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UNIVERSIDADE UNIRG

PSICOLOGIA 8º PERÍODO

Dennis Martins Adriano

EDUCAÇÃO EM SAÚDE
DESAFIOS PARA UMA PRÁTICA INOVADORA

Gurupi
OUTUBRO, 2019
Entender o processo educacional no mundo contemporâneo é
fundamental para os professores de saúde quando desenvolvem a educação em
saúde, uma vez que, a função educativa compreende a orientação do paciente
e sua família para a conscientização dos indivíduos na manutenção da saúde.
Nessa perspectiva, devemos repensar o processo educacional na
educação em saúde e compreender as mudanças no contexto atual. Precisamos
entender as diferentes concepções pedagógicas e suas implicações no processo
ensino-aprendizagem.
As concepções pedagógicas envolvem três níveis: filosofia da educação,
teoria da educação e prática pedagógica. A filosofia da educação tenta explicitar
a visão de mundo e de homem com o objetivo de compreender o fenômeno
educativo, a teoria da educação é a sistematização do conhecimento abordando
métodos, processos e procedimentos sobre o ato educativo; e a prática
pedagógica é o modo como é organizado o ato educativo. Referendado esse
autor, “concepções pedagógicas são diferentes maneiras pelas quais a
educação é compreendida, teorizada e praticada.
Quando chegam a uma instituição de saúde, os usuários não são
“tábuas rasas vazias”; eles já têm ideias e crenças fortemente estabelecidas. As
crenças são proposições, premissas que as pessoas mantêm sobre o que
consideram verdadeiro e desempenham duas funções no processo de aprender
a ensinar.
Outro fator importante no exercício da educação em saúde é o conteúdo
da orientação, porque a forma como conhecemos determinada área do
conhecimento afeta a forma como a ensinamos.
Considera-se que a aprendizagem é significativa quando uma nova
informação adquire significados para o aprendiz através de uma ancoragem em
aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente no indivíduo.

Na concepção tradicional, o educador é o centro do processo educacional;


ele organiza e controla todas as ações e expõe os conteúdos pragmáticos.
A concepção comportamentalista tem como premissa que o homem é
produto do meio ambiente, e, como o meio pode ser controlado e manipulado,
consequentemente, também o processo educacional é visualizado dessa forma.
Na concepção humanista a ênfase se da nas relações interpessoais;
portanto, cabe ao professor ser o facilitador da aprendizagem, procurando
compreender as necessidades e expectativas dos alunos, identificando o que é
mais significativo para eles.
Na cognitivista, a preocupação é com as formas pelas quais os alunos
lidam com os estímulos ambientais, organizam dados, sentem e resolvem
problemas, adquirem conceitos e empregam símbolos.
Na concepção sociocultural o homem é o sujeito da educação, situado no
tempo e no espaço, inserido num contexto social, econômico, cultural e político:
é homem contextualizado.
Na concepção histórico-crítica a educação é entendida como mediação
da prática social, portanto, a prática social é o ponto de partida e o ponto de
chegada da prática educativa.
O autor acrescenta que a aprendizagem significativa tem de ser crítica,
uma vez que ainda se ensinam “verdades”, “respostas certas”; ou seja,
transmite-se o conhecimento sem estimula o questionamento.
Na fase de mobilização do conhecimento devem ser propostas atividades
que possibilitem ao usuário o primeiro contato com o tema que agucem sua
curiosidade e mobilização.
Na fase de construção do conhecimento devem ser propostas atividades
para possibilitar ao usuário o início da sua construção sob o tema.
Na fase de síntese do conhecimento a intenção é de permitir que o usuário
resgate e a síntese do que foi apreendido nas fases anteriores.
As situações problemas caracterizam-se por recortes de um domínio
complexo, cuja realização implica mobilizar recursos, tomar decisões e ativar
esquemas. São fragmentos relacionados com nosso trabalho, nossa interação
com as pessoas, nossa realização de tarefas, nossos enfrentamentos de
conflitos.
A situação problema caracteriza-se por um contexto de reflexão, que
exige posicionamento, enfrentamento de uma situação, mobilização de recursos
nos limites de espaço, do tempo e dos objetivos disponíveis para realização das
tarefas que desafiam a superação de obstáculos, a pensar em um outro plano
ou nível além do proposto.
Ao ser adotada a estratégia da situação problema, vislumbra-se uma
aproximação dos sujeitos com sua realidade, para que possam refletir e retornar
a ela com intenção de transforma-la num processo de ação, reflexão-ação.
A estratégia da situação problema contempla as categorias dialética, já
citadas anteriormente, no processo de construção do conhecimento quando
estimula ou amplia a significação dos elementos apreendidos em relação à
realidade.
A educação que se desenvolve na era contemporânea tem sua base e
princípios filosóficos regidos pelo momento histórico vivenciado pela sociedade.
A educação, enquanto processo histórico, evolui à medida que a sociedade
evolui, num movimento dinâmico e flexível que possibilita ao ser humano, em
âmbito individual e coletivo, desenvolver suas potencialidades, exercitar suas
habilidades e recriar suas competências na intenção de alcançar autonomia e
tomar decisões de acordo com o objetivo.
REFERENCIAS

Leite MMJ, Prado C, Peres HHC. Educação em Saúde: Desafios para uma prática
inovadora. 1 ed. São Caetano do Sul, SP: Difusão editora; 2010.

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