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Livro Eletrônico

Aula 00

Psicologia p/ TJ-PI (Analista - Psicólogo)


Professor: Alyson Barros

Aula Demonstrativa
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!! Aula 00

Curso de Psicologia
para o TJ PI
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RESOLUÇÃO CFP N˚ 01/2009 19
RESOLUÇÃO CFP N˚ 018/2002 21
RESOLUÇÃO CFP N° 001/1999 22
RESOLUÇÃO CFP N˚ 17/2012 23
RESOLUÇÃO CFP N˚ 008/2010 24
(8∗.#)∗+<#!∋(!8∗1∋#%!(!#17)#%!∋#∀13(∃7#%! −;!
INFORME PSICOLÓGICO 28
ESTUDO DE CASO 28
A RESOLUÇÃO CFP Nº 007/2003 29
DOCUMENTOS PSICOLÓGICOS E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 40
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Considerações Iniciais
Meus queridos, é com muita felicidade que lançamos mais um curso
de psicologia para um grande concurso, novamente objetivando os primeiros
lugares. Meu nome é Alyson Barros e você está lendo a nossa Aula
Demonstrativa do Estratégia Concursos. Trabalharemos juntos para o Tribunal
de Justiça do Piauí. O Edital foi publicado na semana passada e as inscrições
nem estão abertas ainda.

Sobre o Professor
Eu sou Alyson Barros, um professor de coração, apaixonado pela
educação efetiva para concursos. Já fui professor universitário, trabalhei na área
clínica e organizacional durante muuuuito tempo. Sou formado pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, tenho especializações (3), mestrado (1), capítulos
de livro, etc. Sou Analista do Planejamento e Orçamento e estou lotado no
Ministério do Planejamento e Orçamento. Enfim, falei a parte pouco relevante do
meu currículo. Vamos ao que interessa!
Trabalho no Estratégia Concursos praticamente desde a sua
fundação. Desde 2011 dou aulas para concursos na área de psicologia. A
experiência que tenho é antecedida pelos resultados excelentes. Veja o meu site:
www.psicologianova.com.br para conferir os resultados, aproveite e entre no
nosso canal no Youtube: https://www.youtube.com/psicologianova. Lá você
confere diversas entrevistas com alunos aprovados, correção de provas e dicas.
Trabalho também com coaching para concursos de psicologia (e outras áreas) há
alguns anos. Em função disso, esforço-me ao limite para trazer sempre a
informação certa no momento certo para a sua preparação.
Apesar de trabalhar sempre da forma mais objetiva e didática possível,
tenho a plena consciência que meu trabalho apenas fica completo quando você
me representa bem na prova. Assim, tenha a convicção que teremos o melhor
curso do mercado para o melhor aluno! Não medirei esforços para ver no nosso
material as 40 questões de psicologia e, quem sabe, até os estudos de caso.

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Sobre o nosso curso


O curso constará de 10 aulas escritas (1 demonstrativa e 9 em seguida)
com o material mais atualizado do mercado!

Informações Sobre o seu Concurso


O edital e as inscrições podem ser acessados no endereço:
www.fgv.br/fgvprojetos/concursos/tjpi. São 3 vagas para a área de psicologia (1
reservada para negros). A remuneração é de R$ 6.518,71 e a banca, como já
sabemos, é a Fundação Getúlio Vargas.
As inscrições ocorrerão do dia 2 até o dia 27 de outubro. NÃO teremos
prova discursiva e a prova objetiva será aplicada no dia 20 de dezembro!
Os conteúdos cobrados na área de psicologia são os seguintes:
PSICOLOGIA
Aspectos Gerais – Avaliação psicológica: conceito, métodos, fundamentos,
medidas, instrumentos e procedimentos de avaliação, competências do
avaliador. Elaboração de informes psicológicos (de acordo com legislação em
vigor no Conselho Federal de Psicologia). Ética profissional. Resoluções do
Conselho Federal de Psicologia no 001/1999, 018/2002, 007/2003, 10/2005,
01/2009, 008/2010, 017/2012. Psicologia jurídica – Aspectos históricos, éticos e
interdisciplinares. A execução penal a as funções atribuídas aos psicólogos.
Perícias psicológicas no contexto jurídico. O Estatuto da Criança e do
Adolescente e a proteção integral à infância e à juventude. Crianças e
adolescentes em situação de acolhimento institucional. Adolescentes em conflito
com a lei e as medidas socioeducativas. A Psicologia junto ao Direito de Família.
Novas demandas ao Poder Judiciário: guarda compartilhada, depoimento
especial, alienação parental, mediação familiar, Justiça restaurativa. A lei de
proteção da pessoa portadora de transtorno mental. O Estatuto do Idoso:
disposições preliminares, dos direitos fundamentais, das medidas de proteção.
Adoção: aspectos psicológicos, jurídicos e sociais. Violência intrafamiliar: conceito,
diagnóstico e intervenção. Regulamentação do Conselho Federal de Psicologia
sobre a atuação do psicólogo em interface com a Justiça. Psicologia Clínica –
Psicodiagnóstico: fundamentos, identificação e delimitação do problema,
recursos. Entrevista clínica: modalidades e objetivos, responsabilidades e
competências do entrevistador. Grupo social e familiar: influência da família e da
sociedade no desenvolvimento da personalidade. Desenvolvimento humano:
fases, influências. Teorias e técnicas psicoterápicas: conceitos básicos. O papel

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do psicólogo em equipe multidisciplinar. Psicopatologia: aspectos gerais;


classificação (CID-10), avaliação do paciente e funções psíquicas; natureza e
psicodinâmica dos transtornos mentais e comportamentais; os mecanismos de
defesa.

Vejamos como isso fica no nosso calendário:


ÁREA DE APOIO ESPECIALIZADO – CARREIRA DE PSICÓLOGO:

Aula Conteúdos Data da


Aula

00 Elaboração de informes psicológicos (de acordo com 03/02


legislação em vigor no Conselho Federal de
Psicologia).
Ética profissional. Resoluções do Conselho Federal de
Psicologia nº 001/1999, 018/2002, 007/2003, 10/2005,
01/2009, 008/2010, 017/2012.

01 Avaliação psicológica: conceito, métodos, 6/10


fundamentos, medidas, instrumentos e procedimentos
de avaliação, competências do avaliador.
Psicodiagnóstico: fundamentos, identificação e
delimitação do problema, recursos. Entrevista clínica:
modalidades e objetivos, responsabilidades e
competências do entrevistador.

02 Grupo social e familiar: influência da família e da 13/10


sociedade no desenvolvimento da personalidade.
Desenvolvimento humano: fases, influências.

03 Teorias e técnicas psicoterápicas: conceitos básicos. 20/10


O papel do psicólogo em equipe multidisciplinar.

04 Psicopatologia: aspectos gerais; classificação (CID-10), 27/10


avaliação do paciente e funções psíquicas; natureza e
psicodinâmica dos transtornos mentais e
comportamentais; os mecanismos de defesa.

05 Aspectos históricos, éticos e interdisciplinares. 3/11


A execução penal a as funções atribuídas aos
psicólogos.
Perícias psicológicas no contexto jurídico.

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06 O Estatuto da Criança e do Adolescente e a proteção 10/11


integral à infância e à juventude.
Crianças e adolescentes em situação de acolhimento
institucional.
Adolescentes em conflito com a lei e as medidas
socioeducativas.

07 A Psicologia junto ao Direito de Família. 17/11


Novas demandas ao Poder Judiciário: guarda
compartilhada, depoimento especial, alienação
parental, mediação familiar, Justiça restaurativa.
Adoção: aspectos psicológicos, jurídicos e sociais.

08 A lei de proteção da pessoa portadora de transtorno 24/11


mental.
O Estatuto do Idoso: disposições preliminares, dos
direitos fundamentais, das medidas de proteção.

09 Violência intrafamiliar: conceito, diagnóstico e 1/12


intervenção.
Regulamentação do Conselho Federal de Psicologia
sobre a atuação do psicólogo em interface com a
Justiça.

Vamos começar a nossa aula?

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Código de Ética do Psicólogo


Vamos ao Código de Ética dos Psicólogos. Recomendo várias leituras
atenciosas e muito marcador de texto. Esse tópico está presente em quase 100%
dos concursos de psicologia.
O que a FGV gosta desse tema? Da literalidade do Código em si. Você
verá em nossa vídeo aula um calhamaço de questões onde repito isso
incessantemente. Porém, a FGV elaborou algumas questões recentes que não
partem da nossa Resolução n˚ 10 de 2005, mas do bom senso. Isso ocorre
quando trata de abuso de poder, etc. Uma leitura atenta do que veremos a seguir
é suficiente para criar esse bom senso da banca que precisamos. =]
Sublinharei os pontos principais do texto e colocarei minhas anotações
em vermelho.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO (Resolução CFP n° 10/2005)


Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca
atender demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela
existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada
profissional com seus pares e com a sociedade como um todo.
Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados
quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela
sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da
sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e
suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código
de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a
de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas
desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social
daquela categoria.
O código de ética prevê todas as situações em que deverá ser
aplicado? Não. Por isso constitui-se como princípios que
fundamentarão a conduta profissional.
Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de
sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-
se em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano
e seus direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais
como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-
culturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma
profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de
normas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões transformam-

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se e isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética
que nos orienta.
Dois pontos importantes: todo código de ética é determinado
historicamente e o nosso foi influenciado pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo
no Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país
e ao estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e
profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade,
sentida pela categoria e suas entidades representativas, de atender à evolução
do contexto institucional-legal do país, marcadamente a partir da promulgação
da denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela
decorrentes.
Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi
construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão,
suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. O
processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação
direta dos psicólogos e aberto à sociedade.
Ô drama do CFP, essa é dispensável.
Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais
de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem
seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:
Eis a lista dos pressupostos que nortearam a construção do nosso
código de ética que todo candidato deve saber.
a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem
orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades
profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas
demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.
b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções
relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que
estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou
beneficiários dos seus serviços.
c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a
crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes
multiprofissionais.
d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não
em suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se
restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a
expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade
as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua
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formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o


fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.
Vou destacar as utopias os objetivos:
a) delinear para a sociedade as responsabilidades e
deveres do psicólogo
b) oferecer diretrizes para a sua formação
c) balizar os julgamentos das suas ações
d) contribuir para o fortalecimento e ampliação do
significado social da profissão

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores
que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das
pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Atente para a expressão “contribuirá para a eliminação”.
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e
historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo
aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia
como campo científico de conhecimento e de prática.
V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da
população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços
e aos padrões éticos da profissão.
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
Aqui não tem escolha, em situações que o psicólogo presencie a
degradação da psicologia, deve agir obrigatoriamente.
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e
os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais,
posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios
deste Código.
Uma dica: decore o VII. Cai na literalidade na maioria das bancas
em que trabalhei,

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DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO


Agora começa a parte boa!
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;
b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as
quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho
dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios,
conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência
psicológica, na ética e na legislação profissional;
A legislação profissional inclui não só a elaborada para os
profissionais de psicologia como a existente para o contexto de
trabalho do psicólogo (Exemplo, Código de Ética do Poder
Executivo para psicólogos servidores do poder executivo).
d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de
emergência, sem visar benefício pessoal;
O que isso realmente significa na prática? Significa que o
psicólogo deve se apresentar para o trabalho em situações de
calamidade pública ou de emergência, mesmo que seja sem
remuneração. Esse preceito está de acordo com o humanismo da
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos
do usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;
Nada de preços ou condições exorbitantes.
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,
informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
profissional;
Esse “a quem de direito” é o usuário do serviço e/ou seu
responsável.
g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de
serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a
tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a
partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que
solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;
i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda
e forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas
conforme os princípios deste Código;

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j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais,


respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com
estes, salvo impedimento por motivo relevante;
k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos
justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os
assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações
necessárias à continuidade do trabalho;
l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou
irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código
ou da legislação profissional.

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:


O Artigo 1° e o 2° devem ser relidos até a exaustão. Apesar de
parecerem longos, são de “bom senso” da prática profissional e
fáceis de serem identificados em qualquer prova.
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas,
de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do
exercício de suas funções profissionais;
c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas
psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência;
d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou
favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer
outra atividade profissional;
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou
contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
profissionais;
f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de
atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não
estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica;
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas
psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;
i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha
vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos
objetivos do serviço prestado;
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k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos


pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade
do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;
l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício
próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual
mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo
que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas;
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;
o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens
outras de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como
intermediar transações financeiras;
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de
serviços;
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados
de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor
pessoas, grupos ou organizações.
Mas Alyson, não podemos realizar diagnóstico? Isso é culpa do tal
do Ato Médico? Não. Veja bem, não podemos realizar diagnóstico
que exponha pessoas, grupos ou organizações.

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma


organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas
nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código.
Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a
prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:


a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as
condições do usuário ou beneficiário;
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o
comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser
realizado;
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do
valor acordado.

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que:


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a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;


b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários
dos serviços atingidos pela mesma.

Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:


a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados
demandas que extrapolem seu campo de atuação;
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,
assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que


estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
Olho no lance! Essas 4 condições são vitais para o seu concurso!
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;
Não é a pedido do paciente se o serviço ainda estiver em curso.
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,
quando dará imediata ciência ao profissional;
Ocorre a intervenção, mas o psicólogo que intervir deve dar
imediata ciência ao profissional anterior de sua atuação. Sendo
assim, ele não pede autorização, mas comunica a atuação.
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da
interrupção voluntária e definitiva do serviço;
Quando informado pelo paciente ou por psicólogo anterior que o
vínculo de atendimento não existe mais.
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte
da metodologia adotada.

Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou


interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus
responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:
Ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento
de criança, adolescente ou interdito. Isso não significa que seja
necessariamente um dos pais. Pode ser a avó ou, como expresso
no parágrafo seguinte, o Juiz da Infância e Adolescência, por
exemplo.

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§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá


ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;
§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem
necessários para garantir a proteção integral do atendido.

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por


meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a
que tenha acesso no exercício profissional.

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências


decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais
deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá
decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o
psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.

Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar


informações, considerando o previsto neste Código.
E comunicará apenas o necessário.

Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe


multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para
o cumprimento dos objetivos do trabalho.
Novamente, comunicará apenas o necessário.

Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser


comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem
medidas em seu benefício.
Novamente, comunicará apenas o necessário.

Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática


psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional
vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer


motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

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§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar


todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior
utilização pelo psicólogo substituto.
§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo
responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a
destinação dos arquivos confidenciais.

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas


para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:
a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela
divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,
organizações e comunidades envolvidas;
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante
consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em
legislação específica e respeitando os princípios deste Código; [desconheço
legislação que preveja essas exceções].
c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo
interesse manifesto destes;
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados
das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o
desejarem.

Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar,


orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas
neste Código.

Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a


leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício
ilegal da profissão.

Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação,


zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito
das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer


meios, individual ou coletivamente:
a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;

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b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que


possua;
c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a
técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela
profissão;
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;
e) Não fará previsão taxativa de resultados;
f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;
g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras
categorias profissionais;
h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração


disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos
legais ou regimentais:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad
referendum do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal
de Psicologia.

Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão


resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.

Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência


quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.

Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de


Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais
de Psicologia.

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Leu todo o nosso código de ética? Leia de novo. O que tenho para te falar
não é animador: decore o código de ética. Você precisa saber das definições aqui
utilizadas. O código é pequeno, mesmo assim, devo fazer algumas considerações
esquematizadas para você não mais esquecer.
Pontos Principais

∋ΒΧΒ∆ΒΕ!0ΦΓΗΙϑΒΓΚΙΛΕ!
∃  %&∋()!∗(+∋,−.!+∋/!0!1(2(1,&(3.4!1.5!+∋(−,3(3/!/!6/7∋,∗3.!2),∗182,.6!
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∃  %&∋()!/5!6,&∋(;</6!3/!1(−(5,3(3/!2=>−,1(!
∃  ?.)∗/1/)!,∗9.)5(;</6!≅&)(∗65,&,∗3.!6.5/∗&/!.!+∋/!9.)!∗/1/66Α),.!2()(!(!
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∃  ∆∗1(5,∗Ε()!+∋(∗3.!∗/1/66Α),.!
∃  Φ/2)/6/∗&()!1.∗&)(!/Γ/)181,.!,−/7(−!.∋!,))/7∋−()!3(!2).Β,66Η.4!
&)(∗67)/66</6!(!2),∗182,.6!/!3,)/&),Ι/6!3/6&/!ϑΚ3,7.!.∋!3(!−/7,6−(;Η.!
2).Β,66,.∗(−Λ!
ΜΒΗΙΝΟΒΕ!
∃  Μ)(&,1()!(&.6!+∋/!1()(1&/),Ι/5!∗/7−,7Ν∗1,(4!3,61),5,∗(;Η.4!/Γ2−.)(;Η.4!
Ο,.−Ν∗1,(4!1)∋/−3(3/!.∋!.2)/66Η.:!
∃  Π∗3∋Ι,)!(!1.∗Ο,1;</6!2.−8&,1(64!Β,−.6ΚΒ,1(64!5.)(,64!,3/.−Κ7,1(64!)/−,7,.6(64!3/!
.),/∗&(;Η.!6/Γ∋(−!.∋!(!+∋(−+∋/)!&,2.!3/!2)/1.∗1/,&.4!+∋(∗3.!3.!/Γ/)181,.!
3/!6∋(6!9∋∗;</6!2).Β,66,.∗(,6:!Π∗3∋Ι,)!+∋(−+∋/)!2/66.(!.∋!.)7(∗,Ι(;Η.!(!
)/1.))/)!(!6/∋6!6/)Ο,;.6:!!
∃  Θ/)!1=52−,1/!3.!/Γ/)181,.!,−/7(−!3(!2).Β,66Η.!/!3/!26,1Κ−.7.6!1.5!2)Α&,1(6!
∗Η.!)/1.∗Ε/1,3(6:!!
∃  ∆5,&,)!3.1∋5/∗&.6!6/5!9∋∗3(5/∗&(;Η.!/!+∋(−,3(3/!&01∗,1.!1,/∗&8Β,1(!.∋!
,∗&/)9/),)!∗(!Ο(−,3(3/!/!Β,3/3,7∗,3(3/!3/!,∗6&)∋5/∗&.6!/!&01∗,1(6!
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∃  ∆6&(>/−/1/)!Ο8∗1∋−.6!+∋/!2)/Ρ∋3,+∋/5!(!+∋(−,3(3/!3.!&)(>(−Ε.!≅6/Ρ(!∗.!
(&/∗3,5/∗&.!.∋!∗(!(Ο(−,(;Η.Χ!.∋!Ο,6()!>/∗/Β81,.!2)Κ2),.Λ!!

“Visar benefício próprio”. Quando a questão vier referindo-se ao nosso


código, observe se a situação apresentada sustenta algum caso que vise
benefício próprio (prolongamento das sessões, empréstimos pessoais, estipular o
preço após o início dos trabalhos, porcentagem recebida por encaminhamento,
etc.). Caso isso ocorra, ficará fácil identificar o erro inferido.
Para garantir que o psicólogo vá seguir os preceitos éticos explicitados, a
garantia que o próprio Código Oferece é a capacidade que nós temos de
recusar-nos a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão
competente.
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Além disso, podemos intervir no trabalho de outros profissionais nas


seguintes situações:
(Χ A pedido do outro profissional responsável pelo serviço;
>Χ Em caso de emergência ou risco ao beneficiário;
1Χ Quando o trabalho do outro profissional estiver encerrado;
3Χ Quando for a metodologia adotada.
Outro ponto importante é que, no atendimento de crianças, adolescentes
ou interditos, ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento. De
que forma ocorre essa autorização? Bom, a legislação vigente não fala nada
específico sobre isso, e, como você deve saber, a autorização verbal acaba sendo
suficiente.
O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo apenas na situação em
que busque o menor prejuízo. E, mesmo assim, deverá apenas prestar as
informações estritamente necessárias (isso vale para a quase totalidade dos
processos de comunicação oficiais do psicólogo).
O que fazer com os arquivos confidenciais? Essa é fácil, atente para os
dois casos: em caso de demissão ou exoneração do psicólogo, seu material deve
ser passado para quem o vier a substituir ou deve lacrar o material para posterior
utilização; em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo informará a
extinção ao Conselho Regional de Psicologia, que ficará responsável pela
destinação do material.
Na hora de fazer propaganda, o psicólogo deve informar seu nome
completo, número de registro e CRP. Além disso:
a) Poderá divulgar qualificação profissional e qualificações,
atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam
reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;
b) Não poderá divulgar o preço, divulgar expectativa de resultados
(de forma taxativa), se promover em detrimento de outros
profissionais e nem fará sensacionalismo sobre sua atividade
profissional.
E, por fim, a lista das penalidades aplicadas:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad
referendum do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.

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Observe que o código de ética não estipula os casos em que as


penalidades são aplicáveis. Isso ocorre por meio de outras legislações, julgados,
posicionamentos e pelo julgamento através de comissão de ética para cada caso
apresentado.

Resoluções CFP
Centenas de dezenas de Resoluções do CFP, como estudar todas? Aqui
entra a experiência, vamos enfocar as mais pedidas nos editais pelas bancas. A
nossa banca não tem tradição em cobrar esse tópico e nem em especificar quais
quer. Por isso, todas as mais relevantes nos interessarão. Felizmente são poucas
na história do CFP que possuem chance real de cobrança em qualquer concurso.
Mas Alyson, tenho de ler todas? Não, apenas as da aula de hoje e, ainda
assim, se quiser passar no seu concurso. Se não quiser não tem problema, pode
pular. Brincadeiras a parte, resumi e destaquei os pontos mais importantes, pois
além de serem resoluções específicas para determinados contextos, nos
oferecem definições primorosas para nosso concurso.
Mas, lembre-se, você tem de gabaritar TODAS as questões de psicologia
do TJ-PI.
Eis as principais:
a) Resolução n°010/2005 – Código de Ética Profissional do Psicólogo
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo_etica.pdf
b) Resolução n° 007/2003 - Manual de Elaboração de Documentos Escritos
http://site.cfp.org.br/resolucoes/resolucao-n-7-2003/
c) Resolução n° 018/2002 - Normas de atuação para os psicólogos em relação
a preconceito e discriminação racial
http://site.cfp.org.br/resolucoes/resolucao-n-18-2002/
d) Resolução n° 001/1999 – Normas de atuação para os psicólogos em relação
à questão da orientação sexual http://site.cfp.org.br/resolucoes/resolucao-n-
1-1999/
e) Resolução CFP n˚ 18/2008 - Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na
avaliação psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo.
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/12/resolucao2008_18.pdf
f) Resolução CFP n˚ 07/2009 - Institui normas e procedimentos para a
avaliação psicológica no contexto do Trânsito. http://site.cfp.org.br/wp-

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content/uploads/2013/09/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-007-09-anexo-II-
alterado-pela-Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-9_11.pdf
g) Resolução CFP n˚ 008/2010 - Dispõe sobre a atuação do psicólogo como
perito e assistente técnico no Poder Judiciário. http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2010/07/resolucao2010_008.pdf
h) Resolução CFP n˚ 005/2012 - Altera a Resolução CFP n˚ 002/2003, que
define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes
psicológicos. http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2012/03/Resolucao_CFP_005_12_1.pdf
i) Resolução CFP n˚ 02/2001 - Institui o título profissional de especialista em
psicologia e o respectivo registro nos Conselhos Regionais.
0
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2006/01/resolucao2001_2.pdf
j) Resolução n˚ 011/2012 - Regulamenta os serviços psicológicos realizados
por meios tecnológicos de comunicação a distância, o atendimento
psicoterapêutico em caráter experimental. http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2012/07/Resoluxo_CFP_nx_011-12.pdf

Descartarei, por motivos óbvios, as que não cairão no TJ-PI e apresentarei


a partir de agora cada uma das resoluções do nosso edital e seus pontos
principais.

Resolução CFP n˚ 01/2009


Objetivo: Dispõe sobre a obrigatoriedade do registro documental decorrente da
prestação de serviços psicológicos.
Pontos Principais:
Art. 1o. Tornar obrigatório o registro documental sobre a prestação de serviços
psicológicos que não puder ser mantido prioritariamente sob a forma de
prontuário psicológico, por razões que envolvam a restrição do
compartilhamento de informações com o usuário e/ou beneficiário do serviço
prestado.
§ 1°. O registro documental em papel ou informatizado tem caráter sigiloso e
constitui-se de um conjunto de informações que tem por objetivo contemplar de
forma sucinta o trabalho prestado, a descrição e a evolução da atividade e os
procedimentos técnico-científicos adotados.
§ 2o. Deve ser mantido permanentemente atualizado e organizado pelo
psicólogo que acompanha o procedimento.
Art. 2°. Os documentos agrupados nos registros do trabalho realizado devem
contemplar:

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I – identificação do usuário/instituição;
II – avaliação de demanda e definição de objetivos do trabalho;
III – registro da evolução do trabalho, de modo a permitir o conhecimento do
mesmo e seu acompanhamento, bem como os procedimentos técnico-
científicos adotados;
IV – registro de Encaminhamento ou Encerramento;
V – documentos resultantes da aplicação de instrumentos de avaliação
psicológica deverão ser arquivados em pasta de acesso exclusivo do psicólogo.
VI – cópias de outros documentos produzidos pelo psicólogo para o
usuário/instituição do serviço de psicologia prestado, deverão ser arquivadas,
além do registro da data de emissão, finalidade e destinatário”.
Art. 3°. Em caso de serviço psicológico prestado em serviços-escola e campos de
estágio, o registro deve contemplar a identificação e a assinatura do responsável
técnico/supervisor que responderá pelo serviço prestado, bem como do
estagiário. Parágrafo único. O supervisor técnico deve solicitar do estagiário
registro de todas as atividades e acontecimentos que ocorrerem com os usuários
do serviço psicológico prestado.
Art. 4°. A guarda do registro documental é de responsabilidade do psicólogo e/ou
da instituição em que ocorreu o serviço.
§ 1.° O período de guarda deve ser de no mínimo 05 anos, podendo ser ampliado
nos casos previstos em lei, por determinação judicial, ou ainda em casos
específicos em que seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo.
§ 2o. O registro documental deve ser mantido em local que garanta sigilo e
privacidade e mantenha-se à disposição dos Conselhos de Psicologia para
orientação e fiscalização, de modo que sirva como meio de prova idônea para
instruir processos disciplinares e à defesa legal.
CAPÍTULO II
DOS PRONTUÁRIOS
Art. 5o. Na hipótese de o registro documental de que trata o art. 1o desta
Resolução ser realizado na forma de prontuário, o seguinte deve ser observado:
I – as informações a ser registradas pelo psicólogo são as previstas nos incisos I a
V do art. 2o desta Resolução;
II – fica garantido ao usuário ou representante legal o acesso integral às
informações registradas, pelo psicólogo, em seu prontuário;
III – para atendimento em grupo não eventual, o psicólogo deve manter, além
dos registros dos atendimentos, a documentação individual referente a cada
usuário;
IV – a guarda dos registros de atendimento individual ou de grupo é de
responsabilidade do profissional psicólogo ou responsável técnico e obedece ao
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disposto no Código de Ética Profissional e à Resolução CFP no 07/2003, que


institui o Manual de Documentos Escritos, produzidos pelo psicólogo, decorrente
de avaliação psicológica.
Art. 6º. Quando em serviço multiprofissional, o registro deve ser realizado em
prontuário único.
Parágrafo único. Devem ser registradas apenas as informações necessárias ao
cumprimento dos objetivos do trabalho.

Resolução CFP n˚ 018/2002


Objetivo: Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação ao
preconceito e à discriminação racial.
Pontos Principais:
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde se lê:
“todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade humana” e a “Declaração
de Durban”, adotada em 8 de setembro de 2001, que reafirma o princípio de
igualdade e de não discriminação;
CONSIDERANDO a Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação Racial;
CONSIDERANDO que o racismo é crime inafiançável e imprescritível conforme o
art. 5˚, XLII da Constituição Federal de 1988;
CONSIDERANDO os dispositivos da lei 7.716, de 1989, que define os crimes
resultantes de preconceito de raça ou de cor;
CONSIDERANDO os artigos VI e VII dos Princípios Fundamentais do Código de
Ética Profissional dos Psicólogos:
“Art. VI – O Psicólogo colaborará na criação de condições que visem a
eliminar a opressão e a marginalização do ser humano.
Art. VII – O Psicólogo, no exercício de sua profissão, completará a definição
de suas responsabilidades, direitos e deveres de acordo com os princípios
estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em
10/12/1948 pela Assembléia Geral das Nações Unidas;”
CONSIDERANDO que o preconceito racial humilha e a humilhação social faz
sofrer;
Art. 1˚ - Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão
contribuindo com o seu conhecimento para uma reflexão sobre o preconceito e
para a eliminação do racismo.
Art. 2˚ - Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a
discriminação ou preconceito de raça ou etnia.
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Art. 3˚ - Os psicólogos, no exercício profissional, não serão coniventes e nem se


omitirão perante o crime do racismo.
Art. 4˚ - Os psicólogos não se utilizarão de instrumentos ou técnicas psicológicas
para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou
discriminação racial.
Art. 5˚ - Os psicólogos não colaborarão com eventos ou serviços que sejam de
natureza discriminatória ou contribuam para o desenvolvimento de culturas
institucionais discriminatórias.
Art. 6˚ - Os psicólogos não se pronunciarão nem participarão de
pronunciamentos públicos nos meios de comunicação de massa de modo a
reforçar o preconceito racial.

Resolução CFP n° 001/1999


Objetivo: Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à
questão da Orientação Sexual.
Pontos Principais:
CONSIDERANDO que a homossexualidade não constitui CONSIDERANDO que
há, na sociedade, uma inquietação em torno de práticas sexuais desviantes da
norma estabelecida sócio-culturalmente;
CONSIDERANDO que a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento
para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindoa superação
de preconceitos e discriminações;
Art. 1° - Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão
notadamente aqueles que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-
estar das pessoas e da humanidade
Art. 2° - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma
reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e
estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas
homoeróticas.
Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização
de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva
tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que
proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° - Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de
pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a
reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como
portadores de qualquer desordem psíquica. publicação.

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Resolução CFP n˚ 17/2012


Objetivo: Dispõe sobre a atuação do psicólogo como Perito nos diversos
contextos.
Pontos Principais:
Art.1o – A atuação do psicólogo como perito consiste em uma avaliação
direcionada a responder demandas específicas, originada no contexto pericial.
Art.2o – O Psicólogo Perito deve evitar qualquer tipo de interferência durante a
avaliação que possa prejudicar o princípio da autonomia teórico-técnica e ético-
profissional, e que possa constranger o periciando durante o atendimento.
Art.3o – Conforme a especificidade de cada situação, o trabalho pericial poderá
contemplar observações, entrevistas, visitas domiciliares e institucionais,
aplicação de testes psicológicos, utilização de recursos lúdicos e outros
instrumentos, métodos e técnicas reconhecidas pela ciência psicológica,
garantindo como princípio fundamental o bem-estar de todos os sujeitos
envolvidos.
Art. 4o – O periciado deve ser informado acerca dos motivos, das técnicas
utilizadas, datas e local da avaliação pericial psicológica.
Parágrafo único: Quando a pessoa atendida for criança, adolescente ou interdito,
é necessária a apresentação de consentimento formal a ser dado por pelo menos
um dos responsáveis legais.
Art. 5o – O psicólogo perito poderá atuar em equipe multiprofissional desde que
preserve sua especificidade e limite de intervenção, não se subordinando técnica
e profissionalmente a outras áreas.
Parágrafo único: A relação entre os profissionais envolvidos no contexto da
perícia deve se pautar no respeito e colaboração, cada qual exercendo suas
competências, respeitadas as atribuições privativas de cada categoria
profissional.
Art. 6o – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos,
compartilhará somente informações relevantes para qualificar os serviços
prestados, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.
Art. 7o – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática
psicológica obedecerá às normas do Código de Ética do psicólogo e à legislação
profissional vigente.
CAPÍTULO II
PRODUÇÃO A ANÁLISE DE DOCUMENTOS
Art. 8o – Em seu parecer, o psicólogo perito apresentará indicativos pertinentes à
sua investigação que possam diretamente subsidiar a decisão da Administração
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Pública, de entidade de natureza privada ou de pessoa natural na solicitação


realizada, reconhecendo os limites legais de sua atuação profissional.
Art. 9o – A recusa do periciado ou de seu dependente em submeter-se às
avaliações para fins de perícia psicológica deve ser registrada devidamente nos
meios adequados.
Art.10 – A devolutiva do processo de avaliação deve direcionar-se para os
resultados dos instrumentos e técnicas utilizados.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 11 – A não observância da presente norma constitui falta ético-disciplinar,
passível de capitulação nos dispositivos referentes ao exercício profissional do
Código de Ética Profissional do Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam
ser arguidos.

Resolução CFP n˚ 008/2010


Objetivo: Dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico
no Poder Judiciário.
Pontos Principais:
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecimento de parâmetros e diretrizes
que delimitem o trabalho cooperativo para exercício profissional de qualidade,
especificamente no que diz respeito à interação profissional entre os psicólogos
que atuam como peritos e assistentes técnicos em processos que tratam de
conflitos e que geram uma lide;
CONSIDERANDO o número crescente de representações referentes ao trabalho
realizado pelo psicólogo no contexto do Poder Judiciário, especialmente na
atuação enquanto perito e assistente técnico frente a demandas advindas das
questões atinentes à família;
CONSIDERANDO que, quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, por ele nomeado;
CONSIDERANDO que o psicólogo perito é profissional designado para assessorar
a Justiça no limite de suas atribuições e, portanto, deve exercer tal função com
isenção em relação às partes envolvidas e comprometimento ético para emitir
posicionamento de sua competência teórico-técnica, a qual subsidiará a decisão
judicial;
CONSIDERANDO que os assistentes técnicos são de confiança da parte para
assessorá-la e garantir o direito ao contraditório, não sujeitos a impedimento ou
suspeição legais;

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Para tudo aqui!!! Veja que a Resolução CFP n˚8/2010 acabou de definir a
diferença entre perito e assistente técnico. Veja:

Resolução CFP n˚ 8/2010

Perito Assistente Técnico

perito é profissional designado para os assistentes técnicos são de


assessorar a Justiça no limite de confiança da parte para assessorá-
suas atribuições e, portanto, deve la e garantir o direito ao
exercer tal função com isenção em contraditório, não sujeitos a
relação às partes envolvidas e impedimento ou suspeição legais
comprometimento ético para emitir
posicionamento de sua
competência teórico-técnica, a qual
subsidiará a decisão judicial

Continuemos…

CONSIDERANDO que o psicólogo, no relacionamento com profissionais não


psicólogos compartilhará somente informações relevantes para qualificar o
serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,
assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo;
CONSIDERANDO que os psicólogos peritos e assistentes técnicos deverão
fundamentar sua intervenção em referencial teórico, técnico e metodológico
respaldados na ciência Psicológica, na ética e na legislação profissional,
garantindo como princípio fundamental o bem-estar de todos os sujeitos
envolvidos;
CONSIDERANDO que é vedado ao psicólogo estabelecer com a pessoa
atendida, familiar ou terceiro que tenha vínculo com o atendido, relação que
possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado;
CONSIDERANDO que é vedado ao psicólogo ser perito, avaliador ou parecerista
em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou
anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade
aos resultados da avaliação;
CONSIDERANDO que o psicólogo poderá intervir na prestação de serviços
psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional, a pedido deste
último;

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CAPÍTULO I REALIZAÇÃO DA PERÍCIA


Art. 1˚ - O Psicólogo Perito e o psicólogo assistente técnico devem evitar
qualquer tipo de interferência durante a avaliação que possa prejudicar o
princípio da autonomia teórico-técnica e ético-profissional, e que possa
constranger o periciando durante o atendimento.
Art. 2˚ - O psicólogo assistente técnico não deve estar presente durante a
realização dos procedimentos metodológicos que norteiam o atendimento do
psicólogo perito e vice-versa, para que não haja interferência na dinâmica e
qualidade do serviço realizado.
Parágrafo Único - A relação entre os profissionais deve se pautar no respeito e
colaboração, cada qual exercendo suas competências, podendo o assistente
técnico formular quesitos ao psicólogo perito.
Art. 3˚ - Conforme a especificidade de cada situação, o trabalho pericial poderá
contemplar observações, entrevistas, visitas domiciliares e institucionais,
aplicação de testes psicológicos, utilização de recursos lúdicos e outros
instrumentos, métodos e técnicas reconhecidas pelo Conselho Federal de
Psicologia.
Art. 4˚ - A realização da perícia exige espaço físico apropriado que zele pela
privacidade do atendido, bem como pela qualidade dos recursos técnicos
utilizados.
Art. 5˚ - O psicólogo perito poderá atuar em equipe multiprofissional desde que
preserve sua especificidade e limite de intervenção, não se subordinando técnica
e profissionalmente a outras áreas.

CAPÍTULO II PRODUÇÃO E ANÁLISE DE DOCUMENTOS


Art. 6˚ - Os documentos produzidos por psicólogos que atuam na Justiça devem
manter o rigor técnico e ético exigido na Resolução CFP n˚ 07/2003, que institui o
Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo,
decorrentes da avaliação psicológica.
Art. 7˚ - Em seu relatório, o psicólogo perito apresentará indicativos pertinentes à
sua investigação que possam diretamente subsidiar o Juiz na solicitação
realizada, reconhecendo os limites legais de sua atuação profissional, sem
adentrar nas decisões, que são exclusivas às atribuições dos magistrados.
Art. 8˚ - O assistente técnico, profissional capacitado para questionar
tecnicamente a análise e as conclusões realizadas pelo psicólogo perito,
restringirá sua análise ao estudo psicológico resultante da perícia, elaborando
quesitos que venham a esclarecer pontos não contemplados ou contraditórios,
identificados a partir de criteriosa análise.
Parágrafo Único - Para desenvolver sua função, o assistente técnico poderá
ouvir pessoas envolvidas, solicitar documentos em poder das partes, entre outros

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meios (Art. 429, Código de Processo Civil).

CAPÍTULO III TERMO DE COMPROMISSO DO ASSISTENTE TÉCNICO


Art. 9˚ – Recomenda-se que antes do início dos trabalhos o psicólogo assistente
técnico formalize sua prestação de serviço mediante Termo de Compromisso
firmado em cartório onde está tramitando o processo, em que conste sua ciência
e atividade a ser exercidas, com anuência da parte contratante.
Parágrafo Único – O Termo conterá nome das partes do processo, número do
processo, data de início dos trabalhos e o objetivo do trabalho a ser realizado.

CAPÍTULO IV O PSICÓLOGO QUE ATUA COMO PSICOTERAPEUTA DAS PARTES


Art. 10 - Com intuito de preservar o direito à intimidade e equidade de condições,
é vedado ao psicólogo que esteja atuando como psicoterapeuta das partes
envolvidas em um litígio:
I - Atuar como perito ou assistente técnico de pessoas atendidas por ele e/ou de
terceiros envolvidos na mesma situação litigiosa;
II – Produzir documentos advindos do processo psicoterápico com a finalidade
de fornecer informações à instância judicial acerca das pessoas atendidas, sem o
consentimento formal destas últimas, à exceção de Declarações, conforme a
Resolução CFP no 07/2003.
Parágrafo único – Quando a pessoa atendida for criança, adolescente ou
interdito, o consentimento formal referido no caput deve ser dado por pelo
menos um dos responsáveis legais.

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 11 - A não observância da presente norma constitui falta ético-disciplinar,
passível de capitulação nos dispositivos referentes ao exercício profissional do
Código de Ética Profissional do Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam
ser arguidos.

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Elaboração de laudos e outros


documentos
Essa matéria é básica para qualquer concurso de psicologia. Vamos
adentrar em algumas definições gerais para depois adentrarmos na Resolução
que despenca na FGV.

Informe Psicológico

O informe psicológico é a comunicação documentada do serviço do


psicólogo sobre algo. Nesse sentido, todos os documentos previstos na
Resolução CFP n˚ 7/2003 são informes psicológicos.

Estudo de Caso

Um dos principais autores que versa sobre estudos de caso é YIN (1989).
Esse autor define que "o estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga
um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a
fronteira entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e onde
múltiplas fontes de evidência são utilizadas". Esta definição, apresentada como
uma "definição mais técnica", nos ajuda, segundo ele, a compreender e distinguir
o método do estudo de caso de outras estratégias de pesquisa como o método
histórico e a entrevista em profundidade, o método experimental e o survey.
Fundamentalmente, podemos entender o método de estudo de caso
como um tipo de análise qualitativa (apesar de não descartar vieses
quantitativos). Pode ser feito com um sujeito ou com vários, e em algumas
abordagens psicológicas apresenta maior representatividade que em outras. Na
análise experimental do comportamento, por exemplo, admite-se que com o
controle metodológico e a produção de resultados no estudo de caso, a hipótese
pode ser generalizável para outros casos (mesmo quando o experimento
comportamental foi feito apenas com um sujeito).
Ainda segundo YIN (1989), o estudo de caso possui quatro funções:
1. Explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são
muito complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias
experimentais;
2. Descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu;
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3. Fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção


realizada; e
4. Explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não
possuam resultados claros e específicos.
Para evitar que alguns problemas se desenvolvam no decorrer do
levantamento do estudo de caso, recomenda-se:
1. Desenvolver um plano de pesquisa que considere estes perigos ou
críticas. Por exemplo, com relação ao sentimento de certeza, pode-se usar um
padrão de amostra apropriado pois, " sabendo que sua amostra é boa, ele tem
uma base racional para fazer estimativas sobre o universo do qual ela é retirada"
2. Ao se fazer generalizações, da mesma maneira que nas
generalizações a partir de experimentos, fazê-las em relação às proposições
teóricas e não para populações ou universos
3. Planejar a utilização, tanto quanto possível, da "...técnica do código
qualitativo para traços e fatores individuais que são passíveis de tais
classificações. Se usar categorias como 'egoísta' ou 'ajustado' ... desenvolverá um
conjunto de instruções para decidir se um determinado caso está dentro da
categoria e estas instruções devem ser escritas de maneira que outros cientistas
possam repeti-las". Estes autores recomendam que, por segurança, as
classificações feitas sejam analisadas por um conjunto de colaboradores que
atuarão como "juízes da fidedignidade mesmo das classificações mais simples".
4. Evitar narrações longas e relatórios extensos uma vez que relatórios
deste tipo desencorajam a leitura e a análise do estudo do caso.
5. Proceder seleção e treinamento criteriosos dos investigadores e
assistentes para assegurar o domínio das habilidades necessárias à realização de
Estudo de Caso.
E como devemos comunicar um estudo de caso? Como falta
regulamentação para isso, podemos entender que qualquer forma é possível,
desde que não contrarie nem o nosso Código de Ética e nem contrarie a
Resolução que estudaremos a seguir.

A Resolução CFP nº 007/2003

Para estudarmos o restante dos documentos psicológicos, opto por


colocar a resolução CFP n° 007/2003 na íntegra aqui. Ela costuma cair de duas
formas: perguntas literais sobre o que está escrito e como padrão para questões
dissertativas. Por isso, muita atenção nessa hora. Acompanhe comigo os pontos
principais – observe que todos os grifos no texto são meus e que a resolução
está sintetizada para o que nos importa: laudos, pareceres e relatórios
psicológicos – e faça suas próprias anotações.
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RESOLUÇÃO CFP N.º 007/2003 - Institui o Manual de Elaboração de


Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação
psicológica e revoga a Resolução CFP º 17/2002.
[...]
CONSIDERANDO a frequência com que representações éticas são
desencadeadas a partir de queixas que colocam em questão a qualidade dos
documentos escritos, decorrentes de avaliação psicológica, produzidos pelos
psicólogos;
CONSIDERANDO as propostas encaminhadas no I FORUM NACIONAL DE
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, ocorrido em dezembro de 2000;
CONSIDERANDO a deliberação da Assembléia das Políticas
Administrativas e Financeiras, em reunião realizada em 14 de dezembro de 2002,
para tratar da revisão do Manual de Elaboração de Documentos produzidos pelos
psicólogos, decorrentes de avaliações psicológicas;
CONSIDERANDO a decisão deste Plenário em sessão realizada no dia 14
de junho de 2003,
RESOLVE:
Art. 1º - Instituir o Manual de Elaboração de Documentos Escritos,
produzidos por psicólogos, decorrentes de avaliações psicológicas.
Art. 2º - O Manual de Elaboração de Documentos Escritos, referido no
artigo anterior, dispõe sobre os seguintes itens:
I. Princípios norteadores;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito / finalidade / estrutura;
IV. Validade dos documentos;
V. Guarda dos documentos.

Art. 3º - Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de


avaliação psicológica deverá seguir as diretrizes descritas neste manual.
Parágrafo único – A não observância da presente norma constitui falta
ético-disciplinar, passível de capitulação nos dispositivos referentes ao exercício
profissional do Código de Ética Profissional do Psicólogo, sem prejuízo de outros
que possam ser argüidos.

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MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS DECORRENTES DE AVALIAÇÕES


PSICOLÓGICAS
Considerações Iniciais
A avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-científico
de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos
fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a
sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos,
técnicas e instrumentos [ainda verei a banca pedir a definição de estratégias
psicológicas da avaliação psicológica]. Os resultados das avaliações devem
considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no
psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não
somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que
operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de
avaliação psicológica.
O presente Manual tem como objetivos orientar o profissional psicólogo
na confecção de documentos decorrentes das avaliações psicológicas e
fornecer os subsídios éticos e técnicos necessários para a elaboração qualificada
da comunicação escrita.
As modalidades de documentos aqui apresentadas foram sugeridas
durante o I FÓRUM NACIONAL DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, ocorrido em dezembro de
2000.
Este Manual compreende os seguintes itens:
I. Princípios norteadores da elaboração documental;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito / finalidade / estrutura;
IV. Validade dos documentos;
V. Guarda dos documentos.

I - PRINCÍPIOS NORTEADORES NA ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS


O psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá adotar como
princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos,
técnicos e científicos da profissão.

1 – PRINCÍPIOS TÉCNICOS DA LINGUAGEM ESCRITA


O documento deve, na linguagem escrita, apresentar uma redação bem
estruturada e definida, expressando o que se quer comunicar. Deve ter uma
ordenação que possibilite a compreensão por quem o lê, o que é fornecido pela
estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da correção gramatical.

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O emprego de frases e termos deve ser compatível com as expressões


próprias da linguagem profissional, garantindo a precisão da comunicação,
evitando a diversidade de significações da linguagem popular, considerando a
quem o documento será destinado.
A comunicação deve ainda apresentar como qualidades: a clareza, a
concisão e a harmonia. A clareza se traduz, na estrutura frasal, pela seqüência ou
ordenamento adequado dos conteúdos, pela explicitação da natureza e função
de cada parte na construção do todo. A concisão se verifica no emprego da
linguagem adequada, da palavra exata e necessária. Essa “economia verbal”
requer do psicólogo a atenção para o equilíbrio que evite uma redação lacônica
ou o exagero de uma redação prolixa. Finalmente, a harmonia se traduz na
correlação adequada das frases, no aspecto sonoro e na ausência de cacofonias.

2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS


2.1 Princípios Éticos
Na elaboração de DOCUMENTO, o psicólogo baseará suas informações
na observância dos princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do
Psicólogo. Enfatizamos aqui os cuidados em relação aos deveres do psicólogo
nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às relações com
a justiça e ao alcance das informações - identificando riscos e compromissos em
relação à utilização das informações presentes nos documentos em sua
dimensão de relações de poder.
Torna-se imperativo a recusa, sob toda e qualquer condição, do uso dos
instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na
sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da
segregação aos diferentes modos de subjetivação. Sempre que o trabalho exigir,
sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de um
projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que
provoquem o sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos e a
manutenção das estruturas de poder que sustentam condições de dominação e
segregação.
Deve-se realizar uma prestação de serviço responsável pela execução de
um trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o compromisso
social da Psicologia. Dessa forma, a demanda, tal como é formulada, deve ser
compreendida como efeito de uma situação de grande complexidade.

2.2 Princípios Técnicos


O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos
deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm determinações
históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos
constitutivos no processo de subjetivação. O DOCUMENTO, portanto, deve
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considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de


estudo.
Os psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se basear
exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações,
dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como
métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados, estudos e
interpretações de informações a respeito da pessoa ou grupo atendidos, bem
como sobre outros materiais e grupo atendidos e sobre outros materiais e
documentos produzidos anteriormente e pertinentes à matéria em questão.
Esses instrumentais técnicos devem obedecer às condições mínimas requeridas
de qualidade e de uso, devendo ser adequados ao que se propõem a investigar.
A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e concisa,
ou seja, deve-se restringir pontualmente às informações que se fizerem
necessárias, recusando qualquer tipo de consideração que não tenha relação com
a finalidade do documento específico.
Deve-se rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima,
considerando que a última estará assinada, em toda e qualquer modalidade de
documento.

II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS
1. Declaração *
2. Atestado psicológico
3. Relatório/laudo psicológico [observe que nessa resolução, essas
modalidades são compreendidas como sinônimas, assim, as atribuições de uma são
as da outra]
4. Parecer psicológico *
*A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes
da avaliação Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Por isso
consideramos importante constarem deste manual afim [quem disse que não
encontramos erros de português em documentos oficiais?] de que sejam
diferenciados.
Caso afirmem que o Parecer é um produto da avaliação psicológica, o que
você irá responder? Sugiro dizer que não, o parecer não é o instrumento próprio de
comunicação da avaliação psicológica. Parecer não é o documento oficial para emitir
os resultados e as indicações de uma avaliação psicológica.

III - CONCEITO / FINALIDADE / ESTRUTURA

1 – DECLARAÇÃO
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1.1. Conceito e finalidade da declaração


É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações
objetivas relacionados ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante,
quando necessário;
b) Acompanhamento psicológico do atendido;
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de
acompanhamento, dias ou horários).
Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou
estados psicológicos.

1.2. Estrutura da declaração


a) Ser emitida em papel timbrado ou apresentar na subscrição do documento o
carimbo, em que conste nome e sobrenome do psicólogo, acrescido de sua
inscrição profissional (“Nome do psicólogo / N˚ da inscrição”).
b) A declaração deve expor:
- Registro do nome e sobrenome do solicitante;
- Finalidade do documento (por exemplo, para fins de
comprovação);
- Registro de informações solicitadas em relação ao atendimento
(por exemplo: se faz acompanhamento psicológico, em quais dias,
qual horário);
- Registro do local e data da expedição da declaração;
- Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP
e/ou carimbo com as mesmas informações.
Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou do carimbo.

2 – ATESTADO PSICOLÓGICO
2.1. Conceito e finalidade do atestado
É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada
situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as
condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins de:
a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;
b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após
realização de um processo de avaliação psicológica, dentro do rigor
técnico e ético que subscreve esta Resolução;

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c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na


afirmação atestada do fato, em acordo com o disposto na Resolução
CFP n˚ 015/96.
2.2. Estrutura do atestado
A formulação do atestado deve restringir-se à informação solicitada pelo
requerente, contendo expressamente o fato constatado. Embora seja um
documento simples, deve cumprir algumas formalidades:
a) Ser emitido em papel timbrado ou apresentar na subscrição do
documento o carimbo, em que conste o nome e sobrenome do psicólogo,
acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do psicólogo / N˚ da inscrição”).
b) O atestado deve expor:
- Registro do nome e sobrenome do cliente;
- Finalidade do documento;
- Registro da informação do sintoma, situação ou condições psicológicas
que justifiquem o atendimento, afastamento ou falta – podendo ser
registrado sob o indicativo do código da Classificação Internacional de
Doenças em vigor;
- Registro do local e data da expedição do atestado;
- Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP e/ou
carimbo com as mesmas informações;
- Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou do carimbo.
Os registros deverão estar transcritos de forma corrida, ou seja, separados
apenas pela pontuação, sem parágrafos, evitando, com isso, riscos de
adulterações. No caso em que seja necessária a utilização de parágrafos, o
psicólogo deverá preencher esses espaços com traços.
O atestado emitido com a finalidade expressa no item 2.1, alínea b, deverá
guardar relatório correspondente ao processo de avaliação psicológica realizado,
nos arquivos profissionais do psicólogo, pelo prazo estipulado nesta resolução,
item V.

3 – RELATÓRIO PSICOLÓGICO
3.1. Conceito e finalidade do relatório ou laudo psicológico
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de
situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais,
políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como
todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de
um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação,
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exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-


filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os
procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica,
relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico
e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como,
caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a
fornecer somente as informações necessárias relacionadas à demanda,
solicitação ou petição.

3.2. Estrutura
O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor científicos,
devendo conter narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e harmonia,
tornando-se acessível e compreensível ao destinatário. Os termos técnicos
devem, portanto, estar acompanhados das explicações e/ou conceituação
retiradas dos fundamentos teórico-filosóficos que os sustentam. [assim, podemos
usar termos técnicos, desde que clarificados]
O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens: identificação,
descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão.
1. Identificação
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão

3.2.1. Identificação
É a parte superior do primeiro tópico do documento com a finalidade de
identificar:
O autor/relator – quem elabora;
O interessado – quem solicita;
O assunto/finalidade – qual a razão/finalidade.
No identificador AUTOR/RELATOR, deverá ser colocado o(s) nome(s)
do(s) psicólogo(s) que realizará(ão) a avaliação, com a(s) respectiva(s)
inscrição(ões) no Conselho Regional.
No identificador INTERESSADO, o psicólogo indicará o nome do autor do
pedido (se a solicitação foi da Justiça, se foi de empresas, entidades ou do
cliente).

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No identificador ASSUNTO, o psicólogo indicará a razão, o motivo do


pedido (se para acompanhamento psicológico, prorrogação de prazo para
acompanhamento ou outras razões pertinentes a uma avaliação psicológica).

3.2.2. Descrição da demanda


Esta parte é destinada à narração das informações referentes à
problemática apresentada e dos motivos, razões e expectativas que produziram
o pedido do documento. Nesta parte, deve-se apresentar a análise que se faz da
demanda de forma a justificar o procedimento adotado.

3.2.3. Procedimento
A descrição do procedimento apresentará os recursos e instrumentos
técnicos utilizados para coletar as informações (número de encontros, pessoas
ouvidas etc.) à luz do referencial teórico-filosófico que os embasa. O
procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a complexidade do que
está sendo demandado.

3.2.4. Análise
É a parte do documento na qual o psicólogo faz uma exposição descritiva
de forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações vividas
relacionados à demanda em sua complexidade. Como apresentado nos
princípios técnicos, “O processo de avaliação psicológica deve considerar que os
objetos deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm
determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas
elementos constitutivos no processo de subjetivação. O DOCUMENTO, portanto,
deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu
objeto de estudo”.
Nessa exposição, deve-se respeitar a fundamentação teórica que
sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como princípios éticos e as
questões relativas ao sigilo das informações. Somente deve ser relatado o que
for necessário para o esclarecimento do encaminhamento, como disposto no
Código de Ética Profissional do Psicólogo.
O psicólogo, ainda nesta parte, não deve fazer afirmações sem
sustentação em fatos e/ou teorias, devendo ter linguagem precisa,
especialmente quando se referir a dados de natureza subjetiva, expressando-se
de maneira clara e exata.

3.2.4. Conclusão

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Na conclusão do documento, o psicólogo vai expor o resultado e/ou


considerações a respeito de sua investigação a partir das referências que
subsidiaram o trabalho. As considerações geradas pelo processo de avaliação
psicológica devem transmitir ao solicitante a análise da demanda em sua
complexidade e do processo de avaliação psicológica como um todo.
Vale ressaltar a importância de sugestões e projetos de trabalho que
contemplem a complexidade das variáveis envolvidas durante todo o processo.
Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com indicação do
local, data de emissão, assinatura do psicólogo e o seu número de inscrição no
CRP.

4 – PARECER
4.1. Conceito e finalidade do parecer
Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão
focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo.
O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no
campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de
uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na
decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem
responde competência no assunto.

4.2. Estrutura
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado,
destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos
apontados e com fundamento em referencial teórico-científico.
Havendo quesitos, o psicólogo deve respondê-los de forma sintética e
convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta. Quando não houver
dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser categórico, deve-se
utilizar a expressão “sem elementos de convicção”. Se o quesito estiver mal
formulado, pode-se afirmar “prejudicado”, “sem elementos” ou “aguarda
evolução”.

O parecer é composto de 4 (quatro) itens:


1. Identificação
2. Exposição de motivos
3. Análise
4. Conclusão

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4.2.1. Identificação
Consiste em identificar o nome do parecerista e sua titulação, o nome do
autor da solicitação e sua titulação.

4.2.2. Exposição de Motivos


Destina-se à transcrição do objetivo da consulta e dos quesitos ou à
apresentação das dúvidas levantadas pelo solicitante. Deve-se apresentar a
questão em tese, não sendo necessária, portanto, a descrição detalhada dos
procedimentos, como os dados colhidos ou o nome dos envolvidos.

4.2.3. Análise
A discussão do PARECER PSICOLÓGICO se constitui na análise minuciosa
da questão explanada e argumentada com base nos fundamentos necessários
existentes, seja na ética, na técnica ou no corpo conceitual da ciência psicológica.
Nesta parte, deve respeitar as normas de referências de trabalhos científicos para
suas citações e informações.

4.2.4. Conclusão
Na parte final, o psicólogo apresentará seu posicionamento, respondendo
à questão levantada. Em seguida, informa o local e data em que foi elaborado e
assina o documento.

V – VALIDADE DOS CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS


O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, decorrentes
das avaliações psicológicas, deverá considerar a legislação vigente nos casos já
definidos. Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for possível, indicará o
prazo de validade do conteúdo emitido no documento em função das
características avaliadas, das informações obtidas e dos objetivos da avaliação.
Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a
indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado. [caso a banca indique
que o prazo de validade do conteúdo dos documentos seja de 5 anos, ou qualquer
prazo específico, assinale ERRADO. A presente resolução não descreve prazo fixo de
validade dos documentos]

VI - GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE GUARDA


Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem como
todo o material que os fundamentou, deverão ser guardados pelo prazo mínimo
de 5 anos, observando-se a responsabilidade por eles tanto do psicólogo quanto
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da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica. [não confunda a guarda de


documentos com a validade de documentos]1

Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por
determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja necessária a
manutenção da guarda por maior tempo.
Em caso de extinção de serviço psicológico, o destino dos documentos
deverá seguir as orientações definidas no Código de Ética do Psicólogo.

Documentos psicológicos e avaliação psicológica

A avaliação psicológica é a base para laudos/relatórios e atestados


psicológicos. Se sua prova falar que o parecer ou que a declaração decorrem de
avaliação psicológica, marque errado! Veja o que a Resolução CFP n°7 de 2003
fala sobre isso:
II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS
1. Declaração *
2. Atestado psicológico
3. Relatório / laudo psicológico
4. Parecer psicológico *
* A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes
da avaliação Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Por isso
consideramos importante constarem deste manual afim de que sejam
diferenciados.
Mas Alyson, o aludido trecho fala apenas que a Declaração e o Parecer
não decorrem de Avaliação Psicológica. De onde você deduziu que o
Psicodiagnóstico não pode ser a base do Parecer e da Declaração? Simples, a
declaração é um documento que serve para declarar:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando
necessário;

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1
Temos exceção a essa regra? Tecnicamente não, o prazo de guarda será sempre de 5 anos. O que temos é uma
complementação apresentada pela Resolução CFP n˚ 18 de 2008, que trata da avaliação psicológica para porte de arma. Art.
3˚ – O material técnico utilizado bem como o(s) resultado(s) obtidos deverão ficar sob a guarda do psicólogo, pelo período
mínimo de 5 (cinco) anos, em condições éticas adequadas, conforme determina o item VI do Manual de Elaboração de
Documentos - Resolução CFP 007/2003. Parágrafo único – Para fins de pesquisa, reteste, respaldo técnico, entre outros, o
material poderá ser guardado por tempo indeterminado.

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b) Acompanhamento psicológico do atendido;


c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de
acompanhamento, dias ou horários).
Para que psicodiagnóstico ai? Não tem sentido. E nem para parecer, que
tem função de apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento
psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questão problema”,
visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma
resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
Ou seja, não é um documento decorrente de avaliação de caso, mas um
documento consultivo/opinativo.
Considerando a referida Resolução, e que o relatório/laudo decorre da
avaliação psicológica, podemos dizer que esse processo deve ser subsidiado em
dados colhidos e analisados, à luz de:
a) um instrumental técnico
i. entrevistas;
ii. dinâmicas;
iii. testes psicológicos;
iv. observação;
v. exame psíquico;
vi. intervenção verbal.
b) referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo
Para que fique mais claro, veja a natureza desses documentos: de acordo
com a Resolução CFP n°7 de 2003:

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Essa resolução pode ser encontrada aqui: http://site.cfp.org.br/wp-


content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf

Questões
1. FGV - CAERN – Psicólogo – 2010 (reformulada)
O atual código de Ética Profissional do Psicólogo reflete a importância e o
reconhecimento do papel social do psicólogo ao longo das décadas, e traça
condutas quanto ao exercício profissional.
Nas disposições que tratam "Das relações com outros profissionais ou
psicólogos", o Artigo 7º descreve as situações de excepcionalidade em que o
Psicólogo poderá intervir na prestação de serviços que estejam sendo efetuados
por outro profissional, À EXCEÇÃO DE
a) a pedido desse profissional.
b) quando for o perito da pessoa em atendimento.
c) em caso de urgência, quando dará imediata ciência ao profissional.
d) quando for informado por qualquer das partes da interrupção voluntária e
definitiva do atendimento.
e) quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da
metodologia adotada.

2. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


Sabe-se que, em muitos processos de Destituição do Poder Familiar, os
argumentos utilizados contra as famílias de origem consistem em comparações
entre esses núcleos familiares e “pais” e “mães” idealizados, sem que se
problematizem as condições sociais e políticas articuladas às alegadas dinâmicas
de negligência, risco ou abandono da criança. Nesses processos são usualmente
solicitados estudos técnicos sobre a dinâmica familiar. Na produção desses
documentos cabe ao psicólogo atentar para os seguintes Princípios
Fundamentais previstos no Código de Ética Profissional do Psicólogo:
I. Basear o trabalho no respeito, promoção da liberdade, da
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano que
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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II. Trabalhar visando promover a saúde e a qualidade de vida das


pessoas e das coletividades, contribuindo para eliminação de
quaisquer formas de negligência, exploração, violência, crueldade e
opressão.
III. Atuar com responsabilidade social, analisando crítica e
historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
IV. Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades
para as quais esteja capacitado pessoal, política, teórica e
tecnicamente.
Assinale se:
(A) somente I está correta.
(B) somente I e II estão corretas.
(C) somente II e III estão corretas.
(D) somente I, II e III estão corretas.
(E) somente I, II e IV.

3. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


Em considerando uma situação hipotética na qual o paciente diz em
atendimento clínico que costuma agredir o seu filho como forma de educá-lo, o
psicólogo, de acordo com o código de ética e as leis jurídicas,
(A) deve quebrar o sigilo somente mediante determinação judicial.
(B) deve manter o sigilo, podendo quebrá-lo somente em situação de violência
física ou sexual.
(C) pode quebrar o sigilo baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
(D) deve quebrar o sigilo em qualquer situação que envolva maus-tratos à
criança e ao adolescente.
(E) não pode quebrar o sigilo em nenhuma hipótese.

4. FGV – AL/BH – 2014


Um psicólogo soube que uma empresa estava contratando estagiários de
diferentes cursos de graduação para fazer aplicações de inventários de
personalidade. Os estagiários trabalhavam supervisionados por uma psicóloga,
que organizava um período inicial de treinamento, durante o qual aprendiam a
utilizar diferentes técnicas.
A empresa funcionava terceirizada, prestando serviços e consultoria para
várias outras empresas, com bastante sucesso.

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A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.


I. O psicólogo comunicou a situação ao Conselho Federal de
Psicologia.
II. O psicólogo resolveu não tomar nenhuma medida, uma vez que a
psicóloga parecia cuidadosa e treinava os estagiários para realizar os
procedimentos.
III. O psicólogo enviou uma carta à empresa, explicando que a
psicóloga estava ferindo o Código de Ética Profissional do psicólogo.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

5. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013


Segundo o Código de Ética do Psicólogo, assinale a afirmativa que indica o
procedimento correto.
(A) Em caso de condenação por ato indevido, o Código prevê a suspensão do
direito de exercício por 50 dias.
(B) Um psicóloga resolveu dar início ao atendimento e formação de outros
profissionais segundo uma técnica ainda não regularizada no Brasil. O psicólogo,
considerando a seriedade de seu trabalho e o custo do investimento, resolve dar
continuidade a seu trabalho.
(C) Um psicólogo atuou em uma Instituição de internação de menores durante
dois anos e, por entrar em conflito com seu superior, foi demitido. Considerando a
demissão uma afronta a seu trabalho, resolve destruir todo o material arquivado.
(D) Cabe ao psicólogo avaliar as situações em que é necessário quebrar o sigilo
profissional.
(E) Um grupo de profissionais, com o objetivo de angariar mais clientes, fizeram
importante investimento em propaganda, investiu em propaganda, cobrando
preços abaixo do mercado e enfatizando esse aspecto em cartazes e panfletos
distribuídos.

6. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013


De acordo com o Código de Ética de Psicologia, indique a conduta
adequada
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(A) Após a entrevista de triagem, é permitido ao psicólogo sugerir o


encaminhamento de paciente para outra instituição em que trabalhe, desde que
de comum acordo com o paciente.
(B) Um psicólogo iniciou o trabalho, acertando um valor que considerou justo e
que acordou com o paciente. Ao ter mais detalhes sobre a situação financeira do
paciente, decidiu cobrar mais pelas sessões de que o previamente acordado.
(C) Durante uma grave dos funcionários, profissionais de psicologia decidiram
manter atendimentos emergenciais e avisar aos outros pacientes da interrupção
do atendimento por um determinado período.
(D) Numa situação emergencial, os psicólogos convocados para ajudar os
moradores que perdem suas casas, se recusaram a trabalhar ou disseram que só
trabalhariam se fosse pago um adicional pelos serviços prestados.
(E) Um psicólogo foi solicitado gerente de uma empresa a administrar um curso
de capacitação para funcionários administrativos que iriam aplicar testes em um
processo seletivo.

7. FGV – Fundação Oswaldo Cruz – Psicólogo - 2010


Na inundação que ocorreu no Estado do Rio de Janeiro em abril de 2010,
vários psicólogos foram acionados no sentido de atuar com as populações
atingidas pelas perdas. Muitos profissionais atenderam a esse convite, enquanto
outros declinaram sob a alegação de que não sabiam atuar em situações de
desastre e emergências.
Com relação a esse texto, analise as afirmativas a seguir..
I. a argumentação de que não estariam preparados para trabalhar
com situações de desastre e emergência é improcedente, uma vez
que não há diferenças teórico-técnicas nessa modalidade de
atuação;
II. os psicólogos que atenderam a esses convites mostraram uma
grande capacidade de empatia e preocupação social;
III. os psicólogos que atenderam esses convites cumpriram
orientação do Código de Ética Profissional;
IV. os psicólogos que não atenderam a esse convite, por não estar
devidamente preparados para o atendimento em situações
similares, atenderam o Código de Ética Profissional.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas;
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas
(C) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas;

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(D) se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas;


(E) se apenas a afirmativa II estiver correta.

8. FGV – Fundação Oswaldo Cruz – Psicólogo - 2010


Uma psicóloga recém-formada atendia uma paciente numa clínica social.
Considerando que o atendimento nesse local não satisfazia da melhor maneira o
bem-estar de seu paciente, em função dos horários e do deslocamento
necessário, consultou a paciente sobre a possibilidade de ser atendida em seu
consultório particular, que teria uma melhor localização e onde poderiam dispor
de mais horários. Combinada a mudança, e de comum acordo com a paciente,
fez um aumento mínimo no preço que era cobrado na clínica. Como não avisou a
instituição, o horário foi mantido durante 2 meses, sendo cobrado o montante das
sessões à paciente, que só então explicou que não estava mais sendo atendida
na clínica.
Considere as alternativas a seguir:
I. não houve nenhuma falha grave, uma vez a psicóloga evidenciou
interesse pelo bem-estar de seu paciente, que era limitado por horários e
deslocamento;
II. o aumento mínimo sobre o preço reduzido anteriormente cobrado,
realizado de comum acordo com a paciente, evidenciou que não houve
tentativa de obter benefícios com a derivação para seu consultório
particular;
III. qualquer modificação no procedimento deveria ser previamente
autorizada pela coordenação da clínica e comunicada à secretaria da
instituição;
IV. a psicóloga poderia estar cometendo abuso de poder;
V. a psicóloga feriu o Código de Ética Profissional;
Assinale:
(A) se apenas as alternativas I e III estiverem corretas.
(B) se apenas as alternativas I, II e III estiverem corretas.
(C) se apenas a alternativa IV estiver correta.
(D) se apenas a alternativa V estiver correta.
(E) se apenas as alternativas IV e V estiverem corretas.

9. FGV – Fundação Oswaldo Cruz – Psicólogo - 2010


Uma psicóloga foi procurada por uma mãe evangélica, solicitando
atendimento para seu filho de 8 anos, que estaria apresentando problemas na

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orientação sexual. Segundo informações da mãe, o menino gostava de se vestir


como menina e se pintar, o que estaria causando problemas na família e na
comunidade, o que o retraia nas brincadeiras com as outras crianças e levava a
crises de choro. Levado o problema ao pastor da igreja que freqüentava, foi
sugerido que buscasse atendimento psicológico.
Avalie as alternativas abaixo e marque a correta:
(A) em vista da condição de evangélica da mãe, a psicóloga aceitou o caso,
prometendo trabalhar a questão da orientação sexual com a criança.
(B) a psicóloga não aceitou o caso, uma vez que o pedido fere o Código de Ética
Profissional.
(C) a psicóloga aceitou o caso, explicando à mãe que a questão a ser trabalhada
não seria a orientação de gênero, mas o sofrimento da criança, oriundo da
estigmatização que ela vinha sofrendo.
(D) a psicóloga sugeriu que a mãe procurasse um serviço de Endocrinologia,
uma vez que a criança poderia sofrer de um distúrbio hormonal.
(E) a psicóloga sugeriu que a mãe procurasse um terapeuta de orientação
evangélica, os quais costumam trabalhar essas questões.

10. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


Um laudo realizado pelo psicólogo a pedido do defensor foi contestado e
corre risco de ser impugnado pelo fato de não estar de acordo com a Resolução
08/2010 nem com o manual de elaboração de documentos (Resolução
07/2003), estabelecido pelo Conselho Federal de Psicologia. O trecho abaixo que
serviu de justificativa para o pedido de impugnação foi
(A) “a mãe vê-se obrigada a ‘terceirizar’ os cuidados em relação à criança por
causa do trabalho, fazendo a ressalva de que, em breve, mudará de emprego,
exigindo-lhe mais tempo longe do lar. Contudo, ela garante que a avó coabitará
com ela, de maneira que ficará disponível para ajudá-la nos cuidados, embora a
criança não esteja habituada a conviver com ela”.
(B) “é notório o sofrimento da criança ao criticar o pai. Sem expor uma razão
plausível para tanto, ela demonstra certa confusão ao dizer que seu pai é o
padrasto. Daí se supõe a existência de conflito de lealdade exclusiva, sendo
conveniente a retomada da convivência com o pai o mais breve possível”.
(C) “é importante frisar que, apesar de seu relato inicial, a criança possui relação
de afeto com a mãe e com o pai. Em contrapartida, não possui boa relação com o
padrasto, nem tampouco parece sentir-se segura em sua companhia.”
(D) “a criança ficará exposta à situação delicada caso permaneça sob a guarda da
mãe. Por sua vez, o pai tem tempo disponível e conta com o apoio familiar, além
de se mostrar zeloso por sua filha. Desse modo, o mais indicado é que a filha
fique sob a guarda do pai, devendo ser regulamentada a visita com a mãe.”
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(E) “é igualmente indicado a ambas as partes que a criança deixe de ser envolvida
no presente processo e nos diversos conflitos que compõem o litígio”.

11. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


Sobre as normas para a elaboração de documentos escritos, segundo o
Conselho Federal de Psicologia, assinale a afirmativa correta.
(A) Os documentos escritos compreendem as declarações, os atestados e os
laudos psicológicos.
(B) As declarações devem incluir dados relativos à frequência às sessões, período
de atendimento e motivos ou sintomas do comparecimento do solicitante.
(C) O laudo psicológico objetiva responder a uma questão específica.
(D) Os termos técnicos utilizados no laudo psicológico devem incluir explicações
retiradas dos fundamentos teórico‐filosóficos que os sustentam.
(E) Os documentos escritos, bem como o material que os fundamentaram devem
ser guardados por um período mínimo de 10 anos.

12. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


Com o objetivo de auxiliar em uma decisão, foi solicitada a um psicólogo
especialista em famílias, a elaboração de um parecer psicológico. A esse
respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. O parecer deve responder a quesitos específicos.
II. O parecer deve começar por uma ampla avaliação sobre o problema que
motivou a solicitação.
III. O parecer deve atender às orientações do CFP para a elaboração de laudos
psicológicos.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

13. FGV – AL/MT – 2013


Segundo a Resolução 007/03 do Conselho Federal de Psicologia, o
psicólogo, no exercício profissional, elabora documentos. Sobre essa atividade,
analise as afirmativas a seguir.
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I. Parecer é documento que resume uma questão focal do campo


psicológico, com a devida fundamentação.
II. Declaração é documento que informa a ocorrência de um fato do
campo psicológico, analisando sintomas e o estado do paciente.
III. Atestado é o documento que indica se o solicitante está apto ou
não para realizar atividade específica, sendo usado para justificar
faltas ou impedimentos.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

14. FGV – Hemocentro – SP – Psicólogo - 2013


Uma das atribuições do psicólogo em sua prática cotidiana é a elaboração
de documentos. Sobre a elaboração de documentos, de acordo com a
Resolução n. 07/03, do Conselho Federal de Psicologia, assinale a afirmativa
correta.
(A) A autenticidade do documento exige o parecer psicológico e a assinatura do
parecerista.
(B) O planejamento do material (testes/material ludoterápico) a ser utilizado em
um processo de avaliação deve ser o mais homogêneo possível.
(C) A declaração psicológica tem o objetivo de atestar fatos e situações, devendo
incluir o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos.
(D) O parecer psicológico é um documento que deve avaliar o solicitante da
maneira mais ampla possível considerando situações e/ou condições
psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais.
(E) O parecer psicológico deve incluir a identificação, a exposição de motivos, a
análise e a conclusão.

15. FGV – Hemocentro – SP – Psicólogo - 2013


Um psicólogo foi solicitado a dar um atestado para um funcionário que
solicitou dispensa de algumas atividades em um projeto específico, dizendo‐se
incapacitado para realizá‐las. O funcionário em questão era visto como um bom
profissional, mostrando‐se empenhado nas tarefas e cumpridor de seus
compromissos.
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A esse respeito, assinale a afirmativa correta.


(A) Os atestados devem apenas justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante.
(B) O psicólogo não pode fornecer o atestado porque a Resolução n. 07/03 do
CFP não explicita normas a respeito.
(C) O psicólogo deve apenas justificar falta ou dispensa em situações específicas.
(D) Após ouvir as razões do funcionário, o psicólogo forneceu o atestado de
imediato.
(E) O psicólogo atendeu à solicitação do funcionário após uma avaliação
psicológica.

16. FGV – Funarte – Psicologia – 2014


A Resolução n˚ 02/01 do Conselho Federal de Psicologia, que trata da
Concessão e Registro do Título Profissional de Especialista em Psicologia nos
Conselhos Regionais de Psicologia, definiu, entre as especialidades que poderão
receber esse título, a do psicólogo especialista em psicologia do esporte. De
acordo com a resolução, é atribuição desse profissional:
(A) o treinamento esportivo de pacientes psiquiátricos e de pessoas com
necessidades especiais físicas e cognitivas, incluindo idosos;
(B) o assessoramento de atletas nas questões contratuais atinentes ao
desenvolvimento de uma carreira profissional;
(C) a produção de pareceres psicológicos que subsidiem decisões de técnicos e
dirigentes no desligamento de atletas inaptos;
(D) a orientação da efetivação do esporte não competitivo de caráter profilático e
recreacional, para o bem-estar e a qualidade de vida dos indivíduos;
(E) o uso das atividades esportivas de equipe como técnica de terapia grupal em
programas de reabilitação de dependência química de adolescentes e adultos
jovens.

17. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


O Conselho Federal de Psicologia (CFP) regulamentou o atendimento on‐line
por meio da Resolução n˚ 011/2012. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
(A) Testes psicológicos on‐line são proibidos.
(B) O atendimento a crianças e adolescentes on‐line deverá seguir os critérios do
Estatuto da Criança e do Adolescente.
(C) O atendimento virtual deverá ser realizado em até 30 encontros virtuais.

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(D) A permissão para a permanência no ar de um site autorizado pelo CFP será


de cinco anos, renováveis por igual período.
(E) No caso do atendimento on‐line, é autorizado a remuneração ao participante
de pesquisas.

Questões Comentadas e Gabaritadas


1. FGV - CAERN – Psicólogo – 2010 (reformulada)
O atual código de Ética Profissional do Psicólogo reflete a importância e o
reconhecimento do papel social do psicólogo ao longo das décadas, e traça
condutas quanto ao exercício profissional.
Nas disposições que tratam "Das relações com outros profissionais ou
psicólogos", o Artigo 7º descreve as situações de excepcionalidade em que o
Psicólogo poderá intervir na prestação de serviços que estejam sendo efetuados
por outro profissional, À EXCEÇÃO DE
a) a pedido desse profissional.
b) quando for o perito da pessoa em atendimento.
c) em caso de urgência, quando dará imediata ciência ao profissional.
d) quando for informado por qualquer das partes da interrupção voluntária e
definitiva do atendimento.
e) quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da
metodologia adotada.
Gabarito: B
Comentários: Pessoal a dificuldade da questão reside no fato dele querer a
exceção, então tente elimar as assertivas corretas, fazendo isto, você certamente
encontrará como menos provável a letra "b". A letra "b" não está expresso no
código de ética do psicólogo.
No art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que
estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,
quando dará imediata ciência ao profissional;
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da
interrupção voluntária e definitiva do serviço;

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d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte


da metodologia adotada.

2. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


Sabe-se que, em muitos processos de Destituição do Poder Familiar, os
argumentos utilizados contra as famílias de origem consistem em comparações
entre esses núcleos familiares e “pais” e “mães” idealizados, sem que se
problematizem as condições sociais e políticas articuladas às alegadas dinâmicas
de negligência, risco ou abandono da criança. Nesses processos são usualmente
solicitados estudos técnicos sobre a dinâmica familiar. Na produção desses
documentos cabe ao psicólogo atentar para os seguintes Princípios
Fundamentais previstos no Código de Ética Profissional do Psicólogo:
I. Basear o trabalho no respeito, promoção da liberdade, da
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano que
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. Trabalhar visando promover a saúde e a qualidade de vida das
pessoas e das coletividades, contribuindo para eliminação de
quaisquer formas de negligência, exploração, violência, crueldade e
opressão.
III. Atuar com responsabilidade social, analisando crítica e
historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
IV. Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades
para as quais esteja capacitado pessoal, política, teórica e
tecnicamente.
Assinale se:
(A) somente I está correta.
(B) somente I e II estão corretas.
(C) somente II e III estão corretas.
(D) somente I, II e III estão corretas.
(E) somente I, II e IV.
Gabarito: D
Comentários: Todas pegam a literalidade do nosso Código de Ética, exceto a IV.
Responsabilidade política é algo que não é tratado em nossa Resolução n˚ 10 de
2005.

3. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


Em considerando uma situação hipotética na qual o paciente diz em
atendimento clínico que costuma agredir o seu filho como forma de educá-lo, o
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psicólogo, de acordo com o código de ética e as leis jurídicas,


(A) deve quebrar o sigilo somente mediante determinação judicial.
(B) deve manter o sigilo, podendo quebrá-lo somente em situação de violência
física ou sexual.
(C) pode quebrar o sigilo baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
(D) deve quebrar o sigilo em qualquer situação que envolva maus-tratos à
criança e ao adolescente.
(E) não pode quebrar o sigilo em nenhuma hipótese.
Gabarito: C
Comentários: Aqui temos de ter o conhecimento de dois artigos da Resolução n˚
10 de 2005:
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de
proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas,
grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências
decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios
fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o
psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na
busca do menor prejuízo.

4. FGV – AL/BH – 2014


Um psicólogo soube que uma empresa estava contratando estagiários de
diferentes cursos de graduação para fazer aplicações de inventários de
personalidade. Os estagiários trabalhavam supervisionados por uma psicóloga,
que organizava um período inicial de treinamento, durante o qual aprendiam a
utilizar diferentes técnicas.
A empresa funcionava terceirizada, prestando serviços e consultoria para
várias outras empresas, com bastante sucesso.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. O psicólogo comunicou a situação ao Conselho Federal de
Psicologia.
II. O psicólogo resolveu não tomar nenhuma medida, uma vez que a
psicóloga parecia cuidadosa e treinava os estagiários para realizar os
procedimentos.
III. O psicólogo enviou uma carta à empresa, explicando que a
psicóloga estava ferindo o Código de Ética Profissional do psicólogo.
Assinale:

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(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: A
Comentários: Apenas podemos ensinar testes e instrumentos psicológicos para
psicólogos ou graduandos de psicologia. Caso presenciemos tal afronta ao
Código de Ética, o Conselho Federal de Psicologia deve ser comunicado. Mas
Alyson, onde fala que devemos denunciar tal ato ao CFP? Não fala, decorre do
bom senso ético e profissional mesmo (além de não termos a alternativa de
todas incorretas). Veja:
Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer,
informar, orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e
normas contidas neste Código.
Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou
venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou
facilitem o exercício ilegal da profissão.

5. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013


Segundo o Código de Ética do Psicólogo, assinale a afirmativa que indica o
procedimento correto.
(A) Em caso de condenação por ato indevido, o Código prevê a suspensão do
direito de exercício por 50 dias.
(B) Um psicóloga resolveu dar início ao atendimento e formação de outros
profissionais segundo uma técnica ainda não regularizada no Brasil. O psicólogo,
considerando a seriedade de seu trabalho e o custo do investimento, resolve dar
continuidade a seu trabalho.
(C) Um psicólogo atuou em uma Instituição de internação de menores durante
dois anos e, por entrar em conflito com seu superior, foi demitido. Considerando a
demissão uma afronta a seu trabalho, resolve destruir todo o material arquivado.
(D) Cabe ao psicólogo avaliar as situações em que é necessário quebrar o sigilo
profissional.
(E) Um grupo de profissionais, com o objetivo de angariar mais clientes, fizeram
importante investimento em propaganda, investiu em propaganda, cobrando
preços abaixo do mercado e enfatizando esse aspecto em cartazes e panfletos
distribuídos.
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Gabarito: D
Comentários: Vejamos cada uma à luz da Resolução n˚ 10 de 2005 (nosso Código
de Ética).
(A) Em caso de condenação por ato indevido, o Código prevê a
suspensão do direito de exercício por 50 dias. [o nosso código de ética
não indica os casos em que irá aplicar as penalidades previstas]
(B) Um psicóloga resolveu dar início ao atendimento e formação de
outros profissionais segundo uma técnica ainda não regularizada no
Brasil. O psicólogo, considerando a seriedade de seu trabalho e o custo
do investimento, resolve dar continuidade a seu trabalho. [se a técnica
não está regularizada, não podemos utilizar. Art. 2˚ - Ao Psicólogo é
vedado: f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços
de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não
estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;]
(C) Um psicólogo atuou em uma Instituição de internação de menores
durante dois anos e, por entrar em conflito com seu superior, foi
demitido. Considerando a demissão uma afronta a seu trabalho, resolve
destruir todo o material arquivado. [esse psicólogo cometeu falta ética
ao não preservar os documentos de seu trabalho profissional]
(D) Cabe ao psicólogo avaliar as situações em que é necessário
quebrar o sigilo profissional. [Assertiva correta! Art. 10 – Nas situações
em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do
disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste
Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá
decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor
prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste
artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações
estritamente necessárias.]
(E) Um grupo de profissionais, com o objetivo de angariar mais clientes,
fizeram importante investimento em propaganda, investiu em
propaganda, cobrando preços abaixo do mercado e enfatizando esse
aspecto em cartazes e panfletos distribuídos. [Art. 20 – O psicólogo, ao
promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual
ou coletivamente: d) Não utilizará o preço do serviço como forma de
propaganda;]

6. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013


De acordo com o Código de Ética de Psicologia, indique a conduta
adequada
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(A) Após a entrevista de triagem, é permitido ao psicólogo sugerir o


encaminhamento de paciente para outra instituição em que trabalhe, desde que
de comum acordo com o paciente.
(B) Um psicólogo iniciou o trabalho, acertando um valor que considerou justo e
que acordou com o paciente. Ao ter mais detalhes sobre a situação financeira do
paciente, decidiu cobrar mais pelas sessões de que o previamente acordado.
(C) Durante uma grave dos funcionários, profissionais de psicologia decidiram
manter atendimentos emergenciais e avisar aos outros pacientes da interrupção
do atendimento por um determinado período.
(D) Numa situação emergencial, os psicólogos convocados para ajudar os
moradores que perdem suas casas, se recusaram a trabalhar ou disseram que só
trabalhariam se fosse pago um adicional pelos serviços prestados.
(E) Um psicólogo foi solicitado gerente de uma empresa a administrar um curso
de capacitação para funcionários administrativos que iriam aplicar testes em um
processo seletivo.
Gabarito: C
Comentários: Vejamos cada uma à luz da Resolução n˚ 10 de 2005 (nosso Código
de Ética).
(A) Após a entrevista de triagem, é permitido ao psicólogo sugerir o
encaminhamento de paciente para outra instituição em que trabalhe,
desde que de comum acordo com o paciente. [Art. 2˚ - Ao Psicólogo é
vedado: i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus
serviços; l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando
benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a
qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;]
(B) Um psicólogo iniciou o trabalho, acertando um valor que considerou
justo e que acordou com o paciente. Ao ter mais detalhes sobre a situação
financeira do paciente, decidiu cobrar mais pelas sessões de que o
previamente acordado. [Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho,
o psicólogo: b) Estipulará o valor de acordo com as características da
atividade e o comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do
trabalho a ser realizado]
(C) Durante uma grave dos funcionários, profissionais de psicologia
decidiram manter atendimentos emergenciais e avisar aos outros
pacientes da interrupção do atendimento por um determinado período.
[assertiva correta: Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou
paralisações, garantirá que: a) As atividades de emergência não sejam
interrompidas; b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou
beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.]
(D) Numa situação emergencial, os psicólogos convocados para ajudar os
moradores que perdem suas casas, se recusaram a trabalhar ou disseram
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que só trabalhariam se fosse pago um adicional pelos serviços prestados.


[Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos: d) Prestar serviços
profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem
visar benefício pessoal;]
(E) Um psicólogo foi solicitado pelo gerente de uma empresa a administrar
um curso de capacitação para funcionários administrativos que iriam
aplicar testes em um processo seletivo. [Art. 18 – O psicólogo não
divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumentos e
técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da
profissão.]

7. FGV – Fundação Oswaldo Cruz – Psicólogo - 2010


Na inundação que ocorreu no Estado do Rio de Janeiro em abril de 2010,
vários psicólogos foram acionados no sentido de atuar com as populações
atingidas pelas perdas. Muitos profissionais atenderam a esse convite, enquanto
outros declinaram sob a alegação de que não sabiam atuar em situações de
desastre e emergências.
Com relação a esse texto, analise as afirmativas a seguir..
I. a argumentação de que não estariam preparados para trabalhar
com situações de desastre e emergência é improcedente, uma vez
que não há diferenças teórico-técnicas nessa modalidade de
atuação;
II. os psicólogos que atenderam a esses convites mostraram uma
grande capacidade de empatia e preocupação social;
III. os psicólogos que atenderam esses convites cumpriram
orientação do Código de Ética Profissional;
IV. os psicólogos que não atenderam a esse convite, por não estar
devidamente preparados para o atendimento em situações
similares, atenderam o Código de Ética Profissional.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas;
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas
(C) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas;
(D) se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas;
(E) se apenas a afirmativa II estiver correta.
Gabarito: D
Comentários: A argumentação de que não estão preparados para lidar com
situações de desastre é totalmente procedente (o que não exclui a sua
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responsabilidade como psicólogo), pois de nada serve recrutar um grande


contingente de psicólogos que não têm experiência ou competência técnica para
lidar com tais situações. Além disso, as diferenças metodológicas entre as
abordagens na forma de lidar com calamidades e catástrofes é imensa. Isso para
não falar das diferença entre as áreas de atuação. O CFP não regulamentou qual
o perfil dos psicólogos que devem se apresentar em tais situações, mas, em
minha modesta opinião, só à clínicos e os da área social seria pertinente tal
atuação. Sobre isso, nossa Resolução n˚ 10 de 2005 fala: Art. 1º – São deveres
fundamentais dos psicólogos: d) Prestar serviços profissionais em situações de
calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal.

8. FGV – Fundação Oswaldo Cruz – Psicólogo - 2010


Uma psicóloga recém-formada atendia uma paciente numa clínica social.
Considerando que o atendimento nesse local não satisfazia da melhor maneira o
bem-estar de seu paciente, em função dos horários e do deslocamento
necessário, consultou a paciente sobre a possibilidade de ser atendida em seu
consultório particular, que teria uma melhor localização e onde poderiam dispor
de mais horários. Combinada a mudança, e de comum acordo com a paciente,
fez um aumento mínimo no preço que era cobrado na clínica. Como não avisou a
instituição, o horário foi mantido durante 2 meses, sendo cobrado o montante das
sessões à paciente, que só então explicou que não estava mais sendo atendida
na clínica.
Considere as alternativas a seguir:
I. não houve nenhuma falha grave, uma vez a psicóloga evidenciou
interesse pelo bem-estar de seu paciente, que era limitado por horários e
deslocamento;
II. o aumento mínimo sobre o preço reduzido anteriormente cobrado,
realizado de comum acordo com a paciente, evidenciou que não houve
tentativa de obter benefícios com a derivação para seu consultório
particular;
III. qualquer modificação no procedimento deveria ser previamente
autorizada pela coordenação da clínica e comunicada à secretaria da
instituição;
IV. a psicóloga poderia estar cometendo abuso de poder;
V. a psicóloga feriu o Código de Ética Profissional;
Assinale:
(A) se apenas as alternativas I e III estiverem corretas.
(B) se apenas as alternativas I, II e III estiverem corretas.

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(C) se apenas a alternativa IV estiver correta.


(D) se apenas a alternativa V estiver correta.
(E) se apenas as alternativas IV e V estiverem corretas.
Gabarito: E
Comentários: Vejamos cada uma à luz da Resolução n˚ 10 de 2005 (nosso Código
de Ética).
I. não houve nenhuma falha grave, uma vez a psicóloga evidenciou
interesse pelo bem-estar de seu paciente, que era limitado por horários e
deslocamento; [a psicóloga encaminhou a paciente da clínica social para
sua clínica particular. Além disso, não comunicou à clínica social o
==0==

desligamento da paciente. Temos, portanto, duas falhas graves.]


II. o aumento mínimo sobre o preço reduzido anteriormente cobrado,
realizado de comum acordo com a paciente, evidenciou que não houve
tentativa de obter benefícios com a derivação para seu consultório
particular; [esse encaminhamento para clínica própria caracteriza a
tentativa de benefício próprio.]
III. qualquer modificação no procedimento deveria ser previamente
autorizada pela coordenação da clínica e comunicada à secretaria da
instituição; [é de bom tom que apenas as modificações que tratem da
relação da paciente com a instituição da clínica social sejam comunicadas
à coordenação da clínica. No entanto, não há uma lista de procedimentos
regulamentados de notificação compulsória à clínicas quanto a mudanças
de procedimentos. Por outro lado, também é de bom tom que,
dependendo da mudança de procedimento, o paciente seja consultado
antes mesmo da instituição.]
IV. a psicóloga poderia estar cometendo abuso de poder; [Assertiva
correta. O fato de ter tomado tal decisão unilateralmente em relação à
clínica social pode caracterizar abuso de poder.]
V. a psicóloga feriu o Código de Ética Profissional; [Art. 2˚ - Ao Psicólogo é
vedado: l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando
benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a
qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;]

9. FGV – Fundação Oswaldo Cruz – Psicólogo - 2010


Uma psicóloga foi procurada por uma mãe evangélica, solicitando
atendimento para seu filho de 8 anos, que estaria apresentando problemas na
orientação sexual. Segundo informações da mãe, o menino gostava de se vestir
como menina e se pintar, o que estaria causando problemas na família e na
comunidade, o que o retraia nas brincadeiras com as outras crianças e levava a
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crises de choro. Levado o problema ao pastor da igreja que freqüentava, foi


sugerido que buscasse atendimento psicológico.
Avalie as alternativas abaixo e marque a correta:
(A) em vista da condição de evangélica da mãe, a psicóloga aceitou o caso,
prometendo trabalhar a questão da orientação sexual com a criança.
(B) a psicóloga não aceitou o caso, uma vez que o pedido fere o Código de Ética
Profissional.
(C) a psicóloga aceitou o caso, explicando à mãe que a questão a ser trabalhada
não seria a orientação de gênero, mas o sofrimento da criança, oriundo da
estigmatização que ela vinha sofrendo.
(D) a psicóloga sugeriu que a mãe procurasse um serviço de Endocrinologia,
uma vez que a criança poderia sofrer de um distúrbio hormonal.
(E) a psicóloga sugeriu que a mãe procurasse um terapeuta de orientação
evangélica, os quais costumam trabalhar essas questões.
Gabarito: C
Comentários: Vejamos cada assertiva:
(A) em vista da condição de evangélica da mãe, a psicóloga aceitou o
caso, prometendo trabalhar a questão da orientação sexual com a
criança. [A questão da orientação sexual está presente na nossa
Resolução n˚ 10 de 2005: Art. 2º – Ao psicólogo é vedado: b) Induzir a
convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício
de suas funções profissionais]
(B) a psicóloga não aceitou o caso, uma vez que o pedido fere o Código
de Ética Profissional. [Observe que a descrição do caso não induz à
conclusão de que a demanda da mãe é de mudança da opção sexual.
Por isso, não podemos considerar que o pedido apresentado fere o
Código de Ética]
(C) a psicóloga aceitou o caso, explicando à mãe que a questão a ser
trabalhada não seria a orientação de gênero, mas o sofrimento da criança,
oriundo da estigmatização que ela vinha sofrendo. [Assertiva correta e
coerente com o momento atual das atribuições éticas e profissionais da
psicologia no Brasil]
(D) a psicóloga sugeriu que a mãe procurasse um serviço de
Endocrinologia, uma vez que a criança poderia sofrer de um distúrbio
hormonal. [WTF?]
(E) a psicóloga sugeriu que a mãe procurasse um terapeuta de
orientação evangélica, os quais costumam trabalhar essas questões. [Não
há terapeutas de orientação evangélica, cristãos, budistas ou de qualquer
outra religião. Psicologia e religião não se misturam.]
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10. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


Um laudo realizado pelo psicólogo a pedido do defensor foi contestado e
corre risco de ser impugnado pelo fato de não estar de acordo com a Resolução
08/2010 nem com o manual de elaboração de documentos (Resolução
07/2003), estabelecido pelo Conselho Federal de Psicologia. O trecho abaixo que
serviu de justificativa para o pedido de impugnação foi
(A) “a mãe vê-se obrigada a ‘terceirizar’ os cuidados em relação à criança por
causa do trabalho, fazendo a ressalva de que, em breve, mudará de emprego,
exigindo-lhe mais tempo longe do lar. Contudo, ela garante que a avó coabitará
com ela, de maneira que ficará disponível para ajudá-la nos cuidados, embora a
criança não esteja habituada a conviver com ela”.
(B) “é notório o sofrimento da criança ao criticar o pai. Sem expor uma razão
plausível para tanto, ela demonstra certa confusão ao dizer que seu pai é o
padrasto. Daí se supõe a existência de conflito de lealdade exclusiva, sendo
conveniente a retomada da convivência com o pai o mais breve possível”.
(C) “é importante frisar que, apesar de seu relato inicial, a criança possui relação
de afeto com a mãe e com o pai. Em contrapartida, não possui boa relação com o
padrasto, nem tampouco parece sentir-se segura em sua companhia.”
(D) “a criança ficará exposta à situação delicada caso permaneça sob a guarda da
mãe. Por sua vez, o pai tem tempo disponível e conta com o apoio familiar, além
de se mostrar zeloso por sua filha. Desse modo, o mais indicado é que a filha
fique sob a guarda do pai, devendo ser regulamentada a visita com a mãe.”
(E) “é igualmente indicado a ambas as partes que a criança deixe de ser envolvida
no presente processo e nos diversos conflitos que compõem o litígio”.
Gabarito: D
Comentários: Nenhum documento psicológico tem a função de decidir qualquer
caso de guarda. Apesar de na prática muitos colegas fazerem isso, para a nossa
Resolução n˚ 7/2003, não nos cabe esse poder. Mas Alyson, as outras assertivas
não estão estranhas por falarem de um nível de análise social além da possível
na avaliação psicológica? Cuidado, apesar do foco social ser uma competência
maior da área de assistência social de qualquer tribunal, também avaliamos o
viés social, através da perspectiva psicológica. Assim, todas as outras assertivas
são plausíveis.

11. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


Sobre as normas para a elaboração de documentos escritos, segundo o
Conselho Federal de Psicologia, assinale a afirmativa correta.
(A) Os documentos escritos compreendem as declarações, os atestados e os
laudos psicológicos.
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(B) As declarações devem incluir dados relativos à frequência às sessões, período


de atendimento e motivos ou sintomas do comparecimento do solicitante.
(C) O laudo psicológico objetiva responder a uma questão específica.
(D) Os termos técnicos utilizados no laudo psicológico devem incluir explicações
retiradas dos fundamentos teórico‐filosóficos que os sustentam.
(E) Os documentos escritos, bem como o material que os fundamentaram devem
ser guardados por um período mínimo de 10 anos.
Gabarito: D
Comentários: Os documentos psicológicos compreendem as declarações, os
atestados, os laudos/relatórios e os pareceres. Logo, a assertiva A está
incompleta. A assertiva B mistura atestado com declaração. A assertiva C trata do
parecer e os documentos escritos, bem como o material que os fundamentaram
devem ser guardados por um período mínimo de 5 anos.
Por fim, na Resolução n˚ 7 de 2003, temos: 3.2. Estrutura
O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor científicos, devendo
conter narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e harmonia,
tornando-se acessível e compreensível ao destinatário. Os termos técnicos
devem, portanto, estar acompanhados das explicações e/ou conceituação
retiradas dos fundamentos teórico-filosóficos que os sustentam.

12. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


Com o objetivo de auxiliar em uma decisão, foi solicitada a um psicólogo
especialista em famílias, a elaboração de um parecer psicológico. A esse
respeito, analise as afirmativas a seguir.
. O parecer deve responder a quesitos específicos.
. O parecer deve começar por uma ampla avaliação sobre o problema que
motivou a solicitação.
. O parecer deve atender às orientações do CFP para a elaboração de
laudos psicológicos.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: A

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Comentários: A II e a III não tratam do parecer, mas do relatório/laudo


psicológico.

13. FGV – AL/MT – 2013


Segundo a Resolução 007/03 do Conselho Federal de Psicologia, o
psicólogo, no exercício profissional, elabora documentos. Sobre essa atividade,
analise as afirmativas a seguir.
I. Parecer é documento que resume uma questão focal do campo
psicológico, com a devida fundamentação.
II. Declaração é documento que informa a ocorrência de um fato do
campo psicológico, analisando sintomas e o estado do paciente.
III. Atestado é o documento que indica se o solicitante está apto ou
não para realizar atividade específica, sendo usado para justificar
faltas ou impedimentos.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
Gabarito: E
Comentários: A II trata do Atestado e não da Declaração.

14. FGV – Hemocentro – SP – Psicólogo - 2013


Uma das atribuições do psicólogo em sua prática cotidiana é a elaboração
de documentos. Sobre a elaboração de documentos, de acordo com a
Resolução n. 07/03, do Conselho Federal de Psicologia, assinale a afirmativa
correta.
(A) A autenticidade do documento exige o parecer psicológico e a assinatura do
parecerista.
(B) O planejamento do material (testes/material ludoterápico) a ser utilizado em
um processo de avaliação deve ser o mais homogêneo possível.
(C) A declaração psicológica tem o objetivo de atestar fatos e situações, devendo
incluir o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos.
(D) O parecer psicológico é um documento que deve avaliar o solicitante da
maneira mais ampla possível considerando situações e/ou condições

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psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais.


(E) O parecer psicológico deve incluir a identificação, a exposição de motivos, a
análise e a conclusão.
Gabarito: E
Comentários: Vejamos cada uma.
(A) A autenticidade do documento exige o parecer psicológico e a
assinatura do parecerista. [A resolução em questão não trata da
autenticidade dos documentos. Além disso, o termo “parecer” é adotado
na assertiva como sinônimo de “posição” ou “sugestão”.]
(B) O planejamento do material (testes/material ludoterápico) a ser
utilizado em um processo de avaliação deve ser o mais homogêneo
possível. [Não há recomendação para a homogeneidade da bateria de
testes. Ao contrário, recomenda-se que eles sejam de tipos variados para
garantir a validade do procedimento.]
(C) A declaração psicológica tem o objetivo de atestar fatos e situações,
devendo incluir o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos.
[Na declaração não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou
estados psicológicos.]
(D) O parecer psicológico é um documento que deve avaliar o solicitante
da maneira mais ampla possível considerando situações e/ou condições
psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais.
[Essa assertiva trata do laudo/relatório.]
(E) O parecer psicológico deve incluir a identificação, a exposição de
motivos, a análise e a conclusão. [Assertiva correta. O parecer é composto
de 4 (quatro) itens: Identificação, Exposição de motivos, Análise e
Conclusão.]

15. FGV – Hemocentro – SP – Psicólogo - 2013


Um psicólogo foi solicitado a dar um atestado para um funcionário que
solicitou dispensa de algumas atividades em um projeto específico, dizendo‐se
incapacitado para realizá‐las. O funcionário em questão era visto como um bom
profissional, mostrando‐se empenhado nas tarefas e cumpridor de seus
compromissos.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
(A) Os atestados devem apenas justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante.
(B) O psicólogo não pode fornecer o atestado porque a Resolução n. 07/03 do
CFP não explicita normas a respeito.
(C) O psicólogo deve apenas justificar falta ou dispensa em situações específicas.

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(D) Após ouvir as razões do funcionário, o psicólogo forneceu o atestado de


imediato.
(E) O psicólogo atendeu à solicitação do funcionário após uma avaliação
psicológica.
Gabarito: E
Comentários: A Declaração e o Parecer não decorrem de avaliação psicológica.
O Laudo/Relatório e o atestado decorrem. Somente podemos emitir atestados
após a avaliação psicológica do paciente. O atestado serve para:
a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;
b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após
realização de um processo de avaliação psicológica, dentro do rigor
técnico e ético que subscreve esta Resolução;
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na
afirmação atestada do fato, em acordo com o disposto na Resolução
CFP n˚ 015/96.

16. FGV – Funarte – Psicologia – 2014


A Resolução n˚ 02/01 do Conselho Federal de Psicologia, que trata da
Concessão e Registro do Título Profissional de Especialista em Psicologia nos
Conselhos Regionais de Psicologia, definiu, entre as especialidades que poderão
receber esse título, a do psicólogo especialista em psicologia do esporte. De
acordo com a resolução, é atribuição desse profissional:
(A) o treinamento esportivo de pacientes psiquiátricos e de pessoas com
necessidades especiais físicas e cognitivas, incluindo idosos;
(B) o assessoramento de atletas nas questões contratuais atinentes ao
desenvolvimento de uma carreira profissional;
(C) a produção de pareceres psicológicos que subsidiem decisões de técnicos e
dirigentes no desligamento de atletas inaptos;
(D) a orientação da efetivação do esporte não competitivo de caráter profilático e
recreacional, para o bem-estar e a qualidade de vida dos indivíduos;
(E) o uso das atividades esportivas de equipe como técnica de terapia grupal em
programas de reabilitação de dependência química de adolescentes e adultos
jovens.
Gabarito: D
Comentários: Maldade da FGV! Isso não se faz... É possível resolver decorando a
literalidade da Resolução em questão ou usando o bom senso. A Letra A
compete ao profissional de educação física. A B corresponde ao papel do
advogado ou empresário do atleta. A C não é coerente com a nossa prática
profissional da psicologia do esporte, assim como a E! A D é a mais “redonda”
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para os nossos propósitos.

17. FGV – ALBA – Psicólogo – 2014


O Conselho Federal de Psicologia (CFP) regulamentou o atendimento on‐line
por meio da Resolução n˚ 011/2012. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
(A) Testes psicológicos on‐line são proibidos.
(B) O atendimento a crianças e adolescentes on‐line deverá seguir os critérios do
Estatuto da Criança e do Adolescente.
(C) O atendimento virtual deverá ser realizado em até 30 encontros virtuais.
(D) A permissão para a permanência no ar de um site autorizado pelo CFP será
de cinco anos, renováveis por igual período.
(E) No caso do atendimento on‐line, é autorizado a remuneração ao participante
de pesquisas.
Gabarito: B
Comentários: Testes psicológicos online não são proibidos. O atendimento
virtual deve ser realizado em até 20 encontros. A permissão de funcionamento do
site mediante cadastro terá a duração de 3 anos renováveis por igual período. É
vedado ao participante pesquisado, individual ou coletivamente, receber
qualquer forma de remuneração ou pagamento. Por fim, O atendimento às
crianças, adolescentes e interditos realizados por meios tecnológicos de
comunicação a distância deverá obedecer aos critérios do Estatuto da Criança e
do Adolescente, ao Código de Ética da(o) psicóloga(o) e aos dispositivos legais
cabíveis.

Considerações Finais
Quem chegou até aqui certamente está disposto de ir até o final do nosso
curso. Fico muito feliz em ver a sua dedicação com a sua aprovação. Serei o seu
professor dessa disciplina e trago para mim a responsabilidade de ter aprovar.
Para isso precisarei da sua ajuda: estude, mantenha as matérias em dia, participe
do nosso fórum, tire suas dúvidas no nosso fórum!

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Em com grande felicidade no coração que me despeço e aguardo você na


nossa próxima aula!
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Grupo de discussão: psicologiaconcursos@googlegroups.com
Meu site profissional: www.psicologianova.com.br
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Qual a sua Estratégia?

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