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Direito Civil III - 3ºC - Aula Do Dia 01.04.2020
Direito Civil III - 3ºC - Aula Do Dia 01.04.2020
2020
Considerações iniciais
Dado a importâ ncia e relevâ ncia o direito das coisas separa os bens mó veis dos
imó veis.
Sã o imó veis o solo e tudo que nele for incorporado de forma natural ou de forma
artificial (pela açã o humana). O legislador definiu que determinados bens recebem
a classificaçã o de bens imó veis, independentemente da sua natureza, sã o eles: os
direitos reais sobre imó veis e as açõ es que os asseguram e o direito à sucessã o
aberta. E, outros, nã o perdem a característica de imó veis ao se separar do solo de
maneira provisó ria (Art. 79, 80 e 81 do có digo civil).
Pois bem, a questã o agora e saber de que forma ocorre a aquisiçã o da propriedade
imó vel, pelo ser humano.
A regra bá sica está no Art. 1.227 do có digo civil, onde ressalta que os direitos reais
sobre bens imó veis constituídos ou transmitidos por atos entre vivos, só se
adquirem com o registro no Cartó rio de Registro de Imó veis dos referidos títulos.
Continuando, observa-se que no comando trazido pelo legislador, a transferência
entre pessoas ocorre mediante o registro do título translativo no registro de
imó veis (Art. 1.245 do có digo civil) e enquanto tal providencia nã o for feita o
alienante continua proprietá rio do bem imó vel (§1º do Art. 1.245 do có digo civil).
Podemos afirmar que o direito de propriedade é titular, depende de um título
registrado no registro de imó veis. É dono quem figura como titular do direito de
propriedade, na matrícula corresponde ao imó vel.
b) aquisiçã o de propriedade imó vel por escritura, sem, no entanto, levar a registro
no registro de imó veis. Esta questã o é comum. Os direitos reais sobre imó veis
constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro
no Cartó rio de Registro de Imó veis dos referidos títulos. Isto quer dizer, que o ato
de transmissã o da propriedade passa por dois momentos. Um é a lavratura da
escritura de compra e venda que feita entre o alienante e o alienatá rio perante o
titular do Cartó rio de Notas ou em se tratando de aquisiçã o combinada com
alienaçã o fiduciá ria pode ser utilizado o instrumento particular (Art. 38 da Lei
9.514/1997).
O instituto da usucapião é muito antigo. Tem as suas raízes presas na Lei das Doze
Tá buas1, consagrada no ano 455 da era cristã . Esse ordenamento superou o Có digo
de Hamurabi2, que é de 1772 antes do início da era cristã , estabelecendo normas e
garantias aos cidadã os e princípios democrá ticos.
1
A Lei das Doze Tábuas, é uma antiga legislação. Considerada a origem dos direitos romanos. A Lei das
Doze Tábuas, que em latim se chama Lex Duodecim Tabularum, correspondiam a uma série de leis
inscritas e confeccionadas em tábuas de carvalho e são consideradas como um grande marco na
evolução dos direitos romanos.
2
Código de Hamurábi (Mesopotâmia) escrito, aproximadamente, no ano 1.772 antes da era cristã.
Representa o conjunto de leis escritas. A peça original foi gravada em um bloco de pedra. Parte se
perdeu com as guerras e parte encontra-se guardado no museu do Louvre, em Paris
A expressã o usucapiã o e nã o “usucampeã o” como insistem algumas pessoas é de
origem latina e significa “adquirir pelo uso”, ou seja, a aquisiçã o ocorre de forma
originá ria pela posse e nã o pela transferência do direito de propriedade.
Espécies de usucapião:
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que
assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro
no Cartório de Registro de Imóveis.
Está disciplinada no Art. 1.242 e seu pará grafo ú nico do có digo civil
5
A lei 4.504/1964 define imóvel rural “Art. 4º Para os efeitos desta Lei, definem-se:
I - "Imóvel Rural", o prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua localização que se destina
à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agroindustrial, quer através de planos públicos de
valorização, quer através de iniciativa privada.
6
Considera-se imóvel urbano aquele que se encontra no perímetro urbano determinado pela
municipalidade. Cabe ao município definir a área urbana.
Fixar residência (domicílio) na á rea possuída;
Ausência de justo título e da boa-fé.
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até
duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Em 2011, a Lei 12.424, introduziu mais uma figura de usucapiã o no có digo civil,
com características específicas, com o intuito de proteger o ente familiar
remanescente de uma separaçã o conjugal.
Aula de 22-04=2020
Aula de 29-04-2020
Direito de acessã o.
álveo
Aprenda a pronunciar
substantivo masculino
1.
2.
POR EXTENSÃO
1249 có d civil.
(os rios navegá veis, sã o aqueles em que a navegaçã o, seja possível, mesmo que nã o
Estejam sendo transitados).
Essa suposta ilha é dividida aos terrenos ribeirinhos a partir do meio do rio e linha
dos terrenos.
O dono do proprietário, que cair essa porção de terra, poderá adquirir por
acessão, indenizando ao dono do terreno de onde saio a terra, porém se
PASSAR DE UM ANO SEM A RECLAMAÇÃO DESSE, o dono do terreno vira
proprietário automaticamente dessa terra, por direito de acessão. Há um
porém, se a outra parte quiser remover a terra, pode remover se desejar.