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MODELAGEM

E
SIMULAÇÃO
DE
CIRCUITOS
ASSOCIAÇÃO
DE
RESISTORES
ASSOCIAÇÃO
EM
SÉRIE DE RESISTORES
Dois ou mais resistores estão associados em série
quando ligados um em seguida do outro.

O terminal de saída de um resistor está ligado ao


terminal de entrada do outro resistor e somente a este:
Resistor equivalente:
É o que substitui qualquer associação destes
componentes, produzindo o mesmo efeito que todos os
resistores do conjunto.
A corrente que circula pelos
resistores é a mesma em qualquer
ponto do circuito, porque só há um
caminho por onde ela pode fluir.
Então:

I1 = I 2 = I3
Cada resistor ficará submetido a uma
d.d.p., de acordo com a Lei de Ohm:

V1 = R1 · I1

V2 = R2 · I2

V3 = R3 · I3

A soma das tensões nos resistores é igual


à força eletromotriz da fonte:

V = V1 + V2 + V3
Para a fonte, é como se houvesse um único
resistor no circuito solicitando corrente.
Este resistor é o resistor equivalente Req:

V = Req · I

O resistor equivalente é igual à soma dos


resistores associados:

Req = R1 + R2 + R3
RESISTORES
ASSOCIADOS
EM
PARALELO
Dois ou mais resistores estão associados em paralelo
quando seus terminais de entrada estão ligados em um ponto
comum e seus terminais de saída em outro ponto comum:
Todos os resistores associados são
submetidos à mesma tensão V da fonte:

V = V1 = V2 = V3

A corrente I fornecida pela fonte se


divide pelos resistores associados, de
modo que:

I = I 1 + I2 + I3
Da Lei de Ohm segue o cálculo das correntes
individuais nos resistores:
O resistor equivalente é obtido pela
equação:

Se somente dois resistores estiverem


associados em paralelo, usa-se a regra do
produto dividido pela soma:
LEIS
DE
KIRCHHOFF
LEIS DE KIRCHHOFF

São os resultados de um trabalho


desenvolvido por Gustav Kirchhoff, que facilita Gustav Robert Kirchhoff
1824 – 1887 Físico Russo
o cálculo dos circuitos elétricos.
LEIS DE KIRCHHOFF
Conceitos:
Nó:
é qualquer ponto do circuito onde se conectam três ou mais
condutores.
• Ramo:
é qualquer trecho do circuito compreendido entre dois
nós consecutivos.
• Malha: é qualquer circuito fechado, formado por ramos.
A 1.ª Lei de Kirchhoff ou Lei dos nós diz que:

A soma algébrica das correntes que chegam a um nó é igual à soma


algébrica das correntes que saem deste nó.

I1 + I2 = I3
A corrente convencional, partindo da fonte se divide pelos nós,
polariza com sinal positivo o “lado” do resistor por onde ela
entra.
Dessa maneira, estabelecem-se as polaridades das tensões
nos resistores:
A 2.ª Lei de Kirchhoff ou Lei das Malhas diz:

Percorrendo-se uma malha, num mesmo sentido, a soma das


tensões nos elementos do circuito encontrados é igual a zero.

Para aplicar a 2a Lei de Kirchhoff, considera-se, para cada


tensão, o primeiro sinal encontrado no sentido do percurso.
–V + V1 + V3 + V2 = 0 –V3 + V4 + V5 + V6 = 0

V = V1 + V3 + V2 V3 = V4 + V5 + V6
– V + V1 + V4 + V5 + V6 + V2 = 0

V = V1 + V4 + V5 + V6 + V2
EXERCÍCIO RESOLVIDO
No circuito abaixo:
a) determinar a polaridade das tensões nos resistores;
b) escrever as equações das tensões em todas as malhas;
c) obter as tensões e as correntes em todos os resistores.
Solução:

a) A corrente parte da fonte e percorre o circuito, se


dividindo pelos resistores e polarizando-os como se vê:
As equações das correntes nos nós:

nó b: I1 = I2 + I3

nó e: I2 + I4 = I
b) As equações das tensões nas malhas:

malha a-b-e-f-a: V = VR1 + VR2


malha a-b-c-d-e-f-a: V = VR1 + VR3 + VR4
malha b-c-d-e-b: V2 = VR3 + VR4
c) Quando há resistores em série com a fonte, a corrente que
percorre este resistor, neste caso, R1, é a mesma que sai da fonte.

Para determinar a corrente fornecida pela fonte, deve ser


conhecido o resistor equivalente do circuito:
a corrente fornecida pela fonte:

 Consequentemente:
I1 = 0,5 A
V1 = R1 · I1
V1 = 10 · 0,5 = 5 V

 A equação da malha a-b-e-f-a:


V = V1 + V2
10 = 5 + V2
V2 = 5 V
 A corrente no resistor R2 é obtida pela Lei de Ohm:

 A equação da corrente no nó b:

0,5 = 0,25 + I3
I3 = 0,25 A
Com R3 em série com R4
I4 = 0,25 A

E pela lei de Ohm:


V3 = R3 · I3
V3 = 15 · 0,25 = 3,75 V

V4 = R4 · I4
V4 = 5 · 0,25 = 1,25 V
MÉTODO
DAS
CORRENTES DE MALHA
Consiste em aplicar a Lei das Malhas (1.ª Lei de Kirchhoff)
para determinar as correntes do circuito elétrico em estudo.
Por exemplo:
Arbitrando as correntes IA e IB:

 As correntes nos resistores deverão ser relacionadas com IA e IB.


 Essas correntes fictícias são determinadas em primeiro lugar.
 Em seguida, as correntes individuais nos resistores são obtidas
por comparação.
 Para a malha da esquerda:

– V1 + V3 + V4 + V2 = 0
– V1 + R3 · IA + R4 (IA – IB) + V2 = 0
– 120 + 10 IA + 30 (IA – IB) + 90 = 0

4 IA – 3 IB = 3 (I)
E para a malha da direita:

– V2 + R4 · (IB – IA) + R5 · IB + R6 · IB = 0
– 90 + 30 · (IB – IA) + 5 IB + 15 IB = 0
– 3 IA + 5 IB = 9 (II)
O sistema de duas equações e duas incógnitas:

4 IA – 3 IB = 3 (x 3) (I)
– 3 IA + 5 IB = 9 (x 4) (II)
I3 = IA
tem como resultado: I3 = 3,818 A

I4 = IA – IB
IB = 4,091 A
I4 = 3,818 – 4,091 = – 0,273 A
IA = 3,818 A I4 tem polaridade oposta à adotada no início.
I5 = I6 = IB = 4,091 A
As tensões nos resistores:
V3 = R3 · I3 = 10 · 3,818 = 38,18 V

V4 = R4 · I4 = 30 · (0,273) = 8,19 V

V5 = R5 · I5 = 5 · 4,091 = 20,46 V

V6 = R6 · I6 = 15 · 4,091 = 61,37 V
ANÁLISE DAS
CORRENTES DE MALHA
POR MATRIZES
(REGRA DE CRAMER)
Exemplo:
Aplicando regra de Cramer no circuito mostrado abaixo,
determinar as correntes em cada ramo.
Nó A: I2 = I1 + I4
Nó B: I3 = I2 + I5
(I) 7 I1 - 2 I2= 5

(II) -2 I1 + 9 I2 - 2 I3 = 5

(III) -2 I2 + 7 I3 = -1
(I) 7 I1 - 2 I2 + 0 I3 = 5
7 −2 0 𝐼1 5
(II) -2 I1 + 9 I2 - 2 I3 = 5 −2 9 −2 . 𝐼2 = 5
0 −2 7 𝐼3 −1
(III) 0 I1 - 2 I2 + 7 I3 = -1

7 −2 0 7 −2
∆ = −2 9 −2 −2 9
0 −2 7 0 −2

∆ = (441) – (28+28) = 385


(I) 7 I1 - 2 I2 + 0 I3 = 5
7 −2 0 𝐼1 5
(II) -2 I1 + 9 I2 - 2 I3 = 5 −2 9 −2 . 𝐼2 = 5
0 −2 7 𝐼3 −1
(III) 0 I1 - 2 I2 + 7 I3 = -1
7 −2 0 𝐼1 5
−2 9 −2 . 𝐼2 = 5
0 −2 7 𝐼3 −1

5 −2 0 5 −2
∆= 5 9 −2 5 9
−1 −2 7 −1 −2

∆𝐼1 =
(315 – 4) – (20 - 70) = 361

∆𝑰𝟏 𝟑𝟔𝟏
𝑰𝟏 = = = 𝟗𝟒𝟎 𝒎𝑨
∆ 𝟑𝟖𝟓
7 −2 0 𝐼1 5
−2 9 −2 . 𝐼2 = 5
0 −2 7 𝐼3 −1

7 5 0 7 5
∆𝐼2 = −2 5 −2 −2 5
0 −1 7 0 −1

∆𝐼2 =
(245) – (14 - 70) = 301

∆𝑰𝟐 𝟑𝟎𝟏
𝑰𝟐 = = = 𝟕𝟖𝟎 𝒎𝑨
∆ 𝟑𝟖𝟓
7 −2 0 𝐼1 5
−2 9 −2 . 𝐼2 = 5
0 −2 7 𝐼3 −1

7 −2 5 7 −2
∆𝐼3 = −2 9 5 −2 9
0 −2 −1 0 −2

∆𝐼3 =
(-63 + 20) – (-70 -4) = 31

∆𝑰𝟑 𝟑𝟏
𝑰𝟑 = = = 𝟖𝟎 𝒎𝑨
∆ 𝟑𝟖𝟓
I1 = 940 mA Pelos nós A e B:
I2 = 780 mA
I3 = 80 mA I2 = I1 + I4 I3 = I2 + I5

I4 = I2 - I1
I4 = 0,78 – 0,94 = -160 mA

I5 = I 3 – I 2
I5 = 0,080 – 0,78 = -700 mA
EXERCÍCIOS

https://forms.gle/nUDcfNfUFvuNcqZB7
Bônus da simulação dos exercício 3 da Lista Proposta
Entrega até 24/03/2021
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA:
1. BOYLESTAD, R. ; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. São Paulo:
Pearson, 2005.
2. NILSSON, James W. ; RIEDEL, Susan A. Circuitos elétricos. Rio de Janeiro: Pearson
Education, 2008.
3. Johnson, David E., Hilburn, John L., Johnson, Johnny R. Fundamentos de Análise de
Circuitos Elétricos, 4a Edição, Prentice Hall do Brasil, RJ, 1994

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
1. MARKUS, Otávio. Circuitos elétricos: corrente contínua e corrente alternada: teoria e exercícios. São Paulo:
Érica, 2008.
2. EDMINISTER, Joseph A. Circuitos elétricos: resumo da teoria, 350 problemas resolvidos, 493 problemas
propostos. São Paulo: McGraw-Hill : Pearson Education, 1991.
3. GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. Porto Alegre: Bookman, 2009.
4. BURIAN JUNIOR, Yaro; LYRA, Ana Cristina C. Circuitos elétricos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
5. IRWIN, J. David. Introdução à análise de circuitos elétricos. Rio de Janeiro: LTC, 2005
6. ORSINI, Luiz de Queiroz ; CONSONNI, Denise. Curso de circuitos elétricos. São Paulo: Edgard Blücher,
2004. 2 v.

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