a formação de imagens reais e maiores que o obje-

221
gada convergente, com os respectivos focos principais, F e F’, to (slides, filmes etc).
e pontos antiprincipais, C e C’. A imagem conjugada de P é ______, A figura mostra, de maneira esquemática, a posição do
________ e de altura ________ da do objeto. objeto e da imagem ao longo do eixo ab de uma lente esférica
delgada, tal como a usada em projetores. AB é o objeto e A'B',
Lente a imagem de AB conjugada pela lente.

5,00 cm

Física
C P

F 0 F’ C’ B

2,50 cm
A A'
a b
A alternativa que preenche, na ordem correta de leitura,

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


as lacunas do texto é:
a. virtual, direita, igual ao dobro.
b. virtual, invertida, igual ao triplo. B'
2 cm
c. real, direita, igual ao dobro.
d. real, invertida, igual ao triplo. 2 cm
e. real, invertida, igual ao dobro.
a. Qual a distância, ao longo do eixo ab, do centro da
14. UFTM-MG (adaptado) lente à imagem A'B'?
Um objeto real linear é colocado diante de uma lente es- b. Qual a distância focal da lente?
férica delgada convergente, perpendicularmente a seu eixo c. Qual a ampliação linear transversal?
principal. À medida que o objeto é movido ao longo desse eixo,
a altura (i) da imagem conjugada pela lente varia, em função 16. UFMG
da distância do objeto a ela (p), conforme o gráfico. Em um laboratório de óptica, Oscar precisa aumentar o
diâmetro do feixe de luz de um laser. Para isso, ele prepara
i(cm) um arranjo experimental com duas lentes convergentes, que
são dispostas de maneira que fiquem paralelas, com o eixo

107
de uma coincidindo com o eixo da outra. Ao ligar-se o laser, o
feixe de luz é alinhado ao eixo do arranjo.
Esse arranjo está representado no diagrama a seguir.
Fora de escala
10 Lente Lente

0
30 60 p(cm)
–10
d
LIVRO DO PROFESSOR

Nesse diagrama, as duas linhas horizontais com setas re-


Se o objeto for colocado a 20 cm da lente, determine a presentam dois raios de luz de um feixe. O diâmetro do feixe
abscissa da imagem e sua natureza (real ou virtual). de luz que incide nesse arranjo, atravessa-o e sai dele alarga-
do, na mesma direção de incidência.
15. UFU-MG Considerando essas informações, trace no diagrama, até a
Na última Copa do Mundo, telões instalados em várias cida- região à direita da segunda lente, a continuação dos dois raios
des transmitiram, ao vivo, os jogos da Seleção Brasileira. Para a de luz e indique a posição do foco de cada uma das lentes.
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Módulo 44
11

Lentes esféricas: equação dos fabricantes


221

Exercícios de Aplicação
01. 03.
Uma lente de vidro biconvexa apresenta raios de curva- Em uma régua de acrílico transparente, pingou-se uma
Física

tura 5 cm e 3 cm. Sendo 1,5 o índice de refração absoluto do gota d’água. Por causa das forças que agem sobre a água, a
material que constitui a lente e sabendo que ela está imersa gota tomou a forma de uma pequena lente plano-convexa de
no ar, calcule a distância focal e a vergência dessa lente. raio de curvatura 3 mm.
(Dados: índice de refração = 1,3; índice de refração do
Resolução
ar = 1,0.)
A distância focal da lente é dada por: Se a régua tiver espessura de 2 mm, quando ela for colo-

( )
cada sobre um texto escrito, olhando-se através da gota, uma
1  nlente − 1 1 + 1
=
1 1,5
( 1 1
)( )
 ⋅ R R ⇒ f = 1 − 1 ⋅ 5 + 3 letra terá suas dimensões aumentadas em:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

f  nar 1 2
a. 25%
1
f ( )
= 0,5⋅
3+5
15
1 4
⇒ = ⇒ f = 3,75 cm
f 5
b. 50%
c. 75%
E a vergência da lente é: d. 100%
e. 150%
1 1
C = ⇒C = ⇒ C ≈ 26,7 di
f 0,0375 Resolução
A gota funciona como uma lente plano-convexa com dis-
tância focal dada por:

=
f  nar (
1  nlente − 1 1 + 1
1 2
) 1 1,3
( )( )
1
 ⋅ R R ⇒ f = 1 − 1 ⋅ 3 + 0

1
f ()
1 1
= 0,3⋅ ⇒ = 0,1 ⇒ f = 10 mm
3 f
De acordo com a equação dos pontos conjugados:
1 1 1 1 1 1 1 1−5
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒ p’= −2,5 mm
108

f p p' 10 2 p' p' 10


02. De acordo com a equação do aumento linear transversal,
Uma lente convergente de distância focal 10 cm é asso- temos:
ciada a uma outra divergente, de distância focal 20 cm. Qual é i p’ i
=− ⇒ =−
( −2,5) ⇒ i = 1,25 ⇒
i = 1,25 · o
a distância focal do conjunto dessa associação? o p o 22 o
Resolução Isso significa dizer que o tamanho da imagem é 25%
A distância focal da associação é dada por: maior que o do objeto.
1 1 1 1 1 1 1 2 −1 Alternativa correta: A
= + ⇒ = + ⇒ =
fe f1 f2 fe 10 −20 fe 20 Habilidade
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1 1 Calcular a posição, o tamanho e a natureza da imagem


= ⇒ fe = 20 cm formada por lentes esféricas, utilizando os métodos gráfico e
fe 20
analítico.
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Exercícios Extras

11
04. FGV-SP Frustrada, a pessoa só conseguiu visualizar as múltiplas

221
Do lado de fora, pelo vitrô do banheiro, uma pessoa tenta imagens de um frasco de xampu, guardado sobre o aparador
enxergar seu interior. do box, a 36 cm do vidro. De fato, mal conseguiu identificar
que se tratava de um frasco de xampu, uma vez que cada uma
de suas imagens, embora com a mesma largura, tinha a altu-
ra, que no original é de 20 cm, reduzida a apenas:
(Dados: nvidro = 1,5 e nar = 1)
a. 0,5 cm d. 2,0 cm

Física
b. 1,0 cm e. 2,5 cm
2 cm (raio)
c. 1,5 cm

05.
Duas lentes diferentes são justapostas e resultam em
uma única lente convergente de distância focal de 30 cm.
Se uma das lentes justapostas apresenta distância focal de
10 cm e é convergente, calcule a distância focal da outra lente.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo sobre a equação dos fabricantes de lentes (equação de Halley) e a associação (justaposição) de lentes,
sugerimos ao professor destacar os seguintes pontos básicos:
• a regra de sinais para as superfícies côncavas e convexas que constituem a lente;
• a relação entre os índices de refração absolutos do material que constitui a lente e do meio no qual ela está inserida; essa
relação determina se a lente será convergente ou divergente;
• a associação de lentes, que na realidade é uma justaposição; a convergência resultante é a soma das convergências das
lentes associadas.
Na web
Experimento: lupa de glicerina

109
Acesse: <http://fisicamoderna.blog.uol.com.
br/arch2011-07-03_2011-07-09.html>.

Experimento: lupa de água

LIVRO DO PROFESSOR
Acesse: <http://cmais.com.br/x-tudo/
experiencia/14/lentedeaumento.htm>.
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 109 17/04/2015 14:40:07


Exercícios Propostos
11

Da teoria, leia os tópicos 2 e 3. d. a lente se comportará como convergente e com dis-


221

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento tância focal de valor diferente de 60 cm.


e. a lente se comportará como um espelho côncavo.

06. UPE 10. UEM-PR


Uma lente plano-côncava, mostrada na figura, possui um Considere uma lente plano-côncava de índice de refração
raio de curvatura R igual a 30 cm. Quando imersa no ar (n1 = 1), nL = 1,5, cuja face curva tem um raio de curvatura de 20,0 cm.
a lente comporta-se como uma lente divergente de distância Com relação ao funcionamento dessa lente, analise as alter-
Física

focal f igual a –60 cm. Assinale a alternativa que corresponde nativas e assinale o que for correto.
ao índice de refração n2 dessa lente. 01. Quando essa lente está mergullhada em um líquido
com índice de refração n1 = 2,0, ela funciona como
R uma lente convergente.
02. Quando essa lente está mergulhada em um líquido
n1 n2 n1 com índice de refração n1 = 1,0, ela funciona como
uma lente divergente.
04. Quando essa lente está mergulhada em um líquido
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

a. 0,5 com índice de refração n1 = 2,0, sua distância focal é


b. 1 80,0 cm.
c. 1,5 08. Quando essa lente está mergulhada em um líquido
d. 2 com índice de refração n1 = 1,0, sua distância focal
e. 2,5 é – 40 cm.
16. Quando essa lente está mergulhada em um líquido
07. UFPR com índice de refração n1 = 1,5, ela funciona como
Um estudante possui uma lente convergente cujos raios uma lente biconvexa.
de curvatura de ambas as superfícies são iguais a 30 cm. Ele Dê a soma dos números dos itens corretos.
determinou experimentalmente a distância focal da lente no
ar e obteve o valor de 10 cm. Com essas informações, calcule 11. UFPR
o índice de refração absoluto da lente. Sobre lentes, considere as seguintes afirmativas:
1. Uma imagem real (p’ > 0) pode situar-se na região da
08. UCB-DF luz incidente.
Calcule, em centímetros, a distância focal de uma lente 2. A equação de Halley (dos fabricantes de lentes) ape-
biconvexa simétrica de vidro (n = 1,5), sabendo que o raio nas é válida para lentes delgadas.
110

de curvatura de suas faces é igual a 25 cm. Considere a lente 3. Se a vergência de uma lente for negativa, então a lente
imersa no ar (n = 1,0) desprezando, se houver, a parte deci- será obrigatoriamente divergente.
mal do resultado final. 4. Para objetos reais, lentes divergentes sempre conju-
gam imagens virtuais, direitas e menores que o objeto
09. ITA-SP focado.
O índice de refração de uma lente plano-côncava é n2 = 1,5 e Assinale a alternativa correta.
o raio de curvatura é R2 = 30 cm. Quando imersa no ar (n1 = 1), a a. Somente 1 e 4 são verdadeiras.
lente se comporta como divergente, de distância focal f = – 60 cm. b. Somente 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Colocando essa lente num meio cujo índice de refração é 3, pode- c. Somente 2 é verdadeira.
mos afirmar que: d. Somente 2 e 3 são verdadeiras.
LIVRO DO PROFESSOR

e. Somente 2, 3 e 4 são verdadeiras.


R2
12.
Uma lente plano-convexa é feita de vidro com índice de
n1 n2 n1 f
refração igual a 1,5 e está imersa no ar. A relação entre a
R
a. a lente continuará divergente e com distância focal de distância focal e o raio de curvatura da face convexa da lente é:
60 cm. a. 1
b. a lente se comportará como convergente, com distân- b. 2
cia focal de 60 cm. c. 3
c. a lente se comportará como divergente e com distân- d. 4
cia focal de valor diferente de 60 cm. e. 5
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 110 17/04/2015 14:40:09


13. UFMT-MG 15. UFC-CE

11
Uma lente delgada convexo-côncava, de vidro flint, com U m a le n te e s fé r ic a d e lg a d a , c o n s tr u íd a d e u m m a te r ia l d e
índice de refração n = 1,6, encontra-se imersa no ar. Se o raio í n d i c e de refração n, está imersa no ar (n(ar) = 1,00). A lente tem

221
de sua superfície côncava é igual a 20,0 cm e sua vergência distância focal f e suas superfícies esféricas têm raios de cur-
C = –1,8 di, o raio da superfície convexa tem valor, em cm, vatura R1 e R2. Esses parâmetros obedecem a uma relação co-
igual a: nhecida como “equação dos fabricantes”, mostrada a seguir.
Suponha uma lente biconvexa de raios de curvatura iguais
(R1 = R2 = R), distância focal fo e índice de refração
n = 1,8 (figura I). Essa lente é partida dando origem a duas
lentes plano-convexas iguais (figura II). A distância focal de

Física
cada uma das novas lentes é:

1  1 1
= (n − 1)⋅  + 
f  R1 R2 

a. – 30,0
b. – 20,0
c. – 10,0

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


d. + 20,0
e. + 50,0

14. UFPR Figura I Figura II


Uma lente plano-convexa possui distância focal de
50 cm quando imersa no ar. O raio de curvatura da face con- a. 1 ⋅f d. 9 ⋅fo
vexa mede 20 cm e o material de que a lente é feita tem índi- 2 o 5
ce de refração 1,4. Considere um objeto situado sobre o eixo b. 4 ⋅f e. 2 · fo
principal da lente, a uma distância de 60 cm dela. Se o siste- 5 o
ma lente-objeto descrito for transportado para um meio com c. fo
índice de refração igual a 1,5, assinale as afirmações corretas
e dê como resposta a soma dos números correspondentes. 16. ITA-SP
01. A lente passa a ser divergente. As duas faces de uma lente delgada biconvexa têm um
02. A distância focal da lente não vai se alterar. raio de curvatura igual a 1,00 m. O índice de refração da len-
04. A imagem nessa situação será virtual, direita e menor te para luz vermelha é 1,60 e, para luz violeta, 1,64. Sabendo
que o objeto. que a lente está imersa no ar, cujo índice de refração é 1,00,

111
08. A imagem se formará a −50 cm da lente. calcule a distância entre os focos de luz vermelha e de luz vio-
16. O aumento linear será de 1,2. leta, em centímetros.

LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 111 17/04/2015 14:40:12


1. Instrumentos de observação 114
2. Instrumentos de projeção 119
3. O olho humano 120
4. Anomalias da visão 123
5. Organizador gráfico 127
Módulo 45 – Instrumentos ópticos:
lupa, microscópio composto e lunetas 128
Módulo 46 – Instrumentos ópticos:
máquina fotográfica e projetores 132
Módulo 47 – Óptica da visão 136
Módulo 48 – Defeitos da visão 140

• Descrever, por meio de linguagem


discursiva ou gráfica, fenômenos
e equipamentos que envolvem a
propagação da luz e a formação de
imagens.
• Reconhecer os processos de formação
de imagens por meio de instrumentos
ópticos.
• Identificar os principais meios de
produção, propagação e detecção de
ondas eletromagnéticas.
• Comparar diferentes instrumentos e
sistemas utilizados para melhorar ou
ampliar a visão, como óculos, lupas,
microscópios, telescópios e projetores.
• Calcular a ampliação de imagens por
instrumentos ópticos.
• Compreender o funcionamento do olho
humano, identificando os defeitos
visuais e suas correções.

TRIFF/SHUTTERSTOCK

EMI-2016-80-MCN.indb 112 17/04/2015 14:40:29


Instrumentos ópticos 12
113
LIVRO DO PROFESSOR

O desenvolvimento da óptica propiciou a construção de diversos instrumentos que contribuíram para o avanço da ciência e para a
melhoria da qualidade de vida das pessoas.
A astronomia deu um passo enorme com a descoberta do telescópio por volta de 1608, na Holanda. No ano seguinte, Galileu Galilei,
físico italiano, de posse de um telescópio, enfrentou a Inquisição, deixando uma importante contribuição ao "destronar" a Terra do centro
do Universo e ao adotar definitivamente sistema heliocêntrico.
E o que dizer dos avanços da Biologia com o advento do microscópio? E da vida das pessoas com o aprimoramento dos óculos?
As pesquisas biológicas por meio do microscópio, aliadas à medicina, possibilitaram melhor entendimento do funcionamento do corpo
humano. Na sociedade, de modo geral, os impactos produzidos pelos instrumentos ópticos foram grandes. Por meio das máquinas fotográficas,
conseguimos perpetuar a história, e os projetores nos levam para mundos até então desconhecidos.
Neste capítulo, trataremos do comportamento de alguns instrumentos ópticos, alguns utilizados basicamente na observação, e
outros, na projeção de imagens. Encerraremos o capítulo com o estudo do instrumento óptico mais importante para o ser humano: o olho
e suas anomalias.

EMI-2016-80-MCN.indb 113 17/04/2015 14:40:31


1. Instrumentos de observação
12

Os instrumentos ópticos classificados como instrumentos de observação produzem, de um objeto real, uma imagem vir-
tual que será vista diretamente pela pessoa que utiliza o instrumento. Vamos analisar os seguintes instrumentos de observação:
221

a lupa, também conhecida como microscópio simples; o microscópio composto; a luneta e o telescópio.

A. Lupa
A lupa consiste de uma lente convergente cuja função é produzir uma imagem virtual, direita e ampliada do objeto observa-
do. Para isso, o objeto real deve ser posicionado entre o foco objeto e o centro óptico da lente.
LABORANT / SHUTTERSTOCK
Física

F O F'
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

A lupa e a construção geométrica da imagem virtual i do objeto real o

Como a lupa é simplesmente uma lente convergente, as características da imagem são determinadas pelas equações vistas
no estudo analítico das lentes.

Veja como fazer fogo com uma lupa em:


<https://www.youtube.com/
watch?v=ZXobZZHmQ6Y>.

B. Microscópio composto
114

De forma simplificada, um microscópio composto é um instrumento constituído de duas lentes convergentes, associadas
coaxialmente. A primeira delas é denominada objetiva, e a segunda, ocular.
O objeto a ser visualizado é colocado próximo ao foco objeto da lente objetiva, que produzirá uma imagem real, inver-
tida e maior que o objeto. Essa imagem servirá de objeto para a lente ocular, que funcionará como uma lupa, produzindo
uma imagem final virtual, direita em relação à primeira imagem, mas invertida em relação ao objeto, e ampliada, conforme
mostra a figura.

Lente
convergente
LIVRO DO PROFESSOR

Lente ocular
convergente
objetiva

F'ob Foc
O
Fob Oob i1 Ooc F'
oc

i2

Esquema de funcionamento de um microscópio composto. A lente objetiva conjuga do objeto real o uma imagem i1 real, invertida e
EMI-15-80

maior que o objeto. A lente ocular conjuga do objeto (imagem i1) uma imagem i2 virtual, direita em relação a i1 e ampliada.

EMI-2016-80-MCN.indb 114 17/04/2015 14:40:41


PRESSMASTER / SHUTTERSTOCK
O aumento linear transversal obtido com a lente objetiva

12
i1
é dado por: Aob = .
o

221
E o aumento linear transversal obtido com a lente ocular
i2
é dado por: Aoc = .
i1
Efetuando o produto dessas duas expressões, obtemos:
i2

Física
Aob · Aoc = .
o
i2
A expressão é o aumento linear transversal total do
o
microscópio.
Portanto, o aumento linear transversal do microscópio é
dado pelo produto do aumento linear da objetiva pelo aumen-
to linear da ocular:

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


A = Aob · Aoc
Cientista usando um microscópio composto.

O microscópio óptico A palavra microscópio foi usada pela primei-


ra vez em 1624, por um membro da primeira
“Academia dei Lincei”, um grupo de cientistas
BIRGIT REITZ-HOFMANN / SHUTTERSTOCK

do qual Galileu fazia parte. Originou-se do grego


mikros (pequeno) e skopein (examinar). Portan-
to, desde sua origem, associou-se microscópio
imediatamente a um instrumento usado para a
observação de detalhes de objetos que observa-
mos à vista desarmada, ou objetos que nossos

115
olhos não podem ver. Quanto a este último as-
pecto, destaca-se a figura de Robert Hooke, que,
embora não tenha sido o inventor do microscó-
pio, foi o primeiro a, sistematicamente, obser-
var objetos com um olhar científico, e não por
simples curiosidade, como outros contemporâ-
neos do séc. XVII. Hooke procurava explicações
através do microscópio para fenômenos físicos
como, por exemplo, o fato de um pedaço de cor-
tiça boiar. Ele afirmava que isso era devido ao
fato de que o material era formado por muitos LIVRO DO PROFESSOR
compartimentos ou células contendo ar, o que o
tornava mais leve.
FARINA, M. Museu do microscópio: espaço interativo sobre história,
Microscópio composto do século XIX ciência e tecnologia do microscópio óptico. Rio de Janeiro: UFRJ.

Transforme o celular em um microscópio Projeto mais sofisticado, em inglês.


Projeto mais simples em: <https://www. Acesse: <https://www.youtube.com/
youtube.com/watch?v=HwHJhti5fLs>. watch?v=zMbsOtnXIqc>.
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 115 17/04/2015 14:40:56


C. Luneta
12

De modo análogo ao microscópio, a luneta é constituída de duas lentes acopladas coaxialmente nas extremidades de um
tubo cilíndrico opaco. As mais comuns são as lunetas de Kepler e a de Galileu.
221

Nas lunetas, a lente objetiva é sempre convergente e de grande distância focal. Na luneta de Kepler, a lente ocular é conver-
gente e, na luneta de Galileu, é divergente.
A luneta de Kepler é uma luneta astronômica utilizada para observação de objetos a longa distância, considerados no infi-
nito. Desse modo, a imagem i1 conjugada pela lente objetiva localiza-se no seu foco imagem. Essa imagem, que se situa entre o
foco objeto e o centro óptico da lente ocular, servirá de objeto para a ocular, que conjugará uma imagem final i2 virtual, ampliada
e direita em relação à imagem i1, conforme mostra a figura. Note que, em relação ao objeto, a imagem i2 é invertida.
Lente convergente
Física

Lente convergente Ocular


Objetiva

F'ob
Objeto
no infinito Oob Foc i1 Ooc F'oc
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

i2

Esquema de funcionamento de uma luneta de Kepler

DEAGOSTINI / GETTY IMAGES


LEEMAGE / AFP
116
LIVRO DO PROFESSOR

Luneta de Kepler Luneta de Galileu

A luneta de Galileu é conhecida como luneta terrestre, Para as lunetas, não se define o aumento linear transver-
pois é mais usada para visualizar objetos na Terra, já que a sal, mas sim o aumento visual M, dado pela razão entre a dis-
imagem formada é direita em relação ao objeto. tância focal da objetiva e a distância focal da ocular:

fob
M=
foc

Projetos de luneta astronômica


Acesse: <http://globotv.globo.com/
Acesse: <http://www.cacep.com.br/node/93>. rede-globo/globo-ciencia/v/saiba-como-
fazer-uma-luneta-caseira/2126168/>.
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12
A luneta de Galileu coincidência, a maioria daqueles que acredita-

221
Galileu teria conhecido uma luneta em maio de vam ser a Terra o centro do Universo também
1609 e logo previu o seu grande potencial como acreditavam nessa teoria da “perfeição celeste”.
arma de defesa e principalmente como instrumen- A primeira descoberta astronômica feita por Ga-
to científico. Galileu construiu seu primeiro teles- lileu através das lentes de seu telescópio já ia as-
cópio durante julho e agosto daquele ano. Este foi sim contra as teorias defendidas pela igreja. [...]
um instrumento muito simples, que não apresen-
tava novidades aos telescópios já encontrados à

SCIENCE IMAGES

Física
venda nas grandes cidades europeias. Na reali-
dade, Galileu duplicou um instrumento que havia
ganhado, procurando entender tudo sobre aquele
instrumento. O primeiro telescópio construído por
Galileu apresentava aumento de três vezes. Ime-
diatamente após a conclusão desse instrumento,
Galileu deu início à construção de um aparelho
“bem melhorado”. No dia 21 de agosto, na torre

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


de São Marco, em Veneza, Galileu apresentou,
com grande sucesso, seu telescópio de oito vezes
de aumento às autoridades locais.
[...]
O primeiro objeto celeste que Galileu observou
com esse instrumento só poderia mesmo ser a nos-
sa Lua. Galileu viu que a superfície lunar é muito
irregular, marcada por inúmeras crateras e, seme-
lhantemente à Terra, apresentava várias e várias
montanhas.
Essa foi uma descoberta muito importan-
te. Desde Aristóteles, havia a crença de que
“as coisas do céu são perfeitas”. A Lua sendo
um objeto celeste deveria então ser uma esfe-
ra perfeita. Não era isso que Galileu via e que
todos que tivessem acesso àquele instrumento, Disponível em: <http://www.observatorio.ufmg.br/

117
ou equivalentes, poderiam ver. Não apenas por Pas93.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015.

D. Telescópio tamanho do espelho utilizado. À medida que a tecnologia


A lente objetiva da luneta pode ser substituída por um es- avança, instrumentos mais precisos são produzidos, com es-
pelho parabólico. Nesse caso, temos um telescópio. As lune- pelhos cada vez maiores e mais engenhosos.
tas são um tipo especial de telescópio conhecido como ins- Os telescópios ópticos utilizados na atmosfera terrestre
trumentos refratores, enquanto os telescópios propriamente sofrem com as oscilações do ar que envolve o planeta e apre-
ditos são instrumentos refletores. sentam distorções nas imagens. A solução encontrada para
esse problema foi posicionar os telescópios fora da atmosfe-
ra terrestre. É o caso do telescópio orbital Hubble. LIVRO DO PROFESSOR
AEROMASS / SHUTTERSTOCK

MARCELCLEMENS / SHUTTERSTOCK

Telescópio refletor
EMI-15-80

Como os telescópios utilizam um espelho, o limite de


construção de um telescópio encontra-se precisamente no Telescópio espacial Hubble

EMI-2016-80-MCN.indb 117 17/04/2015 14:41:44


12

O Brasil tem um dos mais potentes telescó- O Projeto Impacton tem como objetivo
221

pios do mundo para defender a Terra de colisões a instalação e a operação de um observatório


de corpos celestes. astronômico dedicado à pesquisa de pequenos
corpos do Sistema Solar. Essa iniciativa integra
o Brasil aos programas internacionais de busca
e seguimento de asteroides e cometas em risco
de colisão com a Terra e fortalece a atuação na-
cional do Observatório Nacional (ON).
Física

Instalado no município de Itacuruba (PE),


DO SERTÃO DE ITAPARICA (OASI)

o Observatório Astronômico do Sertão de


OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO

Itaparica (Oasi), além da operação pioneira do


telescópio robótico, permite a colaboração com
outras instituições e projetos do ON, integrando
objetos de pesquisa, gerando publicações cientí-
ficas e formando recursos humanos.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Cúpula do Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (Oasi) Disponível em: <http://www.on.br/impacton>. Acesso em: 19 jan. 2015.

APRENDER SEMPRE 18
01.
Um microscópio composto apresenta objetiva de distância focal 0,75 cm e ocular de distância focal 5,00 cm colocada a uma
distância de 15,00 cm entre elas. Um inseto é colocado a 0,80 cm da objetiva. Determine:
a. a distância da imagem obtida pela objetiva ao centro óptico da ocular;
b. o aumento linear transversal obtido nessa situação.

Resolução
Do enunciado, temos: fob = + 0,75 cm; distância entre objeto e objetiva p = 0,80 cm; foc = + 5,0 cm e distância entre objetiva
e ocular igual a 15,00 cm.
a. Para a objetiva: 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p’ob = 12,00 cm
fob pob p’ob 0,7 75
5 0,80 80 p’ob
Como a distância entre objetiva e ocular é de 15,00 cm, a imagem i1 estará a 3,00 cm da ocular.
118

b. Para a ocular, temos: • Aumento da objetiva • Aumento da ocular


1 1 1 −p ’
= + A ob = −p' −(−7 7,50)
foc poc p’oc p A oc = ⇒ A oc = ⇒ A oc = 2
2,50
p 3,00
1 1 1 −12,00
= + A ob =
5,00
00 3,0 p’oc 0,8
−12,00
p’oc = – 7,50 cm A ob =
0,80
Aob = –15,00
Calculando o aumento linear transversal total: AT = Aob · Aoc ⇒ AT = – 15,00 · (2,50) ⇒ AT = – 37,50
LIVRO DO PROFESSOR

A imagem final obtida será 37,50 vezes maior que o objeto e invertida.
Lente convergente Lente convergente
Objetiva Ocular
15,00 cm
0,80 cm
F'ob
Objeto
Oob F'ob Foc i1 Ooc F'oc

12,00 cm
i2 3,00 cm
EMI-15-80

7,50 cm

EMI-2016-80-MCN.indb 118 17/04/2015 14:41:49


2. Instrumentos de projeção • quanto mais distante o objeto estiver da lente, menor

12
Os instrumentos ópticos classificados como instru- será o tamanho da imagem obtida no filme;
mentos de projeção produzem, de um objeto real, uma • a imagem formada no filme é real, invertida e menor

221
imagem real que, para ser vista por uma pessoa, deverá ser que o objeto. Nessas condições, o objeto se encontra
projetada em um anteparo. Vamos analisar os seguintes ins- antes do ponto antiprincipal da lente, ou seja, p > 2 · f.
trumentos de projeção: a máquina fotográfica tradicional e o Nas câmeras fotográficas digitais modernas, o filme fo-
projetor digital. tográfico é substituído por um dispositivo de carga acoplada
(CCD), um sensor de imagem constituído por um circuito inte-
A. Máquina fotográfica tradicional grado. Esse dispositivo capta a luz emitida pelo objeto e envia
A máquina fotográfica tradicional consiste de uma câma- a informação eletrônica para outros dispositivos, que armaze-

Física
ra escura dotada dos seguintes dispositivos: nam a informação recebida, no caso a imagem.
• um orifício chamado diafragma, que tem a função de

SCYTHER5 / SHUTTERSTOCK
regular a intensidade da luz que entra na câmara;
• uma lente convergente chamada objetiva;
• um filme fotográfico que possui a capacidade de reter
informações sobre a luz que o atinge e servirá como
uma tela de projeção para a imagem obtida.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Diafragma
Filme

Câmera fotográfica digital

Objetiva Fotografando com uma lata (Pinhole)

INGRAM PUBLISHING / GETTY IMAGES


Ilustração de uma máquina fotográfica tradicional

119
Simplificadamente, a figura seguinte ilustra o esquema
de funcionamento de uma máquina fotográfica:

Lente
convergente

Foto tirada com uma lata


o
1
Os físicos do século XVI estudaram um
dispositivo chamado câmara escura, que,
Filme evoluído, veio a resultar nas atuais câmaras LIVRO DO PROFESSOR
fotográficas. Eles verificaram que uma caixa
p' p totalmente fechada, possuindo apenas um ori-
Esquema simplificado da construção da imagem fício em um dos lados, tinha propriedades de
no filme de uma máquina fotográfica reproduzir as imagens dos objetos que estives-
sem colocados na frente do orifício, de modo
Com base na semelhança de triângulos mostrados na fi- que esta imagem aparecia na parede oposta à
gura, podemos escrever: entrada da câmara e invertida.
Ao observarmos a imagem formada, no-
tamos que ela não se apresenta nítida. Para
i −p’
= reprodução perfeita da imagem na câmara
o p escura, teríamos de usar um furo muito peque-
no, ou dispositivos ópticos conhecidos como
lentes que, basicamente, operam por refração.
Observe que: Disponível em: <http://sites.ifi.unicamp.br/laboptica/
EMI-15-80

• o sinal negativo é porque a imagem é invertida em re- files/2012/11/fotolata1.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2015.
lação ao objeto;

EMI-2016-80-MCN.indb 119 17/04/2015 14:42:09


B. Projetor de slides
12

O projetor de slides é um dispositivo óptico que utiliza uma lente convergente (objetiva) e uma lâmpada muito potente.
Colocando-se um slide fotográfico em uma posição conveniente, mais precisamente entre o ponto antiprincipal e o foco princi-
221

pal objeto da lente, os raios de luz emitidos pela lâmpada atravessam o slide, fazendo com que este funcione como um objeto
iluminado, para o qual a lente conjugará uma imagem real, invertida e maior que o objeto, que, para ser vista, deve ser projetada
em um anteparo, conforme mostra a figura.

Anteparo
Física

A'
Slide Objetiva

Lâmpada A L
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Esquema de funcionamento de um projetor de slides

Atualmente, o projetor de slides vem sendo substituído


por um projetor digital multimídia denominado datashow, que APRENDER SEMPRE 19
faz as projeções, em uma tela, de imagens armazenadas em
um computador. Nesse caso, o slide é substituído por uma pe- 01.
quena tela transparente. Uma câmera fotográfica tradicional possui uma ob-
jetiva de distância focal igual a 2,0 cm e é usada para fo-
ANDREY_POPOV / SHUTTERSTOCK

tografar um objeto com 2,0 m de altura distante 4,0 m da


lente. Determine:
a. a distância da objetiva ao filme, em cm;
b. a altura e as características da imagem formada.

Resolução
Do enunciado: f = + 2 cm = 0,02 m; o = 2,0 m e p = 4,0 m.
a. Para calcularmos p’:
120

1 1 1
= +
f p p'
1 1 1
= + ⇒ p' ≈ 2 cm
0,02 4,0
4,0 p'

b. Para calcularmos a altura da imagem:


i −p’
A= =
o p
Sala com projetor multimídia
i −0,02
= ⇒ i = −1,0 ccm
LIVRO DO PROFESSOR

2,0 4,0
A imagem obtida será real, invertida e menor.

Veja como fazer um projetor em: <https://www.


youtube.com/watch?v=3Yrg6Are9YQ>.
3. O olho humano
Trata-se do dispositivo óptico de maior importância para
Veja como fazer um “microscópio de o ser humano. Basicamente, o olho humano é um órgão que
projeção” em: <https://www.youtube. capta a luz, transforma a informação luminosa em um impul-
com/watch?v=7HAdiWkltvA>. so elétrico e, através do nervo óptico, envia essa informação
para o cérebro, onde ela é codificada.
O olho humano constitui-se num sistema óptico altamente
Veja como fazer um projetor de celular em: sofisticado e dotado de mecanismos que permitem a focalização
<https://www.youtube.com/ correta, tanto de objetos próximos como de objetos distantes.
watch?v=eVhLQBPZqUI>. Nas figuras seguintes, temos uma visão frontal de um
EMI-15-80

olho humano e um esquema que representa a estrutura que


o compõe.

EMI-2016-80-MCN.indb 120 17/04/2015 14:42:21


12
CANON BOY / SHUTTERSTOCK
Pupila

221
Física
Íris Esclerótica

Visão frontal de um olho humano

Íris

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Humor aquoso Coroide
Mancha amarela
Esclerótica
Córnea
ual
Eixo vis Retina
Pupila Eixo óptico

Nervo óptico
Câmara anterior Humor vítreo

Músculos ciliares

Cristalino
Ponto cego
Câmara posterior

121
5 mm 15 mm
Ilustração de um olho humano e suas estruturas

Na tabela a seguir, temos as explicações para cada uma das estruturas do olho humano.

Abertura central por onde a luz entra no olho. Sua área pode ser variada pela íris
Pupila
para se adaptar à quantidade de luz que chega ao fundo do olho.

LIVRO DO PROFESSOR
Membrana arredondada, retrátil, diversamente pigmentada. Chama-se de miose
Íris
o processo de contração da pupila e de midríase o de dilatação.

Córnea Membrana fibrosa que recobre todo o olho.

Humor aquoso Substância gelatinosa e transparente que preenche a câmara anterior. Possui índice de refração próximo de 1,33.

Cápsula que contém uma gelatina fibrosa rija na posição central e menos consistente
Cristalino na periferia, que funciona como uma lente convergente de distância focal variável.
O cristalino encontra-se preso aos músculos ciliares por ligamentos.

Músculos ciliares São capazes de alterar a distância focal do cristalino.

Substância gelatinosa e transparente que preenche a câmara posterior. Possui


Humor vítreo
EMI-15-80

índice de refração próximo de 1,33 como o humor aquoso.

EMI-2016-80-MCN.indb 121 17/04/2015 14:42:28


12
Coroide Camada pigmentada e intensamente vascularizada cuja função é a irrigação sanguínea do globo ocular.
221

Camada exterior esbranquiçada e opaca responsável pela estabilidade


Esclerótica
mecânica do globo.

Membrana nervosa onde se localizam as células de recepção de luz chamadas


cones e bastonetes.
Cones e bastonetes
Os cones são responsáveis pela visão colorida, e os bastonetes, pela visão em preto e branco (sombras).
Física

Retina
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Estrutura celular da retina (à direita, 1 cone e 9 bastonetes; à esquerda, 3


axônios de células ganglionares que pertencem ao nervo óptico).
Nervo óptico Nervo responsável pela ligação entre o globo ocular e a região da visão no cérebro.
Também chamada de mácula lútea, é a região da retina que permite
Mancha amarela
enxergar com nitidez as imagens projetadas sobre ela.
Região de contato entre o globo e o nervo óptico desprovida de receptores visuais;
Ponto cego
logo, não se enxergam as imagens que são projetadas sobre ele.

Em óptica, o estudo do olho humano é feito com base em res e, com isso, a distância focal do cristalino se altera para
um modelo denominado olho reduzido. Trata-se de um mo- que a imagem seja formada sobre a retina.
delo simplificado com o objetivo de descrever a trajetória dos Para objetos situados a uma distância considerada
122

raios luminosos e a formação das imagens. Nesse modelo, infinita do olho, denominada de ponto remoto (PR), os
a córnea, o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo são músculos ciliares estão relaxados e o foco imagem da len-
vistos como uma lente biconvexa (convergente) que conjuga te convergente (cristalino) encontra-se exatamente sobre
uma imagem real, invertida e menor que o objeto e que é pro- a retina.
jetada na retina, no fundo do olho, a uma distância de 2,0 cm,
aproximadamente, conforme figura. Objeto no
infinito
Cristalino Retina
Objeto (lente convergente) L F'
(anteparo)
LIVRO DO PROFESSOR

i'

Esquema do olho reduzido para um objeto no infinito

Imagem Vejamos, agora, como ocorre a acomodação visual


para um objeto colocado a 25 cm do olho. Essa é a dis-
p' = 2,0 cm tância mínima convencional, denominada ponto próximo
Esquema da construção geométrica da imagem de (PP). Nessas condições, os músculos ciliares apresen-
um objeto real na retina de um olho reduzido. tam uma contração máxima, fazendo com que o cristalino
apresente uma distância focal mínima, ou seja, uma con-
A. Acomodação visual vergência máxima.
Em condições normais (olho emetrope), podemos enxer-
gar objetos situados desde uma distância média convencio-
nal de 25 cm até o infinito. À medida que observamos objetos o
L F'
cada vez mais afastados, o olho humano realiza o mecanis-
mo de focalização, denominado acomodação visual. d = 25 cm i'
EMI-15-80

Nesse processo, o cristalino, que é constituído de mate-


rial flexível, tem sua curvatura alterada pelos músculos cilia- Esquema do olho reduzido para um objeto no ponto próximo

EMI-2016-80-MCN.indb 122 17/04/2015 14:42:34


Lembrando que no olho normal (olho emetrope), a dis- perda de nitidez. Isso significa dizer que o ponto remoto dei-

12
tância do cristalino à retina é de, aproximadamente, 2,0 cm xa de ser infinito e passa a se localizar a uma distância finita
(0,02 m), podemos calcular a convergência do cristalino nas do olho.

221
duas situações propostas. Assim, de acordo com a equação Observe nas figuras como a garota é vista por uma pes-
dos pontos conjugados, temos: soa de olho normal e por uma pessoa míope.
• objeto no infinito (ponto remoto)
Visão normal Miope
1 1 1 1 1
C = ⇒ C = + ⇒ Cr = + ⇒ Cr =50 di
f p p’ ∞ 0,02
• objeto a 25 cm (ponto próximo)

Física
1 1 1 1
C = + ⇒ Cp = + ⇒ Cp = 54 di
p p’ 0,25 0,02

KONSTANTIN CHAGIN/SHUTTERSTOCK
Portanto, para objetos no ponto remoto (objetos distan-
tes), a lente convergente (cristalino) possui uma convergên-
cia de 50 di e, para objetos no ponto próximo, a convergência
é de 54 di. A diferença (4 di) entre esses dois valores é deno-
minada amplitude de acomodação visual.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


4. Anomalias da visão
Atualmente, é comum encontrarmos pessoas que usam A miopia ocorre normalmente em razão de um alonga-
óculos para corrigir determinada anomalia da visão. As ano- mento do globo ocular. Isso faz com que a imagem no olho
malias, conhecidas como ametropias, mais comuns são a míope se forme aquém da retina, conforme mostra a figura.
miopia e a hipermetropia.
Retina do Retina do
olho normal olho míope
Objeto no
infinito
Ametropia – Erro da refração ocular que
dificulta a nitidez da imagem na retina. Ame-
tropia axial: faz com que a imagem se for-
Cristalino
me antes ou depois da retina, em razão de Imagem
um alongamento ou encurtamento do globo
ocular sobre o eixo óptico, gerando, respecti- No olho míope, por causa do alongamento do globo

123
vamente, miopia ou hipermetropia. ocular, a imagem se forma antes da retina.
Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 2.0.
Uma pessoa míope deve usar óculos com lentes diver-
gentes, cuja função é conjugar uma imagem no ponto remo-
Além dessas duas anomalias, comentaremos também a to, a uma distância finita, de um objeto localizado no infinito.
presbiopia, o astigmatismo e o daltonismo. Observe que as lentes não corrigem a ametropia, elas apenas
produzem uma imagem do objeto distante no ponto remoto
A. Miopia (distância finita) de acomodação visual da pessoa.
O olho de uma pessoa míope apresenta dificuldade para A figura ilustra a função da lente divergente utilizada para
focalizar objetos distantes, pois as imagens sofrem sensível “corrigir” a miopia.
LIVRO DO PROFESSOR

Retina do
PRM
olho normal

Cristalino Retina do
olho míope
Ponto
remoto

Lente divergente
"corretiva"
No olho míope, a utilização de uma lente divergente faz com que a imagem se forme na retina.
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 123 17/04/2015 14:42:39


APRENDER SEMPRE 20
12
01.
Entenda a miopia. Em uma consulta, um oftalmologista constatou que
221

Acesse: <https://www.youtube. uma pessoa apresentava miopia igualmente nos dois


com/watch?v=lfnd8cI7Hpg>. olhos e receitou lentes divergentes de − 0,5 di. Qual a dis-
tância máxima que essa pessoa consegue enxergar sem a
ajuda dos óculos?
Para determinar a convergência da lente divergente a ser
utilizada pela pessoa míope, basta lembrar que, para um ob- Resolução
jeto no infinito, a lente conjuga uma imagem no ponto remo- A distância máxima que a pessoa consegue enxergar,
Física

to. Assim, de acordo com a equação dos pontos conjugados, sem a ajuda dos óculos, é a distância do ponto remoto, que
obtemos: para ela é finita. Assim, temos:
1 1 1 1 1 1 1 1
C = ⇒C = + ⇒C = − C= − ⇒ −0,5 = ⇒ PRM
PRM = − ⇒ PRM = – 2,0 m
f p p’ ∞ PRM PRM
M PPRM 0,5
Portanto, a distância máxima que a pessoa enxerga,
sem óculos, é 2,0 m. Nesse ponto, as lentes divergentes
1
C=− “corretoras” conjugam a imagem de um objeto localizado
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

PRM no infinito.

Computador aumenta risco de miopia na infância


No mundo todo, a miopia dobrou nos últimos anos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
O tema que se transformou internacionalmente em uma das principais questões da saúde pública na
atualidade vem sendo estudado pelos oftalmologistas desde 1969.
Assim como acontece com adultos, o uso intensivo de tecnologias na infância causa stress ocular. A sín-
drome da visão no computador (CVS) está relacionada à miopia acomodativa, uma dificuldade temporária
de enxergar de longe.
A alteração pode durar meses ou se tornar um mal permanente caso os hábitos não sejam modifica-
dos. Isso porque o esforço visual para perto diminui a capacidade de acomodação dos olhos.
O recomendável para manter a saúde ocular das crianças é descansar de 15 a 30 minutos a cada hora
124

de videogame ou navegação pela Internet.


A miopia é um vício de refração da luz em que as imagens são formadas na frente da retina, fazendo
com que as imagens distantes fiquem desfocadas. Pode ser hereditária ou causada por fatores ambien-
tais como medicamentos, alimentos e telas dos equipamentos. A diminuição do tamanho das telas faz
com que nunca nossa visão de perto tenha sofrido tamanha exigência tão precocemente.
Ainda assim, sem monitoramento teremos uma geração maior de adultos míopes. O maior problema
da miopia é que em graus elevados predispõe ao glaucoma e problemas na retina. Por isso, todo esforço
para barrar sua evolução é bem-vindo.
Revista Exame. Por Leôncio Queiroz Neto – Presidente do Instituto Penido Burnier, membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), da SBCII
(Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares) e da SBCR (Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa). Acesso em: 10 jul. 2014.
LIVRO DO PROFESSOR

B. Hipermetropia
O olho de uma pessoa hipermetrope apresenta dificuldade para focalizar objetos próximos, pois as imagens sofrem sensível
perda de nitidez. Isso significa dizer que o ponto próximo passa a se localizar a uma distância maior que 25 cm, que é a distância
do ponto próximo para o olho normal.
Observe nas figuras como o jornal é visto por uma pessoa de olho normal e por uma pessoa hipermetrope.

Visão normal Visão com hipermetropia


ANDREY_POPOV / SHUTTERSTOCK

EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 124 17/04/2015 14:42:44


Essa anomalia ocorre normalmente em razão de um encurtamento do globo ocular. Isso faz com que a imagem se forme

12
além da retina, conforme mostra a figura.

221
Retina do
Cristalino olho normal

p p'

25 cm

Física
Retina do olho
hipermetrope
No olho hipermetrope, por causa do encurtamento do globo ocular, a imagem se forma após a retina.

Uma pessoa hipermetrope deve usar óculos com lentes


convergentes, cuja função é conjugar uma imagem no ponto APRENDER SEMPRE 21
próximo de um objeto situado a 25 cm de distância. Do mes-

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


mo modo que as lentes divergentes, as lentes convergentes 01.
não corrigem a ametropia, elas apenas produzem uma ima- Uma pessoa, para ler um jornal, precisa colocá-lo a
gem do objeto no ponto próximo de acomodação visual da 50 cm (0,50 m) de distância de seus olhos. Determine a
pessoa, conforme mostra a figura abaixo. convergência das lentes convergentes dos óculos dessa
pessoa para que ela consiga ler o jornal nas condições nor-
mais, ou seja, a 25 cm dos olhos.

Resolução
A pessoa apresenta hipermetropia, e a distância mí-
p = 25 cm nima de visão é 50 cm. Assim, a convergência das lentes
“corretoras” é dada por:
PPH > 25 cm
1 1
C=4− ⇒C = 4 − ⇒ C = 2 di
PPH 0,50
No olho hipermetrope, a utilização de uma lente convergente
faz com que a imagem se forme na retina. Para isso, a imagem
do objeto conjugada pela lente “corretora” se localiza no ponto
próximo, a uma distância mínima maior que 25 cm.

125
C. Presbiopia
A presbiopia, também conhecida como “vista cansada”,
costuma afetar as pessoas a partir dos 40 anos. Trata-se de
Entenda a hipermetropia em: <https://www. uma ametropia que provoca dificuldade de enxergar objetos a
youtube.com/watch?v=Nd3j8akcnEw>. curta distância, normalmente causada por uma degeneração
(enfraquecimento) dos músculos ciliares, que fazem a aco-
modação do cristalino.
A “correção” da presbiopia é feita com lentes convergen-
Para determinar a convergência da lente convergente tes com convergência dada pela mesma expressão utilizada
a ser utilizada pela pessoa hipermetrope, basta lembrar na hipermetropia, ou seja: LIVRO DO PROFESSOR
que, para um objeto a 25 cm (0,25 m), ponto próximo de
um olho normal, a lente conjuga uma imagem no ponto 1
C=4−
próximo do hipermetrope (PPH.), ponto mais próximo da PPP
visão nítida. Assim, de acordo com a equação dos pontos
conjugados, obtemos: Nessa expressão, PPP é a distância do ponto próximo do
olho presbíope.
1 1 1 1 1
C = ⇒C = + ⇒C = −
f p p’ 0,25 PPH

1
C=4− Assista ao vídeo: Entendendo a presbiopia.
PPH
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=sgs3Mc0lJ9c>. Acesso em: 29 jan. 2015.
Nessa expressão, o ponto próximo do hipermetrope
(PPH) deve ser maior que 0,25 m.
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 125 17/04/2015 14:42:48


D. Astigmatismo
12

O astigmatismo é uma anomalia visual que consiste em A pessoa com astigmatismo vê imagens borradas, com
imperfeições da simetria de revolução do sistema óptico ocu- pouca nitidez, e, nesses casos, é aconselhável a utilização de
221

lar em torno do seu eixo óptico. A imperfeição normalmente se óculos com lentes cilíndricas.
localiza na córnea, mas, em alguns casos raros, também ocorre
no cristalino. Essa anomalia torna o olho um sistema astigmáti-
co, com a formação de várias imagens para um mesmo objeto.
Observe na figura a imagem da visão normal e a imagem
vista por um astígmata. Assista ao vídeo: Astigmatismo
Disponível em: <https://www.youtube.com/
Física

watch?v=Rivf9eL8YbY>. Acesso em: 29 jan. 2015.


NINA BUDAY / SHUTTERSTOCK

Visão normal

Cirurgia refrativa a laser


Acesse: <https://www.youtube.com/
watch?v=CKdHzehDa18>.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

E. Daltonismo
O daltonismo é uma ametropia caracterizada pela impos-
sibilidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifesta-
da, muitas vezes, pela incapacidade de distinguir a cor verde
da cor vermelha, causada por um gene localizado no cromos-
somo X. Na maioria das vezes, possui origem genética, mas
Visão com astigmatismo pode ser causado por distúrbios neurológicos.
O nome daltonismo provém do nome do químico inglês
John Dalton, que, em 1794, publicou um estudo revelando
que tinha dificuldade para distinguir a cor verde da cor ver-
melha.

Acesse o site e faça o teste de


Ishihara para visão de cores:
<http://www.ibrau.com.abr/ishihara.htm>.
126
LIVRO DO PROFESSOR

EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 126 17/04/2015 14:42:55


5. Organizador gráfico

12
A. Instrumentos ópticos

221
Podem ser Mais importante

Física
Instrumentos
ópticos

Podem ser

OLLYY / SHUTTERSTOCK; NOEL POWELL / SHUTTERSTOCK; MAXRIESGO / SHUTTERSTOCK

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Observação Olho humano

Normal

Anomalias
Como

Projeção
- Ponto próximo: 25 cm
- Ponto remoto: infinito
- Lupa
Como

- Microscópio
- Luneta
- Miopia
- Hipermetropia
- Máquina fotográfica - Presbiopia
- Projetos de slides - Astigmatismo
- Daltonismo

127
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características

EMI-2016-80-MCN.indb 127 17/04/2015 14:42:58


Módulo 45
12

Instrumentos ópticos: lupa, microscópio composto e lunetas


221

Exercícios de Aplicação
01. Mackenzie-SP 03. FGV-SP
Uma lupa, também conhecida por microscópio simples, Para observar o céu, um apreciador de astronomia dispõe
Física

consiste de uma lente convergente. Considerando-se que as de algumas lentes esféricas. Uma dessas lentes, a lente L0, de
lentes ilustradas a seguir são constituídas de material cujo distância focal f0 = + 1,00 m, é utilizada como objetiva, para
índice de refração absoluto é maior que o do meio que as en- focalizar uma estrela distante.
volve, as lentes que podem ser usadas como lupa são:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

L1 L2 L3 L4
L0 L1 L2 L3
a. L1 e L4 f0 = +1,00 m f1 = +10 cm f2 = +1,00 m f3 = –10 cm
b. L2 e L1
c. L1 e L2 Para conseguir a melhor imagem virtual e ampliada da es-
d. L2 e L3 trela, esse observador deve dispor coaxialmente da lente L0,
e. L1 e L3 a lente _____________ a uma distância do foco de L0 _______________ do que o
valor da distância focal ________________________.
Resolução
Assinale a alternativa que preenche correta e respectiva-
Das quatro lentes mostradas, somente L1 e L3 são conver- mente as lacunas.
gentes, pois são lentes de borda fina imersas num meio de a. L1 – menor – f1
índice de refração menor que o da lente. b. L1 – maior – f1
Alternativa correta: E c. L2 – menor – f2
d. L3 – menor – f3
e. L3 – maior – f3
Resolução
128

02. Unicid-SP
O microscópio composto é constituído de 2 lentes esfé- A lente objetiva conjuga, do objeto distante, uma imagem
ricas coaxiais, a objetiva B e a ocular C. Sendo a lâmina O um no seu foco. Essa imagem servirá de objeto para a lente ocu-
objeto real e sua imagem final virtual I, é correto afirmar que: lar, que deverá conjugar uma imagem virtual, direita e amplia-
a. B e C são convergentes e O deve ser colocada entre o da. Assim, ela deverá ser convergente e o objeto deve estar
foco e o centro óptico de B. entre seu foco e o centro óptico. Para que a ampliação seja a
b. B e C são convergentes e O deve ser colocada entre o maior possível, devemos optar pela lente de menor distância
foco e o ponto antiprincipal de B. focal. Alternativa correta: A
c. B e C são convergentes e I deve ficar entre o foco e o Habilidade
centro óptico de C. Reconhecer os processos de formação de imagens por
LIVRO DO PROFESSOR

d. B é convergente, C é divergente e O deve ser colocada meio de instrumentos ópticos.


entre o foco e o ponto antiprincipal de B.
e. B é convergente, C é divergente e I deve ficar entre o
foco e o centro óptico de C.
Resolução
O microscópio composto é constituído de duas lentes
convergentes. O objeto deve ser colocado entre o foco objeto
principal e o ponto antiprincipal objeto da objetiva. Esta con-
jugará uma imagem real, invertida e maior que o objeto, que
servirá de objeto para a lente ocular. A imagem final é virtual
e ampliada.
Alternativa correta: B
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 128 17/04/2015 14:43:00


Exercícios Extras

12
04. FSM-SP 05. PUC-SP

221
A otorrinolaringologia é uma especialidade médica basi- Determine o tipo e a vergência (C), em dioptrias (di), da
camente cavitária e o exame de condutor auditivo requer o lente de um instrumento óptico capaz de produzir uma ima-
uso de instrumentos, como o otoscópio, que facilita a visão gem, direita e aumentada de 5 vezes, de uma formiga que
endocavitária. O otoscópio consta basicamente de uma fonte está situada a 10 cm do centro óptico dessa lente.
de luz e de uma lente, que concentra o feixe de luz provenien- a. Lente côncava e C = 8 di
te da fonte aumentando em 2,5 vezes a visão do condutor au- b. Lente côncava e C = 12,5 di
ditivo. Funcionando como uma lupa, o otoscópio é constituído c. Lente convexa e C = 8 di

Física
por uma lente: d. Lente convexa e C = 12,5 di
a. convergente e a imagem observada pelo médico é vir- e. Lente côncava e C = 2 di
tual e direita.
b. convergente e a imagem observada pelo médico é vir-
tual e invertida.
c. divergente e a imagem observada pelo médico é real
e invertida.
d. divergente e a imagem observada pelo médico é vir-

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


tual e direita.
e. convergente e a imagem observada pelo médico é real
e invertida.

Seu espaço
Sobre o módulo Na web
Este módulo trata especificamente dos instrumentos óp- Microscópio com água
ticos de observação: a lupa, o microscópio composto, a luneta
e o telescópio. Alguns pontos devem ser destacados, como, Acesse: <https://www.youtube.
por exemplo, a lupa, também conhecida como microscópio com/watch?v=7L99NhEgNs0>.
simples, pois funciona com apenas uma lente; o microscópio
composto e a luneta (telescópio refrator), que necessitam de
duas lentes: a objetiva e a ocular. Por outro lado, os telescó-
pios refletores utilizam um espelho no lugar da lente objetiva.

129
Se possível, acrescentar o binóculo e sua história no
contexto da aula ou pedir como trabalho de pesquisa para o
aluno.

LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 129 17/04/2015 14:43:01


Exercícios Propostos
12

Da teoria, leia o tópico 1. 09. FGV-SP


221

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Uma estudante usou uma lupa para pesquisar a formação
de imagens de objetos reais. Num instante de sol a pino, ela
conseguiu obter um ponto luminoso no chão, colocando a lupa
06. UFTM-MG a 20 cm dele e paralelamente a ele. A seguir, aproximando a
Ao colocar uma lupa próxima de um inseto, um garoto lupa a 15 cm de seu celular, obteve uma imagem do celular:
percebe que a imagem que ele vê é maior do que o inseto e a. real, invertida e ampliada.
não é invertida. b. real, invertida e reduzida.
Física

Porém, ao afastar a lupa do inseto, a imagem que ele vê c. virtual, direita e ampliada.
torna-se invertida. d. virtual, direita e reduzida.
Considere que, ao observar o inseto, posicionando a lupa e. virtual, invertida e ampliada.
a 5 cm dele, a imagem seja 3 vezes maior do que o inseto e
não invertida. 10. Unesp
Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, Para observar detalhes de um selo, um filatelista utiliza
calcule: uma lente esférica convergente funcionando como lupa. Com
a. a que distância da lupa se forma a imagem nítida do ela, consegue obter uma imagem nítida e direita do selo, com
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

inseto; as dimensões relativas mostradas na figura.


b. a distância entre o inseto e a lente a partir da qual sua 2x
imagem deixa de ser direita e passa a ser invertida.

07. Unicid-SP x
2y
Uma lente convergente pode funcionar como uma lupa,
ou seja, uma lente de aumento. Se a vergência dessa lente for y
de 2,0 di (dioptrias), para que funcione como uma lupa, um
objeto deverá ser colocado próximo ao eixo óptico principal Selo visto a Imagem do selo vista
dela a uma distância de seu centro óptico: olho nu. através da lente.
a. exatamente igual a 1,0 m. Considerando que o plano que contém o selo é paralelo
b. compreendida entre 0,51 m e 0,99 m. ao da lente e sabendo que a distância focal da lente é igual a
c. menor que 0,50 m. 20 cm, calcule os módulos das distâncias do selo à lente e da
d. maior que 1,0 m. imagem do selo à lente.
e. exatamente igual a 0,50 m.
11. UFPE
130

08. Uninove-SP Um microscópio é composto de duas lentes convergen-


Em 1675, o holandês Antoni van Leeuwenhoek observou tes. A lente que fica mais próxima do objeto é chamada obje-
os micro-organismos presentes em gotas de água obtidas de tiva, e aquela através da qual se observa a imagem é a ocular.
diversos locais. Com essa observação e outras realizadas por Considere uma situação na qual a objetiva amplia 50 vezes
meio de um microscópio simples, com lente de distância focal o objeto e a ampliação total do microscópio é de 600 vezes.
de 0,125 cm, Leeuwenhoek tornou-se o primeiro investigador Qual é a ampliação devida à lente ocular?
a desenhar e descrever bactérias e protozoários, formas de
vida até então nunca vistas. 12. UEFS-BA
Um telescópio refletor utiliza um espelho esférico cônca-
vo como objetiva. A imagem de uma estrela distante, conjuga-
LIVRO DO PROFESSOR

da pela objetiva do telescópio, é formada:


a. entre o foco da objetiva e o centro de curvatura.
b. entre o foco da objetiva e o vértice do espelho.
c. além do centro de curvatura.
d. no centro de curvatura.
e. no foco da objetiva.

13. UFPR
Um datiloscopista munido de uma lupa analisa uma im-
pressão digital. Sua lupa é constituída por uma lente convergen-
te com distância focal de 10 cm. Ao utilizá-la, ele vê a imagem
Sendo o microscópio simples utilizado por Leeuwenhoek virtual da impressão digital aumentada de 10 vezes em relação
constituído de uma lente convergente: ao tamanho real. Com base nesses dados, assinale a alternativa
a. apresente as características da imagem de um objeto correta para a distância que separa a lupa da impressão digital.
real observada por esse instrumento óptico; a. 9,0 cm d. 15,0 cm
EMI-15-80

b. determine a vergência da lente desse microscópio, b. 20,0 cm e. 5,0 cm


em dioptrias. c. 10,0 cm

EMI-2016-80-MCN.indb 130 17/04/2015 14:43:02


14. UEPB Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.

12
O desenvolvimento da óptica geométrica a. convergente – centro óptico – foco principal objeto
teve como motivação, assim como algumas ou- b. convergente – ponto antiprincipal objeto – foco prin-

221
tras áreas da física, a necessidade de ampliar a cipal objeto
potencialidade do ser humano e suprir algumas c. divergente – centro óptico – foco principal objeto
de suas limitações. Os binóculos, lunetas e lupas d. divergente – ponto antiprincipal objeto – foco princi-
são exemplos do primeiro caso e os óculos, do pal objeto
segundo. Uns ampliaram a capacidade do olho e. convergente – ponto antiprincipal imagem – foco
humano, outros corrigiram algumas de suas de- principal imagem
bilidades. [...] O olho humano é um sensor pode-

Física
rosíssimo. Em parceria com o cérebro, capta as 16. Unifesp (adaptado)
imagens que desvendam o mundo exterior com Um telescópio refrator trabalha com propriedade de re-
todas as suas formas, relevos, cores e movimen- fração da luz. Este instrumento possui uma lente objetiva,
tos. É capaz de focalizar objetos situados a vá- que capta a luz dos objetos e forma a imagem. Outra lente
rios quilômetros de distância ou a um palmo da convergente, a ocular, funciona como uma lupa, aumentando
nossa face. [...] o tamanho da imagem formada pela lente objetiva. O maior
Física na Escola. V.2, n. 2, 2001. telescópio refrator do mundo em utilização, com 19,2 m de
comprimento, é o telescópio Yerkes, que teve sua construção

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Considere as afirmativas. finalizada em 1897 e localiza-se na Universidade de Chicago,
I. Uma lupa é uma lente convergente usada como len- nos EUA.
te de aumento. A respeito do objeto e sua imagem é
correto afirmar que o objeto deve ser colocado entre o
foco e a lente, e a imagem obtida é virtual.
II. Espelhos usados em maquiagem são convexos e for-
mam imagens virtuais diminuídas para objetos colo-
cados entre o foco e o centro de curvatura.
III. O espelho retrovisor da motocicleta é convexo porque
aumenta o tamanho das imagens e aumenta o campo
visual.
Está correto o que se afirma em:
a. III, apenas.
b. II e III, apenas.
c. I e II, apenas.
d. I e III, apenas.

131
e. I, apenas.

15. Mackenzie-SP
A lupa é um instrumento óptico conhecido popularmente Suponha que um telescópio possua uma objetiva com
por “lente de aumento”, mas também denominada micros- 100 cm de diâmetro e com razão focal (definida como a razão
cópio simples. Ela consiste em uma lente ________ de pequena entre a distância focal e o diâmetro de abertura da lente) igual
distância focal e, para ser utilizada com o seu fim específico, a 19. Nessas condições, determine a distância focal da obje-
o objeto a ser observado por meio dela deverá ser colocado tiva desse telescópio.
sobre o eixo principal, entre o seu ________ e o seu ________ .

LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 131 17/04/2015 14:43:03


Módulo 46
12

Instrumentos ópticos: máquina fotográfica e projetores


221

Exercícios de Aplicação
01. PUC-RS 03. UFF-RJ
A lente objetiva de uma máquina fotográfica tem distân- A macrofotografia é uma técnica utilizada para fotografar
Física

cia focal de 40 mm. O filme posiciona-se a exatamente 41 mm pequenos objetos. Uma condição que deve ser obedecida na
da lente. Para uma foto nítida, a distância entre a máquina e o realização dessa técnica é que a imagem do objeto no filme
objeto fotografado deve ser, aproximadamente, de: deve ter o mesmo tamanho do objeto real, ou seja, imagem
a. 1,0 m e objeto devem estar na razão 1:1. Suponha uma câmera for-
b. 1,6 m mada por uma lente, uma caixa vedada e um filme, como ilus-
c. 3,0 m tra esquematicamente a figura.
d. 4,5 m
e. 10 m
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

D Do
Resolução
De acordo com a equação dos pontos conjugados, a abs- Lente
cissa do objeto é dada por:
1 1 1 1 1 1 1 41 − 40 Objeto
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒ p = 40 · 41
f p p' 40 p 41 p 40 ⋅ 41 Filme
p = 1 640 cm = 1,6 m
Alternativa correta: B Considere que a distância focal da lente é 55 mm e que
D e Do representam, respectivamente, as distâncias da lente
ao filme e do objeto à lente. Nesse caso, para realizar a ma-
crofotografia, os valores de D e Do devem ser:
a. D = 110 mm e Do = 55 mm.
b. D = 55 mm e Do = 110 mm.
c. D = 110 mm e Do=110 mm.
d. D = 55 mm e Do = 55 mm.
02. UFPB e. D = 55 mm e Do = 220 mm.
132

Um projetor de slide é um dispositivo bastante usado em


Resolução
salas de aula e/ou em conferências, para projetar, sobre uma
tela, imagens ampliadas de objetos. Basicamente, um proje- Para que a imagem seja do mesmo tamanho que o obje-
tor é constituído por lentes convergentes. to, as distâncias D, da lente ao filme, e D0, do objeto à lente,
Nesse sentido, considere um projetor formado por ape- devem ser iguais.
nas uma lente convergente de distância focal igual a 10 cm. Alternativa correta: C
Nesse contexto, a ampliação da imagem projetada, em Habilidade
uma tela a 2 m de distância do projetor, é de: Calcular a ampliação de imagens por instrumentos ópticos.
a. 20 vezes.
b. 19 vezes.
LIVRO DO PROFESSOR

c. 18 vezes.
d. 17 vezes.
e. 16 vezes.
Resolução
A abscissa do objeto é dada por:
1 1 1 1 1 1 1 20 − 1 p ≈ 10,5 cm
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒
f p p' 10 p 200 p 200
O aumento linear transversal é dado por:
p' 200
A≈− ⇒A≈− ⇒ A ≈ −19
p 10,5
Portanto, a ampliação da imagem é de 19 vezes.
Alternativa correta: B
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 132 17/04/2015 14:43:06


Exercícios Extras

12
04. PUCCamp-SP 05. Vunesp

221
Os projetores são aparelhos que ampliam e projetam em Numa máquina fotográfica, a distância da objetiva ao fil-
anteparos as imagens de objetos gravados (filmes, slides). me é de 25 mm. Com base nas especificações dadas, assina-
Em uma sala de projeção, a distância do projetor ao ante- le a que corresponde a uma lente que poderia ser a objetiva
paro é de 5,1 m e o filme, fortemente iluminado, é colocado a dessa máquina.
102 mm da lente do projetor. Sabendo que a imagem do filme a. Convergente, de convergência + 4,0 di
projetada no anteparo é nítida, pode-se afirmar corretamen- b. Convergente, de convergência + 25 di
te que a distância focal da lente, em cm, e o aumento linear c. Convergente, de convergência + 40 di

Física
transversal valem, respectivamente: d. Divergente, de convergência – 25 di
a. 10 e 100 e. Divergente, de convergência – 4,0 di
b. 10 e –50
c. –10 e –100
d. –10 e 50
e. –20 e 25

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Seu espaço
Sobre o módulo Na web
Neste módulo, tratamos de dois instrumentos ópticos de Cinema na caixa
projeção: a câmera fotográfica e o projetor de slides. Embo-
ra esses dois instrumentos ópticos praticamente não sejam Acesse: <https://www.youtube.
mais utilizados no cotidiano, pois foram substituídos, res- com/watch?v=9JBs4T-sd6E>.
pectivamente, pela câmera digital e pelo datashow, eles são
úteis para a aplicação das leis da óptica geométrica relativas
às lentes e para o entendimento do princípio básico de funcio- Câmera na lata
namento desses instrumentos.
Acesse: <https://www.youtube.com/
watch?v=Xt3Cdq0qOns>.

133
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 133 17/04/2015 14:43:08


Exercícios Propostos
12

Da teoria, leia o tópico 2. 10. Vunesp


221

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Dispõem-se de uma tela, de um objeto e de uma lente
convergente com distância focal de 12 cm. Pretende-se, com
auxílio da lente, obter na tela uma imagem desse objeto cujo
06. UEM-PR tamanho seja 4 vezes maior que o do objeto.
Os intrumentos ópticos podem, ordinariamente, ser clas- a. A que distância da lente deverá ficar a tela?
sificados como instrumentos de observação ou de projeção. b. A que distância da lente deverá ficar o objeto?
Com relação aos instrumentos ópticos e suas imagens conju-
Física

gadas, assinale o que for correto. 11. UFF-RJ


01. A lupa, ou microscópio simples, conjuga uma ima- Um fotógrafo “lambe-lambe” vai tirar a foto de uma crian-
gem real, direita e maior. ça de 90 cm de altura. A câmera é ajustada de modo que o
02. Em um microscópio composto, a objetiva conjuga filme fica a 12 cm da lente. O fotógrafo quer que a imagem
uma imagem real, invertida e maior. tenha 9,0 cm e precisa selecionar uma lente de distância fo-
04. Em uma luneta astronômica refratora, a ocular conju- cal conveniente.
ga uma imagem final virtual, direita e ampliada. a. Qual a ampliação que o fotógrafo deseja obter?
08. Em um projetor, o conjunto de lentes projetoras con- b. A que distância da lente deve ficar a criança?
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

juga uma imagem real, invertida e maior. c. Qual a distância focal da lente selecionada?
16. Uma máquina fotográfica simplificada, como uma câ-
mera escura, conjuga uma imagem real, invertida e 12. UFF-RJ
maior. A figura representa o esquema simplificado de um proje-
tor de slides, em que S é um slide; l, o dispositivo que o ilumi-
07. Vunesp na; L, uma lente e T, a tela de projeção.
Um estudante, utilizando uma lente, projeta a imagem da
T
tela da sua televisão, que mede 0,42 m × 0,55 m, na parede
L
oposta da sala. Ele obtém uma imagem plana e nítida com a len- l
S i
te localizada a 1,8 m da tela da televisão e a 0,36 m da parede.
a. Quais as dimensões da tela projetada na parede? Qual
a distância focal da lente?
b. Como a imagem aparece na tela projetada na parede:
sem qualquer inversão? Invertida apenas na vertical
(de cabeça para baixo)? Invertida na vertical e na hori-
zontal (de cabeça para baixo e trocando o lado esquer- Sabe-se que a imagem i projetada na tela é ampliada 60
134

do pelo direito)? Justifique. vezes e encontra-se a 6,0 m da lente. Nessa situação, con-
clui-se que:
08. UFC-CE a. a lente é divergente e sua distância focal é 590 cm.
Uma escultura de 2,18 m de altura foi fotografada com b. a lente é convergente e sua distância focal é 59 cm.
uma câmara abastecida com filme para slide. A imagem gra- c. a lente é convergente e sua distância focal é 590 cm.
vada no slide tem 2 cm de altura. Para ver essa imagem numa d. a lente é convergente e sua distância focal é 9,8 cm.
tela, o fotógrafo dispõe de um projetor de slides de lente bi- e. a lente é divergente e sua distância focal é 9,8 cm.
convexa, delgada, com distância focal de 10 cm. Se o fotógra-
fo deseja ver a imagem da escultura, na tela, em seu tamanho 13.
natural, a que distância da tela, em metros, deve ficar a lente Uma máquina fotográfica é equipada com uma lente ob-
LIVRO DO PROFESSOR

do projetor? jetiva de 20 di. Para um objeto situado a 1,0 m da lente, a dis-


tância entre o centro óptico da lente e o plano do filme, para
09. PUCCamp-SP que a imagem esteja em foco, é, em cm:
Em um velho projetor de cinema, assim como no de um a. 4,8
slide, o elemento principal é a lente. Em um projetor de slides, b. 5,0
uma fonte de luz intensa ilumina o slide situado entre a fonte c. 5,2
e a lente do projetor. Dispondo o projetor de forma que a dis- d. 5,4
tância entre o slide e a tela de projeção seja de 8,0 metros, e. 5,6
obtém-se uma imagem nítida projetada na tela e ampliada
15 vezes. 14. Unicamp-SP
Nessas condições, é correto afirmar que a lente do proje- Em uma máquina fotográfica de foco fixo, a imagem de
tor tem distância focal de, aproximadamente: um ponto no infinito é formada antes do filme, conforme ilus-
a. 50 cm e é divergente. tra o esquema. No filme, esse ponto está ligeiramente desfo-
b. 50 cm e é convergente. cado e sua imagem tem 0,03 mm de diâmetro. Mesmo assim,
c. 75 cm e é divergente. as cópias ampliadas ainda são nítidas para o olho humano. A
EMI-15-80

d. 75 cm e é convergente. abertura para a entrada de luz é de 3,5 mm de diâmetro e a


e. 90 cm e é divergente. distância focal da lente é de 35 mm.

EMI-2016-80-MCN.indb 134 17/04/2015 14:43:09


Lente b. Utilizando agora a câmera digital, calcule a distância D’

12
Filme entre a lente e o sensor e a distância focal da lente fd,

3,5 mm
d 0,03 mm de forma que o mesmo objeto, situado à mesma dis-

221
tância L do caso analógico, esteja em foco e ocupe a
altura máxima do sensor.

a. Calcule a distância d do filme à lente. 16. ITA-SP


b. A que distância da lente um objeto precisa estar para Dois estudantes se propõem a construir, cada um deles,
que sua imagem fique exatamente focalizada no filme? uma câmera fotográfica simples, usando uma lente convergente
como objetiva e colocando-a em uma caixa fechada de modo que

Física
15. UFF-RJ o filme esteja no plano focal da lente. O estudante A usou uma
Uma das principais diferenças entre câmeras fotográfi- lente de distância focal igual a 4,0 cm, e o estudante B, uma lente
cas digitais e analógicas é o tamanho do sistema que arma- de distância focal igual a 1,0 m. Ambos foram testar suas câme-
zena a luz do objeto fotografado. Em uma câmera analógica, ras fotografando um objeto situado a 1,0 m de distância das res-
o sistema utilizado é um filme de 24 mm de altura e 36 mm pectivas objetivas. Desprezando-se todos os outros efeitos (tais
de largura. Nas câmeras digitais, o sensor possui 16 mm de como aberrações das lentes), o resultado da experência foi:
altura por 24 mm de largura, aproximadamente. Tanto o fil- I. que a foto do estudante A estava mais "em foco" que a
me quanto o sensor são colocados no plano onde se forma do estudante B.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


a imagem. II. que ambas estavam igualmente "em foco".
Possuímos duas câmeras, uma analógica e uma digital. III. que as imagens sempre estavam entre o filme e a lente.
A distância focal da lente da câmera analógica é fa = 50 mm. Nesse caso, você concorda que:
Queremos fotografar um objeto de altura h = 480 mm. a. apenas a afirmativa II é verdadeira.
a. Utilizando a câmera analógica, calcule a distância D, b. somente I e III são verdadeiras.
entre a lente e o filme, e a distância L, entre a lente e o c. somente III é verdadeira.
objeto a ser fotografado, de forma que a imagem ocu- d. somente a afirmativa I é verdadeira.
pe a altura máxima do filme e esteja em foco. e. não é possível obter uma fotografia em tais condições.

135
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80

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Módulo 47
12

Óptica da visão
221

Exercícios de Aplicação
01. Unicid-SP a. A distância focal será de 12,2 mm e a imagem será real
No olho humano, o cristalino atua como uma lente con- e invertida.
Física

vergente que possui a função de focalizar a imagem na retina. b. A distância focal será de 13,3 mm e a imagem será
Esse processo, conhecido como acomodação visual, é efe- virtual e direita.
tuado por meio de mudança da curvatura do cristalino, sob a c. A distância focal será de 14,1 mm e a imagem será real
ação dos músculos ciliares. e invertida.
Ao mudar a curvatura do cristalino, altera-se: d. A distância focal será de 15,0 mm e a imagem será real
a. o seu índice de refração. e direita.
b. a sua distância focal. e. A distância focal será de 15,0 mm e a imagem será real
c. a velocidade de propagação de luz no seu interior. e invertida.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d. a intensidade da luz que penetra o olho. Resolução


e. a frequência da luz que o atravessa. A distância focal, em mm, da lente convergente do cris-
Resolução talino é dada por:
De acordo com a equação dos fabricantes de lentes, a mu- 1 1 1 1 1 1 1 15 + 250
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒ f = 14,1 mm
dança de curvatura do cristalino altera a distância focal da lente. f p p' f 250 15 f 250⋅15
Alternativa correta: B A imagem é real (projetada na retina) e invertida.
Alternativa correta: C

03. UERJ
No olho humano, a distância da córnea à retina é, em
média, de 25,0 mm. Para que a focalização da vista passe do
136

infinito para um ponto a 250 mm do olho de um observador, a


distância focal do sistema córneo-cristalino deve apresentar
o seguinte comportamento:
02. UFJF-MG a. diminuir 23 mm.
O olho humano é uma estrutura biológica bem complexa, b. diminuir 2,3 mm.
mas seu funcionamento pode ser entendido com base em c. permanecer a mesma.
conceitos de óptica geométrica. Em uma representação es- d. aumentar 2,3 mm.
quemática simplificada da estrutura do olho, como mostrado e. aumentar 23 mm.
na figura a seguir, é indicado que a imagem forma-se sobre
Resolução
a retina a 15 mm do centro do cristalino, que é considerado
LIVRO DO PROFESSOR

uma lente convergente. Considerando-se que um objeto en- De acordo com a equação dos pontos conjugados, temos:
contra-se a 25 cm de distância do olho, qual será a distância 1 1 1 1 1 1 1 1 + 10 → f ≈ 22,7 mm
= + ⇒ = + ⇒ =
focal da lente convergente do cristalino para que a imagem f p p' f 250 25 f 250
se forme sobre a retina? A imagem será direita ou invertida? Portanto, a distância focal deve diminuir de:
A imagem será real ou virtual? Assinale a afirmativa correta. 25 mm − 22,7 mm = 2,3 mm
Lente Alternativa correta: B
Retina Habilidade
Córnea
Descrever, por meio de linguagem discursiva ou gráfica,
fenômenos e equipamentos que envolvem a propagação da
luz e a formação de imagens.
(cristalino)
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5 mm 15 mm

EMI-2016-80-MCN.indb 136 17/04/2015 14:43:11


Exercícios Extras

12
04. Unirio-RJ a. 1 d. 4

221
O olho humano sem problemas de visão, emetrope, é um b. 2 e. 5
sistema óptico convergente que projeta sobre a retina a ima- c. 3
gem de um ponto objeto real localizado no infinito. No entan-
to, o olho necessita ter a capacidade de aumentar a sua ver- 05. UERJ
gência, ou poder de convergência, para que continue sobre Um jovem com visão perfeita observa um inseto sobre
a retina a imagem de um ponto objeto que dele se aproxima. uma parede na altura de seus olhos. A distância entre os
Tal capacidade, denominada poder de acomodação, é perdida olhos e o inseto é de 3 metros.

Física
com o envelhecimento. O aumento necessário na vergência Considere que o inseto tenha 3 mm de tamanho e que a
de um olho, para que seja capaz de enxergar um objeto que distância entre a córnea e a retina, onde se forma a imagem,
dele se aproximou do infinito até a distância de 0,25 m, é, em seja igual a 20 mm.
dioptria, igual a: Determine o tamanho da imagem do inseto.

Seu espaço

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Sobre o módulo cia dos raios luminosos: varia de 50 di para 54 di, dependendo
O olho é o instrumento óptico mais importante para o da posição do objeto, no ponto remoto ou no ponto próximo.
ser humano. Trata-se de um órgão complexo, mas, para efeito Na web
dos estudos de óptica geométrica, pode ser reduzido simples- É muito interessante fazer este teste com os alunos. Você
mente a uma lente convergente, o cristalino, e a uma tela, a re- pode imprimir o teste ou projetar na sala.
tina, onde se formam as imagens reais, invertidas e menores
que o objeto. Em razão do tamanho do globo ocular, em torno de Acesse: <http://www.visaolaser.com.br/
2 cm, o cristalino deve apresentar um alto valor de convergên- saude-ocular/teste-de-visao/teste-de-
snellen>.

Exercícios Propostos

Da teoria, leia o tópico 3. lar que a córnea e o cristalino, respectivamente, possuem,


Exercícios de tarefa reforço aprofundamento aproximadamente:
a. +0,43 dioptrias e +0,14 dioptrias.

137
b. +4,3 dioptrias e 1,4 dioptrias.
06. PUC-SP c. +43 dioptrias e +14 dioptrias.
O globo ocular humano, com cerca de 25 milímetros de d. –4,3 dioptrias e –1,4 dioptrias.
diâmetro, é o responsável pela captação da luz refletida pe- e. –43 dioptrias e –14 dioptrias.
los objetos à nossa volta. O olho humano é um órgão da visão,
no qual uma imagem óptica do mundo externo é produzida, 07. UCS-RS
transformada em impulsos nervosos e conduzida ao cérebro Uma moça apaixonou-se por um rapaz devido aos seus
pelo nervo óptico. O olho humano, basicamente, se restringe grandes olhos azuis, com os quais ficava encantada por con-
a duas lentes convergentes de alto poder refrativo: a córnea, seguir se ver com detalhes. Com o passar do tempo de namo-
com aproximadamente 2,3 cm de distância focal, e o cristali- ro, ela passou a usar os olhos dele somente como espelhos
no, com aproximadamente 7,1 cm de distância focal. para ajeitar o cabelo. A cômea do olho também reflete parte LIVRO DO PROFESSOR
da luz que incide nele e pode ser considerada para essa par-
cela de luz como um espelho convexo. Portanto, a imagem da
moça que aparece no olho do namorado será:
Retina a. virtual, direita e menor. c. real, direita e menor.
Corpo ciliar
Coroide b. real, inversa e maior. d. virtual, inversa e maior.
Córnea Humor vítreo
08. UPE
Íris
Um olho de uma pessoa pode ver nitidamente objetos si-
Nervo óptico
tuados desde o infinito, que é o ponto remoto, até 20 cm, que
Cristalino
é o ponto próximo. Qual a amplitude de acomodação visual
Corpo ciliar de sua vista, isto é, a variação da vergência de seu cristali-
Esclerótica no, quando o objeto se movimenta entre o ponto próximo e o
ponto remoto?
a. 0,05 di d. 5 di
EMI-15-80

Considerando esses valores como médios, uma vez b. 20 di e. Infinita


que podem variar de pessoa para pessoa, podemos calcu- c. 0,20 di

EMI-2016-80-MCN.indb 137 17/04/2015 14:43:13


09. Enem De forma grosseira, podemos dizer que a pintura consiste
12

Sabe-se que o olho humano não consegue diferenciar de uma enorme quantidade de pontos de cores puras, bem
componentes de cores e vê apenas a cor resultante, diferen- próximos uns dos outros, tal que a composição adequada dos
221

temente do ouvido, que consegue distinguir, por exemplo, pontos causa a sensação de vibração e efeitos de luz e som-
dois instrumentos diferentes tocados simultaneamente. Os bra impressionantes. Alguns pontos individuais podem ser
raios luminosos do espectro visível, que têm comprimento de notados se chegarmos próximo ao quadro. Isso ocorre porque
onda entre 380 nm e 780 nm, incidem na córnea, passam pelo a resolução angular do olho humano é θmin ≈ 3,3 · 10–4 rad. A
cristalino e são projetados na retina. Na retina, encontram-se figura 2 indica a configuração d entre dois pontos vizinhos à
dois tipos de fotorreceptores, os cones e os bastonetes, que distância L ≈ 30 cm do quadro.
convertem a cor e a intensidade da luz recebida em impulsos
Física

nervosos. Os cones distinguem as cores primárias: vermelho,


verde e azul, e os bastonetes diferenciam apenas níveis de
intensidade, sem separar comprimentos de onda. Os impul- d θmín
sos nervosos produzidos são enviados ao cérebro por meio
do nervo óptico, para que se dê a percepção da imagem.
Um indivíduo que, por alguma deficiência, não consegue L
captar as informações transmitidas pelos cones perceberá
um objeto branco, iluminado apenas por luz vermelha, como:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Figura 2
a. um objeto indefinido, pois as células que captam a luz
estão inativas. Considerando que para ângulos θ < 0,17 rad é válida a apro-
b. um objeto rosa, pois haverá mistura da luz vermelha ximação tg θ ≈ θ, a distância d aproximada entre esses dois
com o branco do objeto. pontos, representados na figura 2, é, em milímetros, igual a:
c. um objeto verde, pois o olho não consegue diferenciar a. 0,1
componentes de cores. b. 0,2
d. um objeto cinza, pois os bastonetes captam luminosi- c. 0,5
dade, porém não diferenciam cor. d. 0,7
e. um objeto vermelho, pois a retina capta a luz refletida e. 0,9
pelo objeto, transformando-a em vermelho.
13. Eneb-BA
10. Considere o texto.
Explique o que acontece com a distância focal do Para que ocorra a visão, é necessário que exis-
cristalino de um olho humano normal quando um objeto é ta uma fonte de luz. [...] A luz entra pela pupila
trazido de uma distância de 3,0 m para uma distância de e atravessa o cristalino, o qual projeta uma ima-
30 cm do olho. gem na retina. Esta funciona como um conjunto
138

de células fotoelétricas, que recebem a energia


11. Uneb-BA (adaptado) luminosa e as transformam na energia elétrica
A figura representa o esquema de um objeto a uma dis- levada pelos nervos ópticos até o córtex visual,
tância de 25 cm da lente L do cristalino de um olho normal e parte do cérebro responsável pela visão. [...]
sua respectiva imagem conjugada na retina. Na produção de filmes 3D, a câmara este-
reoscópica simula a visão do olho humano. Cada
L lente é colocada acerca de seis centímetros uma
o
F' da outra. Nesse processo ainda devem ser con-
i trolados zoom, foco, abertura, enquadramento e
o ângulo relativo entre elas. [...]
LIVRO DO PROFESSOR

p = 25 cm
p' Um truque utilizado pela indústria é filmar
Sabendo-se que a distância p', da lente à imagem, é 2 cm, através de uma lente e usar um espelho para
determine a distância focal da lente do cristalino. projetar uma imagem deslocada em uma segun-
da lente. A imagem refletida é girada e invertida
12. Vunesp antes da edição do filme.
A figura 1 mostra um quadro de Geordes Seurat, grande K I L N E R , 2 0 10 .

expressão do pontilhismo. Além da informação acerca da localização, a visão forne-


ce informações complementares sobre a natureza dos vários
objetos observados.
Considerando-se o conhecimento biológico associado à
capacidade visual e suas limitações, é correto afirmar:
a. O cristalino é uma lente biconvexa e opaca, responsá-
vel por filtrar o excesso de luz que atravessa a pupila
em direção à retina presente no fundo do olho.
b. A imagem focalizada na retina estimula células cones
EMI-15-80

Figura 1 fotossensíveis que interpretam e reconhecem os ob-


Tarde de Domingo na Ilha Grande Jatte, 1884. jetos a serem observados.

EMI-2016-80-MCN.indb 138 17/04/2015 14:43:16


c. A miopia é uma deficiência na acuidade visual que se Adotando-se um modelo muito simplificado do olho hu-

12
caracteriza por formar uma imagem totalmente inver- mano, no qual ele possa ser considerado uma esfera cujo
tida exatamente no fundo da retina. diâmetro médio é igual a 15 mm, a maior distância x, em

221
d. A visão representa uma parte significativa do influxo metros, que dois pontos luminosos, distantes 1 mm um do
sensitivo total de que o cérebro humano depende para outro, podem estar do observador, para que este os perceba
interpretar o ambiente que nos cerca. separados, é:
e. A íris, em analogia a uma máquina fotográfica, a. 1
funciona como o filme fotográfico, enquanto a retina b. 2
funciona como a lente dessa máquina. c. 3
d. 4

Física
14. e. 5
Com base no texto da questão anterior (13) e nos conhe-
cimentos sobre óptica geométrica, é correto afirmar que: 16. PUC-GO
a. a imagem formada na retina do olho tem as mesmas "Hernandez explicou ao seu cliente que a cónea era uma
características da imagem formada em uma câmara camada externa transparente através da qual a luz penetrava
escura. no olho..." Quando a luz propaga em um determinado meio e
b. a imagem formada por uma lente convergente de um encontra a superfície de um outro meio transparente, parte
objeto situado a qualquer distância dessa lente pode dela pode ser transmitida e parte, refletida. O coeficiente de

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


ser reproduzida pelo cristalino do olho. reflexão da intensidade luminosa R é a razão entre a inten-
c. a lente da câmara estereoscópica usada para produzir sidade da onda luminosa refletida e incidente e pode ser ex-
filmes 3D é divergente. 2
 n −n 
d. o olho que observa por uma lente com filtro vermelho pressa, através dos índices de refração, por R =  1 2  ,
vê imagem dessa cor porque essa lente reflete difusa-  n2 + n1 
mente a cor vermelha proveniente da tela. em que n1 e n2 são os índices de refração do primeiro e do se-
gundo meio, respectivamente. A luz proveniente do ar, antes
15. Vunesp de atingir a retina, atravessa algumas partes transparentes
Para que alguém, com o olho normal, possa distinguir um do olho, na seguinte sequência: córnea → humor aquoso
ponto separado de outro, é necessário que as imagens des- → cristalino → humor vítreo. O índice de refração da córnea
ses pontos, que são projetadas em sua retina, estejam sepa- é de aproximadamente 1,37 e do humor aquoso, de 1,33.
radas uma da outra a uma distância de 0,005 mm. Sendo o índice de refração do ar igual a 1,00, pode-se afirmar
corretamente que:
a. a reflexão luminosa é maior do ar para a córnea do que
da córnea para o humor aquoso.
1 mm b. a reflexão luminosa é maior da córnea para o humor

139
0,005 mm aquoso do que do ar para a córnea.
c. não haverá nenhuma reflexão na passagem da luz do
ar para a córnea.
d. não haverá nenhuma reflexão na passagem da luz da
x 15 mm córnea para o humor aquoso.
Fora de escala

LIVRO DO PROFESSOR
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Módulo 48
12

Defeitos da visão
221

Exercícios de Aplicação
01. UFSCar-SP 03. UFAM
Em um consultório, um oftalmologista solicita ao pacien- Os óculos são dispositivos ópticos utilizados, principal-
Física

te que leia as letras escritas no quadro à sua frente utilizando mente, para a correção de ametropias. A palavra óculos sur-
um jogo de lentes para, com exatidão, ajustar o foco visual de giu a partir do termo ‘ocularium’ que era utilizado na Antigui-
quem tem dificuldade para enxergar objetos distantes. dade clássica para designar os orifícios das armaduras dos
Nesse caso, será prescrita uma lente: soldados da época. Esses orifícios permitiam que os solda-
a. divergente, pois o paciente é míope. dos enxergassem. Hoje, quando se referem ao tipo de óculos
b. convergente, pois o paciente é míope. que precisam usar para corrigir determinada ametropia, as
c. convergente, pois o paciente é estrábico. pessoas usam o termo “grau”. Na realidade, em optometria,
d. divergente, pois o paciente é hipermetrope. o “grau” representa a convergência da lente dada em dioptria,
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

e. convergente, pois o paciente é hipermetrope. em que 1 di = 1 m–1 . Considere a seguinte receita prescrita
por um oftalmologista.
Resolução
Se a pessoa tem dificuldade para enxergar objetos distan- Lente Lente
tes, ela é míope e deverão ser prescritas lentes divergentes. Eixo
esférica cilíndrica
Alternativa correta: A
OD – 1,00
Longe
OE – 1,00
OD 2,00
Perto
OE 2,00

02. Cesumar-PR Pode-se afirmar que o dono da receita apresenta:


Um indivíduo hipermetrope tem seu ponto próximo situa- a. dois “graus” de miopia e, pelo envelhecimento, já está
do a 0,5 m da vista. Admitindo como desprezíveis as distâncias com um “grau” de presbiopia.
entre as lentes e os olhos, determine a vergência, em dioptrias b. um “grau” de hipermetropia e, pelo envelhecimento, já
(di), e o tipo de lente que ele deve usar para que possa enxer- está com dois “graus” de presbiopia.
140

gar nitidamente objetos situados a 25 cm de distância. c. um “grau” de miopia e, pelo envelhecimento, já está
com dois “graus” de presbiopia.
d. dois “graus” de hipermetropia e, pelo envelhecimento,
SKYLINES / SHUTTERSTOCK

já está com um “grau” de presbiopia.


e. um “grau” de miopia e, pelo envelhecimento, já está
com dois “graus” de hipermetropia.
Resolução
Para longe, as lentes possuem convergência de −1 di.
a. 1,75 di, lente divergente Portanto, a pessoa possui um “grau” de miopia. Para perto,
LIVRO DO PROFESSOR

b. 2 di, lente convergente as lentes possuem convergência de 2 di. Isso significa dois
c. 0,75 di, lente divergente “graus” de presbiopia.
d. 1,75 di, lente convergente Alternativa correta: C
e. 2 di, lente divergente Habilidade
Compreender o funcionamento do olho humano, identifi-
Resolução
cando os defeitos visuais e suas correções.
A vergência da lente é dada por:
C = 4 − 1 ⇒ C = 4 − 1 ⇒ C = 2 di (convergente)
PPH 0,5
Alternativa correta: B
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Exercícios Extras

12
04. UFRN Sabendo que a dioptria, D, popularmente conhecida

221
Durante uma consulta ao seu médico oftalmologista, um como "grau da lente", é determinada pelo inverso da distância
estudante obteve uma receita com as especificações dos
óculos que ele deve usar para corrigir seus defeitos de visão. focal f(m), medida em metros, isto é, D = 1 , é correto afir-
Os dados da receita estão apresentados no quadro abaixo. f(m)
mar que o estudante é:
Esférica Cilíndrica Eixo DP. a. hipermetrope, e as lentes de seus óculos devem ter
OD distância focal igual a 0,5 m.

Física
Longe b. hipermetrope, e as lentes de seus óculos devem ter
OE
distância focal igual a 2,0 m.
OD +2,00 c. míope, e as lentes de seus óculos devem ter distância
Perto
OE +2,00 focal igual a 0,5 m.
d. míope, e as lentes de seus óculos devem ter distância
Em suas aulas de Física, ele havia aprendido como se for- focal igual a 2,0 m.
mam as imagens no olho hipermetrope e no míope, as quais
estão representadas nas figuras I e II. 05. PUC-GO

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


"Por que procurar distante de você o que está à sua fren-
te? Miopia, astigmatismo?" (MARTINS, 2O1O)
O trecho acima faz referência a dois distúrbios visuais
muito frequentes na espécie humana. Assinale a alternativa
correta em relação aos problemas da visão.
a. Na miopia, a imagem é formada antes da retina.
b. A hipermetropia caracteriza-se por um defeito na esfe-
ricidade da córnea.
c. No astigmatismo, a imagem é formada depois da
retina.
d. A catarata é popularmente conhecida por vista can-
sada e pode ser corrigida por meio de lentes diver-
gentes.

141
Seu espaço

Sobre o módulo
Neste módulo, tratamos das anomalias do olho humano, sendo a miopia e a hipermetropia as duas principais anomalias que
afetam a visão das pessoas. Nesse estudo, o importante é destacar que as lentes não corrigem a miopia nem a hipermetropia, e
sim conjugam uma imagem do objeto no ponto de acomodação da pessoa. Por exemplo, uma pessoa míope tem dificuldade de
enxergar objetos distantes. Assim, a função da lente divergente dos óculos da pessoa é conjugar, para esse objeto distante, uma
imagem no ponto em que a pessoa enxerga com nitidez.
Na web LIVRO DO PROFESSOR
Na teoria, foi indicado aos alunos um site para testar o daltonismo. Seria interessante fazer o teste de Ishihara na sala usan-
do o datashow.

Acesse: <http://www.consultoriodeoftalmologia.com.br/index.php/sala-de-espera/7-testes>.
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EMI-2016-80-MCN.indb 141 17/04/2015 14:43:24


Exercícios Propostos
12

Da teoria, leia o tópico 5. b. Lente esférica


221

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento OD – 8,00


Longe
OE – 8,00
06. PUC-SP OD +5,00
Perto
Lentes bifocais são prescritas para o Sr. Geraldo com dis- OE +5,00
tâncias focais de 50 cm e –200 cm igualmente para os dois
olhos. Isso significa que este senhor apresenta, certamente,
Física

as seguintes deficiências de visão em cada olho: c. Lente esférica


a. 2 "graus" de miopia e 0,5 "grau" de hipermetropia.
OD + 1,25
b. 2 "graus" de presbiopia e 2 "graus" de hipermetropia. Longe
c. 2 "graus" de presbiopia e 0,5 "grau" de miopia. OE + 1,25
d. 0,5 "grau" de miopia e 0,5 "grau" de hipermetropia. OD –2,00
Perto
e. 2 "graus" de hipermetropia e 0,5 "grau" de miopia. OE –2,00

07. PUC-GO
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Assinale a alternativa correta. d. Lente esférica


a. A miopia é corrigida com lentes convergentes.
OD + 8,00
b. O astigmatismo é corrigido com lentes planas. Longe
c. A miopia é corrigida com lentes divergentes. OE + 8,00
d. Nos casos de astigmatismo, a curvatura da córnea é OD –5,00
Perto
completamente circular. OE –5,00

08. Unit-SE
Com base nos conhecimentos sobre óptica geométrica, e. Lente esférica
analise as afirmativas e marque com V as verdadeiras e com
OD 2,00
F as falsas. Longe
( ) A superfície refletora de um farol de automóvel é um OE – 2,00
espelho convexo. OD +1,25
Perto
( ) Pessoas míopes possuem o globo ocular longo e, para OE +1,25
corrigir esse defeito, elas devem usar lentes divergentes.
( ) Um olho hipermetrope tem o ponto próximo de
142

50,0 cm. Esse olho, para enxergar objetos a 25,0 cm, 10. UFMG
deve utilizar lentes de 2,0 dioptrias. Quando uma pessoa olha para um objeto, a imagem
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para deste deve se formar sobre a retina. Algumas pessoas,
baixo, é a: por terem um defeito de visão, veem objetos próximos
a. F – V – V. d. V – F – F. fora de foco, enquanto os distantes ficam mais bem foca-
b. F – F – V. e. V – V – V. dos. Outras pessoas têm o defeito contrário – ou seja, os
c. V – V – F. objetos distantes são vistos fora de foco, e os próximos,
mais nitidamente.
09. FASM-SP Elmo é um professor de Física portador de um desses
O Sr. João C. Gueira sempre teve miopia. Agora, com idade dois defeitos e, para corrigi-lo, ele precisa usar óculos. Elmo
LIVRO DO PROFESSOR

avançada, começou a apresentar também presbiopia. Em sua está sem óculos, na primeira figura, e com seus óculos, na
úlitma consulta com o oftalmologista, o Sr. C. Gueira verificou que segunda figura.
só conseguia enxergar com nitidez de 50 cm a 80 cm de seus
olhos. Para corrigir suas ametropias, o oftalmologista prescreveu
uma receita de óculos para serem confeccionados a partir de len-
tes esféricas com distâncias focais adequadas ao seu problema.
Considerando que a distância mínima que um olho emetrope
pode enxergar com nitidez é de 25 cm, das prescrições a seguir,
que trazem valores de vergência, a mais adequada ao Sr. Gueira é:

a. Lente esférica
OD – 1,25
Longe
OE – 1,25 Como se pode notar, na segunda figura, os óculos fazem
OD +2,00 com que os olhos de Elmo pareçam maiores.
Perto
EMI-15-80

OE +2,00 a. A lente dos óculos de Elmo é convergente ou divergen-


te? Justifique sua resposta.

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b. Na figura a seguir, está representado um dos olhos de da retina; presbiopia, que é a dificuldade de acomodação do

12
Elmo, sem óculos, e dois raios de luz que vêm de um cristalino para focalizar a imagem de objetos localizados pró-
objeto muito distante. ximos ao olho; e hipermetropia, em que a imagem se forma

221
atrás da retina.
Cristalino
As lentes esféricas, receitadas pelos oftalmologistas,
Retina para corrigir a miopia, a presbiopia e a hipermetropia, respec-
tivamente, são
a. divergentes, convergentes e divergentes.
b. divergentes, convergentes e convergentes.
c. convergentes, divergentes e divergentes.

Física
d. convergentes, divergentes e convergentes.
e. convergentes, convergentes e divergentes.
Desenhe, nessa figura, a continuação dos raios, para indi-
car em que ponto se forma a imagem do objeto. 14. UFTM-MG
Explique seu raciocínio. Uma pessoa apresenta, nos dois olhos, determinada
ametropia ou defeito de visão. Em uma consulta oftalmológi-
11. UEM-PR ca, o médico mostrou-lhe duas imagens. A imagem 1 repre-
Assinale o que for correto. sentando como uma pessoa com o mesmo defeito de visão

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


01. Das frequências da luz visível que incide em um veria determinada cena. A imagem 2 mostrando como uma
corpo iluminado, a parte refletida é que promove a pessoa com visão normal enxergaria a mesma cena.
sensação na retina do olho humano. Essa parte cor-
responde à cor desse corpo.
02. A cor dos olhos humanos é o resultado da dispersão da
luz visível pela íris, local onde se encontra a melanina.
04. A miopia é causada pelo alongamento do globo ocu-
lar, que leva a uma excessiva curvatura da córnea.
08. A hipermetropia é corrigida com o uso de lentes di-
vergentes, as quais direcionam os raios de luz for-
madores da imagem para que sejam focalizados no
cristalino.
16. Os bastonetes da retina do olho humano são células
fotorreceptoras capazes de distinguir cores.

12. Udesc

143
No olho humano, a imagem é formada a partir da conver-
gência dos raios luminosos sobre a retina, após atravessar o
cristalino. Em alguns casos, o sistema óptico humano pode so-
frer ametropias, que englobam, por exemplo, miopia e hiperme-
tropia. Na miopia, os feixes de raios paralelos convergem em
um ponto focal anterior à retina. Uma maneira comum de corri-
gir tais desvios é a utilização de lentes oculares, ajustadas a fim
de manterem a convergência sobre a retina. A capacidade de
uma lente de modificar o trajeto dos raios luminosos é medida
por uma grandeza chamada dioptria, definida como o inverso
da distância focal da lente. Uma pessoa míope percebe que a LIVRO DO PROFESSOR
maior distância em que ela consegue ler um livro é 0,20 m.
A fim de ser capaz de lê-lo a uma distância muito superior,
assinale a alternativa que indica, respectivamente, o tipo e a Note que a pessoa com defeito de visão consegue ver
dioptria da lente que a pessoa deve utilizar. nitidamente objetos próximos de si, como a bola laranja da
a. Lente convergente, com dioptria de 0,20 m–1. figura, por exemplo. Porém, enxerga com dificuldade as faces
b. Lente convergente, com dioptria de 5,0 m–1. dos garotos da cena, mais afastadas, bem como objetos dis-
c. Lente divergente, com dioptria de 5,0 m–1. tantes. Sabendo que esse problema pode ser corrigido utili-
d. Lente divergente, com dioptria de 0,20 m–1. zando-se uma lente esférica, responda:
e. Lente divergente, com dioptria nula. a. qual o nome do defeito visual dessa pessoa e que
comportamento óptico deve ter a lente esférica ade-
13. UFPel-RS quada para corrigi-lo?
Os oftalmologistas são médicos especializados para tra- b. se essa pessoa só enxerga nitidamente, sem lentes
tar as variações na estrutura do olho humano, que, corriquei- corretivas, objetos até 40 cm de seus olhos, qual a
ramente, são chamadas de "defeitos da visão". Os "defeitos vergência, em dioptrias, das lentes corretivas de seu
EMI-15-80

da visão" são: miopia, em que a imagem se forma na frente defeito visual?

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15. Unifesp
12

Um paciente, que já apresentava problemas


de miopia e astigmatismo, retornou ao oftalmo- Córnea Retina
221

logista para o ajuste das lentes de seus óculos.


A figura a seguir retrata a nova receita emitida
pelo médico.

Nome: Jorge Frederico de Azeredo Humor aquoso


Cristalino
Grau Esférico Cilíndrico Eixo D.P. Humor vítreo
Física

Para OD –3,00 –0,75 150º


62,0 mm
longe OE –3,00 –0,75 150º Parte do olho Índice de refração
Para OD +1,00 –0,75 Córnea 1,37 a 1,38
68,0 mm
perto OE +1,00 –0,75 Humor aquoso 1,33
Obs.: Óculos para longe e perto separados. Cristalino 1,38 a 1,41
Ao pegar seus óculos é conveniente trazê-los Humor vítreo 1,33
para conferir.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Próxima consulta: ___ .08.2012. Com base no exposto, assinale a(s) proposição (ões) cor-
São Paulo, 30.08.2011. reta(s).
Carlos Figueiredo 01. A imagem do objeto formada na retina é real, inverti-
CRM nº: 000 00
da e menor, o que nos leva a afirmar que o cristalino é
uma lente de comportamento convergente.
a. Caracterize a lente indicada para correção de miopia, 02. A velocidade da luz, ao passar pelas partes do olho, é
identificando a vergência, em dioptrias, e a distância maior no humor aquoso e no humor vítreo.
focal, em metros. 04. O fenômeno da refração da luz é garantido pelo des-
b. No diagrama I, esboce a formação da imagem para um vio da trajetória da luz, sendo mantidas constantes
paciente portador de m i o p i a e, no diagrama II, a sua todas as outras características da luz.
correção, utilizando-se a lente apropriada. 08. A refração da luz só ocorre no cristalino, cujo índice
de refração é diferente do índice de refração do hu-
16. UFSC mor aquoso e do humor vítreo.
Fazendo uma análise simplificada do olho humano, po- 16. A miopia é um problema de visão caracterizado pela
de-se compará-lo a uma câmara escura. Fazendo uma análise formação da imagem antes da retina, sendo corrigido
cuidadosa, ele é mais sofisticado que uma câmera fotográfica com uma lente de comportamento divergente.
144

ou filmadora. A maneira como o olho controla a entrada de luz 32. A presbiopia, popularmente chamada de "vista can-
e trabalha para focalizar a imagem para que ela seja forma- sada", é um problema de visão similar à hiperme-
da com nitidez na retina é algo espetacular. A figura a seguir tropia, sendo corrigido com uma lente de comporta-
apresenta, de maneira esquemática, a estrutura do olho hu- mento convergente.
mano e a forma pela qual a luz que parte de um objeto chega 64. A hipermetropia é um problema de visão caracterizado
à retina para ter a sua imagem formada. Na tabela, é apresen- pela formação da imagem depois da retina, sendo cor-
tado o índice de refração de cada uma das partes do olho. rigido com uma lente de comportamento divergente.
LIVRO DO PROFESSOR

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221

AT 222
Capítulo 10 ..............146
Módulo 22 ............153
M
Módulo 23 ............157

a
Módulo 24 ............161

sic


Q
O
BI
O
LP
IS
GE H
O
L
FI

S
C
SO


S
RE

EMI-2016-80-MCN.indb 145 24/08/2015 11:17:51


1. Introdução 148
2. Lançamento horizontal 148
3. Lançamento oblíquo 149
4. Organizador gráfico 152
Módulo 22 – Lançamento horizontal 153
Módulo 23 – Lançamento oblíquo 157
Módulo 24 – Lançamentos
vertical, horizontal e oblíquo 161

• Identificar as características do
movimento em lançamento horizontal
e/ou oblíquo.
• Calcular tempo de percurso, velocidade
ou deslocamentos de objetos em
lançamento horizontal e oblíquo,
utilizando linguagem descritiva,
algébrica e/ou gráfica.
• Diferenciar e calcular os diferentes
componentes da velocidade e do
deslocamento em lançamento
horizontal e/ou oblíquo.

ALBO / SHUTTERSTOCK

EMI-2016-80-MCN.indb 146 24/08/2015 11:18:08


Lançamento de projéteis 10
147
LIVRO DO PROFESSOR

O jogo de basquete foi inventado em 1891 pelo professor de educação física canadense
James Naismith. Ele recebeu a tarefa de inventar um jogo que pudesse entreter os alu-
nos do Springfield College, em Massachussets, nos EUA, durante o rigoroso inverno,
sem que houvesse o uso de violência como ocorria no hóquei e no futebol americano.
Por meio da física, observamos que esse jogo está embasado na teoria de lançamento
de projéteis, neste caso, o lançamento oblíquo, como pode ser observado na imagem.

EMI-2016-80-MCN.indb 147 24/08/2015 11:18:10


1. Introdução Perceba também que, na horizontal, a bolinha verde des-
10

No módulo 12, estudamos dois tipos de lançamentos: creve um movimento uniforme, com velocidade constante.
vertical para cima e vertical para baixo. Neste capítulo, iremos
222

complementar nossos estudos referentes aos lançamentos, d d d d d


acrescentando o lançamento horizontal e o lançamento oblí-
quo. Esses últimos se diferenciam dos primeiros, pois, neles,
haverá uma velocidade horizontal diferente de zero.

2. Lançamento horizontal
Física

Considere duas bolas: a vermelha é abandonada do re-


pouso, e a verde é lançada, no mesmo instante, com uma ve-
locidade horizontal diferente de zero.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

A bolinha verde percorre, na horizontal, espaços


iguais em intervalos de tempos iguais.

Galileu Galilei foi o primeiro a demonstrar que os movi-


mentos horizontais e verticais podem ser considerados como
independentes e podem ser analisados separadamente. Pen-
sando assim, podemos decompor o movimento da bolinha
verde em duas dimensões: x e y.
Exemplo de um experimento com duas bolas: uma em
aqueda livre e outra em lançamento horizontal.
x
A primeira movimenta-se verticalmente em queda livre
com movimento acelerado, e a segunda descreve uma traje-
tória parabólica.
Note que, na vertical, ambas se movem com a mesma
148

aceleração, que é a aceleração gravitacional, ou seja, o movi-


mento horizontal não interfere no movimento vertical.
d
3d
g
5d
LIVRO DO PROFESSOR

7d y

Decomposição do movimento em duas dimensões

9d
No caso do eixo y, adotamos o eixo positivo para baixo,
como fizemos na queda livre.
No início, a componente y da velocidade (vy) é zero e
vai aumentando com o passar do tempo, seguindo um MUV.
Esquema mostra que ambas as bolas descrevem Já a componente x (vx) permanece constante durante todo
a mesma aceleração vertical. o percurso.
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 148 24/08/2015 11:18:14


x é necessário decorar novas fórmulas. Basta lembrar o que

10
x0

você já aprendeu.
y1
x1
• Na vertical (eixo y), temos movimento uniformemente

222
x2
variado (MUV), e as fórmulas conhecidas são:
y2
a ⋅ t2
∆s = v 0⋅ t +
x3 2
y3 v = v0 + a ⋅ t
v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s

Física
∆s v + v 0
x4
=
y4 ∆t 2

• Na horizontal (eixo x), temos um movimento uniforme


x5 (vx0 = vx1 = vx2 = vx3 = vx4 = vx5 = vx), e a fórmula mais
y y5 comum é:

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Representação dos vetores velocidade
em diferentes instantes
∆s = v · t

No lançamento horizontal é comum calcularmos o alcan- Com essas equações que você conheceu a partir do mó-
ce, que é o deslocamento horizontal da bolinha. Para isso, não dulo 4, é possível resolver os problemas de lançamentos.

APRENDER SEMPRE 22
01.
Uma pedra é lançada horizontalmente com veloci- c. Calculando a velocidade final no eixo y:
dade de 10 m/s, de uma altura de 20 m do solo. Dado que vy = v0y + a · t
g = 10 m/s2 e desprezando a resistência do ar, determine: vy = 0 + 10 · 2
a. o tempo que a pedra gasta para atingir o solo; vy = 20 m/s
b. o alcance horizontal;
c. a velocidade final da pedra, imediatamente antes de Na horizontal, a velocidade é constante e igual a
ela atingir o solo. vx = 10 m/s. Assim, a velocidade final será:
vx

149
Resolução
a. No eixo y, temos um MUV: vy v
a ⋅ t2
∆ss = v 0⋅ t +
2 v 2 = v 2y + v 2x
Como a velocidade inicial em y é zero, temos: v = 202 +102
10⋅ t2 v = 400 +100 +
20 = 0⋅ t +
2 v = 500 =10 = 5 m/s
20⋅2
t2 = =4 Observação – A velocidade final no eixo y também po-
10
t =2s deria ser calculada sem utilizar o tempo determinado na le- LIVRO DO PROFESSOR
b. No eixo x, temos um MU: tra a, usando-se a equação de Torricelli.
∆s = v · t v 2 = v 20 + 2⋅a⋅∆s
∆s = vx · t v 2y = 02 + 2⋅10⋅20 = 400
∆s = 10 ·2 v y = 20 m / s
∆s = 20 m

3. Lançamento oblíquo
Suponha que um corpo seja lançado com uma velocidade
v0 , cuja a inclinação é de um ângulo θ com a horizontal, em rela-
ção ao solo, num local em que a aceleração da gravidade man-
v0
tenha-se constante e o atrito com o ar possa ser desprezado.

θ
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 149 24/08/2015 11:18:26


A trajetória descrita pelo corpo em relação ao eixo adota- equações já aprendidas para lançamento vertical e
10

do tem o formato de um arco de parábola. lançamento horizontal.


Podemos decompor essa velocidade inicial nas dire-
222

ções x e y . a ⋅ t2
∆s = v 0⋅ t +
2
y v = v0 + a ⋅ t
v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
∆s v + v 0
=
∆t 2
Física

Nesse caso, é muito importante adotar um bom sistema


de referência. Para facilitar, iremos adotar o eixo positivo para
cima, como feito no lançamento vertical para cima. Nesse sis-
v 0y tema de referência, a aceleração da gravidade será negativa.
v0
• Na horizontal (eixo x), temos um movimento uniforme
θ (MU), vx é constante (v0x = vx) e, como vimos no lança-
mento horizontal,
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

v 0x x
∆s = v · t
Obtém-se um movimento em duas dimensões, horizontal ∆s = vx · t
e vertical, lembrando que: O ∆s representa a distância percorrida, na horizontal, do
v0x = v0 · cos θ e v0y = v0 ·sen θ ponto de lançamento até o ponto de retorno ao solo. Geral-
mente, essa distância é denominada alcance e é representa-
• Na vertical (eixo y), temos um movimento uniforme- da pela letra D. Nunca esqueça que o tempo é o mesmo tanto
mente variado (MUV), e podemos usar as mesmas no eixo x como no eixo y.

APRENDER SEMPRE 23
01.
b. No ponto mais alto da trajetória, a velocidade vertical
Uma pedra é lançada obliquamente, com velocidade
final (vy) é igual a zero. Assim:
inicial de 200 m/s e com um ângulo θ, cujo sen θ = 0,8 e
vy = v0y + a · tsubida
cos θ = 0,6. Considere g = 10 m/s2 e despreze a resistência
0 = 160 – 10 · tsubida
150

do ar. Determine:
tsubida = 16 s
a. as funções horárias do movimento na horizontal e na
vertical;
c. Como a pedra saiu e voltou na mesma horizontal, te-
b. o tempo de subida;
mos que tsubida = tdescida. Assim, o tempo de voo é igual
c. o tempo de voo;
a 2 · tsubida
d. a altura máxima;
tvoo = 2 · 16 = 32 s
e. o alcance horizontal.

Resolução d. Podemos calcular a altura máxima (Hmáx.), usando o


a. Sendo v0 = 200 m/s: tempo encontrado no item b, empregando a equação
LIVRO DO PROFESSOR

v0x = vx = v0 · cos θ = 200 · 0,6 = 120 m/s e do item a.


v0y = v0 ·sen θ = 200 · 0,8 = 160 m/s ∆sy = 160 · tsubida – 5 · (tsubida)2
Hmáx. = 160 · 16 – 5 · (16)2
I. Na horizontal (eixo x) Hmáx. = 1 280 m
∆sx = vx · t Também podemos determinar a altura máxima, sem
∆sx = 120 · t precisar do tempo, usando a equação de Torricelli.
v y2 = v 0y 2 + 2 ⋅ a ⋅ ∆sy
II. Na vertical (eixo y) 02 = 1602 + 2 ⋅ (−10))⋅ Hmáx.
a ⋅ t2 25600
∆ssy = v 0y ⋅ t + máx. =
Hmáx. = 1 280m
2 20
No referencial adotado, vy é positivo, e a aceleração e. Para determinar o alcançe horizontal, devemos usar
da gravidade é negativa. a função horária do item a para o eixo x.
(−10)⋅ t2 ∆sx = 120 · t
∆sy = 160 ⋅ t + D = 120 · tvoo
2
∆sy = 160 ⋅ t − 5 ⋅ t2 D = 120 · 32
EMI-15-80

D = 3 840 m

EMI-2016-80-MCN.indb 150 24/08/2015 11:18:29


Como se pode perceber, o alcance horizontal depende

10
exclusivamente da velocidade inicial e do ângulo de lança-
mento. A figura a seguir mostra o alcance para alguns ângulos Podemos demonstrar literalmente que o alcance máxi-
mo ocorre para um ângulo de 45°.

222
importantes.
Na vertical, temos:
v y = v 0y + a ⋅ t subida
y
0 = v 0 ⋅ sen
sen θ − g ⋅ t subida
θ = 60°
g ⋅ t subida = v 0 ⋅ sen θ
θ = 45° v ⋅ sen θ
t subida = 0
g

Física
θ = 30° v 0 ⋅ sen θ
t voo =2 ⋅
g

x
Na horizontal, temos:
Alcance horizontal máximo (Dmáx.)
D = v x ⋅ t voo
D = v 0 ⋅ cos θ ⋅ t voo
v ⋅ ssen θ
Analisando a figura, podemos ver que, para corpos lança- D = v 0 ⋅ cos θ ⋅ 2⋅ 0

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


g
dos com mesma velocidade, saindo e chegando na mesma
v 20 ⋅ 2 ⋅cos θ ⋅ ssen θ v 2 ⋅ ssen
en 2θ
horizontal, o alcance máximo ocorre no ângulo de 45°. D= ⇒D = 0
g g
Essa é a equação do alcance horizontal, ela pode ser
APRENDER SEMPRE 24 usada quando se deseja somente calcular o alcance sem a
01. necessidade de usar as equações do MU e MUV.
Para determinar o alcance máximo, o sen 2θ deve ser
Qual é a distância máxima que um projétil, lançado do
máximo, ou seja, sen 2θ = 1. Assim 2θ = 90° e θ = 45°.
solo, com uma velocidade inicial de 100 m/s, pode atingir
ao cair novamente no solo? Adote: g = 10 m/s2 e despreze Pode-se simplificar a fórmula anterior, para o alcance
os efeitos do ar. máximo, substituindo sen 2θ = 1.
v 2 ⋅sen
sen 2θ
Resolução D= 0
g
Para que o projétil tenha o alcance máximo, o ângulo θ v 20
deve ser de 45°. Assim: Dmáx. =
g
• na vertical (eixo y),
v0y = v0 · sen θ = 100 · sen 45°

151
2
v0y = 100 · = 50 2 m / s
2
v y = v 0y + a ⋅ t subida O arqueiro de Barcelona
0 = 50 2 − 10 ⋅ t subida Considerada uma das cerimônias de aber-
tura mais espetaculares, o início dos Jogos de
tsubida = 5 2 s 1992 foi assistido por 2 milhões de pessoas em
tvoo = 2 · tsubida = 2 · 5 2 = 10 2 s todo o mundo. Um dos detalhes pelo qual a
cerimônia é recordada, está vinculado ao mo-
• na horizontal (eixo x), mento em que a chama olímpica foi acesa.
2 O arqueiro Antonio Rebollo atirou uma flecha LIVRO DO PROFESSOR
v0x = vx = v0 · cos θ = 100 · = 50 2 m/s
2 dentro do caldeirão e a acendeu de maneira
D = vx · tvoo espetacular. Pouco tempo depois, soube-se
Dmáx. = 50 2 ⋅ 1
10
0 2 que tudo foi um truque e que a flecha jamais
tocou o caldeirão, tendo passado por cima
Dmáx. = 1 000 m
dele. Uma câmera de televisão flagrou perfei-
Observação: No alcance máximo, v0x será sempre igual tamente o momento.
a v0y. Disponível em: <http://esportes.terra.com.br/relembre-sete-
quotfraudesquot-da-historia-dos-jogos-olimpicos,78f9df54763ba310Vg
nCLD200000bbcceb0aRCRD.html>. Acesso em: 6 mar. 2015. Adaptado.

Veja o lançamento oblíquo dessa flecha


no seguinte vídeo:
<https://www.youtube.com/watch?v=Fca-
MbAKOV0>.
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 151 24/08/2015 11:18:35


4. Organizador gráfico
10

A. Lançamento de projéteis
222
Física

Lançamento de projéteis
DMITRY KALINOVSKY / SHUTTERSTOCK; EVERETT HISTORICAL / SHUTTERSTOCK; L I G H T P O E T / SHUTTERSTOCK; SERGEI BUTORIN / SHUTTERSTOCK
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Vertical Horizontal Oblíquo

v 0y V0x = v0 cos θ
v0
Pode ser decomposto em duas dimensões Para calcular
θ V0y = v0 sen θ
v0x

Vertical Horizontal

Temos um Temos um

Movimento
Movimento
Uniformemente
152

Uniforme (MU)
Variado (MUV)

Podemos usar Podemos usar

a⋅ t 2 ∆s = v · t
∆s = v 0 ⋅ t +
2
v = v 0 + a⋅ t
v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
∆s v + v 0
=
∆t 2
LIVRO DO PROFESSOR

EMI-15-80

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características

EMI-2016-80-MCN.indb 152 24/08/2015 11:18:42


Módulo 22

10
Lançamento horizontal

222
Exercícios de Aplicação
01. Urca-CE 02. UFPR (adaptado)
Um avião da ONU, viajando horizontalmente a 200 m/s Uma bola rola sobre uma mesa horizontal de 1,25 m de

Física
de uma altura de 2 000 m acima do solo, solta mantimentos altura e, ao cair da mesa, atinge o solo num ponto situado à
para um grupo de pessoas. Desprezando a resistência do ar, distância de 2,5 m, medida horizontalmente a partir da bei-
podemos afirmar que o tempo decorrido para os mantimentos rada da mesa.
chegarem ao solo é de:
Observação
Considere a aceleração da gravidade, g = 10 m/s2.

1,25 m
a. 05 segundos.
b. 10 segundos.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


c. 15 segundos.
d. 20 segundos. 2,5 m
e. 40 segundos.
Desprezando-se o efeito do ar e adotando-se g = 10 m/s2.
Resolução
Calcule:
O tempo de queda depende da altura, assim, na vertical, a. a velocidade com que ela abandonou a mesa;
têm-se: b. a velocidade com que ela atinge o solo.
ay
∆sy = v 0y · t + · t2 (v 0y = 0) Resolução
2
g 2 a. Calculando o tempo de queda (vertical)
H = ·t a ⋅ t2
2 ∆sy = v 0y ⋅ t +
10 2
2000 = ⋅ t2 ⇒ t = 20 s
2 10 ⋅ t2
1,25 =
Alternativa correta: D 2
t = 0,5 s
Calculando a velocidade horizontal

153
∆sx = vx · t
2,5 = vx · 0,5
vx = 5 m/s

b. Calculando a velocidade vertical


vy = v0y + a · t
vy = 0 + 10 · 0,5
vy = 5 m/s

LIVRO DO PROFESSOR
A velocidade ao atingir o solo é:

vx

vy v

v 2 = v y2 + v x 2
v = 52 + 52
v = 5 ⋅ 2 m/s
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 153 24/08/2015 11:18:45


03. UFSM-RS Resolução
10

Um trem de passageiros passa em frente a uma estação, A câmera tem a mesma velocidade do trem. Então, para
com velocidade constante em relação a um referencial fixo no um referencial fixo no trem, ela descreve uma trajetória retilí-
nea vertical; para um referencial fixo no solo, trata-se de um
222

solo. Nesse instante, um passageiro deixa cair sua câmera fo-


tográfica, que segurava próxima a uma janela aberta. Despre- lançamento horizontal, descrevendo a câmera um arco de pa-
zando a resistência do ar, a trajetória da câmera no referencial rábola. O tempo de queda é o mesmo para qualquer um dos
fixo do trem é ___________, enquanto, no referencial fixo do solo, a dois referenciais.
trajetória é ___________. O tempo de queda da câmera no primeiro Alternativa correta: D
referencial é ___________ tempo de queda no outro referencial. Habilidade
Assinale a alternativa que completa corretamente as la- Identificar as características do movimento em lança-
Física

cunas. mento horizontal e/ou oblíquo.


a. parabólica — retilínea — menor que o
b. parabólica — parabólica — menor que o
c. retilínea — retilínea — igual ao
d. retilínea — parabólica — igual ao
e. parabólica — retilínea — igual ao
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Exercícios Extras
04. PUC-RJ 05. Fuvest-SP
Em um campeonato recente de voo de precisão, os pilo- Duas bolinhas idênticas, A e B, partem ao mesmo tempo
tos de avião deveriam "atirar" um saco de areia dentro de um de uma certa altura h acima do solo, sendo que A é solta em
alvo localizado no solo. Supondo que o avião voe horizontal- queda livre e B lançada com uma velocidade v 0 horizontal.
mente a 500 m de altitude com uma velocidade de 144 km/h Despreze o efeito do ar. Qual das afirmações é correta?
e que o saco é deixado cair do avião, ou seja, no instante do a. As duas chegam juntas ao solo.
"tiro" a componente vertical do vetor velocidade é zero, po- b. A chega primeiro ao solo.
demos afirmar que: (Considere a aceleração da gravidade c. A chega logo depois de B.
g = 10 m/s2 e despreze a resistência do ar.) d. A ou B chega primeiro, dependendo de v 0 .
a. o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a e. A ou B chega primeiro, dependendo de h.
100 m do alvo.
b. o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a
200 m do alvo.
154

c. o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a


300 m do alvo.
d. o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a
400 m do alvo.
e. o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a
500 m do alvo.

Seu espaço
LIVRO DO PROFESSOR

Sobre o módulo
Neste módulo, optamos por usar somente as equações do movimento uniforme e do movimento uniformemente variado.
Dessa forma, não é necessário que os alunos decorem novas equações. Dependendo do andamento da aula e o nível de desen-
volvimento da turma, pode-se também deduzir cada fórmula.
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 154 24/08/2015 11:18:45


Exercícios Propostos

10
Da teoria, leia os tópicos 1 e 2. 10.

222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Desprezando a resistência do ar, a curva descrita por um
projétil lançado horizontalmente do alto de um edifício de vin-
te andares em relação ao solo é:
06. UFV-MG a. uma circunferência.
Um projétil é lançado horizontalmente de uma altura de b. uma linha reta.
20 m, com velocidade inicial de módulo igual a 15 m/s. Des- c. uma parábola.
prezando-se a resistência do ar e considerando-se o módulo d. uma hipérbole.

Física
da aceleração gravitacional como 10 m/s2 , é correto afirmar
que o projétil atingirá o solo após ter percorrido uma distância 11. UFSC
horizontal igual a: Suponha um bombardeiro voando horizontalmente com
a. 11 m d. 30 m velocidade constante. Em certo instante, uma bomba é solta do
b. 15 m e. 60 m avião. Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar:
c. 23 m I. A bomba cai verticalmente, para um observador
na Terra.
07. PUCCamp-SP II. O movimento da bomba pode ser interpretado como

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Do alto de uma montanha em Marte, na altura de 740 m sendo composto por dois movimentos: MRUV na verti-
em relação ao solo horizontal, é atirada horizontalmente uma cal e MRU na horizontal.
pequena esfera de aço com velocidade de 30 m/s. Na super- III. A bomba atingirá o solo exatamente abaixo do avião.
fície desse planeta, a aceleração gravitacional é de 3,7 m/s2. IV. A bomba adquire uma aceleração vertical igual à ace-
A partir da vertical do ponto de lançamento, a esfera toca leração da gravidade g.
o solo numa distância, em metros, de: Estão corretas:
a. 100 d. 450 a. II, III e IV, apenas. d. I, II e IV, apenas.
b. 200 e. 600 b. II e IV, apenas. e. todas.
c. 300 c. II e III, apenas.

08. Vunesp 12. FM Catanduva-SP


Um balão se desloca horizontalmente, a 80,0 m do solo, Uma bola cai de uma mesa horizontal de 80 cm de altura,
com velocidade constante de módulo 6,0 m/s. Quando passa atingindo o chão a uma distância horizontal de 1,6 m da ares-
exatamente sobre um jovem parado no solo, um saquinho de ta do topo da mesa. Sua velocidade (horizontal), ao abando-
areia é abandonado do balão. Desprezando-se qualquer atrito nar a mesa, era de: (g = 10 m/s2)
do saquinho com o ar e considerando-se g = 10,0 m/s2 , calcule: a. zero d. 16 m/s

155
a. o tempo gasto pelo saquinho para atinigir o solo, con- b. 4,0 m/s e. 20 m/s
siderado plano; c. 10 m/s
b. a distância entre o jovem e o ponto onde o saquinho
atinge o solo. 13. UEFS-BA
Pode-se analisar o lançamento horizontal de uma partí-
09. Sistema COC cula, decompondo-o ao longo de um eixo horizontal e de um
Uma pequena esfera rola sobre a superfície plana e hori- vertical. A partir dessa análise, pode-se inferir que, no movi-
zontal de uma mesa, como mostra a figura a seguir. mento da partícula, desprezando-se a resistência do ar:
a. a trajetória descrita é uma reta.
LIVRO DO PROFESSOR
b. o módulo da componente vertical da velocidade di-
minui no decorrer do tempo.
c. a componente horizontal da velocidade de lançamen-
to permanece constante.
d. o deslocamento horizontal independe do valor da
aceleração da gravidade local.
e. o deslocamento vertical depende do valor da velocida-
de de lançamento.

14. Fuvest-SP
Desprezando a resistência oferecida pelo ar, pode-se
afirmar que, durante o movimento de queda da esfera, após Um motociclista de motocross move-se com velocidade
abandonar a superfície da mesa, permanecem constantes: de módulo v = 10 m/s, sobre uma superfície plana, até atingir
a. a aceleração e a velocidade horizontal. uma rampa (em A), inclinada de 45° com a horizontal, como
b. a aceleração e velocidade vertical. indicado na figura. Adote g = 10 m/s2 e despreze o efeito do
c. a velocidade e a força que age na esfera. ar. A trajetória do motociclista deverá atingir novamente a rampa
EMI-15-80

d. a velocidade e a posição da esfera. a uma distância horizontal D (D = H), do ponto A, aproximada-


e. a velocidade vertical e a velocidade horizontal. mente igual a:

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v 16. Fuvest-SP
10

A g Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com


velocidade constante, de módulo igual a 10,8 km/h, em traje-
222

45° tória retilínea, numa quadra plana e horizontal.


H
Num certo instante, a menina, com o braço esticado ho-
rizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o seu estado de
D movimento, solta a bola, que leva 0,5 s para atingir o solo. As
a. 20 m d. 7,5 m distâncias sm e sb percorridas, respectivamente, pela menina
b. 15 m e. 5,0 m e pela bola, na direção horizontal, entre o instante em que a
c. 10 m menina soltou a bola (t = 0 s) e o instante t = 0,5 s, valem:
Física

Note e adote
15. Unicamp-SP Desconsiderar efeitos dissipativos.
Um habitante do planeta Bongo atirou horizontalmente a. sm = 1,25 m e sb = 0 m.
uma flecha e obteve os gráficos apresentados a seguir, sendo b. sm = 1,25 m e sb = 1,50 m.
x a distância horizontal, y a distância vertical e t o tempo. c. sm = 1,50 m e sb = 0 m.
d. sm = 1,50 m e sb = 1,25 m.
e. sm = 1,50 m e sb = 1,50 m.
x (m)
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

y (m) 3
4
3 2
2
1
1 x (m) t (s)
0 1 2 3 4 0 1 2

Com base nos gráficos, responda às questões a seguir.


a. Qual o valor da velocidade horizontal da flecha?
b. Qual o valor da aceleração da gravidade no planeta Bongo?
156
LIVRO DO PROFESSOR

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Módulo 23

10
Lançamento oblíquo

222
Exercícios de Aplicação
01. Vunesp 02. Vunesp
O gol que Pelé não fez Um golfista arremessa a bola a uma distância de 80 m,

Física
Na copa de 1970, na partida entre Brasil e Tchecoslová- a partir do solo, sob um ângulo α, num campo perfeitamente
quia, Pelé pega a bola um pouco antes do meio de campo, vê o plano e horizontal. A bola permanece 4,0 segundos no espaço.
goleiro tcheco adiantado, e arrisca um chute que entrou para
a história do futebol brasileiro. No início do lance, a bola parte v0
do solo com velocidade de 108 km/h (30 m/s), e três segun-
dos depois toca novamente o solo atrás da linha de fundo, de- H
pois de descrever uma parábola no ar e passar rente à trave, α
para alívio do assustado goleiro.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Na figura vemos uma simulação do chute de Pelé. 80 m

Desprezando o atrito com o ar e usando g = 10 m/s2 , calcule:


a. o ângulo (α) de arremesso; 
b. a intensidade da velocidade (v 0) de lançamento;
c. a altura máxima (H) atingida pela bola.
Resolução
a. ∆s = 80 m
∆t = 4,0 s
Na horizontal: MU
∆s 80
v = ⇒ vx =
Considerando que o vetor velocidade inicial da bola após ∆t 4
o chute de Pelé fazia um ângulo de 30° com a horizontal vx = 20 m/s
(sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,85) e desconsiderando a resis- Na vertical: MUV, a = – g
tência do ar e a rotação da bola, pode-se afirmar que a dis-
ts = ∆t = 2,0 s

157
tância horizontal entre o ponto de onde a bola partiu do solo 2
depois do chute e o ponto onde ela tocou o solo atrás da linha vy = v0y – g · t
de fundo era, em metros, um valor mais próximo de: 0 = v0y – 10 · 2,0 ⇒ v0y = 20 m/s
a. 52,0
b. 64,5 v0
c. 76,5 v 0y
d. 80,4
e. 86,6
Resolução
Dados: v0 = 30 m/s; θ = 30°; sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,85
α
LIVRO DO PROFESSOR
e t = 3 s.
A componente horizontal da velocidade (v0x) mantém-se vx
constante. O alcance horizontal (D) é dado por: v
tan α = 0y ⇒ tan α = 20 ⇒ tan α = 1
D = v0x · t ⇒ D = v0 · cos 30° · t ⇒ D = 30 · 0,85 · 3 vx 20
D = 76,5 m
α = 45°
Alternativa correta: C
b. v 20 = v 2x + v 20y ⇒ v 20 = 202 + 202
v 0 = 20 2 m / s
c. MUV, a = – g (na vertical)
v 2y = v 20y – 2 · g · ∆s ⇒ 02 = 202 – 2 · 10 · H
H = 20 m
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 157 24/08/2015 11:18:53


03. PUC-RS Resolução
10

Uma esfera de aço é lançada obliquamente com pequena No ponto mais alto da trajetória, a componente vertical
velocidade, formando um ângulo de 45 graus com o eixo hori- da velocidade é nula, e a componente horizontal é constante.
222

zontal. Durante sua trajetória, desprezando-se o atrito com o Alternativa correta: E


ar, pode-se afirmar que: Habilidade
a. a velocidade é zero no ponto de altura máxima. Identificar as características do movimento em lança-
b. a componente vertical da velocidade mantém-se mento horizontal e/ou oblíquo.
constante em todos os pontos.
c. a componente horizontal da velocidade é variável em
todos os pontos.
Física

d. o vetor velocidade é o mesmo nos pontos de lança-


mento e de chegada.
e. a componente vertical da velocidade é nula no ponto de
máxima altura.

Exercícios Extras
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

04. 05. FFALM-PR


Uma pedra é jogada livremente para cima, numa dire- Um jogador de futebol imprime em uma bola uma velo-
ção que forma um ângulo de 30° com a horizontal no campo cidade máxima de 20 m/s. Se o ângulo de tiro for de 45° e
gravitacional terrestre, considerado uniforme. Ignorando-se g = 10 m/s2, o alcance máximo atingido pela bola será de:
o atrito com o ar no ponto mais alto alcançado pela pedra, o a. 20 m
módulo de: b. 10 m
a. sua aceleração é zero. c. 40 m
b. sua velocidade é zero. d. 100 m
c. sua velocidade atinge um mínimo, mas não é zero. e. 14,14 m
d. sua velocidade atinge um máximo.
e. seu vetor posição, em relação ao ponto de partida, é
máximo.

Seu espaço
158

Sobre o módulo É interessante fazer uma competição de lançamentos de


Neste módulo, assim como no anterior, optamos por usar foguetes para explorar todos os conceitos vistos em aula.
somente as equações do movimento uniforme e do movi-
mento uniformemente variado. Dessa forma, não é necessá- Acesse: <http://www.cacep.com.br/node/92>
rio que os alunos decorem novas equações. Dependendo do
andamento da aula e o nível de desenvolvimento da turma,
pode-se também deduzir cada fórmula.
Acesse: <http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol8/
Na web
LIVRO DO PROFESSOR

Num2/v08n02a02.pdf>.
Se possível, usar algum simulador de lançamentos.

Acesse: <http://phet.colorado.edu/pt_BR/
simulation/projectile-motion>.
EMI-15-80

EMI-2016-80-MCN.indb 158 24/08/2015 11:18:54


Exercícios Propostos

10
Da teoria, leia o tópico 3. 10. PUC-SP

222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Calcular o alcance de um projétil lançado por um mortei-
ro com velocidade inicial de 100 m/s, sabendo-se que o ân-
06. Vunesp gulo formado entre o morteiro e a horizontal é de 30°. Adotar
g = 10 m/s2.
Um corpo de 1,0 kg de massa é lançado obliquamente,
a partir do solo, sem girar. O valor da componente vertical da 11. Unifor-CE (adaptado)
velocidade, no instante do lançamento, é 2,0 m/s, e o valor da
Suponha que um projétil é lançado com uma veloci-
componente horizontal é 3,0 m/s.

Física
dade inicial de 200,00 m/s sob um ângulo de 30º com a
v0 horizontal. Calcule a altura máxima do projétil em relação
ao solo, sabendo-se que ele é lançado de uma altura de
2,0 m/s 1,70 m do solo.
3,0 m/s Despreze as forças dissipativas e adote g = 10,00 m/s2.
a. 401,70 m
Supondo que o corpo esteja sujeito exclusivamente à b. 501,70 m
ação da gravidade, determine sua energia cinética: c. 601,70 m

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


a. no instante do lançamento; d. 701,70 m
b. no ponto mais alto da trajetória. e. 801,70 m
07. PUC-RJ
12. UFMT-MG
Um projétil é lançado com uma velocidade escalar inicial
Num jogo de vôlei, uma atacante acerta uma cortada na
de 20 m/s com uma inclinação de 30° com a horizontal, es-
bola no instante em que a bola está parada numa altura h
tando inicialmente a uma altura de 5,0 m em relação ao solo.
acima do solo. Devido à ação da atacante, a bola parte com
A altura máxima que o projétil atinge, em relação ao solo,
velocidade inicial v0, com componentes horizontal e vertical,
medida em metros, é:
respectivamente em módulo, vx = 8 m/s e vy = 3 m/s, como
Considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
mostram as figuras 1 e 2.
a. 5,0 d. 20
b. 10 e. 25
c. 15

08. UFPE h
Numa partida de futebol, uma falta é cobrada de modo

159
que a bola é lançada segundo um ângulo de 30° com o gra-
mado. A bola alcança uma altura máxima de 5,0 m. Qual é o
módulo da velocidade inicial da bola em km/h? Despreze a
resistência do ar e adote g = 10 m/s2 .

09. UFPR (adaptado) 4m


No campeonato mundial de futebol, ocorrido na África do
Sul, a bola utilizada nas partidas, apelidada de Jabulani, foi P
alvo de críticas por parte de jogadores e comentaristas. Mas Figura 1
como a bola era a mesma em todos os jogos, seus efeitos po-
sitivos e negativos afetaram todas as seleções. LIVRO DO PROFESSOR
Com relação ao movimento de bolas de futebol em jogos, Após a cortada, a bola percorre uma distância horizontal
podemos afirmar corretamente que: de 4 m, tocando o chão no ponto P.
a. durante seu movimento no ar, após um chute para o alto,
vx = 8 m/s
uma bola está sob a ação de três forças: a força peso, a for-
ça de atrito com o ar e a força de impulso devido ao chute. vy = 3 m/s
b. em estádios localizados a grandes altitudes em rela-
ção ao nível do mar, a atmosfera é mais rarefeita, e uma
bola, ao ser chutada, percorrerá uma distância maior h
em comparação a um mesmo chute no nível do mar.
c. em dias chuvosos, ao atingir o gramado encharcado, a
bola tem sua velocidade aumentada. P
d. uma bola de futebol, ao ser chutada obliquamente em
relação ao solo, executa um movimento aproximada- 4m
mente parabólico, porém, caso nessa região haja vá-
EMI-15-80

cuo, ela descreverá um movimento retilíneo. Figura 2


e. no ponto mais alto da trajetória a velocidade da bola é nula.

EMI-2016-80-MCN.indb 159 24/08/2015 11:18:58


Considerando que durante seu movimento a bola ficou Após girar sobre si próprio, o atleta lança a bola a 0,50 m aci-
10

sujeita apenas à força gravitacional e adotando g = 10 m/s2, a ma do solo, com velocidade linear inicial que forma um ângulo
altura h, em m, onde ela foi atingida é: de 45° com a horizontal. A bola toca o solo após percorrer a
222

a. 2,25 distância horizontal de 80 m.


b. 2,50
c. 2,75
d. 3,00
e. 3,25

13. UCS-RS
Física

Uma noiva, após a celebração do casamento, tinha de


jogar o buquê para as convidadas. Como havia muitas ex-na-
moradas do noivo, ela fazia questão de que sua melhor ami-
ga o pegasse. Antes de se virar, de costas, para fazer o arre-
messo do buquê, a noiva, que possuía conhecimento sobre
movimento balístico, calculou a que distância aproximada a
amiga estava dela: 5,7 m. Então, ela jogou o buquê, tomando o
cuidado para que a direção de lançamento fizesse um ângulo
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

de 60° com a horizontal. Se o tempo que o buquê levou para Nas condições descritas do movimento parabólico da
atingir a altura máxima foi de 0,7 s, qual o valor aproximado bola, considerando a aceleração da gravidade no local igual a
da velocidade dele ao sair da mão da noiva? Despreze o atrito 10 m/s2, 2 igual a 1,4 e desprezando-se as perdas de ener-
com o ar. Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, gia mecânica durante o voo da bola, determine, aproximada-
cos 60° = 0,5 e sen 60° = 0,87. mente:
a. 1,5 m/s a. o módulo da velocidade de lançamento da bola, em m/s;
b. 5,5 m/s b. a altura máxima, em metros, atingida pela bola.
c. 6,0 m/s
d. 8,0 m/s 16. Aman-RJ
e. 11,0 m/s Um lançador de granadas deve ser posicionado a uma
distância D da linha vertical que passa por um ponto A. Este
14. UESC ponto está localizado em uma montanha a 300 m de altura
Galileu, ao estudar problemas relativos a um movimento em relação à extremidade de saída da granada, conforme o
composto, propôs o princípio da independência dos movimen- desenho a seguir.
tos simultâneos – um móvel que descreve um movimento com-
posto, cada um dos movimentos componentes se realiza como Linha vertical
160

se os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo. Saída A


Assim, considere um corpo lançado obliquamente a partir
do solo sob ângulo de tiro de 45º e com velocidade de módulo 300 m
igual a 10,0 m/s. Lançador
Desprezando-se a resistência do ar, admitindo-se que o mó- de granadas D
α Montanha
dulo da aceleração da gravidade local é igual a 10 m/s2 e saben-
2 2
do-se que cos 45° = e sen 45° = , é correto afirmar que: A velocidade da granada, ao sair do lançador, é de
2 2
100 m/s e forma um ângulo "α" com a horizontal; a aceleração
a. o alcance do lançamento é igual a 5,0 m. da gravidade é igual a 10 m/s2 e todos os atritos são desprezí-
LIVRO DO PROFESSOR

b. o tempo total do movimento é igual a 2s. veis. Para que a granada atinja o ponto A, somente após a sua
c. a altura máxima atingida pelo corpo é igual a 10,0 m. passagem pelo ponto de maior altura possível de ser atingido
d. o corpo atinge a altura máxima com velocidade nula. por ela, a distância D deve ser de:
e. a velocidade escalar mínima do movimento é igual a Dados: cos α = 0,6; sen α = 0,8
10,0 m/s. a. 240 m
b. 360 m
15. Unifesp c. 480 m
O atleta húngaro Krisztian Pars conquistou medalha de d. 600 m
ouro na olimpíada de Londres no lançamento de martelo. e. 960 m
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Módulo 24

10
Lançamentos vertical, horizontal e oblíquo

222
Exercícios de Aplicação
01. UERJ (adaptado) 02. UFV-MG
Um trem em alta velocidade desloca-se ao longo de um Um avião de carga voa a uma altitude h igual a 320 m,

Física
trecho retilíneo a uma velocidade constante de 108 km/h. Um à velocidade de 100 m/s. Ele deixa cair um pacote que deve
passageiro em repouso arremessa horizontalmente ao piso atingir um barco se deslocando a 20 m/s na mesma direção
do vagão, de uma altura de 1 m, na mesma direção e sentido e no mesmo sentido do avião. A que distância horizontal x,
do deslocamento do trem, uma bola de borracha que atinge atrás do barco, o avião deverá abandonar o pacote? Considere
esse piso a uma distância de 5 m do ponto de arremesso. g = 10 m/s2 e despreze o efeito do ar.
a. Calcule o intervalo de tempo, em segundos, que a bola
leva para atingir o piso.
b. Se a bola fosse arremessada na mesma direção, mas

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


em sentido oposto ao do deslocamento do trem, cal-
cule a distância, em metros, entre o ponto em que a
bola atinge o piso e o ponto de arremesso .
Resolução
a. Como se trata de um lançamento horizontal, o tempo h
de queda é o mesmo do tempo de queda livre:
1 2⋅h 2⋅1 20 4,5
h = ⋅ g ⋅ t2 ⇒ t = = = ≈
2 g 10 10 10
t ≈ 0,45 s
b. Se a velocidade relativa ao vagão é a mesma, o alcan-
x
ce horizontal relativo ao vagão também é o mesmo, ou
seja, 5 m.
Resolução
vavião/barco = vavião/solo – vbarco/solo
vavião/barco = 100 – 20 ⇒ vavião/barco = 80 m/s

161
Tempo de queda do pacote:
1 1
h = ⋅ g ⋅ t2 ⇒ 320 = ⋅10⋅ t2q ⇒ t q = 8 s
2 2
Distância para atingir o alvo:
x = vavião/barco · tq = ⇒ x = 80 · 8 ⇒ x = 640 m

LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-80

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03. UFF-RJ Resolução
10

Após um ataque frustrado do time adversário, o goleiro se No ponto mais alto, a componente vertical da velocidade
prepara para lançar a bola e armar um contra-ataque. é nula e, na vertical, temos uma queda livre a partir do repou-
so.
222

Para dificultar a recuperação da defesa adversária, a bola 1


deve chegar aos pés de um atacante no menor tempo possí- O tempo de queda pode ser tirado da expressão H = ⋅ g ⋅ t2.
2
vel. O goleiro vai chutar a bola, imprimindo sempre a mesma Sendo assim, quanto maior for a altura maior será o tem-
velocidade, e deve controlar apenas o ângulo de lançamento. po de queda.
A figura mostra as duas trajetórias possíveis da bola num cer-
Não podemos esquecer que os tempos de subida e des-
to momento da partida.
cida são iguais.
Portanto, o tempo total é T = 2 · tq .
Física

O menor tempo de voo da bola é aquele correspondente


à menor altura.
Alternativa correta: B
Habilidade
Diferenciar e calcular os diferentes componentes da ve-
locidade e do deslocamento em lançamento horizontal e/ou
Assinale a alternativa que expressa se é possível ou não
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

oblíquo.
determinar qual destes dois jogadores receberia a bola no
menor tempo. Despreze o efeito da resistência do ar.
a. Sim, é possível, e o jogador mais próximo receberia a
bola no menor tempo.
b. Sim, é possível, e o jogador mais distante receberia a
bola no menor tempo.
c. Os dois jogadores receberiam a bola em tempos iguais.
d. Não, pois é necessário conhecer os valores da veloci-
dade inicial e dos ângulos de lançamento.
e. Não, pois é necessário conhecer o valor da velocida-
de inicial.

Exercícios Extras
04. Vunesp Os experimentos ocorrem em um local onde a aceleração
162

Num local onde g = 10 m/s2, um projétil é atirado com da gravidade g’ é um pouco menor que seu valor na superfície
velocidade v0 = 200 m/s, fazendo um ângulo de 60° com a terrestre g = 9, 8 m/s2.
horizontal. Desprezada a resistência do ar, qual será a altura Com base nesses dados e concordando com expressões
do projétil, em relação ao nível do disparo, quando sua veloci- cinemáticas para os movimentos de queda livre e lançamen-
dade fizer um ângulo de 45° com a horizontal? to oblíquo, é correto afirmar:
a. 500 m c. 1 000 m e. 750 m g
a. A razão h obedecerá a relação h = .
b. 1 500 m d. 3 000 m R R 2g ’
h 2g
05. UEL-PR b. A razão h obedecerá a relação = .
Um sistema mecânico que consiste de um pequeno tubo R R g’
LIVRO DO PROFESSOR

com uma mola consegue imprimir a uma esfera de massa m g’


uma velocidade fixa v0. Tal sistema é posto para funcionar, im- c. A razão h obedecerá a relação h = .
R R 2g
pulsionando a massa na direção vertical, a massa atingindo a
altura máxima h e voltando a cair. Em seguida, o procedimen- d. A distância R a ser alcançada pela massa será a mes-
to é efetuado com o eixo do tubo formando um determinado ma que se obteria em um experimento na superfície
ângulo com a direção horizontal de modo que o alcance R terrestre, porque tal quantidade só depende do valor
nesta direção seja maximizado. Tais situações estão repre- da componente horizontal da velocidade v0 cos(θ).
sentadas na figura a seguir. e. R e h serão diferentes de seus valores obtidos em ex-
perimentos realizados na superfície, mas a relação
h 1
= se manterá, porque esta independe do valor
R 2
h v0 local da aceleração da gravidade.
θ

v0 R
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Seu espaço

10
Sobre o módulo

222
Como o assunto lançamento de projéteis é muito cobrado em vestibulares, fizemos este módulo com uma série de exercí-
cios envolvendo todos os tipos de lançamentos já estudados.

Exercícios Propostos
Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 3. 09.

Física
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Num parque aquático, um grupo de crianças se diverte
no tobogã cuja superfície final é paralela à direção horizontal.

06.

COCLITU CRISTIAN / DREAMSTIME.COM


Um estilo de saque, chamado estilo tênis, foi dividido em
quatro etapas:
Etapa 1 – O jogador impulsiona a bola verticalmente
para cima.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Etapa 2 – A bola é abandonada de uma altura h1 = 2,0 m
com velocidade de 4,0 m/s.
Etapa 3 – A bola atinge sua altura máxima h2 .
Etapa 4 – O jogador rebate a bola em uma altura h3 = 2,5 m.

h2
h3
h1

Considerando que a altura entre a superfície final do


Tempo tobogã até a superfície da água é de 1 m, o tempo que cada
criança leva para tocá-la, depois de ser lançada do tobogã:
Considere que, durante essas quatro etapas, o jogador não (Considere que g seja a aceleração da gravidade local
se desloca horizontalmente e a resistência do ar e a rotação da e que o atrito pode ser desprezado.)

163
bola podem ser desprezadas. Adotando g = 10 m/s2 , calcule: a. depende de sua massa, de maneira inversa.
a. a altura máxima h2 atingida pela bola; b. é diretamente proporcional à massa da criança.
b. a velocidade da bola no instante antes de ela ser rebatida. c. é inversamente proporcional à altura do toboágua.
d. é diretamente proporcional à g .
07. PUC-SP
Considere um lançador de projéteis, localizado em uma e. é diretamente proporcional à 1 .
plataforma a 60 metros acima do chão. Dele, um projétil é lan- g
çado horizontalmente, com velocidade de saída de módulo
200 m/s. Despreze a resistência do ar e calcule: Texto para às questões 10 e 11.
a. o tempo de viagem do projétil até atingir o chão; Três bolas − X, Y e Z − são lançadas da borda de uma
b. a distância horizontal percorrida pelo projétil, até atin- mesa, com velocidades iniciais paralelas ao solo e mesma LIVRO DO PROFESSOR
gir o chão; direção e sentido. A tabela a seguir mostra as magnitudes das
c. a componente vertical da velocidade do projétil, no massas e das velocidades iniciais das bolas.
momento em que atinge o chão;
Velocidade inicial
d. a componente horizontal da velocidade do projétil, no Bolas Massa(g)
(m/s)
momento em que atinge o chão;
e. a velocidade do projétil ao tocar o chão. X 5 20
Y 5 10
08. PUC-MG
Z 10 8
Um arqueiro atira uma flecha, que percorre uma trajetó-
ria parabólica vertical até atingir o alvo. No ponto mais alto da
trajetória da flecha: 10. UERJ
a. a velocidade e a aceleração são nulas. As relações entre os respectivos tempos de queda tx, ty e
b. a aceleração é nula. tz das bolas X, Y e Z estão apresentadas em:
c. o vetor velocidade e o vetor aceleração são horizontais. a. tx < ty < tz c. Tz < ty < tx
EMI-15-80

d. a componente vertical da velocidade é nula. b. ty < tz < tx d. ty = tx = tz

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11. UERJ O motociclista salta o vão com certa velocidade v0 e alcan-
10

As relações entre os respectivos alcances horizontais Ax, ça a plataforma inferior, tocando-a com as duas rodas da mo-
Ay e Azdas bolas X, Y e Z, com relação à borda da mesa, estão tocicleta ao mesmo tempo. Sabendo-se que a distância entre
222

apresentadas em: os eixos das rodas é 1,0 m e admitindo g = 10 m/s2, determine:


a. Ax < Ay < Az a. o tempo gasto entre os instantes em que ele deixa a
b. Ay = Ax = Az plataforma superior e atinge a inferior;
c. Az < Ay < Ax b. qual é a menor velocidade com que o motociclista deve
d. Ay < Az < Ax deixar a plataforma superior, para que não caia no fosso.

12. PUC-SP 15. CFT-MG


Física

Em um experimento escolar, um aluno deseja saber o Uma pedra é lançada para cima a partir do topo e da
valor da velocidade com que uma esfera é lançada horizon- borda de um edifício de 16,8 m de altura a uma velocidade
talmente, a partir de uma mesa. Para isso, mediu a altura da inicial v0 = 10 m/s e faz um ângulo de 53,1° com a horizon-
mesa e o alcance horizontal atingido pela esfera, encontran- tal. A pedra sobe e, em seguida, desce em direção ao solo.
do os valores mostrados na figura. O tempo, em segundos, para que a mesma chegue ao solo é:
Dados: v0 = 10 m/s; θ = 53,1°; sen θ = 0,8; cos θ = 0,6

a. 2,8 c. 2,0
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b. 2,1 d. 1,2

16.
0,80
Pedro, munido de uma máquina fotográfica, tira três fotos
do movimento de uma bola lançada verticalmente para cima
com velocidade inicial v0. Para determinar v0, o menino escre-
2,80 veu nas fotos os dados que conhecia do movimento da bola
(veja a sequência de fotos). De acordo com os dados, pode-se
afirmar corretamente que a velocidade inicial (v0) da bola é:
Com base nessas informações e desprezando as influên- Dado: g = 10 m/s2
cias do ar, o aluno concluiu corretamente que a velocidade de
Foto 1
lançamento da esfera, em m/s, era de:
a. 3,1 d. 7,0
b. 3,5 e. 9,0
v0
c. 5,0
164

13. PUC-RS
Uma bola rolou para fora de uma mesa de 80 cm de altura
e avançou horizontalmente, desde o instante em que aban- Foto 2
donou a mesa até o instante em que atingiu o chão, 80 cm.
Considerando g = 10 m/s2, a velocidade da bola, ao abandonar v=0
a mesa, era de:
a. 8,0 m/s d. 2,0 m/s
b. 5,0 m/s e. 1,0 m/s H
c. 4,0 m/s
LIVRO DO PROFESSOR

14. Unesp
Um motociclista deseja saltar um fosso de largura
d = 4,0 m, que separa duas plataformas horizontais. As plata-
Foto 3
formas estão em níveis diferentes, sendo que a primeira en-
contra-se a uma altura h = 1,25 m acima do nível da segunda,
como mostra a figura. Até essa posição, a bola percorreu a
distância de 51,25 m.
11,25 m

h = 1,25 m
1,0 m
a. 10 m/s
b. 15 m/s
c. 20 m/s
d. 25 m/s
d = 4,0 m
EMI-15-80

e. 30 m/s

EMI-2016-80-MCN.indb 164 24/08/2015 11:19:11

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