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O que é a ansiedade?
Ansiedade pode ser considerada como uma emoção de alarme que se encontra associada
a sensações de angústia, tensão e insegurança que, quando são frequentes e/ou intensas
e incontroláveis, causando mal estar significativo, conduzem a patologia (doença). A
pessoa que sofre de ansiedade sente-se angustiada, ameaçada, bloqueada e pode
inclusivamente dizer ter “maus pressentimentos”, mesmo sem, muitas vezes, conseguir
identificar o motivo que está a causar esse mal estar.
Os dados mais recentes da OMS estimam que existam cerca de 264 milhões de pessoas a
sofrer de ansiedade em todo o mundo e indicam que as perturbações de ansiedade
são mais frequentes no sexo feminino, embora também afetem homens.
É particularmente importante estar atento aos sinais das crianças, visto que nestas,
quando ainda têm poucos meses ou anos e não conseguem exprimir de forma clara o que
estão a sentir, a ansiedade pode manifestar-se através de birras ou choro.
Cada caso é único e é importante explorar a anamnese (história de vida) da pessoa para
ser possível detetar a origem e os estímulos que fazem surgir esta emoção negativa de
modo a se conseguir intervir adequadamente.
Por outro lado, o medo consiste numa resposta emocional a uma ameaça concreta ou
objetiva, real ou percebida (ex: tenho medo de uma cobra que está no meu caminho
porque vi um documentário sobre o veneno de algumas espécies de répteis).
Tipos de ansiedade
A Ansiedade pode manifestar-se de diversas formas e devido a vários fatores.
Podemos falar de uma ansiedade positiva, que surge como forma de reação e adaptação
ao que vai acontecendo na vida do indivíduo. Nestes casos, os sintomas são leves e
motivam a pessoa a agir.
Por outro lado, quando os sintomas são severos, vão evoluindo, são frequentes e/ou
incontroláveis, causando mal estar significativo, então estamos perante um tipo
de ansiedade negativa, que origina patologias como a Perturbação de Ansiedade de
Separação, Mutismo Seletivo, Fobias, Ataques de Pânico, Perturbação de Ansiedade
Generalizada, Perturbações Obsessivas Compulsivas ou Perturbações Relacionadas com
o Trauma e Fatores de Stress (exemplo: Perturbação de Stress Pós Traumático). Cada
uma destas patologias possui características específicas e o seu diagnóstico deve ser
sempre realizado por um profissional.
Por norma, quando estamos perante uma ansiedade patológica, a pessoa apresenta os
sinais de forma crónica, necessitando de aprender a lidar com as sensações, percebendo
o que as pode provocar e como as pode minimizar.
Causas da ansiedade
Como já foi anteriormente mencionado, a ansiedade pode surgir por diversos fatores e
nem sempre a pessoa consegue identificar o motivo que origina a angústia ou insegurança
que sente. Este mal estar pode ser provocado por estímulos endógenos (internos) ou
exógenos (externos).
Por outro lado, os fatores exógenos encontram-se ligados aos eventos que vão ocorrendo
ao longo da vida e que podem ser de ordem pessoal (ex: dúvidas sobre religião,
orientação sexual, estilo de vida...), familiar (ex: conflitos, morte...), relacional (ex: divórcio,
recasamento...), profissional (ex: possibilidade de desemprego ou de promoção) e social
(ex: alterações no estatuto socioeconómico).
É importante destacar que raramente existe um único fator responsável pela ansiedade.
São, geralmente, vários os estímulos que se vão interligando e vão criando um quadro
clínico propício às reações ansiosas.
Certos episódios podem ser desencadeados por elementos surpresa no dia a dia, como
um desacato no trânsito. Situações pontuais, como este exemplo da condução, podem
gerar pensamentos intrusivos/negativos e frequentes sensações desagradáveis que, por
sua vez, podem desencadear crises ou perturbações de ansiedade a longo prazo.
O início e o final do dia são momentos favoráveis à reflexão e, por isso mesmo, podem
provocar sensações de preocupação excessiva com o que pode acontecer no futuro, com
ou sem motivo concreto ou racional. Pode também acontecer que, devido a uma noite mal
dormida, a pessoa se sinta tensa ao despertar ou ainda se recorde de pesadelos ocorridos
durante a noite, acordando com sensações de desassossego, dores no peito, falta de ar...
Diagnóstico da ansiedade
Para se realizar um diagnóstico é necessário recolher uma boa anamnese (história de
vida) e explorar os momentos em que a pessoa afirma sentir o mal estar associado à
ansiedade. Podem ser realizados testes psicológicos e exames físicos para auxiliar o
processo e, também, despistar outras doenças.
Deve ser efetuado, ainda, um diagnóstico diferencial, uma vez que a ansiedade (ou
perturbações associadas) pode ser confundida, ou até ocorrer juntamente (situação
designada de comorbilidade), com outras patologias do foro físico ou mental, como o caso
da perturbação depressiva.
Severidade da ansiedade
A ansiedade pode ser sentida em diferentes graus, podendo ser adaptativa ou
patológica.
A ansiedade, quando patológica, consiste numa das problemáticas mentais mais comuns
na sociedade e, dependendo da sua severidade, pode ser altamente incapacitante. De
acordo com a OMS, as perturbações de ansiedade são classificadas como o 6º fator que
mais origina a perda de saúde não fatal e são uma das 10 principais causas de Anos
Vividos com Incapacidade (YLD – Years Lived with Disability).
Complicações da ansiedade
A ansiedade pode ser sentida em diversos níveis e possuir diferentes graus de severidade.
Tratamento da ansiedade
Como vimos até ao momento, a ansiedade pode manifestar-se de diversas formas e a sua
etiologia (origem) pode ser variada. Por isso mesmo, não existe um único caminho para
controlar a ansiedade, mas sim vários que devem ser avaliados mediante as
características evidenciadas em cada caso.
Por vezes, alterações nos hábitos do dia a dia permitem-nos lidar melhor com a ansiedade
e podem minimizar ou conduzir ao desaparecimento do problema. Em outros casos, o
combate à ansiedade passa por uma intervenção mais especializada.
Veja mais informação sobre substâncias, alimentos e técnicas que podem ajudar a
combater a ansiedade em Estratégias para prevenir / lidar com a ansiedade.
Não esconda ou ignore o que está a sentir. Peça ajuda, invista em si. Um/a
profissional pode ajudar!