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ESCOLA ESTADUAL MARIA DA LUZ CALDERARO

TRABALHO DE SOCIOLOGIA:
ENTREVISTA COM PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

BRUNO LEONARDO CANTO DE PAIVA E PEDRO FELIPE DA PAIXÃO BRANDÃO

Manaus – AM
2019
ESCOLA ESTADUAL MARIA DA LUZ CALDERARO
Professor(a): Paula Regina.
Sociologia 3°2 Matutino.
Manaus, 07 de março, de 2019.

ENTREVISTA COM UMA PESSOA COM NECESSIDADES ESPECIAIS (PNE).

Trabalho de campo na disciplina de Sociologia


requerido pela professora Paula Regina.

Manaus – AM
2019
A RELAÇÃO ENTRE INCLUSÃO E EXCLUSÃO.

O movimento de inclusão social vem trazer novas relações de educação na sociedade.


Inclusão é o ato de permitir favorecer ou facilitar o acesso ao meio comum. Indistintamente,
seja ela inclusão escolar e/ou social. A inclusão escolar é um movimento social que usa
modificar as relações criadas com as pessoas chamadas portadoras de deficiências. Portadores
de deficiência são pessoas que apresentam algum tipo comprometimento orgânico, psicológico
ou cognitivo, como necessidade aprendizado diferenciado em determinados momentos. Quando
nos referimos à portadores de necessidades especiais, por uma questão social já arraigada, nos
portamos ao temor deficiência, que nos remete a condição social de menos valia. A diferença é
vista como deficiência que nos levam a práticas discriminatórias, porque as ideias são sempre
correlatas a práticas. Enquanto discurso, a deficiência se faz presente em nossos discursos,
porém enquanto prática ela se associa a segregação e a exclusão. O movimento de inclusão vem
trazer novas relações de educação, a legislação anterior procurou contemplar espaços para estes
“deficientes”, categorizando suas deficiências para poder melhor atendê-los. A legislação atual
prioriza a inclusão deste aluno no ensino regular, trabalhos de apoio ao ensino regular, sem a
necessidade de categorização ou exclusão. Na nova legislação a questão pedagógica vem como
prioridade, à questão do “ensinar” passa a ser prioritário. A nova legislação traz a diferença
entre a interação e inclusão, porque na interação a pessoa portadora de necessidades especiais
tem que se moldar aquilo que já está estruturado. Na inclusão é reconhecida a existência de
mecanismos de exclusão com a mudança de percepção de aprendizagem muda-se a perspectiva.
O movimento de inclusão vem trazer novas relações de educação, a legislação anterior procurou
contemplar espaços para estes “deficientes”, categorizando suas deficiências para poder melhor
atendê-los. A legislação atual prioriza a inclusão deste aluno no ensino regular, trabalhos de
apoio ao ensino regular, sem a necessidade de categorização ou exclusão. Na nova legislação a
questão pedagógica vem como prioridade, à questão do “ensinar” passa a ser prioritário. A nova
legislação traz a diferença entre a interação e inclusão, porque na interação a pessoa portadora
de necessidades especiais tem que se moldar aquilo que já está estruturado alta. No canto
pedagógico os professores têm um longo caminho a ser recorrido, baseado nas novas leis e
diretrizes escolares. O profissional (professor) deve buscar se está ou não preparado para esta
inclusão, porque a exclusão é um fenômeno muito amplo, dentro da sociedade como um todo.
Faça uma pesquisa de campo com uma pessoa com necessidades especiais (PNE), com
o seguinte questionamento: Como você se sente no seu ambiente escolar? Incluído ou
excluído.
A entrevista ocorreu no dia 07 de março via WhatsApp, aplicativo de mensagens
instantâneas. A entrevistada foi uma amiga minha, Yasmim Conte Ribeiro, 16 anos. Ela estuda
na E. E Maria da Luz Calderaro no 3°1 matutino. É minha amiga a alguns anos e temos uma
relação bem saudável. Ela sofre de uma doença chamada osteogênese imperfeita também
conhecida como ´´Ossos de vidro´´. A osteogênese imperfeita é causada por genes defeituosos
que afetam o modo como o corpo produz colágeno, uma proteína que ajuda a fortalecer os
ossos. A condição pode ser leve, com apenas algumas fraturas durante a vida da pessoa afetada.
Em casos mais graves, pode envolver centenas de fraturas que ocorrem sem causa aparente. Os
tratamentos incluem medicamentos de fortalecimento dos ossos, fisioterapia e cirurgia
ortopédica.
Na entrevista ela desabafa como é viver com essa doença e como se sente na escola e qual é
sua relação com seus amigos, de exclusão e inclusão.

BRUNO:
- Boa tarde, como você se sente? Tem algum problema em falar sobre a sua doença?
YASMIM:
- Não, não tenho...
BRUNO:
- Como você se sente na escola? você acha que é excluída ou incluída?
YASMIM:
- Às vezes me sinto mal, meus colegas de turma tentam me incluir ao máximo em tudo, mas
ainda sim me sinto deslocada.
BRUNO:
- Você tem problemas pra fazer amigos?
YASMIM:
- Tenho muita dificuldade por ser insegura em relação a minha aparência. Já, mas eu gostaria
de não comentar sobre essa situação, me sinto muito mal.
BRUNO:
- Você já sentiu algum desconforto por ser mais alta? Você se sente excluída nas aulas de Ed
física?
YASMIM:
- Diversas vezes, ainda sinto esse mesmo desconforto, mas em alguns breves momentos me
sinto mais à vontade, esses momentos são quando estou cercada dos meus colegas meninos pois
são mais altos que eu, claro que não todos. Sinto sim, apesar de o professor sempre deixar bem
claro que posso participar e etc...
BRUNO:
- Tem coisas que você queira fazer que não pode?
YASMIM:
- Andar de skate...
BRUNO:
- Me fala das dificuldades de ser uma portadora de uma doença sem cura, e como você lida
psicologicamente com isso.
YASMIM:
- Psicologicamente é difícil demais, quando pequena, não gostava de sair de casa, mas minha
mãe me incentivava foi logo quando descobri que tinha a osteogênese imperfeita. Sempre fui
bastante frágil e me machuco por qualquer coisa, mas nunca havia passado pela cabeça dos
meus pais que eu poderia ter essa doença. Pelo fato de ser hereditária eu herdei da minha
tataravô, minha mãe sempre disse que sou uma garota especial e diferente das outras e isso era
reconfortante então escolhi acreditar nisso até hoje sinto bastante medo de fazer seja lá o que
for mas sei que posso, basta que eu me esforce e tenha esperança, mamãe disse que posso fazer
e ser qualquer coisa então é isso entendeu?
BRUNO:
- Muito obrigada por seu tempo e suas palavras, espero que você continue sendo essa garota
gentil, linda e de coração aberto... e que nada de ruim posso acontecer com a princesa que você
é.

Foi visto na entrevista que Yasmim mesmo com sua doença rara, ela não se tem deixado abalar
e sua personalidade forte construída por sua mãe lhe fez uma pessoa muito amável e
perseverante com a vida do jeito que ela é. Na escola a doença não se tem atrapalhado a sua
vida escolar e seus amigos tem lhe dado muitas forças e mais do que isso, amor. É de conclusão
inevitável que ela é incluída, mesmo se limitando em alguns aspectos.

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