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CANABINOIDES E COCAÍNA:

Identificação em Produtos
Apreendidos
Profa. Dra. Karla Flister
ANALISE DAS AMOSTRAS APREENDIDAS
RESULTADO NEGATIVO:
elimina a possibilidade de ser a substância
Teste preliminar ou química pesquisada;.
teste presuntivo
RESULTADO POSITIVO:
define a necessidade de técnicas adicionais a
serem utilizadas, denominados testes
confirmatórios.

As metodologias utilizadas de acordo os manuais: Organizações das Nações Unidas (ONU)


e Grupo de Trabalho Científico para Análise de Drogas Apreendidas (SWGDRUGS,
Scientific Working Group for the Analysis of Seized Drugs
ANALISE DAS AMOSTRAS APREENDIDAS
As seguintes associações são aceitas:
• Uma técnica da categoria A + outra técnica de qualquer categoria (A, B ou C)
• Duas técnicas da categoria B (não relacionadas) + uma técnica da categoria C
• Três técnicas da categoria B.
ANALISE DAS AMOSTRAS APREENDIDAS

❖ Após a identificação da substância química pode ser realizada a análise quantitativa


para gerar informações sobre a pureza da droga e o potencial perigo para o usuário.
Ex: amostras de Cannabis apreendidas na cidade de São Paulo ( 2006 e 2007): apresentaram de 0,08 a
5,5% de princípio ativo, Δ9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC).

❖ A identificação de compostos químicos remanescentes na droga podem caracterizar a


origem e uma rota de tráfico, estabelecer conexão entre quadrilhas e fornecedores e,
consequentemente, nortear o trabalho policial federal
Cannabis sativa
Cannabis sativa: Composição Química
Na planta foram identificados: + 489 compostos entre eles os fitocanabinóides
(terpenofenóis)

Δ9 trans tetraidrocanabinol Canabinol Canabidiol

Δ8 trans tetraidrocanabinol Canabigerol


Cannabis sativa
↑↑[ fitocanabinoides]: na fase reprodutiva da a
↑ [fitocanabinoides] nas folhas do terço
planta fêmea que produz a infrutescência
superior da planta fêmea e macho
partenocárpica (fruto partenocárpico: sem
inflorescência
polinização e sem semente).
Cannabis sativa
PRINCIPAIS FITOCANABINOIDES

Δ9 trans tetra-hidrocanabinol
Canabidiol (CBD) 40%
Efeito psicoativo
Descarboxilação do THCA (ácido tetra-
Efeito terapêutico (ansiolítico e
hidrocanabinólico) para gerar o composto antipsicótico)
ativo THC

Pelos secretores: (tricomas glandulares e tectores)


com uma glândulas responsáveis pela produção dos
fitocanabinóides
Cannabis sativa: APRESENTAÇÕES

SINSEMILLA (FRUTO PARTENORCÁPICO)


Cultivo sem fertilização ↑ [THC] em 7 a 14% ou mais.

MACONHA (CIGARRO)
Mistura de flores, de folhas e de sementes secas 1 A 4 % THC
Adulterados: plantas ou estrume de gado ou com adição de crack (Bazuca)

HAXIXE (alimento, cachimbo ou cigarro)


Resina concentrada em forma de blocos e tabletes de cor marrom-
escura ou preta (10-20% THC)

ÓLEO DE HASH (tabaco, cachimbo ou aquecido e inalado)


Uso de solvente, ↑ THC 15 a 50%.
Cannabis sativa : TOXICOCINÉTICA
Via pulmonar Via oral
Absorção Muito rápida Lenta e irregular
(3 – 10 min) (1 – 2 h)
Distribuição ↑ taxa de ligação a proteínas plasmáticas; ↑ Vd
Biodisponibilidade 8 a 24% 4 a 12%
Fatores interferentes • Pirólise (↓ 30%) • Primeira passagem
• Hábito de fumar • pH estomacal e flora
intestinal
Início do efeito 3 min 30 – 60 min
Duração do efeito 1-3h 4–6h
Biotransformação 11-nor-9-carboxi- Δ9 THC (THC-COOH): principal produto de
(Isoenzimas CYP2C) excreção urinária (biomarcador de exposição)
Cannabis sativa : TOXICOCINÉTICA

ácido tetraidrocanabinólico

REAÇÃO DE DESCABOXILAÇÃO
COMPOSTO ATIVO AQUECIMENTO PARA CONSUMO ORAL
Cannabis sativa : TOXICOCINÉTICA
Cannabis sativa : TOXICOCINÉTICA

Tecidos ↓ vascularizados a [máxima de Δ9-THC] é alcançada


entre 2 e 3 dias devido ao fenômeno de redistribuição.

No tecido adiposo [máxima de Δ9-THC] ocorre após 4 dias


(local de depósito).

O Δ9-THC atravessa rapidamente a placenta e é excretado


no leite [ 8,4 x ↑] que a do plasma materno.
Cannabis sativa : TOXICOCINÉTICA
 Eliminação:
✓Δ 9 THC → 70% excretado em 72 h (30% urina e 65 a 80% são excretados
via bile, junto com as fezes, preponderantemente na forma não conjugada,
apresentando ciclo êntero-hepático importante)

TIPO DE USUÁRIO TEMPO DE DETECÇÃO


Eventuais 2 a 4 dias
Frequentes 1 – 3 meses
Oral 5 - 6 dias (consumo de 2,8% de Δ9 THC)

✓ 11-nor-9-carboxi-Δ9-THC (THC-COOH): metabólito sem atividade psicoativa,


gerado a partir da oxidação do 11-OH-THC é excretado na urina.
Cannabis sativa : TOXICODINÂMICA
 Sistema endocanabinóide (receptores CB1 e CB2)

Neurotransmissão parte dos neurônios Os endocanabinoides são sintetizados no neurônio pós-sináptico, liberados e
pré para os pós-sinápticos difundidos para receptores canabinoides pré-sinápticos
ENDOCANABINÓIDES
Cannabis sativa : TOXICODINÂMICA
 Sistema endocanabinóide (receptores CB1 e CB2)
Cannabis sativa : TOXICODINÂMICA
 Receptores CB1 e CB2:

Inseridos na membrana acoplados a proteína G inibitória

Inibição da adenilato ciclase (AC).

↓produção da adenosina monofosfato cíclica (c AMP)

Abertura dos canais K+= ↓ transmissão de sinais

Fechamento dos canais de Ca2+ = ↓ liberação de neurotransmissores


Cannabis sativa
DEPENDÊNCIA

O THC interage com CB1 na área tegmentar ventral


(ATV) e no nucleus accumbens para desencadear a
liberação de dopamina (DA) dos neurônios
mesolímbicos .
Cannabis sativa : INTOXICAÇÃO AGUDA
 Relacionadas a localização dos receptores CB1 no SNC:

NÚCLEOS DE BASE E CEREBELO :alterações motoras

CB1
HIPOCAMPO E CORTEX: Déficitis cognitivos e amnésia anterógrada

ESTRIADO VENTRAL (NUCLEUS ACCUMBENS): Efeitos reforçadores

AMÍGDALA E MATÉRIA CINZENTA PERIARQUEDURAL: alterações


emocionais e analgesia

NÚCLEOS DO HIPOTÁLAMO: hipotermia e aumento do apetite

NÃO APRESENTA RECEPTORES NO TRONCO CEREBRAL: REDUZIDA CAPACIDADE


DE INDUZIR ALTERAÇÕES CARDIORRESPIRATÓRIAS
Cannabis sativa : INTOXICAÇÃO AGUDA
Cannabis sativa : INTOXICAÇÃO CRÔNICA

Prejuízo no aprendizado e
memória que são mais
característicos quando utilizados
nas idades mais jovens
Cannabis sativa : ABSTINÊNCIA
Iniciam geralmente em 24 horas após o último uso (Pico: 2 a 3 dias).
Cannabis sativa : TRATAMENTO
Propranolol atenua de forma significativa a ocorrência de taquicardia,
assim como o ↑ da pressão arterial e a hiperemia conjuntival.

Estados comatosos *rara (ingestão por crianças): flumazenil apresentou


bons resultados. Necessários mais estudos.
Cannabis sativa : TRATAMENTO
Quadros psicóticos (olanzapina 10 mg/dia/ 4 semanas).
Ataques de pânico (lorazepam e alprazolam);

Síndromes depressivas e maníacas (benzodiazepínicos e/ou


antipsicóticos) que também atenuam a insônia, ansiedade,
agitação psicomotora e ideação suicida.

O uso de antidepressivos e estabilizadores do humor, estaria


indicado apenas na persistência desses transtornos).
Cannabis sativa: propriedades terapêuticas
MEDICAMENTOS À BASE DE CANABINOIDES
SATIVEX (SPRAY BUCAL)
• Composição: Delta-9-tetra-hidrocanabinol (2,7mg) e Cannabidiol (2,5mg).
• Uso: dor neuropática, espasticidade, esclerose múltipla. Dor moderada a
severa.

DRONABINOL/MARINOL
• Composição: THC SINTÉTICO.
• Uso: náuseas e vômitos (tratamento do câncer), estimulante de apetite,
analgésico (dor neuropática) e esclerose múltipla.

NABILONE/CESAMET
Composição: Canabinoide sintético similar ao THC
Uso: náuseas e vômitos (tratamento do câncer e dor neuropática).

RIBONAVANT/ACOMPLIA: Canabinoide sintético bloqueador de endocanabinoides para


obesidade. Causa de riscos de transtornos psiquiátricos (depressão e suicídio) suspenso 2008.
MEDICAMENTOS À BASE DE CANABINOIDES
PORTARIA 344/98
PORTARIA 344/98
LISTA E: PLANTAS PROSCRITAS;
LISTA F: THC

Resolução RDC nº 327/2019 , que dispõe sobre a comercialização,


prescrição e dispensação de produtos de Cannabis:

✓ Lista A3: Cannabis sativa, em concentração de no máximo 30 mg de


THC/mL e 30 mg de CBD/mL (30 dias de tratamento);
✓ Lista B: Cannabis com THC até 0,2% (60 dias de tratamento)

Resolução RDC no 345/2020


IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS

✓ Cannabis herbácea: 20 cm da parte superior do


vegetal, incluindo a fluorescência, se houver.

✓ Seca: interromper a degradação do Δ9-THC;

✓ Mantida no escuro e em baixas temperaturas: é


sensível à radiação UV e ao oxigênio,

✓ Para a análise, utilizam-se preferencialmente as


flores e folhas
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS

✓ A resina de Cannabis (haxixe) e a Cannabis


líquida (óleo de Cannabis) podem ser
analisadas como se apresentam.

*Resina, recomenda-se retirar uma alíquota


da parte mais interna do material, uma vez
que a superfície externa geralmente se
encontra oxidada.
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS
FINALIDADE DA ANÁLISE
Identificação da Cannabis e canabinoides em materiais vegetais e outros produtos.

MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ Identificar as características botânicas da planta (macroscópico e microscópico);
✓ Testes de cor;
✓ Cromatografia em camada delgada (CCD) é considerada um critério mínimo
aceitável para uma identificação positiva,
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ Identificar as características botânicas da planta (macroscópico e microscópico)

Os tricomas não glandulares cistolíticos são numerosos,


unicelulares e, que têm o formato de garra, contêm cristais de
carbonato de cálcio e se localizam na superfície superior das
folhas (40X)

Os tricomas não glandulares e não cistolíticos, que se


produzem principalmente na superfície inferior das folhas e são
mais longos e finos (40X)
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ Identificar as características botânicas da planta (macroscópico e microscópico)

Os tricomas glandulares são as estruturas nas quais a


resina é produzida e armazenada localizada
principalmente nas flores.

Parte inferior das folhas e, ocasionalmente,


nos talos das plantas jovens

A visualização simultânea de tricomas cistolíticos na superfície superior da folha e de tricomas não


cistolíticos e glandulares na porção inferior possibilita a identificação positiva para Cannabis sativa,
ainda que o material esteja fragmentado, pois nenhuma outra planta apresenta tal associação.
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS

Cannabis sativa L. - a) inflorescências pistiladas secas (50% do tamanho); (b) tricoma não-cistolítico;
(c) tricoma cistolítico; (d) tricoma capitado-séssil; (e) tricoma bulboso simples; (f) tricoma com
capitulação (400 ×).

A visualização simultânea de tricomas cistolíticos na superfície superior da folha e de tricomas não


cistolíticos e glandulares na porção inferior possibilita a identificação positiva para Cannabis sativa,
ainda que o material esteja fragmentado, pois nenhuma outra planta apresenta tal associação.
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
TESTE DE COR/FAST BLUE BB (cloreto de o-Dianisidina bis (diazotitizato) de
zinco) 9
Os componentes da Cannabis sativa (Δ -THC, canabinol e canabidiol) são extraídos pelo éter de
petróleo e reagem com o reativo de Fast Blue BB em meio básico (↑intensidade de cor ), formando um
complexo colorido com os grupos fenólicos dos diferentes canabinoides.

O aparecimento de uma mancha


vermelho-púrpura no centro do
2 mL éter de
petróleo
papel indica a presença de
canabinoides. A cor visualizada é
uma combinação : Δ9-THC
(vermelho), canabinol (roxo) e
canabidiol (laranja).

Planta+ éter de petróleo (secar). Fast Blue Bb+ Adição de água


IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
TESTE DE COR/FAST BLUE BB (cloreto de o-Dianisidina bis (diazotitizato) de zinco)

INTERPRETAÇÃO ANALÍTICA
Alguns vegetais podem apresentar resultados falso-positivos, como a hena e a noz-
moscada, carobina e guaraná; portanto, é necessária a confirmação
TESTE DE COR/FAST BLUE BB

Fast Blue BB Δ9 THC


IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ TESTE DE COR/TESTE DE DUQUENOIS-LEVINE
A vanilina e o acetaldeído, em meio ácido, formam um complexo azul/púrpura com os
canabinoides, que é extraído para a camada clorofórmica (inferior).
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ TESTE DE COR/TESTE DE DUQUENOIS-LEVINE

0,05 g da Maceração Banho maria


amostra (0,5 ml éter) (40°C; 5 min)

10 gts de reativo de Agitação intensa e


Duquenóis + 0,5 ml Evaporação até transferência da fase
de HCl + 0,5 ml de secura orgânica para tubo
HCCL3 de ensaio

Reação
Agitação
intensa DE COR
(azul violáceo)
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ TESTE DE COR/TESTE DE DUQUENOIS-LEVINE: INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

❖ Este teste é menos seletivo e menos sensível do que o Fast Blue BB. Resultados
falso-positivos: boldo-do-chile, erva-cidreira, erva-doce, calêndula, jaborandi,
guaraná.

❖ A associação dos dois testes preliminares (Fast Blue BB e Duquenois) pode melhorar
a qualidade da análise de triagem, mas sempre é necessário proceder a uma análise
de confirmação.
✓ TESTE DE COR/TESTE DE DUQUENOIS-LEVINE

Equilíbrio protonação da vanilina, a qual está presente na composição do reagente Duquenois - Levine, seguido da
reação com o THC, onde ocorre a formação do complexo ressonante, responsável pela coloração obtida
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA DE ALTA EFICIÊNCIA COM FAST BLUE BB

Os valores de hRf (Rf × 100) obtidos são:


✓ 26 para canabinol (CBN): roxo
✓ 38 para Δ9-THC: vermelho
✓ 42 para canabidiol (CBD): laranja
IDENTIFICAÇÃO DE CANABINOIDES EM PRODUTOS
APREENDIDOS: MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA DE ALTA EFICIÊNCIA COM FAST BLUE BB

INTERPRETAÇÃO ANALÍTICA
Os valores de hRf estão sujeitos à variação conforme as condições do laboratório (temperatura,
umidade etc.), assim como outros parâmetros (tempo decorrido desde a preparação da droga e
qualidade da amostra de Cannabis utilizada). Usar o padrão na corrida

Após a sequência de resultados positivos (exame físico, teste de cor


e teste cromatográfico), pode-se concluir que se trata de Cannabis
sativa L. ou de material derivado deste vegetal.
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol
em Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ FINALIDADE DA ANÁLISE

TOXICOLOGIA FORESE FARMACODEPENDÊNCIA VIGILÂNCIA TOXICOLÓGICA


• Psicoativa • Avaliação da abstinência • Programas de prevenção ao uso
• Menor desempenho psicomotor de drogas alvo são indivíduos
• Capacidade de julgamento que ocupam posições sensíveis
à segurança
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência
Δ9-THC o pico em ~ 2 h 11-OH-THC após 3 h THC-COOH após 4 h
(3,2 a 53 ng/mℓ), (77,3 a 29,7 ng/mℓ) (146,9 a 179,4 ng/mℓ).

URINA

(1) Δ9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC), (2) 11- hidroxi-THC (11-OH-THC) e (3) 11-nor-9-carboxi-Δ9-THC (THC-COOH).
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ FINALIDADE DA ANÁLISE

TOXICOLOGIA FORESE FARMACODEPENDÊNCIA VIGILÂNCIA TOXICOLÓGICA


• Psicoativa • Avaliação da abstinência • Programas de prevenção ao uso
• Menor desempenho psicomotor de drogas alvo são indivíduos
• Capacidade de julgamento que ocupam posições sensíveis
à segurança
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ FUNDAMENTO DO MÉTODO
O THC-COOH extraído da urina é separado de outros constituintes da matriz
durante o desenvolvimento da cromatoplaca, sendo posteriormente visualizado
como uma banda de coloração vermelha pela reação com o Fast Blue BB.

➢ AMOSTRA

Frasco coletor universal sem conservante e


mantida sob refrigeração.
Caso a análise não seja realizada em 24 h, a
amostra deve ser congelada.
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ REAGENTES

Padrão TH-COOH: 5 μg/mℓ em Solução aquosa de Fast Blue BB a


metanol, em frasco âmbar (-20°C 0,1%

Cromatoplacas de CCDAE – sílica-


Solução de KOH 11,8 N
gel 60 F 254 − 10 × 10 cm

Hexano, heptano, metanol, Butanol, dietilamina, ácido acético


clorofórmio glacial
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ PROCEDIMENTO
2. Acidificar a amostra com
gotas de ácido acético glacial
(até pH 4 a 5) + 5 mℓ de hexano

1. 5 mℓ de urina + 0,5 mℓ de solução de 3. Centrifugar a 1.000 g / 10 min.


KOH 11,8 N. Repouso em temperatura
ambiente por 5 min.
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ PROCEDIMENTO

4. Transferir a camada orgânica 5.Imediatamente resuspender o 6.Aplicar na cromatoplaca.


para um tubo de centrífuga e resíduo seco em 50 μℓ da mistura Desenvolver a cromatoplaca no sistema
evaporar corrente de ar (45°C ) clorofórmio: metanol (3:1). heptano:butanol: ácido acético glacial
ou nitrogênio Guardar em geladeira 48 h em (90:9:1) logo após a aplicação do
tubo de vidro borossilicato com resíduo
tampa de rosca
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ PROCEDIMENTO
7.A distância percorrida pela fase móvel

8. Secar na capela ( 25°C até 15 min).

9. Nebulizar a placa com dietilamina e deixar


secar na capela 25°C até 15 min.

10. Nebulizar a placa com solução de Fast Blue BB 0,1% recém-preparada.


O THC-COOH aparece como banda de coloração vermelha ± 3 cm do ponto de aplicação.
Limite de detecção: 5 ng/mℓ
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ INTERPRETAÇÃO

THC-COOH na urina é marcador inequívoco de exposição ao Δ9-THC


(não sofre reabsorção tubular)

Amostras de urina muito diluídas podem apresentar resultado negativo.


Considerar a avaliação de creatinina.

Substâncias oxidantes e redutoras adicionadas (adulteração), podem provocar


degradação do THC-COOH. Considerar o protocolo de coleta.
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ INTERPRETAÇÃO
THC-COOH na urina a detecção é maior nas primeiras 24 h após a exposição,
mas é possível a obtenção de resultados positivos até 72 h em alguns indivíduos

A sensibilidade do método possibilita a detecção da exposição passiva (em


geral, inferior a 25 ng/mℓ).

Indivíduos em abstinência, após uso diário e prolongado da droga, podem


fornecer amostras com resultado positivo para THC-COOH por mais de 30 dias

Não são esperados resultados positivos após 60 dias de abstinência.


Cannabis sativa: Determinação de Δ9- tetraidrocanabinol e Metabólitos em
Sangue por Cromatografia Líquida Acoplada à Espectrometria de Massas
Sequencial
Cannabis sativa: Determinação de Δ9- tetraidrocanabinol e Metabólitos em
Sangue por Cromatografia Líquida Acoplada à Espectrometria de Massas
Sequencial
➢ FINALIDADE DA ANÁLISE

Quantificação do Δ9-tetraidrocanabinol e seus principais metabólitos em sangue por cromatografia


líquida acoplada à espectometria de massas (CL-EM/EM) para comprovar o uso recente de
preparações à base de Cannabis e correlacionar as concentrações plasmáticas com os efeitos
farmacológicos.

Metabólitos :
✓ 11-hidróxi-THC,
✓ 11-nor-9-carboxi-Δ9-tetraidrocanabinol (THC-COOH),
✓ canabidiol (CBD),
✓ canabinol (CBN)
✓ Glicuronídios do Δ9-THC e do THC-COOH.
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ FUNDAMENTO DO MÉTODO

Amostras de sangue são submetidas a desproteinização e extração simultâneas do


Δ9-tetraidrocanabinol (THC) e seus metabólitos por acetonitrila.

Após ajuste de pH e purificação/concentração por extração em fase sólida, os


canabinoides são analisados por CL-EM/EM por meio do monitoramento múltiplo
de transições de íons precursores para seus produto
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ AMOSTRA

Coleta: tubos com heparina (4°C /24 h) para


evitar a hidrólise dos glicuronídios. Perda é
menor que 10% após 3 a 4 dias

No plasma congelado (–20°C): até 3 meses.


Sangue total
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

➢ PROCEDIMENTO
Dois estágios de espectrometria de massas (MS1 e MS2) usado:
✓ MS1: isolar o íon de interesse;
✓ MS2: estabelecer uma relação entre este íon de interesse isolado e outros íons que foram
gerados a partir da sua decomposição induzida

Detecção de compostos presentes ↑ quantidade de informação


em ↓[ ] em matrizes complexas, estrutural que se pode obter1.

↑ a detecção e ↓ a interferência
espectral de compostos presentes
na matriz.
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência
➢ PROCEDIMENTO
Preparação das soluções-estoque individuais e de soluções mistas para calibração
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência
Preparação das soluções-estoque individuais e de soluções mistas para controle da
qualidade: soluções de outro fornecedor ou de outro lote do mesmo fornecedor com 03 níveis de [ ]
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência
Preparação das soluções-estoque individuais e da solução mista de padrões deuterados
(marcado isotopicamente) para uso como padrões internos

d3-Δ9-THC, d3-OH-THC, d3-CBD e d9-THC-COOH,


Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência
Cannabis Sativa: Determinação do 11-nor-9-carboxi-tetraidrocanabinol em
Urina por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência

QT: transição do íon de quantificação; QL: transição do íon de qualificação; Q1: quadrupolo 1; Q3: quadrupolo 3; ∆9-
THC: ∆9-tetraidrocanabinol; THC-COOH: 11-nor-9-carboxi-∆9-THC.; 11-OH-THC: 11-hidroxi-∆9-THC; CBD: canabidiol;
CBN: canabinol.
Cannabis sativa: Determinação de Δ9- tetraidrocanabinol e Metabólitos em
Sangue por Cromatografia Líquida Acoplada à Espectrometria de Massas
Sequencial
➢ INTERPRETAÇÃO

A afirmação de que um indivíduo está sob efeito psicoativo da Cannabis com


base na concentração sanguínea ainda apresenta controvérsias.

Em alguns países, para fins de legislação de trânsito, são adotados limites legais
de 2,2 ou 5 ng/mℓ de Δ9-THC no sangue
COCAÍNA: Erythroxylum coca
COCAÍNA

Alcalóide encontrado nas folhas de Erytroxylon coca e E. novogranatense


COCAÍNA
Uso em rituais xamânicos a 1884 Freud: estimulante, afrodisíaco,
mais de 5.000 anos/ anestésico local, asma, doenças
Civilização Inca consumptivas, distúrbios digestivos,
exaustão nervosa, histeria, sífilis

Andes 4.000 mascavam a 1863, Ângelo Mariani desenvolveu um


folha (trabalhos árduos vinho; 1885 coca-cola
↓sede, fome e cansaço) cocaína e extrato das folhas de coca
COCAÍNA: OBTENÇÃO
FOLHAS

100KG

MACERAÇÃO (EXTRAÇÃO)

Querosene ou gasolina = COCAÍNA BASE NITROGENADA [NI]

ÁCIDIFICAÇÃO ((H2SO4) /H2O (SEPARAÇÃO DO SOLVENTE ORGÂNICO)

FASE AQUOSA ÁCIDA= COCAÍNA [I]

Alcalinização (NH4CO3, , CAL )


PRECIPITAÇÃO DOS ALCALÓIDES BÁSICOS= PASTA BASE 1KG-cocaína base
APRESENTAÇÕES
COCAÍNA: ADULTERANTES E DILUENTES

ADULTERANTES
Anestésicos locais Diluentes diversos
Açucares, talco, ácido
Estimulantes bórico, pó de vidro, pó de
mármore, pó de giz, pó de
Cafeína, teofilina, efedrina, lâmpada fluorescente,
metilfenidato, anfetaminas amido

DILUENTES
COCAÍNA: VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
COCAÍNA: TOXICOCINÉTICA
 Absorção

Intra-nasal Intravenosa Pulmonar

Início da ação 10 – 15 min 3 – 5 min 8 seg


Duração da
60 min 20 min 5 min
ação

 Distribuição
▪ Alta afinidade a α-glicoproteína ácida
▪ Incorporação ao cabelo
▪ Muito lipossolúvel
COCAÍNA: TOXICOCINÉTICA
COCAÍNA: BIOTRANSFORMAÇÃO

**Pequenas quantidades de COC na urina (< 10 %)


COCAÍNA BIOTRANSFORMAÇÃO
COCAÍNA: TOXICODINÂMICA

Agonista de ação indireta: bloqueia a captação de


norepinefrina ou dos neurônios adrenérgicos

Bloqueio de canais de Na+:ação anestésica

↑ Glutamato e aspartato: ação convulsivante


COCAÍNA: DEPENDÊNCIA
COCAÍNA: INTOXICAÇÃO AGUDA

↑ da atenção e da atividade motora


↑ da temperatura

Taquicardia, hipertensão e
vasoconstrição.

↑ da disponibilidade de glicose

Broncodilatação

Mudança do fluxo sanguíneo dos


Midríase órgãos para os músculos.
COCAÍNA: INTOXICAÇÃO AGUDA

Efeitos psicológicos iniciais incluem euforia, excitação,


tontura, ↑ da autoconsciência, insônia, ↓ do apetite e
sensação intensa de prazer.

Euforia intermediária, misturada com ansiedade, que pode


durar entre 1h e 1h30min, seguida por uma ansiedade
prolongada que pode permanecer nas próximas horas.

Os pensamentos: acelerados, com logorreia e pressão de


fala, podendo ficar incoerentes ou até mesmo tangenciais.

Fome e a sensação de fadiga voltam com efeito rebote,


assim como sintomas de depressão, irritação, ansiedade e
fissura.
COCAÍNA: INTOXICAÇÃO CRÔNICA

Ansiedade, privação de sono, desconfiança, hipervigilância,


paranoia e sintomas psicóticos, como alucinações e delírios.
Prejuízo cognitivo em tarefas visuomotoras, na atenção, na
memória verbal e no processo de tomada de decisão, o qual
pode persistir por semanas após a abstinência.

Alteração da função sistólica ventricular esquerda por hipertrofia


ou dilatação miocárdica, aterosclerose, arritmias, apoptose de
cardiomiócitos e lesão simpática.

Estimula os receptores α/β –adrenérgicos: ↑ do inotropismo


cardíaco. α-adrenérgicos nas coronárias: ↑ da resistência
vascular coronariana e ↓do fluxo sanguíneo.
EFEITOS CRÔNICOS

 Distúrbios respiratórios:

✓Inalada: Necrose da cartilagem do nariz e rinite

✓Crack: Bronqueolite obstrutiva, granuloma, broncoespasmo, dispnéia, tosse,


fibrose (talco)
COCAÍNA: OVERDOSE
1. Exacerbação do sistema nervoso simpático ( ação cronotrópica e inotrópica da cocaína)
associada à vasoconstrição, ↑ muito o trabalho cardíaco, podendo levar a isquemia e
arritmias, sobretudo em indivíduos suscetíveis.

2. A hipertensão produzida facilita a ocorrência de acidentes vasculares, principalmente no


SNC.

3. Respiração engasgada e irregular, podendo levar à falência do órgão. Também é capaz


de induzir hipertermia.

4. Convulsões são pouco comuns e são perigosas quando refratárias.


COCAÍNA TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO AGUDA

Lavagem gástrica, caso tenha sido ingerida recentemente,

Averiguar quais substâncias foram usadas,

Entubar o paciente para ↓ o risco de aspiração;

Monitorar intercorrências cardíacas, usar medicamentos para


manter a PA em níveis satisfatórios, etc.

Os quadros de agitação o uso de benzodiazepínicos,


antipsicóticos ou a associação de ambas as medicações
COCAÍNA: ABSTINÊNCIA
Os sintomas de abstinência de cocaína podem ser muito proeminentes, porém não costumam
apresentar complicações médicas graves.

Humor com disforia e/ou


Resolução completa dos FASE 1 depressão com ansiedade.
FASE 3
sinais e sintomas físicos, “crash” Fadiga e hipersonia. A fissura
Extinção é intensa e diminui ao longo
fissura, podendo durar (0-4 DIAS)
anos e pode desaparecer de 4 horas.
com o tempo FASE 2
Abstinência
(até 10 semanas)

Anedonia, fissura e ↑ risco recaídas, ansiedade alteração do sono, ↑do


apetite, tremores, dores musculares e movimentos involuntários.
COCAÍNA: TRATAMENTO DA SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA

MEDICAMENTO AÇÃO

Modafinila Leve estimulante do SNC utilizado para o tratamento da narcolepsia e de distúrbios do


sono ocasionados por mudanças de turno. Evidências no tratamento da dependência de
cocaína mas precisam de mais estudos
Dissulfiram Reduz o reforço positivo para o uso da droga por torná-la aversiva ocorrendo redução
do consumo de cocaína.
AMOSTRAS UTILIZADAS

Coletada em frasco coletor universal Conservado em Fluoreto 1% (20 °C) Amostras


pH: 5,5 e 6 (HCl 0,2 N)
30 dias congelada
IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM PRODUTOS APREENDIDOS:
MÉTODOS ANALÍTICOS
FINALIDADE DA ANÁLISE
Identificar a cocaína em produtos apreendidos na forma de pós (cloridrato de
cocaína), pedra (conhecida como crack [cocaína base livre]) ou pasta de coca.
IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM PRODUTOS APREENDIDOS:
MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ TESTE DE COR/TESTE DE SCOTT NA PLACA ESCAVADA

Pequena
quantidade da
amostra

50 μl de
tiocianato de
cobalto

Reação cor
(AZUL)
IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM PRODUTOS APREENDIDOS:
MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ TESTE DE COR/TESTE DE SCOTT NA PLACA ESCAVADA

50 μl
20 mg amostra tiocianato de Coloração azul 100 μl de HCl
cobalto

Coloração
Coloração azul 1 ml HCCl3
rósea
IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM PRODUTOS APREENDIDOS:
MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ TESTE DE COR/TESTE DE SCOTT MODIFICADO
1º) adição de tiocianato de cobalto (ROSA): forma um
precipitado de cor azul-turquesa devido à reação de
complexação com a cocaína.

3º) adição de clorofórmio e a coloração azul reaparece,


pois a adição desse solvente fornece o meio apolar
necessário para o deslocamento do equilíbrio para a
formação e a extração do complexo azul

2º)adição de ácido clorídrico, o precipitado azul


desaparece completamente, pois ocorre uma dissolução
do complexo, e observa-se somente a solução de cor
rosada.
IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM PRODUTOS APREENDIDOS:
MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ TESTE DE COR/TESTE DE SCOTT MODIFICADO

INTERPRETAÇÃO ANALÍTICA
O teste de Scott consiste na formação de um complexo azul com uma base na presença de
tiocianato de cobalto. Não é específico para cocaína, resposta positiva: cloridrato de
clordiazepóxido, cloridrato de clorpromazina, cloridrato de efedrina. Confirmação do resultado
com HPTLC.
IDENTIFICAÇÃO DE COCAÍNA EM PRODUTOS APREENDIDOS:
MÉTODOS ANALÍTICOS
✓ CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA DE ALTA EFICIÊNCIA COM SOLUÇÃO REVELADORA DE
IODOPLATINADO DE POTÁSSIO ACIDIFICADO E DRAGENDORFF

Os valores de hRf (Rf × 100) obtidos são:


✓ 59 e 56 para a cocaína;
✓ 65 e 44 para metilecgonina;
✓ 84 e 0 para ecgonina;
✓ 80 e 11 para a benzocaína;
✓ 69 e 40 a 55 para a lidocaína
RESPONDA
EM RELAÇÃO À ANALISE DE MATERIAL DE APREENSÃO REFERIDO COMO COCAÍNA,
EXPLIQUE A APLICAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO DA CINAMOILOCAÍNA (CICOC)

› Classifica-se o crack a cocaína na forma de base livre altamente oxidada com teores
de CINAMOILOCAÍNA inferior a 2%;
› FREEBASE a cocaína na forma de base livre moderadamente oxidada com teores
CINAMOILOCAÍNA entre 2 a 6%.
› Pasta de coca a cocaína na forma de base livre não oxidada com teores
CINAMOILOCAÍNA superiores a 6%
RESPONDA
EXPLIQUE A IMPORTÂNCIA DE SE DETERMINAR A RELAÇÃO DE
COCAÍNA/BENZOILECGONINA NO TECIDO CEREBRAL

› A determinação da razão de COCAÍNA/BENZOILECGONINA no sangue e no tecido


cerebral, são importantes pois um valor de relação COCAÍNA/BENZOILECGONINA
superior a 1 em ambas as matrizes pode ser sugestivo de overdose.
RESPONDA

Explique como diferenciar laboratorialmente o consumo de cocaína via inalatória

› Deve-se analisar a presença de éster metilanidroecgonina.

Explique a síndrome do delírio excitado

› Termo que vem sendo aplicado para descrever uma síndrome caracterizada por
delírio, agitação, hipertermia e comportamento violento, que geralmente culmina
em morte súbita inexplicável provavelmente relacionada a descarga de dopamina
produzida pela cocaína no SNC .
RESPONDA
O cabelo pode ser utilizado como amostra para detecção de THC. Um dos
problemas da referida amostra é a presença de Δ9-THC devido a exposição
passiva a fumaça de maconha. Como esse problema pode ser resolvido?

› Apesar de terem sido propostos procedimentos de lavagem da amostra de


cabelo, recomenda-se a pesquisa do THC-COOH, metabólito formado pela
biotransformação do Δ9-THC . A detecção do referido metabólito no cabelo
confirma o uso de Cannabis.
TESTES DE TRIAGEM
LSD E ANFETAMINAS
DIETILAMIDA DE ÁCIDO LISÉRGICO (LSD25)
ALUCINÓGENOS SINTÉTICOS
Toxicodinâmica:
↑ afinidade com receptores
Via oral: serotonérgicos e dopaminérgicos.
(tabletes de açúcares, Ação agonista receptor 5HT2A
comprimidos e cápsulas): (15-30 min)/ *Ação agonista e
SELOS 30-50 µg de LSD antagonista D1 e D2 (90 min).

Toxicocinética:
Distribuído por todo o corpo e
1% atinge o SNC.
Início de efeito: 30 min e duração
de 6 a 12 horas com oscilações.
DIETILAMIDA DE ÁCIDO LISÉRGICO (LSD25)
ALUCINÓGENOS SINTÉTICOS
› INTOXICAÇÃO AGUDA

1º SNA:
↑ temperatura, da PA, do bpm, 2° ALUCINAÇÕES
hiperglicemia e midríase. Vertigens,
náuseas, sensações de frio e calor
DIETILAMIDA DE ÁCIDO LISÉRGICO (LSD25)
ALUCINÓGENOS SINTÉTICOS

RÁPIDA TOLERÂNCIA USO CRÔNICO


(3 dias com doses diárias) Flashbacks (transtorno perceptual
➢ A tolerância adquirida é também logo
persistente por alucinógeno mesmo
perdida (interrompendo por 2 dias). após retirada meses ou anos),

Ansiedade e transtorno de
NÃO CAUSA DEPENDÊNCIA E ABSTINÊNCIA personalidade
DIETILAMIDA DE ÁCIDO LISÉRGICO (LSD25)
ALUCINÓGENOS SINTÉTICOS
› TESTE DE EHRICH
1g de paradimetiaminobenzaldeido diluído em 10 ml de metanol +
10 mL de ácido orto-fosfórico concentrado adicionado cuidadosamente

Reação entre para-dimelaminobenzaldeído em meio ácido (pH: 1)


reage com o LSD (grupo indol)
DIETILAMIDA DE ÁCIDO LISÉRGICO (LSD25)
ALUCINÓGENOS SINTÉTICOS
› TESTE DE EHRICH: INTERPRETAÇÃO

Reação entre para-dimelaminobenzaldeído em meio ácido (pH: 1) reage


com o LSD (grupo indol): cor violeta (roxa a azul escura)
DIETILAMIDA DE ÁCIDO LISÉRGICO (LSD25)
ALUCINÓGENOS SINTÉTICOS

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