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QUÍMICA I - Q1009

Capítulo 8
Tabela Periódica

Classificação dos Elementos

1
ns2np6
Ground State Electron Configurations of the Elements
ns1

ns2np1

ns2np2
ns2np3

ns2np4
ns2np5
ns2

d10
d1

d5

4f
5f

Carga nuclear efe4va (Zef ou Z *) por orbital


Repulsão intereletrónica
Blindagem da carga nuclear
(carga nuclear efetiva)
•Os eletrões exteriores sentem uma carga
nuclear inferior à carga do núcleo devido às
repulsões intereletrónicas. [Mas superior a um,
devido à penetração nuclear.]

Penetração nuclear
As orbitais s têm maior penetração nuclear
(probabilidade elevada perto do núcleo) do que
as orbitais p ou as orbitais d.

No mesmo nível a orbital s é a de energia mais


baixa, relativamente às outras ( p, d….)

2
Carga nuclear efe4va (Zef ou Z *) por orbital

Cada eletrão sente um “núcleo” com uma


carga efetiva Zefe < Ze, devido ao efeito
repulsivo dos restantes eletrões.

Carga nuclear
Carga nuclear efetiva
Zef = Z - σ

Constante de blindagem

Ζ σ
C 6 1s 0.3273
2s 2.7834
2p 2.8642

A diferente penetração das orbitais junto do núcleo faz com


que elas possuam poderes de blindagem distintos.

Valores de Zef por orbital

3
Variação de propriedades ao longo da Tabela
Periódica
Zef para o eletrão mais exterior do átomo

Zef para o eletrão mais exterior do átomo

4s3d
6s4f
4.º período Lantanídeos
elementos de transição
Zef (camada de valência)

6.º período
elementos de transição

5.º período
elementos de transição

Número atómico Z

4
Variação de propriedades ao longo da Tabela Periódica

Raio atómico

Mark J. Winter; J. Chem. Educ. 2011, 88,


1507-1510 DOI: 10.1021/ed1000203

Raio atómico
• Considerando os átomos com forma esférica, o raio atómico seria o
raio de uma esfera que incluísse praticamente toda a nuvem
electrónica.
• No entanto, a nuvem electrónica não apresenta uma fronteira
rigorosamente definida, sendo a sua distribuição espacial descrita
pela função de densidade de probabilidade.
• Deste modo, dado que os átomos não são exactamente esferas
rígidas, existem várias propostas de avaliação do tamanho dos
átomos:

raio metálico
metais
raio covalente
raio iónico moléculas com
raio de van der Waals átomos
de um selemento
r =raio atómico

5
Raios metálico, covalente e de van der Waals
O raio de um átomo não é uma propriedade única de
um elemento – depende da definição.

Resultados obtidos (deduzidos) de fontes com


pressupostos diferentes não podem ser comparados.

Raio covalente
Raio metálico

Raios metálico, covalente e de van der Waals

6
Raio atómico em metais

fcc

Imagem de STM de uma raio metálico


superfície de platina

Raio atómico (compostos homonucleares)

141 pm 71 pm

ciclo-octaenxofre S8

raio atómico

7
Raios atómicos covalentes

• raio covalente, rcov, é uma medida do tamanho


de um átomo que faz parte de uma ligação
covalente.

• Em princípio, a soma dos dois raios covalentes


deve reproduzir o comprimento da ligação
covalente, R = rA + rB , entre dois átomos A e B
numa molécula (determinado, por exemplo por
difractometria de Raios-X).

• Podem ser introduzidos raios diferentes para


ligações simples, duplas e triplas, numa
abordagem puramente operacional.

en.wikipedia.org/wiki/Covalent_radius

Raio de van der Waals


Para átomos em moléculas ou iões poliatómicos

O2 Cl2

8
Raio de van der Waals

Etanol

ATP

Glicina

CO2
Raio de van der Waals

sólido (gelo seco) CO2 gasoso

9
Variação do Raio atómico ao longo
da Tabela Periódica

Aumenta com o
número atómico Z,
ou seja, de cima
para baixo:

ao aumentar o nº
quântico principal,
n, os eletrões mais
exteriores ocupam
orbitais mais
distantes do núcleo.

Diminui com Z, da esquerda para a direita: o nº


quântico principal, n, das orbitais exteriores não varia,
mas a carga nuclear aumenta, havendo assim uma
contração da nuvem electrónica.

Variação do raio atómico

10
Raios atómicos

21

Raios Covalentes
(Slater)

https://en.wikipedia.org/wiki/Atomic_radius

11
Raios Covalentes (análise esta>s?ca de 426 000 estruturas na CSD*)
https://en.wikipedia.org/wiki/Covalent_radius
Cambridge Structural Database
* Dalton Trans. (21): 2832–2838 (2008) doi:

(análise esta>s?ca de
Raios Covalentes

426 000 estruturas na CSD*)


10.1039/b801115j

2
3

Raio de van der Waals


Diminuição do raio de van der Waals
Aumento do raio de van der Waals

valores em pm
raio van der Walls raio atómico

12
Comparação de Raios Atómicos com Raios Iónicos

Variação de propriedades ao
longo da Tabela Periódica

13
Raios (em pm) de Iões Elementares comuns

Energia de ionização
Primeira energia de ionização (I1):
Energia mínima necessária para remover um eletrão de um
átomo no estado gasoso e no seu estado fundamental.
energia + Na (g) → Na + (g) + e- (g) I1

Segunda energia de ionização (I2):


Energia mínima necessária para remover um eletrão a um
catião monopositivo no estado gasoso.
energia + Na + (g) → Na 2+ (g) + e- (g) I2

Terceira energia de ionização (I3):


Energia mínima necessária para remover um eletrão a um
catião dipositivo no estado gasoso.
energia + Na 2+ (g) → Na 3+ (g) + e- (g) I3

14
Variação de propriedades ao longo da Tabela Periódica
Primeira energia de ionização, I1
X(g) → X+(g) + e- I1 = E[X+(g)] - E[X(g)]

Energia fornecida para arrancar um e- a X(g).


camada n=1 preenchida

camada n=2 preenchida

camada n=3 preenchida

camada n=4 preenchida

camada n=5 preenchida


I1

1
En ; -Z ef 2 hcR∞ ⎛⎜ 2⎞⎟
n
⎝ ⎠

15
Energia de ionização
Elementos representativos do 3.º Período

eletrões do cerne

valores em kJ.mol–1
I1 < I2 <I 3 < . . .

3
1

(a) Which atom should have a smaller first ionization


energy: oxygen or sulfur?
Oxygen and sulfur are members of Group 6A. They have the same
valence electron configuration (ns2np4), but the 3p electron in sulfur
is farther from the nucleus and experiences less nuclear attraction
than the 2p electron in oxygen. Thus, we predict that sulfur
should have a smaller first ionization energy.

(b) Which atom should have a higher second ionization


energy: lithium or beryllium?

Because 1s electrons shield 2s electrons much more effectively


than they shield each other, we predict that it should be easier
to remove a 2s electron from Be+ than to remove a 1s electron
from Li+.

16
Variação de propriedades ao longo da Tabela Periódica

Afinidade electrónica, Ea ≡ A
X(g) + e- → X-(g) Ea = E[X (g)] - E[X-(g)]
Energia libertada ao adicionar um e- a X(g).
(por convenção, os valores da afinidade eletrónica são positivos)
Ea /kJ mol-1

Z
A variação da afinidade eletrónica ao longo da tabela periódica, apesar das
irregularidades, diminui ao longo do grupo e aumenta ao longo do período.

Valores da 1ª afinidade electrónica

17
• Why are the electron affinities of the alkaline earth metals,
shown in Table 8.3, either negative or small positive values?

Strategy What are the electron configurations of alkaline earth metals?


Would the added electron to such an atom be held strongly by the
nucleus?
Solution The valence electron configuration of the alkaline earth metals is ns2,
where n is the highest principal quantum number. For the process

where M denotes a member of the Group 2A family, the extra electron must
enter the np subshell, which is effectively shielded by the two ns
electrons (the ns electrons are more penetrating than the np electrons) and
the inner electrons. Consequently, alkaline earth metals have little
tendency to pick up an extra electron.

Afinidade eletrónica
• Afinidade eletrónica (AE):
O valor simétrico da variação da energia libertada quando um átomo no estado gasoso capta
um eletrão.

O (g) + e- (g) → O- (g) ΔH = -141 kJ⋅mol-1


AE = +141kJ⋅mol-1

• Épossível definir uma segunda afinidade eletrónica:


O valor simétrico da variação da energia libertada quando um anião no estado gasoso captaum
eletrão.

O- (g) + e- (g) → O2- (g) 2AE = - 844 kJ⋅mol-1

ΔH =+ 844 kJ⋅mol-1

NOTA: a AE é positiva quando o processo é exotérmico.

18
Afinidade electrónica
X(g) + e-(g) → X –(g)

AE = Eae = E[X (g)] - E[X-(g)]

+ Energia de
emparelhamento

Variação da Electronegatividade ao longo da Tabela Periódica

Electronegatividade χ é
uma medida da
capacidade relativa de um
átomo ligado, para atrair
densidade eletrónica
mais eletronegativo
menos eletronegativo

SAIBA MAIS

1
χ= (I + Ea ) χ A − χ B = 0.102 D( A − B ) − 12 [D( A − A) + D(B − B )]
2
Escala de Mulliken baseada nas
energias de ionização I e afinidade Escala relativa de Pauling baseada em energias de
electrónica Ea.: dissociação.: máximo 4,0 (F) e mínimo O,7 ( Fr)
χ Tanto maior quanto maiores I e Ea

19
O carácter metálico de um átomo
é tanto maior quanto menor a
sua eletronegatividade

Alguns iões monoatómicos

Para cada par, determine qual o composto que apresenta ligações mais polares:
a) CCl 4 ou CBr4; b) CH4 ou CF4; c) CO2 ou CS2;d) HCl ou HI?

20
Os elementos de cada grupo
possuem propriedades
químicas semelhantes, fruto
de uma estrutura electrónica
de valência semelhante
Metais alclinos
Metais alcalino-terrosos

Gases nobres
Halogénios
Grupo

Período

Metais de transição

Lantanídeos

Actnídeos

As propriedades químicas ao longo de um período variam apreciavelmente para os


elementos dos grupos representatios s e p
Para os metais de transição do bloco d, lantanídeos e actinídeos tal não acontece (as
propriedades não variam), já que os eletrões d e f, que entram em camadas interiores às dos
eletrões s e p, não entram por essa razão facilmente em reação química.

21
Propriedades dos óxidos ao longo do período
1 18
2 13 14 15 16 17

Na Mg Al Si P S Cl

básico ácido

Iónico
óxidos dos elementos do
terceiro período

Anfotérico

4
3

Diagonal Chemical Relationships on the Periodic Table

22
Efeito do par inerte

Estados de oxidação
possíveis

Estados de oxidação
mais estáveis

4
5

Previsão de propriedades periódicas


Aumento do caráter de não metal

Aumento da afinidade eletrónica

Aumento da energia de ionização


Aumento do caráter metálico

Aumento do raio atómico

Aumento do caráter de não metal

Aumento da energia de ionização


Aumento da afinidade eletrónica

Diminuição do raio atómico

Aumento do raio atómico

Aumento do caráter metálico

4
6

23
Previsão de propriedades periódicas

A carga nuclear efetiva permite racionalizar um conjunto


de propriedades periódicas

“Tamanho”
• Raio atómico

• Raio de van der Waals

Energia de ionização

Afinidade eletrónica

Elementos Representativos

24
Hidrogénio 1s1
Tem um único eletrão de valência (1s) e forma um catião
monopositivo (hidratado em solução), tal como os metais alcalinos:

H+
Mas o hidrogénio também forma o anião hidreto (mononegativo)
quando em compostos com metais, em que se assemelha aos halogéneos:
H–
NaH e CaH2

Os hidretos iónicos reagem com a água para produzir hidrogénio e


os respetivos hidróxidos de metal

NaH(s) + H2O(l) ⎯→ NaOH(aq) + H 2 (g)

CaH2(s) + 2H2O(l) ⎯→ Ca(OH)2(s) + 2H 2 (g)

Elementos do Grupo 1(ns 1; n ≥ 2)


Metais alcalinos

M M + 1 + 1e-
Compostos iónicos

lítio sódio

potássio rubídio césio

25
Elementos do Grupo 1 (ns ;n ≥ 2) 1

Reação com a água

2M(s) + 2H2O (l ) 2MOH(aq) + H2 (g)

Lítio Sódio Potássio

Elementos do Grupo 1(ns 1; n ≥ 2)


Reação com o oxigénio
Sempre para o lítio; para os outros metais do Grupo 1 apenas na presençade quantidades
reduzidas de dioxigénio

4M(s) + O2(g) 2M2O(s)


óxido

todos, exceptoo lítio 2M(s)


+ O2(g) M2O2(s) anião peróxido

K, Rb e Cs
M(s) + O2(g) MO2(s) anião superóxido

A combustão de K,Rb eCsconduz àformação de


misturas de peróxidos ede superóxidos
5
2

26
Elementos do Grupo 2 (ns 2; n ≥ 2)
A maior parte dos
Metais alcalino-terrosos
M M + 2 + 2e-
compostos de Be são moleculares (BeH2;, BeCl2) Compostos iónicos

berílio magnésio cálcio

estrôncio bário rádio

Elementos do Grupo 2 (ns 2; n ≥ 2)


Reação com o oxigénio

2M(s) + O2(g) 2MO(s)

Reação com a água


Be(s)+ 2H2O(l) Não ocorre reação

Mg(s) + 2H2O(g) Mg(OH)2(aq)+ H2(g)(só comvapor de água; T >100 ºC)

M(s) + 2H2O(l) M(OH)2(aq) + H2(g) M = Ca,Sr,or Ba

27
Elementos do Grupo 13 (ns 2, np 1)
• Os compostos de B sãomoleculares; o B não reage com o oxigénio
• Numerosos compostos do Grupo 13 sãomoleculares (AlH3)
• Muitos são iónicos Metais terrosos
metalóide

Tálio (Tl)

Elementos do Grupo 14 (ns 2, np 2)

não metal não metal metalóide

metalóide metal metal

N.º oxidação +4,


para os elementos mais pesados (Sn, Pb) o
n.º oxidação mais estável +2.
5
6

28
Elementos do Grupo 15 (ns; n2,≥np
2) 3)
Pnictogénios

N2O5(s) + H2O(l) 2HNO3(aq)


não metal
P4O10(s) + 6H2O(l) 4H3PO4(aq)

N.º oxidação +5,


para os elementos mais pesados
(Sb, Bi) o n.º oxidação mais
Dinitrogénioo (N2) Fósforo branco e vermelho (P) estável +3.

metal

metalóide metalóide

Arsénio (As) Antimónio (Sb) Bismuto (Bi)

5
7

Elementos do Grupo 16 (ns 2, np 4 )


Calcogénios

não metal não metal metalóide

SO 3(g) + H2 O(l) H2SO 4(aq)

29
Elementos do Grupo 17 (ns 2, np 5 ;n ≥

2) Elementos do Grupo 17 (ns 2, np 5 )

anião halogeneto

Halogénios X + 1e- X-1


reatividade aumenta

Elementos
Elementos 18 (ns 2,18 (; ns
do Grupo
do Grupo n ≥ 2)
2, np 6 )
np 6
Gases nobres
Subcamadas ns e np preenchidas.
As energias de ionização mais elevadas de todos os
elementos. Sem tendência para aceitar eletrões.

30
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