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FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS

DO PIAUÍ – NOVAFAPI
LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA DA NOVAFAPI
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA

JÉSSICA MARIA AGUIAR DE OLIVEIRA


RAÍLA TÔRRES MENESES
SAMANTHA LUZIA GUIMARÃES FRANCO

IMPORTÂNCIA DA VIA DE INTRODUÇÃO NA ABSORÇÃO DOS


MEDICAMENTOS EM Rattus norvegicus

TERESINA-PI, 2011
1. INTRODUÇÃO

O processo de absorção tem por finalidade transferir o fármaco do local onde é


administrado para os fluidos circulantes, representados especialmente pelo sangue.
Em geral existem algumas opções de vias pelas quais um agente terapêutico pode
ser administrado e, por esta razão, o conhecimento das vantagens e desvantagens
das diferentes vias de administração é fundamental. A importância deste processo
de absorção reside essencialmente, na determinação do período entre a
administração do fármaco e o aparecimento do efeito farmacológico (tempo de
latência), bem como na determinação das doses e escolha da via de administração
do medicamento. (GOODMAN, 2005)
2. MATERIAIS E MÉTODOS
3. RESULTADO

Tabela 01: Tempo necessário para que Rattus novergicus atinja os diversos graus
de hipnose após a administração de tiopental sódico pelas diversas vias de
administração.

Tempo decorrido (minutos) para que o animal atinja os


graus de hipnose
Vias de G1 G2 G3 G4 G5
administração
Via oral

Via subcutânea

Via endovenosa

Fonte: Laboratório de Farmacologia da NOVAFAPI, alunos de Enfermagem, 4 o


período de 2011.

Legenda: ‘(minutos).

Tabela 02: Registro dos efeitos da administração de Tionembutal sódico (25 mg/Kg),
através de diversas vias de introdução, em Rattus norvegicus. Teresina, 2011.

Vias de Freqüência Respiratória Reflexo palpebral Comportamento


administração Antes Depois Antes Depois Antes Depois
Oral

Subcutânea

Intravenosa

Fonte: Laboratório de Farmacologia da NOVAFAPI, alunos de Enfermagem, 4 o


período de 2011.

Legenda: *Presente (+); *Diminuído (+); *Ausente (-); *Normal (N); *Excitado
(E);*Deprimido (D); *Dormindo (DD).
4. DISCUSSÃO

O medicamento usado nas diferentes vias de administração dos ratos foi o


tiopental (thionembutal) sódico 25 mg/Kg, que é um medicamento indicado para
indução da anestesia geral e anestesia de curta duração. Alguns efeitos adversos
puderam ser vistos na experiência com os ratos Rattus norvegicus, como por
exemplo, bradicardia, ansiedade, sonolência, confusão, alucinações, etc. O inicio da
ação do medicamento é por volta de 30 a 60 segundos, sua duração é de 5 a 30
minutos, o metabolismo do medicamento é realizado no fígado, a excreção é através
dos rins e sua meia-vida é de 3 a 11,5 horas.
A administração dos medicamentos não pode ser realizada de forma aleatória
ou pela via de preferência, mas sim de maneira sistemática, onde se deve avaliar
qual o medicamento e sua quantidade a ser administrada, as condições do paciente,
etc., para assim saber qual a via de administração correta.
A ingestão oral é o método mais comumente utilizado para administrar os
fármacos. Também é o mais seguro, conveniente e econômico. Suas desvantagens
são a absorção limitada de alguns fármacos em função de suas características (por
exemplo, hidrossolubilidade); vômitos causados pela irritação da mucosa
gastrointestinal; destruição de alguns fármacos pelas enzimas digestivas ou pelo pH
gástrico baixo; irregularidade na absorção ou propulsão na presença de alimentos
ou outros fármacos; e necessidade de contar com a colaboração do paciente. Além
disso, os fármacos presentes no trato GI podem ser metabolizados por enzimas da
flora ou mucosa intestinal ou do fígado, antes que possam alcançar a circulação
sistêmica (GOODMAN, 2005).
Como observado na TABELA 02, o rato em que a via de administração foi a oral,
teve um decréscimo na freqüência respiratória, um reflexo palpebral presente e uma
variação da atitude de excitado para normal, ou seja, pequenas e discretas
variações nos parâmetros observados, demonstrando que embora tenha havido
absorção do anestésico, essa teve uma amplitude discreta, concordando com a
literatura, de que a absorção por via oral e pequena e lenta, devido as diversos
fatores que influenciam na absorção por esta via, tais como o efeito de primeira
passagem, a possível degradação pelas enzimas digestivas, as variações de pH,
etc.
Quando se pretende que a medicação tenha efeito quase que imediato, opta-se
pela via endovenosa ou intravenosa, porque diferentemente das demais vias de
administração, a VE não existe absorção do medicamento pelo organismo, ou seja,
“todos os fatores que interferem na absorção pelas outras vias de administração,
são excluídos na administração intravenosa, porque a biodisponibilidade é completa
e rápida e a liberação do fármaco é controlada e assegurada com precisão e rapidez
e há a necessidade de haver uma monitoração cuidadosa da resposta do paciente e
depois de administrada por esta via, não como retirá-lo.” (GOODMAN, 2005).
Porém, existem suas desvantagens, podendo citar que, não existe recuperação
depois que o fármaco é injetado.
Observando a Tabela 02, percebe-se que o rato 02 teve um leve decréscimo em
sua freqüência respiratória, assim como o rato 01, obteve um reflexo palpebral
presente e um comportamento normal. O rato 02 era para ter recebido a medicação
via endovenosa, porém acidentalmente, recebeu via subcutânea, por isso verificou-
se a moderada alteração já que se injetado EV seus números seriam mais
acentuados. Verificando também 10 minutos após a administração do tiopental, o
rato estava com uma frequência respiratória ainda menor, reflexo diminuído e
comportamento deprimido.
A cavidade peritoneal oferece grande superfície de absorção a partir da qual as
substâncias entram rapidamente na circulação. Parte da droga passa pelo fígado e
sofre metabolização antes de atingir a circulação sistêmica. A injeção intraperitoneal
é comumente utilizada em experimentação animal, mas raramente usada na clínica.
Esta via pode ser usada em pacientes com insuficiência renal que necessitam de
diálise, onde a região em que se aplica a injeção é muito vascularizada.
Como observado pela Tabela 02, no rato 03 houve uma queda razoável na
freqüência respiratória, o reflexo palpebral mostrou-se diminuído e a atitude do
animal variou de excitado para deprimido, demonstrando que os resultados estão
condizentes com o esperado pela literatura, afirmando que a via intraperitoneal
possui um efeito mais rápido que a via oral e subcutânea, já que a região do abdome
é altamente vascularizada. Além disso, observou-se que o efeito do anestésico foi
quase imediato, após a administração intraperitoneal o animal apresentou-se
completamente deprimido, demonstrando a ação instantânea do anestésico por esta
via.
Em comparação as demais vias de administração observadas nesse
experimento, notou-se claramente que a via intraperitoneal obteve uma reposta mais
rápida e certamente uma maior concentração do fármaco, dados os parâmetros
terem se apresentado bem mais acentuados por esta via, ratificando que a via
intraperitoneal, mostra-se mais eficaz, com relação a sua absorção do fármaco.
Vale ressaltar que a via de efeito imediato seria a endovenosa, já que o
medicamento seria introduzido diretamente, por uma veia na corrente sanguínea,
caso o medicamento tivesse sido administrado corretamente.
Uma vez que por esta via o medicamento é administrado na corrente sanguínea
não se pode falar em velocidade de administração. De fato, os fármacos ficam
imediatamente em circulação e por isso se diz que a via intravenosa seja
necessariamente a mais rápida.
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Goodman e Gilman: as bases farmacaologicas da terapeutica. 10ed. Rio de Janeiro:


McGrow - Hill, 2005. 1647.
Laboratório de Farmacologia da NOVAFAPI, alunos de Enfermagem, 4 o período de
2011.

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