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Resolução da 1ª lista de exercı́cios de Materiais

Metálicos, Prof. Sydney F. Santos


Alexandre Olivieri
2◦ quadrimestre de 2017

1 A teoria de Sommerfeld trata os elétrons da camada de valência dos metais como


partı́culas quânticas com movimentação irrestrita dentro do cristal metálico. Os elétrons
nessa condição podem ser modelados como num poço de potencial constante e di-
mensões idênticas à da amostra de cristal pristino. Por essa razão, a função de onda de
cada partı́cula assume a forma de onda estacionária com energia

~2 π2 n2
E=
2me L2

Onde L é a dimensão da caixa quadrada e n2 = n2x + n2y + n2z são os números quânticos
principais no eixo cartesiano. A teoria dos elétrons livres é capaz de prever as pro-
priedades macroscópicas de transporte de massa e energia com boa precisão ao adotar
uma função de densidade volumétrica de estados
3/2  1/2
8me 3N

N (E) = 2πV
h2 πV
Tal que prevê a diminuição da diferença entre estados energéticos consecutivos quando
se aumenta o número quântico principal. O número quântico será tão grande quanto
a quantidade de elétrons ocupando os nı́veis básicos de energia, chegando ao limite
do último nı́vel ocupado quando a temperatura é nula, a energia de Fermi. O nı́vel
de Fermi é definido como o limite da banda de valência do cristal, os nı́veis inferiores
mais próximos e os superiores possuem pequeno gap energético, facilitando a excitação
eletrônica. A influência da temperatura na ocupação de estados obedece à estatı́stica
de Fermi-Dirac, prevendo a probabilidade de ocupação de um estado com energia E
sob a temperatura T :
" !#−1
E − EF
P (E) = 1 + exp
kB T

2 A teoria de elétrons livres não é capaz de prever a capacidade térmica do material,


a suceptibilidade magnética dos elétrons e nem o tamanho do livre caminho médio
observado em laboratório. A teoria dos elétrons quase-livres é capaz de explicar es-
sas propriedades com a introdução da mecânica quântica nas zonas permitidas de
propagação de onda de matéria.

3 A grandeza de ligação atômica é a distância de equilı́brio que dois átomos ocupam


quando há o equilı́brio entre as forças atrativas e repulsivas, essas modeladas como um
potencial de Lennard-Jones. Quando há aquecimento, há aumento da energia cinética
das partı́culas, que passam a oscilar dentro da região da rede cristalina em amplitude

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crescente e, finalmente, provoca aumento da distância de equilı́brio. A forma desigual
do poço de potencial implica no aumento da distância de equilı́brio com o aumento da
temperatura.

4 Num material metálico com elétrons que seguem a estatı́stica de Fermi-Dirac, a prob-
abilidade P de um elétron ocupar um estado energético E dada uma energia de Fermi
EF e uma temperatura T é
" !#−1
E − EF
P (E) = 1 + exp
kB T

É possı́vel observar que o aumento da temperatura, mantendo o valor do estado en-


ergético, provoca aumento da probabilidade de ocupação.
A explicação fı́sica desse comportamento vem da natureza probabilı́stica da distribuição
de energia térmica pelos átomos da base: para qualquer temperatura, há uma distribuição
de átomos com uma energia térmica por todo o metal, sendo a mais comum correspon-
dente à temperatura T e as mais incomuns mais energéticas. Dado o aumento da tem-
peratura, a distribuição translada no eixo das ordenadas (da energias de cada estado),
tornando mais frequente as energias mais altas.

5 Sabendo que numa célula de CFC os átomos nas direções <110> se tocam, é possı́vel
calcular o parâmetro de rede a com relações trigonométricas:
√ √ √
4rAl = a 2 ⇒ a = 2 2 · rAl ⇒ a = 2 2 · 0, 143 ⇒ a = 0, 404 nm
Com VAl = a3 = 0, 4043 = 3, 236 nm3 .

6 Vide figura 1 no fim do documento.

7 Vide figura 2 no fim do documento.

8 Vide figura 2 no fim do documento.

9 Vide figura 2 no fim do documento.

10 Os defeitos de vacância se formam quando o átomo possui entalpia suficiente para


abandonar sua posição na rede cristalina, a quantidade de defeitos num cristal em
uma temperatura de equilı́brio termodinâmico é consequência da mecânica estatı́stica.
Como os nı́veis de energia quantizados se distribuem pela rede cristalina de acordo
com a estatı́stica de Bose-Einstein, o aumento da temperatura provoca o aumento da
frequência de estados mais energéticos ocupados pelos ı́ons da base. Por essa razão, é
mais frequente que as partı́culas tenham energia de formação de vacância em maior
será a concentração volumétrica desses defeitos pontuais.
Como a formação de vacâncias provoca um campo de tração nos vizinhos imediatos,
a tendência é que os vazios sejam preenchidos pelas espécies metálicas. Caso o cristal
seja puro, esse fenômeno é chamado de autodifusão, proovcando o deslocamento da
vacância pelos sı́tios da rede.

11 O vetor de Burgers representa a magnitude e direção da distorção de rede associada a


discordância em linha.

12 Vide figura 3 no fim do documento.

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13 Tanto discordâncias em cunha, em hélice quanto as mistas tendem a seguir os menores
vetores de rede pois o trabalho feito pela discordância na estrutura cristalina é direta-
mente proporcional ao deslocamento coberto.

W = (τL2 ) · |~b|

Onde L é a distância percorrida e τ é a tensão de cisalhamento que provoca pela


discordância. Outra condição necessária para a construção do vetor de Burgers é a
preservação da organizaqção cristalina.

14 Mecanismo de escorregamento descreve a propagação de defeitos em linha através


da combinação de planos de escorregamento com as direções de escorregamento. A
direção preferida é a dos planos mais densamente empacotados.

15 Uma discordância pode mudar de plano de escorregamento quando essa provoca um


defeito pontual no plano imediatamente a frente ou atrás do plano de discordância.

16 Discordâncias podem ser geradas a partir do rompimento de um plano por forças cisal-
hantes, gerando duas discordâncias (homogênea), ou podem ter origem no contorno de
grão, gerando apenas uma discordância (heterogênea). Também podem ser do tipo de
Frank-Read, quando uma discordância em cunha se ancora entre dois defeitos pontu-
ais e, no movimento de contorno desses defeitos, gera frentes de discordâncias mistas.
Podem ser do tipo de filmes finos, onde a perturbação da superfı́cie livre dessa camada
depositada geram quebras de ligações quı́micas e novas ligações em sı́tios diferentes,
provocando o aparecimento de discordâncias em cunha que não se movimentam.

17 O fenômeno de empilhamento de discordâncias deriva do acúmulo de defeitos lineares


e/ou em cunha num defeito com energia de formação muito maior que a fornecida pelo
deslocamento de discordâncias. Ao continuar a deformar o metal, novas discordâncas
são geradas pela tensão de cisalhamento e, como essas tendem a se movimentar nos
plano e direção mais densos, percorrem planos de deslizamento paralelos e tendem
a se juntar nas mesmas barreiras energéticas. O aumento de energia provocado por
esses defeitos estáticos é consequência do aumento das distâncias que esses planos
ou superfı́cies de discordância devem percorrer até o próximo sı́tio cristalino, para
superar essas barreiras, o acúmulo de discordâncias deve ser suficiente para que a
energia livre do cisalhamento desse defeito estático seja menor que a das discordâncias
acumuladas. Ao superar o defeito estático, macroscópicamente se observa a falha do
material. Em última instância o empilhamento de discordâncias aumenta a resistência
mecânica do material, exigindo a aplicação de uma tensão de cisalhamento maior que
seria necessária para provocar a falha de um cristal prı́stino.

18 A energia de falha de empilhamento está relacionada ao equilı́brio entre a energia


de superfı́cie do defeito com movimentação extendida e a tensão que tende a repelir
frentes diferentes. Enquanto o primeiro fenômeno tende a diminuir a distância en-
tre as frentes de avanço, o segundo tende a afasta-las de acordo com os parâmetros
intrı́nsecos ao cristal, sua composição e à temperatura.

19 Contornos de grão são regiões intermediárias entre organizações cristalinas, os grãos.


Por causa da grande quantidade de ligações quı́micas não satisfeitas, essa região pos-
sui uma reatividade quı́mica maior que o interior dos grãos. Na preparação de uma
amostra para o estudo de imagens, a peça é polida e tratada quimicamente de maneira
que essas regiões são consumidas e ampliadas, deixando sulcos de textura rugosa que
difundem a luz incidente e escurecem a imagem microscópica.

3
20 Contornos de grão podem ser de baixo ângulo quando há pouco desvio entre ve-
tores primitivos de rede de cada grão, geralmente sendo catalogadas como regiões de
acúmulo de discordâncias em cunha, ou podem ser de alto ângulo quando os vetores
de rede de cada grão estão mais separados entre si.

21 Coincidências de contornos de grão mudam de natureza quando se estuda os de alto


e de baixo ângulo. Em contornos de baixo ângulo, essas coincidências tem recorrência
periódica, obedecem a uma lei matemática, de um a cada sete sı́tios atômicos, um a
cada treze ou outras proporções. Em contornos de alto ângulo, essas coincidências
tem recorrência aleatória.

22 Maclas são defeitos planares que provocam a divisão da estrutura cristalina em duas
imagens especulares. Essas ocorrem em metais de organização HCP quando são de-
formados em temperaturas ambiente, ocorrem em estruturas CCC quando deformados
em temperaturas abaixo da ambiente e durante o recozimento de amostra deformadas,
em metais com organização CFC ocorrem no recozimento de peças já deformadas.

23 A energia de falha de empilhamento de um cristal metálico pode ser aproximada como


a soma das energias de criação de discordâncias associadas:
 2
−10
81, 6 · 109 × 2,86·10

G|(~b)|2 6
γT ≈ = = 1, 770 × 10−10 J · m−2
2πd 2π
24 A energia de falha de empilhamento influencia a capacidade do metal em absorver en-
ergia cisalhante ao favorecer ou não defeitos com grande mobilidade. Grandes magni-
tudes de energia desfavorecem o surgimento desse defeito, fazendo com que a tololo-
gia microscópica seja povoada por discordâncias em cunha ou em hélice associadas
com grande mobilidade, formando emaranhamentos e, macroscopicamente, tornando
o metal mais dúctil. Se a energia de falha de empilhamento for baixa, a topologia mi-
croscópica é dominada pelos defeitos de falha de empilhamento, formando bandas e
arranjos lineares, macroscopicamente tornando o metal menos dúctil.

25 Vazios têm origem no agregamento de vacâncias da rede cristalina. Esses defeitos são
facilitados pela dissolução ou decomposição de fases em gases, como oxigênio e ni-
trogênio, durante tratamentos térmicos lentos, como têmpera lenta, e à altas temperat-
uras de envelhecimento. Os vazios microestruturais normalmente tem forma próxima
à esférica, no entanto, adquirem a forma de poliedro quando o metal é temperado por
se aproximarem da forma dos planos cristalinos.

26 As bolhas de gás dentro da microestrutura metálica podem se formar com a saturação


da solução sólida de gases no metal quando esse passa pela solidificação, provocando
a dissociação desses da matriz cristalina e o religamento em moléculas diatômicas.
Na transição de fase o metal perde a capacidade de solubilizar gases como o faz em
estado lı́quido e, quando o resfriamento é rápido suficiente, formam-se bolhas micro e
macroscópicas na peça.

27 Defeitos de inclusão na peça se formam a partir da intrusão de particulado indesejado


no metal derretido. Quando o particulado estranho a matriz, seja pedaços de cerâmica
refratária do molde, pedaços do metal de escória ou impurezas na matéria prima, entra
no lı́quido e esse começa a esfriar, a inclusão age como agente enucleante heterogêneo,
alterando localmente o crescimento de grãos.

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28 A nucleação homogênea ocorre pela agregação espontânea de átomos na fase lı́quida
em cristais sólidos com poucos átomos de diâmetro. Dependendo da diferença de en-
ergia livre de Gibbs entre os estados lı́quido e sólido, esses embriões podem se formar
ou redissolver no lı́quido. A energia livre é proporcional à área de interface entre as
duas fases então o aumento do raio do embrião, aproximado como uma esfera, implica
no aumento de ∆G, tornando-o mais estável.
↑ número de átomos no embrião, ↓ energia
z }| {
4
∆G(r) = − πr 3 ∆Gsolidif. + 4πr 2 γinterf.
3 | {z }
↑ área de interface lı́quido–embrião, ↑ energia

A diferença de energia tem máximo (barreira energética) no raio cŕitico r ∗ , a partir do


qual a diferença abaixa e o embrião passa a ter chances de se estabilizar, e ponto nulo
no raio de formação do núcleo r0 = 1, 5r ∗ a partir de onde o embrião se torna estável
e pode começar o processo de crescimento. A frequência de surgimento de novos em-
briões com raio r ≤ r ∗ é determinada pela estatı́stica de Boltzmann, enquanto que os
estáveis por um tamanho r = r ∗ + d(r ∗ ) seguem uma taxa de conversão dependente da
barreira energética, do raio crı́tico e da frequência de vibração térmica dos átomos em
fase lı́quida.
A nucleação heterogênea ocorre na interface de uma superfı́cie sólida compatı́vel e o
lı́quido a solidificar. A interface provoca o abaixamento da energia necessária para o
embrião ter tamanho crı́tico ao suprir parte dos átomos necessários, aumentando a in-
fluência da parcela de energia de solificiação. Essa interação favorável ocorre quando
o substrato tem fator de rede compatı́vel com o fator do cristal a se solidificar e tensão
superficial baixa. A tensão superficial é medida pelo ângulo de molhamento θ: quando
0◦ < θ < 180◦ então a interface tem compatibilidade parcial e tende a nucleação het-
erogênea quanto mais próximo de 180◦ , caso θ = 0◦ então a interface é incompatı́vel e
a nucleação heterogênea não é favorecida em relação à homogênea.

31 A taxa de nucleação interage contra a tensão superficial da interface lı́quido–embrião,


a energia livre de superfı́cie do embrião, a solubilidade dos cristais em formação no
material fundido e a energia para ligar mais átomos à superfı́cie do sólido. A taxa de
resfriamento é determinada pela diferença entre a temperatura do lı́quido e a temper-
atura de solidificação e está relacionada a transformação de fase frente a permanência
em fase lı́quida. Quanto maior é o superresfriamento, menor é a energia térmica dos
átomos e maior é a liberação de energia às vizinhanças do cristal quando um átomo se
liga, tornando mais vantajoso assumir o estado sólido.

32 O ângulo de molhamento θ mede de maneira indireta a afinidade entre duas inter-


faces, comumente uma sólida e outra lı́quida. Quanto mais próximo de 0◦ , mais in-
compatı́vel as superfı́cies são, com θ = 180◦ , então a interface é completamente com-
patı́vel. A nucleação heterogênea ocorre pela diminuição da barreira energética asso-
ciada ao volume do embrião ao diminuir a quantidade de átomos necessários para que
esse se estabilize. Para que esse fenômenos ocorra, é necessário que haja afinidade en-
tre as organizações cristalinas do substrato e do embrião. A medição dessa afinidade
pode ser feita medindo o ângulo entre as superfı́cies, uma vez que a tensão superficial
entre as duas é resultado da soma vetorial e a distância angular entre os vetores de
tensão é o ângulo de molhamento.

5
33 Estatistamente, é improvável que haja nucleação de cristais no resfriamento até a tem-
peratura de fusão pois nessa o estado lı́quido ainda é energéticamente estável. O es-
tado sólido se torna mais estável apenas com o superresfriamento, quando torna o
∆G◦ < 0, ou seja, libera energia do embrião para o ambiente e estabiliza a fase sólida.

34 Um metal solidificado tem estrutura derivada da sua organização cristalina, composição


quı́mica de material puro, ou concentração de elementos de liga e da presença de de-
feitos pontuais, lineares e volumétricos.

35 A interface entre sólido–lı́quido são classificadas de acordo com o ângulo de mol-


hamento θ:

• θ = 0◦ : superfı́cies totalemnte incompatı́veis;


• θ = 180◦ : superfı́cies totalmente compatı́veis;
• 0◦ < θ < 180◦ : superfı́cies parcialmente compatı́veis;

36 As superfı́cies com ângulo de molhamento θ → 180◦ tendem a crescer com maior


velocidade que as com ângulos menores pois a energia superficial desses casos é min-
imizada, diminuindo o calor latente de solidificação e aumentando a frequência de
surgimento de embriões e de conversão desses em núcleos cristalinos.

37 O crescimento e morfologia do grão dependem da interação superficial entre lı́quido


e sólido, os átomos são incorporados à rede cristalina conforme o fator de Jackson α ∗
intrı́nseco ao material. Esse fator relaciona a energia de calor latente, que favorece a
compleção das ligações quı́micas locais, com o fator entrópico, que favorece a dispersão
dos átomos inseridos pela superfı́cie. Quando α ∗ <1 /2 , a tendência é a incorporação de
átomos de maneira errática, aumentando o fator entrópico e tornando a superfı́cie do
núcleo cristalino rugosa. Quando α ∗ >1 /2 , a tendência de povoamento da superfı́cie
cristalina é a de suprir as ligações quı́micas, provocando o crescimento de um plano
cristalino por vez e dando uma topologia lisa ao grão.

38 Estruturas dendrı́ticas se formam durante o resfriamento rápido de metais fundidos.


Se a liga metálica é composta por um elemento com ponto de fusão muito abaixo do
outro e há um gradiente térmico considerável, há deposição desse elemento de liga na
frente de cristalização, alterando a concentração desse no lı́quido local e provocando
o crescimento de uma frente de solidificação que segue o gradiente. Quando o super-
resfriamento local cessa, o crescimento das dendritas cessa.
Estruturas dendrı́ticas provocam uma grande direcionalidade nas propriedades fı́sicas
do material sólido ao implicarem uma direção preferencial ao crescimento de grão.
Além disso, a alteração gradual de concentração de elementos de liga impede a manifestação
das propriedades desejadas e a solidificação em ramos laterais provoca vazios entre
dendritas, se tornando pontos de nucleação de fratura.

39 Um lingote fundido tı́pico tem microestrutura composta por três zonas:

• Conquilhada: onde os grãos formados são numerosos e pequenos, formados pelo


fluxo de calor mais intenso com as paredes do molde, que favorece a nucleação
dos dendritos;
• Colunar: onde ainda há nucleação de dendritas, no entanto, com a diminuição da
condutibilidade térmica há diminuição da frequência de nucleação. As dendritas
formadas passam pelo processo de crescimento antes da solidificação completa;

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• Equiaxial: onde não há mais fluxo de calor suficiente para provocar o crescimento
dendrı́tico. Os grãos que nucleiam, de maneira heterogênea, crescem sem pre-
ferência de direção e possuem propriedades mecânicas, térmicas e elétricas mais
próximas da isotropia;
40 O tratamento térmico de refino de grão busca melhorar as propriedades mecânicas
da liga metálica ao submeter à altas temperaturas por tempos elevados, provo-
cando a alteração da microestrutura granular. Com temperatura alta por um
tempo o suficiente para aumentar a frequência de formação de grãos, há o au-
mento do número deles e aumento da isotropia do material. Esse tratamento
térmico pode ser aliado a outros, que buscam o mesmo objetivo modificando a
microestrutura.

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List of Figures

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