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INSTRUÇÃO DE TRABALHO

TRABALHOS EM ESPAÇO CONFINADO


Departamento Código Revisão
SIG IT-01-00-17 001

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Aline Braga 23/09/2020 1 / 23

1.0. OBJETIVO

Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação,


monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde
dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
Estabelecer os procedimentos de emergência, segurança de processos e resgaste em espaço confinado,
visando ao atendimento ágil e correto a uma eventual emergência que possa ocorrer durante a execução
dos serviços no seu interior.

2.0. APLICAÇÃO

Deverá ser aplicado para todas as equipes de manutenção envolvidas nos trabalhos em espaço confinados
e embarcações operadas pela Belov.

3.0. ELEMENTOS BÁSICOS/ DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados


NBR 16.577 - Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção.
NR 30 - segurança e saúde no trabalho Aquaviário
NR-34 - condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, reparação e desmonte naval
PET - Permissão de Entrada e Trabalho em Espaço Confinado
OHSAS 18001 - Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

4.0. CONCEITUAÇÃO

Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que
possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Devem ser considerados também, como espaços confinados “locais de realização de trabalho” onde não
seja possível a entrada do trabalhador, mas que, para a realização deste é necessário que sua cabeça
adentre no ambiente, mesmo que parcialmente. Ex. caixas de passagem elétricas, pequenos vasos etc.

4.1 Área classificada - área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é provável
sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de
equipamento elétrico.

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4.2 Atmosfera pobre em oxigênio - atmosfera contendo menos de 19,5% de oxigênio em volume.

4.3 Atmosfera rica em oxigênio - atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em volume.
4.4 Atmosfera de risco - condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao
local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto-resgate,
lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:
- Gás/vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu Limite Inferior de
Explosividade (LIE);
- Poeira combustível viável em uma concentração que se encontre ou exceda o Limite Inferior de
Explosividade (LIE);

NOTA 1: Misturas de poeiras combustíveis com ar somente podem sofrer ignição dentro de suas faixas
explosivas, as quais são definidas pelo limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de
explosividade (LSE).

O LIE está geralmente situado entre 20 g/m3 e 60 g/m3 (em condições ambientais de pressão e
temperatura), ao passo que o LSE situa-se entre 2 kg/m3 e 6 kg/m3 (nas mesmas condições ambientais de
pressão e temperatura); se as concentrações de pó puderem ser mantidas fora dos seus limites de
explosividade, as explosões de pó serão evitadas.
As camadas de poeiras, diferentemente dos gases e vapores, não são diluídas por ventilação ou difusão
após o vazamento ter cessado.
A ventilação pode aumentar o risco, criando nuvens de poeira, resultando num aumento da extensão.
As camadas de poeira depositadas podem criar um risco cumulativo, enquanto gases ou vapores não.
- Camadas de poeira podem ser objeto de turbulência inadvertida e se espalhar, pelo movimento de
veículos, pessoas, etc.
- Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5% ou acima de 23% em volume;
- Concentração atmosférica de qualquer substância cujo limite de tolerância seja publicado na NR-15 ou em
recomendação mais restritiva (ACGIH), e que possa resultar na exposição do trabalhador acima desse limite
de tolerância;
- Qualquer outra condição atmosférica Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - IPVS.

NOTA 2: IPVS - também é conhecido como IDHL - Immediately Dangerous to Health and Life.

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4.5 Auto-resgate - Conjunto de ações necessárias e adquiridas mediante treinamento, para que uma
pessoa, de forma autônoma, saia de ambientes de risco no espaço confinado ou alcance socorro após a
ocorrência de acidentes.

4.6 Condição de entrada - condições ambientais que devem permitir a entrada em um espaço confinado
onde haja critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos, químicos, biológicos, ergonômico
e mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores.

4.7 Condição imediatamente perigosa à vida ou à saúde (IPVS) - qualquer condição que coloque em
risco imediato de morte ou que possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou
que possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a saída de um espaço
confinado.

4.8 Emergência - evento não planejado que representa perigo aos trabalhadores ou à população e que
pode causar danos significativos ao patrimônio e ao meio ambiente, gerando prejuízos econômicos, perdas
de vidas humanas ou interrupção do processo produtivo.

4.9 Equipamentos de salvamento - materiais necessários para a equipe de resgate utilizar nas operações
de salvamento em espaços confinados, previstos nos possíveis cenários de acidentes obtidos a partir de
análises de riscos.

4.10 Equipamento intrinsecamente seguro (Ex-i) - situação em que um equipamento não é capaz de
liberar energia elétrica (faísca) ou térmica suficiente para, em condições normais (isto é, abrindo ou
fechando o circuito) ou anormais (por exemplo, curto-circuito ou falta), causar a ignição de uma dada
atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.

4.11 Equipe de salvamento – pessoal regularmente treinado para emergências, capaz de prestar os
primeiros socorros, com aptidão física e mental compatível com a atividade de salvamento de trabalhador
acidentado, localizado no interior de espaço confinado.

4.12 Espaço confinado - qualquer área não projetada para ocupação humana contínua, a qual tem meios
limitados de entrada e saída ou uma configuração interna que possa causar aprisionamento ou asfixia em
um trabalhador e na qual a ventilação é inexistente ou insuficiente para remover contaminantes perigosos e

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/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolver ou conter um material com
potencial para engolfar/afogar um trabalhador que entrar no espaço.

4.13 Espaço Confinado “não perturbado” - característica técnica do espaço confinado, definida no
cadastro com os riscos inerentes ao local, antes de o trabalhador adentrar neste espaço. As medidas de
controle de riscos são norteadas pela permissão de entrada e trabalho (PET).

4.14 Espaço Confinado “perturbado” - característica da alteração ocasionada pela(s) atividade(s) que
será (ão) executada(s) no interior do espaço confinado, sua dinâmica de evolução de riscos associada aos
riscos presentes no espaço confinado “não perturbado”. Neste caso, as medidas de controle de riscos são
baseadas na análise preliminar de risco (APR).

NOTA 3: Devem ser considerados também, como espaços confinados “locais de realização de trabalho”
onde não seja possível a entrada do trabalhador, mas que, para a realização deste é necessário que sua
cabeça adentre no ambiente, mesmo que parcialmente. Ex. caixas de passagem elétricas, pequenos vasos
etc.

4.15 Inertização - procedimento de segurança num espaço confinado que visa evitar uma atmosfera
potencialmente explosiva através do deslocamento da mesma por um fluido inerte (geralmente nitrogênio ou
CO2). Este procedimento produz uma atmosfera IPVS deficiente de oxigênio.

4.16 Isolamento - separação física de uma área ou espaço considerado próprio e permitido ao acesso do
trabalhador de uma área ou espaço considerado impróprio (perigoso) e não preparado ao acesso seguro.

4.18 Limite Inferior de Explosividade (LIE) - ponto onde existe a mínima concentração para que uma
mistura de ar + gás + vapor/poeira se inflame.

4.19 Limite Superior de Explosividade (LSE) - ponto máximo onde ainda existe uma concentração de
mistura de ar+gás+vapor/poeira capaz de se inflamar.

4.20 Monitoramento remoto - monitoramento realizado por captação da atmosfera à distância por meio de
bomba de aspiração automática (interna ou externa) ou manual, por meio de sucção realizada por aspirador
do tipo pera acoplado à mangueira, com ponteira rígida (para medição horizontal) e/ou mangueiras (para
medição vertical).

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4.21 Monitoramento contínuo – monitoramento realizado em tempo real e ininterrupto em uma


determinada atmosfera. Deve ser realizado próximo ao local onde o trabalhador estiver realizando suas
atividades. A presença de trabalhadores em espaços confinados contidos em grandes áreas pode
necessitar de mais de um instrumento para o monitoramento contínuo, dependendo do raio de ação do
aparelho em uso.

4.22 Permissão de Entrada e Trabalho em Espaço Confinado (PET) - autorização escrita e documentada
em três vias que é emitida pelo supervisor de entrada, para permitir e controlar a entrada e atividades no
espaço confinado, baseada no procedimento de permissão.

4.23 Procedimento de Permissão de Entrada e Trabalho - programa geral elaborado pelo empregador
por meio do responsável técnico (RT), que contempla o reconhecimento, a avaliação e o controle de todos
os riscos e plano de emergência nas atividades realizadas em espaços confinados.

4.24 Reconhecimento - processo de identificação dos espaços e seus respectivos riscos.

4.25 Ponto de Ancoragem - é uma estrutura fixa, projetada ou tecnicamente avaliada para suportar as
cargas de trabalho, como: vigas, olhais, cabos de aço, rampas e tubos metálicos, podendo ser definitivo ou
temporário, no qual o dispositivo de segurança será acoplado.

4.26 Purga - método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado isenta de gases,
vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água ou vapor.

4.27 Supervisor de Entrada - pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com
responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) para o
desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados.

4.28 Trabalhador autorizado - trabalhador capacitado para entrar no espaço confinado, ciente dos seus
direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes.

4.29 Ventilação Adequada - Condição de troca interna da atmosfera confinada com a externa, de modo a
manter as concentrações de contaminantes a baixo de 50% do seu limite de tolerância, percentual de

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inflamabilidade abaixo de 1% e o teor de O2 entre 20,9 e 23%, além do IBUTG (índice de termômetro de
bulbo úmido e termômetro de globo) abaixo do máximo admissível para o ambiente confinado.

4.30 Vigia - trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado, monitorando os trabalhadores
autorizados, realizando todos os deveres definidos neste procedimento.

4.31 Boca de visita - Abertura localizada na geratriz superior do tanque, que permite o acesso ao seu
interior.

4.32 CARLA (Conjunto Autônomo de Respiração de Linha de Ar) - Equipamento projetado para fuga
que deve ser utilizado sempre que for necessária a utilização de ar, mandando independente de qual for o
sistema de alimentação.

4.33 Equipe de apoio - Resgatistas prontos para uma entrada imediata caso a equipe de entrada necessite
de um resgate.

4.34 KED (Kendrick Extrication Device) - É um dispositivo utilizado em conjunto com o colar cervical que
permite a imobilização da cabeça, coluna cervical, dorsal e lombar em uma posição anatômica, permitindo
que a vítima seja imobilizada.

4.35 STR - Equipamento utilizado para remoção da vítima em conjunto com o KED. Este dispositivo é
recomendado para içamento vertical, horizontal e remoção por tirolesa.

5.0. RESPONSABILIDADES

5.1 Empregador
a) Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
b) Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de
emergência e salvamento em espaços confinados;
c) Assegurar que cada membro do serviço de resgate tenha equipamentos necessários de proteção
individual (EPI), proteção respiratória (EPR) e de resgate, certificados e em perfeito estado de conservação
e funcionamento para operar em espaços confinados;
d) Disponibilizar treinamentos de resgate em espaços confinados, no mínimo anualmente, por meio de
simulados, contemplando os possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco.

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5.2 Responsável técnico


É o responsável técnico pelo cumprimento da NR-33 e pela implantação e implementação deste
procedimento, cabendo-lhe as seguintes atribuições:
Designar os instrutores e empresas (autorizados conforme a Norma NR-33) que farão a capacitação dos
Supervisores de Entrada, resgatistas, vigias e executantes;
Disponibilizar recursos materiais e humanos para implementação deste procedimento;
Providenciar a identificação e sinalização dos espaços confinados, bem como, pela manutenção e
atualização destes dados;
Implantar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por medidas técnicas de
prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente
ambientes com condições adequadas de trabalho;
Garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaços confinados disponibilizem de todos os
equipamentos para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho;
Registro de responsabilidade técnica no Ministério do Trabalho.

5.3 Compete ao Diretor:


a) Assegurar que todos os procedimentos e normas para trabalhos em Espaços Confinados sejam mantidos
e aplicados em todas as embarcações e instalações Belov sob sua responsabilidade.

5.4 Responsável da Base:


a) Assegurar que este procedimento seja implantado e mantido nas instalações sob sua responsabilidade;
b) Verificar os certificados de treinamento dos trabalhadores da empresa terceirizada (trabalhador que entra
no espaço confinado, vigia e supervisor), além, da cerificação atual em primeiros socorros e em RCP do
membro da equipe de resgate. Sem estes documentos é proibida a autorização de entrada e a PET não é
emitida;
c) Garantir a identificação dos espaços confinados e dos riscos específicos presentes;
d) Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão
de Entrada para Trabalho;
e) Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas
atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
f) Acompanhar a aplicação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas
contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com a NR-33;

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g) Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e
iminente, procedendo ao imediato abandono do local;
h) Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos
espaços confinados;

5.5 Compete ao Comandante


a) Assegurar que este procedimento seja implantado e mantido a bordo da embarcação sob seu comando;
b) Aplicar a sistemática da PET quando a embarcação estiver no estaleiro, dique seco ou local semelhante;
c) Verificar os certificados de treinamento dos trabalhadores da empresa terceirizada (trabalhador que entra
no espaço confinado, vigia e supervisor), além, da cerificação atual em primeiros socorros e em RCP do
membro da equipe de resgate. Sem estes documentos é proibida a autorização de entrada e a PET não é
emitida;
d) Garantir a identificação dos espaços confinados e dos riscos específicos presentes;
e) Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão
de Entrada para Trabalho;
f) Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas
atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
g) Acompanhar a aplicação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas
contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com esta NR;
h) Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e
iminente, procedendo ao imediato abandono do local;
i) Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos
espaços confinados;
j) Contatar a Unidade mais próxima para realizar o transbordo da(s) vítima(s);
k) Assegurar que os serviços de emergência e salvamento, bem como equipamentos de resgate e
emergência estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;
l) Cancelar a permissão de entrada (PET) em caso de emergência, ou saída de todos os trabalhadores do
espaço confinado;

5.6 Supervisores de Mergulho, Engenheiros e/ou Fiscal Contratante


Em embarcações ou unidades de terceiros, os Supervisores de Mergulho, Engenheiros e/ou Fiscal
Contratante, quando presentes, serão responsáveis pela Permissão de Entrada e Trabalho em Espaços
Confinados.

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5.7 Compete ao Gerente de Operações:

a) Assegurar as exigências e expectativas para todas as tarefas de alto risco, incluindo o uso adequado da
PET sejam devidamente comunicadas e implementadas a bordo de todas as embarcações de sua
responsabilidade;

5.8 Compete à empresa contratada pela Belov:


a) Colaborar com a Belov no cumprimento da NR-33;
b) Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
c) Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e saúde ou de
terceiros, que sejam do seu conhecimento;
d) Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços
confinados;
e) Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de
emergência e salvamento em espaços confinados;
f) Implantar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por medidas técnicas de
prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente
ambientes com condições adequadas de trabalho;
g) Garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaços confinados disponibilizem de todos os
equipamentos para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho;

5.9 Supervisor de Entrada em Espaços Confinados


Cabe aos supervisores de entrada:
a) conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo,
sinais ou sintomas e consequências da exposição ao agente.
b) conferir as entradas apropriadas nos espaços confinados, os testes, os procedimentos e a presença
dos equipamentos listados na Permissão de Entrada e Trabalho, no local.
c) Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades
d) questionar o (os) trabalhador (es) autorizado(s) sobre seu estado de saúde pré-tarefa para execução
das atividades em espaço confinado, visando identificar alguma indisposição momentânea.
e) cancelar os procedimentos de entrada e a Permissão de Entrada e Trabalho, quando necessário.
f) verificar se os serviços de emergência e salvamento estão disponíveis e se os meios para acioná-los
estão operantes.

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g) determinar, no caso de troca de turno do vigia, que a responsabilidade pela continuidade da operação
seja transferida para o próximo vigia.

5.10 Trabalhadores Autorizados


O empregador, ou seu preposto, deve assegurar que todos os trabalhadores autorizados:
a) Conheçam os riscos e as medidas de prevenção que possam encontrar durante a entrada, incluindo
informações sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição;
b) Usem adequadamente os equipamentos EPI e EPR;
c) Saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o vigia monitore as suas atuações e os
alerte da necessidade de abandonar o espaço confinado;

O trabalhador deve alertar o vigia sempre que:


a) reconhecer algum sinal de perigo ou sintoma de exposição a uma situação perigosa não prevista;
b) detectar uma condição proibida;
A saída de um espaço confinado deve ser processada imediatamente nas seguintes condições;
a) Se o vigia ou o supervisor de entrada ordenar o abandono;
b) Se o trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposição a uma situação
perigosa;
c) Se o alarme de abandono for ativado;

5.11 Vigia
O vigia deve:
a) conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentados durante a entrada, incluindo
informação sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição aos agentes.
b) estar ciente dos riscos de exposição dos trabalhadores autorizados.
c) manter continuamente uma contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço
confinado e assegurar que os meios usados para os identificar sejam precisos;
d) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada e de forma contínua, durante as atividades até
que seja substituído por outro vigia.
e) acionar a equipe de salvamento, quando necessário.
f) Solicitar ao Supervisor de entrada que acione (via telefone e/ou rádio VHF, SSB ou UHF) os meios
necessários para a transferência da(s) vítima(s);
g) os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência.

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h) manter a comunicação com os trabalhadores para monitorar as suas condições e para alertá-los quanto
à necessidade de abandonar o espaço confinado.
i) Monitorar a atmosfera e o equipamento de ar mandado no caso do resgate ser efetuado com este;

O vigia não pode realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o monitoramento e a proteção dos
trabalhadores.
As atividades de monitoração dentro e fora do espaço determinam se há segurança para os trabalhadores
permanecerem no interior do espaço. O vigia deve ordenar aos trabalhadores o abandono imediato do
espaço confinado sob quaisquer das seguintes condições:
a) Detectar uma condição de perigo;
b) Detectar uma condição externa ao espaço confinado que possa causar perigo aos trabalhadores;
c) Se não puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus deveres;

5.12 Equipe de resgate


A Contratada deverá definir e capacitar empregados para atuarem em emergências e resgate em espaços
confinados.
A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários de acidentes
identificados na análise de risco.
O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento/resgate deve possuir aptidão física e
mental compatível com a atividade a desempenhar.

5.12.1 Equipe de salvamento (Entrada)


• Retirar do espaço confinado trabalhadores em situação de emergência e prestar-lhes os primeiros
socorros;
• Prestar os primeiros socorros à(s) vítima(s), até que a vítima(s) receba(m) assistência especializada;
• Comunicar eventual alteração no equipamento de proteção individual (EPI) e/ou equipamento de
proteção respiratória (EPR), que os tornem parcial ou totalmente danificados;
• Responsabilizar-se por danos ou uso inadequado do equipamento de proteção individual (EPI) e/ou
equipamento de proteção respiratória (EPR), bem como seus extravios;
• Responsabilizar-se pela guarda e conservação dos equipamentos de proteção individual (EPI) e/ou
equipamentos de proteção respiratória (EPR).
• Verificar no local de resgate pontos de ancoragem para iniciar o mesmo, caso não haja possibilidade de
instalar o tripé com o guincho de içamento.

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5.12.2 Equipe de apoio


• Auxiliar no resgate da vítima do espaço confinado;
• Instalar, verificar e operar os movimentadores de pessoas (se necessário);
• Permanecer pronto para uma entrada imediata caso a equipe de entrada necessite de um resgate.

5.13 Treinamentos
Todos os treinamentos deverão ser executados conforme NR- 33 e NBR 16.577.

6.0. RECURSOS NECESSÁRIOS

6.1 Equipe
A equipe padrão para realizar serviços em espaços confinados deverá ser composta por:
• Um Supervisor de Entrada;
• Um Vigia;
• Dois Resgatistas;
• Dois Executantes;

NOTA 4: A execução de trabalhos no interior de um espaço confinado deve ser realizada por, pelo menos,
2 (dois) trabalhadores ressaltando-se que o número de pessoas a entrar nestes locais deve ser o mínimo
necessário para a execução do trabalho. Poderá ser considerado como o segundo trabalhador o vigia,
desde que exista contato visual ou via rádio entre este e o executante no interior do espaço confinado.
Nos trabalhos em espaço confinado onde atuarão somente um trabalhador autorizado e o vigia, recomenda-
se que o trabalhador autorizado utilize o rádio para contato com a embarcação de apoio.
O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.

6.2 Equipamentos
Os equipamentos de proteção necessários a serem utilizados nos trabalhos em espaços confinados, estão
especificados abaixo:
• EPI (Bota, macacão e luvas);
• Roupas de proteção;
• Detector de Gases (EX-I);
• Extintores de Incêndio;

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• Lanterna Portátil (EX-I);


• Equipamento de Comunicação (IS);
• Equipamento de ventilação – EX-I (Quando necessário);
• Equipamento de movimentação vertical;
• Conjunto Autônomo de Respiração de Linha de Ar;
• Cilindros para ar mandado;

Segue abaixo os equipamentos necessários para a realização do resgate:


• EPI (Bota macacão, luvas e capacete);
• Cinto de segurança (tipo paraquedista);
• Roupas de proteção;
• Detector de Gases (EX-I);
• Extintores de Incêndio;
• Lanterna Portátil (EX-I);
• Equipamento de Comunicação (IS);
• Equipamento de ventilação – EX-I (Quando necessário);
Equipamento de movimentação vertical (tripé ou monopé);

7.0. ATIVIDADES

7.1 Planejamento dos trabalhos


Os trabalhos em espaço confinado devem ser precedidos de um planejamento com equipe multifuncional.
Este planejamento deve contemplar no mínimo todas as etapas descritas no Fluxograma de Entrada em
Espaço Confinado (anexo 1).

7.2 Monitoramento da Atmosfera do Espaço Confinado


Devem ser executados testes para a verificação da presença de gases e vapores inflamáveis ou tóxicos e
deficiência/enriquecimento de oxigênio antes do início dos trabalhos. Estes testes devem ser realizados
após a purga (quando aplicável) com a temperatura próxima à do ambiente, utilizar equipamento de leitura
direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas
ou interferências de radiofrequência. As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas com sondas
de amostragem, permanecendo o avaliador fora do espaço confinado. Nestas ocasiões o avaliador deverá

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levar em consideração a densidade do gás / vapor analisado, para correto posicionamento da linha de
amostragem.

NOTA 5:
1 - Para a realização destes testes a ventilação forçada deve estar desligada a pelo menos 15 minutos;
2 - Para avaliação da atmosfera do espaço confinado, devem ser observados os limites de tolerância
estabelecidos na NR-15, Anexo 11, ou em recomendação mais restritiva (ACGIH), e que possa resultar na
exposição do trabalhador acima desses limites de tolerância;
3 - Independente da calibração, deve ser realizado um teste de resposta com o instrumento, antes da
realização das medições.
Quando o primeiro executante (Supervisor dos executantes) entrar no espaço confinado, é aconselhável
que este faça um rastreamento da área com o monitor de gases para certificar-se de que toda a área está
segura.
4 - É proibida a entrada de pessoas e execução de trabalhos no interior do espaço confinado quando as
concentrações de gases e vapores inflamáveis estiverem acima de 0 % do LII (Limite Inferior de
Inflamabilidade) e teor de oxigênio acima de 23 % em volume.

NOTA 6: Nos casos de tanques de armazenamento e vasos de pressão, onde haja impossibilidade de se
conseguir o 0 % do LIE em entrada para inspeção e limpeza à frio, o limite aceito é 10 % do LIE (conforme
norma API RP 2016), porém, neste caso, devem ser tomadas precauções especiais por parte dos órgãos
envolvidos, sendo que os equipamentos de iluminação devem estar adequados para Zona 1 conforme
norma ABNT NBR 8370, além de, atender ao disposto na norma ABNT - NBR NBR-IEC60079-17.
O Monitoramento de explosividade de um espaço confinado deve ser precedido pelo monitoramento da
concentração de oxigênio do local, uma vez que, concentrações baixas de oxigênio não permitem uma
avaliação real da explosividade do local e que com a admissão de ar para este ambiente esta atmosfera
poderá tornar-se explosiva rapidamente. Tal prática é recomendável principalmente nos serviços em
espaços confinados ou linhas que foram previamente inertizados.
Nos trabalhos de pintura e jato abrasivo, deve-se manter monitoramento quanto à formação de atmosferas
explosivas e tóxicas devido à volatilidade dos solventes e presença de material particulado.
Durante a realização dos trabalhos no interior do espaço confinado, no mínimo um dos trabalhadores
autorizados deve utilizar detector para monitoramento contínuo da atmosfera local.
Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no
âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - INMETRO.

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7.3 Ventilação e Exaustão


É obrigatória a ventilação/ exaustão forçada para trabalho em espaço confinado.
Em casos de paralisação da ventilação/exaustão, o trabalho deve ser suspenso, e providenciado a retirada
dos trabalhadores.
Os espaços confinados, que armazenam gases ou vapores inflamáveis, devem estar providos de
equipamentos de ventilação e eliminação de gases que garantam uma vazão mínima de 12 renovações de
ar por hora.
A ventilação/exaustão de espaços confinados que armazenam gases ou vapores inflamáveis, devem
preferencialmente ser realizada com equipamentos pneumáticos devidamente aterrados. Quando do uso de
equipamentos elétricos, os mesmos devem possuir características à prova de explosão.
Todos os equipamentos de ventilação devem ser aterrados a fim de evitar a ocorrência de eletricidade
estática.
Todos os equipamentos de ventilação e exaustão devem ser instalados em locais seguros e isentos de
contaminantes.
É proibida a ventilação com uso de oxigênio.
Devem ser atendidos os requisitos estabelecidos na norma API RP 2003, a fim de evitar os riscos
provenientes de eletricidade estática.

7.4 Comunicações
Deve ser previsto um sistema de comunicação, via rádio, com o objetivo de manter contato entre as
pessoas no interior do espaço confinado e o vigia e entre o vigia e a equipe de resgate. Caso a
comunicação seja interrompida, em uma das situações, o pessoal deve abandonar o espaço confinado,
encerrando assim o trabalho, não devendo retornar até que seja restabelecido o sistema de comunicação e
uma nova PET seja emitida. O sistema de comunicação deve ser adequado para a utilização em áreas
classificadas.
Deverá ser previsto um sistema de comunicação alternativo através de sinais previamente convencionados,
para orientar a saída dos trabalhadores autorizados em caso de falha da comunicação via rádio.
Para os casos em que seja garantido que os trabalhadores estejam no campo visual do observador, o uso
de rádio no interior de espaço confinado pode ser dispensado.

7.5 Uso de Equipamentos Elétricos


Os equipamentos elétricos usados na execução de trabalhos em espaços confinados devem atender à NR-
10.

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Os aparelhos e equipamentos elétricos, bem como a iluminação artificial e os cabos de alimentação, devem
ser do tipo aprovado para áreas classificadas, conforme observações constantes em seu certificado de
conformidade brasileiro, e receber a inspeção inicial, devendo ser alimentados através de circuitos com
transformador de separação (isolador) e relés de desligamento instantâneo por defeito à terra.
Os equipamentos e cabos elétricos devem ser inspecionados quanto à sua integridade antes de sua
utilização, não sendo permitidas emendas.
Máquinas e ferramentas manuais eletricamente alimentadas podem ser usadas até a tensão máxima de
110 V, alimentados por transformador de segurança com dispositivo instantâneo contra curto-circuito a terra
e com características de dupla isolação.
É recomendada a utilização de iluminação em extra baixa tensão de segurança (SELV).

7.6 Uso de Equipamento de Proteção Individual e Coletiva


Para entrada em espaços confinados que não foram previamente submetidos à ventilação forçada, será
obrigatório o uso de proteção respiratória autônoma de pressão positiva ou sistema de ar mandado com
cilindro de emergência acoplado ao EPI.

NOTA 7: Na análise de risco deve ser considerada a autonomia do sistema de escape rápido que será
utilizado, considerando o cenário mais desfavorável.
Para acesso a espaços confinados, os trabalhadores autorizados deverão fazer uso de cinto de segurança
tipo paraquedista com argolas de içamento nos ombros.
Nos espaços confinados onde haja associado ao trabalho o risco de quedas, o cinto de segurança deve
estar associado a um dispositivo trava-quedas.
Independente do uso de luminárias intrinsecamente seguras, pelo menos um dos trabalhadores deverá
dispor de uma lanterna portátil aprovada para uso em áreas classificadas, para eventual utilização em
emergências.

7.7 Término da Operação


Após o término dos trabalhos, deve ser realizada inspeção, verificando, entre outros, os seguintes itens:
a) Efetiva conclusão dos serviços;
b) Remoção de equipamentos, sobra de materiais e resíduos;
c) Integridade dos componentes internos e externos do equipamento;
d) Presença de pessoas;
e) Retirada de raquetes ou flanges conforme o plano de raqueteamento.

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Vasos de pressão que contêm inflamáveis devem ser inertizados para evitar a formação de misturas
explosivas, durante o processo de gaseificação do equipamento.

7.8 Descarte dos resíduos


O descarte dos resíduos gerados nos trabalhos em espaços confinados deverá obedecer rigorosamente ao
procedimento de coleta seletiva e destinação final de resíduos da embarcação de apoio.
O transporte e disposição final dos resíduos devem ser executados simultaneamente com a limpeza do
equipamento.

7.9 Cancelamento da Permissão de Entrada


A permissão de entrada deve ser cancelada nos seguintes casos:
• Em caso de emergência
• Caso as recomendações nela contidas não estiverem sendo atendidas.
• Caso as condições na área apresentarem novas situações de risco.

7.10 Revisão do Procedimento


Os procedimentos de entrada e trabalho em espaços confinados devem ser revistos quando da ocorrência
de qualquer uma das circunstâncias abaixo:
• Entrada não autorizada num espaço confinado;
• Identificação de riscos não descritos na PET - Permissão de Entrada e Trabalho;
• Acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;
• Qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado;
• Solicitação do QSMS, CIPA e/ou Gerência de Contrato/Belov;
• Identificação de condição de trabalho mais segura.

7.11 Identificação dos Espaços Confinados


Todos os espaços confinados devem ser identificados e terem seus riscos específicos conforme planilha do
A2-IT-02-01-15 Cadastro de Espaços Confinados.
Os espaços confinados devem ser sinalizados, conforme modelo definido no anexo I da NR-33.

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Em acréscimo à sinalização, deverão ser estabelecidos dispositivos que impeçam o acesso a um espaço
confinado por parte de pessoas não autorizadas.

7.11 Diretrizes Gerais


a) Não será permitido o desenvolvimento de trabalhos de pintura simultaneamente com nenhum outro
trabalho no interior de espaço confinado. Nos trabalhos de pintura em espaços confinados recomenda-se o
uso de máscara com sistema de ar mandado com cilindro de emergência acoplado;
b) Nos trabalhos de pintura, inspeções ou atividades que utilizem solventes orgânicos deve ser mantido
monitoramento quanto à formação de atmosferas explosivas e tóxicas no local onde são utilizados, em
função da volatilidade dos solventes utilizados;
c) Testar previamente os bicos, mangueiras e conexões dos conjuntos oxiacetileno para verificação de
vazamento de oxigênio/acetileno antes de introduzi-los no espaço confinado. Os bicos de corte (canetas)
dos maçaricos deverão ser retirados do espaço confinado quando não em uso, bem como durante as
pausas para almoço, lanche, jantar etc;
d) Fica assegurado aos trabalhadores o direito de interromper as atividades e abandonar o local de
trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde, ou
de terceiros;
e) Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames
médicos específicos para a função que irá desempenhar, com registro em Atestado de Saúde Ocupacional
– ASO;

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f) No planejamento do trabalho, devem ser considerados: a natureza do trabalho, o local de realização,


situações de desconforto, ruído, carga térmica, esforço físico etc. Em função destas analises devem ser
previstas pausas e revezamento dos executantes e do vigia;
g) No planejamento do trabalho devem ser analisadas as Planilhas de Aspectos e Impactos da Unidade ou
local de serviço, visando auxiliar na análise de risco, bem como, para atualização das mesmas;
h) Caso o produto armazenado contenha gás sulfídrico (H2S), devem ser tomadas medidas preventivas, a
fim de proteger a saúde do trabalhador;
i) A entrada de trabalhadores no espaço confinado somente será autorizada depois de implementadas
todas as recomendações de segurança (da PT e da PET) bem como assegurada a utilização dos EPI
recomendados;
j) A entrada em atmosferas imediatamente perigosas a vida ou a saúde (IPVS) só será admitida em
condições de emergência, visando salvar vidas. Somente a Equipe de Resgate em espaços confinados da
Unidade Marítima poderá executar essa tarefa. Neste caso é obrigatória a utilização de máscara autônoma
de demanda com pressão positiva ou respirador de linha de ar comprimido, ambos com cilindro auxiliar para
escape;
k) Para a execução dos trabalhos devem ser atendidos os seguintes itens:
• Instalação de cabo-guia desde a entrada primária do espaço confinado até o local de realização dos
trabalhos, a ser utilizado em caso de evacuação do local.
• Iluminação adequada em todo o percurso e no local de execução do trabalho de forma que o
trabalhador não necessite utilizar sua lanterna de mão para a realização dos trabalhos ou durante a
locomoção.
• Escadas fixas, removíveis ou outros meios de acesso que garantam a segurança do trabalhador no seu
deslocamento, não sendo admitidas improvisações que representem riscos ao trabalhador como apoio
dos pés em equipamentos, tábuas ou materiais soltos.
• Pisos adequados (com a instalação de estruturas de andaimes se necessário), planos, não
escorregadios ou alagados.
Proteção para cantos vivos, partes pontiagudas ou afiadas com as quais o trabalhador possa vir a ter
contato em caso de queda ou esbarrão.

7.12 Emergência e Resgate em Espaço Confinado


A Equipe de Resgate em espaços confinados deve estar pronta a atuar caso seja necessário. Os
equipamentos necessários para o resgate deverão estar previamente montados e disponíveis nos locais de
acesso ao espaço confinado.

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7.13.1 Preparação
Os seguintes tópicos deverão ser realizados pelo Supervisor de entrada, Vigia e trabalhadores autorizados
antes do trabalho em espaços confinados:
• Realizar DDS informando todos os envolvidos na operação da sua função, objetivo da operação e
riscos inerentes;
• No caso de embarcações, solicitar ao responsável pela embarcação participação no DDS
• Designar a equipe de resgate e seu líder;
• Verificar a carga e funcionamentos dos equipamentos de proteção respiratória;
• Inspecionar as máscaras e testar a vedação;
• Verificar os equipamentos que serão utilizados em caso de lesão (colar cervical, maca ou prancha, ou
KED e STR);
• Inspecionar visualmente os equipamentos como: tripé, cabo de aço do guincho, polia mosquetões e
cintos de segurança;
• Preparar e verificar o funcionamento do tripé e guincho;
• Preparar os componentes da equipe de resgate, e deixá-los de prontidão equipando-os com:
• Cinto de segurança (tipo paraquedista);
• Equipamentos de proteção individual (EPI);
• Equipamento de proteção respiratória autônoma (EPR);
• Equipamentos de alpinismo (mosquetões, talabarte, entre outros);
• Rádio de comunicação e lanterna intrinsecamente seguros (se necessário);
• Preencher o FL-01-00-17-00 - Permissão de Entrada e Trabalho em Espaço Confinado. Antes de entrar
no Espaço Confinado, cada colaborador envolvido deverá assinar seu nome por extenso e preencher a
matrícula, função, hora da entrada e hora da saída, onde, o vigia assinará atestando estes horários.

NOTA 8: A PET deverá ser numerada a fim de manter a rastreabilidade do documento, seguindo sua
sequência à cada nova Permissão de Entrada e Trabalho.

7.13.2 Procedimento em caso de emergência


Entrar em contato com o médico do trabalho, técnicos de segurança e Gerente do contrato BELOV,
segundo o Anexo 1 - Lista de telefones para comunicação externa do PG-SMS-06.
• Realizar nova avaliação do cenário e dos riscos existentes no resgate da(s) vítima(s);

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• A Equipe de resgate deverá entrar devidamente protegida e equipada com rádio de comunicação e
lanterna intrinsecamente seguros no espaço confinado pela escada de acesso ou com o auxílio do
guincho de tripé (se necessário);
• Preparar os equipamentos de imobilização (colar cervical e: maca ou prancha, ou KED e STR), e
descer quando solicitado pelo líder da equipe de resgate;
• Após a equipe de resgate adentrar o espaço confinado e localizar a(s) vítima(s), descrever a posição e
atual situação para o Vigia;

- A equipe de resgate deverá realizar avaliação primária da(s) vítima(s) (se necessário):
• Respostas a estímulos auditivos;
• Respostas a estímulos visuais;
• Respostas a estímulos de dor;
No caso da(s) vítima(s) não responder (em) aos estímulos citados, ou seja, inconsciente(s), comunicar a
situação para o Vigia;
Realizar o alinhamento da vítima, e evitar os movimentos bruscos, pois quando houver lesão é importante
não agravar a mesma;

Dependendo da situação em que se encontrar a vítima, o resgatista deverá avaliar se o capacete deve ser
retirado ou não, pois em casos de lesão a remoção do capacete pode ser prejudicial à vítima;

• Colocar o colar cervical e posicionar prancha (ou outros equipamentos de transporte) próxima da
vítima;
• Liberar o fluxo do equipamento de emergência da vítima (CARLA - Conjunto Autônomo de Respiração
de Linha de Ar ou outro dispositivo de emergência) no caso de a vítima encontrar-se inconsciente e a
atmosfera IPVS;
• No caso de suspeita de fratura, imobilizar a região utilizando os equipamentos de imobilização
apropriados e preparar a equipe de resgate para a transferência a prancha (ou outro equipamento de
transporte);
• Com a autorização do líder da equipe de resgate, movimentar a vítima para a maca (ou outro
equipamento de transporte), posicionando e fixando a cabeça, o tronco e os membros com a utilização
de cintas ou faixas de segurança, evitando o deslocamento da vítima na prancha (ou outro equipamento
de transporte), durante a movimentação;
• A equipe de resgate deverá acionar o Vigia para a retirada imediata da vítima do espaço confinado;

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• A equipe de apoio localizada fora do espaço confinado próximo à boca de visita, deverá preparar e
descer o(s) cabo(s) para conexão na prancha (ou outro equipamento de transporte), para realizar o
içamento da vítima;
• Com o(s) cabo(s) fixado(s) à prancha (ou outro equipamento de transporte), a equipe de resgate deverá
avisar ao Vigia e autorizar a subida da vítima;
• Após a liberação da subida, o Vigia juntamente com a equipe de apoio iniciará a retirada da vítima do
espaço confinado, de forma segura, minimizando os possíveis danos e choques contra a estrutura;
• Após a retirada da(s) vítima(s) do espaço confinado, posicioná-las em um local seguro e ventilado e
desconectar o(s) cabo(s) utilizado(s) no içamento da Prancha;
• O Vigia deverá acionar a equipe de resgate para o abandono do espaço confinado, (se necessário,
subir a equipe de resgate com o auxílio do guincho do tripé);
• Se a(s) vítima(s) estiver (em) utilizando o EPR, remover cuidadosamente evitando movimentos bruscos;
Se necessário, iniciar os procedimentos de primeiros socorros (abertura das vias aéreas, ventilação,
compressão torácica);
O Supervisor de entrada deverá acionar (via telefone ou outro meio de comunicação) a assistência médica
especializada.

8.0. RESULTADOS ESPERADOS

Realizar atividades em espaço confinado com segurança a fim de manter a integridade de equipamentos e
pessoal., e caso haja a necessidade de efetuar resgate de vítimas no espaço confinado de minimizar as
consequências do ocorrido.

9.0. CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA

Uso do equipamento de segurança apropriado para trabalho e resgate espaço confinado;


Toda atividade em Espaço Confinado somente poderá ser realizada após a emissão da Permissão de
Entrada e Trabalho (PET).
Toda atividade deverá terá atmosfera monitorada antes do início da atividade e durante toda a atividade
dentro do Espaço Confinado.
É PROIBIDO a execução e atividades em Espaço Confinado sozinho, as mesmas deverão ser executadas
pelo menos em dupla.
Em situações de resgate, avaliar a situação do local, atentando que a execução do resgate de vítima(s) não
traga risco à integridade física dos resgatistas.

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10.0. CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS

Todos os compressores possuem bandeja de contenção para os casos de vazamento.

11.0. ANEXOS

A1-IT-01-00-17 - FLUXOGRAMA DE ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO

FL-01-00-17-00 - PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO – PET

A2-IT-01-00-17 - CADASTRO DE ESPAÇOS CONFINADOS

12.0. HISTÓRICO DE REVISÕES

Revisão Data Aprovação Descrição

001 23/09/2020 VERSÃO INICIAL

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