Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Itaquaquecetuba
2022
Thiago Bastos Santos
This dissertation aims to bring analysis and explanation of the use of medicines derived
from plants of the Cannabis genus – cannabidiol (CBD), Δ-9- tetrahydrocannabinol and
cannabichromene (CBC) – which in studies indicate their clinical relevance for the
treatment of various diseases. The use of these active principles is not a modern
subject, several civilizations have already made and still use these substances for the
treatment of diseases. The medicinal use of cannabis dates back to at least 2700 b.C
in parts of Asia. With this information, it is possible to affirm its therapeutic potential,
with primary evidence in the treatment of chronic and acute pain, rheumatic diseases,
neuropathic pain, and cancer pain (not as a treatment for cancer, but as an aid for a
better quality of life for the patient), epilepsy and more recent studies that support its
potential use as an antidepressant. It is important to emphasize that despite the
promising results, it is still incapable of evaluating this action in humans since the main
studies on its antidepressant action were carried out in mice.
ARTG Artigo
TNF Teste de natação forçada
TSC Teste de suspensão de cauda
CBD Canabidiol
THC Tetrahidrocanabinol
CBC Canabicromeno
CBG Canabigerol
CBN Canabinol
BID Duas vezes ao dia
AINEs Anti-inflamatórios não esteroides
COX Ciclooxigenase
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
6-CONCLUSÃO ........................................................................................................ 33
6.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 33
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 34
1-INTRODUÇÃO
A cannabis era usada como remédio na Ásia antes da era cristã e era
muito importante na Índia. A primeira evidência do uso de cannabis foi
encontrada na China, onde achados arqueológicos e históricos indicam que essa
planta era cultivada para fibras desde 4.000 a.C. Com as fibras obtidas da
cannabis, os chineses fabricavam cordas, cordas, tecidos e até papel. Têxteis e
papéis feitos de cannabis foram encontrados no túmulo do imperador Wu (104-
87 a.C), da dinastia Han.
O uso de cannabis como medicamento pelos antigos chineses foi relatado
na farmacopeia mais antiga do mundo, o pen-ts'ao ching, mas baseado em
tradições orais passadas desde a época do Imperador Shen-Nung, que viveu
durante os anos 2.700 a.C Indicações para o uso de cannabis incluíram: dores
reumáticas, constipação intestinal, distúrbios do aparelho reprodutor feminino,
malária e outros.
Os chineses usavam principalmente as sementes de cannabis para fins
médicos. Portanto, pode-se supor que eles estavam se referindo a essa parte da
planta ao descrever suas propriedades medicinais. Até hoje as sementes
continuam a ser usadas como laxante pelos médicos chineses. Reconhece-se
que as sementes são praticamente deficientes em Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-
THC), que é considerado o principal constituinte ativo da planta, e é composto
principalmente por ácidos graxos essenciais e proteínas. Hoje alguns desses
ácidos graxos são considerados como tendo efeitos terapêuticos, como o ácido
γ-linoleico, cujo uso tópico é recomendado para eczema e psoríase, e seu uso
oral para aterosclerose, osteoporose, artrite reumatoide e outras doenças
inflamatórias.
Já a introdução da cannabis na medicina ocidental ocorreu em meados
do século XIX e atingiu o pico na última década do século com a disponibilidade
e uso de extratos e tinturas de cannabis.
O uso medicinal de cannabis no Ocidente diminuiu significativamente
durante as primeiras décadas do século 20, em grande parte devido à dificuldade
de obter resultados consistentes de amostras de plantas em várias
concentrações. Desde 1965, a determinação da composição química dos
constituintes da cannabis e a possibilidade de obtenção de constituintes puros
10
têm sido associadas a um aumento significativo do interesse científico pela
planta. Esse interesse reviveu a descrição do receptor canabinóide e a
identificação do sistema endocanabinóide no cérebro na década de 1990. Um
novo ciclo mais consistente de uso de derivados da cannabis como
medicamentos se inicia à medida que sua eficácia e segurança no tratamento
começam a ser comprovadas cientificamente.
Com o crescimento do interesse científico por cannabis, seus efeitos
terapêuticos estão sendo mais uma vez estudados, desta vez com métodos
científicos mais precisos. Existem estudos, em diferentes fases, sobre os efeitos
terapêuticos do Δ9-THC em condições como: epilepsia, insônia, vômitos,
espasmos, dor, glaucoma, asma, inapetência, síndrome de Tourette e outras.
Entre as indicações terapêuticas do Δ9-THC são considerados próximos de
serem comprovados: antiemético, estimulante do apetite, analgésico,
antidepressivo e nos sintomas da Esclerose Múltipla. Outros canabinoides
também estão sob investigação, como o canabidiol (CBD), que tem evidências
de efeitos terapêuticos em epilepsia, insônia, ansiedade, inflamações, danos
cerebrais (como neuro-protetor), psicoses e outro.
Com isso, o intuito desse trabalho é relacionar, analisar e explicar os
efeitos terapêutico da cannabis através de estudos científicos, elucidando-os e
desmistificando uma planta que está presente na história humana a pelo menos
6 mil anos, e que decorrente do preconceito e ignorância foi banalizada e
subjugada, tanto pela sociedade como por décadas pela academia científica.
11
2-FARMACOLOGIA DA CANNABIS
13
3-CANNABIS E DOR
14
Uma meta-análise recente comparando cannabis versus analgésicos para
dor aguda não mostrou nenhum benefício adicional da cannabis sobre
analgésicos comuns para dor aguda.
16
3.4 DOENÇAS REUMÁTICAS
17
3.5 CONCLUSÃO SOBRE CANNABIS E DOR
18
4-CANNABIS E EPILEPSIA
20
Destes pacientes, apenas um não obteve nenhuma melhora clínica. Entre
os demais, quatro tiveram as convulsões totalmente abolidas durante o período
em que tomaram CBD e três tiveram redução significativa na frequência das
crises. No grupo de pacientes que recebeu placebo junto com seu outro
anticonvulsivante, apenas um demonstrou melhora. Entretanto, não há avaliação
do efeito do CBD na ausência de qualquer outro anticonvulsivante, mas o estudo
sugeriu que o CBD poderia ser um adjuvante no tratamento da epilepsia.
21
5- CANNABIS E DEPRESSÃO
5.1 A metodologia
22
5.2 RESULTADOS
Δ9-Tetrahidrocanabinol (mg/kg)
1329±175,9 1,44±0,26 – 0,73±0,11 1,50±1,85
1,25 2098±216,9** 1,70±0,42 – 0,22±0,09 2,05±4,25
2,5 876,9±260,9 1,00±0,00 – 0,22±0,06 5,50±4,37
5 786,4±179,0 5,00±0,93 – 1,47±0,31 5,94±1,45
10 190,9±33,78*** 14,40±4,16 – 2,05±0,25 6,52±2,02
20 260,4±41,39*** 47,88±20,04*** – 3,87±0,45*** 28,24±11,12*
40 194,0±49,18*** 37,70±14,64** – 4,80±0,28*** 51,96±13,22***
Δ8-Tetrahidrocanabinol (mg/kg)
2091±209,3 2,10±0,61 – 0,56±0,21 3,58±0,84
1,25 1668±245,4 1,10±0,10 – 0,22±0,09 3,55±3,45
2,5 1606±240,6 1,80±0,47 – 0,22±0,07 10,96±3,62
5 1480±184,3 1,60±0,60 – 0,12±0,09 8,01±5,88
20 377,4±169,7*** 5,25±2,68 – 1,96±0,37*** 5,97±1,63
Cannabigerol (mg/kg)
0 1833±177,6 2,10±0,61 – 0,58±0,27 0,84±3,58
20 1614±290,4 2,63±1,22 – 0,24±0,11 7,26±4,67
40 1825±278,4 1,60±0,34 – 0,34±0,22 7,29±7,11
80 2019±185,2 1,80±0,51 – 0,14±0,08 2,33±3,76
Canabicromeno (mg/kg) 0
1609±148,9 1,50±0,50 – 0,34±0,07 6,31±2,86
20 1606±256,8 1,00±0,00 – 0,067±0,042 3,02±2,45
40 1416±219,1 1,00±0,00 – 0,32±0,13 5,31±2,36
80 780,8±276,6* 1,83±0,83 – 0,45±0,08 0,47±3,22
Canabinol (mg/kg)
0 1609±148,9 1,50±0,50 – 0,34±0,07 6,31±2,86
20 1214±170,5 1,00±0,00 – 0,35±0,06 1,06±5,37
40 972,1±202,7* 1,33±0,33 – 0,38±0,12 1,70±2,80
80 657,0±227,3** 2,17±1,17 – 0,30±0,08 5,69±6,66
23
Figura 1-Resultado-TNF em gráfico(THCs e CBD)
24
Figura 2-Resultados-TNF em gráfico(CBG, CBN e CBC)
25
Figura 3-Resultados-TSC em gráfico(THC, CBC e CBD)
26
5.2.1 Analise dos resultados
27
5.3 CONCLUSÃO DO ESTUDO
29
Um resultado interessante deste estudo é que o canabinóide não
psicoativo CBD exibiu um efeito tipo antidepressivo dependente da dose
nomodelo animal TNF. Ao contrário de Δ9-THC, o CBD tem baixa afinidade para
os receptores CB1 e CB2. No entanto, estudos in vitro relataram que o CBD atua
como um potente antagonista dos agonistas dos receptores CB1 e CB2.
Também exibiu alta eficácia de agonista inverso em concentrações
micromolares. Semelhante a achados anteriores, o CBD sozinho não exerceu
nenhuma ação canabimimética no ensaio. No entanto, bloqueou o Δ9-
Catalepsia induzida por THC em altas doses (100–200 mg/kg). Nenhum efeito
interativo foio bservado entre CBD e Δ9-THC no ensaio antinociceptivo em
contrastecom os dados publicados. Tal discrepância pode seratribuída às
diferenças na faixa de dosagem e via de administraçãoutilizada nos estudos.
Até onde sabemos, este é o primeiro relato de atividade do CBD no TNF
de camundongo. Neste modelo de desespero comportamental, o CBD causou
uma redução significativa na imobilidade dependente da dose. No entanto, tal
efeito não se estendeu ao TSC. A discrepância entre os dois testes pode ser
atribuídaàs diferenças inerentes entre os dois testes, ao uso de diferentes
linhagens de camundongos em cada um ou ao mecanismo de ação
antidepressiva exercido pelo CBD.
Vários estudos hemodinâmicos, comportamentais, fisiológicos e
farmacológicos sugerem que o TSC é consideravelmente menos estressante do
que o paradigma do desespero comportamental no TSF. Tais diferenças se
estendem aos mecanismos bioquímicos e neuroquímicos envolvidosnos dois
modelos. Estudos anteriores relataram compostos que mostraram ação
antidepressiva no TNF, mas não no TSC. Antidepressivos atípicos como rolipram
e levoprotilina foram relatados para reduzir o tempo de imobilidade no TNF, mas
não no TSC. Além disso, tem sido mostrado que antagonistas ou nocautes de
genes do GABAb receptor resulta em um efeito antidepressivo no TNF sem
efeito observado no TSC.
Portanto, são necessários mais estudos mecanísticos para entender
completamente o potencial antidepressivo do CBD. Um fator de confusão são os
múltiplos mecanismos envolvidos nasações do CBD. Além de sua baixa
afinidade aos receptores CB1 e CB2, bloqueia a hidrólise enzimática e a
captação do endocanabinóide anandamida.
30
Além disso, o CBD interage com outros sistemas além do
endocanabinóide. Estimula os receptores vanilóides VR1, atua como um
agonista na serotonina humana 5-HT1A receptores, e aumenta a sinalização da
adenosina atravésda inibição da captação. Os dados conflitantes apresentados
neste estudo que tanto um agonista CB1 (Δ9- THC) e um antagonista (CBD)
resultam em ação do tipo antidepressivo não é incomum. Na verdade, grupos de
pesquisa anteriores relataram descobertas semelhantes. Como mencionado
anteriormente, vários relatórios defendem a hipótese de que o aumento da
atividade do receptor CB1 resulta em efeito antidepressivo. Por outro lado,
numerosos estudos relataram ação antidepressiva após o bloqueio dos
receptores CB1. Estudos descreveram uma redução dose-dependente na
imobilidade no TSC induzida pelo agonista inverso de CB1-AM251. O efeito não
foi observado em camundongos para o receptor CB1, sugerindo que tal ação é
mediada pelos receptores CB1. Da mesma forma, o antagonista CB1-
SR141716A foi relatado para aumentar a liberação de monoaminas no córtex
pré-frontal de camundongos e exercer ação antidepressiva no TNF.
Uma explicação desses resultados conflitantes só pode ser resolvida por
umainvestigação sistemática detalhada do mecanismo da ação antidepressiva
observada em cada caso. É altamente possível que as ações dos ligantes dos
receptores canabinóides em relação ao humor sejam mediadas por subtipos de
receptores canabinóides que ainda não foram caracterizados. Enquanto
agonistas e antagonistas de CB1 parecem provocar ações semelhantes a
antidepressivos em modelos de desespero comportamental, o hemograma
completo mostrou efeito semelhante a antidepressivo significativo tanto no TNF
quanto no TSC.
Esses dados aumentam a complexidade do mecanismo pelo qual os
fitocanabinóides exercem ação antidepressiva. É evidente que múltiplos
mecanismos desempenham um papel em tal ação, e que uma investigação
completadesses potenciais mecanismos é necessária.
Em conclusão, os resultados mostram que os fitocanabinóides, incluindo
Δ9-THC, CBD e CBC exercem ações semelhantes a antidepressivos em
modelos animais de desespero comportamental. O mecanismo exato subjacente
a tal atividade ainda não está claro pelo fato de que esses compostos têm perfis
de ligação variados ao canabinóide CB1 estabelecido, bem como aos receptores
31
não CB1. Os resultados apoiam o efeito dos fitocanabinóides nos transtornos de
humor e fornecem potenciais pistas para estudos futuros.
32
6-CONCLUSÃO
33
REFERÊNCIAS
34
• Moreau JJ. Du Hachisch et de l’Alienation Mentale: Etudes
Psychologiques. Paris: Librarie de Fortin Mason; 1845 (English edition:
New York, Raven Press; 1972.
• Grinspoon L. Marihuana reconsidered. Cambridge, MA: Harvard
University Press; 1971.
• Grinspoon L, Bakalar JB. Marihuana: the forbidden medicine. New Haven:
Yale University Press; 1993. Chapter 1.
• Musto DF. The marihuana tax act of 1937. Arch Gen Psychiatry. 1972:101-
105
• Harris LS. Cannabis: a review of progress. In: Lipton MA, Dimascio A,
Killam KF, eds. Psychopharmacology: a generation of progress. New
York: Raven Press; 1978.
• Kandel DB. Marihuana users in young adulthood. Arch Gen Psychiatry.
1984.
• Department of Health and Human Services. Substance Abuse & Mental
Health Services Administration – SAMHSA [cited 2006 Jan 12]. Available
from: URL: htttp://oas.samsa.gov/MJ.htm.
• European Monitoring Centre for Drugs and Drugs Addiction (EMCDDA)
Annual Report 2004: “The state of the drugs problem in the European
Union and Norway”.
• Gaoni Y, Mechoulam RJ. Isolation structure and partial synthesis of an
active constituent of hashish. J Am Chem Soc. 1964;86:1646-7.
• Mechoulam RJ. Marijuana: chemistry, pharmacology and clinical effects.
New York: Academic Press; 1973. p. 2-99.
• Russo E. A tale of two cannabinoids: the therapeutic rationale for
combining tetrahydrocannabinol and cannabidiol. Med Hypotheses.
2006;66(2):234-46.
• Carlini EA. Conversation with Elisaldo Luiz de Araújo Carlini. Addiction.
2005:897-907.
• Martin BR, Mechoulam RJ, Razdan RK. Discovery and characterization of
endogenous cannabinoids. Life Sci. 1999.
• Hill KP, Palastro MD, Johnson B, et al. Cannabis and pain: a clinical
review. Cannabis Cannabinoid Res. 2017;2:96---104.
35
• Touw M, Arboretum A. The religious and medicinal uses of Cannabis in
China, India and Tibet. J Psychoactive Drugs. 1981;13:23---34.
• Zuardi AW. History of cannabis as a medicine: a review. Rev Bras
Psiquiatr. 2006;28:153---7.
• Mikuriya T. Marijuana in medicine: past, present and future. Calif Med.
1969;110:34---40.
• Bowen LL, McRae-Clark AL. Therapeutic benefit of smoked cannabis in
randomized placebo-controlled studies. Pharma cotherapy. 2018;38:80-
--5.
• Jensen B, Chen J, Furnish T, et al. Medical marijuana and chronic pain: a
review of basic science and clinical evidence. Curr Pain Headache Rep.
2015;19:50.
• Grotenhermen F, Russo E. Cannabis and cannabinoids: pharma cology,
toxicology and therapeutic potential. Psychology Press; 2002.
• Fitzcharles MA, Eisenberg E. Medical cannabis: a forward vision for the
clinician. Eur J Pain. 2018;22:485---91.
• National Conference of State Legislatures. State medical marijuana laws;
2016. Lynch ME. Cannabinoids in the management of chronic pain: a front
line clinical perspective. J Basic Clin Physiol Pharmacol. 2016;27:189---
91.
• Hauser W, Fitzcharles M-A, Radbruch L, et al. Cannabinoids in pain
management and palliative medicine. Dtsch Arztebl Int. 2017;114:627---
34.
• Pertwee R. Cannabinoid pharmacology: the first 66 years. Br J Pharmacol.
2006;147:S163---71.
• Demuth D, Molleman A. Cannabinoid signaling. Life Sci. 2006;78:549---
63.
• Gaoni Y, Mechoulam R. Isolation, structure and partial syn thesis of an
active constituent of hashish. J Am Chem Soc. 1964;86:1646---7.
• Ljubiˇsa G. A comparative study on some chemical and biolog ical
characteristics of various samples of cannabis resin. Bull Narc. 1962.
• Amin MR, Ali DW. Pharmacology of medical cannabis. Adv Exp Med Biol.
2019;1162:151---65.
36
• Pascual D, Sanchez-Robles EM, Garcia MM, et al. Chronic pain and
cannabinoids. Great expectations or a christmas carol. Biochem
Pharmacol. 2018;157:33---42.
• Russo EB. Cannabinoids in the management of difficult to treat pain. Ther
Clin Risk Manag. 2008;4:245---59.
• Steiner M, Wotjak CT. Role of the endocannabinoid system in regulation
of the hypothalamic-pituitary-adrenocortical axis. Prog Brain Res.
2008;170:397---432
• Starowicz K, Malek N, Przewlocka B. Cannabinoid recep tors and pain.
Wiley Interdiscip Rev Membr Transp Signal. 2013;2:121---32.
• 21. Urits I, Borchart M, Hasegawa M, et al. An update of current cannabis-
based pharmaceuticals in pain medicine. Pain Ther. 2019;8:41---51.
• Howlett AC. A short guide to the nomenclature of seven- trans membrane
spanning receptors for lipid mediators. Life Sci. 2005;77AD:1522---30.
• Pertwee RG. Cannabinoid pharmacology: the first 66 years. Br J
Pharmacol. 2006;147:S163---71.
• Pertwee RG. The pharmacology of cannabinoid receptors and their
ligands: an overview. Int J Obes. 2006;30:S13---8.
• Mlezack R, Wall P. Pain mechanisms: a new theory. Science (80-).
1965;150:971---9.
• Koenig J, Werdehausen R, Linley JE, et al. Regulation of Nav1.7: a
conserved SCN9A natural antisense transcript expressed in dorsal root
ganglia. PLoS One. 2015;10:1---14.
• Kremer M. Antidepressants and gabapentinoids in neuropathic pain:
mechanistic insights. Neuroscience. 2016;338:183---206.
• Arnold LM, Choy E, Clauw DJ, et al. Fibromyalgia and chronic pain
syndromes: A white paper detailing current challenges in the field. Clin J
Pain. 2016;32:737---46.
• Starowicz K, Finn DP. Cannabinoids and pain: sites and mech anisms of
action. Adv Pharmacol. 2017;80:437---75.
• Cheng Y, Hitchcock S. Targeting cannabinoid agonists for inflammatory
and neuropathic pain. Expert Opin Investig Drugs. 2007;16:951---65.
37
• Hohmann AG, Briley EM, Herkenham M. Pre- and postsynap tic
distribution of cannabinoid and mu opioid receptors in rat spinal cord. Brain
Res. 1999;822:17---25.
• Farquhar-Smith WP, Egertova M, Bradbury EJ, et al. Cannabi noid CB(1)
receptor expression in rat spinal cord. Mol Cell Neurosci. 2000;15:510---
21.
• De Vry J, Jentzsch KR, Kuhl E, et al. Behavioral effects of cannabinoids
show differential sensitivity to cannabinoid receptor blockade and
tolerance develop- ment. Behav Phar macol. 2004;15:1---12.
• Derbenev AV, Stuart TC, Smith BN. Cannabinoids suppress synaptic
input to neurones of the rat dorsal motor nucleus of the vagus nerve. J
Physiol. 2004;559:923---38.
• Ashton JC, Friberg D, Darlington CL, et al. Expression of the cannabinoid
CB2 receptor in the rat cerebellum: an immuno histochemical study.
Neurosci Lett. 2006;396:113---6.
• Malfait A, Gallily R, Sumariwalla P, et al. The nonpsychoactive cannabis
constituent cannabidiol is an oral anti-arthritic ther apeutic in murine
collagen-induced arthritis. Proc Natl Acad Sci U S A. 2000;97:9561---6.
• Njoo C, Agarwal N, Lutz B, et al. The cannabinoid receptor CB1 interacts
with the WAVE1 complex and plays a role in actin dynamics and structural
plasticity in neurons. PLoS Biol. 2015;13:1---36.
• Martin WJ, Patrick SL, Coffin PO, et al. An examination of the central sites
of action of cannabinoid-induced antinociception in the rat. Life Sci.
1995;56:2103---9.
• Hsieh GC, Pai M, Chandran P, et al. Central and peripheral sites of action
for CB 2 receptor mediated analgesic activity in chronic inflammatory and
neuropathic pain models in rats. Br J Pharmacol. 2011;162:428---40.
• Monhemius R, Azami J, Green DL, et al. CB1 receptor mediated analgesia
from the nucleus reticularis gigantocellularis pars alpha is activated in an
animal model of neuropathic pain. Brain Res. 2001;908:67---74.
• Escobar W, Ramirez K, Avila C, et al. Metamizol, a non-opioid analgesic,
acts via endocannabinoids in the PAG-RVM axis dur ing inflammation in
rats. Eur J Pain. 2012;16:676---89.
38
• Ji G, Neugebauer V. CB1 augments mGluR5 function in medial prefrontal
cortical neurons to inhibit amygdala hyperac tivity in an arthritis pain
model. Eur J Neurosci. 2012;1: 233---45.
• Elmes SJR, Jhaveri MD, Smart D, et al. Cannabinoid CB2 recep tor
activation inhibits mechanically evoked responses of wide dynamic range
dorsal horn neurons in naive rats and in rat models of inflammatory and
neuropathic pain. Eur J Neurosci. 2004;20:2311---20.
• Strangman NM, Walker JM. Cannabinoid WIN 55,212-2 inhibits the
activity-dependent facilitation of spinal nociceptive responses. J
Neurophysiol. 1999;82:472---7.
• Petrosino S, Palazzo E, de Novellis V, et al. Changes in spinal and
supraspinal endocannabinoid levels in neuropathic rats.
Neuropharmacology. 2007;52:415---22.
• French JA, Pedley TA. Clinical practice. Initial management of epilepsy. N
Engl J Med. 2008 Jul 10;359(2):166-76.
• Fisher R, Boas W, Blume W, Elger C, Genton P, Lee P et al. Epileptic
Seizures and Epilepsy: Definitions Proposed by the International League
Against Epilepsy (ILAE) and the International Bureau for Epilepsy (IBE).
Epilepsia. 2005;46(4):470-472.
• Dalic L, Cook M. Managing drug-resistant epilepsy: challenges and
solutions. Neuropsychiatric Disease and Treatment. 2016;Volume
12:2605-2616.
• Perucca P, Gilliam F. Adverse effects of antiepileptic drugs. The Lancet
Neurology. 2012;11(9):792- 802.
• Devinsky O, Cilio M, Cross H, Fernandez-Ruiz J, French J, Hill C et al.
Cannabidiol: Pharmacology and potential therapeutic role in epilepsy and
other neuropsychiatric disorders. Epilepsia. 2014;55(6):791-802.
• Leo A, Russo E, Elia M. Cannabidiol and epilepsy: Rationale and
therapeutic potential. Pharmacological Research. 2016;107:85-92.
• Friedman D, Devinsky O. Cannabinoids in the Treatment of Epilepsy. New
England Journal of Medicine. 2015;374(1):94-95.
• de Carvalho C, Hoeller A, Franco P, Martini A, Soares F, Lin K et al. The
cannabinoid CB2 receptor specific agonist AM1241 increases
39
pentylenetetrazole-induced seizure severity in Wistar rats. Epilepsy
Research. 2016;127:160-167.
• Ibeas Bih C, Chen T, Nunn A, Bazelot M, Dallas M, Whalley B. Molecular
Targets of Cannabidiol in Neurological Disorders. Neurotherapeutics.
2015;12(4):699-730.
• Gloss D, Vickrey B. Cannabinoids for epilepsy. Cochrane Database Syst
Rev. 2014;3:CD009270.
• Reddy D, Golub V. The Pharmacological Basis of Cannabis Therapy for
Epilepsy. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics.
2016;357(1):45-55.
• dos Santos RG, Hallak JE, Leite JP, Zuardi AW, Crippa JA.
Phytocannabinoids and epilepsy. J Clin Pharm Ther. 2015 Apr; 40(2):135-
43.
• Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 17 de 06/05/2015. Disponível
em http://portal.anvisa.gov.br/legislacao. Acesso em 20 de setembro de
2016.
• Zuardi A. History of cannabis as a medicine: a review. Revista Brasileira
de Psiquiatria. 2006;28(2):153-157.
• Pertwee R. The diverse CB1and CB2receptor pharmacology of three plant
cannabinoids: Δ9- tetrahydrocannabinol, cannabidiol and Δ9-
tetrahydrocannabivarin. British Journal of Pharmacology.
2008;153(2):199-215.
• Ligresti A, De Petrocellis L, Di Marzo V. From Phytocannabinoids to
Cannabinoid Receptors and Endocannabinoids: Pleiotropic physiological
and pathological roles through complex pharmacology. Physiol Rev. 2016
Oct; 96(4):1593-659.
• Martin BR, Mechoulam R, Razdan RK. Discovery and characterization of
endogenous cannabinoids. Life Sci. 1999;65(6-7):573-95.
• Munro S, Thomas K, Abu-Shaar M. Molecular characterization of a
peripheral receptor for cannabinoids. Nature. 1993;365(6441):61-65.
• Wilson R. Endocannabinoid Signaling in the Brain. Science.
2002;296(5568):678-682.
40
• Benito C, Tolón RM, Pazos MR, Núñez E, Castillo AI, Romero J.
Cannabinoid CB2 receptors in human brain inflammation. Br J Pharmacol.
2008 Jan;153:277-285.
• UNODC, 2016: World Drug Report 2016. Disponível em
https://www.unodc.org/wdr2016/en/cannabis. Acesso em 20 de setembro
de 2016.
• Ahmed SA, Ross SA, Slade D, Radwan M, Zulfiqar F, ElSohly
MA. Cannabinoid ester constituents from high potency Cannabis
sativa L. J Nat Prod 2008a;71:536–42.
• Ahmed SA, Ross SA, Slade D, Radwan MM, Khan IA, ElSohly
MA. Absolute configuration of cannabichromene derivatives
from high potency Cannabis sativa. Tetrahedron Lett
2008b;49:6050–3.
• Bisogno T, Hanus L, De Petrocellis L, Tchilibon S, Ponde D,
Brandi I, et al. Molecular targets for cannabidiol and its synthetic
analogs: effect on vanilloid VR1 receptors and on the cellular
uptake and enzymatic hydrolysis of anandamide. Br J Pharmacol
2001;134:845–52.
• Booker L, Naidu PS, Razdan RS, Mahadevan A, Lichtman AH.
Evaluation of prevalent phytocannabinoids in the acetic acid
model of visceral nociception. Drug Alc Dependence 2009:42–
51.
• Bourin M, Chenu F, Ripoll N, David DJP. A proposal of decision
tree to screen putative antidepressants using forced swim and tail
suspension tests. Behav Brain Res 2005.
• Bovassa GB. Cannabis abuse as a risk factor for depressive
symptoms. Am J Psychiatry 2001.
• Burkey TH, Quock RM, Consroe P, Roeske WR, Yamamura HI.
Delta9-tetrahydrocannabinol is a partial agonist of cannabinoid
receptors in mouse brain. Eur J Pharmacol 1997.
• Carrier EJ, Auchampach JA, Hillard CJ. Inhibition of an
equilibrative nucleoside transporter by cannabidiol: mechanism of
41
cannabinoid immunosuppression. Proc Natl Acad Sci USA
2006;103:7895–900.
• Compton DR, Rice KC, De Costa BR, Razdan RK, Melvin LS,
Johnson MR, et al. Cannabinoid structure activity relationships:
correlation of receptor binding and in vivo activities. J Pharmacol
Exp Ther 1993;265:218–26.
• Crowley JJ, Jones MD, O'Leary OF, Lucki I. Automated tests for
measuring the effects of antidepressants in mice. Pharmacol
Biochem and Behav 2004;78:269–74.
• Crowley JJ, Blendy JA, Lucki I. Strain-dependent antidepressant-
like effects of citalopram in the mouse tail suspension test.
Psychopharmacology 2005;183:257–64.
• Cryan JF, Markou A, Lucki I. Assessing antidepressant activity in
rodents: recent developments and future needs. Trends
Pharmacol Sci 2002;23:238–45.
• Cryan JF, Hoyer D, Markou A. Withdrawal from chronic
amphetamine induces depressive-like behavioral effects in
rodents. Biol Psychiatry 2003;54:49–58.
• Cryan JF, Page ME, Lucki I. Differential behavior effects of the
antidepressants reboxetine, fluoxetine, and moclobemide in a
modified forced swim test following chronic treatment. J
Psychopharmacology 2005a;182:335–44.
• Cryan JF, Mombereau C, Vassout A. The tail suspension test as a
model for assessing antidepressant activity: review of
pharmacological and genetic studies in mice. Neurosci Biobehav
2005.
• Devane W, Hanus L, Breuer A, Pertwee R, Stevenson L, Griffin
G, et al. Isolation and structure of a brain constituent that binds
to the cannabinoid receptors. Science 1992.
• Dinh T, Carpenter D, Leslie F, Freund T, Katona I, Sensi S, et
al. Brain monoglyceride lipase participating in endocannabinoid
inactivation. PNAS 2002.
42
• ElSohly MA, Slade D. Chemical constituents of marijuana: the
complex mixture of natural cannabinoids. Life Sci 2005.
• Gobbi G, Bambico FR, Mangieri R, Bortolato M, Campolongo
P, Solinas M, et al. Antidepressant-like activity and modulation
of brain monoaminergic transmission by blockage of
anandamide hydrolysis. PNAS 2005.
• Gong J, Onaivi E, Ishigura HLQ, Tagliaferro P, Brusco A, Uhi G.
Cannabinoid CB2 receptors immunohistochemical localization in
rat brain. Brain Res 2006.
• Griebel G, Stemmelin J, Scatton B. Effects of the cannabinoid
CB1 receptor antagonist Rimonabant in models of emotional
reactivity in rodents. Biol Psychiatry 2005.
• Griffin G, Wray EJ, Rorrer WK, Crocker PJ, Ryan WJ, Saha B,
et al. An investigation into the structural determinants of
cannabinoid receptor ligand efficacy. Br J Pharmacol 1999.
• Grinsponn L, Balkar J. The use of cannabis as a mood stabilizer
in bipolar disorder: anecdotal evidence and the need for clinical
research. J Psychoactive Drugs 1998.
• Grotenhermen F. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of
cannabinoids. Drug Disposition 2003.
• Gruber A, Pope H, Brown M. Do patients use marijuana as an
antidepressant? Depression 1996.
• Hill MN, Gorzalka BB. Pharmacological enhancement of
cannabinoid CB1 receptor activity elicits an antidepressant-like
response in the rat forced swim test. Eur
Neuropsychopharmacol 2005.
• Hill M, Miller G, Ho W, Gorzalka B, Hillard C. Serum
endocannabinoid content is altered in females with depressive
disorders: a preliminary report. Pharmacopsychiatry 2008.
• Jarvis K, DelBello MP, Mills N, Elman I, Strakowski SM, Adler
CM. Neuroanatomic comparison of bipolar adolescents with and
without cannabis use disorders. J Child Adolesc
Psychopharmacol 2008.
43
• Jiang W, Zhang Y, Xiao L, Van Cleemput J, Ji S, Bai G, et al.
Cannabinoids promote embryonic and adult hippocampus
neurogenesis and produce anxiolytic- and antidepressant-like
effects. J Clin Invest 2005.
• Johns A. The psychiatric effects of cannabis. Br J Psychiatry 2001.
• Koethe D, Llenos I, Dulay J, Hoyer C, Torrey E, Leweke F, et
al. Expression of CB1 cannabinoid receptor in the anterior
cinguate cortex in schizophrenia, bipolar disorder, and major
depression. J Neural Transm 2007.
• Lee KS, Clough AR, Jaragba MJ, Conigrave KM, Patton GC.
Heavy cannabis use and depressive symptoms in three
Aboriginal communities in Arnhem Land, Northern Territory.
Med J Aust 2008.
• Leweke FM, Koethe D. Cannabis and psychiatric disorders: it
is not only addiction.
• Addict Biol 2008.
• Liu X, Gershenfeld HK. Genetic differences in the tail-suspension
test and its relationship to imipramine response among 11 inbred
strains of mice. Biol Psychiatry 2001.
• Matsuda L, Lolait S, Brownstein M, Young A, Bonner T. Structure
of a cannabinoid receptor and functional expression of the cloned
cDNA. Nature 1990.
• Mombereau C, Kaupmann K, Froestl W, Sansig G, van der
Putten H, Cryan JF. Genetics and pharmacological evidence of
a role for GABAB receptors in the modulation of anxiety and
antidepressant-like behavior. Neuropsychopharmacology 2004.
• Tzavara E, Davis R, Perry K, Li X, Salhoff C, Bymaster F, et al. The
CB1 receptor antagonist SR14176 selectively increases
monoaminergic neurotransmission in the medial prefrontal cortex:
implications for therapeutic action. Br J Pharmacol 2003: 544–53.
• Valjent E, Pages C, Rogard M, Besson MJ, Maldonado R,
Caboche J. Delta-9 tetrahydrocannabinol-induced MAPK/ERK
44
and Elk-1 activation in vivo depends on dopaminergic
transmission. Eur J Neurosci 2001
• van Rossum I, Boomsma M, Tenback D, Reed C, van Os J.
Does cannabis use affect treatment outcome in bipolar disorder?
A longitudinal analysis. J Nerv Ment Dis 200:35–40.
45