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Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia

Curso de Engenharia Química

Disciplina: Química Analítica I

Docente: Prof. Maria do Socorro Garreto

Discente: Rodrigo Pereira Vieira

Relatório referente ao 1º Experimento:

Teste de Chama

São Luís – MA
Teste de Chama

Objetivo:

Identificar diferentes elementos químicos de acordo com a coloração verificada


após contato com a chama.

Introdução:

O teste de chama constitui um procedimento analítico qualitativo por via seca


bastante comum, que se baseia nas diferenças dos comprimentos das ondas emitidas por
átomos de diferentes elementos químicos quando um elétron da camada de valência
previamente excitado (ou seja, que se encontra em uma camada eletrônica superior à
original) em sua eletrosfera retorna ao seu estado estacionário, liberando a energia que
havia absorvido. Portanto, verifica-se que a fundamentação teórica desse procedimento
trabalha com o modelo atômico de Rutherford-Bohr, que possibilita a compreensão do
conceito de transição eletrônica, ao definir a divisão da eletrosfera em níveis de energia.

Trata-se de um teste simples, porém bastante útil em virtude do fato de que as


diferenças nos níveis e energia característicos da eletrosfera dos diferentes elementos
químicos, pois a coloração apresentada é decorrência do comprimento das ondas
eletromagnéticas emitidas, que, por sua vez, apresentam energia associada equivalente à
diferença de energia entre as camadas eletrônicas entre as quais o elétron transitou.

Entretanto, também é válido ressaltar que esse método apresenta numerosas


limitações, em sua virtude de sua baixa eficácia para a detecção de elementos em
concentrações baixas, e do pequeno número de elementos detectáveis, pois o
comprimento das ondas emitidas deve estar na faixa do espectro luminoso visível.
Como se trata de um método qualitativo, as informações obtidas se referem somente à
presença dos elementos químicos na amostra analisada, e não à obtenção de medidas de
suas respectivas quantidades.

Procedimentos experimentais:

Os materiais utilizados neste experimento foram bico de Bunsen, alça de platina


e béquer. Os reagentes utilizados foram ácido clorídrico concentrado e soluções aquosas
de cloretos de estrôncio, chumbo, cobre, cálcio, sódio e potássio. Foram utilizados
também leite e farinha láctea como analitos.

Inicialmente, a alça de platina foi mergulhada em certa quantidade de ácido


clorídrico concentrado, a fim de eliminar eventuais impurezas, e então levada à chama
para assegurar que não fosse apresentada nenhuma coloração, o que confirmou a
ausência de espécies interferentes. Em seguida, a alça foi mergulhada na primeira
amostra a ser analisada, e então levada à chama para observação e registro da coloração
apresentada em decorrência do processo de transição eletrônica.

O procedimento supracitado foi repetido para cada uma das amostras utilizadas;
vale ressaltar a importância da eliminação de impurezas com ácido clorídrico antes de
cada análise, de modo a confirmar a ausência de interferência de outras espécies
químicas na coloração.

Finalmente, as colorações obtidas em cada um dos testes foram comparadas com


aquelas que são convencionalmente apresentadas pela literatura científica para cada
elemento químico.

Resultados e discussão:

As colorações apresentadas para cada uma das amostras foram: vermelho para o
estrôncio; azul claro para o chumbo; verde para o cobre; vermelho para o cálcio;
amarelo para o sódio; violeta para o potássio; alaranjado para o leite e para a farinha
láctea.

É possível verificar, de acordo com esses resultados, a coerência entre os dados


obtidos a partir do experimento e aqueles que são habitualmente registrados na literatura
científica, o que revela que os procedimentos experimentais foram adequadamente
realizados e conduziram às conclusões previstas.

Conclusão:

Foi possível verificar que esse método simples constitui um meio de


identificação de compostos químicos por via seca, cuja eficácia depende da adoção
cuidados rigorosos, como a limpeza da alça de platina, durante sua realização. Foi
possível também verificar, na prática, o que caracteriza um método analítico qualitativo,
como é o caso: o fornecimento de informações acerca das espécies químicas sem
determinar suas quantidades.
Referências:

VOGEL, Arthur Israel; SVEHLA, G. Vogel’s Qualitative Inorganic Analysis. 7th


Edition. Longman, 1996.

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