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1.0. OBJETIVO
2.0. APLICAÇÃO
Deverá ser aplicado para todas as equipes de manutenção envolvidas nos trabalhos em espaço confinados
e embarcações operadas pela Belov.
4.0. CONCEITUAÇÃO
Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que
possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Devem ser considerados também, como espaços confinados “locais de realização de trabalho” onde não
seja possível a entrada do trabalhador, mas que, para a realização deste é necessário que sua cabeça
adentre no ambiente, mesmo que parcialmente. Ex. caixas de passagem elétricas, pequenos vasos etc.
4.1 Área classificada - área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é provável
sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de
equipamento elétrico.
4.2 Atmosfera pobre em oxigênio - atmosfera contendo menos de 19,5% de oxigênio em volume.
4.3 Atmosfera rica em oxigênio - atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em volume.
4.4 Atmosfera de risco - condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao
local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto-resgate,
lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:
- Gás/vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu Limite Inferior de
Explosividade (LIE);
- Poeira combustível viável em uma concentração que se encontre ou exceda o Limite Inferior de
Explosividade (LIE);
NOTA 1: Misturas de poeiras combustíveis com ar somente podem sofrer ignição dentro de suas faixas
explosivas, as quais são definidas pelo limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de
explosividade (LSE).
O LIE está geralmente situado entre 20 g/m3 e 60 g/m3 (em condições ambientais de pressão e
temperatura), ao passo que o LSE situa-se entre 2 kg/m3 e 6 kg/m3 (nas mesmas condições ambientais de
pressão e temperatura); se as concentrações de pó puderem ser mantidas fora dos seus limites de
explosividade, as explosões de pó serão evitadas.
As camadas de poeiras, diferentemente dos gases e vapores, não são diluídas por ventilação ou difusão
após o vazamento ter cessado.
A ventilação pode aumentar o risco, criando nuvens de poeira, resultando num aumento da extensão.
As camadas de poeira depositadas podem criar um risco cumulativo, enquanto gases ou vapores não.
- Camadas de poeira podem ser objeto de turbulência inadvertida e se espalhar, pelo movimento de
veículos, pessoas, etc.
- Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5% ou acima de 23% em volume;
- Concentração atmosférica de qualquer substância cujo limite de tolerância seja publicado na NR-15 ou em
recomendação mais restritiva (ACGIH), e que possa resultar na exposição do trabalhador acima desse limite
de tolerância;
- Qualquer outra condição atmosférica Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - IPVS.
NOTA 2: IPVS - também é conhecido como IDHL - Immediately Dangerous to Health and Life.
4.5 Auto-resgate - Conjunto de ações necessárias e adquiridas mediante treinamento, para que uma
pessoa, de forma autônoma, saia de ambientes de risco no espaço confinado ou alcance socorro após a
ocorrência de acidentes.
4.6 Condição de entrada - condições ambientais que devem permitir a entrada em um espaço confinado
onde haja critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos, químicos, biológicos, ergonômico
e mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores.
4.7 Condição imediatamente perigosa à vida ou à saúde (IPVS) - qualquer condição que coloque em
risco imediato de morte ou que possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou
que possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a saída de um espaço
confinado.
4.8 Emergência - evento não planejado que representa perigo aos trabalhadores ou à população e que
pode causar danos significativos ao patrimônio e ao meio ambiente, gerando prejuízos econômicos, perdas
de vidas humanas ou interrupção do processo produtivo.
4.9 Equipamentos de salvamento - materiais necessários para a equipe de resgate utilizar nas operações
de salvamento em espaços confinados, previstos nos possíveis cenários de acidentes obtidos a partir de
análises de riscos.
4.10 Equipamento intrinsecamente seguro (Ex-i) - situação em que um equipamento não é capaz de
liberar energia elétrica (faísca) ou térmica suficiente para, em condições normais (isto é, abrindo ou
fechando o circuito) ou anormais (por exemplo, curto-circuito ou falta), causar a ignição de uma dada
atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.
4.11 Equipe de salvamento – pessoal regularmente treinado para emergências, capaz de prestar os
primeiros socorros, com aptidão física e mental compatível com a atividade de salvamento de trabalhador
acidentado, localizado no interior de espaço confinado.
4.12 Espaço confinado - qualquer área não projetada para ocupação humana contínua, a qual tem meios
limitados de entrada e saída ou uma configuração interna que possa causar aprisionamento ou asfixia em
um trabalhador e na qual a ventilação é inexistente ou insuficiente para remover contaminantes perigosos e
/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolver ou conter um material com
potencial para engolfar/afogar um trabalhador que entrar no espaço.
4.13 Espaço Confinado “não perturbado” - característica técnica do espaço confinado, definida no
cadastro com os riscos inerentes ao local, antes de o trabalhador adentrar neste espaço. As medidas de
controle de riscos são norteadas pela permissão de entrada e trabalho (PET).
4.14 Espaço Confinado “perturbado” - característica da alteração ocasionada pela(s) atividade(s) que
será (ão) executada(s) no interior do espaço confinado, sua dinâmica de evolução de riscos associada aos
riscos presentes no espaço confinado “não perturbado”. Neste caso, as medidas de controle de riscos são
baseadas na análise preliminar de risco (APR).
NOTA 3: Devem ser considerados também, como espaços confinados “locais de realização de trabalho”
onde não seja possível a entrada do trabalhador, mas que, para a realização deste é necessário que sua
cabeça adentre no ambiente, mesmo que parcialmente. Ex. caixas de passagem elétricas, pequenos vasos
etc.
4.15 Inertização - procedimento de segurança num espaço confinado que visa evitar uma atmosfera
potencialmente explosiva através do deslocamento da mesma por um fluido inerte (geralmente nitrogênio ou
CO2). Este procedimento produz uma atmosfera IPVS deficiente de oxigênio.
4.16 Isolamento - separação física de uma área ou espaço considerado próprio e permitido ao acesso do
trabalhador de uma área ou espaço considerado impróprio (perigoso) e não preparado ao acesso seguro.
4.18 Limite Inferior de Explosividade (LIE) - ponto onde existe a mínima concentração para que uma
mistura de ar + gás + vapor/poeira se inflame.
4.19 Limite Superior de Explosividade (LSE) - ponto máximo onde ainda existe uma concentração de
mistura de ar+gás+vapor/poeira capaz de se inflamar.
4.20 Monitoramento remoto - monitoramento realizado por captação da atmosfera à distância por meio de
bomba de aspiração automática (interna ou externa) ou manual, por meio de sucção realizada por aspirador
do tipo pera acoplado à mangueira, com ponteira rígida (para medição horizontal) e/ou mangueiras (para
medição vertical).
4.22 Permissão de Entrada e Trabalho em Espaço Confinado (PET) - autorização escrita e documentada
em três vias que é emitida pelo supervisor de entrada, para permitir e controlar a entrada e atividades no
espaço confinado, baseada no procedimento de permissão.
4.23 Procedimento de Permissão de Entrada e Trabalho - programa geral elaborado pelo empregador
por meio do responsável técnico (RT), que contempla o reconhecimento, a avaliação e o controle de todos
os riscos e plano de emergência nas atividades realizadas em espaços confinados.
4.25 Ponto de Ancoragem - é uma estrutura fixa, projetada ou tecnicamente avaliada para suportar as
cargas de trabalho, como: vigas, olhais, cabos de aço, rampas e tubos metálicos, podendo ser definitivo ou
temporário, no qual o dispositivo de segurança será acoplado.
4.26 Purga - método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado isenta de gases,
vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água ou vapor.
4.27 Supervisor de Entrada - pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com
responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) para o
desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados.
4.28 Trabalhador autorizado - trabalhador capacitado para entrar no espaço confinado, ciente dos seus
direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes.
4.29 Ventilação Adequada - Condição de troca interna da atmosfera confinada com a externa, de modo a
manter as concentrações de contaminantes a baixo de 50% do seu limite de tolerância, percentual de
inflamabilidade abaixo de 1% e o teor de O2 entre 20,9 e 23%, além do IBUTG (índice de termômetro de
bulbo úmido e termômetro de globo) abaixo do máximo admissível para o ambiente confinado.
4.30 Vigia - trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado, monitorando os trabalhadores
autorizados, realizando todos os deveres definidos neste procedimento.
4.31 Boca de visita - Abertura localizada na geratriz superior do tanque, que permite o acesso ao seu
interior.
4.32 CARLA (Conjunto Autônomo de Respiração de Linha de Ar) - Equipamento projetado para fuga
que deve ser utilizado sempre que for necessária a utilização de ar, mandando independente de qual for o
sistema de alimentação.
4.33 Equipe de apoio - Resgatistas prontos para uma entrada imediata caso a equipe de entrada necessite
de um resgate.
4.34 KED (Kendrick Extrication Device) - É um dispositivo utilizado em conjunto com o colar cervical que
permite a imobilização da cabeça, coluna cervical, dorsal e lombar em uma posição anatômica, permitindo
que a vítima seja imobilizada.
4.35 STR - Equipamento utilizado para remoção da vítima em conjunto com o KED. Este dispositivo é
recomendado para içamento vertical, horizontal e remoção por tirolesa.
5.0. RESPONSABILIDADES
5.1 Empregador
a) Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
b) Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de
emergência e salvamento em espaços confinados;
c) Assegurar que cada membro do serviço de resgate tenha equipamentos necessários de proteção
individual (EPI), proteção respiratória (EPR) e de resgate, certificados e em perfeito estado de conservação
e funcionamento para operar em espaços confinados;
d) Disponibilizar treinamentos de resgate em espaços confinados, no mínimo anualmente, por meio de
simulados, contemplando os possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco.
g) Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e
iminente, procedendo ao imediato abandono do local;
h) Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos
espaços confinados;
a) Assegurar as exigências e expectativas para todas as tarefas de alto risco, incluindo o uso adequado da
PET sejam devidamente comunicadas e implementadas a bordo de todas as embarcações de sua
responsabilidade;
g) determinar, no caso de troca de turno do vigia, que a responsabilidade pela continuidade da operação
seja transferida para o próximo vigia.
5.11 Vigia
O vigia deve:
a) conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentados durante a entrada, incluindo
informação sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição aos agentes.
b) estar ciente dos riscos de exposição dos trabalhadores autorizados.
c) manter continuamente uma contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço
confinado e assegurar que os meios usados para os identificar sejam precisos;
d) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada e de forma contínua, durante as atividades até
que seja substituído por outro vigia.
e) acionar a equipe de salvamento, quando necessário.
f) Solicitar ao Supervisor de entrada que acione (via telefone e/ou rádio VHF, SSB ou UHF) os meios
necessários para a transferência da(s) vítima(s);
g) os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência.
h) manter a comunicação com os trabalhadores para monitorar as suas condições e para alertá-los quanto
à necessidade de abandonar o espaço confinado.
i) Monitorar a atmosfera e o equipamento de ar mandado no caso do resgate ser efetuado com este;
O vigia não pode realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o monitoramento e a proteção dos
trabalhadores.
As atividades de monitoração dentro e fora do espaço determinam se há segurança para os trabalhadores
permanecerem no interior do espaço. O vigia deve ordenar aos trabalhadores o abandono imediato do
espaço confinado sob quaisquer das seguintes condições:
a) Detectar uma condição de perigo;
b) Detectar uma condição externa ao espaço confinado que possa causar perigo aos trabalhadores;
c) Se não puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus deveres;
5.13 Treinamentos
Todos os treinamentos deverão ser executados conforme NR- 33 e NBR 16.577.
6.1 Equipe
A equipe padrão para realizar serviços em espaços confinados deverá ser composta por:
• Um Supervisor de Entrada;
• Um Vigia;
• Dois Resgatistas;
• Dois Executantes;
NOTA 4: A execução de trabalhos no interior de um espaço confinado deve ser realizada por, pelo menos,
2 (dois) trabalhadores ressaltando-se que o número de pessoas a entrar nestes locais deve ser o mínimo
necessário para a execução do trabalho. Poderá ser considerado como o segundo trabalhador o vigia,
desde que exista contato visual ou via rádio entre este e o executante no interior do espaço confinado.
Nos trabalhos em espaço confinado onde atuarão somente um trabalhador autorizado e o vigia, recomenda-
se que o trabalhador autorizado utilize o rádio para contato com a embarcação de apoio.
O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.
6.2 Equipamentos
Os equipamentos de proteção necessários a serem utilizados nos trabalhos em espaços confinados, estão
especificados abaixo:
• EPI (Bota, macacão e luvas);
• Roupas de proteção;
• Detector de Gases (EX-I);
• Extintores de Incêndio;
7.0. ATIVIDADES
levar em consideração a densidade do gás / vapor analisado, para correto posicionamento da linha de
amostragem.
NOTA 5:
1 - Para a realização destes testes a ventilação forçada deve estar desligada a pelo menos 15 minutos;
2 - Para avaliação da atmosfera do espaço confinado, devem ser observados os limites de tolerância
estabelecidos na NR-15, Anexo 11, ou em recomendação mais restritiva (ACGIH), e que possa resultar na
exposição do trabalhador acima desses limites de tolerância;
3 - Independente da calibração, deve ser realizado um teste de resposta com o instrumento, antes da
realização das medições.
Quando o primeiro executante (Supervisor dos executantes) entrar no espaço confinado, é aconselhável
que este faça um rastreamento da área com o monitor de gases para certificar-se de que toda a área está
segura.
4 - É proibida a entrada de pessoas e execução de trabalhos no interior do espaço confinado quando as
concentrações de gases e vapores inflamáveis estiverem acima de 0 % do LII (Limite Inferior de
Inflamabilidade) e teor de oxigênio acima de 23 % em volume.
NOTA 6: Nos casos de tanques de armazenamento e vasos de pressão, onde haja impossibilidade de se
conseguir o 0 % do LIE em entrada para inspeção e limpeza à frio, o limite aceito é 10 % do LIE (conforme
norma API RP 2016), porém, neste caso, devem ser tomadas precauções especiais por parte dos órgãos
envolvidos, sendo que os equipamentos de iluminação devem estar adequados para Zona 1 conforme
norma ABNT NBR 8370, além de, atender ao disposto na norma ABNT - NBR NBR-IEC60079-17.
O Monitoramento de explosividade de um espaço confinado deve ser precedido pelo monitoramento da
concentração de oxigênio do local, uma vez que, concentrações baixas de oxigênio não permitem uma
avaliação real da explosividade do local e que com a admissão de ar para este ambiente esta atmosfera
poderá tornar-se explosiva rapidamente. Tal prática é recomendável principalmente nos serviços em
espaços confinados ou linhas que foram previamente inertizados.
Nos trabalhos de pintura e jato abrasivo, deve-se manter monitoramento quanto à formação de atmosferas
explosivas e tóxicas devido à volatilidade dos solventes e presença de material particulado.
Durante a realização dos trabalhos no interior do espaço confinado, no mínimo um dos trabalhadores
autorizados deve utilizar detector para monitoramento contínuo da atmosfera local.
Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no
âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - INMETRO.
7.4 Comunicações
Deve ser previsto um sistema de comunicação, via rádio, com o objetivo de manter contato entre as
pessoas no interior do espaço confinado e o vigia e entre o vigia e a equipe de resgate. Caso a
comunicação seja interrompida, em uma das situações, o pessoal deve abandonar o espaço confinado,
encerrando assim o trabalho, não devendo retornar até que seja restabelecido o sistema de comunicação e
uma nova PET seja emitida. O sistema de comunicação deve ser adequado para a utilização em áreas
classificadas.
Deverá ser previsto um sistema de comunicação alternativo através de sinais previamente convencionados,
para orientar a saída dos trabalhadores autorizados em caso de falha da comunicação via rádio.
Para os casos em que seja garantido que os trabalhadores estejam no campo visual do observador, o uso
de rádio no interior de espaço confinado pode ser dispensado.
Os aparelhos e equipamentos elétricos, bem como a iluminação artificial e os cabos de alimentação, devem
ser do tipo aprovado para áreas classificadas, conforme observações constantes em seu certificado de
conformidade brasileiro, e receber a inspeção inicial, devendo ser alimentados através de circuitos com
transformador de separação (isolador) e relés de desligamento instantâneo por defeito à terra.
Os equipamentos e cabos elétricos devem ser inspecionados quanto à sua integridade antes de sua
utilização, não sendo permitidas emendas.
Máquinas e ferramentas manuais eletricamente alimentadas podem ser usadas até a tensão máxima de
110 V, alimentados por transformador de segurança com dispositivo instantâneo contra curto-circuito a terra
e com características de dupla isolação.
É recomendada a utilização de iluminação em extra baixa tensão de segurança (SELV).
NOTA 7: Na análise de risco deve ser considerada a autonomia do sistema de escape rápido que será
utilizado, considerando o cenário mais desfavorável.
Para acesso a espaços confinados, os trabalhadores autorizados deverão fazer uso de cinto de segurança
tipo paraquedista com argolas de içamento nos ombros.
Nos espaços confinados onde haja associado ao trabalho o risco de quedas, o cinto de segurança deve
estar associado a um dispositivo trava-quedas.
Independente do uso de luminárias intrinsecamente seguras, pelo menos um dos trabalhadores deverá
dispor de uma lanterna portátil aprovada para uso em áreas classificadas, para eventual utilização em
emergências.
Vasos de pressão que contêm inflamáveis devem ser inertizados para evitar a formação de misturas
explosivas, durante o processo de gaseificação do equipamento.
Em acréscimo à sinalização, deverão ser estabelecidos dispositivos que impeçam o acesso a um espaço
confinado por parte de pessoas não autorizadas.
7.13.1 Preparação
Os seguintes tópicos deverão ser realizados pelo Supervisor de entrada, Vigia e trabalhadores autorizados
antes do trabalho em espaços confinados:
• Realizar DDS informando todos os envolvidos na operação da sua função, objetivo da operação e
riscos inerentes;
• No caso de embarcações, solicitar ao responsável pela embarcação participação no DDS
• Designar a equipe de resgate e seu líder;
• Verificar a carga e funcionamentos dos equipamentos de proteção respiratória;
• Inspecionar as máscaras e testar a vedação;
• Verificar os equipamentos que serão utilizados em caso de lesão (colar cervical, maca ou prancha, ou
KED e STR);
• Inspecionar visualmente os equipamentos como: tripé, cabo de aço do guincho, polia mosquetões e
cintos de segurança;
• Preparar e verificar o funcionamento do tripé e guincho;
• Preparar os componentes da equipe de resgate, e deixá-los de prontidão equipando-os com:
• Cinto de segurança (tipo paraquedista);
• Equipamentos de proteção individual (EPI);
• Equipamento de proteção respiratória autônoma (EPR);
• Equipamentos de alpinismo (mosquetões, talabarte, entre outros);
• Rádio de comunicação e lanterna intrinsecamente seguros (se necessário);
• Preencher o FL-01-00-17-00 - Permissão de Entrada e Trabalho em Espaço Confinado. Antes de entrar
no Espaço Confinado, cada colaborador envolvido deverá assinar seu nome por extenso e preencher a
matrícula, função, hora da entrada e hora da saída, onde, o vigia assinará atestando estes horários.
NOTA 8: A PET deverá ser numerada a fim de manter a rastreabilidade do documento, seguindo sua
sequência à cada nova Permissão de Entrada e Trabalho.
• A Equipe de resgate deverá entrar devidamente protegida e equipada com rádio de comunicação e
lanterna intrinsecamente seguros no espaço confinado pela escada de acesso ou com o auxílio do
guincho de tripé (se necessário);
• Preparar os equipamentos de imobilização (colar cervical e: maca ou prancha, ou KED e STR), e
descer quando solicitado pelo líder da equipe de resgate;
• Após a equipe de resgate adentrar o espaço confinado e localizar a(s) vítima(s), descrever a posição e
atual situação para o Vigia;
- A equipe de resgate deverá realizar avaliação primária da(s) vítima(s) (se necessário):
• Respostas a estímulos auditivos;
• Respostas a estímulos visuais;
• Respostas a estímulos de dor;
No caso da(s) vítima(s) não responder (em) aos estímulos citados, ou seja, inconsciente(s), comunicar a
situação para o Vigia;
Realizar o alinhamento da vítima, e evitar os movimentos bruscos, pois quando houver lesão é importante
não agravar a mesma;
Dependendo da situação em que se encontrar a vítima, o resgatista deverá avaliar se o capacete deve ser
retirado ou não, pois em casos de lesão a remoção do capacete pode ser prejudicial à vítima;
• Colocar o colar cervical e posicionar prancha (ou outros equipamentos de transporte) próxima da
vítima;
• Liberar o fluxo do equipamento de emergência da vítima (CARLA - Conjunto Autônomo de Respiração
de Linha de Ar ou outro dispositivo de emergência) no caso de a vítima encontrar-se inconsciente e a
atmosfera IPVS;
• No caso de suspeita de fratura, imobilizar a região utilizando os equipamentos de imobilização
apropriados e preparar a equipe de resgate para a transferência a prancha (ou outro equipamento de
transporte);
• Com a autorização do líder da equipe de resgate, movimentar a vítima para a maca (ou outro
equipamento de transporte), posicionando e fixando a cabeça, o tronco e os membros com a utilização
de cintas ou faixas de segurança, evitando o deslocamento da vítima na prancha (ou outro equipamento
de transporte), durante a movimentação;
• A equipe de resgate deverá acionar o Vigia para a retirada imediata da vítima do espaço confinado;
• A equipe de apoio localizada fora do espaço confinado próximo à boca de visita, deverá preparar e
descer o(s) cabo(s) para conexão na prancha (ou outro equipamento de transporte), para realizar o
içamento da vítima;
• Com o(s) cabo(s) fixado(s) à prancha (ou outro equipamento de transporte), a equipe de resgate deverá
avisar ao Vigia e autorizar a subida da vítima;
• Após a liberação da subida, o Vigia juntamente com a equipe de apoio iniciará a retirada da vítima do
espaço confinado, de forma segura, minimizando os possíveis danos e choques contra a estrutura;
• Após a retirada da(s) vítima(s) do espaço confinado, posicioná-las em um local seguro e ventilado e
desconectar o(s) cabo(s) utilizado(s) no içamento da Prancha;
• O Vigia deverá acionar a equipe de resgate para o abandono do espaço confinado, (se necessário,
subir a equipe de resgate com o auxílio do guincho do tripé);
• Se a(s) vítima(s) estiver (em) utilizando o EPR, remover cuidadosamente evitando movimentos bruscos;
Se necessário, iniciar os procedimentos de primeiros socorros (abertura das vias aéreas, ventilação,
compressão torácica);
O Supervisor de entrada deverá acionar (via telefone ou outro meio de comunicação) a assistência médica
especializada.
Realizar atividades em espaço confinado com segurança a fim de manter a integridade de equipamentos e
pessoal., e caso haja a necessidade de efetuar resgate de vítimas no espaço confinado de minimizar as
consequências do ocorrido.
11.0. ANEXOS