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AULA 01 – O MUNDO PRECISA DE VOCÊ

➢ O QUE É PSICOTERAPIA SOB MEDIDA?

É toda terapia que trabalha com a mente de maneira personalizada sob medida. Não trabalha
com padrões prontos.

➢ O QUE É PSICOTERAPIA SUPER BREVE?

São linhas terapêuticas que buscam dar um resultado total ou parcial de 1 a 6 sessões. Com
metas definidas, com reprogramação mental, mudança de crenças e significados, por isso ela é
supre breve. Tem que ser mais assertivo, clean.

➢ PARA QUEM É ESSE CURSO?

Todos são bem-vindos ao curso. Ele tem caráter educacional.

➢ O QUE VOCÊ VAI APRENDER?

Você vai aprender o raciocínio clínico. Ensinar o que eu faço, o que está por traz das técnicas,
de como eu penso, para ver se faz sentido no seu mapa.

➢ VOCE ESTÁ SATISFEITO(A) COM O RESULTADO QUE TEM TIDO?

Tudo é pautado na confiança com o seu cliente

➢ OS MAIORES ERROS COMETIDOS PELOS TERAPEUTAS?

NÃO TEREM META BEM DEFINIDAS junto ao cliente. A terapia fica muito solta, ela tem início e
não tem data de término, o cliente não sabe aonde ele vai chegar e o terapeuta não tem um
objetivo. Essa linha terapêutica ela é breve e sob medida? Ela reprograma crenças e surge a
possibilidade de novas escolhas. Se a terapia fica muito solta, ela não é sob medida. Perde-se de
vista o objetivo.

NÃO FAZER UM BOM PRÉ-TALK, que é uma conversa prévia, onde você explica o seu trabalho,
o que fazer e o que não é o seu trabalho. Tem que ter muito consenso pra fazer um pré-talk.
Explica para o seu paciente como funciona o seu trabalho, quais processos você usa, em quais
você pode ajudar e não ajudar. Explique e reexplique quantas vezes forem necessárias. Seja
sempre claro e transparente.

SEGUIR UM SCRIPT PARA TODOS, você aprendeu que tem um protocolo de atendimento e que
você deve seguir aquele protocolo. O ser humano é um ser subjetivo. As vezes é mais cômodo
ter script, mas no mundo da terapia nem sempre são. Se usar o mesmo método com todos não
vai resolver, cada um tem um significado para determinada coisa. Se fosse único não precisaria
de terapeutas; nem todas tem mesma experiencia ou vai aceitar o mesmo script

FALTA DE PERSONALIZAÇÃO, precisa fazer uma terapia personalizada, pensar fora da caixa,
fazer uma boa anamnese, ter curiosidade. Milton Erickson certa vez perguntaram pra ele:
Como você vai resolver tal problema? Olha eu não sei exatamente, mas estou muito curioso

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pra aprender. Quantas vezes você recebe um paciente e não sabe como tratar. Você tem que
ser curioso(a).

PERGUNTAS RASAS: cliente fala que ele tem depressão e o terapeuta fala é mesmo, por quê?
PERGUNTAS RASAS, RESPOSTAS RASAS. Tem que ser um expert para perguntar.

Será que o por que é a melhor pergunta?

USE AS PERGUNTAS: FALE ME MAIS SOBRE ISSO, ALGO A MAIS SOBRE ISSO.

QUEM TE CONTOU?

SERÁ MESMO QUE VOCÊ TEM?

Seja sempre específico com o seu paciente.

Sair do sintoma e ver o que tem na causa.

Vá na estrutura profunda, qual o cerne da questão. O que causa e não causa, pois ninguém
nasceu com os sintomas todos.

Remediar é aquele conselho amigo, na boa intenção. Vamos remediar o seu sintoma, eu te
escuto.

VOCÊ TEM QUE PERGUNTAR! TER QUE TER CURIOSIDADE, IR ALÉM DO PORQUE.

➢ ESTADO ATUAL

Toda terapia precisa começar com uma descrição do estado atual que é feito em uma anamnese.

ANAMNESE: é uma entrevista, para você descrever por escrito a descrição do estado atual de
maneira enxuta, direta e objetiva. Tem que ter um ponto de início, de partida na terapia.

Precisa ter um estado desejado. Onde eu estou e pra onde eu vou. Faça o pré-talk.

Na linha do Estado Atual (E.A) ao Estado Desejado (E.D) tem uma linha de recursos. São os
recursos que você vai trazer para o cliente, o que você aprendeu, o que você sabe, a técnica que
você vai usar, qual o protocolo.

Nesse período (recursos) tem intercorrências e elas não podem ser negligenciadas:

ZONA DE CONFORTO. No contexto terapêutico ela pode sabotar a sua terapia, colocar em check
a sua credibilidade de terapeuta. Porque ele acha que você vai resolver o problema para ele,
sendo que ele que vai ter que resolver, com você guiando-o. Exemplo: Você explica e reexplica
para o paciente e para ele nada tá bom e ele fica na zona de conforto

Se o paciente tiver dúvidas ou querer sabotar chama para fazer anamnese de novo e explica
tudo, que tal função é sua e tal função é dele, que você trabalha com excelência e com resultado.
Que você vai dar os 50% dos seus 150% e o paciente tem que dar os 50% dos seus 150%. Tem
que ter a colaboração de ambos.

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Pergunta: Quanto você aceita a ser tratado de zero a 10?

GATILHOS OCULTOS: gatilhos que estavam ocultos, ninguém estava vendo. Você aplicou o
protocolo master que você aprendeu e o seu paciente saiu satisfeito e passa um tempo a pessoa
volta chorando que deu errado. RECAÍDAS são normais. É até esperado, pois você gerou uma
nova programação. Ela vai encontrar forma de sabotar. Ela tem gatilhos ocultos. Tem que tratar
cada gatilho. Precisa de reforço, sessão de feedback etc. Terapias de sessões únicas são
perigosas.

GANHOS SECUNDÁRIOS: todo comportamento tem uma intenção positiva de que satisfaz um
ganho. Tema abordado com tópico específico mais abaixo.

CRENÇAS LIMITANTES: Você vem com seu protocolo e aplica e o cliente fala não funcionou,
porque a mente dele está cheio de crenças. Você limpou essas crenças? Crença é uma conclusão
de que você chega à determinada coisa. Uma generalização das coisas equivocada. Trabalhe as
limpezas de crenças limitantes.

AUTO SABOTAGEM: Tem paciente que sabota a terapia. A hora que ele viu que ia resolver, ele
corre.

FALTA DE HABILIDADE: o paciente tem capacidade de se resolver. Não assuma a bronca toda.
Exemplo: quero que tire meu medo de dirigir, mas a pessoa sabe dirigir?. Quero passar em um
concurso, mas ela estudou? Investigue o que você está trabalhando com o seu paciente.

INTERFERÊNCIA FAMILIAR: deixar a família dar pitaco na sessão, fala que a mãe, o pai acha. o
atendimento é seu e do seu paciente, senão não vai dar certo. A Interferência pode sabotar a
sua terapia.

➢ B.F.O. (BOA FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS) – Para ter uma Terapia bem clara sem
frustrações

1) SER EXPRESSO EM TERMOS POSITIVOS (objetivo do seu paciente).


O que você quer? não usar termos negativos. Exemplos: eu não durmo. Não quero mais
sofrer em relacionamentos, não pense agora em tal coisa.
Tem que ser termos positivos: O que você quer? Qual objetivo?

2) SER INICIADO E CONTROLADO PELA PRÓPRIA PESSOA (paciente) É alguma coisa que
ele quer tratar que dependa dele, exclusivamente dele? Porque se não depender dele a
frustração pode ser muito grande. Exemplo: aquela pessoa que quer que você terapeuta
ajude ele a passar no concurso público, mas não depende só dele e de você terapeuta,
depende de várias outras coisas, como a prova, de quem vai aplicar.
Tem que ser iniciado e controlado por ele (paciente) exemplo: dieta, vender mais,
perdoar alguém etc.

3) TER EVIDÊNCIAS SENSORIAIS ESPECÍFICAS: quando ele fecha os olhos ele se imagina
realizando o objetivo? é sentir aquilo como real, ajudar a construir essa visualização:

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Fazendo as seguintes perguntas: quando você fecha os olhos você se vê dentro ou fora
do objetivo? Você está associado ou dissociado? É grande ou pequeno? colorido ou
preto e branco?

4) SER BEM CONTEXTUALIZADO: Meta modelo: como, quando, onde, com quem, em que
contexto, de que jeito. Sem contexto a terapia fica solta.

5) SER ECOLÓGICO: objetivo que você atinge que faça bem para você e para as pessoas ao
seu redor (objetivo que ele afeta alguém, tem que ferir alguém, machucar alguém,
então não é ecológico) Exemplo: perdoei o meu pai, isso fez bem para o relacionamento
de todos em casa, melhorou a convivência com todos.
Antes de qualquer técnica o Terapeuta precisa ter valores, aquilo que você julga ser
bom, honesto, digno, respeitoso.

6) REALIZÁVEL E TESTÁVEL: Dá para testar o protocolo que você fez, o que você usou?
Exemplo: quando tirar a fobia de alguém, testar na hora. Se testou, validou. Testa na
hora. Se fizer o teste e não funcionar, não tenha vergonha, refaça novamente, aplique
outras técnicas, seja versátil, não tenha medo de testar. O TESTE VALIDA A SUA
TERAPIA.

➢ A IMPORTÂNCIA DE DESCOBRIR O GATILHO (VAC)

Por que é importante descobrir o gatilho?

Lembra que foi falado que o terapeuta não deve ficar tratando o sintoma, ele deve ir à causa.
Mas qual causa é essa? Às vezes você encontra aquela causa, mas ela não é a principal. Aquela
causa é só uma causa. É aquela fobia que a pessoa tem por exemplo de barata que o terapeuta
volta na causa a primeira vez, porque ele acredita que tem uma causa primária e a causa
primária ele acha que é a mais importante, só que ela não é a principal. A principal foi aquela
vez que a pessoa foi em um sítio de um amigo seu e pisou em uma barata, e a pessoa ficou com
medo, porque ela subiu na perna e ela ainda voava, assim teve a fobia gravada com sucesso

Então a causa primária nem sempre é a principal. E tem terapeuta que tem a crença de que a
pessoa precisa voltar na causa primária, mas a principal será que é a primária? As vezes é, as
vezes não é.

O principal é o gatilho. A pessoa tem fobia de um gatilho que acende o medo dela e esse gatilho
pode ser uma imagem em que vem na mente dela e ela vê a cena, que ela se sente dentro do
cenário; pode ser uma sensação.

Dentro da PNL nós entendemos que os seres humanos interagem com a realidade através do
que eles vêm do que eles ouvem e do que eles sentem (VAC) = visual, auditivo e cinestésico. que
eu imagino. Auditivo tudo aquilo que eu ouço ou crio um som ou um lembro de um som.
Cinestésico tudo o que eu sinto tanto de maneira tátil, tanto de maneira sensorial um estado

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interno, tanto de maneira olfativa o que eu cheiro e de maneira gustativa que eu degusto. E o
gatilho sempre tem um VAC associado

Ou melhor todo problema tem uma imagem associada, todo o gatilho tem uma imagem com
um som ou uma sensação associada.

Sempre faço uma pergunta muito clássica: a pessoa fala assim: Sabe eu tenho fobia de elevador
e eu falo assim: Qual a primeira imagem na sua mente quando você pensa em fobia de elevador?
E ele pode falar nossa eu vejo, eu me vejo dentro do elevador com elevador travado. E qual a
sensação vem nesse momento? Tem algum som? Tem algum cheiro? Tem algum gosto?

DICA: quando o seu paciente estiver contando sobre o problema durante a contação de história
do problema QUEBRE O PADRÃO e PAUSA ELE e pergunta: QUAL A IMAGEM VEM NA SUA
MENTE QUANDO VOCÊ PENSA NISSO? A primeira que vier é o gatilho.

Pergunta qual era o VAC associado, a representação e talvez esse VAC está sendo o gatilho que
está disparando a fobia. Então não adianta tratar os sintomas da fobia, mas sim qual gatilho
dispara aquele comportamento. Não é sobre comportamento é sobre gatilhos porque se elimina
o gatilho ou se eu mudo o significado do gatilho o resultado é diferente.

eu quero ressignificar, dar um novo sentido para aquele gatinho mostrar uma nova perspectiva
sobre o que aconteceu não sobre o sintoma, mas sobre o gatilho, ou seja, ressignificar é mostrar
uma nova perspectiva é dar uma outra opção de escolha.

Mude o significado do gatilho. Porque o gatilho nada mais é que uma representação, ou seja, é
uma representação visual, auditiva e cinestésica que quando a pessoa vê, sente, ouve
determinada coisa, ela dispara a fobia, medo, pânico e etc. E o medo, pânico, fobia é o sintoma.

QUAL O GATILHO? COMO DESCOBRIR?

PERGUNTAS: QUAL A IMAGEM? QUAL O SOM? QUAL A SENSAÇÃO? QUAL O CHEIRO?

➢ NÃO PRENDA O GANHO SECUNDÁRIO. ELE É INOCENTE!

O ganho secundário estava de boa ali e prenderam ele.

A programação Neurolinguística diz que todo o comportamento tem uma intenção positiva.
Tudo que a gente faz é para ganhar alguma coisa. Nós temos um comportamento e esse
comportamento ele satisfaz, ele tem uma intenção positiva, ele satisfaz um ganho secundário.

E o que é um ganho secundário?

É a sensação de realização, liberdade, segurança, prazer são ganhos secundários.

E acontece que muitos terapeutas proíbem o ganho secundário. Exemplo: não pode mais comer
chocolate, não pode mais fumar.

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Só que a pessoa tinha um prazer em fazer aquilo, e quando proíbe o ganho secundário, o que
ela tende a fazer? Procurar um outro comportamento.

O ganho secundário não é um problema porque todo o comportamento tem uma intenção
positiva. Então não proíba o ganho secundário. Gere um outro comportamento, crie um outro
comportamento e, esse outro comportamento vai satisfazer o ganho secundário. Tire esse
comportamento da pessoa, mas dê outro comportamento que vai pagar o ganho secundário.

É da natureza do ser humano ser recompensado, mas o terapeuta pode mudar o


comportamento ensinando o paciente, negociando com ele, perguntando para o paciente: QUE
OUTRO COMPORTAMENTO QUE VOCÊ PODE TER QUE TE DÊ ALÍVIO? Exemplos: a pessoa fazer
uma meditação, fazer passeios, ver filmes, brincar com os filhos.

MUDE O COMPORTAMENTO, MAS MANTENHA O GANHO SECUNDÁRIO.

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