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PESSOAS NATURAIS - art.

1º ao 39

1. Estudo do Direito subjetivo:


- Pessoas jurídicas:
- Pessoas naturais:

1.1: Personalidade (art. 2º) – é uma aptidão genérica que possibilita uma pessoa titularizar
relações jurídicas de conteúdo patrimonial.

1.2: Requisitos para aquisição de personalidade: nascimento + vida (respiração extra


uterina).

1.3: Natureza jurídica do registro: o registro tem natureza declaratória- apenas oficializa
um fato jurídico em sentido estrito que foi oficializado no passado.

1.4: Nascituro x Concepturo x Personalidade:


Nascituro: não possui personalidade, mas possui direitos de conteúdo extra-patrimonial.
Concepturo: ou prole eventual, também não possui personalidade.

Substituição fideicomissária (art. 1951): fideicomitente(testador); fiduciário;


fideicomissário; Substituição Fideicomissária, ou simplesmente Fideicomisso, é regulada no Código Civil do
art. 1.951 ao 1.960, e pressupõe a existência de três partes – o fideicomitente, o fiduciário e o fideicomissário. O
Primeiro é o próprio testador, aquele, através da manifestação de sua vontade, institui o fideicomisso; o Segundo
é a pessoa que ficará na guarda e propriedade resolúvel dos bens fideicometidos até que ocorra a condição
mencionada pelo testador fideicomitente; e o Terceiro, que é a pessoa que, por último, receberá os bens
fideicometidos, o seu último destinatário.

Ocorre da seguinte maneira: O fideicomitente institui que algum, ou alguns dos seus bens ficarão com uma pessoa
(o fiduciário), até que ocorra alguma condição, expressamente mencionada pelo mesmo, caso em que, o fiduciário
passará a propriedade dos referidos bens ao fideicomissário. O procedimento pode ser observado com clareza
peculiar no artigo 1.951 do diploma civil .

Teorias quanto ao momento de aquisição de personalidade:


1) Teoria concepcionista
2) Teoria natalista: a personalidade é adquirida quando ocorre o nascimento com vida
(teoria adotada pelo Brasil).

1.5: Características dos direitos da personalidade: art. 11


a) inatos: são inerentes a condição de ser humano, adquiridos ao nascer.
b) absolutos: erga omnes. Direito de abstenção.
c) vitalícios: perduram por toda vida, só cessa com a morte. Obs: art. 12 § único.
d) inalienáveis: não pode ser objeto de negócio jurídico. Art 13 e 14. Obs: é possível a
cessão temporária e onerosa do exercício de certos direitos da personalidade. Não é
possível a titularidade desses direitos. Art. 11.
e) Imprescritíveis: não cessão pelo não uso, a pretensão indenizatória é prescritível (art.
189).
f) Extrapatrimoniais: não tem preço. Não podem ser quantificados economicamente.
Ação por violação do direito de personalidade: duas finalidades – punição para o autor do
ato ilícito e diminuir a dor, um sofrimento.
g) Irrenunciáveis: não se pode dispor.
Indisponibilidade como espécie de inalienáveis e irrenunciáveis.
Obs: sempre tem questões do art. 11 ao 21.

1.6: Nome: art. 16 ao 19.


Nome= prenome+ sobrenome.
Regra: o nome de uma pessoa não pode ser modificado.
Exceções que podem ocorrer modificação ao nome: disposição ao ridículo, erro gráfico,
inclusão em programa de proteção a testemunhas, adoção. Obs geral: as modificações no
nome devem ser feitas mediante autorização judicial, ação de alteração de registros.

Apelido: pseudônimo, cognome, hipocorístico, epíteto.

1.7: Domicílio: arts. 70 ao 78.


a) elementos do domicílio:
1- objetivo: material – ato de fixação da residência.
2- subjetivo: psicológico - ânimo ou intenção de permanecer.

b) espécies de domicílio:
1- domicílio voluntário: domicílio escolhido livremente.
2- domicílio necessário: ou legal, art. 76. (domicílio do incapaz, do preso, do militar,
servidor público, marítimo (local onde o navio está matriculado).
3- Domicílio contratual ou foro de eleição ou especial: art. 78. Escolhido pelas partes em
função de negócio jurídico específico.
Obs: aquele que tem várias residências onde vive com habitualidade e alternadamente tem
por domicílio qualquer um desses locais.
Obs2: aquele que não tem residência fixa, vivendo cada dia em um local diferente, tem por
domicílio o local onde foi encontrado. Art. 71 e 73 – pluralidade domiciliar.
Art. 75: domicílio das pessoas jurídicas.
Art. 77: o diplomata não está no rol dos que tem domicílio necessário.

1.8: Direito à imagem, a intimidade: art. 20 e 21.


Art. 21: expressão necessária.
Intimidade: direito que a pessoa tem de estar só.

1.9: Cessação da personalidade: art. 6º


1.9.1: Comoriência: art. 8º. Presunção relativa de óbitos simultâneos.
Entre comorientes não há transmissão de direitos. Pode ocorrer comoriência entre pessoas
que faleceram em locais diferentes.

1.9.2: Morte presumida:


- Real: ocorre quando tem um atestado de óbito, quando tem o corpo. Comprovada por
atestado de óbito.
- Presumida: segue dois caminhos no sistema civil: sem declaração de ausência (art. 7º
incisos I e II- dois anos...) ou com declaração de ausência (arts. 22 ao 39).
Exemplo: sem declaração de ausência: o padre que voou com balões, um tempo depois ele
sumiu. Presunção: a morte.
1.9.3: Ausência: art. 22 ao 39.
Procedimento de jurisdição voluntária que tem por objetivo declarar a morte de quem
deixou seu domicilio e nunca mais teve noticias.

Curadoria Art. 22 Sucessão provisória Art. 26 Sucessão Definitiva Art. 37


a) Desaparecendo uma a) Decorridos um ou três a)Decorridos 10 anos do
pessoa do seu domicílio a anos da curadoria sem que o trânsito em julgado, da
justiça fará a arrecadação ausente retorne qualquer sentença que inicia a
dos seus bens e nomeará um interessado poderá sucessão provisória, caso o
curador para administrá-los. requerer que se abra ausente não retorne,
b) O cônjuge do ausente provisoriamente a sucessão. qualquer interessado poderá
será preferencialmente A sentença neste caso, só requerer que se abra
curador dos seus bens, produzirá efeitos 180 dias definitivamente a sucessão.
desde que não esteja após a publicação, mas A sentença nessa fase
separado de fato a mais de desde o trânsito em julgado produzirá os seguintes
dois anos antes da poderá ser aberto o efeitos:
declaração de ausência ou testamento e feito a -os herdeiros poderão
judicialmente a qualquer partilha como se o cara levantar as garantias e os
tempo. tivesse morrido. valores capitalizados;
c) Na falta do cônjuge a b) Durante essa fase os - a posse será convertida em
curadoria cairá sobre os herdeiros só terão a posse propriedade, possibilidade
pais ou descendentes do dos bens e não a de alienação;
ausente, nesta ordem. propriedade, logo não podem - o excluído terá direito ao
d) Na falta das pessoas ser alienados, vendidos. Art. bem que anteriormente lhe
anteriores citadas, a 28. foi negado.
escolha caberá ao juiz de c) Os herdeiros necessários
modo subsidiário. poderão entrar na posse dos
e) Durante o 1º ano da bens independente de
curadoria serão publicados garantias e terão direito a
editais de dois em dois totalidade dos frutos
meses chamando o ausente produzidos. Já os herdeiros
para retornar para a posse testamentários deverão dar
dos bens. Art. 1159 a 1169 garantia de restituição dos
do CPC. bens e capitalizar metade
f) A curadoria durará por dos frutos em uma conta
um ano se o ausente não judicial em favor do
tiver deixado procurador, ausente. Art. 30 a 34.
caso contrário irá durar 3 d) Aquele que não tem
anos. condições financeiras de
g) Nessa fase os bens não garantir o bem que lhe cabe
poderão ser alienados, salvo será excluído da posse
por decisão judicial. provisória, mas terá direito
h) O curador dos bens do a metade dos frutos
ausente deve prestar conta produzidos pelo bem que lhe
periodicamente sobre a cabe.
gestão dos bens. e) Esta fase durará 10 anos
i) Caso o ausente retorne contados do trânsito em
nesta fase, terá direito a julgado da sentença que a
todos os bens que deixou inicia.
independente dos motivos f) Caso o ausente retorne e
do seu sumiço. prove que o seu sumiço foi
involuntário, terá direito aos
bens que deixou e aos
valores que estavam
capitalizados em seu favor,
caso contrário, terá de volta
os bens, mas perderá os
valores.

Art. 39: se o ausente retornar após os 10 anos da sucessão definitiva não terá direito a
mais nada.

Art. 38 (importante)

3. Capacidade = discernimento
Art. 1º
Toda pessoa tem capacidade de gozo, mas nem toda pessoa pode exercer (capacidade de
fato). Gozo= titularizar direitos.

Incapacidade: restrição à prática de atos da vida civil.


- total: absolutamente incapaz. É necessário um representante.
Art. 3º:
inciso I: menores de 16 anos – faixa etária.
inciso II: não tem o discernimento necessário. Maiores de 16 anos, mas não tem
discernimento- ação de interdição.
Inciso III: por causa transitória não podem exprimir a vontade (art. 1767)- ação anulatória
de negócio jurídico (art. 166 inciso I).

- parcial: relativamente incapaz. É necessário um assistente.


Art. 4º:
Inciso I: maior de 16 e menores de 18- critério etário.
Inciso II: ébrio habitual, viciados em tóxicos e os de discernimento reduzido.
Inciso III: os excepcionais sem desenvolvimento mental completo.
Inciso IV: pródigos.

3.1: Senectude = velhice = senilidade


A senectude por si só não é causa de incapacidade.

3.2: Capacidade x legitimidade

3.3: Nulidade dos atos dos absolutamente incapazes: (art. 166 inciso I) atos praticados
por absolutamente incapazes são nulos. Sentença de interdição tem natureza declaratória
com efeitos ex tunc – retroativa.

3.4: Anulabilidade dos atos dos relativamente incapazes: (art. 171) tem natureza
declaratória com efeitos ex nunc.

3.5: Limites da interdição do pródigo: art. 1782. Limitada. Só atinge os atos de disposição
patrimonial.
4. Cessação da incapacidade: cessa as causas de capacidade, pela aquisição da maioridade
ou pela emancipação.

4.1: Emancipação: Art. 5º A emancipação consiste na antecipação dos efeitos da


maioridade. Por meio dela permite-se que uma pessoa ainda incapaz em face da idade seja
considerada juridicamente capaz.
Três espécies de emancipação:
1) Voluntária: emancipação promovida pelos pais no exercício do poder familiar. Deve
ser feita por escritura pública e independe de homologação judicial. Obs: esta
emancipação deve ser registrada e não averbada. Art. 9º inciso II. Ela não isenta os
pais da responsabilidade civil.
2) Judicial: feita a requerimento do tutor e decidida por sentença. Obs: também deve
ser registrada. (tutor: menor de 16 anos, substituir o poder familiar; curador: gerir
os bens e cuidar do curatelado, não substitui poder familiar).
3) Tácita ou legal: decorre do preenchimento dos requisitos do artigo 5º inciso II ao
V. Exercício e não posse.
Obs geral: as emancipações tácitas prescindem de registro.

5. Registro x averbação: art. 9º e 10º.


Registro: para atos principais. Averbação: modificações posteriores nos registros já
existentes.

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