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2 A02 Teoconhec
2 A02 Teoconhec
a) Sobre os Universais
(...) o conceito e todo o universal é uma qualidade existente subjetivamente na alma, que por sua natureza
é como um sinal de uma coisa fora da alma, assim como a palavra é um sinal das coisas pela instituição
voluntária..(L. Sent.)
É evidente que nenhum universal é uma substância extramental. (...)
Os conceitos são universais apenas por serem sinais atribuíveis a muitas coisas. Se considerados em si
mesmo são singulares na medida em que são uma só coisa, e não muitas, pois todo universal é, na verdade,
uma coisa singular. (Summa Totius Logicae)
É que, vendo alguma coisa fora da alma, o intelecto fabrica mentalmente uma coisa semelhante, de modo
que, se tivesse o poder de produzí-la, assim como tem a força para imaginá-la, faria esta coisa
exteriormente, distinta numericamente da anterior. Assim como um arquiteto, vendo exteriormente uma
casa ou edifício, cria em sua mente uma casa semelhante e depois a produz fora, idêntica, só
numericamente distinta da primeira, assim também no nosso caso aquela representação da mente pela
visão de alguma coisa exterior age como um modelo que representa muitas coisas semelhantes.
É isto o que pode se denominar universal, é um modelo que se refere indiferentemente a todas as coisas
singulares que existem fora; por causa dessa semelhança pode representar na inteligência coisas que têm
um ser parecido fora da alma". (In I Sententiarum Q.8 E)
Assim como por convenção a palavra Sócrates representa a coisa que significa, de modo que, ao ouvir a
frase “Sócrates corre” não se concebe que seja a palavra Sócrates que corre, mas sim que o indivíduo
significado pela palavra é que corre, assim como a palavra convencionalrepresenta a própria coisa, assim
também (a inteligência tem os seus sinais que) por sua própria natureza, sem convenção alguma, significa
a coisa a que se refere. Alguns destes (sinais) não pertencem mais a um indivíduo do que a outro, assim
como a palavra “homem“ não significa mais Sócrates do que Platão. (Expositio super Librum
Perihermeneias)
b) A Navalha
<Pluralitas non est ponenda sine neccesitate> Não se deve recorrer à pluralidade sem necessidade.
(Quodlibeta)