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FN2 – Interação da radiação com a matéria

Ao interagir com a matéria, as radiações transferem parte ou toda sua


energia para os átomos ou moléculas onde passam.

Principais consequências:

Ionização
Excitação atômica

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Interação da radiação com a matéria

Quando ocorre a interação da radiação com a matéria há uma transferência


de energia da radiação para os átomos e moléculas do meio através do qual a
radiação está passando.

A transferência de energia de uma partícula ou de um fóton para os átomos


do material ocorre, sobretudo, através de dois mecanismos: Ionização e excitação.

Qualquer processo do qual resulta a remoção de um elétron de um


átomo ou molécula, deixando-o com uma carga positiva, denomina-se
ionização.

A adição de energia a um sistema atômico ou molecular eleva-o do


estado normal de energia ao estado de excitação.

Em decorrência das diferenças existentes entre as radiações, em suas


cargas e suas massas, cada uma delas interage de modo diferente com a matéria.
Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Ionização As radiações interagem com os materiais arrancando


dos átomos alguns elétrons do seu redor.

As radiações interagem transferindo parte ou toda


Excitação sua energia para os elétrons dos materiais alvo.
A energia transferida não é suficiente para retirar
esses elétrons do átomo.

Mecanismo
O elétron que agora tem maior energia passa de uma camada eletrônica
próxima do núcleo para outra mais distante.
Passado um tempo o elétron se desexcita (perde energia), produzindo
um fóton (luz na faixa visível-cintilação) ou uma luz na faixa dos raios-X (raios X
característicos)

Renato Semmler
Ionização

Ionização

Renato Semmler
Excitação

Excitação

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

I. Partículas carregadas
Massivas (, p, D, íons leves)
Leves (elétron e pósitrons)

II. Partículas neutras


Fótons ( Raio X e gama)
Nêutrons

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Interação das partículas carregadas com a matéria

As partículas carregadas ao interagirem (interações coulombianas) com a


matéria perdem energia basicamente pelos seguintes processos:

• Interações com os elétrons individuais dos átomos e moléculas provocando


excitações e ionizações (perda de energia por colisão);

• Interação com o núcleo (perda de energia por radiação);

• Interação com o átomo como um todo (ocorre apenas quando a energia da


partícula é menor que a energia de excitação dos átomos, portanto desprezível, em
termos de proteção radiológica.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Interação das partículas carregadas pesadas

As partículas carregadas pesadas ao interagirem com a matéria perdem


energia principalmente por colisões com os elétrons dos átomos do material que
atravessam.

Parte da energia da partícula carregada é transferida para o elétron.


Dependendo da quantidade de energia que é transferida poderá ocorrer ionização
do átomo.

As partículas carregadas pesadas podem transferir uma pequena fração da


sua energia para um elétron em uma simples colisão.

A perda de energia das partículas carregadas pesadas devido ao processo


de colisão com os elétrons atômicos é proporcional ao quadrado da carga da
partícula incidente.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Partículas pesadas tem menor velocidade que um elétron de mesma energia,
portanto ionizarão um número maior de átomos ao longo de seu percurso que será
aproximadamente linear.

Traços da ionização produzidas por partículas carregadas pesadas (energia inicial de


10 MeV/nucleon) em uma chapa fotográfica (emulsão nuclear). Os íons interagem com os
elétrons atômicos na emulsão produzindo pares de íons.
Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Partículas 
Nas partículas  ocorre interação entre sua carga positiva e a carga
negativa dos elétrons do átomo do absorvedor. Na interação, os elétrons sentem um
impulso devido a força atrativa coulombiana durante a passagem da partícula na sua
vizinhança. Dependendo da proximidade do encontro o impulso pode ser suficiente
para excitar o átomo ou ionizá-lo. A energia que é tranferida ao elétron é a custas do
decréscimo na energia da partícula carregada, ou da velocidade.

As partículas alfa são emitidas por decaimento radioativo de núcleos


como o U e Ra no processo conhecido como decaimento alfa. Isto deixa o
núcleo num estado excitado, com a emissão de gama.

A energia das partículas alfa varia, tendo energias entre 3 e 7 MeV.


Embora esta energia é considerável para uma simples partícula, elas não
possuem altas velocidades quando comparadas com outros tipos de radiação
(β, , nêutrons).

Devido a sua massa elas são fácilmente absorvidas por materiais e


atravessam poucos centímetros no ar.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Partículas 
Nas partículas  ocorre interação entre sua carga positiva e a carga
negativa dos elétrons do átomo do absorvedor. Na interação, os elétrons sentem um
impulso devido a força atrativa coulombiana durante a passagem da partícula na sua
vizinhança. Dependendo da proximidade do encontro o impulso pode ser suficiente
para excitar o átomo ou ionizá-lo. A energia que é tranferida ao elétron é a custas do
decréscimo na energia da partícula carregada, ou da velocidade.

As partículas alfa são emitidas por decaimento radioativo de núcleos como o


U e Ra no processo conhecido como decaimento alfa. Isto deixa o núcleo num
estado excitado, com a emissão de gama.

A energia das partículas alfa varia, tendo energias entre 3 e 7 MeV.


Embora esta energia é considerável para uma simples partícula, elas não
possuem altas velocidades quando comparadas com outros tipos de radiação
(β, , nêutrons).

Devido a sua massa elas são fácilmente absorvidas por materiais e


atravessam poucos centímetros no ar.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Partículas 
Nas partículas  ocorre interação entre sua carga positiva e a carga
negativa dos elétrons do átomo do absorvedor. Na interação, os elétrons sentem um
impulso devido a força atrativa coulombiana durante a passagem da partícula na sua
vizinhança. Dependendo da proximidade do encontro o impulso pode ser suficiente
para excitar o átomo ou ionizá-lo. A energia que é tranferida ao elétron é a custas do
decréscimo na energia da partícula carregada, ou da velocidade.

As partículas alfa são emitidas por decaimento radioativo de núcleos como o


U e Ra no processo conhecido como decaimento alfa. Isto deixa o núcleo num
estado excitado, com a emissão de gama.

A energia das partículas alfa varia, tendo energias entre 3 e 7 MeV. Embora
esta energia é considerável para uma simples partícula, elas não possuem altas
velocidades quando comparadas com outros tipos de radiação (β, , nêutrons).

Devido a sua massa elas são fácilmente absorvidas por materiais e


atravessam poucos centímetros no ar.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Partículas 
Nas partículas  ocorre interação entre sua carga positiva e a carga
negativa dos elétrons do átomo do absorvedor.

Na interação, os elétrons sentem um impulso devido a força atrativa


coulombiana durante a passagem da partícula na sua vizinhança.

Dependendo da proximidade do encontro o impulso pode ser suficiente para


excitar o átomo ou ionizá-lo.

A energia que é tranferida ao elétron é a custas do decréscimo na energia


da partícula carregada, ou da velocidade.

Devido a sua massa elas são fácilmente absorvidas por materiais e


atravessam poucos centímetros no ar.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Poder de freamento linear (linear stopping power)

dE
S (Taxa de perda de energia / comprimento)
dx

Dependência com:
- energia ( 1/v2),
- carga ( Z2) ;
- densidade do meio ( NZ);

Muitos choques até frear (Diferença de massas),


Muitos choques, alcance bem definido e curto (trajetória linear)

•Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Uma expressão para S conhecida como a fórmula de Livingstone e Bethe é
dada por:
dE 4e 4 Z 2
  2
NB
dx m0v

e é a carga da partícula carregada (alfa).


v é a velocidade da partícula carregada (alfa).
N é o número de átomos/cm3 do absorvedor.
Z é o número atômico do absorvedor.
B é chamado número de freamento.
I representa o potencial de ionização e excitação médio do absorvedor (determinado
experimentalmente).
 2m0v 2 
B  Z  ln 
 I 

Explicação: a partícula carregada gasta muito tempo na vizinhança do elétron


quando a sua velocidade é diminuída, e portanto a transferência de energia é grande.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Analisando a fórmula de Livingstone e Bethe podemos observar que:

- A perda de energia dE/dx independe da massa da partícula incidente. Isso


ocorre porque a interação se dá com os elétrons e a massa da partícula alfa é muito
maior do que a dos elétrons.

- Quem comanda a variação de dE/dx é 1/v2 , ou seja, quanto menor v, mais


tempo a partícula passa em contato com o absorvedor e maior a probabilidade de
interação. Quanto maior v, menos tempo a partícula passa em contato com os
elétrons do absorvedor e menor a chance de interação.

- dE/dx depende do produto NZ. Logo, materiais de alta densidade e altos


números atômicos produzirão grandes valores de S.

Existe na literatura várias curvas para vários elementos de dE/dx contra


energia.

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Interação da radiação com a matéria

Ionização específica de uma partícula alfa no ar

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Interação das partículas carregadas leves

A absorção das partículas carregadas leves (elétrons) na matéria é bem


mais complicada do que a das partículas carregadas  os dois processos de perda
de energia (colisão e radiação), são bastante significativos.

A perda total de energia das partículas carregadas leves é dada por:

 dE   dE   dE 
     
 dx total  dx col  dx  rad

Em baixas energias (< 1 MeV), a perda de energia por colisão é mais


significativa do que por radiação – a perda de energia se dá por ionizações e
excitações dos átomos do material.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Elétrons perdem energia através de uma série de colisões que defletem do


processo original, causando uma série de ionizações secundárias.

A interação com a matéria se dá por ionização, excitação que são os


mesmos processos descritos para partículas carregadas pesadas, porém existe um
outro mecanismo que se torna mais importante à medida que se aumenta a energia.
É o “bremsstrahlung” ou produção de radiação de freiamento (perda de energia por
radiação).

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
A perda de energia por radiação se dá quando uma partícula carregada
passa perto do núcleo e interage com o seu campo coulombiano.

Há uma mudança na sua trajetória e desaceleração.

Como consequência, radiação eletromagnética é


emitida na forma de raios X com espectro contínuo.

Esses raios X recebem o nome de raios X de


desaceleração ou bremsstrahlung.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

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Interação da radiação com a matéria

Radiação de Freamento (Bremsstrahlung)

Essa radiação é produzida quando um elétron passa próximo a um núcleo


de um átomo do alvo, sendo atraído na direção deste núcleo e desviado de sua
trajetória inicial. Com isso o elétron perde energia cinética e emite essa energia parte
em forma de calor e parte em forma de radiação x.

- 99% em forma de calor


- 1% produção de raios x

Logo, os elétrons se diferenciam da partículas carregas pesadas pelo fato


que a energia também pode ser perdida por processos radioativos. Estas perdas
radioativas aparecem na forma de bremsstrahlung ou radiação eletromagnética.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Como a massa do elétron incidente é igual à dos elétrons atômicos do


material, a perda de energia é grande em cada choque e sofrem fortes
desacelerações (daí a relevância do efeito bremsstrahlung) e grandes
mudanças de ângulos que resulta em trajetória tortuosa.

Renato Semmler
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Assim o S total para elétrons é a soma de ambas as perdas:

 dE   dE   dE 
     
 dx total  dx col  dx  rad

Esta é a maneira pela qual funcionam as máquinas produtoras de radiação


eletromagnética. Os elétrons são acelerados e jogados contra um alvo pesado
havendo a produção do freamento e consequentemente de radiação eletromagnética.

A relação entre a perda de energia por radiação e por colisão é:

 dE 
 
 dx  rad EZ

 dE  800
 
 dx  col

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Interação da radiação com a matéria

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Interação da radiação com a matéria

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Interação da radiação com a matéria

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Alcance

À medida que as partículas carregadas vão penetrando na matéria, elas


sofrem colisões e interações, perdendo em cada uma delas, uma parte de sua
energia.

Após um certo número de interações, ou seja, após penetrar até uma certa
profundidade do material, a partícula acaba perdendo toda a sua energia e, portanto,
deixa de se movimentar.

Essa espessura mínima de material necessário para deter uma partícula


carregada chama-se alcance.

Quanto maior é a energia de uma partícula carregada, maior é o seu


alcance.

Partículas de diferentes tipos com energias iguais terão alcances


diferentes.

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

As partículas alfa e beta comportam-se de modos diferentes.

No caso das partículas alfa (partículas mais pesadas e com carga dupla),
elas interagem muito intensamente com a matéria.

O seu poder de ionização é muito alto, perdendo toda a sua energia em


alguns centímetros de ar.

O poder de penetração das partículas alfa é muito pequeno.

A espessura de uma folha de papel é suficiente para barrar todas as


partículas alfa emitidas por uma fonte.

•Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

As partículas alfa e beta comportam-se de modos diferentes.

Para as partículas beta, como sua massa é muito menor do que a das
partículas alfa, possuindo também carga menor, o poder de ionização das partículas
beta é bem menor do que o das partículas alfa.

Elas deverão atravessar uma espessura maior de material para perder toda
a sua energia por ionização.

O poder de penetração das partículas beta é bem maior do que o das


partículas alfa.

São necessários alguns mm de material sólido ou metros de ar para deter


as partículas beta com energia da ordem de alguns MeV.

•Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Alcance da partícula alfa

Uma relação empírica que fornece o alcance das partículas alfa no ar com
relativa precisão é
R (ar )  0,005E  0,285 E
3
2

onde

R(ar) = alcance da partícula alfa no ar, em cm.


E = energia da partícula alfa, em MeV

O alcance da partícula alfa em outros materiais (R) é dado pela Regra de


Bragg-Kleeman, resultando em valores aproximados:.

A
R  0,00032 R (ar )

A = massa atômica
 = densidade do material, em g/cm3.
Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Qual é o alcance de uma partícula alfa com energia de 8 MeV no ar?

R (ar )  0,005E  0,285E


3
2

R (ar )  0,005  8  0,285  8 2


3

R (ar )  7,4 cm

•Renato Semmler
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Rm - alcance médio, definido como a espessura de absorvedor que reduz o número


de partículas alfa à metade de seu número inicial.

Re - alcance extrapolado, obtido extrapolando a parte linear ao final da curva de


transmissão até o zero.
Renato Semmler
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Alcance das partículas carregadas leves

Perdem energia tanto por colisão como por radiação  não possuem um
alcance definido.

A trajetória dos elétrons pela matéria não é retilínea (sofrem grandes


deflexões após as colisões com os elétrons atômicos).

Desta forma, elétrons de mesma energia não possuem o mesmo alcance


em um dado meio absorvedor.

•Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
O alcance é obtido extrapolando a partir da parte linear da curva até o
zero. Isto representa a espessura de absorvedor necessária para garantir que quase
nenhum elétron penetre a espessura total.

Renato Semmler
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Alcance das partículas beta

Uma relação empírica que fornece o alcance das partículas beta no


alumínio é
R  412E n
para E < 2,5 MeV
onde
n  1,265  0,0954  ln(E )
R = alcance da partícula beta, em mg/cm2.
E = energia máxima das partículas beta, em MeV

R  530  E  106 para E > 2,5 MeV

Para outros materiais:

Rmat  mat  RAl   Al

•Renato Semmler
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Partículas neutras

Interação com fótons

Espalhamento Rayleigh
Efeito fotoelétrico
Efeito Compton
Produção de pares
Reações fotonucleares

Renato Semmler
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Espalhamento Rayleigh
- Interação do fóton com o átomo todo;
- Baixas energias;
- Todos os elétrons do átomo vibram e emitem a radiação em
direção ligeiramente diferente.

•Renato Semmler
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Efeito fotoelétrico
- Toda energia do fóton incidente é transferida para um elétron que
é ejetado do átomo com energia E = E0 - Elig;
- Seguido de emissão de raio X característico ou elétrons Auger

•Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

foto~Z5.E-7/4

Portanto a probabilidade de ocorrência desse efeito depende da 5ª


potência do número atômico do material absorvente e do inverso da energia do
fóton, predominando em energias baixas.
Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Efeito Compton
-Espalhamento entre a radiação e um elétron (frequentemente de
valência) resultando na mudança do fóton e ejeção do elétron;

fóton
E incidente
fóton
Eespalhado  fóton
1
E incidente
1  cos 
511keV

•Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

, Quando a energia da Radiação X


aumenta, o espalhamento Compton torna-
se mais freqüente que o efeito fotoelétrico.
Neste efeito o fóton incidente interage com
qualquer elétron orbital o qual se comporta
como elétron livre pois:
hν ›› EL
A energia do fóton incidente se divide
entre o fóton espalhado e o elétron que sai.
A probabilidade de ocorrência desse
efeito varia com a energia e com Z do
material sendo:
σCompton α Z

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Produção de pares
- Energia do fóton incidente excedendo 1,022 MeV (511 + 511 keV);
- Fóton interage com os campos nucleares e transforma-se em um
elétron e um pósitron. O excesso de energia do fóton (acima dos 1,022
MeV necessários) é divido em forma de energia cinética.

•Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Na produção de pares o fóton primário passando no campo


coulombiano do núcleo desaparece e sua energia se transforma em parte na
massa de um par de elétrons (positivo e negativo), e a outra parte é dividida
como energia cinética destas partículas.

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Interação da radiação com a matéria

Renato Semmler
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Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Energia do fóton nos processos competitivos

120

100 Produção de
pares
80 Efeito fotoelétrico dominante
dominante
60

40 Efeito Compton
dominante
20

0,01 0,05 0,1 0,5 1 5 10 50 100

Energia do fóton (MeV)


Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria

Atenuação da radiação gama pela matéria

O raio  não perde energia aos poucos. Existem apenas duas


probabilidades (interação e não interação). Logo, numa interação ele perde
energia totalmente ou sofre transformação como no caso dos efeitos Compton
e Pares.

A atenuação de um feixe de fótons é uma função exponencial da


espessura do absorvedor (x).

 x
I  I0e
µ : é o coeficiente de atenuação ou absorção total de massa [cm2/g];
x : é a espessura do absorvedor;
I0 é a intensidade do feixe incidente e I é a intensidade após atravessar o
material.
Renato Semmler
Interação da radiação com a matéria
Δx
Fóton espalhado

I0 I
Detetor
Foton primário Fóton primário
incidente atenuado

absorvedor Fotón espalhado


I = I0 e-µx

Renato Semmler

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