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Secretariado Nacional
Resolução
A FNE apresentou propostas concretas e consistentes a serem aplicadas no concurso deste ano
e espera que o seu contributo seja reconhecido e valorizado.
É fundamental que qualquer docente dos quadros possa candidatar-se e ser colocado numa
escola para que manifeste preferência, em resposta a necessidades identificadas pelas escolas
e que essa colocação possa persistir no ano lectivo seguinte se se mantiver a necessidade.
É fundamental que a manifestação de preferências possa ser feita tão cedo quanto possível.
É fundamental garantir que no período de concurso por oferta de escola, este obedeça à
exigência de divulgação pública, no site respectivo, da lista graduada de candidatos, e que no
site da DGRHE se proceda semanalmente à divulgação das colocações entretanto realizadas.
A FNE continua a considerar que o Ministério da Educação comete um erro e uma injustiça ao
não integrar nos quadros os docentes contratados que se revelam essenciais a que o sistema
educativo funcione, preferindo a precariedade e o trabalho mal remunerado.
Na maior parte das escolas, o sentimento de revolta está em crescimento, para além de o
clima inter-pessoal se estar a degradar a níveis inaceitáveis.
Mas importa garantir que o próximo ano lectivo não se inicia com este quadro de avaliação,
impondo-se a rápida abertura de negociações que vise a determinação do novo quadro em
que deve desenvolver-se a avaliação de desempenho dos docentes portugueses.
Aos docentes corretores das provas de exame o ME tem vindo a impor um conjunto de
condições que se revelam de uma completa desconsideração e que merecem o nosso inteiro
repúdio. Primeiro, foi a eliminação da remuneração que lhes estava assegurada pela realização
de uma tarefa extraordinária e que excedia as suas obrigações profissionais correntes. Depois,
foi a imposição de férias interpoladas, para tentar compatibilizar o calendário de exames com
o direito de cada docente a gozar em cada ano, e por inteiro, o período de férias que a lei lhe
atribui. Agora, o Ministério da Educação impõe a realização de um conjunto de sessões de
formação que se realizam ao Sábado, o que significa que, ao contrário do que o Estatuto da
Carreira Docente, ao professor não é respeitado o direito de em cada semana só trabalhar
cinco dias.
A FNE vai intervir no sentido de que esta situação seja substituída e que a realização de serviço
extraordinário, como é este que agora é imposto a cada docente, tenha correspondência na
devida valorização remuneratória.
Anuncia-se agora o encerramento de mais 400 escolas de 1º ciclo e, ao que parece todas as
escolas deste ciclo de escolaridade com menos de 45 alunos serão rapidamente encerradas.
Não se sabe ainda quantas novas fusões de agrupamentos vão ocorrer este ano.
O que a FNE denuncia, sobre esta questão é a total falta de transparência, de coerência e de
consistência na sua operacionalização.
Os critérios que presidem a esta organização são desconhecidos e muito menos conhecidos
são os seus fundamentos científico-pedagógicos.
Não existe qualquer diálogo com os parceiros sociais, desde as organizações sindicais às
famílias.
Não se sabe por quanto tempo mais durará ainda este processo.
São públicas e consistentes as razões de queixa de muitas Autarquias que celebraram com o
Ministério da Educação contratos de execução de transferência de competências na área da
educação. Não só os financiamentos não respeitam as datas da sua concretização, como não
tem sido possível encontrar acordo relativamente aos rácios de trabalhadores de apoio
educativo.
O Instituto Camões acaba de definir um conjunto de orientações que visam definir a rede de
oferta de ensino português no estrangeiro para o próximo ano lectivo.
Estas orientações foram determinadas sem consulta das organizações sindicais, o que
obviamente repudiamos. Não só o consideramos como uma desconsideração pelo legítimo
direito que nos assiste de representarmos os trabalhadores do setor no que diz respeito à
definição das condições do seu exercício profissional, como tal facto nos impede de conhecer
os fundamentos que presidiram à sua elaboração.
Tanto quanto nos conseguimos aperceber, estes critérios visam exclusivamente diminuir o
número de docentes necessários para garantirem a oferta do ensino português no estrangeiro,
o que é conseguido não só através do aumento do número de alunos por turma, mas também
pela redução do número de horas de trabalho com os alunos. Ora, tais medidas têm como
consequência óbvia a diminuição da qualidade da oferta educativa a este nível, o que merece a
nossa completa discordância.
A FNE vai solicitar reunião de urgência com o Instituto Camões para clarificar esta situação.
A imposição do congelamento das progressões em carreira no presente ano está a ter como
consequência que muitos docentes mais tempo de serviço estejam a ser ultrapassados por
outros com menos de tempo de serviço, facto que a FNE já denunciou junto do ME. É o caso
de docentes do índice 245 que têm mais de 5 anos no índice e menos de 6 anos e que se
mantêm no mesmo índice por efeitos do congelamento, enquanto que outros com 4 anos de
tempo de serviço já passaram no final do ano de 2010 para o índice 272.
Por outro lado, há muitos docentes que desse Setembro reúnem condições para mudarem de
escalões para os quais se prevê a limitação de vagas, não estando a ver reconhecido esse seu
direito, por não ter sido ainda publicada a legislação complementar em falta sobre as
condições em que se procede à determinação das referidas vagas.
Mas mais do que aspectos éticos de relacionamento inter-parceiros, este PEC IV revela-se
ainda mais injusto, porque se abate sobre alguns dos mais frágeis da nossa sociedade,
nomeadamente ao congelar os valores das pensões dos aposentados em 2012 e 2013.
Em alguns aspectos, que são para já apresentados de uma forma genérica, este pacote de
medidas revela-se particularmente preocupante. Com efeito, quer no que se refere a
intervenções sobre o sistema educativo, quer sobre as leis laborais, a formulação é de tal
maneira vaga que abre espaço a todo o tipo de soluções.
Declaramos que não aceitamos este PEC na forma e no conteúdo, que interessa clarificar.
Não aceitamos os valores propostos pelo Governo para a redução das compensações por
despedimento para os novos contratos e o seu alargamento aos actuais contratos.