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Manual 434
Manual 434
o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA nhar que este é não só necessário como imperioso
quando estamos a enfrentar comportamentos de risco
que muitas vezes só são compreendidos enquanto tal
Decreto-Lei n.o 44/2005 quando exercidos pelos outros.
Nestes termos, e apesar do decréscimo do número
de 23 de Fevereiro
de vítimas que de forma consistente tem vindo a ocorrer
A segurança rodoviária é hoje uma preocupação não em Portugal nos últimos anos, a segurança rodoviária
só em Portugal, como em toda a Europa e no mundo. e a prevenção dos acidentes constitui uma das prio-
Um relatório recentemente publicado pela Organização ridades do XV e XVI Governo Constitucional.
Mundial de Saúde anunciava que em todo o mundo, Assim, para dar execução a esta prioridade, o Governo
por ano, cerca de um milhão e duzentas mil pessoas aprovou o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária, que,
morrem em resultado de acidentes de viação, deixando de forma integrada e multidisciplinar, procede ao diag-
sequelas em muitos outros milhões. nóstico e preconiza a execução de um conjunto de medi-
Ou seja, toda a evolução e prosperidade que a ciência das que permitam ir de encontro ao objectivo de uma
e a investigação médica proporcionaram às nossas socie- redução consistente, substancial e quantificada da sinis-
dades, prolongando a esperança média de vida de cada tralidade em Portugal.
homem e de cada mulher de forma significativa, muitas Este é um objectivo mobilizador de toda a sociedade
vezes são contrariadas pelas atitudes de cada um nas portuguesa e um importante desafio a vencer. Mas, para
estradas e na adopção, ou não, de comportamentos que assegurar a realização deste objectivo, é necessária uma
provocam acidentes rodoviários. actuação eficaz a vários níveis, como a educação con-
Portugal está inserido no espaço económico, social tínua do utente, a criação de um ambiente rodoviário
e político do mundo que consegue obter melhores índi- seguro e a consagração de um quadro legal eficaz.
ces de sinistralidade rodoviária. Apesar disso, números É neste último que as medidas ora propostas pro-
divulgados recentemente pela Comissão Europeia dão- curam, por um lado, incentivar os utilizadores a adoptar
-nos conta que em toda a União Europeia, por dia, um melhor comportamento, designadamente através do
morre mais de uma centena de pessoas por força de cumprimento da legislação adequada, e, por outro,
acidentes rodoviários. garantir a efectiva aplicação das correspondentes san-
Na verdade, nas últimas décadas, a Europa foi um ções.
espaço de desenvolvimento económico e social que per- Sem enumerar todas as alterações introduzidas, é de
mitiu uma progressiva melhoria das condições de vida salientar algumas, sobretudo aquelas que se encontram
aos seus cidadãos com o acesso a bens que há pouco consagradas no Programa de Acção Europeu e nos
mais de cinquenta anos eram inacessíveis à esmagadora objectivos prioritários previstos no Plano Nacional de
maioria dos seus habitantes. Prevenção Rodoviária.
Por outro lado, o fenómeno da globalização a que Assim, ao nível da velocidade, apesar de não se jus-
hoje assistimos de uma forma mais ampla, no seu início tificar uma revisão dos limites com vista à pratica de
resultou sobretudo da necessidade de trocas comerciais velocidades mais seguras, consagra-se um novo escalão
entre os países e assentou fundamentalmente numa sancionatório para a violação do limite de velocidade,
matriz económica. penalizando os comportamentos de risco e os grandes
Para que este objectivo do incremento das trocas eco- excessos de velocidade, tanto dentro como fora das loca-
nómicas fosse plenamente atingido, foi necessário rea- lidades. Esta alteração é considerada imperiosa por estes
lizar um forte investimento na construção e na melhoria excessos estarem associados a um significativo número
de vias de comunicação que encurtassem distâncias entre de acidentes com graves consequências e de forma a
países e povos, e que foi bem visível no nosso país, garantir uma acrescida segurança aos utentes mais vul-
sobretudo a partir de meados da década de 80 do neráveis, sobretudo aos peões e aos utentes de veículos
século XX. de duas rodas que constituem uma parcela muito sig-
Este desenvolvimento, importante e desejável, teve nificativa da sinistralidade em Portugal.
necessariamente os seus efeitos colaterais, fenómeno Neste contexto, penalizam-se também outros com-
que muitas vezes vemos definido como «custos do portamentos de risco praticados de forma mais fre-
desenvolvimento». quente, como seja a condução sob o efeito de elevadas
Na verdade, o acesso de milhões de cidadãos ao veí- taxas de álcool, onde se procedeu a um aumento sig-
culo automóvel, conjugado com a progressiva melhoria nificativo do valor das coimas.
das vias de comunicação fruto deste desenvolvimento, Ao nível de uma mais e melhor utilização dos equi-
proporcionou benefícios mas também custos às nossas pamentos de segurança, destaque para as novas con-
sociedades. dições de utilização de sistemas de retenção para crian-
Da construção de novas vias e da melhoria das já ças até aos 12 anos e com altura inferior a 1,5 m, na
existentes, para além de uma maior proximidade e como- medida em que a sinistralidade rodoviária constitui uma
didade aos utentes, resultaram de igual modo efeitos das principais causas de mortalidade infantil no nosso
contraproducentes, como o respectivo aumento da velo- país. Com a introdução destas novas normas, procede-se
cidade média praticada, também em resultado das ainda à transposição para o direito interno da Directiva
melhorias tecnológicas introduzidas ao nível dos veí- n.o 2003/20/CE, do Parlamento Europeu, de 8 de Abril.
culos. Por outro lado, verificando-se um significativo
É este o desafio das nossas sociedades, a gestão do número de condutores envolvidos em acidentes graves
espaço e do tempo no respeito pelas regras básicas de com menos de três anos de carta, aumentou-se de dois
convivência pacífica entre direitos e deveres de todos. para três anos o regime probatório das cartas de con-
Importa assim, e apesar de inúmeras resistências que dução, caducando a mesma se o seu titular praticar crime
se vêm corporizando numa recusa sistemática do exer- rodoviário, contra-ordenação muito grave ou duas con-
cício legítimo da autoridade do Estado nesta área, subli- tra-ordenações graves.
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1555
Agrava-se a penalização relativa a outros compor- bro, e alterado pela Lei n.o 20/2002, de 21 de Agosto,
tamentos que contribuem significativamente para a sinis- passam a ter a seguinte redacção:
tralidade rodoviária, classificando-se como contra-orde-
nação grave o uso indevido do telemóvel ou o esta- «Artigo 1.o
cionamento nas passagens de peões. [. . .]
Constatando-se por fim um elevado número de veí-
culos sem seguro, a obrigatoriedade do seguro é refor- ..............................................
çada com um significativo agravamento das coimas por a) ‘Auto-estrada’ — via pública destinada a trân-
falta de seguro, para além da efectiva apreensão do sito rápido, com separação física de faixas de
veículo. rodagem, sem cruzamentos de nível nem acesso
Por outro lado, e porque as infracções ao Código a propriedades marginais, com acessos condi-
da Estrada são actualmente infracções cometidas em cionados e sinalizada como tal;
massa e com especificidades próprias, para assegurar b) ‘Berma’ — superfície da via pública não espe-
um incremento da eficácia do circuito fiscalização/puni- cialmente destinada ao trânsito de veículos e
ção, importa introduzir um conjunto de alterações ao que ladeia a faixa de rodagem;
nível da aplicação das normas processuais, porquanto c) ‘Caminho’ — via pública especialmente desti-
verifica-se que a aplicação das normas do regime geral nada ao trânsito local em zonas rurais;
das contra-ordenações a este tipo de infracções permite d) ‘Corredor de circulação’ — via de trânsito reser-
vada a veículos de certa espécie ou afectos a
o prolongamento excessivo dos processos, com a con-
determinados transportes;
sequente perda do efeito dissuasor das sanções. e) ‘Cruzamento’ — zona de intersecção de vias
Pelo que se mostra necessário a introdução de normas públicas ao mesmo nível;
processuais específicas, visando conferir maior celeri- f) ‘Eixo da faixa de rodagem’ — linha longitudinal,
dade na aplicação efectiva das sanções, de forma a redu- materializada ou não, que divide uma faixa de
zir significativamente o tempo que decorre entre a prá- rodagem em duas partes, cada uma afecta a um
tica da infracção e a aplicação da sanção. sentido de trânsito;
Pretende-se assim com o Código da Estrada revisto, g) ‘Entroncamento’ — zona de junção ou bifurca-
decorridos 10 anos após a entrada em vigor do actual ção de vias públicas;
Código, realizar uma alteração profunda com o objectivo h) ‘Faixa de rodagem’ — parte da via pública espe-
de ir de encontro às prioridades definidas no Plano cialmente destinada ao trânsito de veículos;
Nacional de Prevenção Rodoviária e, ao mesmo tempo, i) ‘Ilhéu direccional’ — zona restrita da via pública,
proporcionar uma harmonização das normas com as que interdita à circulação de veículos e delimitada
por lancil ou marcação apropriada, destinada
se encontram em vigor na União Europeia e, simul- a orientar o trânsito;
taneamente, uma aproximação às novas realidades que j) ‘Localidade’ — zona com edificações e cujos
têm vindo a surgir e que já encontram consagração legal limites são assinalados com os sinais regula-
em ordenamentos jurídicos de outros países. mentares;
Foram ouvidas todas as entidades que compõem o l) ‘Parque de estacionamento’ — local exclusiva-
Conselho Nacional de Segurança Rodoviária. mente destinado ao estacionamento de veículos;
Assim: m) ‘Passagem de nível’ — local de intersecção ao
No uso da autorização legislativa concedida pela Lei mesmo nível de uma via pública ou equiparada
n.o 53/2004, de 4 de Novembro, e nos termos das alí- com linhas ou ramais ferroviários;
neas a) e b) do n.o 1 do artigo 198.o da Constituição, n) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
o Governo decreta o seguinte: o) ‘Pista especial’ — via pública ou via de trânsito
especialmente destinada, de acordo com sina-
lização, ao trânsito de peões, de animais ou de
Artigo 1.o certa espécie de veículos;
p) ‘Rotunda’ — praça formada por cruzamento ou
Objecto entroncamento onde o trânsito se processa em
sentido giratório e sinalizada como tal;
Os artigos 1.o, 2.o, 3.o, 4.o, 5.o, 7.o, 8.o, 10.o, 11.o, q) ‘Via de abrandamento’ — via de trânsito resul-
13.o, 14.o, 16.o, 17.o, 19.o, 20.o, 21.o, 22.o, 23.o, 24.o, 25.o, tante do alargamento da faixa de rodagem e
26.o, 27.o, 28.o, 31.o, 32.o, 34.o, 35.o, 36.o, 39.o, 41.o, 42.o, destinada a permitir que os veículos que vão
48.o, 49.o, 50.o, 53.o, 54.o, 55.o, 56.o, 57.o, 58.o, 59.o, 60.o, sair de uma via pública diminuam a velocidade
61.o, 62.o, 63.o, 64.o, 65.o, 66.o, 70.o, 71.o, 72.o, 73.o, 77.o, já fora da corrente de trânsito principal;
78.o, 79.o, 81.o, 82.o, 84.o, 85.o, 87.o, 88.o, 89.o, 90.o, 91.o, r) ‘Via de aceleração’ — via de trânsito resultante
92.o, 93.o, 94.o, 95.o, 96.o, 97.o, 99.o, 100.o, 101.o, 102.o, do alargamento da faixa de rodagem e destinada
103.o, 104.o, 106.o, 107.o, 108.o, 109.o, 110.o, 112.o, 113.o, a permitir que os veículos que entram numa
114.o, 115.o, 116.o, 117.o, 118.o, 119.o, 120.o, 121.o, 122.o, via pública adquiram a velocidade conveniente
123.o, 124.o, 125.o, 126.o, 127.o, 129.o, 130.o, 131.o, 132.o, para se incorporarem na corrente de trânsito
133.o, 134.o, 135.o, 136.o, 137.o, 138.o, 139.o, 140.o, 141.o, principal;
142.o, 143.o, 144.o, 145.o, 146.o, 147.o, 148.o, 149.o, 150.o, s) ‘Via de sentido reversível’ — via de trânsito
afecta alternadamente, através de sinalização,
151.o, 152.o, 153.o, 154.o, 155.o, 156.o, 157.o, 158.o, 159.o, a um ou outro dos sentidos de trânsito;
160.o, 161.o, 162.o, 163.o, 164.o, 165.o, 166.o, 167.o, 168.o, t) ‘Via de trânsito’ — zona longitudinal da faixa
169.o, 170.o, 171.o, 172.o, 173.o, 174.o e 175.o, bem como de rodagem destinada à circulação de uma única
as epígrafes dos capítulos I, II e III do título VI do Código fila de veículos;
da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 114/94, de u) ‘Via equiparada a via pública’ — via de comu-
3 de Maio, revisto e republicado pelos Decretos-Leis nicação terrestre do domínio privado aberta ao
n.os 2/98, de 3 de Janeiro, e 265-A/2001, de 28 de Setem- trânsito público;
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3 — Ao trânsito em rotundas, situadas dentro e fora 6 — Não é permitida em quaisquer outros veículos
das localidades, é também aplicável o disposto no a instalação ou utilização dos avisadores referidos no
número anterior, salvo no que se refere à paragem e número anterior nem a emissão de sinais sonoros que
estacionamento. se possam confundir com os emitidos por aqueles
4 — (Anterior n.o3). dispositivos.
7 — (Anterior n.o 7 do artigo 21.o)
8 — Quem infringir o disposto no n.o 6 é sancionado
Artigo 16.o
com coima de E 500 a E 2500 e com perda dos objectos,
Placas, postes, ilhéus e dispositivos semelhantes devendo o agente de fiscalização proceder à sua imediata
remoção e apreensão ou, não sendo ela possível, apreen-
1 — Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas o der o documento de identificação do veículo até à efec-
trânsito faz-se por forma a dar a esquerda à parte central tiva remoção e apreensão daqueles objectos, sendo,
dos mesmos ou às placas, postes, ilhéus direccionais ou neste caso, aplicável, com as necessárias adaptações, o
dispositivos semelhantes existentes, desde que se encon- disposto no n.o 5 do artigo 161.o
trem no eixo da faixa de rodagem de que procedem
os veículos.
2 — Quando na faixa de rodagem exista algum dos Artigo 23.o
dispositivos referidos no n.o 1, o trânsito, sem prejuízo Sinais luminosos
do disposto nos artigos 13.o e 14.o, faz-se por forma
1 — Quando os veículos transitem fora das localida-
a dar-lhes a esquerda, salvo se se encontrarem numa
des com as luzes acesas por insuficiência de visibilidade,
via de sentido único ou na parte da faixa de rodagem os sinais sonoros podem ser substituídos por sinais lumi-
afecta a um só sentido, casos em que o trânsito se pode nosos, através da utilização alternada dos máximos com
fazer pela esquerda ou pela direita, conforme for mais os médios, mas sempre sem provocar encandeamento.
conveniente. 2 — Dentro das localidades, durante a noite, é obri-
3 — Quem infringir o disposto nos números anterio- gatória a substituição dos sinais sonoros pelos sinais
res é sancionado com coima de E 60 a E 300. luminosos utilizados nas condições previstas no número
anterior.
Artigo 17.o 3 — Os veículos de polícia e os veículos afectos à
prestação de socorro ou de serviço urgente de interesse
[. . .]
público podem utilizar avisadores luminosos especiais,
1 — Os veículos só podem utilizar as bermas ou os cujas características e condições de utilização são fixadas
passeios desde que o acesso aos prédios o exija, salvo em regulamento.
as excepções previstas em regulamento local. 4 — Os veículos que, em razão do serviço a que se
2 — Quem infringir o disposto no número anterior destinam, devam parar na via pública ou deslocar-se
é sancionado com coima de E 60 a E 300. em marcha lenta devem utilizar avisadores luminosos
especiais, cujas características e condições de utilização
são fixadas em regulamento.
Artigo 19.o 5 — Não é permitida em quaisquer outros veículos
Visibilidade reduzida ou insuficiente a instalação ou utilização dos avisadores referidos nos
números anteriores.
(Anterior artigo 23.o) 6 — Quem infringir o disposto nos n.os 2 e 4 é san-
cionado com coima de E 60 a E 300.
Artigo 20.o 7 — Quem infringir o disposto no n.o 5 é sancionado
com coima de E 500 a E 2500 e com perda dos objectos,
Veículos de transporte colectivo de passageiros devendo o agente de fiscalização proceder à sua imediata
(Anterior artigo 19.o) remoção e apreensão ou, não sendo ela possível, apreen-
der o documento de identificação do veículo até à efec-
tiva remoção e apreensão daqueles objectos, sendo,
Artigo 21.o neste caso, aplicável, com as necessárias adaptações, o
Sinalização de manobras disposto no n.o 5 do artigo 161.o
(Anterior artigo 20.o) Artigo 24.o
[. . .]
Artigo 22.o
Sinais sonoros
1—..........................................
2—..........................................
1 — (Anterior n.o 1 do artigo 21.o) 3 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
2 — (Anterior n.o 2 do artigo 21.o) res é sancionado com coima de E 120 a E 600.
3 — Exceptuam-se do disposto nos números anterio-
res os sinais de veículos de polícia ou que transitem
Artigo 25.o
em prestação de socorro ou de serviço urgente de inte-
resse público. [. . .]
4 — (Anterior n.o 4 do artigo 21.o)
1 — Sem prejuízo dos limites máximos de velocidade
5 — Nos veículos de polícia e nos veículos afectos
fixados, o condutor deve moderar especialmente a
à prestação de socorro ou de serviço urgente de interesse
velocidade:
público podem ser utilizados avisadores sonoros espe-
ciais, cujas características e condições de utilização são a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
fixadas em regulamento. b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1558 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
Vias reservadas
Dentro Restantes
Auto-estradas a automóveis
das localidades vias públicas
e motociclos
Ciclomotores e quadriciclos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 – – 45
Motociclos:
De cilindrada superior a 50 cm3 e sem carro lateral . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 120 100 90
Com carro lateral ou com reboque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 100 80 70
De cilindrada não superior a 50 cm3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 – – 60
Triciclos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 100 90 80
Automóveis ligeiros de passageiros e mistos:
Sem reboque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 120 100 90
Com reboque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 100 80 70
4 — Nos automóveis destinados ao transporte público a efectivação da responsabilidade civil pelos danos que
de passageiros podem ser transportadas crianças sem lhes sejam imputáveis, assim como outras garantias
observância do disposto nos números anteriores, desde necessárias ou convenientes à segurança do trânsito, ou
que não o sejam nos bancos da frente. relativas à manutenção das condições técnicas e de segu-
5 — Quem infringir o disposto nos números anterio- rança do veículo.
res é sancionado com coima de E 120 a E 600 por cada 5 — Quem, no acto da fiscalização, não exibir auto-
criança transportada indevidamente. rização, quando exigível, é sancionado com coima de
E 600 a E 3000, salvo se proceder à sua apresentação
no prazo de oito dias à autoridade indicada pelo agente
Artigo 56.o de fiscalização, caso em que a coima é de E 60 a E 300.
[. . .] 6 — O não cumprimento dos limites de peso e dimen-
sões ou do percurso fixados no regulamento a que se
1—.......................................... refere o n.o 1 ou constantes da autorização concedida
2—.......................................... nos termos do n.o 2 é sancionado com coima de E 600
3—.......................................... a E 3000.
7 — O não cumprimento de outras condições impos-
a) .........................................
tas pelo mesmo regulamento ou constantes da auto-
b) .........................................
rização é sancionado com coima de E 120 a E 600.
c) .........................................
8 — Nos casos previstos nos n.os 6 e 7 pode ser deter-
d) .........................................
minada a imobilização do veículo ou a sua deslocação
e) .........................................
para local apropriado até que a situação se encontre
f) .........................................
regularizada
g) Tratando-se de veículos destinados ao trans-
porte de passageiros, aquela não prejudique a Artigo 59.o
correcta identificação dos dispositivos de sina-
lização, de iluminação e da chapa de matrícula [. . .]
e não ultrapasse os contornos envolventes do
veículo, salvo em condições excepcionais fixadas 1 — Os dispositivos de iluminação e de sinalização
em regulamento; luminosa e os reflectores que devem equipar os veículos,
h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . bem como as respectivas características, são fixados em
i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . regulamento.
2 — É proibida a utilização de luz ou reflector ver-
4—.......................................... melho dirigidos para a frente ou de luz ou reflector
5 — Quem infringir o disposto nos n.os 1 e 2 é san- branco dirigidos para a retaguarda, salvo:
cionado com coima de E 60 a E 300.
a) Luz de marcha atrás e da chapa de matrícula;
6 — Quem infringir o disposto no n.o 3 é sancionado
b) Avisadores luminosos especiais previstos no
com coima de E 120 a E 600, se sanção mais grave não
artigo 23.o;
for aplicável, podendo ser determinada a imobilização
c) Dispositivos de iluminação e de sinalização uti-
do veículo ou a sua deslocação para local apropriado,
lizados nos veículos que circulam ao abrigo do
até que a situação se encontre regularizada.
disposto no artigo 58.o
1—.......................................... 2—..........................................
2 — A licença de condução referida na alínea a) do a) Subcategorias A1 e B1 — 16 anos;
número anterior habilita a conduzir ambas as categorias b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de veículos nela averbadas. c) Categorias C e C+E e subcategorias C1 e
3—.......................................... C1+E — 21 anos ou 18 anos desde que, neste
I) Motocultivadores com reboque ou retrotrem e caso, possua certificado de aptidão profissional
tractocarros de peso bruto não superior a comprovativo da frequência, com aproveita-
2500 kg; mento, de um curso de formação de condutores
de transportes rodoviários de mercadorias efec-
tuado nos termos fixados em regulamento;
II): d) Categorias D e D+E e subcategorias D1 e
a) Tractores agrícolas ou florestais simples D1+E — 21 anos.
ou com equipamentos montados, desde
que o peso bruto do conjunto não exceda 3—..........................................
3500 kg;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) .........................................
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) .........................................
c) Veículos agrícolas da categoria I — 16 anos;
d) Veículos agrícolas das categorias II e III —
III) ........................................ 18 anos.
4 — (Anterior n.o 5.)
5 — (Anterior n.o 6.) 4 — Só pode ser habilitado para a condução de veí-
6 — (Anterior n.o 7.) culos das categorias C e D e das subcategorias C1 e
7 — Quem, sendo titular de licença de condução de D1 quem possuir habilitação para conduzir veículos da
veículos agrícolas, conduzir veículo agrícola ou florestal categoria B.
de categoria para a qual a mesma licença não confira 5 — Só pode ser habilitado para a condução de veí-
habilitação é sancionado com coima de E 120 a E 600. culos das categorias B+E, C+E e D+E quem possuir
habilitação para conduzir veículos das categorias B, C
e D, respectivamente, e das subcategorias C1+E e
Artigo 125.o D1+E quem possuir habilitação para conduzir veículos
das subcategorias C1 e D1, respectivamente.
[. . .]
6 — A obtenção de título de condução por pessoa
1—.......................................... com idade inferior a 18 anos depende, ainda, de auto-
rização escrita de quem sobre ela exerça o poder
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . paternal.
b) Títulos de condução emitidos pelos serviços 7—..........................................
competentes da administração portuguesa do
território de Macau;
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 127.o
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [. . .]
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
f) Licenças internacionais de condução, desde que 1 — Só podem conduzir automóveis das categorias
apresentadas com o título nacional que lhes deu D e D+E, das subcategorias D1 e D1+E e ainda da
origem. categoria C+E cujo peso bruto exceda 20 000 kg os
condutores até aos 65 anos de idade.
2—.......................................... 2—..........................................
3—.......................................... 3 — Podem ser impostas aos condutores, em resul-
4 — Os titulares das licenças referidas nas alíneas d), tado de exame médico ou psicológico, restrições ao exer-
e) e f) do n.o 1 não estão autorizados a conduzir veículos cício da condução, prazos especiais para revalidação dos
a motor se residirem em Portugal há mais de 185 dias. títulos ou adaptações específicas ao veículo que con-
5—.......................................... duzam, as quais devem ser sempre mencionadas no res-
6—.......................................... pectivo título, bem como adequada simbologia no veí-
7—.......................................... culo, a definir em regulamento.
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1571
4 — Quem conduzir veículo sem observar as restri- 3 — A revalidação do título de condução ou a obten-
ções que lhe tenham sido impostas é sancionado com ção de novo título depende de aprovação em exame
coima de E 120 a E 600, se sanção mais grave não for especial, cujo conteúdo e características são fixados em
aplicável. regulamento, quando o título de condução tenha cadu-
5 — Quem conduzir veículo sem as adaptações espe- cado:
cíficas que tenham sido impostas nos termos do n.o 3
é sancionado com coima de E 120 a E 600. a) Nos termos do n.o 1;
6 — Quem infringir o disposto nos n.os 1 e 2 é san- b) Nos termos da alínea a) do n.o 2, quando a
cionado com coima de E 250 a E 1250. caducidade se tiver verificado há pelo menos
dois anos, salvo se os respectivos titulares
demonstrarem ter sido titulares de documento
Artigo 129.o idêntico e válido durante esse período;
[. . .] c) Nos termos da alínea b) do n.o 2;
d) Nos termos da alínea c) do n.o 2, por motivo
1 — Surgindo fundadas dúvidas sobre a aptidão física, de falta ou reprovação a exame médico ou psi-
mental ou psicológica ou sobre a capacidade de um cológico quando tenham decorrido mais de dois
condutor ou candidato a condutor para exercer a con- anos sobre a determinação de submissão àqueles
dução com segurança, a autoridade competente deter- exames.
mina que aquele seja submetido, singular ou cumula-
tivamente, a inspecção médica, a exame psicológico e 4 — Ao novo título emitido nos termos da alínea a)
a novo exame de condução ou a qualquer das suas do número anterior é aplicável o regime previsto nos
provas. n.os 4 e 5 do artigo 122.o
2 — Constitui, nomeadamente, motivo para dúvidas 5 — Os titulares de título de condução caducado nos
sobre a aptidão psicológica ou capacidade de um con-
termos do n.o 1 e das alíneas b) e c) do n.o 2 con-
dutor para exercer a condução com segurança, a cir-
sideram-se, para todos os efeitos legais, não habilitados
culação em sentido oposto ao legalmente estabelecido
a conduzir os veículos para que aquele título foi emitido.
em auto-estradas ou vias equiparadas, bem como a
6 — Salvo o disposto no número seguinte, os titulares
dependência ou a tendência para abusar de bebidas
de título de condução caducado nos termos da alínea a)
alcoólicas ou de substâncias psicotrópicas.
do n.o 2 consideram-se, para todos os efeitos legais,
3 — O estado de dependência de álcool ou de subs-
não habilitados a conduzir os veículos para que aquele
tâncias psicotrópicas é determinado por exame médico,
título foi emitido, apenas no que se refere às categorias
que pode ser ordenado em caso de condução sob a
ou subcategorias abrangidas pela necessidade de reva-
influência de quaisquer daquelas bebidas ou substâncias.
lidação.
4 — Revela a tendência para abusar de bebidas alcoó-
7 — Quem conduzir veículo com título não revalidado
licas ou de substâncias psicotrópicas a prática, num
período de três anos, de duas infracções criminais ou nos termos da alínea a) do n.o 2, antes do decurso do
contra-ordenacionais muito graves de condução sob a prazo referido na alínea b) do n.o 3, é sancionado com
influência do álcool ou de substâncias psicotrópicas. coima de E 120 a E 600.
5 — (Anterior n.o 3.)
6 — Não sendo possível comprovar o requisito pre-
visto na alínea c) do n.o 1 do artigo 128.o, ou quando CAPÍTULO I
a autoridade competente para proceder à troca de título Disposições gerais
tiver fundadas dúvidas sobre a sua autenticidade, pode
aquela troca ser condicionada à aprovação em novo
Artigo 131.o
exame de condução, ou a qualquer uma das suas provas.
Âmbito
o
Artigo 130. Constitui contra-ordenação rodoviária todo o facto
[. . .] ilícito e censurável, para o qual se comine uma coima,
que preencha um tipo legal correspondente à violação
1—.......................................... de norma do Código da Estrada ou de legislação com-
a) Sendo provisório nos termos dos n.os 4 e 5 do plementar, bem como de legislação especial cuja apli-
artigo 122.o, o seu titular tenha sido condenado cação esteja cometida à Direcção-Geral de Viação.
pela prática de um crime rodoviário, de uma
contra-ordenação muito grave ou de duas con-
Artigo 132.o
tra-ordenações graves;
b) For cassado, nos termos do artigo 148.o Regime
2 — O título de condução caduca ainda quando: As contra-ordenações rodoviárias são reguladas pelo
disposto no presente diploma, pela legislação rodoviária
a) Não for revalidado nos termos fixados em regu- complementar ou especial que as preveja e, subsidia-
lamento, apenas no que se refere às categorias riamente, pelo regime geral das contra-ordenações.
ou subcategorias abrangidas pela necessidade
de revalidação;
b) O seu titular reprovar na inspecção médica exi- Artigo 133.o
gida para a revalidação do título ou em exame Punibilidade da negligência
psicológico determinado por autoridade de
saúde; Nas contra-ordenações rodoviárias a negligência é
c) [Anterior alínea c) do n.o 1.] sempre sancionada.
1572 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
2 — Nos casos previstos no número anterior, o veículo c) [Anterior alínea c) do n.o 2 do artigo 170.o]
não pode manter-se apreendido por mais de 90 dias d) [Anterior alínea d) do n.o 2 do artigo 170.o]
devido a negligência do titular do respectivo documento e) [Anterior alínea e) do n.o 2 do artigo 170.o]
de identificação em promover a regularização da sua f) [Anterior alínea f) do n.o 2 do artigo 170.o]
situação, sob pena de perda do mesmo a favor do Estado. g) Em local destinado ao estacionamento de veí-
3 — Quando o veículo for apreendido é lavrado auto culos de certas categorias, ao serviço de deter-
de apreensão, notificando-se o titular do documento de minadas entidades ou utilizados no transporte
identificação do veículo da cominação prevista no de pessoas com deficiência;
número anterior. h) Em local afecto à paragem de veículos para ope-
4 — (Anterior n.o 3 do artigo 168.o) rações de carga e descarga ou tomada e largada
5 — Nos casos previstos nas alíneas c) a j) do n.o 1, de passageiros;
o titular do documento de identificação pode ser desig- i) Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando
nado fiel depositário do respectivo veículo. à utilização da parte da faixa de rodagem des-
6 — (Anterior n.o 5 do artigo 168.o) tinada ao sentido contrário, conforme o trânsito
7 — (Anterior n.o 6 do artigo 168.o)
8 — Quem for titular do documento de identificação se faça num ou em dois sentidos;
do veículo responde pelo pagamento das despesas cau- j) [Anterior alínea i) do n.o 2 do artigo 170.o]
sadas pela sua apreensão. l) [Anterior alínea j) do n.o 2 do artigo 170.o]
m) [Anterior alínea l) do n.o 2 do artigo 170.o]
n) [Anterior alínea m) do n.o 2 do artigo 170.o]
Artigo 163.o
Estacionamento indevido ou abusivo 3 — (Anterior n.o 3 do artigo 170.o)
4 — (Anterior n.o 4 do artigo 170.o)
1 — (Anterior corpo do artigo 169.o)
5 — O desbloqueamento do veículo só pode ser feito
a) [Anterior alínea a) do artigo 169.o] pelas autoridades competentes, sendo qualquer outra
b) O de veículo, em parque de estacionamento, pessoa que o fizer sancionada com coima de E 300 a
quando as taxas correspondentes a cinco dias E 1500.
de utilização não tiverem sido pagas; 6 — Quem for titular do documento de identificação
c) [Anterior alínea c) do artigo 169.o] do veículo é responsável por todas as despesas ocasio-
d) [Anterior alínea d) do artigo 169.o] nadas pela remoção, sem prejuízo das sanções legais
e) O de veículos agrícolas, máquinas industriais, aplicáveis, ressalvando-se o direito de regresso contra
reboques e semi-reboques não atrelados ao veí- o condutor.
culo tractor e o de veículos publicitários que 7 — (Anterior n.o 7 do artigo 170.o)
permaneçam no mesmo local por tempo supe- 8 — (Anterior n.o 8 do artigo 170.o)
rior a setenta e duas horas, ou a 30 dias, se
estacionarem em parques a esse fim destinados;
f) O que se verifique por tempo superior a qua- Artigo 165.o
renta e oito horas, quando se trate de veículos
que apresentem sinais exteriores evidentes de Presunção de abandono
abandono, de inutilização ou de impossibilidade
de se deslocarem com segurança pelos seus pró- 1 — Removido o veículo, nos termos do artigo ante-
prios meios; rior ou levantada a apreensão efectuada nos termos do
g) O de veículos ostentando qualquer informação n.o 1 do artigo 162.o, deve ser notificado o titular do
com vista à sua transacção, em parque de documento de identificação do veículo, para a residência
estacionamento; constante do respectivo registo, para o levantar no prazo
h) O de veículos sem chapa de matrícula ou com de 45 dias.
chapa que não permita a correcta leitura da 2 — (Anterior n.o 2 do artigo 171.o)
matrícula. 3 — (Anterior n.o 3 do artigo 171.o)
4 — (Anterior n.o 4 do artigo 171.o)
2 — Os prazos previstos nas alíneas a) e e) do número 5 — (Anterior n.o 5 do artigo 171.o)
anterior não se interrompem, desde que os veículos
sejam apenas deslocados de um para outro lugar de
estacionamento, ou se mantenham no mesmo parque Artigo 166.o
ou zona de estacionamento. Reclamação de veículos
3 — Não sendo possível proceder à notificação pes- manda levantar auto de notícia, que deve mencionar
soal por se ignorar a residência ou a identidade do titular os factos que constituem a infracção, o dia, a hora, o
do documento de identificação do veículo, a notificação local e as circunstâncias em que foi cometida, o nome
deve ser afixada junto da sua última residência conhecida e a qualidade da autoridade ou agente de autoridade
ou na câmara municipal da área onde o veículo tiver que a presenciou, a identificação dos agentes da infrac-
sido encontrado. ção e, quando possível, de, pelo menos, uma testemunha
4 — (Anterior n.o 4 do artigo 172.o) que possa depor sobre os factos.
2 — (Anterior n.o 2 do artigo 151.o)
Artigo 167.o 3 — (Anterior n.o 3 do artigo 151.o)
4 — (Anterior n.o 4 do artigo 151.o)
Hipoteca 5 — (Anterior n.o 5 do artigo 151.o)
1 — (Anterior n. 1 do artigo 173.o)
o
com as seguintes epígrafes: «Capítulo I — Títulos 7 — A notificação por carta registada considera-se
de condução», «Capítulo II — Requisitos», efectuada na data em que for assinado o aviso de recep-
«Capítulo III — Troca de título» e «Capí- ção ou no terceiro dia útil após essa data, quando o
tulo IV — Novos exames e caducidade»; aviso for assinado por pessoa diversa do arguido.
c) São eliminadas as secções do título VI; 8 — Na notificação por carta simples, o funcionário
d) É aditado um título VII, com a epígrafe «Pro- da entidade competente lavra uma cota no processo
cedimentos de fiscalização», que comporta três com a indicação da data da expedição da carta e do
capítulos com as seguintes epígrafes: «Capí- domicílio para o qual foi enviada, considerando-se a
tulo I — Procedimento para a fiscalização da con- notificação efectuada no quinto dia posterior à data indi-
dução sob influência de álcool ou de substâncias cada, cominação esta que deve constar do acto de
psicotrópicas», «Capítulo II — Apreensões» e notificação.
«Capítulo III — Abandono, bloqueamento e 9 — Quando a infracção for da responsabilidade do
remoção de veículos», e um título VIII, com a titular do documento de identificação do veículo, a noti-
epígrafe «Do processo», que comporta cinco capí- ficação, no acto de autuação, pode fazer-se na pessoa
tulos com as seguintes epígrafes: «Capítulo I — do condutor.
Competência», «Capítulo II — Processamento», 10 — Sempre que o notificando se recusar a receber
«Capítulo III — Da decisão», «Capítulo IV — ou a assinar a notificação, o agente certifica a recusa,
Do recurso» e «Capítulo V — Da prescrição». considerando-se efectuada a notificação.
Artigo 177.o
Artigo 3.o
Testemunhas
Aditamento ao Código da Estrada
1 — As testemunhas, peritos ou consultores técnicos
São aditados ao Código da Estrada, aprovado pelo indicados pelo arguido na defesa devem por ele ser apre-
Decreto-Lei n.o 114/94, de 3 de Maio, revisto e repu- sentados na data, hora e local indicados pela entidade
blicado pelos Decretos-Leis n.os 2/98, de 3 de Janeiro, instrutora do processo.
e 265-A/2001, de 28 de Setembro, e alterado pela Lei 2 — Exceptuam-se do disposto no número anterior
n.o 20/2002, de 21 de Agosto, os artigos 176.o a 189.o, os peritos dos estabelecimentos, laboratórios ou serviços
com a seguinte redacção: oficiais, bem como os agentes de autoridade, ainda que
arrolados pelo arguido, que devem ser notificados pela
autoridade administrativa.
«Artigo 176.o
Notificações Artigo 178.o
o o
1 — (Anterior corpo do n. 1 do artigo 156. ) Adiamento da diligência de inquirição de testemunhas
sário para a instrução do processo, ou para a defesa c) Tratando-se de outra sanção acessória, deve
da segurança rodoviária, e ainda quando o arguido proceder-se nos termos indicados na decisão
exerça actividade profissional autorizada, titulada por condenatória.
alvará ou licenciada pela Direcção-Geral de Viação, e
tenha praticado a infracção no exercício dessa acti- Artigo 183.o
vidade. Pagamento da coima em prestações
Todas as remissões feitas em diplomas legislativos O presente diploma entra em vigor 30 dias após a
para o Código da Estrada aprovado pelo Decreto-Lei publicação.
n.o 39 672, de 20 de Maio de 1954, consideram-se feitas Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 7 de
para as disposições correspondentes do Código ora Dezembro de 2004. — Pedro Miguel de Santana
revisto. Lopes — António José de Castro Bagão Félix — António
Victor Martins Monteiro — Daniel Viegas Sanches — José
Artigo 21.o
Pedro Aguiar Branco — José Luís Fazenda Arnaut Duar-
Normas transitórias te — António Luís Guerra Nunes Mexia.
1 — Sempre que, existindo mais de uma via de trân- 1 — Nas localidades, os condutores devem abrandar
sito no mesmo sentido, os veículos, devido à intensidade a sua marcha e, se necessário, parar, sempre que os
da circulação, ocupem toda a largura da faixa de roda- veículos de transporte colectivo de passageiros retomem
gem destinada a esse sentido, estando a velocidade de a marcha à saída dos locais de paragem.
cada um dependente da marcha dos que o precedem, 2 — Os condutores de veículos de transporte colectivo
os condutores não podem sair da respectiva fila para de passageiros não podem, no entanto, retomar a mar-
outra mais à direita, salvo para mudar de direcção, parar cha sem assinalarem a sua intenção imediatamente antes
ou estacionar. de a retomarem e sem adoptarem as precauções neces-
2 — Quem infringir o disposto no número anterior sárias para evitar qualquer acidente.
é sancionado com coima de E 120 a E 600. 3 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
res é sancionado com coima de E 60 a E 300.
Artigo 16.o
Placas, postes, ilhéus e dispositivos semelhantes SECÇÃO II
1 — Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas o Sinais dos condutores
trânsito faz-se por forma a dar a esquerda à parte central
dos mesmos ou às placas, postes, ilhéus direccionais ou Artigo 21.o
dispositivos semelhantes existentes, desde que se encon- Sinalização de manobras
trem no eixo da faixa de rodagem de que procedem
os veículos. 1 — Quando o condutor pretender reduzir a velo-
2 — Quando na faixa de rodagem exista algum dos cidade, parar, estacionar, mudar de direcção ou de via
dispositivos referidos no n.o 1, o trânsito, sem prejuízo de trânsito, iniciar uma ultrapassagem ou inverter o sen-
do disposto nos artigos 13.o e 14.o, faz-se por forma tido de marcha, deve assinalar com a necessária ante-
a dar-lhes a esquerda, salvo se se encontrarem numa cedência a sua intenção.
via de sentido único ou na parte da faixa de rodagem 2 — O sinal deve manter-se enquanto se efectua a
afecta a um só sentido, casos em que o trânsito se pode manobra e cessar logo que ela esteja concluída.
fazer pela esquerda ou pela direita, conforme for mais 3 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
conveniente. res é sancionado com coima de E 60 a E 300.
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1589
Artigo 26.o mais grave não for aplicável por força de outra dis-
posição legal.
Marcha lenta
Artigo 27.o
1 — Os condutores não devem transitar em marcha Limites gerais de velocidade
cuja lentidão cause embaraço injustificado aos restantes 1 — Sem prejuízo do disposto nos artigos 24.o e 25.o
utentes da via. e de limites inferiores que lhes sejam impostos, os con-
2 — Quem infringir o disposto no número anterior dutores não podem exceder as seguintes velocidades ins-
é sancionado com coima de E 60 a E 300, se sanção tantâneas (em quilómetros/hora):
Vias reservadas
Dentro Restantes
Auto-estradas a automóveis
das localidades vias públicas
e motociclos
Ciclomotores e quadriciclos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 – – 45
Motociclos:
De cilindrada superior a 50 cm3 e sem carro lateral . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 120 100 90
Com carro lateral ou com reboque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 100 80 70
De cilindrada não superior a 50 cm3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 – – 60
Triciclos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 100 90 80
Automóveis ligeiros de passageiros e mistos:
Sem reboque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 120 100 90
Com reboque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 100 80 70
2 — Quem exceder os limites máximos de velocidade 2.o De E 120 a E 600, se exceder em mais
é sancionado: de 10 km/h e até 20 km/h, dentro das
localidades, ou em mais de 20 km/h e
a) Se conduzir automóvel ligeiro ou motociclo, até 40 km/h, fora das localidades;
com as seguintes coimas: 3.o De E 300 a E 1500, se exceder em mais
1.o De E 60 a E 300, se exceder até 20 km/h, de 20 km/h e até 40 km/h, dentro das
dentro das localidades, ou até 30 km/h, localidades, ou em mais de 40 km/h e
fora das localidades; até 60 km/h, fora das localidades;
2.o De E 120 a E 600, se exceder em mais 4.o De E 500 a E 2500, se exceder em mais
de 20 km/h e até 40 km/h, dentro das de 40 km/h, dentro das localidades, ou
localidades, ou em mais de 30 km/h e em mais de 60 km/h, fora das localidades.
até 60 km/h, fora das localidades;
3.o De E 300 a E 1500, se exceder em mais 3 — O disposto no número anterior é também apli-
de 40 km/h e até 60 km/h, dentro das cável aos condutores que excedam os limites máximos
localidades, ou mais de 60 km/h e até de velocidade que lhes tenham sido estabelecidos ou
80 km/h, fora das localidades; que tenham sido especialmente fixados para os veículos
4.o De E 500 a E 2500, se exceder em mais que conduzem.
de 60 km/h, dentro das localidades, ou 4 — Para os efeitos do disposto nos números ante-
em mais de 80 km/h, fora das localidades; riores, considera-se que viola os limites máximos de velo-
cidade instantânea o condutor que percorrer uma deter-
b) Se conduzir outros veículos, com as seguintes minada distância a uma velocidade média incompatível
coimas: com a observância daqueles limites, entendendo-se que
a contra-ordenação é praticada no local em que terminar
1.o De E 60 a E 300, se exceder até 10 km/h, o percurso controlado.
dentro das localidades, ou até 20 km/h, 5 — Sem prejuízo do disposto nos números anterio-
fora das localidades; res, quando a velocidade for controlada através de tacó-
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1591
1 — A ultrapassagem deve efectuar-se pela esquerda. 1 — Fora das localidades, em vias cuja faixa de roda-
2 — Quem infringir o disposto no número anterior gem só tenha uma via de trânsito afecta a cada sentido,
é sancionado com coima de E 250 a E 1250. os condutores de automóveis pesados, de veículos agrí-
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1593
colas, de máquinas industriais, de veículos de tracção dência e quanto possível, do limite direito da faixa de
animal ou de outros veículos que transitem em marcha rodagem e efectuar a manobra no trajecto mais curto.
lenta devem manter em relação aos veículos que os pre- 2 — Quem infringir o disposto no número anterior
cedem uma distância não inferior a 50 m que permita é sancionado com coima de E 60 a E 300.
a sua ultrapassagem com segurança.
2 — Não é aplicável o disposto no número anterior Artigo 44.o
sempre que os condutores dos veículos aí referidos se
preparem para fazer uma ultrapassagem e tenham assi- Mudança de direcção para a esquerda
nalado devidamente a sua intenção. 1 — O condutor que pretenda mudar de direcção para
3 — Sempre que a largura livre da faixa de rodagem, a esquerda deve aproximar-se, com a necessária ante-
o seu perfil ou o estado de conservação da via não per- cedência e o mais possível, do limite esquerdo da faixa
mitam que a ultrapassagem se faça em termos normais de rodagem ou do eixo desta, consoante a via esteja
com a necessária segurança, os condutores dos veículos afecta a um ou a ambos os sentidos de trânsito, e efectuar
referidos no n.o 1 devem reduzir a velocidade e parar, a manobra de modo a entrar na via que pretende tomar
se necessário, para facilitar a ultrapassagem. pelo lado destinado ao seu sentido de circulação.
4 — Quem infringir o disposto nos n.os 1 e 3 é san- 2 — Se tanto na via que vai abandonar como naquela
cionado com coima de E 60 a E 300. em que vai entrar o trânsito se processa nos dois sen-
tidos, o condutor deve efectuar a manobra de modo
Artigo 41.o a dar a esquerda ao centro de intersecção das duas vias.
3 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
Ultrapassagens proibidas res é sancionado com coima de E 60 a E 300.
1 — É proibida a ultrapassagem:
a) Nas lombas; SUBSECÇÃO IV
b) Imediatamente antes e nas passagens de nível; Inversão do sentido de marcha
c) Imediatamente antes e nos cruzamentos e
entroncamentos; Artigo 45.o
d) Imediatamente antes e nas passagens assinala-
das para a travessia de peões; Lugares em que é proibida
e) Nas curvas de visibilidade reduzida; 1 — É proibido inverter o sentido de marcha:
f) Em todos os locais de visibilidade insuficiente;
g) Sempre que a largura da faixa de rodagem seja a) Nas lombas;
insuficiente. b) Nas curvas, cruzamentos ou entroncamentos de
visibilidade reduzida;
2 — É proibida a ultrapassagem de um veículo que c) Nas pontes, passagens de nível e túneis;
esteja a ultrapassar um terceiro. d) Onde quer que a visibilidade seja insuficiente
3 — Não é aplicável o disposto nas alíneas a) a c) ou que a via, pela sua largura ou outras carac-
e e) do n.o 1 e no n.o 2 sempre que na faixa de rodagem terísticas, seja inapropriada à realização da
sejam possíveis duas ou mais filas de trânsito no mesmo manobra;
sentido, desde que a ultrapassagem se não faça pela e) Sempre que se verifique grande intensidade de
parte da faixa de rodagem destinada ao trânsito em trânsito.
sentido oposto.
4 — Não é, igualmente, aplicável o disposto na alí- 2 — Quem infringir o disposto no número anterior
nea c) do n.o 1 sempre que a ultrapassagem se faça é sancionado com coima de E 120 a E 600.
pela direita nos termos do n.o 1 do artigo 37.o
5 — Quem infringir o disposto nos n.os 1 e 2 é san- SUBSECÇÃO V
cionado com coima de E 120 a E 600. Marcha atrás
Nos casos previstos nos n.os 2 e 3 do artigo 14.o e 1 — A marcha atrás só é permitida como manobra
no artigo 15.o, o facto de os veículos de uma fila cir- auxiliar ou de recurso e deve efectuar-se lentamente
cularem mais rapidamente que os de outra não é con- e no menor trajecto possível.
siderado ultrapassagem para os efeitos previstos neste 2 — Quem infringir o disposto no número anterior
Código. é sancionado com coima de E 30 a E 150.
Artigo 47.o
SUBSECÇÃO III
Lugares em que é proibida
Mudança de direcção
1 — Sem prejuízo do disposto no n.o 2 do artigo 33.o
para o cruzamento de veículos, a marcha atrás é
Artigo 43.o
proibida:
Mudança de direcção para a direita
a) Nas lombas;
1 — O condutor que pretenda mudar de direcção para b) Nas curvas, rotundas e cruzamentos ou entron-
a direita deve aproximar-se, com a necessária antece- camentos de visibilidade reduzida;
1594 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
c) Nas pontes, passagens de nível e túneis; f) Nas pistas de velocípedes, nos ilhéus direccio-
d) Onde quer que a visibilidade seja insuficiente nais, nas placas centrais das rotundas, nos pas-
ou que a via, pela sua largura ou outras carac- seios e demais locais destinados ao trânsito de
terísticas, seja inapropriada à realização da peões;
manobra; g) Na faixa de rodagem sempre que esteja sina-
e) Sempre que se verifique grande intensidade de lizada com linha longitudinal contínua e a dis-
trânsito. tância entre esta e o veículo seja inferior a 3 m.
2 — Quem infringir o disposto no número anterior 2 — Fora das localidades, é ainda proibido:
é sancionado com coima de E 120 a E 600.
a) Parar ou estacionar a menos de 50 m para um
e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos,
SUBSECÇÃO VI
rotundas, curvas ou lombas de visibilidade
Paragem e estacionamento reduzida;
b) Estacionar nas faixas de rodagem;
Artigo 48.o c) Parar na faixa de rodagem, salvo nas condições
Como devem efectuar-se previstas no n.o 3 do artigo anterior.
1 — Considera-se paragem a imobilização de um veí- 3 — Quem infringir o disposto no n.o 1 é sancionado
culo pelo tempo estritamente necessário para a entrada com coima de E 30 a E 150, salvo se se tratar de paragem
ou saída de passageiros ou para breves operações de ou estacionamento nas passagens de peões ou de velo-
carga ou descarga, desde que o condutor esteja pronto cípedes e nos passeios, impedindo a passagem de peões,
a retomar a marcha e o faça sempre que estiver a impedir caso em que a coima é de E 60 a E 300.
ou a dificultar a passagem de outros veículos. 4 — Quem infringir o disposto no n.o 2 é sancionado
2 — Considera-se estacionamento a imobilização de com coima de E 60 a E 300, salvo se se tratar de esta-
um veículo que não constitua paragem e que não seja cionamento de noite nas faixas de rodagem, caso em
motivada por circunstâncias próprias da circulação. que a coima é de E 250 a E 1250.
3 — Fora das localidades, a paragem e o estaciona-
mento devem fazer-se fora das faixas de rodagem ou,
sendo isso impossível e apenas no caso de paragem, Artigo 50.o
o mais próximo possível do respectivo limite direito,
paralelamente a este e no sentido da marcha. Proibição de estacionamento
4 — Dentro das localidades, a paragem e o estacio-
1 — É proibido o estacionamento:
namento devem fazer-se nos locais especialmente des-
tinados a esse efeito e pela forma indicada ou na faixa a) Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando
de rodagem, o mais próximo possível do respectivo limite à utilização da parte da faixa de rodagem des-
direito, paralelamente a este e no sentido da marcha. tinada ao sentido contrário, conforme o trânsito
5 — Ao estacionar o veículo, o condutor deve deixar se faça num ou em dois sentidos;
os intervalos indispensáveis à saída de outros veículos, b) Nas faixas de rodagem, em segunda fila, e em
à ocupação dos espaços vagos e ao fácil acesso aos pré- todos os lugares em que impeça o acesso a veí-
dios, bem como tomar as precauções indispensáveis para culos devidamente estacionados, a saída destes
evitar que aquele se ponha em movimento. ou a ocupação de lugares vagos;
6 — Quem infringir o disposto nos n.os 4 e 5 é san- c) Nos lugares por onde se faça o acesso de pessoas
cionado com coima de E 30 a E 150. ou veículos a propriedades, a parques ou a luga-
res de estacionamento;
Artigo 49.o d) A menos de 10 m para um e outro lado das
Proibição de paragem ou estacionamento passagens de nível;
e) A menos de 5 m para um e outro lado dos postos
1 — É proibido parar ou estacionar: de abastecimento de combustíveis;
a) Nas rotundas, pontes, túneis, passagens de nível, f) Nos locais reservados, mediante sinalização, ao
passagens inferiores ou superiores e em todos estacionamento de determinados veículos;
os lugares de visibilidade insuficiente; g) De veículos agrícolas, máquinas industriais,
b) A menos de 5 m para um e outro lado dos cru- reboques ou semi-reboques quando não atre-
zamentos, entroncamentos ou rotundas, sem lados ao veículo tractor, salvo nos parques de
prejuízo do disposto na alínea e) do presente estacionamento especialmente destinados a esse
número e na alínea a) do n.o 2; efeito;
c) A menos de 5 m para a frente e 25 m para trás h) Nas zonas de estacionamento de duração limi-
dos sinais indicativos da paragem dos veículos tada quando não for cumprido o respectivo
de transporte colectivo de passageiros ou a regulamento;
menos de 6 m para trás daqueles sinais quando i) De veículos ostentando qualquer informação
os referidos veículos transitem sobre carris; com vista à sua transacção, em parques de
d) A menos de 5 m antes e nas passagens assi- estacionamento.
naladas para a travessia de peões ou de velo-
cípedes; 2 — Quem infringir o disposto no número anterior
e) A menos de 20 m antes dos sinais verticais ou é sancionado com coima de E 30 a E 150, salvo se
luminosos se a altura dos veículos, incluindo a se tratar do disposto nas alíneas c), f) e i), casos em
respectiva carga, os encobrir; que a coima é de E 60 a E 300.
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1595
1 — Nas faixas de rodagem, o condutor de veículo 1 — As crianças com menos de 12 anos de idade e
utilizado no transporte colectivo de passageiros só pode menos de 150 cm de altura, transportadas em automó-
parar para a entrada e saída de passageiros nos locais veis equipados com cintos de segurança, devem ser segu-
especialmente destinados a esse fim. ras por sistema de retenção homologado e adaptado
2 — No caso de não existirem os locais referidos no ao seu tamanho e peso.
número anterior, a paragem deve ser feita o mais pró- 2 — O transporte das crianças referidas no número
ximo possível do limite direito da faixa de rodagem. anterior deve ser efectuado no banco da retaguarda,
3 — Quem infringir o disposto nos números anterio- salvo nas seguintes situações:
res é sancionado com coima de E 30 a E 150.
a) Se a criança tiver idade inferior a 3 anos e o
transporte se fizer utilizando sistema de reten-
SECÇÃO VI ção virado para a retaguarda, não podendo,
neste caso, estar activada a almofada de ar fron-
Transporte de pessoas e de carga tal no lugar do passageiro;
b) Se a criança tiver idade igual ou superior a
Artigo 53.o 3 anos e o automóvel não dispuser de cintos
Regras gerais de segurança no banco da retaguarda, ou não
dispuser deste banco.
1 — É proibido entrar, sair, carregar, descarregar ou
abrir as portas dos veículos sem que estes estejam com- 3 — Nos automóveis que não estejam equipados com
pletamente imobilizados. cintos de segurança é proibido o transporte de crianças
2 — A entrada ou saída de pessoas e as operações de idade inferior a 3 anos.
de carga ou descarga devem fazer-se o mais rapidamente
4 — Nos automóveis destinados ao transporte público
possível, salvo se o veículo estiver devidamente esta-
de passageiros podem ser transportadas crianças sem
cionado e as pessoas ou a carga não ocuparem a faixa
observância do disposto nos números anteriores, desde
de rodagem e sempre de modo a não causar perigo
que não o sejam nos bancos da frente.
ou embaraço para os outros utentes.
5 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
3 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
res é sancionado com coima de E 120 a E 600 por
res é sancionado com coima de E 30 a E 150.
cada criança transportada indevidamente.
Artigo 54.o
Artigo 56.o
Transporte de pessoas
Transporte de carga
1 — As pessoas devem entrar e sair pelo lado direito
ou esquerdo do veículo, consoante este esteja parado 1 — A carga e a descarga devem ser feitas pela reta-
ou estacionado à direita ou à esquerda da faixa de guarda ou pelo lado da faixa de rodagem junto de cujo
rodagem. limite o veículo esteja parado ou estacionado.
2 — Exceptuam-se: 2 — É proibido o trânsito de veículos ou animais car-
regados por tal forma que possam constituir perigo ou
a) A entrada e saída do condutor, quando o volante
embaraço para os outros utentes da via ou danificar
de direcção do veículo se situar no lado oposto
os pavimentos, instalações, obras de arte e imóveis
ao da paragem ou estacionamento;
marginais.
b) A entrada e saída dos passageiros que ocupem
3 — Na disposição da carga deve prover-se a que:
o banco da frente, quando o volante de direcção
do veículo se situar no lado da paragem ou a) Fique devidamente assegurado o equilíbrio do
estacionamento; veículo, parado ou em marcha;
c) Os casos especialmente previstos em regula- b) Não possa vir a cair sobre a via ou a oscilar
mentos locais, para os veículos de transporte por forma que torne perigoso ou incómodo o
colectivo de passageiros. seu transporte ou provoque a projecção de detri-
tos na via pública;
3 — É proibido o transporte de pessoas em número c) Não reduza a visibilidade do condutor;
que exceda a lotação do veículo ou de modo a com- d) Não arraste pelo pavimento;
prometer a sua segurança ou a segurança da condução. e) Não seja excedida a capacidade dos animais;
4 — É igualmente proibido o transporte de passagei- f) Não seja excedida a altura de 4 m a contar do
ros fora dos assentos, sem prejuízo do disposto em legis- solo;
1596 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
g) Tratando-se de veículos destinados ao trans- 6 — O não cumprimento dos limites de peso e dimen-
porte de passageiros, aquela não prejudique a sões ou do percurso fixados no regulamento a que se
correcta identificação dos dispositivos de sina- refere o n.o 1 ou constantes da autorização concedida
lização, de iluminação e da chapa de matrícula nos termos do n.o 2 é sancionado com coima de E 600
e não ultrapasse os contornos envolventes do a E 3000.
veículo, salvo em condições excepcionais fixadas 7 — O não cumprimento de outras condições impos-
em regulamento; tas pelo mesmo regulamento ou constantes da auto-
h) Tratando-se de veículos destinados ao trans- rização é sancionado com coima de E 120 a E 600.
porte de mercadorias, aquela se contenha em 8 — Nos casos previstos nos n.os 6 e 7 pode ser deter-
comprimento e largura nos limites da caixa, minada a imobilização do veículo ou a sua deslocação
salvo em condições excepcionais fixadas em para local apropriado até que a situação se encontre
regulamento; regularizada.
i) Tratando-se de transporte de mercadorias a gra- SECÇÃO VIII
nel, aquela não exceda a altura definida pelo
bordo superior dos taipais ou dispositivos aná- Iluminação
logos.
Artigo 59.o
4 — Consideram-se contornos envolventes do veículo Regras gerais
os planos verticais que passam pelos seus pontos
extremos. 1 — Os dispositivos de iluminação de sinalização
5 — Quem infringir o disposto nos n.os 1 e 2 é san- luminosa e os reflectores que devem equipar os veículos,
cionado com coima de E 60 a E 300. bem como as respectivas características, são fixados em
6 — Quem infringir o disposto no n.o 3 é sancionado regulamento.
com coima de E 120 a E 600, se sanção mais grave 2 — É proibida a utilização de luz ou reflector ver-
não for aplicável, podendo ser determinada a imobi- melho dirigidos para a frente ou de luz ou reflector
lização do veículo ou a sua deslocação para local apro- branco dirigidos para a retaguarda, salvo:
priado, até que a situação se encontre regularizada. a) Luz de marcha atrás e da chapa de matrícula;
b) Avisadores luminosos especiais previstos no
SECÇÃO VII
artigo 23.o;
c) Dispositivos de iluminação e de sinalização uti-
Limites de peso e dimensão dos veículos lizados nos veículos que circulam ao abrigo do
disposto no artigo 58.o
Artigo 57.o
Proibição de trânsito
3 — É sancionado com coima de E 60 a E 300 quem:
a) Conduzir veículo que não disponha de algum
1 — Não podem transitar nas vias públicas os veículos ou alguns dos dispositivos previstos no regula-
cujos pesos brutos, pesos por eixo ou dimensões excedam mento referido no n.o 1;
os limites gerais fixados em regulamento. b) Puser em circulação veículo utilizando dispo-
2 — Quem infringir o disposto no número anterior sitivos não previstos no mesmo regulamento ou
é sancionado com coima de E 600 a E 3000. que, estando previstos, não obedeçam às carac-
terísticas ou modos de instalação nele fixados;
Artigo 58.o c) Infringir o disposto no n.o 2.
Autorização especial
4 — É sancionado com coima de E 30 a E 150 quem:
1 — Nas condições fixadas em regulamento, pode ser
a) Conduzir veículo que não disponha de algum
permitido pela entidade competente o trânsito de veí-
ou alguns dos reflectores previstos no regula-
culos de peso ou dimensões superiores aos legalmente
mento referido no n.o 1;
fixados ou que transportem objectos indivisíveis que b) Puser em circulação veículo utilizando reflec-
excedam os limites da respectiva caixa. tores não previstos no mesmo regulamento ou
2 — Do regulamento referido no número anterior que, estando previstos, não obedeçam às carac-
devem constar as situações em que o trânsito daqueles terísticas ou modos de instalação nele fixados;
veículos depende de autorização especial. c) Sem prejuízo do disposto no n.o 2 do artigo 62.o,
3 — Considera-se objecto indivisível aquele que não conduzir veículo com avaria em algum ou alguns
pode ser cindido sem perda do seu valor económico dos dispositivos previstos no n.o 1.
ou da sua função.
4 — Pode ser exigida aos proprietários dos veículos
a prestação de caução ou seguro destinados a garantir Artigo 60.o
a efectivação da responsabilidade civil pelos danos que Utilização de luzes
lhes sejam imputáveis, assim como outras garantias
necessárias ou convenientes à segurança do trânsito, ou 1 — Os dispositivos de iluminação a utilizar pelos con-
relativas à manutenção das condições técnicas e de segu- dutores são os seguintes:
rança do veículo. a) Luz de estrada (máximos), destinada a iluminar
5 — Quem, no acto da fiscalização, não exibir auto- a via para a frente do veículo numa distância
rização, quando exigível, é sancionado com coima de não inferior a 100 m;
E 600 a E 3000, salvo se proceder à sua apresentação b) Luz de cruzamento (médios), destinada a ilu-
no prazo de oito dias à autoridade indicada pelo agente minar a via para a frente do veículo numa dis-
de fiscalização, caso em que a coima é de E 60 a E 300. tância até 30 m;
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1597
c) Luz de nevoeiro da frente, destinada a melhorar 5 — Salvo o disposto no número seguinte e se sanção
a iluminação da estrada em caso de nevoeiro mais grave não for aplicável por força de disposição
ou outras situações de visibilidade reduzida; especial, quem infringir o disposto nos números ante-
d) Luz de marcha atrás, destinada a iluminar a riores é sancionado com coima de E 30 a E 150.
estrada para a retaguarda do veículo e avisar 6 — Quem utilizar os máximos no cruzamento com
os outros utentes que o veículo faz ou vai fazer outros veículos, pessoas ou animais ou quando o veículo
marcha atrás. transite a menos de 100 m daquele que o precede ou
ainda durante a paragem ou detenção da marcha do
2 — Os dispositivos de sinalização luminosa a utilizar veículo é sancionado com coima de E 60 a E 300.
pelos condutores são os seguintes:
a) Luzes de presença, destinadas a assinalar a pre- Artigo 62.o
sença e a largura do veículo, quando visto de Avaria nas luzes
frente e da retaguarda, tomando as da frente
a designação «mínimos»; 1 — Sempre que, nos termos do n.o 1 do artigo ante-
b) Luz de mudança de direcção, destinada a indicar rior, seja obrigatória a utilização de dispositivos de ilu-
aos outros utentes a intenção de mudar de minação e de sinalização luminosa, é proibido o trânsito
direcção; de veículos com avaria dos dispositivos referidos na alí-
c) Luzes avisadoras de perigo, destinadas a assi- nea b) do n.o 1 e no n.o 2 do artigo 60.o, salvo o disposto
nalar que o veículo representa um perigo espe- no número seguinte.
cial para os outros utentes e constituídas pelo 2 — O trânsito de veículos com avaria nas luzes é
funcionamento simultâneo de todos os indica- permitido quando os mesmos disponham de, pelo
dores de mudança de direcção; menos:
d) Luz de travagem, destinada a indicar aos outros
utentes o accionamento do travão de serviço; a) Dois médios, ou um médio do lado esquerdo
e) Luz de nevoeiro da retaguarda, destinada a tor- e dois mínimos para a frente, um indicador de
nar mais visível o veículo em caso de nevoeiro presença no lado esquerdo e uma das luzes de
intenso ou de outras situações de redução sig- travagem, quando obrigatória, à retaguarda; ou
nificativa de visibilidade. b) Luzes avisadoras de perigo, caso em que apenas
podem transitar pelo tempo estritamente neces-
sário até um local de paragem ou estacio-
Artigo 61.o namento.
Condições de utilização das luzes
3 — A avaria nas luzes, quando ocorra em auto-es-
1 — Desde o anoitecer ao amanhecer e, ainda, trada ou via reservada a automóveis e motociclos, impõe
durante o dia sempre que existam condições meteo- a imediata imobilização do veículo fora da faixa de roda-
rológicas ou ambientais que tornem a visibilidade insu- gem, salvo se aquele dispuser das luzes referidas na
ficiente, nomeadamente em caso de nevoeiro, chuva alínea a) do número anterior, caso em que a circulação
intensa, queda de neve, nuvens de fumo ou pó, os con- é permitida até à área de serviço ou saída mais próxima.
dutores devem utilizar as seguintes luzes: 4 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
a) De presença, enquanto aguardam a abertura de res é sancionado com coima de E 60 a E 300, devendo
passagem de nível e ainda durante a paragem o documento de identificação do veículo ser apreendido
ou o estacionamento, em locais cuja iluminação nos termos e para os efeitos previstos na alínea f) do
não permita o fácil reconhecimento do veículo n.o 1 e no n.o 6 do artigo 161.o
à distância de 100 m;
b) De cruzamento, em locais cuja iluminação per- Artigo 63.o
mita ao condutor uma visibilidade não inferior
a 100 m, no cruzamento com outros veículos, Sinalização de perigo
pessoas ou animais, quando o veículo transite
1 — Quando o veículo represente um perigo especial
a menos de 100 m daquele que o precede, na
para os outros utentes da via devem ser utilizadas as
aproximação de passagem de nível fechada ou
luzes avisadoras de perigo.
durante a paragem ou detenção da marcha do
2 — Os condutores devem também utilizar as luzes
veículo;
referidas no número anterior em caso de súbita redução
c) De estrada, nos restantes casos;
da velocidade provocada por obstáculo imprevisto ou
d) De nevoeiro, sempre que as condições meteo-
por condições meteorológicas ou ambientais especiais.
rológicas ou ambientais o imponham, nos veí-
3 — Os condutores devem ainda utilizar as luzes refe-
culos que com elas devam estar equipados.
ridas no n.o 1, desde que estas se encontrem em con-
dições de funcionamento:
2 — É proibido o uso das luzes de nevoeiro sempre
que as condições meteorológicas ou ambientais o não a) Em caso de imobilização forçada do veículo por
justifiquem. acidente ou avaria, sempre que o mesmo repre-
3 — Sem prejuízo do disposto no n.o 1, os condutores sente um perigo para os demais utentes da via;
de veículos afectos ao transporte de mercadorias peri- b) Quando o veículo esteja a ser rebocado.
gosas devem transitar durante o dia com as luzes de
cruzamento acesas. 4 — Nos casos previstos no número anterior, se não
4 — Sem prejuízo do disposto no n.o 1, é obrigatório for possível a utilização das luzes avisadoras de perigo,
durante o dia o uso de luzes de cruzamento nos túneis devem ser utilizadas as luzes de presença, se estas se
sinalizados como tal e nas vias de sentido reversível. encontrarem em condições de funcionamento.
1598 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
culação seja aberta no seu sentido de trânsito, desde motores, motociclos e triciclos de cilindrada não supe-
que não perturbe os outros utentes. rior a 50 cm3, quadriciclos, veículos agrícolas, comboios
3 — Quem infringir o disposto no n.o 1 é sancionado turísticos, bem como de veículos ou conjuntos de veí-
com coima de E 30 a E 150. culos insusceptíveis de atingir em patamar velocidade
superior a 60 km/h ou aos quais tenha sido fixada velo-
cidade máxima igual ou inferior àquele valor.
SUBSECÇÃO III
2 — Nas auto-estradas e respectivos acessos, quando
Parques e zonas de estacionamento devidamente sinalizados, é proibido:
a) Circular sem utilizar as luzes regulamentares,
Artigo 70.o nos termos deste Código;
Regras gerais b) Parar ou estacionar, ainda que fora das faixas
de rodagem, salvo nos locais especialmente des-
1 — Nos locais da via pública especialmente desti- tinados a esse fim;
nados ao estacionamento, quando devidamente assina- c) Inverter o sentido de marcha;
lados, os condutores não podem transitar ou atravessar d) Fazer marcha atrás;
as linhas de demarcação neles existentes para fins diver-
e) Transpor os separadores de trânsito ou as aber-
sos do estacionamento.
2 — Os parques e zonas de estacionamento podem turas neles existentes.
ser afectos a veículos de certas categorias, podendo a
sua utilização ser limitada no tempo ou sujeita ao paga- 3 — Quem infringir o disposto no n.o 1 e nas alíneas a)
mento de uma taxa, nos termos fixados em regulamento. e b) do n.o 2 é sancionado com coima de E 120 a E 600,
3 — Nos parques e zonas de estacionamento podem, salvo se se tratar de paragem ou estacionamento na
mediante sinalização, ser reservados lugares ao estacio- faixa de rodagem, caso em que a coima é de E 250
namento de veículos afectos ao serviço de determinadas a E 1250.
entidades ou utilizados no transporte de pessoas com 4 — Quem circular em sentido oposto ao legalmente
deficiência. estabelecido ou infringir o disposto nas alíneas c) a e)
4 — Quem infringir o disposto no n.o 1 é sancionado do n.o 2 é sancionado com coima de E 500 a E 2500,
com coima de E 30 a E 150. se sanção mais grave não for aplicável por força de
outra disposição legal.
Artigo 71.o
Estacionamento proibido
Artigo 73.o
Entrada e saída das auto-estradas
1 — Nos parques e zonas de estacionamento é proi-
bido estacionar: 1 — A entrada e saída das auto-estradas faz-se uni-
a) Veículos destinados à venda de quaisquer arti- camente pelos acessos a tal fim destinados.
gos ou a publicidade de qualquer natureza; 2 — Se existir uma via de aceleração, o condutor que
b) Automóveis pesados utilizados em transporte pretender entrar na auto-estrada deve utilizá-la, regu-
público, quando não estejam em serviço, salvas lando a sua velocidade por forma a tomar a via de trân-
as excepções previstas em regulamentos locais; sito adjacente sem perigo ou embaraço para os veículos
c) Veículos de categorias diferentes daquelas a que que nela transitem.
o parque, zona ou lugar de estacionamento 3 — O condutor que pretender sair de uma auto-
tenha sido exclusivamente afecto nos termos dos -estrada deve ocupar com a necessária antecedência a
n.os 2 e 3 do artigo anterior; via de trânsito mais à direita e, se existir via de abran-
d) Por tempo superior ao estabelecido ou sem o damento, entrar nela logo que possível.
pagamento da taxa fixada nos termos do n.o 2 4 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
do artigo anterior. res é sancionado com coima de E 250 a E 1250.
a) E 30 a E 150, se se tratar do disposto nas alí- Trânsito de veículos pesados de mercadorias ou conjuntos de veículos
neas b) e d); 1 — Nas auto-estradas ou troços de auto-estradas com
b) E 60 a E 300, se se tratar do disposto nas alí-
três ou mais vias de trânsito afectas ao mesmo sentido,
neas a) e c).
os condutores de veículos pesados de mercadorias ou
conjuntos de veículos cujo comprimento exceda 7 m só
SUBSECÇÃO IV podem utilizar as duas vias de trânsito mais à direita.
2 — Quem infringir o disposto no número anterior
Trânsito nas auto-estradas e vias equiparadas é sancionado com coima de E 120 a E 600.
Artigo 72.o
Artigo 75.o
Auto-estradas
Vias reservadas a automóveis e motociclos
1 — Nas auto-estradas e respectivos acessos, quando
devidamente sinalizados, é proibido o trânsito de peões, É aplicável o disposto na presente subsecção ao trân-
animais, veículos de tracção animal, velocípedes, ciclo- sito em vias reservadas a automóveis e motociclos.
1600 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
perigo para a segurança das pessoas e das coisas ou o domínio sobre a sua marcha e a evitar impedimento
embaraço para o trânsito. ou perigo para o trânsito.
3 — Quem infringir o disposto nos números anterio- 2 — Nas pontes, túneis e passagens de nível, os con-
res é sancionado com coima de E 60 a E 300. dutores de animais, atrelados ou não, devem fazê-los
seguir a passo.
3 — A entrada de gado na via pública deve ser devi-
SECÇÃO III
damente assinalada pelo respectivo condutor e fazer-se
Iluminação por caminhos ou serventias a esse fim destinados.
4 — Sempre que, nos termos do artigo 61.o, seja obri-
Artigo 93.o gatória a utilização de dispositivos de sinalização lumi-
nosa, os condutores de veículos de tracção animal ou
Utilização das luzes
de animais em grupo devem utilizar uma lanterna de
1 — Nos motociclos, triciclos, quadriciclos e ciclomo- luz branca, visível em ambos os sentidos de trânsito.
tores, o uso de dispositivos de sinalização luminosa e 5 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
de iluminação é obrigatório em qualquer circunstância. res é sancionado com coima de E 30 a E 150.
2 — Sem prejuízo do disposto no n.o 1 do artigo 61.o, 6 — O proprietário de animal que o deixe vaguear
os condutores de motociclos e ciclomotores devem tran- na via pública por forma a impedir ou fazer perigar
sitar com a luz de cruzamento acesa. o trânsito é sancionado com coima de E 30 a E 150.
3 — Sempre que, nos termos do artigo 61.o, seja obri-
gatório o uso de dispositivo de iluminação, os velocí-
Artigo 98.o
pedes só podem circular com utilização dos dispositivos
que, para o efeito, forem fixados em regulamento. Regulamentação local
4 — Quem infringir o disposto nos números anterio- Em tudo o que não estiver previsto no presente
res é sancionado com coima de E 60 a E 300, se sanção Código, o trânsito de veículos de tracção animal e de
mais grave não for aplicável. animais é objecto de regulamento local.
Artigo 94.o
Avaria nas luzes TÍTULO III
1 — Em caso de avaria nas luzes de motociclos, tri- Do trânsito de peões
ciclos, quadriciclos e ciclomotores é aplicável, com as
necessárias adaptações, o disposto no artigo 62.o Artigo 99.o
2 — Em caso de avaria nas luzes, os velocípedes
devem ser conduzidos à mão. Lugares em que podem transitar
3 — Quem infringir o disposto no n.o 2 é sancionado 1 — Os peões devem transitar pelos passeios, pistas
com coima de E 30 a E 150. ou passagens a eles destinados ou, na sua falta, pelas
bermas.
Artigo 95.o 2 — Os peões podem, no entanto, transitar pela faixa
de rodagem, com prudência e por forma a não prejudicar
Sinalização de perigo
o trânsito de veículos, nos seguintes casos:
É aplicável aos motociclos, triciclos, quadriclos e ciclo- a) Quando efectuem o seu atravessamento;
motores, quando estejam munidos de luzes de mudança b) Na falta dos locais referidos no n.o 1 ou na
de direcção, o disposto no artigo 63.o, com as necessárias impossibilidade de os utilizar;
adaptações. c) Quando transportem objectos que, pelas suas
SECÇÃO IV dimensões ou natureza, possam constituir
perigo para o trânsito dos outros peões;
Sanções aplicáveis a condutores de velocípedes d) Nas vias públicas em que esteja proibido o trân-
sito de veículos;
Artigo 96.o e) Quando sigam em formação organizada sob a
Remissão orientação de um monitor ou em cortejo.
As coimas previstas no presente Código são reduzidas 3 — Nos casos previstos nas alíneas b), c) e e) do
para metade nos seus limites mínimo e máximo quando número anterior, os peões podem transitar pelas pistas
aplicáveis aos condutores de velocípedes, salvo quando a que se refere o artigo 78.o, desde que a intensidade
se trate de coimas especificamente fixadas para estes do trânsito o permita e não prejudiquem a circulação
condutores. dos veículos ou animais a que aquelas estão afectas.
CAPÍTULO III 4 — Sempre que transitem na faixa de rodagem, desde
o anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições
Disposições especiais para veículos de visibilidade ou a intensidade do trânsito o aconse-
de tracção animal e animais lhem, os peões devem transitar numa única fila, salvo
quando seguirem em cortejo ou formação organizada
Artigo 97.o nos termos previstos no artigo 102.o
Regras especiais
5 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
res é sancionado com coima de E 10 a E 50.
1 — Os condutores de veículos de tracção animal ou 6 — Quem, com violação dos deveres de cuidado e
de animais devem conduzi-los de modo a manter sempre de protecção, não impedir que os menores de 16 anos
1604 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
que, por qualquer título, se encontrem a seu cargo brin- dutor deve reduzir a velocidade e, se necessário, parar
quem nas faixas de rodagem das vias públicas é san- para deixar passar os peões que já tenham iniciado a
cionado com coima de E 30 a E 150. travessia da faixa de rodagem.
3 — Ao mudar de direcção, o condutor, mesmo não
Artigo 100.o existindo passagem assinalada para a travessia de peões,
deve reduzir a sua velocidade e, se necessário, parar
Posição a ocupar na via a fim de deixar passar os peões que estejam a atravessar
1 — Os peões devem transitar pela direita dos locais a faixa de rodagem da via em que vai entrar.
que lhes são destinados, salvo nos casos previstos na 4 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
alínea d) do n.o 2 do artigo anterior. res é sancionado com coima de E 120 a E 600.
2 — Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n.o 2
do artigo anterior, os peões devem transitar pelo lado Artigo 104.o
esquerdo da faixa de rodagem, a não ser que tal com- Equiparação
prometa a sua segurança.
3 — Nos casos previstos nas alíneas b), c) e e) do É equiparado ao trânsito de peões:
n.o 2 do artigo anterior, os peões devem transitar o
a) A condução de carros de mão;
mais próximo possível do limite da faixa de rodagem.
b) A condução à mão de velocípedes de duas rodas
4 — Quem infringir o disposto nos números anterio-
sem carro atrelado e de carros de crianças ou
res é sancionado com coima de E 10 a E 50.
de pessoas com deficiência;
c) O trânsito de pessoas utilizando trotinetas,
Artigo 101.o patins ou outros meios de circulação análogos,
Atravessamento da faixa de rodagem sem motor;
d) O trânsito de cadeiras de rodas equipadas com
1 — Os peões não podem atravessar a faixa de roda- motor eléctrico;
gem sem previamente se certificarem de que, tendo em e) A condução à mão de motocultivadores sem
conta a distância que os separa dos veículos que nela reboque ou retrotrem.
transitam e a respectiva velocidade, o podem fazer sem
perigo de acidente.
2 — O atravessamento da faixa de rodagem deve TÍTULO IV
fazer-se o mais rapidamente possível.
3 — Os peões só podem atravessar a faixa de rodagem Dos veículos
nas passagens especialmente sinalizadas para esse efeito
ou, quando nenhuma exista a uma distância inferior CAPÍTULO I
a 50 m, perpendicularmente ao eixo da faixa de rodagem. Classificação dos veículos
4 — Os peões não devem parar na faixa de rodagem
ou utilizar os passeios de modo a prejudicar ou perturbar Artigo 105.o
o trânsito.
5 — Quem infringir o disposto nos números anterio- Automóveis
res é sancionado com coima de E 10 a E 50. Automóvel é o veículo com motor de propulsão,
dotado de pelo menos quatro rodas, com tara superior
Artigo 102.o a 550 kg, cuja velocidade máxima é, por construção,
Iluminação de cortejos e formações organizadas
superior a 25 km/h, e que se destina, pela sua função,
a transitar na via pública, sem sujeição a carris.
1 — Sempre que transitem na faixa de rodagem desde
o anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições Artigo 106.o
de visibilidade o aconselhem, os cortejos e formações
organizadas devem assinalar a sua presença com, pelo Classes e tipos de automóveis
menos, uma luz branca dirigida para a frente e uma 1 — Os automóveis classificam-se em:
luz vermelha dirigida para a retaguarda, ambas do lado
esquerdo do cortejo ou formação, bem como através a) Ligeiros — veículos com peso bruto igual ou
da utilização de, pelo menos, dois coletes retrorreflec- inferior a 3500 kg e com lotação não superior
tores, um no início e outro no fim da formação. a nove lugares, incluindo o do condutor;
2 — Quem infringir o disposto no número anterior b) Pesados — veículos com peso bruto superior a
é sancionado com coima de E 30 a E 150. 3500 kg ou com lotação superior a nove lugares,
incluindo o do condutor.
Artigo 103.o
2 — Os automóveis ligeiros ou pesados incluem-se,
Cuidados a observar pelos condutores segundo a sua utilização, nos seguintes tipos:
1 — Ao aproximar-se de uma passagem de peões assi- a) De passageiros — os veículos que se destinam
nalada, em que a circulação de veículos está regulada ao transporte de pessoas;
por sinalização luminosa, o condutor, mesmo que a sina- b) De mercadorias — os veículos que se destinam
lização lhe permita avançar, deve deixar passar os peões ao transporte de carga.
que já tenham iniciado a travessia da faixa de rodagem.
2 — Ao aproximar-se de uma passagem para peões, 3 — Os automóveis de passageiros e de mercadorias
junto da qual a circulação de veículos não está regulada que se destinam ao desempenho de função diferente
nem por sinalização luminosa nem por agente, o con- do normal transporte de passageiros ou de mercadorias
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1605
são considerados especiais, tomando a designação a fixar 3 — Motocultivador é o veículo com motor de pro-
em regulamento, de acordo com o fim a que se destinam. pulsão, de um só eixo, destinado à execução de trabalhos
4 — As categorias de veículos para efeitos de apro- agrícolas ligeiros, que pode ser dirigido por um condutor
vação de modelo são fixadas em regulamento. a pé ou em reboque ou retrotrem atrelado ao referido
veículo.
Artigo 107.o 4 — O motocultivador ligado a reboque ou retrotrem
é equiparado, para efeitos de circulação, a tractor
Motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos agrícola.
1 — Motociclo é o veículo dotado de duas rodas, com 5 — Tractocarro é o veículo com motor de propulsão,
ou sem carro lateral, com motor de propulsão com cilin- de dois ou mais eixos, provido de uma caixa de carga
drada superior a 50 cm3, no caso de motor de combustão destinada ao transporte de produtos agrícolas ou flo-
interna, ou que, por construção, exceda em patamar restais e cujo peso bruto não ultrapassa 3500 kg, sendo
a velocidade de 45 km/h. equiparado, para efeitos de circulação, a tractor agrícola.
2 — Ciclomotor é o veículo dotado de duas ou três
rodas, com uma velocidade máxima, em patamar e por
Artigo 109.o
construção, não superior a 45 km/h, e cujo motor:
Outros veículos a motor
a) No caso de ciclomotores de duas rodas, tenha
cilindrada não superior a 50 cm3, tratando-se 1 — Veículo sobre carris é aquele que, independen-
de motor de combustão interna ou cuja potência temente do sistema de propulsão, se desloca sobre carris.
máxima não exceda 4 kW, tratando-se de motor 2 — Máquina industrial é o veículo com motor de
eléctrico; propulsão, de dois ou mais eixos, destinado à execução
b) No caso de ciclomotores de três rodas, tenha de obras ou trabalhos industriais e que só eventualmente
cilindrada não superior a 50 cm3, tratando-se transita na via pública, sendo pesado ou ligeiro con-
de motor de ignição comandada ou cuja potên- soante o seu peso bruto exceda ou não 3500 kg.
cia máxima não exceda 4 kW, no caso de outros
motores de combustão interna ou de motores
eléctricos. Artigo 110.o
Reboques
3 — Triciclo é o veículo dotado de três rodas dispostas
simetricamente, com motor de propulsão com cilindrada 1 — Reboque é o veículo destinado a transitar atre-
superior a 50 cm3, no caso de motor de combustão lado a um veículo a motor.
interna, ou que, por construção, exceda em patamar 2 — Semi-reboque é o reboque cuja parte da frente
a velocidade de 45 km/h. assenta sobre o veículo a motor, distribuindo o peso
4 — Quadriciclo é o veículo dotado de quatro rodas, sobre este.
classificando-se em: 3 — Os veículos referidos nos números anteriores
a) Ligeiro — veículo com velocidade máxima, em tomam a designação de reboque ou semi-reboque agrí-
patamar e por construção, não superior a cola ou florestal quando se destinam a ser atrelados
45 km/h, cuja massa sem carga não exceda a um tractor agrícola ou a um motocultivador.
350 kg, excluída a massa das baterias no veículo 4 — Máquina agrícola ou florestal rebocável é a
eléctrico, e com motor de cilindrada não supe- máquina destinada a trabalhos agrícolas ou florestais
rior a 50 cm3, no caso de motor de ignição que só transita na via pública quando rebocada.
comandada, ou cuja potência máxima não seja 5 — Máquina industrial rebocável é a máquina des-
superior a 4 kW, no caso de outros motores de tinada a trabalhos industriais que só transita na via
combustão interna ou de motor eléctrico; pública quando rebocada.
b) Pesado — veículo com motor de potência não 6 — A cada veículo a motor não pode ser atrelado
superior a 15 kW e cuja massa sem carga, mais de um reboque.
excluída a massa das baterias no caso de veículos 7 — É proibida a utilização de reboques em trans-
eléctricos, não exceda 400 kg ou 550 kg, con- porte público de passageiros.
soante se destine, respectivamente, ao trans- 8 — Exceptua-se do disposto nos n.os 6 e 7 a utilização
porte de passageiros ou de mercadorias. de um reboque destinado ao transporte de bagagem
nos veículos pesados afectos ao transporte de passa-
geiros, de reboques em comboios turísticos, bem como,
Artigo 108.o nos termos a fixar em regulamento local, de reboques
Veículos agrícolas em tractores agrícolas ou florestais.
9 — Quem infringir o disposto nos n.os 6 e 7 é san-
1 — Tractor agrícola ou florestal é o veículo com cionado com coima de E 120 a E 600.
motor de propulsão, de dois ou mais eixos, cuja função
principal reside na potência de tracção, especialmente
concebido para ser utilizado com reboques, alfaias ou Artigo 111.o
outras máquinas destinadas a utilização agrícola ou
florestal. Veículos únicos e conjuntos de veículos
2 — Máquina agrícola ou florestal é o veículo com 1 — Consideram-se veículos únicos:
motor de propulsão, de dois ou mais eixos, destinado
exclusivamente à execução de trabalhos agrícolas ou flo- a) O automóvel pesado composto por dois seg-
restais, que só excepcionalmente transita na via pública, mentos rígidos permanentemente ligados por
sendo considerado pesado ou ligeiro consoante o seu uma secção articulada que permite a comuni-
peso bruto exceda ou não 3500 kg. cação entre ambos;
1606 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
b) O comboio turístico constituído por um tractor que foram aprovados ou que utilizem sistemas, com-
e um ou mais reboques destinados ao transporte ponentes ou acessórios não aprovados nos termos do
de passageiros em pequenos percursos e com n.o 3.
fins turísticos ou de diversão. 6 — Quem infringir o disposto no número anterior
é sancionado com coima de E 250 a E 1250, sendo
2 — Conjunto de veículos é o grupo constituído por ainda apreendido o veículo até que este seja aprovado
um veículo tractor e seu reboque ou semi-reboque. em inspecção extraordinária.
3 — Para efeitos de circulação, o conjunto de veículos
é equiparado a veículo único. Artigo 115.o
Transformação de veículos
Artigo 112.o
1 — Considera-se transformação de veículo qualquer
Velocípedes alteração das suas características construtivas ou fun-
1 — Velocípede é o veículo com duas ou mais rodas cionais.
accionado pelo esforço do próprio condutor por meio 2 — A transformação de veículos a motor e seus rebo-
de pedais ou dispositivos análogos. ques é autorizada nos termos fixados em regulamento.
2 — Velocípede com motor é o velocípede equipado 3 — Quem infringir o disposto no número anterior
com motor auxiliar eléctrico com potência máxima con- é sancionado com coima de E 250 a E 1250, se sanção
tínua de 0,25 kW, cuja alimentação é reduzida progres- mais grave não for aplicável, sendo ainda apreendido
sivamente com o aumento da velocidade e interrompida o veículo até que este seja aprovado em inspecção
se atingir a velocidade de 25 km/h, ou antes, se o ciclista extraordinária.
deixar de pedalar. CAPÍTULO III
3 — Para efeitos do presente Código, os velocípedes
com motor e as trotinetas com motor são equiparados Inspecções
a velocípedes.
Artigo 116.o
Artigo 113.o
Inspecções
Reboque de veículos de duas rodas e carro lateral
1 — Os veículos a motor e os seus reboques podem
1 — Os motociclos, triciclos, quadriciclos, ciclomoto- ser sujeitos, nos termos fixados em regulamento, a ins-
res e velocípedes podem atrelar, à retaguarda, um rebo- pecção para:
que de um eixo destinado ao transporte de carga.
2 — Os motociclos de cilindrada superior a 125 cm3 a) Aprovação do respectivo modelo;
podem acoplar carro lateral destinado ao transporte de b) Atribuição de matrícula;
um passageiro. c) Aprovação de alteração de características cons-
trutivas ou funcionais;
CAPÍTULO II d) Verificação periódica das suas características e
condições de segurança;
Características dos veículos e) Verificação das características construtivas ou
funcionais do veículo, após reparação em con-
Artigo 114.o sequência de acidente;
f) Controlo aleatório de natureza técnica, na via
Características dos veículos
pública, para verificação das respectivas condi-
1 — As características dos veículos e dos respectivos ções de manutenção, nos termos de diploma
sistemas, componentes e acessórios são fixadas em próprio.
regulamento.
2 — Todos os sistemas, componentes e acessórios de 2 — Pode determinar-se a sujeição dos veículos refe-
um veículo são considerados suas partes integrantes e, ridos no número anterior a inspecção extraordinária nos
salvo avarias ocasionais e imprevisíveis devidamente jus- casos previstos no n.o 5 do artigo 114.o e ainda quando
tificadas, o seu não funcionamento é equiparado à sua haja fundadas suspeitas sobre as suas condições de segu-
falta. rança ou dúvidas sobre a sua identificação, nomeada-
3 — Os modelos de automóveis, motociclos, triciclos, mente em consequência de alteração das características
quadriciclos, ciclomotores, tractores agrícolas, tractocar- construtivas ou funcionais do veículo, ou de outras
ros e reboques, bem como os respectivos sistemas, com- causas.
ponentes e acessórios, estão sujeitos a aprovação de 3 — A falta a qualquer das inspecções previstas nos
acordo com as regras fixadas em regulamento. números anteriores é sancionada com coima de E 250
4 — O fabricante ou vendedor que coloque no mer- a E 1250.
cado veículos, sistemas, componentes ou acessórios sem
CAPÍTULO IV
a aprovação a que se refere o número anterior ou infrin-
gindo as normas que disciplinam o seu fabrico e comer- Matrícula
cialização é sancionado com coima de E 600 a E 3000
se for pessoa singular ou de E 1200 a E 6000 se for Artigo 117.o
pessoa colectiva e com perda dos objectos, os quais Obrigatoriedade de matrícula
devem ser apreendidos no momento da verificação da
infracção. 1 — Os veículos a motor e os seus reboques só são
5 — É proibido o trânsito de veículos que não dis- admitidos em circulação desde que matriculados, salvo
ponham dos sistemas, componentes ou acessórios com o disposto nos n.os 2 e 3.
N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1607
C+E — conjuntos de veículos compostos por veí- 6 — Os titulares de carta de condução válida para veí-
culo tractor da categoria C e reboque com peso culos da categoria B+E consideram-se também habili-
bruto superior a 750 kg; tados para a condução de tractores agrícolas ou florestais
D — automóveis pesados de passageiros, a que com reboque ou com máquina agrícola ou florestal rebo-
pode ser atrelado reboque de peso bruto até cada, desde que o peso bruto do conjunto não exceda
750 kg; 6000 kg.
D+E — conjuntos de veículos compostos por veí- 7 — Os titulares de carta de condução válida para con-
culo tractor da categoria D e reboque com peso juntos de veículos das categorias C+E ou D+E con-
bruto superior a 750 kg. sideram-se também habilitados para a condução de con-
juntos de veículos da categoria B + E.
2 — As categorias referidas no número anterior 8 — Os titulares de carta de condução válida para a
podem compreender subcategorias que habilitam à con- categoria C+E podem conduzir conjuntos de veículos
dução dos seguintes veículos: da categoria D+E, desde que se encontrem habilitados
para a categoria D.
A1 — motociclos de cilindrada não superior a 9 — Quem conduzir veículo de qualquer das catego-
125 cm3 e de potência máxima até 11 kW; rias ou subcategorias referidas nos n.os 1 e 2 para a
B1 — triciclos e quadriciclos; qual a respectiva carta de condução não confira habi-
C1 — automóveis pesados de mercadorias cujo litação é sancionado com coima de E 500 a E 2500.
peso bruto não exceda 7500 kg, a que pode ser 10 — Quem, sendo titular de carta de condução válida
atrelado um reboque de peso bruto até 750 kg; para as categorias B ou B+E, conduzir veículo agrícola
C1+E — conjuntos de veículos compostos por veí- ou florestal ou máquina para o qual a categoria averbada
culo tractor da subcategoria C1 e reboque com não confira habilitação é sancionado com coima de
peso bruto superior a 750 kg, desde que o peso E 120 a E 600.
bruto do conjunto não exceda 12 000 kg e o peso 11 — Sem prejuízo da exigência de habilitação espe-
bruto do reboque não exceda a tara do veículo cífica, os condutores de veículos que se desloquem sobre
tractor; carris ou de troleicarros devem ser titulares de carta
D1 — automóveis pesados de passageiros com lota- de condução válida para a categoria D.
ção até 17 lugares sentados, incluindo o do con- 12 — Quem infringir o disposto no número anterior
dutor, a que pode ser atrelado um reboque de é sancionado com coima de E 500 a E 2500.
peso bruto até 750 kg;
D1+E — conjuntos de veículos compostos por veí-
culo tractor da subcategoria D1 e reboque com Artigo 124.o
peso bruto superior a 750 kg, desde que, cumu- Licença de condução
lativamente, o peso bruto do conjunto não
exceda 12 000 kg, o peso bruto do reboque não 1 — As licenças de condução a que se refere o n.o 2
exceda a tara do veículo tractor e o reboque do artigo 122.o são as seguintes:
não seja utilizado para o transporte de pessoas.
a) De ciclomotores e de motociclos de cilindrada
3 — Os titulares de carta de condução válida para veí- não superior a 50 cm3;
culos da categoria A ou da subcategoria A1 conside- b) De veículos agrícolas.
ram-se habilitados para a condução de:
2 — A licença de condução referida na alínea a) do
a) Ciclomotores ou motociclos de cilindrada não número anterior habilita a conduzir ambas as categorias
superior a 50 cm3; de veículos nela averbadas.
b) Triciclos. 3 — A licença de condução de veículos agrícolas habi-
4 — Os titulares de carta de condução válida para veí- lita a conduzir uma ou mais das seguintes categorias
culos da categoria B consideram-se também habilitados de veículos:
para a condução de: I) Motocultivadores com reboque ou retrotrem e
a) Tractores agrícolas ou florestais simples ou com tractocarros de peso bruto não superior a
equipamentos montados desde que o peso 2500 kg;
máximo do conjunto não exceda 6000 kg; II):
b) Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras, moto- a) Tractores agrícolas ou florestais simples
cultivadores, tractocarros e máquinas industriais ou com equipamentos montados, desde
ligeiras; que o peso bruto do conjunto não exceda
c) Ciclomotores de três rodas, triciclos e quadri- 3500 kg;
ciclos. b) Tractores agrícolas ou florestais com
5 — Os titulares de carta de condução válida para veí- reboque ou máquina agrícola ou florestal
culos da categoria C consideram-se também habilitados rebocada, desde que o peso bruto do con-
para a condução de: junto não exceda 6000 kg;
c) Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras
a) Veículos da categoria B; e tractocarros de peso bruto superior a
b) Veículos referidos no número anterior; 2500 kg;
c) Outros tractores agrícolas ou florestais com ou
sem reboque, máquinas agrícolas ou florestais e III) Tractores agrícolas ou florestais com ou sem
industriais. reboque e máquinas agrícolas pesadas.
1610 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
b) As provas constitutivas dos exames de con- aquelas foram obtidas mediante aprovação em
dução; exame com grau de exigência pelo menos idên-
c) Os prazos de validade dos títulos de condução tico ao previsto na legislação portuguesa.
de acordo com a idade dos seus titulares e a
forma da sua revalidação. 2 — É trocada por idêntico título nacional a licença
de condução emitida por outro Estado membro do
Artigo 127.o espaço económico europeu que tenha sido apreendida
para cumprimento de proibição ou inibição de conduzir
Restrições ao exercício da condução
ou em que seja necessário proceder a qualquer aver-
1 — Só podem conduzir automóveis das categorias D bamento.
e D+E, das subcategorias D1 e D1+E e ainda da cate- 3 — As licenças de condução referidas nas alíneas c)
goria C+E cujo peso bruto exceda 20 000 kg os con- e d) do n.o 1 do artigo 125.o não são trocadas quando
dutores até aos 65 anos de idade. delas constar que foram já obtidas por troca por idêntico
2 — Só pode conduzir motociclos de potência supe- título emitido pelas autoridades de Estado não membro
rior a 25 kW e com uma relação potência/peso superior do espaço económico europeu.
a 0,16 kW/kg, ou, se tiver carro lateral, com uma relação
potência/peso superior a 0,16 kW/kg, quem:
CAPÍTULO IV
a) Esteja habilitado, há pelo menos dois anos, a
conduzir veículos da categoria A, descontado Novos exames e caducidade
o tempo em que tenha estado proibido ou ini-
bido de conduzir; ou
b) Seja maior de 21 anos e tenha sido aprovado Artigo 129.o
em prova prática realizada em motociclo sem Novos exames
carro lateral e de potência igual ou superior
a 35 kW. 1 — Surgindo fundadas dúvidas sobre a aptidão física,
mental ou psicológica ou sobre a capacidade de um
3 — Podem ser impostas aos condutores, em resul- condutor ou candidato a condutor para exercer a con-
tado de exame médico ou psicológico, restrições ao exer- dução com segurança, a autoridade competente deter-
cício da condução, prazos especiais para revalidação dos mina que aquele seja submetido, singular ou cumula-
títulos ou adaptações específicas ao veículo que con- tivamente, a inspecção médica, a exame psicológico e
duzam, as quais devem ser sempre mencionadas no res- a novo exame de condução ou a qualquer das suas
pectivo título, bem como adequada simbologia no veí-
provas.
culo, a definir em regulamento.
2 — Constitui, nomeadamente, motivo para dúvidas
4 — Quem conduzir veículo sem observar as restri-
sobre a aptidão psicológica ou capacidade de um con-
ções que lhe tenham sido impostas é sancionado com
coima de E 120 a E 600, se sanção mais grave não dutor para exercer a condução com segurança a cir-
for aplicável. culação em sentido oposto ao legalmente estabelecido
5 — Quem conduzir veículo sem as adaptações espe- em auto-estradas ou vias equiparadas, bem como a
cíficas que tenham sido impostas nos termos do n.o 3 dependência ou a tendência para abusar de bebidas
é sancionado com coima de E 120 a E 600. alcoólicas ou de substâncias psicotrópicas.
6 — Quem infringir o disposto nos n.os 1 e 2 é san- 3 — O estado de dependência de álcool ou de subs-
cionado com coima de E 250 a E 1250. tâncias psicotrópicas é determinado por exame médico,
que pode ser ordenado em caso de condução sob a
influência de quaisquer daquelas bebidas ou substâncias.
CAPÍTULO III 4 — Revela a tendência para abusar de bebidas alcoó-
licas ou de substâncias psicotrópicas a prática num
Troca de título período de três anos, de duas infracções criminais ou
contra-ordenacionais muito graves, de condução sob a
Artigo 128.o influência do álcool ou de substâncias psicotrópicas.
Troca de títulos de condução 5 — Quando o tribunal conheça de infracção a que
corresponda proibição ou inibição de conduzir e haja
1 — Podem ainda obter título de condução com dis- fundadas razões para presumir que ela tenha resultado
pensa do respectivo exame e mediante entrega de título de inaptidão ou incapacidade perigosas para a segurança
válido que possuam e comprovação dos requisitos fixa- de pessoas e bens, deve determinar a submissão do con-
dos nas alíneas a) a d) do n.o 1 do artigo 126.o: dutor a inspecção médica e aos exames referidos no
a) Os titulares de licenças de condução referidas n.o 1.
nas alíneas b), c) e d) do n.o 1 do artigo 125.o; 6 — Não sendo possível comprovar o requisito pre-
b) Os titulares de licenças de condução emitidas visto na alínea c) do n.o 1 do artigo 128.o, ou quando
por outros Estados com os quais exista acordo a autoridade competente para proceder à troca de título
bilateral de equivalência e troca de títulos; tiver fundadas dúvidas sobre a sua autenticidade, pode
c) Os titulares de licenças de condução emitidas aquela troca ser condicionada à aprovação em novo
por outros Estados, desde que comprovem que exame de condução, ou a qualquer uma das suas provas.
1612 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
j) O trânsito de veículos sem utilização das luzes mesmo artigo, quando o excesso de velocidade
referidas no n.o 1 do artigo 61.o, nas condições for superior a 40 km/h ou a 20 km/h, respec-
previstas no mesmo número, bem como o trân- tivamente, e a infracção prevista na alínea d),
sito de motociclos e de ciclomotores sem uti- quando o excesso de velocidade for superior
lização das luzes de cruzamento; a 40 km/h;
l) A condução sob influência de álcool, quando j) A infracção prevista na alínea l) do artigo ante-
a taxa de álcool no sangue for igual ou superior rior, quando a taxa de álcool no sangue for igual
a 0,5 g/l e inferior a 0,8 g/l; ou superior a 0,8 g/l e inferior a 1,2 g/l ou quando
m) A não utilização do sinal de pré-sinalização de o condutor for considerado influenciado pelo
perigo e das luzes avisadoras de perigo; álcool em relatório médico;
n) A utilização, durante a marcha do veículo, de l) O desrespeito da obrigação de parar imposta
auscultadores sonoros e de aparelhos radiote- por sinal regulamentar dos agentes fiscalizado-
lefónicos, salvo nas condições previstas no n.o 2 res ou reguladores do trânsito ou pela luz ver-
do artigo 84.o; melha de regulação do trânsito;
o) A paragem e o estacionamento nas passagens m) A condução sob influência de substâncias psi-
assinaladas para a travessia de peões; cotrópicas;
p) O transporte de passageiros menores ou inim- n) O desrespeito pelo sinal de paragem obrigatória
putáveis sem que estes façam uso dos acessórios nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas;
de segurança obrigatórios. o) A transposição ou a circulação em desrespeito
de uma linha longitudinal contínua delimitadora
2 — Considera-se igualmente grave a circulação de de sentidos de trânsito ou de uma linha mista
veículo sem seguro de responsabilidade civil, caso em com o mesmo significado;
que é aplicável o disposto na alínea b) do n.o 3 do p) A condução de veículo de categoria ou subca-
artigo 135.o, com os efeitos previstos e equiparados nos tegoria para a qual a carta de condução de que
n.os 2 e 3 do artigo 147.o o infractor é titular não confere habilitação;
q) O abandono pelo condutor do local do acidente
Artigo 146.o nas circunstâncias referidas no n.o 2 do
artigo 89.o
Contra-ordenações muito graves
Artigo 147.o
No exercício da condução, consideram-se muito gra-
ves as seguintes contra-ordenações: Inibição de conduzir
a) A paragem ou o estacionamento nas faixas de 1 — A sanção acessória aplicável aos condutores pela
rodagem, fora das localidades, a menos de 50 m prática de contra-ordenações graves ou muito graves
dos cruzamentos e entroncamentos, curvas ou previstas no Código da Estrada e legislação comple-
lombas de visibilidade insuficiente e, ainda, a mentar consiste na inibição de conduzir.
paragem ou o estacionamento nas faixas de 2 — A sanção de inibição de conduzir tem a duração
rodagem das auto-estradas ou vias equiparadas; mínima de um mês e máxima de um ano, ou mínima
b) O estacionamento, de noite, nas faixas de roda- de dois meses e máxima de dois anos, consoante seja
gem, fora das localidades; aplicável às contra-ordenações graves ou muito graves,
c) A não utilização do sinal de pré-sinalização de respectivamente, e refere-se a todos os veículos a motor.
perigo, bem como a falta de sinalização de veí-
3 — Se a responsabilidade for imputada a pessoa sin-
culo imobilizado por avaria ou acidente, em
gular não habilitada com título de condução ou a pessoa
auto-estradas ou vias equiparadas;
colectiva, a sanção de inibição de conduzir é substituída
d) A utilização dos máximos de modo a provocar
por apreensão do veículo por período idêntico de tempo
encandeamento;
que àquela caberia.
e) A entrada ou saída das auto-estradas ou vias
equiparadas por locais diferentes dos acessos Artigo 148.o
a esses fins destinados;
f) A utilização, em auto-estradas ou vias equipa- Cassação do título de condução
radas, dos separadores de trânsito ou de aber-
turas eventualmente neles existentes, bem como 1 — É aplicável a cassação do título de condução
o trânsito nas bermas; quando o infractor praticar contra-ordenação grave ou
g) As infracções previstas na alínea a) do artigo muito grave, tendo, no período de cinco anos imedia-
anterior quando praticadas em auto-estradas, tamente anterior, sido condenado pela prática de três
vias equiparadas e vias com mais de uma via contra-ordenações muito graves ou cinco contra-orde-
de trânsito em cada sentido; nações entre graves e muito graves.
h) As infracções previstas nas alíneas f) e j) do 2 — A cassação do título de condução é determinada
artigo anterior quando praticadas nas auto-es- na decisão que conheça da prática da contra-ordenação
tradas ou vias equiparadas; mais recente a que se refere o n.o 1.
i) A infracção prevista na alínea b) do artigo ante- 3 — Quando for determinada a cassação de título de
rior, quando o excesso de velocidade for supe- condução, não pode ser concedido ao seu titular novo
rior a 60 km/h ou a 40 km/h, respectivamente, título de condução de veículos a motor, de qualquer
bem como a infracção prevista na alínea c) do categoria, pelo período de dois anos.
1616 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 38 — 23 de Fevereiro de 2005
c) Os exames médicos para determinação dos esta- 3 — Quando haja lugar à apreensão do título de con-
dos de influenciado pelo álcool ou por substân- dução, o condutor é notificado para, no prazo de 15 dias
cias psicotrópicas; úteis, o entregar à entidade competente, sob pena de
d) Os laboratórios onde devem ser feitas as análises crime de desobediência, devendo, nos casos previstos
de urina e de sangue; no n.o 1, esta notificação ser efectuada com a notificação
e) As tabelas dos preços dos exames realizados e da decisão.
das taxas de transporte dos examinandos e de 4 — Sem prejuízo da punição por crime de desobe-
imobilização e de remoção de veículos. diência, se o condutor não proceder à entrega do título
de condução nos termos do número anterior, pode a
2 — O pagamento das despesas originadas pelos exa- entidade competente determinar a sua apreensão, atra-
mes previstos na lei para determinação do estado de vés da autoridade de fiscalização e seus agentes.
influenciado pelo álcool ou por substâncias psicotró-
picas, bem como pela imobilização e remoção de veículo Artigo 161.o
a que se refere o artigo 155.o, é efectuado pela entidade
Apreensão do documento de identificação do veículo
a quem competir a coordenação da fiscalização do
trânsito. 1 — O documento de identificação do veículo deve
3 — Quando os exames referidos tiverem resultado ser apreendido pelas autoridades de investigação cri-
positivo, as despesas são da responsabilidade do exa- minal ou de fiscalização ou seus agentes quando:
minando, devendo ser levadas à conta de custas nos
processos crime ou de contra-ordenação a que houver a) Suspeitem da sua contrafacção ou viciação
lugar, as quais revertem a favor da entidade referida fraudulenta;
no número anterior. b) As características do veículo não confiram com
as nele mencionadas;
c) Se encontre em estado de conservação que torne
CAPÍTULO II ininteligível qualquer indicação ou averba-
mento;
Apreensões d) O veículo, em consequência de acidente, se mos-
tre gravemente afectado no quadro ou nos sis-
Artigo 159.o temas de suspensão, direcção ou travagem, não
tendo condições para circular pelos seus pró-
Apreensão preventiva de títulos de condução prios meios;
e) O veículo for apreendido;
1 — Os títulos de condução devem ser preventiva- f) O veículo for encontrado a circular não ofe-
mente apreendidos pelas autoridades de investigação recendo condições de segurança;
criminal ou de fiscalização ou seus agentes quando: g) Se verifique, em inspecção, que o veículo não
a) Suspeitem da sua contrafacção ou viciação oferece condições de segurança ou ainda,
fraudulenta; estando afecto a transportes públicos, não tenha
b) Tiver expirado o seu prazo de validade; a suficiente comodidade;
c) Se encontrem em estado de conservação que h) As chapas de matrícula não obedeçam às con-
torne ininteligível qualquer indicação ou aver- dições regulamentares relativas a características
bamento. técnicas e modos de colocação;
i) O veículo circule desrespeitando as regras rela-
2 — Nos casos previstos nas alíneas a) e c) do n.o 1 tivas à poluição sonora, do solo e do ar.
deve, em substituição do título, ser fornecida uma guia
de condução válida pelo tempo julgado necessário e 2 — Com a apreensão do documento de identificação
renovável quando ocorra motivo justificado. do veículo procede-se também à de todos os outros docu-
mentos que à circulação do veículo digam respeito, os
quais são restituídos em simultâneo com aquele docu-
Artigo 160.o mento.
3 — Nos casos previstos nas alíneas a), c), g), h) e
Outros casos de apreensão de títulos de condução
i) do n.o 1, deve ser passada, em substituição do docu-
1 — Os títulos de condução devem ser apreendidos mento de identificação do veículo, uma guia válida pelo
para cumprimento da cassação do título, proibição ou prazo e nas condições na mesma indicados.
inibição de conduzir. 4 — Nos casos previstos nas alíneas b) e e) do n.o 1,
2 — A entidade competente deve ainda determinar deve ser passada guia válida apenas para o percurso
a apreensão dos títulos de condução quando: até ao local de destino do veículo.
5 — Deve ainda ser passada guia de substituição do
a) Qualquer dos exames realizados nos termos dos documento de identificação do veículo, válida para os
n.os 1 e 5 do artigo 129.o revelar incapacidade percursos necessários às reparações a efectuar para
técnica ou inaptidão física, mental ou psicoló- regularização da situação do veículo, bem como para
gica do examinando para conduzir com segu- a sua apresentação a inspecção.
rança; 6 — Nas situações previstas nas alíneas f) e h) do
b) O condutor não se apresentar a qualquer dos n.o 1, quando se trate de avarias de fácil reparação nas
exames referidos na alínea anterior ou no n.o 3 luzes, pneumáticos ou chapa de matrícula, pode ser emi-
do artigo 129.o, salvo se justificar a falta no prazo tida guia válida para apresentação do veículo com a
de cinco dias; avaria reparada, em posto policial, no prazo máximo
c) Tenha caducado nos termos dos n.os 1 e 2 do de oito dias, sendo, neste caso, as coimas aplicáveis redu-
artigo 130.o zidas para metade nos seus limites mínimos e máximos.
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7 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 3 a 6, quem 7 — Exceptuam-se do disposto na primeira parte do
conduzir veículo cujo documento de identificação tenha número anterior os casos em que as indemnizações
sido apreendido é sancionado com coima de E 300 a tenham sido satisfeitas pelo Fundo de Garantia Auto-
E 1500. móvel nos termos de legislação própria.
8 — Quem for titular do documento de identificação
Artigo 162.o do veículo responde pelo pagamento das despesas cau-
Apreensão de veículos sadas pela sua apreensão.
c) Estacionados ou imobilizados de modo a cons- 8 — As taxas não são devidas quando se verificar que
tituírem evidente perigo ou grave perturbação houve errada aplicação das disposições legais.
para o trânsito;
d) Estacionados ou imobilizados em locais que, por
Artigo 165.o
razões de segurança, de ordem pública, de emer-
gência, de socorro ou outros motivos análogos, Presunção de abandono
justifiquem a remoção.
1 — Removido o veículo nos termos do artigo anterior
2 — Para os efeitos do disposto na alínea c) do ou levantada a apreensão efectuada nos termos do n.o 1
número anterior, considera-se que constituem evidente do artigo 162.o, deve ser notificado o titular do docu-
perigo ou grave perturbação para o trânsito, entre mento de identificação do veículo, para a residência
outros, os seguintes casos de estacionamento ou imo- constante do respectivo registo, para o levantar no prazo
bilização: de 45 dias.
2 — Tendo em vista o estado geral do veículo, se for
a) Em via ou corredor de circulação reservados previsível um risco de deterioração que possa fazer
a transportes públicos; recear que o preço obtido em venda em hasta pública
b) Em local de paragem de veículos de transporte não cubra as despesas decorrentes da remoção e depó-
colectivo de passageiros; sito, o prazo previsto no número anterior é reduzido
c) Em passagem de peões sinalizada; a 30 dias.
d) Em cima dos passeios ou em zona reservada 3 — Os prazos referidos nos números anteriores con-
exclusivamente ao trânsito de peões; tam-se a partir da recepção da notificação ou da sua
e) Na faixa de rodagem, sem ser junto da berma afixação nos termos do artigo seguinte.
ou passeio; 4 — Se o veículo não for reclamado dentro do prazo
f) Em local destinado ao acesso de veículos ou previsto nos números anteriores é considerado aban-
peões a propriedades, garagens ou locais de donado e adquirido por ocupação pelo Estado ou pelas
estacionamento; autarquias locais.
g) Em local destinado ao estacionamento de veí- 5 — O veículo é considerado imediatamente aban-
culos de certas categorias, ao serviço de deter- donado quando essa for a vontade manifestada expres-
minadas entidades ou utilizados no transporte samente pelo seu proprietário.
de pessoas com deficiência;
h) Em local afecto à paragem de veículos para ope-
rações de carga e descarga ou tomada e largada Artigo 166.o
de passageiros; Reclamação de veículos
i) Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando
à utilização da parte da faixa de rodagem des- 1 — Da notificação referida no artigo anterior deve
tinada ao sentido contrário, conforme o trânsito constar a indicação do local para onde o veículo foi
se faça num ou em dois sentidos; removido e, bem assim, que o titular do respectivo docu-
j) Na faixa de rodagem, em segunda fila; mento de identificação o deve retirar dentro dos prazos
l) Em local em que impeça o acesso a outros veí- referidos no artigo anterior e após o pagamento das
culos devidamente estacionados ou a saída despesas de remoção e depósito, sob pena de o veículo
destes; se considerar abandonado.
m) De noite, na faixa de rodagem, fora das loca- 2 — Nos casos previstos na alínea f) do n.o 1 do
lidades, salvo em caso de imobilização por avaria artigo 163.o, se o veículo apresentar sinais evidentes de
devidamente sinalizada; acidente, a notificação deve fazer-se pessoalmente, salvo
n) Na faixa de rodagem de auto-estrada ou via se o titular do respectivo documento de identificação
equiparada. não estiver em condições de a receber, sendo então
feita em qualquer pessoa da sua residência, preferindo
3 — Verificada qualquer das situações previstas nas os parentes.
alíneas a), b) e c) do n.o 1, as autoridades competentes 3 — Não sendo possível proceder à notificação pes-
para a fiscalização podem bloquear o veículo através soal por se ignorar a residência ou a identidade do titular
de dispositivo adequado, impedindo a sua deslocação do documento de identificação do veículo, a notificação
até que se possa proceder à remoção. deve ser afixada junto da sua última residência conhecida
4 — Na situação prevista na alínea c) do n.o 1, no ou na câmara municipal da área onde o veículo tiver
caso de não ser possível a remoção imediata, as auto- sido encontrado.
ridades competentes para a fiscalização devem, também, 4 — A entrega do veículo ao reclamante depende da
proceder à deslocação provisória do veículo para outro prestação de caução de valor equivalente às despesas
local, a fim de aí ser bloqueado até à remoção. de remoção e depósito.
5 — O desbloqueamento do veículo só pode ser feito
pelas autoridades competentes, sendo qualquer outra
pessoa que o fizer sancionada com coima de E 300 a Artigo 167.o
E 1500. Hipoteca
6 — Quem for titular do documento de identificação
do veículo é responsável por todas as despesas ocasio- 1 — Quando o veículo seja objecto de hipoteca, a
nadas pela remoção, sem prejuízo das sanções legais remoção deve também ser notificada ao credor, para
aplicáveis, ressalvando-se o direito de regresso contra a residência constante do respectivo registo ou nos ter-
o condutor. mos do n.o 3 do artigo anterior.
7 — As condições e as taxas devidas pelo bloquea- 2 — Da notificação ao credor deve constar a indicação
mento, remoção e depósito de veículos são fixadas em dos termos em que a notificação foi feita e a data em
regulamento. que termina o prazo a que o artigo anterior se refere.
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4 — O processo referido no n.o 2 é arquivado quando c) Se a sanção respeitar ao condutor e ele for,
se comprove que outra pessoa praticou a contra-orde- simultaneamente, titular do documento de iden-
nação ou houve utilização abusiva do veículo. tificação do veículo, todos os documentos refe-
5 — Quando o agente da autoridade não puder iden- ridos nas alíneas anteriores.
tificar o autor da contra-ordenação e verificar que o
titular do documento de identificação é pessoa colectiva, 5 — No caso previsto no número anterior, devem ser
deve esta ser notificada para proceder à identificação emitidas guias de substituição dos documentos apreen-
do condutor, no prazo de 15 dias úteis, sob pena de didos, com validade pelo tempo julgado necessário e
o processo correr contra ela, nos termos do n.o 2. renovável até à conclusão do processo, devendo os mes-
6 — O titular do documento de identificação do veí- mos ser devolvidos ao infractor se entretanto for efec-
culo, sempre que tal lhe seja solicitado, deve, no prazo tuado o pagamento nos termos do artigo anterior.
de 15 dias úteis, proceder à identificação do condutor, 6 — No caso de ser prestado depósito e não ser apre-
no momento da prática da infracção. sentada defesa, dentro do prazo estipulado para o efeito,
7 — Quem infringir o disposto no número anterior considera-se que o depósito efectuado se converte auto-
é sancionado nos termos do n.o 2 do artigo 4.o maticamente em pagamento.