Toxicologia

-MACONHA E dependendo da
CANABONÓIDES preparação.

Maconha liquida chega a

ter 60% de THC.
Cannabis Sativa tem
mais de 400 Quando se usa alguma
constituintes, mas os que das variações da cannabis
de fato interessam para a por via oral a
toxicologia são os quantidade de cabinoide
canabinóides. que chega no sangue é
muito pequena. Mas
Δ9THC-
quando é fumada a
tetrahidrocanabinol, é o
disponibilidade é maior,
responsável pela maior
o pulmão absorve
parte dos efeitos.
bastante e rápido, o efeito
O THC é responsável pela
acaba sendo intenso.
maioria dos efeitos
Então, quando se pensa
psicotrópicos da planta.
em uso abusivo a via
O teor de THC pode ser pulmonar é a via de
menor dependendo de escolha.
onde a planta é
Todos os canabinoides são
cultivada, dependendo
lipossolúveis, então sua
da parte da planta e
distribuição no tecido é
bem alta, inclusive se
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distribui muito no tecido
adiposo.
Quando utilizados por
via inalatória vão ser
melhor absorvidos.
Os canabinoides não
permanecem muito tempo
no sangue, porque por
serem lipossolúveis eles se
distribuem muito rápido
nos tecidos
Em primeiro lugar o
canabinoide vai para o
cérebro porque é um
lugar muito
vascularizado (pode ir
para fígado também que é
bem vascularizado). Mais
lentamente chega aos
tecidos menos
vascularizados, e mais
lentamente ainda vão se
cumular na gordura.
Existe uma tedencia de
acumulo dos
canibinoides no tecido
adiposo, porque do
mesmo jeito que a droga
demora para chegar ela
vai demorar para sair,
pois não vai ser absorvida
e nem distribuída depois
de chegar lá; quanto
maior a proporção de
tecido adiposo no usuário
maior a chance de se
acumular, assim como se
o uso for muito frequente.
O fato de se acumular
prolonga o período de
detecção, podendo ser
detectado ate semanas
depois do uso, portanto,
pelo fato de ser
armazenado o tempo de
meia-vida é muito alto.
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T1/2a- tempo para a Cb1- localizado no
concentração da droga sistema nervoso central
cair pela metade, não
Cb2- localizado nas
porque esta sendo
periferias e discute-se
eliminada e sim porque
que tem ligação com o
está sendo distribuída.
sistema imune.
T1/2b- é o tempo da
Os ligantes endógenos
concentração cair pela
desses receptores são
metade devido a
anadamida e
eliminação da droga.
aracdonoilglicerol. Os
Todo canabinoide deve receptores junto com seus
sofrer biotransformação ligantes formam um
para serem excretados na sistema chamado de
urina. endocanabinoide.

Os metabolitos principais O sistema

encontrados na urina endocanabinoide está
são: 11-OH-THC; envolvido com várias
coisas como relação com o
11-OH-9-nor-THC-
sistema endócrino, com a
COOH – conjugado com
depressão.
ácido glicurônico.
Efeitos tóxicos:
Os canabinoides vão agir
nos receptores CB1 e CB2.
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Vão depender do modo de
fumar e da personalidade
de cada individuo.
Na exposição aguda pode
ocorrer euforia e bem
estar (que vai ser o reforço
positivo)
Dependendo da dose pode
ocorrer perda da
percepção de tempo e
espaço, diminuição da
coordenação motora,
alteração de julgamento e
alteração da memória
recente.
Em doses maiores tem
usuários que relatam
taquicardia.
É comum o usuário ficar
com olho vermelho e
boca seca.
A longo prazo pode
ocorrer:
Bronquite, aumento da
frequência cardíaca,
aumento da
carboxihemoglobina.
Efeitos possíveis:
alteração da produção
dos espermatozoides
- Dependência e
síndrome de abstinência:
É classificado pela OMS
como uma abstinência
leve.
- Uso terapêutico do THC:
Ação analgésica;
Sedativa/hipnótica e
anticonvulsivante;
Diminui a pressão intra-
ocular – glaucoma;
Relaxamento muscular
na esclerose múltipla;
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Aumento do apetite - múltipla; o canabidiol
AIDS e quimioterapia; atenua os efeitos
Usado terapeuticamente indesejados do THC.
para diminuir náuseas e
- Aspecto laboratorial:
vômitos em
Inicialmente se faz
quimioterapia -
analise botânica da
Marinol®(dronabinol)
planta, possui caule
Utilidades liberadas do
sulcado, folha lancetada
THC: diminuição de
com bordas serrilhadas.
vomito (nos EUA e
Após a análise
Canada), no Brasil o
macroscópica se faz uma
canabidiol esta liberado
análise microscópica para
para uso como
observar se tem tricomas,
anticonvulsivantes.
se tiver de fato é
O canabidiol não produz
cannabis.
os efeitos
O passo seguinte é
comportamentais que o
identifica a presença de
THC produz.
canabinoides na planta;
No Brasil também foi
existem dois teste
aprovado o uso de
colorimétricos :fast blue e
canabidiol em uma
duquenois-levine. O teste
mistura com THC para
fast blue é o melhor, nele
paciente com esclerose
se pega uma amostra da
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planta, coloca-se em
papel se filtro e goteja
éter, quando o éter entra
em contato com a planta
ele extrai o canabinoide
que vai ficar impregnado
no papel de filtro, então o
reagente é borrifado no
papel e se ficar com
coloração roxa é
indicativo de
canabinoide.
Pode-se fazer também
cromatográfica de
camada delgada, analise
metabolômica, assinatura
química, polimorfismo
genético.
- Pesquisa em amostra
biológica:
Sangue: coleta até 2h
O problema é que devido
ao fato de os
canabinoides terem meia
vida longa, não se pode
dizer há quanto tempo a
pessoa fez o uso. E como a
distribuição é muito
rápida quando se faz a
coleta pode ser que não
tenha uma quantidade
no sangue que seja
suficiente para
identificar.
Urina: pode se fazer teste
qualitativo para dizer se
tem canabinoide ou não;
ou então se pesquisa os
metabolitos do THC que
vão ter uma detecção
mais longa.
O problema também é
devido a meia vida longa
que vai positivar depois
de muito tempo que o
individuo parou de usar,
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e a estabilidade não é de glândulas salivares,
boa. problema com
contaminação.
Cabelo: boa estabilidade,
período de detecção
amplo.

Problema com
contaminação externa (se
estiver perto de uma
pessoa que fumou) e com
THC-COOH. Mas existem
procedimentos para
retirar a contaminação;
ou o laboratório pode
dosar o THC e o
metabolito, se houver o
metabolito é porque o
individuo fez o uso, se
houver só THC é
contaminação.

Saliva: período de
detecção curto, problema
com a coleta porque o
THC diminui a secreção
Toxicologia
mais seguro possível para
o trabalhador. Assume-se
que o risco vai existir,
mas trabalha-se para
minimizar esse risco.

Do ponto de vista
laboratorial a
monitorização tem duas
possibilidades: monitorar
o ambiente de trabalho
ou o trabalhador.

Quando se monitora o
- Monotorização da
ambiente de trabalho vai
Exposição Ocupacional
avaliar o próprio agente
toxico, mas para isso é
A higiene ocupacional preciso ter uma
vai tratar os riscos no referência, que vai ser o
ambiente de trabalho. limite de tolerância
ambiental (valor máximo
Os riscos podem ser
que é aceito de agente
biológicos, físicos ou
tóxico no ambiente para
químicos.
ele ser considerado seguro
Deve-se monitorar uma
exposição para torna-la o
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para a maioria dos alteração laboratorial que
trabalhadores): o agente tóxico pode
produzir.
TWA- é um valor médio
de tolerância. Limite de tolerância
biológica/indicador
STEL- limite para
biológico máximo
exposição de curta
permitido (valor máximo
duração.
permitido na amostra):
Ceilling
O que é avaliado numa
Monitorização do
amostra é chamado de
trabalhador:
indicador biológico.
Essa é uma
Se o indicador tiver
monitorização biológica,
abaixo do limite de
pois tem que se analisar
tolerância significa que o
uma amostra biológica do
trabalhador não está
trabalhador para dizer se
muito exposto. Se tiver
ele está muito exposto ou
acima significa que o
não.
trabalhador está exposto
As opções para analise demais.
são: o próprio agente
Valores de referência são
tóxico, o metabólito ou o
para pessoas que não
efeito provocado pelo
estão expostas a um
agente toxico, que é uma
agente tóxicos, quando
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está exposto vai haver torna ele mais exposto
aumento e esse aumento é que os outros.
o limite de tolerância,
Portanto, a monitorização
então não se deve levar
biológica é melhor nesse
em conta valor de
aspecto pois ela avalia
referência.
cada individuo de
Para deixar o maneira individual. E o
trabalhador seguro o problema da
efeito avaliado tem que monitorização do
ser um efeito precoce e trabalhador é que se feita
um efeito que não esteja sozinha não se pode
ocorrendo em um órgão confirmar que o ambiente
crítico. esta nocivo, ele podia
estar nocivo há um mês
O problema da
atrás.
monitorização ambiental
e que o limite de O ideal é que a
tolerância considera todos monitorização ambiental
os trabalhadores iguais, o e a ocupacional sejam
que não ocorre na feitas juntas.
pratica, por exemplo, um
Sempre que a indústria
indivíduo pode ter
fizer alguma mudança o
insuficiência renal o que
ideal é que seja feita uma
nova monitorização.