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REDES DE BANDA LARGA

INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO DE DADOS

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Olá!
Objetivo desta Aula

Ao final desta aula, o aluno será capaz de:

1- Entender como ocorre a comunicação através das tecnologias da informação;

2- Aprender conceitos de redes de computadores;

3- Identificar o papel dos protocolos e da proposta do modelo de referência OSI.

Introdução

Muito antes da existência de qualquer tecnologia moderna, a sociedade já possuía a necessidade da

comunicação; desde a era das cavernas, quando o homem usava as pinturas e as simples formas geométricas

como formas de expressão. A evolução conduzida através do tempo trouxe então a realidade, que foi

inicialmente através de rabiscos nas paredes, culminando com a criação dos fonemas, das palavras e da escrita.

Para o homem, a passagem de conhecimento foi e continua sendo essencial para a vida na terra. Sem isso, não

haveria avanço na tecnologia, nem desenvolvimento do próprio ser humano.

Alguns exemplos podem demonstrar a nossa grande dependência da comunicação: ser sociável; trocar

informações; alcançar seu espaço na sociedade; ficar ciente daquilo que acontece ao seu redor.

A necessidade de estar online não é nova; estar conectados com o mundo sempre foi necessário. A diferença que

encontramos nos meios de comunicação atuais diz respeito à premissa da velocidade, ou seja, existem variadas

formas de se comunicar com grande rapidez como a internet, a televisão, o rádio, que nos passam informações

com instantaneidade e objetividade.

Para alcançar toda a velocidade necessária, a tecnologia tratou de desenvolver portfólio para processar e

armazenar informações. Este sim deve ser tratado como algo extraordinário que tivemos nestes tempos. Há

quem cite este avanço como o de maior relevância para este século.

“O conjunto destas duas tecnologias – comunicação e processamento – veio revolucionar o mundo em que

vivemos, abrindo as novas formas de comunicação e permitindo maior eficácia dos sistemas computacionais.

Redes de computadores são hoje uma realidade nesse contexto” (SOARES, 1995).

1 Evolução da computação
Como toda cadeia evolutiva, a computação sofreu alterações ao longo do tempo. Certamente uma das mais

importantes que podemos perceber foi a diminuição dos recursos de hardware. Saímos de grandes máquinas

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para dispositivos portáteis, leves, e, principalmente, “conectáveis”. Aliado a esse novo ambiente computacional, o

desempenho dos computadores cresceu exponencialmente; ou seja: eles se tornaram pequenos e rápidos.

No esquema a seguir, temos uma breve alusão a essa evolução da computação.

Um descritivo mais detalhado pode ser encontrado no link http://evolucaodossistemascomputacionais.

wordpress.com/evolucao-historica

A partir da necessidade de se prover informação, instituem-se os sistemas de comunicação, responsáveis por

definir uma estrutura de conectividade e de regras que fazem com que o emissor possa concretizar sua intenção

em remeter uma mensagem para um receptor. Conheça, por meio da figura a seguir, os elementos básicos da

comunicação.

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2 Redes de computadores
As redes de computadores representam tecnologias bastante difundidas e utilizadas como sistemas de

comunicação. Portanto, elas se constituem um arranjo topológico que interliga computadores através de meios

físicos (meios de transmissão) e/ou não físicos (redes sem fio), seguindo o regramento definido para organizar a

comunicação, sendo este último papel de responsabilidade dos protocolos de redes de computadores.

Para as redes, cabe o trabalho de permitir a comunicação entre os softwares que são processados em máquinas

distintas, tratando de uma série de particularidades que, cuidadosamente observadas, permite que a

comunicação ocorra com a precisão e segurança exigidas em um contexto moderno de comunicação.

Abaixo, alguns tipos de preocupações relacionadas a rede!

· Detalhes de sinalização dos bits para envio através dos meios de transmissão.

· Detectar e corrigir erros de transmissão.

· Rotas para as mensagens alcançarem seu destino, passando por redes intermediárias.

· Manter a informação conforme foi enviada.

A partir da necessidade em tratar estes e demais requisitos para estabelecer o canal de comunicação que seja

permissivo ao envio e recepção das mensagens, a tecnologia deve instituir topologias que caracterizam e

definem alternativas para o projeto de uma rede de computadores.

3 Topologia
Antes de prosseguirmos falando sobre a topologia, existe um conceito importante de um termo destacado na

citação acima: comutação. O significado, segundo os dicionários, aponta uma troca ou permuta. Já em um sistema

de comunicação, o termo refere-se à alocação de recursos de uma rede que venha a possibilitar a transmissão de

dados pelos dispositivos conectados. Estamos tratando do meio por onde a informação irá trafegar. Atualmente,

atua-se de três maneiras distintas para estabelecer a ligação entre emissor e receptor, que veremos a seguir:

• Comutação por circuito: Preconiza estabelecer um circuito físico real, constituído entre os dois equipamentos

que desejam se comunicar. Os elementos de comutação da rede unem (ou conectam) circuitos ponto a ponto

independentes até formar um “cabo” que interligue os dois pontos. Um exemplo do uso desta é o sistema

telefônico.

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• Comutação por pacote: Não existe um circuito dedicado para a comunicação. Neste modelo, a informação é

enviada fragmentada em pacotes, que são encaminhados individualmente entre as redes intermediárias até

alcançar seu respectivo destino. Para este, o grande exemplo é o protocolo IP (internet protocol), responsável

pelo funcionamento da internet.

• Comutação por células: Trata-se de uma evolução da técnica de comutação de pacotes, suportando voz, dados

e imagem em tempo real, em alta velocidade, e operando com células de tamanho fixo. As redes ATM

(asynchronouns transfer mode), que estudaremos nas próximas aulas, é um exemplo dessa técnica conhecida

como comutação por células.

“A topologia de uma rede de comunicação refere-se à forma como os enlaces físicos e os nós de comutação estão

organizados, determinando os caminhos físicos existentes e utilizáveis entre quaisquer pares de estacoes

conectadas a essa rede” (SOARES, 1995).

3.1 Conceitos sobre topologia

Agora que já temos a definição sobre comutação, vamos trabalhar mais dois conceitos que envolvem a topologia.

O primeiro está relacionado à ligação física dos pontos, ou das extremidades da rede. Se ela apresentar apenas

dois pontos de comunicação, este é classificado como ponto-a-ponto (ver figura 3.a que consta no item Rede

ponto a ponto). Caso contrário, quando da presença de três ou mais pontos, trata-se de uma comunicação

multiponto.

O segundo conceito de topologia está vinculado à forma de utilização do meio por onde trafega a informação. São

eles:

Simplex

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Dizemos que um meio de comunicação é simplex quando existe um dispositivo exclusivamente transmissor e

outro exclusivamente receptor, portanto, os papéis não se invertem no período de transmissão. Com isso, não é

possível nenhuma resposta, visto que ela não é necessária ou possível. Denominado como comunicação

unidirecional, tal esquema é encontrado em diversos casos, como por exemplo, transmissões de TV e rádio.

Half-duplex

No half-duplex (também conhecido por semiduplex), a comunicação é feita em apenas uma direção por vez.

Neste caso, ambos podem transmitir e receber dados, com uma particularidade: a troca de dados não é

simultânea; ou seja, um envia o outro recebe. É importante destacar que, para a operação de troca de sentido de

transmissão entre os dispositivos – que pode acontecer a qualquer momento – é chamada de turn around. O

exemplo mais clássico de dispositivo a usar esta tecnologia é o walkie talkie.

Full-duplex

Já o full-duplex é o tipo de disponibilidade do meio de transmissão que suporta comunicações simultâneas em

ambas as direções. Mediante a não necessidade de turn around, detém capacidade de transmitir mais

informações do que o half-duplex, na mesma escala de tempo. Podemos citar, como exemplo de dispositivo que

usa esta tecnologia, o aparelho telefônico.

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Topologia física

A topologia física pode ser representada de várias maneiras e descreve por onde os cabos passam e onde estão

localizadas as estações e os nós. A seguir, serão descritas as mais utilizadas e conhecidas.

Estrela

A topologia em estrela dispõe de ponto identificado como nó central, comumente chamado de comutador ou

switch. Este ponto gerencia a comunicação entre os demais dispositivos – conhecido com escravos. É esta

unidade central que vai determinar a velocidade de transmissão, como também converter sinais transmitidos

por protocolos diferentes. Um problema deste nó central é que toda a rede deixa de funcionar.

Barramento

Esta topologia é bem comum e possui alto poder de expansão. Nela, todos os nós estão conectados a uma barra

que é compartilhada entre todos os processadores, podendo o controle ser centralizado ou distribuído. O meio

de transmissão usado nesta topologia é o cabo coaxial.

Anel (ou Ring)

Neste modelo de topologia, utilizam-se em geral ligações ponto-a-ponto que operam em um único sentido de

transmissão. O sinal circula no anel até chegar ao destino. Algumas características da topologia anel: é pouco

tolerável à falha e possui uma grande limitação quanto à sua expansão pelo aumento de “retardo de

transmissão” (intervalo de tempo entre o início e chegada do sinal ao nó destino). Por isso, sugere uma atenção

quando adotada.

Híbrida (ou mista)

A topologia híbrida, na realidade, não é uma nova estrutura, e sim uma maneira de identificar uma mistura de

topologias, tais como as de anel, estrela, barra, entre outras, que possuem como características as ligações ponto

a ponto e multiponto. Tal estrutura é bem complexa no tocante à gerência e configuração, sendo de uso

frequente em grandes redes.

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4 Arquitetura de redes
Para finalizarmos a aula, vamos tratar sobre a arquitetura de redes no que se refere à estrutura dos protocolos.

Entende-se por protocolo de rede de computadores aqueles responsáveis em definir toda a regra que controla e

permite a transferência de dados.

Na atual configuração dos protocolos, eles são divididos em camadas. Cada camada tem uma função específica e,

sem ela, o pacote que contém os dados a serem transmitidos não conseguirá ser recebido pela mesma camada do

destinatário.

Quanto mais alta a camada, mais próxima ao usuário ela se encontra; portanto, trabalha com dados mais

abstratos. Para as camadas em níveis mais baixos, restam funções com um nível de abstração menor.

Analisando a figura ao lado, temos uma melhor noção sobre o funcionamento de um protocolo baseado em

camadas. Na ilustração, percebemos que a camada 4 faz uma interação, provendo algum tipo de configuração de

que a camada 3 necessita; contudo, ela vai analisar a porção criada, por ser a mesma camada do protocolo no

receptor.v

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OSI (Open Systems Interconnection)

Quando nos referimos a protocolos em camadas, é preciso fazer alusão ao OSI (Open Systems Interconnection),

disponibilizado como um modelo a ser seguido por aqueles que desenvolvem protocolos de redes de

computadores. Um exemplo é o TCP/IP, que atua na maior parte do acesso a recursos da internet.

Na realidade, a proposta do OSI é estabelecer um formato livre mais padronizado, em que a concepção de

qualquer protocolo seja aderente aos que já temos atualmente. Caso algum fabricante desenvolva um projeto

fora desse padrão, o protocolo somente atuará em redes que possuam a mesma estrutura, criando assim uma

dependência muito grande para uma tecnologia tão abrangente como são as redes de computadores. Ele foi

publicado pelo ISO, responsável por estabelecer padrões internacionais.

O OSI possui 7 camadas, a saber: física; enlace (ligação de dados); rede; transporte; sessão; apresentação;

aplicação.

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O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:

· Os tipos de redes de computadores pela sua área de abrangência;

· Os principais protocolos para redes banda larga e de longa distância;

· Elementos que devem ser observados para idealizar uma rede de computadores bem estruturada.

CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Entendeu como ocorre a comunicação através das tecnologias da informação;
• Aprendeu conceitos de redes de computadores;
• Identificou o papel dos protocolos e da proposta do modelo de referência OSI.

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