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AS PROPRIEDADES MEDICINAIS DA MACONHA: UM ESTUDO SOBRE O USO

DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA.

Por volta de 2737 a.C., ocorreu o primeiro registro do uso medicinal da


Cannabis sativa, utilizada na forma de chá pelo imperador da China, Sheng Neng,
para o seu tratamento de gota, reumatismo e malária (GOLDSMITH, 2014). Os
estudos mais recentes sobre a planta, demonstram como o uso correto das
propriedades farmacológicas do CBD podem ser úteis para o tratamento de vários
problemas e doenças, a destacar o tratamento da epilepsia, onde em um ensaio
clínico realizado entre 2013 e 2017 mostrou uma redução de 70% das crises em 41%
dos pacientes, e 15% deles ficaram livres das crises (MATOS et al., 2017). Este estudo
tem como objetivo identificar os benefícios e os efeitos adversos do uso do canabidiol
no tratamento da epilepsia. Revisão narrativa de literatura sobre os pontos negativos
e positivos do uso do canabidiol no tratamento da epilepsia, buscando artigos
publicados entre 2007 e 2021, sendo dois deles de origem estrangeira. Foram
utilizadas como bases de dados para este estudo: Google Acadêmico, Scielo e
Necoem. As palavras-chave foram “canabidiol”, “epilepsia”, “terapêutico” e “cannabis”.
Quanto aos resultados, foram analisados os artigos pesquisados nas três bases de
dados supra citadas, os resultados dos artigos mostraram que o uso terapêutico do
canabidiol é realmente um opção vantajosa para os pacientes de epilepsia, visto que
eles não apenas agem na diminuição das crises convulsionais, mas também são
eficazes em outras áreas, como na melhora da qualidade do sono e da qualidade de
vida, maior autonomia na realização das atividades diárias e no aumento da felicidade,
inclusive em pessoas idosas. Os efeitos adversos do canabidiol são, de acordo com
PEREIRA et al., (2021), “considerados baixos e reversíveis”; segundo pesquisas
brasileiras, eles são na grande maioria casos passageiros de insônia, fadiga, diarreia
e sonolência. Consoante aos artigos analisados, pode-se perceber que o uso da
planta se mostrou útil no tratamento de outras doenças como o Parkinson, Alzheimer
e câncer, podendo ser utilizada também como ansiolítico. Diante das pesquisas
bibliográficas feitas para este estudo, conclui-se que a Cannabis sativa tem um grande
potencial terapêutico diante de doenças neurológicas, contudo, estudos mais
aprofundados nessas áreas se fazem necessários para que haja resultados mais
concretos e definitivos, podendo ser utilizados futuramente no desenvolvimento de
medicamentos naturais e/ou sintéticos para o tratamento de alguns distúrbios nos
quais o canabidiol pode se mostrar definitivamente eficaz.
REFERÊNCIAS

GOLDSMITH, Robert S.. Medical Marijuana in the Workforce. Necoem, 2014.


Disponível em: https://necoem.org/library/2014-AC/HOLD/Goldsmith%20Medical
%20Marijuana.pdf. Acesso em: 17/03/2022.

MATOS, R.L.A. et al. O Uso do Canabidiol no Tratamento da Epilepsia. Google


Acadêmico, 2017. Disponível em: http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf
/v9n2a24.pdf. Acesso em: 20/03/2022.

SCHIER, A.R.M. et al. Cannabidiol, a Cannabis sativa constituent, as an anxiolytic


drug. Scielo, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/Cmqh
FzYTRG9SJr8PZnFhTjK/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 28/03/2022.

ROTHER, Edna Terezinha. Revisão Editorial vs. Edição Narrativa. Scielo, 2007.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/z7zZ4Z4GwYV6FR7S9FHTByr/?format
=pdf&lang=pt. Acesso em: 31/03/2022.

PEREIRA, P.G. et al. O USO DO CANABIDIOL EM PACIENTE COM EPILEPSIA.


Periódico Rease, 2021. Disponível em: https://periodicorease.pro.br
/rease/article/view/2225/888. Acesso em: 31/03/2022

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